Comunicado da defesa de Ricardo Salgado

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  • 7/24/2019 Comunicado da defesa de Ricardo Salgado

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    COMUNICADO

    Mais de um ano e meio depois da resoluo, o Novo Banco temmenos 24% de depsitos e concedeu menos 33% de crdito do

    que o BES em 30 de Junho de 2014, o que demonstra que osClientes tinham mais confiana no BES do que tm no NovoBanco.

    Em 30.06.2014, antes da resoluo, o BES constituiu provises,sem contar com as associadas aos eventos txicos ouextraordinrios, superiores em quase 20% s provises que oNovo Banco registou no final de 2014.

    As provises apresentadas pelo BES em 30.06.2014 foramaprovadas por uma administrao da qual o Dr. Ricardo Salgado

    j no fazia parte, foram impostas pelo Banco de Portugal ecertificadas pela KPMG.

    O BES e a administrao liderada pelo Dr. Ricardo Salgadoforam avaliados por distintas entidades ao longo de vrios anos:

    (i) Pelo Banco de Portugal, que manteve uma inspeo intrusiva

    no BES com a presena permanente de vrios elementos e que,em larga medida, geriu o BES a partir do incio de 2014;

    (ii) Por um vasto conjunto de investidores e consultorasinternacionais aquando do aumento de capital concretizado comreconhecido sucesso em Maio/Junho de 2014 aps umaprofunda Due Diligence;

    (iii) Pela KPMG que decretou, em Julho de 2014, a constituiode novas provises de pelo menos 2 MM!, das quais 1.3 MM!foram, segundo a CMVM, posteriormente estornadas sem quetenha sido liquidado o saldo remanescente do papel comercialde retalho (597 M!) colocado junto dos lesados. De recordarque foi a anterior gesto do BES liderada pelo Dr. RicardoSalgado que j havia previamente reembolsado 1.5 MM! de

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    papel comercial de retalho.

    (iv) Pela PwC, atual auditor do Novo Banco, que anteriormenteno mbito do ETRICC 2 escrutinou, em Maro de 2014, a pedido

    do Banco de Portugal, a exposio do BES aos seus principaisclientes;

    (v) Pela Deloitte durante a auditoria forense realizada a pedidodo Banco de Portugal;

    Convm igualmente relembrar que foi o Banco de Portugal queprolongou, durante mais de um ano e meio, a transferncia deactivos ditos txicos para o BES, incluindo a garantia soberana

    do Estado de Angola ao BESA.

    Acresce que o Banco de Portugal responsvel pelatransferncia para o BES de obrigaes snior em partecomercializadas j pelo Novo Banco, assim pondo em causa aconfiana no Novo Banco junto de investidores institucionais degrande relevncia a nvel internacional.

    Como afirmou desde o primeiro momento, o Dr. RicardoSalgado no fugir s suas responsabilidades pela gesto dobanco que reconhecidamente liderou o apoio s empresas e aoEstado portugus.

    No entanto, como evidente, passado mais de um ano e meioda resoluo o Dr. Ricardo Salgado no pode serresponsabilizado pela gesto do Novo Banco e muito menospelas consequncias da deciso de resoluo, que sempredenunciou como um erro.

    tempo de o Senhor Governador do Banco de Portugal assumira responsabilidade pelos seu atos.

    Cascais, 25 Fevereiro de 2016