Concepções de gestão parte iii

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO - MESTRADO EM EDUCAÇÃO Trabalho apresentado a disciplina Estudos em Gestão Educacional sob orientação da Prof. Dr. Paulo Gomes Lima Mestranda Kellcia Rezende Souza

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOSFACULDADE DE EDUCAÇÃOPROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO - MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Trabalho apresentado a disciplina Estudos em Gestão Educacional sob orientação da Prof. Dr.

Paulo Gomes Lima

Mestranda Kellcia Rezende Souza

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CONCEPÇÕES DE GESTÃO ESCOLAR E ELEIÇÃO DE DIRETORES DA ESCOLA PÚBLICA DO PARANÁ

(PARTE II)

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Graduação Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (1988), Especialização em Organização do Trabalho Pedagógico (Educação e Trabalho) na Universidade Federal do Paraná em 2001 e Mestrado em Educação e Trabalho pela Universidade Federal do Paraná (2003). Acadêmico do Curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Coordenador técnico pedagógico - Secretaria de Estado da Educação. Docente do Instituto Namastê e Instituto Ekkoni de Desenvolvimento em Educação, professor da Faculdade Anchieta de Ensino Superior, Professor de Historia e Coordenador pedagógico da equipe de ensino - Secretaria de Estado da Educação, professor de ensino superior da Universidade do Brasil.

José Luciano Ferreira de Almeida

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Anos 1990 e 2001: a concepção da gestão escolar na ótica da gestão por resultados e da

qualidade total e a escola de diretores escolares

Reformas políticas e

econômicas

Década de 1990

Políticas públicas para a educação

Estado mínimo Uma base de redução do que é público privilegiando a lógica do mercado

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As reformas do Estado na década de 1990 e a gestão da educação

Na educação e especialmente na administração escolar, ocorreu na década de 90 como conseqüência das reformasno âmbito do Estado, a transposição de teorias e modelos de organização e administração empresariais e burocráticos para a escola como uma atitude frequente.

A reforma do estado articula-se com os parâmetros neoliberais destacando-se os pilares da gerência capitalista da produtividade, eficiência e qualidade total.

Crise Fiscal do Estado

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Precarização do financiamento

público

Outras fontes de financiamento

Banco Mundial

“Dez anos de educação no

Paraná”

“Projeto Qualidade de Ensino Público

do Paraná”

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Lógica empresarial na gestão escolar

Gestor - Gerente

Formação de líderes

A concepção gerencial na gestão escolar aparece então, de forma que reduz os principais problemas que a escola pública enfrenta a uma questão técnica, e podendo ser superada a partir de uma eficiência gerencial.

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Gestão democrática da escola

Lógica privada

Democracia limitada pelo capitalismo

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A afirmação da concepção da gerência de empresa na gestão escolar e a redução da forma democrática na

eleição do diretor escolar

Década de 1990

Guia de gestão escolar

Concepção de

gestão para a

educação do

Paraná

Foco nos resultado

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Guia de gestão escolar

Padrão da produtividade e da excelência

Documento utilizado como referência para o trabalho do gestor escolar utiliza-se de recursos, valores e definições da gerência do trabalho capitalista, utiliza-se o padrão da competência como referência para o gestor escolar

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Gestão escolar

Competência

Excelência

Estratégia

Eficiência

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Entrevista com diretora sindical

Afirma falta de compreensão por parte dos professores e dos próprios diretores escolares, sobre o que significava naquele momento a gestão por resultados e da qualidade total. Isso porque esses instrumentos teóricos que buscavam a “eficiência escolar” tinha como bandeira combater a repetência, a retenção e evasão escolar, bandeira essa que todos defendemos. Contudo, tais concepções traziam a forma gerencial de organizar a escola, transpondo-se para a gestão escolar os mecanismos utilizados nas empresas. Sob a lógica da participação, por exemplo, buscou-se transferir para a comunidade escolar, a responsabilidade do financiamento da escola pública.

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Gestão democrática tomada como sinônimo de gestão participativa ou compartilhada

Gestão compartilhada tem na Associação de pais e mestres um instrumento de trabalho escolar sob a gerência de qualidade total

O processo eleitoral de 2001 foi marcado pelas contradições postas, a partir do aprofundamento da lógica empresarial na gestão escolar.

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Entrevista com a consultora do Renegaste

Revela o caráter burocrático do processo de escolha do diretor escolar em 2001.

Introdução de uma prova de avaliação para os candidatos e ainda aparticipação de funcionários do Núcleo regional de educação como eleitores do processo aparecem.

Forma de controlar e interferir no processo de escolha dos diretores eleitos em 2001.

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Diretor entrevistado

Revela a interferência dos funcionários dos Núcleos regionais da educação no processo de escolha – controle político do processo.

Caráter meritocrático da seleção do diretor escolar – teste de conhecimento

Guia de gestão escolar e decreto 4313/01 – mecanismos de afirmação da concepção gerencial da gestão escolar

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O capitalismo vive um processo de reestruturação produtiva, quando toma força o ideário neoliberal, que se sustenta no tripé da desregulamentação, privatização e abertura comercial.

No caso do Paraná as políticas públicas para a educação estiveram sob a lógica de um Estado mínimo de concepção neoliberal.Com relação à concepção de gestão escolar ocorreu o aprofundamento da concepção gerencial na escola.

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Nas entrevistas foram explicitadas as concepções de gestão escolar utilizadas principalmente a partir do governo Lerner (1995-2002), destacando os paradigmas da gestão compartilhada ou participativa.

• Aceitação e adesão a uma concepção de gestão escolar que fundamenta-se na transferência de uma cultura organizacional desenvolvida nas empresas para as escolas.

A tônica da participação na gestão compartilhada refere-se à dimensão financeira.

• Escolha de diretor (perspectiva política e histórica) – clientelisemo e eleição direta

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Entrevistas realizadas junto à diretora sindical e à consultora da Renageste

Concepção de gestão escolar e de escolha do diretor escolar revelaram o movimento contraditório que marca a própria concepção de gestão escolar. Grau de profundidade que a concepção de gerência empresarial tomou nas escolas.

Entrevistas realizadas junto aos diretores

Grau de polarização entre as concepções de gestão postas por eles; isso pode ser explicado pelo fato de que um dos diretores entrevistados foi premiado em 2002 como referência nacional em gestão escolar. Predomínio de aspectos referentes a lógica da gerência empresarial.

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A democratização da gestão escolar deve-se fundamentar nos processos sociais e históricos, no sentido de que a educação constitui-se a partir da formação humana, e essa formação dá-se pelo trabalho. Portanto, desvelar as relações de dominação social pelo trabalho constituirá a democratização da gestão escolar.

A superação desta contradição está em reconhecer que a escola é uma instituição necessária para a democratização da sociedade, no sentido de que o conhecimento historicamente produzido na escola é uma relação de poder.

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Referências bibliográficas

ALMEIDA, José Luciano. Concepções de gestão escolar e eleição de diretores da escola pública do Paraná. Curitiba, 2004. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal do Paraná, 2004.

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