O conceito de praça na cidade da Guarda entre a Idade Média e a ...
Conceito e categoria de cidade
-
Upload
ludmila-da-matta -
Category
Education
-
view
371 -
download
2
Transcript of Conceito e categoria de cidade
De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou
setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às
nossas perguntas.
Italo Calvino, Cidades invisíveis
- O QUE É CIDADE?
- COMO COMEÇOU A EXISTIR?
- QUE PROCESSOS OCORRERAM PARA A FORMAÇÃO DAS CIDADES?
- HÁ MODELO(S) PARA A CIDADE?
- QUE FUNÇÕES DESEMPENHA?
- COMO PLANEJAR A CIDADE/REGIÃO?
- DESARARECERÁ A CIDADE?
Nenhuma leitura das cidades pode ser definitiva ou ingênua.
Ao longo da história do Ocidente, a vida urbana tem recebido umaavaliação diferenciada.
Ora é espaço do progresso, ora é espaço da desordem. Durantemuito tempo se pensou a cidade como lugar de modernidade eprogresso em oposição ao mundo rural, considerado o locus datradição e do atraso. A cidade passou a ser identificada como campoda racionalidade e do planejamento e, simultaneamente, como fontede fragmentação e de aviltamento do indivíduo.
QUANDO BUSCAMOS AS ORIGENS DAS CIDADES,
ENCONTRAMOS COM MAIS FACILIDADE OS
REMANESCENTES FÍSICOS
MAS E AS REMANECÊNCIAS SOCIAIS?
“ Se quisermos identificar a cidade, devemos
seguir a trilha para traz, partindo das mais
completas estruturas e funções urbanas
conhecidas, para os seus componentes
originários, por mais remotos que se
apresentem no tempo, no espaço e na cultura”
Lewis Mumford
O Cemitério – a cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos.
O Esconderijo
A Caverna ou a Gruta- abrigo- segurança- rituais
I – Antecedentes da formação das cidades- período paleolítico
O Acampamento do caçador
A Pequena povoação – início com a domesticação das plantas e animais
I – Antecedentes da formação das cidades- mesolítico
A Aldeia – organização centrada nas atividades primárias (agricultura e criação);divisão sexual do trabalho;
Cidade – produção de excedente; divisão social do trabalho.; estrutura de dominação (ínicio como o papel do caçador como
protetor da aldeia)
I – Antecedentes da formação das cidades- neolítico
Conceito de cidade
Max Weber- Para poder falar de cidade seria necessário a
existência de um intercâmbio regular e não ocasional de
mercadorias na localidade, como elemento essencial da
atividade lucrativa e do abastecimento de seus habitantes,
portanto de um mercado
Local de Mercado
Relação entre Produtores X Consumidores
Max Weber
Tipos de cidades:
Cidade de Consumidores
Cidade Industrial
Cidade Mercantil
City
Cidades agrárias
Cabe dizer que as cidades representam, quase sempre,
tipos mistos e que, portanto, não podem ser classificadas em
cada caso senão tendo-se em conta seus componentes
predominantes.
Cidades Gregas e Romanas: sec VIII a VI a.c
Atenas e Esparta
Legados filosóficos, políticos (democracia), jurídicos, militares e artísticos que até hoje são perceptíveis.
Matemática, Filosofia, Arte, o Direito
II – Cidades na Antiguidade Clássica
No inicio a base da sociedade grega eram os clãs patriarcais ou genos, formados de várias famílias que possuíam um antepassado comum.
A união de genos formava uma fratria (fraternidade). Um conjunto de fratrias dava origem a uma tribo.
As tribos se desenvolveram, surgindo as Demos. Demos eram indivíduos que tinham os mesmo costumes e cultos.
Com a concentração do povo ao redor de uma acrópole, apareceu a Polis.
II – Polis – a cidade grega
Polis era uma fortaleza que virou uma cidade, compreendia as cidades e os campos que a circundavam.
Ela tinha seu governo, suas leis e os seus costumes.
As principais Cidades-Estados (Polis) eram: Atenas; Esparta; Corinto; Tebas; Delfos; Mileto e Samos.
II – Polis – a cidade grega
Até o século XV a.C., os cretenses exerceram uma completa hegemonia na região do Mar Egeu, construindo um sistema de saneamento complexo e um patrimônio cultural bastante apreciável, contudo possuía um sistema de defesa bastante vulnerável a invasão de inimigos exteriores;
A Cidade Grega era mais cultural e política.
II – Polis – a cidade grega
O crescimento de impérios antigos e medievais levou ao
aparecimento de grandes cidades capitais e sedes de
administração provincial, como Babilônia, Roma, Antioquia,
Alexandria, Cartago, Constantinopla (atual Istambul).
II – Os impérios e civilizações
Cidade Antiga:
Roma e seus símbolos de poder visível.
O Império Romano - produto de um único centro urbano de poder emexpansão; deixou a marca de Roma em todas as partes da Europa, daÁfrica do Norte e da Ásia Menor.
Mito do surgimento de Roma- História de Rômulo e Remo
II – Cidades na Antiguidade Clássica
Os romanos erigiam as cidades em torno de duas avenidas principais: uma no sentido norte-sul, outra de leste a oeste, e uma praça (forum) na intersecção. Os edifícios públicos agrupavam-se em geral em torno do forum;
Obra-prima da engenharia e da arquitetura romana em sua técnica de origem oriental, o foro de Trajanus era cercado por grande muralharevestida de mármores e possuía salas de reunião, bibliotecas, um templo consagrado a Trajanus e uma basílica.
Nas grandes cidades, ocupavam um espaço considerável, com banhos, saunas e numerosos estabelecimentos anexos.
II – A Cidade na Roma Antiga
As novas cidades foram também dotadas de edifícios públicos, monumentais masao mesmo tempo funcionais, como pontes, aquedutos, anfiteatros, teatros,bibliotecas, circos, banhos públicos, etc.
O urbanismo representava outra forma de unidade, pois todas as cidades doimpério obedeciam, em princípio, a um modelo: a cidade de Roma.
“A cidade era onde o homem antigo desenvolvia a cidadania, como
realização das potencialidades pessoais e criação de instituições
públicas”.
1) Especialização do trabalho; Divisão social e territorial do trabalho;
2) A Cidade era o espaço da dominação política e religiosa;
3) Aumento na capacidade de produção e de distribuição de alimentos;
4) A Importância da escrita;
5) A organização interna da cidade: o centro como lugar da elite, do poder político e religioso; em volta os artesãos e nos arrabaldes estavam os produtores agrícolas
A queda do Império trouxe a ruralização: a sociedade passa por uma movimentação em direção ao campo.
O processo de ruralização é o abandono do exercício público, é também o processo de passagem do público para o privado.
A segurança que passa de uma atribuição do Estado para o senhor feudal é uma das facetas dessa passagem para o
privado.
Papel do cristianismo: expande-se no contexto da crise, é tolerado a partir do século IV e oficializado ao final desse mesmo
século.
Depois da queda do império
Fim da Antiguidade...
Início da Idade Média:
período da Idade Média foi
tradicionalmente delimitado
com ênfase em eventos
políticos.
O Feudalismo
Na Idade Média ocorreram grandes alterações no sistema político e econômico das cidades, denominadas feudalismo.
O feudalismo iniciou um processo de regressão nas cidades, pois já que era uma política de auto-sustentação, os habitantes voltavam ao campo para produzirem seu próprio sustento;
A redução no comércio de troca de mercadorias e a importância da urbanização, resultou em abandono de cidades já existentes e das que estavam em processo de construção.
A força da Igreja
O mundo das cidades é o mundodas tentações.
Agora a cidade onde o homem serealiza é a cidade de Deus - acidade espiritual. Cidades dorecolhimento: mosteiros -cidadania santa - voltado para ointerior.
Nova função da cidade: econômica,próxima do mundo rural (fluxocontínuo de víveres), queproporciona uma especialização dotrabalho.
Decadência do Feudalismo
No início do século XIII, as cidades foram novamente
povoadas, graças à retomada do comércio e a
decadência do feudalismo. No século XIV, novas
cidades foram erguidas com grande intensidade.
O capitalismo começou a nascer ainda com frágeis
traços, mas provocando firmes e fortes alterações
na política, na cultura e na sociedade.
Período Renascentista: Dos castelos às cidades "O campo
produz animais, a cidade produz homens" Provérbio da Toscana
(séc.XIII)
A renovação da vida urbana, após um longo período de vida rural, girando em torno dos castelos e mosteiros:
o movimento das Cruzadas, a restauração do comércio, a emergência de um novo grupo social (os burgueses)
o renascimento cultural com um forte matiz científico-filosófico, que preparou o caminho para o renascimento italiano,
O Capitalismo e retorno as cidades
Durante o capitalismo as cidades se tornaram cada vez mais importantes, já que nelas se concentravam o comércio que objetivava a troca de mercadorias e o acúmulo de capitais.
A troca de mercadorias nada mais era do que compra e venda, pois neste período não mais trocavam mercadorias por outras necessárias, essas eram vendidas a preços maiores que o considerado justo para a obtenção do lucro.
As cidades também retomaram o poder, que nelas voltou a centralizar e, por este fato, outras novas cidades surgiam.
A Revolução Industrial
No século XVIII, houve um grande impulso na urbanização das cidades.
Elas desempenhavam a função de trabalhar na administração política, na religião, na segurança, no turismo, no portuário, na indústria e em outras áreas.
No final deste século se destacaram as cidades industriais e as que nelas eram ligadas, gerando maior crescimento populacional e de capital.
Antes da invenção da máquina a vapor, as fábricas situavam-se em zonas rurais próximas às margens dos rios, ao lado delas, surgiam oficinas, casas, hospedarias, capela, açude, etc. Os operários obtinham longos contratos de trabalho e moradia.
Com o vapor, as fábricas passaram a localizar-se nos arredores das cidades, onde contratavam trabalhadores.
Elas surgiam "tenebrosas e satânicas", em grandes edifícios lembrando quartéis, com chaminés, apitos e grande número de operários. O ambiente interno era inadequado e insalubre.
A cidade entra em falência
A degradação do meio urbano com más condições de vida das populações operárias.
Poluição atmosférica, concentração de mão de obra, concentração das unidadesindustriais nos centros urbanoscom maior população.
A utilização do solo era pouco organizada e feita de acordo com as necessidades de crescimento das indústrias.
Ausência de luz e ventilação e de espaços verdes e pátios.
A insalubridade
A ausência de esgoto e de higiene municipal criava um mau cheiroinsuportável;
A propagação de excrementos expostos, juntamente com a suainfiltração nos poços locais, significava uma propagaçãocorrespondente da febre tifóide;
A falta de água era ainda sinistra, porque afastava por completo apossibilidade de limpeza doméstica ou de higiene pessoal;
O superpovoamento padronizado dos bairros pobres repetia-se nasmoradias da classe média