Conceitos de educação à distância

10
Conceitos de educação à distância. Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo. Conceitos de acesso à distância a computadores. Conceitos de educação à distância Educação à distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados, espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. Na expressão "ensino à distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina à distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou à distância) e educação à distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte à distância, através de tecnologias. A educação à distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações. A educação à distância pode ser feita, nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação. Há modelos exclusivos de instituições de educação à distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos à distância, também, o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil. As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação à distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes à distância. O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar

Transcript of Conceitos de educação à distância

Page 1: Conceitos de educação à distância

Conceitos de educação à distância. Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de

áudio e vídeo. Conceitos de acesso à distância a computadores.

Conceitos de educação à distância

Educação à distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados, espacial e/ou temporalmente. É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. Na expressão "ensino à distância" a ênfase é dada ao papel do professor (como alguém que ensina à distância). Preferimos a palavra "educação" que é mais abrangente, embora nenhuma das expressões seja perfeitamente adequada. Hoje temos a educação presencial, semi-presencial (parte presencial/parte virtual ou à distância) e educação à distância (ou virtual). A presencial é a dos cursos regulares, em qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala de aula. É o ensino convencional. A semi-presencial, acontece em parte na sala de aula e outra parte à distância, através de tecnologias. A educação à distância pode ter ou não momentos presenciais, mas acontece fundamentalmente com professores e alunos separados fisicamente no espaço e ou no tempo, mas podendo estar juntos através de tecnologias de comunicação. Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações. A educação à distância pode ser feita, nos mesmos níveis que o ensino regular. No ensino fundamental, médio, superior e na pós-graduação. É mais adequado para a educação de adultos, principalmente para aqueles que já têm experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de pós-graduação e também no de graduação. Há modelos exclusivos de instituições de educação à distância, que só oferecem programas nessa modalidade, como a Open University da Inglaterra ou a Universidade Nacional a Distância da Espanha. A maior parte das instituições que oferecem cursos à distância, também, o fazem no ensino presencial. Esse é o modelo atual predominante no Brasil. As tecnologias interativas, sobretudo, vêm evidenciando, na educação à distância, o que deveria ser o cerne de qualquer processo de educação: a interação e a interlocução entre todos os que estão envolvidos nesse processo. Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência, redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. Poderemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" com sua imagem e voz, na aula de outro professor... Haverá, assim, um intercâmbio maior de saberes, possibilitando que cada professor colabore, com seus conhecimentos específicos, no processo de construção do conhecimento, muitas vezes à distância. O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar

Page 2: Conceitos de educação à distância

listas de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo "aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos alunos na instigante aventura do conhecimento. As crianças, pela especificidade de suas necessidades de desenvolvimento e socialização, não podem prescindir do contato físico, da interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual, provavelmente, superará o presencial. Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem. Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá da área de conhecimento, das necessidades concretas do currículo ou para aproveitar melhor especialistas de outras instituições, que seria difícil contratar. Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual, adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes). Apesar disso, já é perceptível que começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais na educação a distância. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas e mesmo os meios de comunicação tradicionais buscam novas formas de interação. Da comunicação off-line estamos evoluindo para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real). Educação a distância não é um "fast-food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo - de forma presencial e virtual. Nessa perspectiva, é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando períodos de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos, poderemos fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias. A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados. As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banda de transmissão, como acontece na TV a cabo, torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, de extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas. Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas presenciais com interação à distância. Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (só visando o lucro, multiplicando o número de alunos com poucos professores).

Page 3: Conceitos de educação à distância

Outras oferecerão cursos de qualidade, integrando tecnologias e propostas pedagógicas inovadoras, com foco na aprendizagem e com um mix de uso de tecnologias: ora com momentos presenciais; ora de ensino on-line (pessoas conectadas ao mesmo tempo, em lugares diferentes); adaptação ao ritmo pessoal; interação grupal; diferentes formas de avaliação, que poderá também ser mais personalizada e a partir de níveis diferenciados de visão pedagógica. O processo de mudança na educação a distância não é uniforme nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.

Conceitos de tecnologias e ferramentas multimídia, de reprodução de áudio e vídeo.

A multimídia é algo novo! Surgiu no mercado há um pouco mais de 15 anos e descreve a arte de diferentes meios. Sua aplicação e evolução devem-se aos avanços da ciência computacional. Atualmente, o uso do computador encontra-se disseminado nas mais diversas atividades humanas. Desde o controle de naves espaciais, passando por diagnósticos médicos e sistemas de automação bancária, até os jogos eletrônicos, o computador passou a ser um recurso indispensável na vida do ser humano. Como não poderia ser diferente, o computador também é usado no planejamento de uma guerra. Dentro da indústria da computação o termo multimídia foi originalmente aplicado para descrever a integração de gráficos com movimentos em MAC’s, Amigas e PC’s. Hoje em dia a multimídia descreve qualquer dispositivo de controle de sons, animações e hardware de vídeo, através da tecnologia digital. E o mais importante, acrescenta ao controle humano a possibilidade de fazer interagir o material audiovisual. Colocar as pessoas no controle é o objetivo da multimídia. É o que a distingue dos seus elementos constituintes e a torna revolucionária. O assunto multimídia é genérico para fins comuns, como apresentações de slides, vídeos, projeções audiovisuais e filmes; entretanto, em aplicações militares torna-se um pouco complexo devido estratégias deste ramo e a dependência de outros sistemas aplicativos. Este trabalho tem como objetivo demonstrar alguns conceitos, explicar as aplicações gerais e em especial à Guerra Eletrônica. CONCEITOS Uma das principais características dos computadores multimídia é a capacidade de manipular os mais diversos de tipos de mídia. Estes podem ser agrupados em cinco itens básicos: texto, som, imagem, animação e vídeo. Texto É a forma mais básica e simples de se representar dados em um computador. Um texto em um computador pode estar em dois formatos. No formato ASCII, o texto não possui nenhum tipo de formatação, enquanto num formato estruturado (Word, Wordperfect, HTML) é possível apresentar os textos formatados, tornando a leitura mais agradável. Hipertexto

Page 4: Conceitos de educação à distância

É a forma mais comum de representação da hipermídia. O texto é apresentado na tela do computador de uma maneira diferente da representação seqüencial (como a de um livro, por exemplo) usando "link" onde o usuário pode navegar entre pedaços de textos relacionados. Gráfico É a maneira de se representar dados graficamente. Existem duas formas de armazenamento de imagens em um computador. A maioria das imagens é armazenada na forma de mapa de bits, mas alguns aplicativos mais sofisticados utilizam imagens vetoriais que são formadas a partir de primitivas gráficas (ponto, reta e círculo). Som A principal característica que o som apresenta e que não encontramos no texto e nas imagens é que o som possui característica temporal. Os formatos de som podem ser: WAV, AIFF, SND estes armazenam a informação sonora na forma de sua respectiva onda. Já o formato MIDI, mais indicado para armazenar informações sonoras oriundas de instrumentos musicais armazena uma seqüência de notas equivalente a que é tocada no instrumento. Vídeo digital É a forma mais rica de se apresentar um conteúdo. Num computador, o vídeo é armazenado de forma muito parecida com a de um rolo de filme, ou seja, uma seqüência de quadros. Hipermídia É uma maneira de se criar documentos usando um computador, onde se pode combinar texto, gráfico, animação, vídeo, som e qualquer outra mídia. Pode se dizer que Hipermídia é uma expansão do conceito de Hipertexto que contempla outras mídias. Multimídia Pode-se definir multimídia como qualquer combinação de texto, arte gráfica, som, animação e vídeo transmitida por meios eletrônicos. Quando se oferece ao usuário o controle de quando e quais elementos devem ser transmitidos, passa-se a ter multimídia interativa; quando se fornece uma estrutura de elementos interconectados através da qual o usuário pode mover-se, a multimídia torna-se hipermídia. Por que utilizar Multimídia? À medida que as possibilidades tecnológicas de captação, armazenamento, interligação, transmissão e uso da informação (em todas as formas) se ampliam, somos inevitavelmente levados a aplicar novas tecnologias para quase todos os campos, incluindo à Guerra Eletrônica. Elementos da Multimídia A multimídia pode ser dividida e constituídas de 03(três) elementos:

Mídia Tecnologia Produtos

Texto (palavras e números) Áudio (fala e música) Visuais (animação e filmes)

Armazenagem ÓpticaComputador Tecnologia de vídeo

Realidade Virtual Ambiente Interativo Simulações Vídeo Game Sistemas de informações geográficas

APLICAÇÕES DA MULTIMÍDIA

Page 5: Conceitos de educação à distância

Áreas Gerais No mundo globalizado, em que estamos inseridos, é impossível não observar os benefícios que a multimídia traz à sociedade moderna. A necessidade de informações em tempo real e com interatividade fez com que pesquisadores desenvolvessem uma ferramenta denominada multimídia. Hoje em dia, é possível vermos a multimídia na educação (Internet, palestras de vídeo-conferência e ensino a distância), em simuladores, na medicina (aparelhos de ultra-sonografia, radiografia). Tudo isso mostra o quão presente está a multimídia no cotidiano do homem. Com certeza, neste cenário, muitas aplicações, acabarão por gerar novos usos, pois em cada elemento (campo) a multimídia tem algumas características. Por uma questão de seqüência do trabalho serão abordadas agora as aplicações gerais, que não envolvem atividades militares, que serão apresentadas posteriormente. Medicina Na área médica, o uso da multimídia é um dos requisitos computacionais para simulação cirúrgica. Muitos softwares mostram ilustrações, sons e imagens complexas que analisam todos os órgãos do organismo humano e suas interações. Exemplificando, tem-se no ultra-som e nas cirurgias virtuais o uso destas técnicas mencionadas que possibilitam aos médicos tomarem decisões seguras e confiáveis. No Lar/Empresas A multimídia no lar é observada nos vídeo games e computadores; já nas empresas, além dessas, é aplicada em simuladores e processos industriais. Área Militar Como escrito nos itens anteriores, a multimídia traz facilidades e vantagens para diversas atividades (medicina, aulas, entretenimentos), entre outras. O uso da multimídia para fins militares tem uma complexidade maior em relação a outros campos, visto que a defesa de uma nação necessita de tecnologias sofisticadas, que dependendo da utilização podem levar ao sucesso ou ao fracasso. O exemplo em uso militar, especificamente na área de Guerra Eletrônica é a integração de aplicações de softwares a armamentos e também na implementação de simuladores. Essa simulação, através de imagens de alta resolução e num tempo real exige a alta tecnologia da multimídia combinada com outras áreas da inteligência artificial. Exemplos: O Treinador de Imersão, o Simulador de Sonar, o Simulador de Vôo. A multimídia como ferramenta da inteligência artificial permite sofisticar sistemas, deixá-los capazes de executar várias tarefas diferentes com o objetivo de apresentar a diagnose do processo aos operadores, permitindo, dessa maneira, a melhoria da capacitação e do desenvolvimento de habilidades dos recursos humanos e, principalmente, evitar que vidas humanas sejam ceifadas devido à inexperiência no campo de batalha. Educação No badalado livro "Vida Digital", o pesquisador do MIT Nicholas Negroponte defende a possibilidade do uso do computador na educação. Segundo ele, até o advento do computador,

Page 6: Conceitos de educação à distância

a tecnologia usada para o ensino limitava-se a audiovisuais e ao ensino a distância, pela TV, o que simplesmente ampliava a atividade dos professores e passividade das crianças. Negroponte salienta a possibilidade interativa oferecida pelo computador, que desperta o interesse do aluno em descobrir suas próprias respostas, em vez de simplesmente decorar os ensinamentos impostos. "Embora uma porção significativa do aprendizado de certo se deva ao ensino -- mas ao bom ensino, com bons professores --, grande parte dele resulta da exploração, da reinvenção da roda e do descobrir por si próprio". Negroponte conclui que a máxima do "aprender fazendo" tornou-se regra e não exceção devido ao alto poder de simulação do computador. Por outro lado, é preciso entender que a utilização da multimídia na escola não significa uma ameaça ao professor. Ela deve ser usada para enriquecer o processo educacional e não como um artefato para a substituição do professor. Só um professor pode dar tratamento individualizado e diferenciado. Os títulos multimídia por mais completos que sejam não podem cobrir todas as dúvidas que porventura podem ocorrer a um aluno. Portanto, em situações onde títulos multimídia venham a ser utilizados pesadamente o professor deve assumir uma posição de mentor ou guia durante a utilização do computador e de mediador de debates após o uso dos CD-ROMs. Para crianças os CD-ROMs de histórias são uma excelente forma de desenvolvimento da capacidade de leitura e fixação. Em vez de um livro com figuras estáticas, as estórias infantis ganham movimento, sons e interatividade. Cada página é substituída por uma tela no computador. As ilustrações ganham vida cada vez que a criança "clica" sobre elas. Os textos são lidos para a criança à medida que as palavras vão sendo iluminadas assim que são lidas. A criança ainda pode clicar em cada palavra para que sejam lidas individualmente. Com textos curtos e uma surpresa a cada clicada, as estórias infantis são um convite irresistível às crianças. Além da estória em si, a maioria dos CD-ROMs infantis trazem ainda jogos e telas para pintura que permitem a utilização dos conhecimentos aprendidos, o desenvolvimento da memória e a utilização de cores e formas. As aulas de artes podem usar o computador como uma poderosa ferramenta de pintura. À primeira vista, os programas de pintura podem assustar os professores levando-os a crer que seus alunos terão dificuldades em utilizá-lo. Mas na verdade, esses softwares são de utilização bastante simples, e permitem ao aluno perceber a utilização de diversos materiais como carvão, óleo, pastéis de forma rápida e sem sujar as mãos! Já as disciplinas que tradicionalmente oferecem alguma dificuldade aos alunos, como matemática, física, química, geografia e biologia, por tratarem de assuntos que exigem grande abstração, podem se valer do grande poder de simulação da multimídia. Além do mais, possibilitam que assuntos outrora áridos possam ganhar utilização prática com imagens e sons. A capacidade de assimilação e fixação dos alunos é multiplicada pois a multimídia traz vida, demonstrações práticas e conjuga entretenimento a tais conteúdos. Hipertexto e hipermídia Uma das características mais importantes da multimídia para a educação é sem dúvida o hipertexto. Hipertexto é um texto formatado usando pontos ativos (hotlinks) e extensamente indexado. Os pontos ativos permitem que o usuário salte entre tópicos interligados; o índice permite que o usuário localize tópicos específicos com base em palavras-chave. Quando temos que recorrer a uma enciclopédia convencional é comum termos de recorrer a dois ou mais volumes para encontrarmos as informações que necessitamos. Uma informação pode ser discutida em tópicos diferentes, em diversos volumes, e talvez até se precise consultar um dicionário para pesquisar-se o significado de alguns conceitos. A multimídia automatiza esse processo e o amplia. Uma enciclopédia multimídia é profundamente indexada o que permite que se salte entre tópicos relacionados em questão de segundos. Assim que o usuário se depare com uma palavra ou informação que lhe gere alguma dúvida ele pode clicar tal informação que será conduzido automaticamente a diversas outras informações que expliquem ou completem aquela outra.

Page 7: Conceitos de educação à distância

A hipermídia transforma essa possibilidade em algo ainda mais interativo e de apelo e conteúdo ainda maior. Hipermídia é a integração de texto, gráficos, animação e som em um programa multimídia usando elos interativos. Isto é, em vez de uma explicação textual sobre um conceito que havia gerado dúvida, pode-se receber um complemento informativo através de diferentes mídia como gráfico ou vídeo. O usuário pode então escolher se quer ver tal assunto em foto(s) ou vídeo(s), por exemplo, ou se prefere assistir a todas as informações disponíveis. Na verdade, a busca por informações indexadas não é novidade. Os livros já possuíam um sistema de leitura não-linear. As notas de pé de página, as remissões ao glossário ou outros volumes já quebravam a seqüencialidade da leitura oferecendo leituras suplementares. A especificidade do hipertexto reside em sua velocidade. A instantaneidade com que se resgata informações, leva a não-linearidade da leitura a extremos. Como o hipertexto torna-se característica preponderante dos produtos multimídia surgem novas maneiras de escrever (de forma fragmentada), e de ler (batizada de navegação). Mas a qualidade, também, pode-se converter em problema: A pequena característica de interface "velocidade" desvia todo o agenciamento intertextual e documentário para outro domínio de uso, com seus problemas e limites. Por exemplo, nos perdemos muito mais facilmente em um hipertexto do que em uma enciclopédia. A referência espacial e sensoriomotora que atua quando seguramos um volume nas mãos não mais ocorre diante da tela, onde somente temos acesso direto a uma pequena superfície vinda de outro espaço, como que suspensa entre dois mundos, sobre a qual é difícil projetar-se. Interface O computador é uma máquina que apenas entende um tipo de linguagem: a binária. Linguagem binária é aquela composta apenas de zeros e uns (na verdade energia e não-energia). Então como pode uma criança familiarizar-se com o uso de um computador multimídia? O segredo está na interface. O vocábulo interface designa um dispositivo para comunicação entre dois sistemas informáticos distintos. Já uma interface homem/máquina designa o conjunto de programas e aparelhos materiais que permitem a comunicação entre um sistema informático e seus usuários humanos. Logo, a interface é tudo aquilo que está entre o usuário e a máquina. O hardware (equipamento) já atingiu um alto grau de sofisticação. Monitores, teclados e o uso do mouse já se tornaram vulgarizados. Há poucos anos os cartões perfurados eram a maneira tradicional de entrar com dados no computador. Mas os maiores problemas de interface ainda são as telas a serem exibidas pelos softwares (programas). A partir deste momento o termo interface será utilizado para discutir essas telas que fazem a comunicação visual entre máquina/homem. A interface do produto multimídia é o conjunto dos elementos gráficos e do sistema de navegação. Muitos títulos multimídia de conteúdo vasto e aprofundado naufragaram por oferecer interface ruim. Gráficos pobres podem aborrecer o usuário pela falta de apelo visual. Se o sistema de navegação pelo produto é pobre o usuário pode se perder pelo produto e sentir-se desconectado do conteúdo. Nesses casos, o usuário desiste logo e não volta a usar o produto. Uma boa interface tem o poder de seduzir o usuário e o ligar cada vez mais ao sistema. Para tanto é preciso que a comunicação máquina/homem seja intuitiva, metafórica e sensoriomotora, em vez de abstrata, rigidamente codificada e desprovida de sentido para o usuário. Aí está o poder da multimídia. O computador e os softwares foram adaptados para a comunicação com seres humanos. Até então nós precisávamos nos adaptar ao intrincado vocabulário e gramática do computador. Mas o que vem a ser uma interface metafórica? No linguajar cotidiano e na literatura as metáforas são usadas como comparações que comumente tornam informações mais palpáveis e concretas. Uma interface que funcione através de uma metáfora é aquela que em vez de exigir que o usuário entre com comandos codificados possa lidar com ícones e contextos que representem objetos e atividades da vida real. O uso de metáforas, guiam o usuário

Page 8: Conceitos de educação à distância

visualmente e tornam a interface auto-explicativa. Metáforas funcionam como modelos naturais, permitindo-nos tomar nosso conhecimento de experiências e objetos concretos e familiares e usá-los para dar estrutura a conceitos mais abstratos. Podemos citar como vantagem das interfaces em metáfora a possibilidade de cada objeto representar e conduzir ao conteúdo representado. Uma interface baseada em metáfora torna intuitiva a navegação em busca de informações, fazendo com que o usuário não necessite parar um grande intervalo de tempo aprendendo a usar o produto. A melhor interface é aquela que exige o menor esforço de aprendizagem. Uma interface bem produzida pode transformar um título multimídia. Uma interface intuitiva, que permita que o usuário navegue pelo produto como desejar, que não o deixe se perder e que claramente interaja com ele transforma o produto em um potente artefato educacional. Por outro lado, uma interface de difícil aprendizado, que não ofereça possibilidades claras de navegação e de descoberta do conteúdo acaba por prejudicar o aprendizado, além de confundir e perder o usuário.

Conceitos de acesso à distância a computadores. Telnet - acesso à distância Existe a facilidade de usar a internet para ter acesso a um computador remotamente, ou seja, executar um aplicativo deste outro computador, na sala de sua casa, também temos outra maneira de se ter acesso à banco dados na internet. Esta forma bastante difundida é através de uma ferramenta chamada telnet, de telephone network. O programa funciona estabelecendo a conexão do usuário com um computador remoto, o mesmo passará a receber tudo que for digitado no computador local. Uma vez feita à conexão, tudo que está na máquina remota aparecerá na tela do computador local. Com telnet é possível estabelecer uma ligação com milhares de computadores remotos localizados em diversas partes do mundo, desde que eles estejam conectados a internet. Para usá-Io o usuário precisa conhecer o nome do computador remoto e ter um programa de telnet, que no caso do windows já esta disponível no seu diretório principal. Telnet (protocolo de terminal virtual) é o protocolo internet para estabelecer a conexão entre computadores. Através dessa conexão remota, pode-se executar programas e comandos em outra máquina, como se o teclado de seu computador estivesse ligado diretamente a ela. O visual de uma conexão via telnet é semelhante ao que se tem em bbs's de interface DOS, e a operação do computador remoto se dá da mesma forma, ou seja, através de uma linha de comandos Unix ou a partir de um menu de comandos disponíveis que sempre se apresenta em algum lugar da tela (esta última forma é a mais comum em servidores que permitem acesso público). O telnet pode ser usado para a pesquisa de informações e transferência de arquivos - tudo depende do que o computador ao qual você está conectado permitir que você faça. Ele também é muito usado por operadores de sistemas (sysop's) a fim de fazer algum tipo de manutenção (se você pensa que o sysop de seu provedor sai de casa toda vez que tem algum problema nos servidores, está muito enganado; muitas vezes ele faz a manutenção de casa mesmo, via telnet!) Programas para telnet Para fazer uma conexão via telnet, é necessário um programa específico. O Windows já vem com um (procure no diretório c:\Windows o programa telnet.exe - deve estar lá !). Caso seu provedor não lhe forneça um programa para telnet, você pode conseguir um na internet.

Page 9: Conceitos de educação à distância

Conectando-se via telnet Os passos que apresentamos aqui são para o programa que acompanha o Windows, mas servem perfeitamente para outros programas, com algumas variações, que você pode perceber e contornar. Inicie o programa telnet.exe ou outro utilitário para esse fim. Clique no menu "conecta" (connect), selecione "sistema remoto" (remote system) e digite na caixa "nome do host" (host name) o endereço ao qual você quer se conectar (ex.: spacelink.msfc.nasa.gov). Nas caixas "porta" (port) e "tipo do terminal" (terminal type) selecione "telnet" e "vt100", respectivamente (isso não é um padrão, mas é usual; pode ser que em alguns lugares você tenha que mudar essa configuração). Feito isto, clique no botão "conectar" (connect). Isto iniciará a conexão com o computador remoto. Freqüentemente, ao se completar a conexão, o sistema remoto pede uma senha. No nosso exemplo, digite "guest" e aperte enter (lembre-se, você está operando um sistema de interface parecida com o dos na verdade e' unix - esqueça o mouse e use o teclado !). Isto abrirá as portas do computador remoto para você. Na tela surge uma série de opções, precedidas de um número ou letra. Para executar um desses comandos, digite esse número ou letra e aperte enter (os usuários da época pré-Windows não terão a menor dificuldade com isso). Explore o sistema ao qual você se conectou para exercitar. Quando quiser terminar a conexão, volte ao menu "conecta" e selecione "desconectar". No Windows XP Vá ao menu Iniciar do Windows XP, clique em Definições e pressione o item Painel de Controle. Depois, clic no ícone Sistema, selecione a aba Remoto e ative a opção Permitir envio de convites de '”Assistência remota” deste computador. Agora, pressione o botão Avançadas e, na janela seguinte, marque o item Permitir que este computador seja controlado remotamente. Clic em OK e feche todas as janelas. Assim que executar este procedimento nos dois computadores, qualquer um deles está preparado para dar e receber assistência remota ao outro. No entanto, é necessário efetuar mais algumas configurações do ambiente de trabalho remoto. Faça, então, assim: Vá ao menu Iniciar do Windows XP, clique em Programas> Acessórios> Comunicações e clique no item Ligação ao ambiente de trabalho remoto. Na próxima janela, clique em Opções e repare que aparece um utilitário constituído por cinco abas: Geral, Visualização, Recursos locais, Programas e Desempenho. Veja o que contém cada uma delas. FIM.

Page 10: Conceitos de educação à distância