Concerto Aniversário - 10 Anos Temporada DARCOS · de melhor existe em Portugal na música...

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Temporada DARCOS Concerto Aniversário - 10 Anos

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Temporada DARCOSConcerto Aniversário - 10 Anos

4 junho 2017Grande Auditório / 21h / M/6Parceria CCB/Temporada Darcos

2 junho 2017Teatro-Cine de Torres Vedras / 21h30 / M/6

CCB • CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ELÍSIO SUMMAVIELLE PresiDenTe / ISABEL CORDEIRO VOGAL / LUÍSA TAVEIRA VOGAL / jOãO CARé . LUÍSA InêS fERnAnDES . RICARDO

CERqUEIRA seCreTAriADO / DIREÇÃO DE ARTES pERfORMATIvAS PrOGrAMAÇÃO AnDRé CUnHA LEAL . fERnAnDO LUÍS SAMPAIO DEpARTAMENTO DE OpERAÇÕES /

COOrDenADOrA PAULA fOnSECA / PrODUÇÃO InêS CORREIA . PATRÍCIA SILVA . HUGO CORTEZ . jOãO LEMOS . SOfIA SAnTOS . VERA ROSA / DireÇÃO De CenA PEDRO RODRIGUES

. PATRÍCIA COSTA . jOSé VALéRIO . TÂnIA AfOnSO . CATARInA SILVA esTAGiáriA / seCreTAriADO SOfIA MATOS / DePArTAMenTO TÉCniCO . COOrDenADOr SIAMAnTO ISMAILY

/ CHeFe TÉCniCO De PALCO RUI MARCELInO / CHeFe De eQUiPA De PALCO PEDRO CAMPOS / TÉCniCOs PrinCiPAis LUÍS SAnTOS . RAUL SEGURO / TÉCniCOs eXeCUTiVOs F. CÂnDIDO

SAnTOS . CéSAR nUnES . jOSé CARLOS ALVES . HUGO CAMPOS . MÁRIO SILVA . RICARDO MELO . RUI CROCA . HUGO COCHAT . DAnIEL ROSA / CHeFe TÉCniCO De AUDiOVisUAis nUnO

GRÁCIO / CHeFe De eQUiPA De AUDiOVisUAis nUnO BIZARRO / TÉCniCOs De AUDiOVisUAis EDUARDO nASCIMEnTO . PAULO CACHEIRO . nUnO RAMOS . MIGUEL nUnES / TÉCniCOs

De AUDiOVisUAis / eVenTOs CARLOS MESTRInHO . RUI MARTInS / TÉCniCOs De MAnUTenCÃO PAULO SAnTAnA . LUÍS TEIXEIRA . VÍTOR HORTA / seCreTAriADO De DireÇÃO TÉCniCA

YOLAnDA SEARA

Temporada DARCOSConcerto Aniversário - 10 Anos

Maria João voz

José Luís Peixoto versos

nuno Côrte-real direção musical

ensemble Darcos

Paulo Carmo trompete

rui Gama guitarras

rui rodrigues e Pedro

Oliveira percussão

Gael rassaert violino

reyes Gallardo viola

Filipe Quaresma violoncelo

Pedro Wallenstein contrabaixo

Heller Marques piano

Luís Ferreira desenho de luz

suse ribeiro desenho de som

Concerto Aniversário Temporada Darcos - 10 Anos

Há dez anos que a Temporada Darcos apresenta o que de melhor existe em Portugal na música clássica. É neste contexto de celebração, que o premiado escritor José Luís Peixoto aceitou o convite para escrever uma mão cheia de versos para a voz da inconfundível Maria João. Com música original e direcção do maestro nuno Côrte-real, a cantora será acompanhada em palco pelo ensemble Darcos – grupo de câmara que se tornou um marco no panorama musical português. Agora muda tudo é um novo ciclo de canções, situando-se esteticamente entre a música contemporânea, o jazz e o popular. Da poesia, poderá dizer-se que são novos versos buscando horizontes, memórias de amor e outras, sonhos, questionando o presente e o futuro incerto; da música, de ilha sonora em ilha sonora, são sons que interrompem a dissonância e trazem a melodia para um lugar sensível, onde o canto se manifesta com ternura. interpretadas pela voz ímpar de Maria João, que oferecerá às canções contornos selvagens de improvisação. De convites a reconhecidos solistas e orquestras nacionais e internacionais, ao desenvolvimento de um trabalho distinto com o ensemble Darcos, esta décima edição homenageia todos aqueles que dedicaram o seu tempo, motivação e inspiração para que estes dez anos fossem uma realidade.

Programa:

nuno Côrte-Real Agora Muda Tudo

(novo álbum de canções com versos de José Luís Peixoto)

franz Schubert Quinteto com piano A Truta – Andantino

AGORA MUDA TUDO(cancioneiro bem temperado)

1. Agora Muda Tudo

Agora, este ponteiro dos segundos,este irrepetível repente,este presente corrente,

Agora, estas mãos coladas a este corpo,esta voz colada a este corpo,este corpo colado a este corpo,aqui estamos.

e muda tudo,muda de (...) para (...),muda de (...) para (...),muda tudo,muda a paisagem, muda para onde vamos,muda a hora, o sexo, a pele,e nós aqui estamos.

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2. De Pressão Em Pressão

Podia ser uma sacerdotisa de sonetos, uma poetisa,mas estou farta de enganos, tenho outros planos. numa década, não escreverei mais do que um verso. Caminharei pelas ruas brancas de Lisboa, aproveitareio sol, cumprimentarei os rapazes, assinalarei o verão.e, numa década, não escreverei mais do que um verso,será murcho, anestesiado, feito de palavras espancadas,sem vontade sequer de exprimir o medo e a não-vida.

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3. Ondas Na Praia

O tempo, o templo e uma aliteração. Tempo, templo e o silêncio repetido entre as palavras, a rimar.

7. Banquete Invisível

És o lento girar das imagens diante dos meus olhos.

sabes dele?

sabes de ti?

sabes de mim?

Telefonei aos anjos e convidei-os para jantar.

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8. Outra Truta

eu sou o peixe que atravessa o teu olhar.Algas nas pálpebras, correntes na retina.Olhas-me a direito e nado aos ziguezagues,o meu caminho é assim, entre cá e lá,às ondas, nas ondas do rio. eu sou o peixeque pescas sem anzol, enredo-meem mim própria, a minha voz é suficientepara embaraçar os gestos, para embaraçaras dores e, milagre, tenho barbatanasque me salvam, tenho guelras por onderespiro felicidade.

___

9. Coitadinha

Olha o que não tenho: fotografias indiscretas,encontros secretos no jardim,a culpa é toda dos poetas,

Cancela a festa, volta já para a cozinha.ninguém pode divertir-seenquanto eu for tão coitadinha.

Viva a república,abaixo o rei e a rainha.ninguém pode ser nobre

4. Praga Infalível

Maldita ignomínia, que grassa na desgraça,maldita infâmia, que não basta, nem desbasta.

não tenho outra resposta, só posso dizer não,resta-me esta pequena maldade, esta má-criação,mas se tivesse de dizer aquilo que nunca disse,quanta farsa denunciaria, quanta filha da putice.

Maldita ignomínia, que grassa na desgraça,maldita infâmia, que não basta, nem desbasta. ___

5. Quando Me Esperas

Tento adormecer e pertenço a outro século. É nesse tempo que o teu rosto continua, sério, exigente, feito de água nocturna, a reflectir ou a ser reflectido, céu vago de estrelas talvez ou brilho singelo, capaz, gotas de brilho como vírgulas líquidas, vírgulas imaginadas, ou os teus olhos, vivos, ainda por detrás da noite.

___

6. Branca De Neve

A tua pele é como a neve, mas não como a neve quando já foi pisada por multidões com pressa de chegar ao emprego, pelos pneus de táxis e deautocarros, misturada com óleo, a acumular-se emmontes pretos, ao longo dos passeios de Manhattan. A tua pele é como a neve, mas não como a neveque congela os vagabundos de Moscovo até à morte, demasiado bêbados de vodka até para saberem queo governo decidiu que se abrisse o metro de noite,justamente para evitar que morressem congelados. A tua pele é como a neve das metáforas, branquinha, fofinha, quase dá vontade de comer.

enquanto eu for tão coitadinha.

e beijos, faltam-me tantos beijos,e ais, tenho ais a mais.

Olha o que tenho:um espelho cheio de caretas,dias inteiros de assim-assim,a culpa é toda dos poetas,

Põe a telefonia no off, tira o pio à andorinha.ninguém pode cantarenquanto eu for tão coitadinha.

Viola o cessar-fogo,declara guerra à marinha. ninguém merece paz,enquanto eu for tão coitadinha.

e beijos, faltam-me tantos beijos,e ais, tenho ais a mais.

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10. A Um Milímetro Da Minha Pele

A um milímetro da minha pele, as tuas mãos, como a luz de uma segunda pele, claridade.

respondo com palavras de vento à brisa da tua voz, é manhã e aragem do tempo,chegou a hora de sermos nós.

A um milímetro da minha pele, os teus lábios,contorno a separar-me do mundo, desenho.

A um milímetro da minha pele, o teu desejo,vontade que me alimenta, incêndio secreto.

e em cada instante cresce aquilo que já não seiesconder, caminho distante, menina oumulher.

11. Talvez Seja Melhor Voltar Ao Antigamente

Os poemas antigos cantavam-se melhor,as sílabas desfaziam-se em açúcar,adoçavam os lábios, davam bom cantar.

As metáforas eram tortas e tartes,bem alinhadas na vitrina da confeitaria,que belas figuras de estilo, que bela melodia.

O corte dos sonetos tinha outra elegância,se um decassílabo mencionava uma donzela,havia sempre respeito, havia sempre cautela.

Maldito pós-modernismo,como pudemos permitir?A harmonia foi esquecida, a harmonia foi vencida,toda a métrica abandonada,nada rima com nada.

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12. Voz

Amanhã de manhã, um aroma de romã.não haverá palavras e tudo será dito.

BIOGRAfIAS

jOSé LUÍS PEIXOTO

José Luís Peixoto nasceu a 4 de setembro de 1974 em Galveias, Ponte de sor. É licenciado em Lín-guas e Literaturas Modernas (inglês e Alemão) pela Universidade nova de Lisboa. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antolo-gias traduzidas num vasto número de idiomas e estudada em diversas universidades nacionais e estrangeiras. em 2001, recebeu o Prémio Literário José sara-mago com o romance Nenhum Olhar, que foi incluído na lista do Financial Times dos melhores livros publicados em inglaterra no ano de 2007, tendo também sido incluído no programa Discover Great new Writers das livrarias norte-americanas Barnes & noble. Foi atribuído ao seu livro A Criança em Ruínas o Prémio da sociedade Portuguesa de Autores para o melhor livro de poesia. O seu romance Cemitério de Pianos recebeu o Prémio Cálamo Otra Mirada, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em espanha em 2007, tendo sido finalista do prémio Portugal Telecom (Brasil) e do international impac Dublin Literary Award (irlanda). em 2008, recebeu o Prémio de Poesia Daniel Faria com o livro Gaveta de Papéis. em 2010, o seu ro-mance Livro venceu o prémio Libro d’europa, em itália, e foi finalista do prémio Femina, em França. em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma Via-gem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens e em 2016 o seu romance Galveias recebeu o Prémio Oceanos - Prémio de Literatura em Língua Portuguesa. Os seus romances estão traduzidos em mais de vinte idiomas.

MARIA jOãO

Maria João começou a sua carreira na escola de Jazz do Hot Club de Lisboa, em 1982. Um ano mais tarde formou o QUinTeTO De MAriA JOÃO, formação que deu origem a dois discos. em 1986, rumou à Alemanha em busca de novos desafios. O seu terceiro disco – Conversa – saiu nesse ano, em resultado de um novo quinteto, do qual fazia parte Carlos Bica. num dos concertos da tournée alemã, conheceu a pianista japonesa Aki Takase, que a convidou para um projecto em duo, registado em dois álbuns gravados ao vivo. em 1991 envolveu-se num novo projecto com o grupo CAL ViVA, com quem gravou Sol, e marcou o seu reencontro com Mário Laginha, que partici-para nos seus primeiros trabalhos. A cumplicidade musical que se estabeleceu entre a cantora e Laginha incitou-os a um projecto mais acústico e intimista e assim surgiu Danças (1993), o primeiro disco de um duo que persiste até hoje, marcado por centenas de concertos e discos onde ressalta a liberdade e a originalidade criativa, uma vez mais confirmadas com o último trabalho, Chocolate. em 2007 grava, em nome próprio, o disco João, com versões de temas populares brasileiros. Além do trabalho regular com Laginha, Maria João tem colaborado com destacados nomes da música nacional (António Pinho Vargas, Carlos Bica, José Peixoto, Blasted Mechanism, Clã, entre outros) e internacional (Laureen newton, Bob stenson, Christof Lauer, Gilberto Gil, Joe Zawinul, saxofour, Hermeto Pascoal, Lenine, etc).

nUnO CôRTE-REAL

nascido em Lisboa em 1971, nuno Côrte-real tem vindo a afirmar-se como um dos mais impor-tantes compositores e maestros portugueses da atualidade. Das suas estreias destacam-se 7 Dances to the death of the harpist na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, Pequenas músicas de mar na Purcel room em Londres, Concerto Vedras na st. Peter’s episcopal Church em nova York, Novíssimo Cancioneiro no siglufirdi Festival em reikiavik, e Andarilhos - música de bailado na Casa da Música no Porto. Dos agrupamentos que têm tocado a sua música destacam-se a Orquestra sinfónica Portuguesa, Coro do Teatro nacional de são Carlos, Coro e Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, remix ensemble, royal scottish Academy Brass, Orchestrutopica, e solistas e maestros como Lawrence renes, Julia Jones, stefan Asbury, ilan Volkov, Kaasper de roo, Cristoph Konig, David Alan Miller, Paul Crossley, John Wallace, Mats Lidström, Paulo Lourenço e Cesário Costa. A sua discografia inclui canções tradicionais por-tuguesas nas editoras Portugal som e numérica, Pequenas Músicas de Mar na editora Deux-elles, o bailado Andarilhos na editora numérica em co--produção com a Casa da Música, e Largo Inti-míssimo na austríaca Classic Concert records. em Outubro de 2012 teve o seu primeiro CD mono-gráfico, VOLUPIA, editado pela numérica, e em 2016 realizou a direção artística e musical do CD Mirror of the soul, para a Odradek records, com o ensemble Darcos. no mundo cénico, nuno Côrte-real trabalhou com, entre outros, Michael Hampe, Pedro Cabrita reis, Maria emília Correia, Victor Hugo Pontes, André

Teodósio, João Henriques, rui Lopes Graça, Paulo Matos e Margarida Bettencourt. em Junho e se-tembro de 2007 apresentou com grande sucesso as óperas de câmara A Montanha e O Rapaz de Bronze, encomendas da Fundação Calouste Gul-benkian e Casa da Música, respetivamente. Para o Teatro nacional de são Carlos criou em 2009, o “intermezzo” O Velório de Cláudio, com libreto de José Luís Peixoto, e apresentou em Março de 2011, a ópera Banksters, com libreto de Vasco Graça Moura e encenação de João Botelho, es-petáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa. Como maestro, nuno Côrte-real tem dirigido regu-larmente orquestras como a Orquesta Ciudad Gra-nada, real Filharmonía de Galicia, Orquesta de extre-madura, Orquestra Fundación excelentia (Madrid), Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orchestrutopica, Camerata du rhône (Lyon) e ensemble Darcos. em Junho de 2015, apresen-tou-se pela primeira vez na sala sinfónica do Au-ditorio nacional de Madrid, espanha. É fundador e diretor artístico do ensemble Darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a Temporada Darcos. Tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam os de sintra, estoril e de Póvoa de Varzim, e dirigido solistas tais como Artur Pizarro, Massimo spadano, nicola Ulivieri, Ana Quintans, Alexey sychev, Filipe Pinto ribeiro, Adriano Jordão, Giulio Plotino, Filipe Quaresma e Luís rodrigues, entre outros. Foi bolseiro do Centro nacional de Cultura, e em 2003 foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Grau Prata da Câmara Municipal de Torres Vedras.

EnSEMBLE DARCOS

O ensemble Darcos é um dos mais prestigiados grupos de câmara portugueses da atualidade. Foi criado em 2002, pelo compositor e maestro nuno Côrte-real, e tem como propósito a interpretação dos grandes compositores europeus de música de câmara, como Beethoven, Brahms ou Debussy, e a música de Côrte-real; esta relação conferelhe contornos de projeto de autor. em termos instrumentais, o ensemble Darcos varia a sua formação consoante o programa que apre-senta, de duos a quintetos, até à típica formação novecentista de quinze músicos, tendo como base os músicos Filipe Quaresma, reyes Gallardo, Helder Marques e Gaël rassaert. Para o efeito convida re-gularmente músicos de excelência oriundos de vá-rias regiões do globo, destacando-se, entre outros, o violoncelista Mats Lidström, os violinistas Massimo spadano, Giulio Plotino e Junko naito, o pianista António rosado, a violetista Ana Bela Chaves, ou o percussionista Miquel Bernat. interpreta regu-larmente programas líricos, onde tem convidado alguns dos mais importantes cantores portugueses da atualidade, tais como eduarda Melo, Luís rodri-gues, Dora rodrigues, Lara Martins ou Job Tomé. Desde 2006 o ensemble Darcos efetua uma resi-dência artística em Torres Vedras, tendo iniciado em 2008 a TeMPOrADA DArCOs, série de concertos de música de câmara e sinfónicos. Da sua atividade con-certista, destacam-se os concertos na sala Magnus em Berlim, em Outubro de 2007, na interpretação do Triplo Concerto para violino, violoncelo, piano e orquestra de Beethoven, na igreja de st. John’s, smith square, em Londres, com direção musical de nuno Côrte-real, e a participação regular nas últimas edições dos Dias da Música, em Lisboa. no verão de 2014, apresentou-se no Festival internacional de Mú-sica de Póvoa de Varzim. em Janeiro de 2010, o ensemble Darcos gravou

para a rádio Televisão Portuguesa uma série de canções de Cole Porter com os cantores sónia Alcobaça e rui Baeta, programa apresentado em Lyon, França, em parceria com a Camerata du rhône. O CD Volupia, primeiro trabalho discográfico do grupo e inteiramente dedicado à obra de câmara de nuno Côrte-real, foi lançado em Outubro de 2012 pela editora numérica. em 2016 o ensemble Darcos gravou para a editora americana Odradek records, o CD Mirror of the soul, com obras de e. Carrapatoso, s. Azevedo, n. Côrte-real e D. Davis.

nota: os textos estão escritos segundo o Antigo Acordo Ortográfico.

A seGUir7 a 9 junho 2017Pequeno Auditório / 21h / M/12

Parceria CCB / MIDAS fILMES

I n D I V I D U A L

#ccbelem#amigoccb

estudantes de artes

espetáculos

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encenação São josé Lapa

Texto Griselda Gambaro

interpretação:

O Medo: filipe Duarte, joão Cabral

e David Almeida

A Actriz: Inês Lapa Lopes

Atores do vídeo A Actriz: Alberto Lopes, Avelino Bento,

Carlos fragateiro, joão Paiva, jorge fraga,

juan Goldin Pagés, Luis Lucas, Paulo Lázaro,

Manuel Romano, Rui Pedro Cardoso

Coprodução Centro Cultural de Belém | Capital Ibero-americana da Cultura

A Actriz e O Medosão José Lapa