COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA para pacientes com COVID

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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA para pacientes com COVID TERAPIA OCUPACIONAL UFRJ

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COMUNICAÇÃO

ALTERNATIVA

para pacientes com COVID

TERAPIA OCUPACIONAL

UFRJ

CADERNO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA PACIENTES COM COVID-19

CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL DA UFRJ

Equipe de desenvolvimento do projeto:

Janaína Santos Nascimento – Professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal

do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutorado em Ciências Médicas. [email protected]

Kelly do Valle – Terapeuta ocupacional formada pela UFRJ. [email protected]

Patrícia Santos de Oliveira Coelho – Terapeuta ocupacional da prefeitura do Rio de Janeiro. Residência em

Clínica Médica pelo Programa de Residência Multiprofissional do HUCFF - UFRJ.

[email protected]

Miryam Bonadiu Pelosi – Professora Associada do Departamento de Terapia Ocupacional da UFRJ.

Doutorado em Educação. [email protected]

Thainá Rodrigues de Melo dos Santos – Terapeuta Ocupacional do Departamento de Terapia Ocupacional

da UFRJ. Mestre em Clínica Médica. [email protected]

CADERNO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA PARA PACIENTES COM COVID-19

CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL DA UFRJ

Data de publicação do segundo caderno na Web: 25/05//2020

Primeiro caderno está disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/maio/ministerio-e-ufrj-

disponibilizam-material-que-facilita-a-comunicacao-em-ambiente-hospitalar

Material desenvolvido com o Software Prancha Fácil – UFRJ – Criado por José Antonio Borges, Miryam

Pelosi e Júlio Tadeu Carvalho da Silveira

Fonte dos Pictogramas: Portal Aragonês de Comunicação Aumentativa e Alternativa http://www.arasaac.org/

Disponível para download no Portal Assistiva em: http://www.portalassistiva.com.br

Apoio institucional:

A utilização da Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) vem contribuindo para o cuidado e a

integração dos pacientes sem capacidade para comunicação verbal efetiva. Muitos pacientes com a

COVID-19, por apresentarem também dificuldades motoras e cognitivas, não são capazes de se

comunicar por meio da escrita e/ou de prancha com as letras do alfabeto.

O treinamento dos recursos de CAA é fundamental e deve ser feito paulatinamente por um

profissional habilitado, como o terapeuta ocupacional, considerando as condições clínicas e as

habilidades de desempenho do paciente.

Na impossibilidade desse treinamento e como uma estratégia para mitigar o sofrimento dos

pacientes, o grupo construiu um novo caderno de comunicação a partir de um vocabulário

preestabelecido. Esse vocabulário foi selecionado considerando as pesquisas desenvolvidas pelo

Grupo de Pesquisa Terapia Ocupacional e Tecnologia Assistiva, desde 20111-7, no Hospital

Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (HUCFF/UFRJ).

COMO DIALOGAR COM PACIENTES COM A COVID-19 SEM CAPACIDADE PARA

COMUNICAÇÃO ORAL?

As pranchas de comunicação que compõem esse caderno podem ser utilizadas para favorecer

escolhas, acolher medos, angústias e preocupações, assim como para abordar a temática da morte ou a

sua iminência. A comunicação com a família, por meio de chamadas de vídeo e/ou chamada viva voz 8,

deve acontecer com o apoio das pranchas.

As barreiras comunicativas favorecem à conspiração do silêncio, provocam sentimentos de

ansiedade, estresse e frustração e aumentam o risco de luto complicado e estresse pós-traumático.

Ademais, interferem na implementação de diretrizes mundialmente discutidas para a melhoria do processo

de cuidado do paciente com a COVID-19, desde o período de admissão até a alta ou óbito.

Para amenizar essa situação, os hospitais devem disponibilizar recursos CAA adequados e o

treinamento da equipe.

COMO DIALOGAR COM PACIENTES COM A COVID-19 SEM CAPACIDADE PARA

COMUNICAÇÃO ORAL?

• As pranchas podem ser utilizadas de modo isolado ou em conjunto.

• Os temas envolvem as necessidades físicas, espirituais, sociais e emocionais.

• As pranchas possuem seis símbolos, com exceção da prancha de alfabeto.

• Caso o paciente seja capaz de escrever ou utilizar uma prancha de alfabeto, priorize esses

recursos.

• As pranchas foram construídas no software Prancha Fácil.

CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL

ENTENDA COMO UTILIZAR

• Apresente a prancha de comunicação para o paciente e certifique-se de que ele esteja

compreendendo, escutando e visualizando o conteúdo.

• Caso o paciente não tenha movimentação ativa de membros superiores para selecionar o

símbolo, defina um sinal de afirmação com o paciente – piscar os olhos, estender o braço ou

balançar a cabeça.

• Aponte pausadamente cada símbolo até que o paciente possa sinalizar a opção desejada.

• Após a escolha, confirme se o símbolo escolhido corresponde ao que o paciente deseja

comunicar.

COMUNICAÇÃO COM A FAMÍLIA COM APOIO DAS PRANCHAS

Paciente sem comunicação oral

Consegue utilizar as pranchas de CAA

Videochamada com apoio das pranchas

de CAA

Profissional deve favorecer perguntas e respostas simples

com apoio das pranchas de CAA

Em caso de dificuldade, procure

um terapeuta ocupacional

• Fonte: Adaptado de CRISPIM, D. et al. Comunicação Difícil e Covid – 19: Dicas para adaptação de condutas para diferentes cenários

na pandemia.

• As pranchas devem ser impressas em folha A4, coloridas e plastificadas para garantir sua

durabilidade e possibilidade de higienização.

• As pranchas são de uso individual e não devem ser compartilhadas para evitar a contaminação de

outros pacientes e profissionais de saúde.

• A higienização deve ser realizada com o desinfetante recomendado pela Comissão de Controle de

Infecção Hospitalar da unidade ou água e sabão.

HIGIENIZAÇÃO E PROTEÇÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. PELOSI, M.B. et al. Os caminhos que levaram à criação do Portal de Tecnologia Assistiva do Curso de Terapia Ocupacional da UFRJ. Cad.

Ter. Ocup. UFSCar, v. 21, n. 2, p. 289- 298, 2013.

2. NASCIMENTO, J.S.; MANNINI, J.; PELOSI, M.B.; PAIVA, M.M. Cuidados do terapeuta ocupacional na introdução de recursos de Comunicação

Alternativa no ambiente hospitalar. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, v.25, p. 215-22, 2017.

3. PELOSI, M.B.; NASCIMENTO, J.S. Uso de recursos de comunicação alternativa para internação hospitalar: percepção de pacientes e de

terapeutas ocupacionais. Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, v. 26, n. 1, p. 53-61, 2018.

4. PELOSI, M.B. et al. Educação a distância: uma alternativa para a formação na área de tecnologia assistiva? Informática na Educação: teoria &

prática, Porto Alegre, v.21, n.2, mai./ago. 2018.

5. PELOSI, M. B. et al. A comunicação alternativa no contexto hospitalar. In: MANZINI, M. G.; MARTINEZ, C. M. S. (Eds.). Contribuições da

Terapia Ocupacional no uso da comunicação alternativa em diferentes contextos de desenvolvimento humano. 1. ed. São Paulo. 2019.

6. COELHO, P.S.O. et al. Sistematização dos procedimentos para a implementação da comunicação alternativa e ampliada em uma UTI geral.

Cad. Ter. Ocup. UFSCar, São Carlos, no Prelo.7. Carmo GP, Nascimento JS, dos Santos TRM, Coelho PSO. Intervenções terapêutico-ocupacionais para pacientes com COVID-19 na UTI. Rev. Interinst. Bras.

Ter. Ocup. Rio de Janeiro. 2020. suplemento, v.4(3):397-4158. CRISPIM, D.; SILVA, M.J.P.; CEDOTTI,W.; CÂMARA, M.; GOMES, A. Comunicação Difícil e Covid – 19: Dicas para adaptação de condutas

para diferentes cenários na pandemia.

CONTEÚDO DO CADERNO DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA TO/UFRJ

SUMÁRIO

1 – ALFABETO

2 – DESEJOS

3 – NÃO DESEJO

4 – QUERO FALAR COM

5 – EU ME SINTO

6 – PERGUNTAS

7 – CONVERSAR

8 – SOFRIMENTO

9 – DOENÇA E TRATAMENTO

10 – SENTIMENTOS

11 – MEDOS

12 – RELIGIÃO

13 – ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

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ALFABETO

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ALFABETO

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DESEJOS

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DESEJOS

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DESEJOS

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DESEJOS

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NÃO DESEJO

QUERO FALAR COM

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EU ME SINTO

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PERGUNTAS

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CONVERSAR

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CONVERSAR COM A FAMÍLIA

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SOFRIMENTO

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SOFRIMENTO

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DOENÇA E TRATAMENTO

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DOENÇA E TRATAMENTO

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SENTIMENTOS

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REAÇÕES E SENTIMENTOS

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MEDOS

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MEDO AUMENTA

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RELIGIÃO

ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO

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