Conceitos de velocidade, agilidade, equilibrio, coordenacão

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1 VELOCIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO e COORDENAÇÃO VELOCIDADE Conceito : - É a capacidade do indivíduo de realizar movimentos sucessivos e rápidos, de um mesmo padrão, no menor tempo possível. Fatores que influenciam no desempenho da velocidade : Força; Rapidez da propagação do estímulo nervoso; Percentual de fibras brancas; Coordenação de movimentos; Freqüência das contrações e descontrações musculares; Flexibilidade articular. Tipos de velocidade : 1) VELOCIDADE DE REAÇÃO – é a capacidade que o indivíduo tem de responder a um estímulo o mais rápido possível. Apesar de ser considerado como fator inato no indivíduo, o tempo de reação pode ser treinado. Várias modalidades esportivas requerem o tempo de reação: saídas no atletismo e na natação, esportes de combate (boxe, judô, caratê, esgrima). 2) VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO – é a capacidade que o indivíduo tem de se deslocar de um ponto a outro, no menor tempo possível, realizando movimentos de um mesmo padrão. Técnicas de avaliação da velocidade : Teste da Régua – Avalia a velocidade de reação. Nesse teste, o indivíduo deverá estar sentado, com o antebraço apoiado e a mão espalmada, formando um ângulo de 90 o com o dedo polegar. A marca zero da régua (que será de 60 cm, graduada com precisão em mm) deverá ser colocada no plano imaginário formado pelo dedo

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VELOCIDADE, AGILIDADE, EQUILÍBRIO e COORDENAÇÃO

VELOCIDADE

Conceito:

- É a capacidade do indivíduo de realizar movimentos sucessivos e rápidos, de um

mesmo padrão, no menor tempo possível.

Fatores que influenciam no desempenho da velocidade:

Força;

Rapidez da propagação do estímulo nervoso;

Percentual de fibras brancas;

Coordenação de movimentos;

Freqüência das contrações e descontrações musculares;

Flexibilidade articular.

Tipos de velocidade:

1) VELOCIDADE DE REAÇÃO – é a capacidade que o indivíduo tem de responder

a um estímulo o mais rápido possível.

Apesar de ser considerado como fator inato no indivíduo, o tempo de reação

pode ser treinado.

Várias modalidades esportivas requerem o tempo de reação: saídas no

atletismo e na natação, esportes de combate (boxe, judô, caratê, esgrima).

2) VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO – é a capacidade que o indivíduo tem de

se deslocar de um ponto a outro, no menor tempo possível, realizando

movimentos de um mesmo padrão.

Técnicas de avaliação da velocidade:

Teste da Régua – Avalia a velocidade de reação. Nesse teste, o indivíduo deverá

estar sentado, com o antebraço apoiado e a mão espalmada, formando um ângulo

de 90o com o dedo polegar. A marca zero da régua (que será de 60 cm, graduada

com precisão em mm) deverá ser colocada no plano imaginário formado pelo dedo

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polegar e indicador. O avaliador comandará “Atenção” e largará a régua. O testado

deverá segurá-la no menor tempo possível e será medida a distância que a barra

percorreu (com precisão em mm) do momento em que o avaliador a soltou até o

nível do plano horizontal que passa pela parte superior dos dedos polegar e

indicador.

Esse procedimento deve ser realizado por três vezes e, considerado como

resultado a média das três medidas.

Teste da Corrida de 50 metros (Johnson & Nelson, 1979) - Avalia a velocidade de

deslocamento. O indivíduo deverá se posicionar em pé, com um afastamento ântero-

posterior das pernas e o tronco inclinado a 5 metros da linha da marca zero. Ao ser

dado o sinal, o testado inicia a corrida e, ao atingir a linha da marca zero, o

cronômetro será acionado, com o objetivo de medir o tempo gasto pelo indivíduo

para percorrer os 50 metros, quando o cronômetro será travado.

O posicionamento a 5 metros da linha inicial é recomendado para que o

indivíduo realize o teste partindo de uma aceleração prévia, com o objetivo de não

deixar que o tempo de reação interfira na performance da velocidade de

deslocamento.

Teste Shuttle Run de Velocidade (Eurofit, 1988) – Objetivo: medir a velocidade de corrida.

Sexo: satisfatório para ambos os sexos.

Equipamento utilizado: piso limpo e não derrapante, cronômetro, fita métrica, fita

adesiva ou giz e cones de plástico.

Procedimentos: o testando assume a posição de pé, atrás da linha de saída com os

pés em afastamento ântero-posterior. Ao ser dado o comando “Vai”, o testando

deverá correr o mais rápido possível para a outra linha e retornar à linha inicial,

cruzando ambas as linhas como os dois pés. Esta movimentação é considerada

como sendo um ciclo. O testando deverá realizar cinco ciclos. Duas linhas paralelas

devem ser desenhadas no solo (fita adesiva ou giz) a 5 metros de distância. As

linhas devem ter 1,20 m de comprimento cada e devem ser demarcadas com os

cones para melhor visualização do testando.

Resultado: será o tempo (décimos de segundo) gasto para completar os cinco ciclos.

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Observações: 1) o testador deverá observar se o testando ultrapassou as linhas com

ambos os pés; 2) os ciclos deverão ser contados em voz alta; 3) o teste termina

quando o testando ultrapassar a linha com um pé, no último ciclo.

AGILIDADE

Conceito:

- É a capacidade que o indivíduo tem de realizar movimentos rápidos com mudança

de direção e sentido.

Fatores que influenciam no desempenho da agilidade:

Força;

Velocidade;

Flexibilidade;

Coordenação.

Técnicas de avaliação da agilidade:

Teste da Sinuosa – O testado irá percorrer um trajeto sinuoso demarcado por cindo

estacas (ou cones), distantes 1,50 m entre si, estando a primeira a 3 metros da linha

de partida. O testado deverá sair detrás da linha de partida e fazer o trajeto

correndo, nos sentidos de ida e volta, ultrapassando os obstáculos sinuosamente,

cruzando a linha de chegada, ainda correndo. Mede-se o tempo gasto para realizar

o percurso.

Teste Shuttle Run ou Corrida de Vai-e-Vem (Johnson & Nelson, 1979) – Desenhar, no chão, duas linha paralelas entre si, distante 9,14 metros uma da outra.

O indivíduo deverá se posicionar antes de uma das linhas; 10 cm após a outra,

deverão ser colocados dois blocos de 5 cm x 5 cm x 10 cm distantes 30 cm entre si.

Após o comando do avaliador, que acionará o cronômetro, o indivíduo deverá

correr o mais rápido possível até os blocos, pegará um deles e retornará à linha de

partida, colocando-o atrás da linha. Continuando a corrida, retornará à outra linha e

apanhará o outro bloco, colocando-o também na linha de partida.

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O cronômetro deverá ser travado no momento que o testado colocar o último

bloco.

Teste das 3 Faixas (Johnson & Nelson, 1979) – Demarcar três faixas (linhas) de 1

metro de comprimento e 5 cm de largura, paralelas entre se e separadas 1,20

metros uma da outra.

O testado iniciará o teste da faixa central, que deverá ficar entre os pés,

deslocando-se lateralmente, de um lado para outro, sem cruzar as pernas, nem tocar

nas faixas, passando 8 vezes pela faixa central. Mede-se o tempo gasto para a

realização das 8 passagens pela faixa central.

EQUILÍBRIO

Conceito:

- É a habilidade que permite ao indivíduo manter o sistema músculo esquelético em

um posição estática eficaz e controlar uma postura eficiente, quando em movimento.

Fatores que influenciam no desempenho da agilidade:

Tônus Muscular;

Funcionamento das Estruturas do Ouvido Interno (canais semi-circulares);

Percepção Visual;

Sistema Nervoso Central.

Tipos de equilíbrio:

1) EQUILÍBRIO ESTÁTICO – dizemos que o equilíbrio é estático quando o indivíduo

consegue manter o sistema músculo-esquelético em uma posição estática eficaz.

2) EQUILÍBRIO DINÂMICO – dizemos que o equilíbrio é dinâmico quando o

indivíduo consegue manter em movimento, uma postura eficiente.

Técnicas de avaliação do equilíbrio:

TESTES DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO:

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Posição “Avião” – O indivíduo em pé, apoiado somente em um dos membros,

estenderá o outro, paralelamente ao solo. O tronco flexionado, paralelo ao solo,

seguirá o eixo do membro inferior que está elevado. Os membros superiores

deverão estar abduzidos em 90o com o tronco, imitando a figura de um avião.

Marca-se o tempo que o testado permanece nessa posição, mantendo-se em

equilíbrio estável.

Posição “Quatro” – O indivíduo em pé, apoiado somente em um dos membros,

deverá manter o outro abduzido e o joelho semi-flexionado, com a planta do pé

apoiada na altura do joelho do membro inferior que suporta o peso do corpo.

Marca-se o tempo que o testado permanece nessa posição, mantendo-se em

equilíbrio estável.

TESTES DE EQUILÍBRIO DINÂMICO: “Passeio na Trave” – O testado deverá caminhar sobre uma trave de equilíbrio de 5

metros de comprimento e 0,20 metros de largura, realizando o percurso de ida e

volta, sem correr, mantendo o equilíbrio.

Mede-se o tempo gasto para a realização do percurso.

“Amarelinha” – Desenhar no chão, com giz ou fita adesiva, a forma tradicional da

amarelinha.

O indivíduo ficará no primeiro espaço do desenho, apoiado somente em um

dos membros inferiores, aguardando o início do teste.

Deverá percorrer todos os espaços da amarelinha, saltando somente com um

dos pés, realizando o percurso de ida e volta sem perder o equilíbrio.

Mede-se o tempo gasto para a realização do percurso de ida e volta,

lembrando que o testado não pode perder o equilíbrio; se isto acontecer, deverá

voltar para reiniciar o teste, e só poderá saltar para outro espaço depois de

estabilizar o equilíbrio no espaço anterior.

COORDENAÇÃO

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Conceito:

- É a capacidade do indivíduo de realizar tipos integrados de movimento, dentro de

um padrão específico.

Importância da Coordenação:

A coordenação na prática desportiva, caracteriza-se pela Coordenação Olho –

Mão e a Coordenação Olho – Pé, que são elementos importantíssimos na

performance específica de vários desportos.

A coordenação influencia em gestos de precisão como arremessos,

lançamentos e chutes.

Fatores que influenciam no desempenho da coordenação:

Agilidade;

Flexibilidade;

Equilíbrio;

Percepção Cinestésica – conhecimento pelo indivíduo da posição do seu corpo,

quando este se movimenta no espaço.

Técnicas de avaliação da coordenação:

* Teste de “Arremesso de Bola ao Alvo * Teste do Chute à Meta Ver páginas 148 e 149 do livro Medidas e avaliação em ciências do esporte

(Paulo Eduardo Carnaval), 5a edição, Editora Sprint, 2002.

Bibliografia: - CARNAVAL, P. E. Medidas e avaliação em ciências do esporte. 5a ed. Editora

Sprint, 2002.

- MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de atividade física. 2a ed. Editora Shape, 1998.