Conceito Apostila Geologia
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1GE-401-MINERALOGIA – CIÊNCIAS DA TERRA Alfonso Schrank
MINERAIS: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, ABUNDÂNCIA E AMBIENTES DE
FORMAÇÃO.
1. O conceito de mineral
Com base no raio iônico dos elementos mais abundantes, como a crosta terrestre pode ser
visualizada quimicamente?
O O2- compreende mais de 90% do volume total ocupado pelos íons dos elementos na
crosta, pois apresenta um raio iônico maior, comparado com os outros íons dos elementos
mais comuns. Dessa forma, a crosta terrestre pode ser visualizada como um empacotamento
de ânions O2-, com os cátions presentes nos interstícios, formando particularmente
compostos de O2- e Si4+, denominados de silicatos.
Silicatos, juntamente com óxidos, sulfetos, sulfatos, carbonatos, etc., ocorrem sob a forma de
sólidos denominados de minerais.
Minerais são definidos como:
1. Sólidos de ocorrência natural e resultado de processos inorgânicos. Um mineral que se
forma apenas através de síntese artificial não é um mineral por definição. O termo
inorgânico serve apenas para excluir hidrocarbonetos e outras moléculas onde o carbono
é o constituinte principal. Note que apatita [Ca5(PO4)3(OH)], calcita, grafita, e pirita (FeS2)
são minerais que podem ter sido precipitados a partir de processos biogênicos. A flúor-
apatita [Ca5(PO4)3(OH,F)], por exemplo, é o principal constituinte dos dentes e ossos do
corpo humano. Conchas marinhas também são constituídas por minerais embora a
aragonita (CaCO3) seja formada por processos biogênicos, como o nosso esqueleto.
2. Caracterizados por uma fase homogênea, ou seja, não podem ser separadas por meios
mecânicos em duas ou mais substâncias com propriedades físicas ou químicas distintas.
3. Com estrutura interna caracterizada por um arranjo atômico que se repete de forma
organizada tridimensionalmente, ou seja, apresentam estrutura cristalina (Fig. 1). Cristal é
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qualquer substância mineral limitada por faces planas que refletem esse arranjo
atômico ordenado da sua estrutura interna. O conceito de estrutura cristalina foi
consolidado em bases experimentais em 1912, com a técnica da difração de raios-X, que
passou a ser um método clássico de identificação mineral.
Figura 1. Estrutura cristalina da halita mostrando o arranjo ordenado
dos íons de Na+ e Cl-.
4. Sólidos de composição química definida,
significando que o mineral pode ser expresso por uma
fórmula química (e.g. calcita CaCO3; quartzo SiO2). No
entanto, em uma mesma família de minerais esta
composição pode variar dentro de certos limites através de substituições iônicas na estrutura
cristalina: magnésio pode substituir o cálcio na estrutura da calcita e a fórmula do mineral
será expressa por (Ca,Mg)CO3. Minerais do grupo das olivinas podem variar de Fe2SiO4
(faialita) a Mg2SiO4 (forsterita) e a fórmula será (Fe,Mg)2SiO4. O Mg e o Fe substituem-se
livremente na estrutura cristalina deste silicato, mas não podem substituir o Si e o O. Desta
forma, o Fe/Mg, Si e O sempre manterão as razões estequiométricas de 2, 1, 4 exigidas na
estrutura cristalina deste mineral. As razões pelas quais estas substituições são possíveis
serão abordadas mais à frente.
Vidros, líquidos e gases não apresentam estruturas cristalinas e os seus elementos
constituintes ocorrem aleatoriamente distribuídos na estrutura amorfa e em qualquer razão,
logo, estas substâncias não são minerais. Qualquer sólido que ocorra naturalmente e que
não possua arranjo sistemático dos átomos (estrutura cristalina), ou seja, substâncias
amorfas tais como, âmbar e opala, são denominadas de mineralóide. O mercúrio (Hg) é o
único mineral a ocorrer em forma líquida sob temperatura ambiente na Terra.
O petróleo e o carvão, comumente referidos como minerais energéticos, são excluídos da
definição, pois não apresentam composição química definida ou estrutura atômica ordenada.
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No entanto, camadas de carvão podem, sob condições de altas temperaturas durante o
metamorfismo, sofrer intensa devolatilização e formar a grafita, um mineral.
Em resumo, um sólido de ocorrência natural para ser considerado um mineral deve
apresentar composição e estrutura cristalina únicas.
2. Classificação e abundância dos minerais da crosta terrestre Figura 2. Abundância relativa, em % volumétrica, dos principais minerais na crosta da Terra (Klein &
Hurlbut, 1993).
Olivina3%
Argilas5%
Micas5%
Anfibólios5%
Óxidos, Sulfetos, Sulfatos e Carbonatos
8%
Piroxênios11%
Quartzo12%
Feldspatos51%
A Importância dos minerais na nossa sociedade será enfatizada durante o curso,
destacando-se, particularmente, os silicatos que formam 90% da crosta terrestre (Fig. 2).
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Os minerais podem ser divididos em classes com base na composição química,
particularmente no ânion ou grupo aniônico dominante. De forma simplificada dividiremos os
minerais em não silicatos e silicatos.
s
s
s
s
Óxidos
s
NÃO SILICATOS
Aproximadamente 20 elementos são encontrados no
Elementos Nativo seu estado nativo. Au, Ag, Cu e Pt; As e Bi (raros); enxofre, diamante e grafita.Inclui uma grande parte de minerais de minério. XmSn,
Sulfeto onde X= elemento metálico. Pirita (FeS2); calcopirita (CuFeS2); bornita (Cu2S); covelita (CuS); galena (PbS); esfalerita (ZnS); molibdenita (MoS2).Contêm os elementos halogênios F, Cl, Br, and I como ânions dominantes. Combinam-se geralmente com
Haleto cátions de elementos alcalinos e alcalinos terrosos (Na, K, and Ca). Halita (NaCl) (sal de cozinha) and fluorita (CaF2).X2O: cuprita – Cu2O. X2O3: Grupo da hematita → coríndon (Al2O3); hematita (Fe2O3); ilmenita (FeTiO3). XO2: Grupo do rutilo → rutilo (TiO2); pirolusita (MnO2); cassiterita (SnO2); uraninita (UO2). XY2O4: Grupo do espinélio → espinélio (MgAl2O4); magnetita (Fe3O4); cromita (FeCr2O4).
Hidróxido
Estes minerais contêm OH- como o ânion dominante. Brucita [Mg(OH)2]; Gibbisita [Al(OH)3]; bauxita (hidróxido de Al e Fe hidratado).sulfo-sai
Metais ou semi-metais tomam o lugar do enxofre na estrutura. Enargita (Cu3AsS4); tetraedrita (Cu12Sb4S13); arsenopirita (FeAsS). Existem cerca de 100 sulfo-sais, mas apenas alguns são importantes.GE-401-MINERALOGIA – CIÊNCIAS DA TERRA Alfonso Schrank
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Apresentam CO3
2- como o ânion dominante. Grupo da calcita → calcita (CaCO3); magnesita (MgCO3); siderita (FeCO3); rodocrosita (MnCO3); Grupo da aragonita → aragonita (CaCO3); cerussita (PbCO3); Grupo da dolomita → dolomita [CaMg(CO3)2]; ankerita [CaFe(CO3)2]; Carbonatos hidratados → malaquita [Cu2CO3(OH)2]; azurita [Cu3(CO3)2(OH)2.
Carbonatos
Figura 3. Possibilidades de solução sólida em minerais do grupo dos carbonatos (Klein & Hurlbut, 1993).
Exercício: Lançar no diagrama: Feo: 0,22% MgO 21,12% CaO 31,27% CO2 47,22%.
CalcitaCaCO3
Dolomita CaMgCO3
Ankerita CaFeCO3
FeCO3SideritaMgCO3
Magnesita
Lançar no diagrama a análise química deste carbonato: FeO 12,6 % em pesoMnO 0,77 MgO 12,85 CaO 29,23 CO2 43,95 Tot. 100,07
FeO MgO CaO T 12,06 12,85 29,23 54,14 x y z 100 x= (12,06/54,14)x 100=22,29 Y= 23,73 Z= 53,98
53,98
23,73 22,29
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Os silicatos podem ser sub-divididos de acordo com a estrutura cristalina e composição
química e apenas alguns dos principais silicatos formadores de rocha encontram-se listados
abaixo.
Ca2SiO4
Porcentagemmolecular
CaFeSiO4CaMgSiO4Monticelita Kirschenita
Série completa
MgSiO4 FeSiO4Forsterita Faialita
Olivina faialita - FeSiO4; forsterita - MgSiO4
SILICATOS
Fosfatos, vanadatos, etc ...
Os fosfatos apresentam o grupo aniônico PO43- como o
dominante. A apatita [Ca5(PO4)3(OH)], é o principal fosfato. Compostos do tipo arsenatos AsO4
3-, vanadatos VO4
3- e wolframatos WO43- são estruturalmente e
quimicamente similares. Wolframita ([(Fe,Mn)WO4; scheelita (CaWO4).
Contêm o SO42- como o ânion predominante. Barita
(BaSO4); gipsita (CaSO4. 2H2O). Sulfatos
Figura 4. Composição da olivina com base no diagrama CaO-MgO-FeO-SiO2 (Klein &
Hurlbut, 1993)
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Mg3Al2Si3O12
Figura 5. Composição das granad
1993).
Piropo
P
Fe3Al2Si3O12 Almandina
Poucas Granadas Naturais
(Mg, Fe, Mn)3Al2Si3Piralspita
Ca3Al2Si3O12 Grossulária
Poucas Granadas Naturais
X3Y2(SiO4)3, X= Ca, Mg, Fe2+ ou Mn2+, Y= Al3+, Fe3+ e
Cr3+
almandina - Fe3Al2Si3O12; espessartita – Mn3Al2Si3O12;
Piropo – Mg3Al2Si3O12; grossulária – Ca3Al2Si3O12;
andradita - Ca3Fe2Si3O12
Granada
as e as possibilidades de solução sólida. (Klein & Hurlbut,
Mn3Al2Si3O12
orcentagemmolecular
Espessartita
O12
Ca3Fe2Si3O12Andradita
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O Quadrilátero dos Piroxênios
CaSiO3 Wollastonita
Clinopiroxênios CaMgSi2O6 CaFeSi2O6Diopsídio HedembergitaAugita
Pigeonita
Mg2Si2O6 Fe2Si2O6
Piroxênios XYZ2O6, onde X= Na+, Ca2+, Mn2+, Fe2+, Mg2+, e Li; Y=
Mn2+, Fe2+, Mg2+, Fe+3, Al3+, Cr3+ e Ti4+; Z= Si4+ e Al+3
Enstatita Ferrosilita Ortopiroxênios
Figura 6. Composição dos piroxênios com base no diagrama CaSiO3 – MgSiO3 – FeSiO3
(Klein & Hurlbut, 1993).
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Figura 7. Composição dos an
5
60
70
8
90
Ca2Mg5Si8O22(OH)2
Tremolita
Antofilita Mg7Si8O22(OH)2
W0-1X2Y5Z8O22(OH,F)2, onde W= Na+, K+; X=
Ca2+,Na+,Mn2+,Fe2+, Mg2+, e Li; Y= Mn2+, Fe2+, Al3+, Ti4+;
Z= Si4+, Al3+
Anfibólios
fibólios em diagrama ternário (Klein & Hurlbut, 1993).
0
“Ca7Si8O22(OH)2”
Porcentagem Molecular
Ca2Fe5Si8O22
Ferroactinolita
Cumingtonita-grunerita Grunerita Fe7Si8O22(OH)2
Muscovita - KAl2(AlSi3O10)(OH)2; biotita –
K(Fe,Mg)3(AlSi3O10)(OH)2
Micas
2
Caolinita - Al2Si2O5(OH)4; talco - Mg3Si4O10(OH) Argilo-mineraisGE-401-MINERALOGIA – CIÊNCIAS DA TERRA Alfonso Schrank
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igura 8. Composição dos feldspatos com base no diagrama Ortoclásio – Albita- Anortita
KAlSi
Feldspatos
Albita – NaAlSi3O8; anortita – CaAl2Si3O8; Ortoclásio -
KAlSi3O8
3O8
NaAlSi3O
Or
F
(Klein & Hurlbut, 1993).
8 CaAl2SiO8
Sanidina
Anortoclásio
ita abradorita AnortitaAb An
Porcentagem
gi o
molecular Or-Ab-An
Alb Oligoclásio Andesina L
Plá oclási sBitownita
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Feldspatos Alcalinos
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substituir outro na estrutura cristalina dos minerais. A substituição iônica na estrutura
cristalina dos minerais é função dos seguintes fatores:
Nefelina – NaAlSiO4; leucita – KAlSi2O6Feldspatóide
SiO2
Porcentagem Molecular
KAlSi3O8 NaAlSi3O8 K-feldspato Albita
KAlSi2O6
Leucita CaAlSi2O8
Anortita
Figura 9. Composição dos feldspatóides, comparada com a dos feldspatos, no sistema SiO2
(quartzo) – NaAlSiO4 (nefelina) – KAlSiO4 – (CaAl2O4). (Klein & Hurlbut, 1993).
3. Substituição iônica na estrutura cristalina
Grande parte dos minerais que pertencem a uma mesma classe mostram variações na sua
composição química e, raramente, são substâncias puras. Estas variações na composição
ocorrem em função da substituição iônica, ou seja, a possibilidade de um íon ou grupo iônico
KAlSiO2
Kalsilita
CaAl2O4
Quartzo – SiO2, tridimita e cristobalita; opala (SiO2.nH2O)
NaAlSiO4
Nefelina
Quartzo
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sses íons na estrutura cristalina dos
abela 1. Substituições iônicas mais comuns (Frey, 1974).
Número de Raio Iônico
1. Tamanho dos íons. Se a diferença entre os raios iônicos de um ou mais íons for <
15% pode ocorrer substituição iônica total entre e
minerais; se a diferença estiver entre >15% e <30%, a substituição iônica será restrita ou
rara; se a diferença for >30% a substituição iônica será improvável (Tabela 1). A
substituição iônica é do tipo simples: A+X- → B+X-, quando A+ pode ser parcial ou
totalmente substituído por B+; não havendo mudança de valência. Exemplos: (1) Fe2+ =
Mg+2 → Fe e Mg têm raios iônicos similares, 0,72 e 0,78 Å, respectivamente, e a mesma
valência, podendo ocorrer substituição completa de um pelo outro na estrutura dos
minerais i.e. grupo das olivinas - (Fe,Mg)2SiO4; (Mn,Fe)CO3 que forma a série MnCO3
(rodocrosita) e FeCO3 (siderita).
T
Íon Número de Raio Iônico (Å) Íon Coordenação Coordenação
Mg VI 0,80 Fe2+ 0,86 VI
Al IV 0,47 Si IV 0,34
F VI 1,25 O VI 1,32
Ba IX 1,55 K IX 1,63
Ge IV 0,48 Si IV 0,34
Ga VI 0,70 Al VI 0,61
Hf VIII 0,91 Zr VIII 0,92
Mn4+ VI 0,62 Fe3+ VI 0,73
Mn2+ VI 0,91 Fe2+ VI 0,86
La-Lu 1,05 VIII 1,26 – Ca VIII 1,20
Na VIII 1,24 Ca VIII 1,20
2. A valência (carga) dos íons envolvidos na substituição. Se as cargas são idênticas, a
1 B3+ + 1 C+:
estrutura cristalina permanecerá eletricamente neutra; se as cargas são diferentes deve
ocorrer substituição iônica adicional na estrutura para que a neutralidade eletrostática
seja mantida. Neste último caso a solução sólida ocorre por substituição acoplada (coupled substitution): A2+X2-, se B3+ substituir parte de A2+, a neutralidade eletrostática
será mantida se a mesma quantidade de A2+ substituída for compensada por C+ → 2A2+ =
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Exe
fira (Al,Fe,Ti)O3 ⇒ Ti4+ = 2Al3+ → Fe2+ + Ti4+
rie albita (NaAlSi3O8) – anortita (CaAl2Si2O8) ⇒ Na+Si4+ = Ca2+Al3+
Si4+ é substituído por
3. peratura
os sólidos se
Outros tipos de substituição iônica que resultam em solução sólida incluem:
. Substituição por omissão: A estrutura cristalina pode apresentar sítios atômicos vagos
est
bstitui dois íons K+, mas ocupa apenas uma posição na
s
4. Rrye, K. (1974) Modern Mineralogy, Prentice-Hall, 325 p.
emicals Fundamentals of Geology. Unwin Hyman, 292p.
ed., John Wiley & Sons.
mplos incluem:
Coríndon (Al2O3) e sa
Plagioclásios da sé
(para cada Ca2+ que substitui Na+ na estrutura do plagioclásio, um
um Al3+, mantendo assim o balanço de cargas na estrutura cristalina do mineral.
Minerais do grupo dos espinélios (Mg,Fe)(Al,Ti)204 ⇒ Mg2+Al3+ = Fe2+Ti4+
Temperatura e pressão: sólidos tendem a expandir-se com o aumento da tem
favorecendo a entrada de íons de grande raio iônico. De forma similar,
contraem com o aumento da pressão favorecendo a substituição de íons de pequeno raio
iônico.
1
que podem ser parcial ou totalmente ocupados.
Exemplo: anfibólio tremolita Ca2Mg5Si8O22 (OH)2, onde está normalmente vago na
rutura ⇒ + Si4+ ⇔ Na+ + Al3+.
A substituição ocorre somente em uma posição na estrutura, permanecendo as outras vagas
→ K+ + K+ = Pb2+ + (O Pb2+ su
estrutura, deixando a outra vaga); o sulfeto de ferro pirrotita, devido à omissão periódica de
Fe2+ na estrutura (imperfeição), tem formula expressa por Fe1-xS (x= 0,0 – 0,2), e não FeS.
2. Substituição intersticial: Entre átomos, íons ou grupos iônicos na estrutura cristalina
existem interstícios que são considerados como vazios estruturais. Quando íon
localizam-se nesses espaços estruturais ocorre a substituição intersticial. Esses vazios
geralmente acomodam íons ou moléculas grandes, tais como K+, Rb+, Cs+, H2O e CO2
que podem acomodar-se, por exemplo, nos interstícios (cavidades tubulares) do berilo
(Be3Al2Si6O18).
eferências F
Gill, R., 1989, Ch
Klein Jr., C.; Hurlbut, S., 1993, Manual of Mineralogy. 21st