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Comunicações ÓpticasComunicações Ópticas
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FEUP (DEEC)FEUP (DEEC)
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Programa: Parte IPrograma: Parte IIntrodução: Sistemas de Comunicação por Fibra ÓpticaIntrodução: Sistemas de Comunicação por Fibra Óptica
Perspectiva históricaEspectro electromagnético e comprimento de onda da luzVantagens e desvantagens da fibra óptica como meio de transmissãoElementos de um sistema de comunicação por fibra ópticaTransmissão de informação por sinais ópticosEvolução dos sistemas por fibra ópticaRedes de fibra óptica
Fibras Ópticas: Estruturas e Teoria de Propagação Fibras Ópticas: Estruturas e Teoria de Propagação A natureza da luzDefinições e leis básicas da ópticaEstruturas e análise de raios e modos em fibras ópticas Teoria electromagnética em guias de onda cilíndricosFibras monomodoFibras multimodo de índice gradual
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Características de Transmissão: Atenuação e DispersãoCaracterísticas de Transmissão: Atenuação e DispersãoAtenuaçãoDispersãoNão-linearidades da fibra óptica
Fibras Ópticas: Materiais e Técnicas de Fabrico, e Cabos ÓpticosFibras Ópticas: Materiais e Técnicas de Fabrico, e Cabos ÓpticosMateriais e técnicas de fabricoCabos ópticos
Ligação de Fibras ÓpticasLigação de Fibras ÓpticasJuntasConectores ópticos
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Bibliografia principal:Bibliografia principal:
“Optical fiber communications”, Gerd Keiser, 3ª edição, McGraw-Hill (2000);
“Optical fiber communications”, John Senior, 2ª edição, Prentice-Hall (1992);
Bibliografia complementar:Bibliografia complementar:
Nível básico
“Understanding fiber optics”, Jeff Hecht, 4ª edição, Prentice-Hall (2002)
Nível avançado
“Fiber-optic Communication Systems”, Govind Agrawal, 2ª edição, John Wiley& Sons (1997)
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Método de Avaliação:Método de Avaliação:Avaliação distribuída
Componentes de avaliação:Componentes de avaliação:Trabalhos práticos: 4 valoresTrabalhos práticos: 4 valores
Relatórios: 75%Desempenho: 25%Data limite de entrega: semana de 26 Maio
Monografia: 6 valoresMonografia: 6 valoresParte escrita: 70%Parte oral (apresentação): 30%Data limite de entrega: dia 26 de MaioData da apresentação oral: semana de 26 de Maio (data a combinar)Prazo limite para escolha dos temas: 28 de Março
Exame final: 10 valoresExame final: 10 valores
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Perspectiva históricaPerspectiva histórica
A luz tem sido usada em sistemas de comunicação em linha de vista desde a Antiguidade
Avanços importantes para este tipo de sistemas ocorreram nos finais do séc. XVIII início do séc. XIX
Transmissão guiada de luz por fibras ópticas tornou-se realidade no início da década de 1970
Outras invenções, em particular o LASER, foram de importância vital
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Sistemas de comunicação óptica em linha de vistaSistemas de comunicação óptica em linha de vista
1791: Telégrafo óptico de ChappeClaude Chappe demonstrou um sistema de sinalização baseado num par de braços de madeira, móveis, instalados no alto de torres localizadas no topo de montes ou colinas
1869: Heliógrafo de espelhos de ManceAdaptado por Henry C. Mance, a partir do heliógrafo inventado por Gauss em 1810, o sistema era constituído por um obturador e dois espelhos: um para colectar a luz solar e o outro para direccionar o feixe de luz. Usado pelos ingleses na Índia até 1890.
1880: Fotofone de BellAparelho construído por Alexander Bell, onde um feixe de luz modulado pela voz do utilizador era usado para comunicação com o receptor, onde uma célula de selénio convertia os sinais ópticos em eléctricos para posterior processamento.
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Telégrafo óptico de Chappe
1ª Linha a entrar em funcionamento: Paris ↔ Lille
Por decreto de 4 de Agosto de 1793, é decidido a construção desta ligação. Os primeiros ensaios de campo têm lugar em Abril de 1794, sendo a abertura oficial em Julho desse ano. A linha era composta de 15 estações de retransmissão.
Em 30 de Agosto de 1794, entre as 15h20m e as 15h50m foi comunicado à Convenção (governo da altura) que o exército francês tinha retomado a cidade de Condé-sur-l’Escaut aos austríacos. Demorou cerca de 30 m a receber a boa nova!!! Foi a prova definitiva da validade do telégrafo de Chappe, marcando o início da sua implementação em larga escala.
Em meados do séc. XIX, a rede englobava mais de 5000 km de extensão, interligando 29 cidades, e compreendendo 534 estações centralizadas em Paris. O seu declínio deve-se ao aparecimento do telégrafo eléctrico, inventado por Morse (1838).
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Heliógrafo de Heliógrafo de ManceMance
Demonstrou a sua utilidade nas guerras Anglo-Afegãs, na Índia, nos finais do séc. XIX, e na guerra dos Boers, na África do Sul, no mesmo período.
O decréscimo progressivo da sua utilização foi também devido à crescente implantação do telégrafo de Morse. Todavia, mesmo na II Guerra Mundial, tropas canadianas ainda usaram variantes avançadas deste sistema dada a sua fiabilidade, portabilidade e segurança inerente na transmissão de mensagens.
Deve-se mencionar que, ainda hoje em dia, em navios e aeroportos, variantes quer do telégrafo de Chappe quer do heliógrafo de Mance ainda são utilizadas.
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Fotofone de Bell
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Transmissão guiada de luzTransmissão guiada de luz
1841: A experiência de ColladonDaniel Colladon, um físico suíço, demonstrou nas suas exposições que a luz pode ser guiada no interior de um jacto de água curvo
1880: Sistema de iluminação de WheelerWilliam Wheeler, um engenheiro hidráulico, idealizou um sistema para iluminação de casas a partir de uma única fonte de luz usando canos com espelhos. A ideia falhou.
1966: Proposta de guias de onda em vidro com baixas perdasCharles Kao e George Hockham concluiram que as perdas no vidro eram devidas a impurezas; previram que a transmissão de luz era possível se fibras ópticas de vidro altamente puro fossem fabricadas.
1972: Primeira fibra óptica com atenuação inferior a 20 dB/kmRobert Maurer, Donald Keck e Peter Schultz da Corning Glass Inc., USA, fabricaram a primeira fibra com baixa atenuação.
1976: Primeiro sistema comercial de fibras ópticas
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A experiência de Colladon
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Sistema de iluminação de Wheeler
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Espectro electromagnético usado em comunicaçõesEspectro electromagnético usado em comunicações
A invenção do telégrafo por Morse em 1838 deu origem à era das comunicações eléctricas.
Dado que a quantidade de informação que pode ser transmitida está directamente relacionada com a frequência da portadora, na qual a informação é impressa, então um aumento da sua frequência implica, em teoria, um aumento da largura de banda de transmissão e, em consequência, uma maior capacidade de transmitir informação. Assim, a tendência em sistemas de comunicação é o uso de frequências cada vez mais elevadas (ou, equivalentemente, de comprimentos de onda mais curtos).
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Espectro da luz e comprimento de ondaEspectro da luz e comprimento de onda
Comprimento de onda da luz: λA luz pode ser caracterizada em termos do seu comprimento de ondaAnálogo à caracterização de um sinal rádio pela sua frequênciaExpressa-se em mícrons (µm) ou nanómetros (nm)
Espectro da luz vísível vai desde o ultra-violeta (UV) ao infra-vermelho (IV)
Sistemas de fibra óptica operam em três zonas do IV: ~820, ~1310 e ~1550 nmEstas zonas designam-se por janelas
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800
Luz visível
Janelas de operação da fibra óptica
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Vantagens da fibra óptica como meio de transmissão:Vantagens da fibra óptica como meio de transmissão:
Grande largura de banda
Baixa atenuação
Tamanho e peso reduzido
Imunidade a interferências electromagnéticas
Isolamento eléctrico
Fiabilidade e facilidade de manutenção
Matéria-prima abundante e potencial baixo custo
- Enorme largura de banda: a gama de de frequências da portadora óptica de 1013 a 1016 Hz resulta num potencial de largura de banda excedendo, em várias ordens de grandeza, as de condutores metálicos e mesmo de ondas rádio milimétricas. Apresenta larguras de banda teóricas da ordem de 50 THz, as quais no momento estão longe de serem alcançadas;- Baixa atenuação: os cabos de fibra óptica, fabricados hoje em dia, apresentam fibras com pequena atenuação (baixas perdas) quando comparada com meios de transmissão convencionais (cabos metálicos, microondas, etc). Tal permite cobrir distâncias de transmissão elevadas (da ordem das centenas de quilómetros) sem o auxílio de repetidores ou amplificadores, reduzindo assim os custos e a complexidade do sistema;- Tamanho e peso reduzido: o baixo peso e reduzidas dimensões das fibras ópticas (da ordem de um cabelo humano) são uma vantagem considerável sobre os cabos metálicos. Tal é importante em condutas saturadas nos grandes centros urbanos, bem como em aviões, navios e satélites;- Imunidade a interferências electromagnéticas: deriva de ser um meio dieléctrico, donde ser imune a “crosstalk”, descargas eléctricas (naturais, como relâmpagos, ou provocadas pelo homem) e ruído impulsivo (accionamento de interruptores, de motores, etc), o que tem particular interesse em aplicações militares;- Isolamento eléctrico: dado serem constituídas por vidro, o qual é um material isolador eléctrico, não é necessário cuidados com malhas de terra, curto-circuitos, etc.- Segurança e privacidade : dado ser um guia de onda em que o sinal óptico é fortemente confinado no interior da sua estrutura, tem inerente um grau de segurança elevado. Por outro lado, a sua intrusão para fins de escuta é difícil e de detecção relativamente fácil, o que garante a privacidade e aumenta a segurança;- Fiabilidade e facilidade de manutenção: resulta essencialmente da sua baixa atenuação, o que implica menos repetidores ou amplificadores ao longo do sistema, logo maior fiabilidade do mesmo. Além do mais, os dispositivos ópticos apresentam, hoje em dia, tempos de vida médios de 20 a 30 anos;- Matéria-prima abundante e potencial baixo custo: resulta do facto de a sílica ser a principal matéria-prima de que é fabricada a fibra óptica. Ora, a sílica é extraída da vulgar areia, material abundante e barato. Todavia, o seu processo de fabrico é bastante complexo, logo muito oneroso, e o custo dos componentes activos é elevado, o que torna os sistemas por fibras ópticas apenas competitivos ou mandatórios apenas em aplicações específicas; é o caso de transmissão a longa distância, sistemas de muito alto débito, sistemas de comunicação em ambientes adversos, etc.
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Desvantagens da fibra óptica como meio de transmissão:Desvantagens da fibra óptica como meio de transmissão:
Junção de fibras pode ser mais difícil e oneroso
Robustez da fibra, do ponto de vista mecânico, inferior à dos fios de cobre
Potência limitada das fontes ópticas, o que condiciona a distância coberta
Inadequação a códigos ternários, i.e., a luz não pode ter valores negativos
Adaptação complexa a sistemas de múltiplo acesso, limitando o seu uso, por exemplo, em LANs
Susceptíveis a níveis elevados de ionização
Incapacidade de transportar energia eléctrica
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Elementos de um sistema de comunicaçãoElementos de um sistema de comunicação
MessageSource Transmitter Transmission
ChannelReceiver Message
Destination
A figura representa os elementos fundamentais de um sistema de comunicação:
- Fonte da informação: origem das mensagens a transmitir;
- Transmissor: tem como função converter as mensagens num formato adequado às características do meio (ou canal) de transmissão;
- Meio de transmissão: é o meio físico que interliga a origem com o destino, ou seja, faz a ligação entre o transmissor e o receptor; pode ser classificado como guiado ou não-guiado;
- Receptor: tem a função de extrair do sinal vindo do meio, possivelmente atenuado e distorcido, a informação transmitida, reconvertendo-a, com o máximo de fidelidade, nas mensagens originais para serem entregues ao seu destino.
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Elementos de um sistema de comunicação por fibra ópticaElementos de um sistema de comunicação por fibra óptica
Os elementos básicos de um sistema de comunicação por fibra óptica são:- Transmissor óptico: consiste na fonte de luz (LED ou LD) e circuito de modulação associado;- Cabo de fibras ópticas: é o cabo que contém as fibras ópticas, garantindo a sua protecção mecânica e
ambiental;- Receptor óptico: consiste de um fotodetector (PIN ou APD) mais circuito de amplificação, decisão e
regeneração do sinal.- Juntas e conectores ópticos: a fibra é instalada em troços, sendo necessário a sua união quer através
de juntas quer de conectores. As juntas são uniões permanentes, enquanto os conectores podem ser temporários ou semi-permanentes.
Componentes adicionais incluem: acopladores ou divisores ópticos; multiplexadores/desmultiplexadoresópticos; amplificadores ópticos; etc.
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Projecção do volume de negócios de componentes para sistemas porProjecção do volume de negócios de componentes para sistemas por fibra fibra ópticaóptica
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Evolução de 5 gerações de sistemas por fibra ópticaEvolução de 5 gerações de sistemas por fibra óptica
A figura mostra a evolução dos sistemas de fibras ópticas, os quais com base nas suas características (tipo de fibra, janela de transmissão, tipo de dispositivos activos, etc) são, em geral, classificados em cinco gerações, tendo por base desta classificação o parâmetro “taxa de transmissão em Gbit/s x distância de transmissão (1 km)”.
De notar que o desenvolvimento de novas tecnologias e progressos em cada geração implica sistemas de maior capacidade de transmissão de informação.
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Transmissão de informação por sinais ópticosTransmissão de informação por sinais ópticos
Como se transmite a informação usando luz?Como se transmite a informação usando luz?
Ao invés de sistemas eléctricos, a luz não tem níveis negativos
Formato tradicional involve “ligar/desligar” (on/off) a fonte óptica para representar sinais binários “1/0” → designa-se por modulamodulaçção de intensidadeão de intensidade
Outras técnicas recorrem a formatos mais sofisticados → modulamodulaçção coerenteão coerente
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ModulaçãoModulação
SINAL ANALÓGICOSINAL DIGITAL
PORTADORA MODULADA
Modulação em Amplitude
AMPLITUDE
FREQUÊNCIA (CICLOS/SEGUNDO)
PORTADORA DE SINAL NÃO MODULADA
SINAL DIGITALSINAL ANALÓGICO
Modulação em Frequência
1 0 0 1 0 1 1 0 1 0
Modulação em Fase
ModulaçãoQuando um sinal, representando uma mensagem, é impresso ou modulado numa portadora, esta é alterada de modo a representar a mensagem que se quer transmitir.Métodos, bem conhecidos, usados para a modulação de um sinal numa portadora são a modulação em frequência e amplitude (figura acima):Modulação em amplitude - a amplitude da portadora é alterada de modo a estar de acordo com o sinal em banda base, mantendo-se constante a frequência da portadora.Modulação em frequência - neste caso, é a frequência da portadora a ser alterada para reflectir a mensagem, enquanto que a amplitude da portadora é mantida constante.Modulação de fase - é um outro método de modulação, onde a fase da portadora é modificada, afectando a sua frequência enquanto que a amplitude permanece constante.
Da figura podemos ver também que sinais digitais podem modular a portadora. No caso de canais analógicos, a palavra-chave é "modulação", representada pelo M maiúsculo nas siglas AM, FM e PM (do inglês "Amplitude Modulation", "Frequency Modulation" e "Phase Modulation"). No caso de sinais digitais, a norma é adicionar as letras "SK", de "-shift keying" como em ASK, FSK e PSK. Neste caso representa comutar, alterar (em inglês, "keying") de um dado valor para um outro, seja em amplitude, frequência ou fase, respectivamente.
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Modulação em intensidadeModulação em intensidade
O formato de modulação mais comum em sistemas por fibra óptica
Pode ser implementada quer ao nível eléctrico quer ao nível óptico
Sistemas integrados de modulação com LEDs ou LASERs bem desenvolvidos
Desenho do receptor relativamente simples
Modulação em intensidadeModulação em intensidade
NÍVEL 2
NIVEL 1
1 0 1 1 0 1 0 0 1
Sinal eléctrico
Sinal óptico
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Modulação coerenteModulação coerente
Sistemas de modulação em banda de canal, tais como ASK, FSK ou PSK
Implementação eléctrica ou óptica, dependendo do tipo de modulação
Receptores bastante mais complexos
Melhor sensibilidade do receptor → menor potência óptica requerida
Selecção do canal possível no receptor
Sinal eléctrico
Sinal óptico FSK
Modulação coerenteModulação coerente
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Configurações básicas de receptores ópticosConfigurações básicas de receptores ópticos
Amplificador de Frequência
Intermédia (IF)
Equalisador
Oscilador Local
Amplificador de Banda BasePré-amplificador
Amplificador de Banda Base
a) Receptor de Detecção Directa
b) Receptor Heterodino
Entrada
Saída
Saída
Saída
fLO=fS
fSfIF fLO= | - |
fLO
c) Receptor Homodino
fS
fS
fS
Entrada
Entrada
Pré-amplificador
Pré-amplificador
Oscilador Local
Equalisador
Amplificador de Banda Base Equalisador
O processo de detecção, usado nos receptores ópticos é chamado detecção directa. Conforme sabido, a detecção directa é basicamente um processo de contagem de fotões, onde cada fotão detectado é convertido numa corrente eléctrica. Este processo ignora a frequência e a fase da portadora óptica. Assim, para que a frequência ou a fase do sinal óptico sejam utilizadas pelo receptor, é necessário que haja algum processamento antes da detecção pelo fotodíodo.Foram desenvolvidas técnicas para melhorar a detecção óptica. A sua base teórica ultrapassa o âmbito desta disciplina; pode-se, no entanto, dizer que essas técnicas são análogas às que se aplicam nas comunicações de rádio.O bloco básico para a implementação destas técnicas é um oscilador óptico local, ou seja, um díodo laser, cuja saída é "misturada" ("mixed") no receptor com o sinal óptico recebido, conforme se pode ver na figura acima. A detecção que utiliza desta forma um oscilador local é chamada detecção coerente.Como se conclui da figura, os receptores ópticos podem ser classificados em três categorias básicas:
♦ receptores de detecção directa♦ receptores heterodinos♦ receptores homodinos
Num receptor de detecção directa (a) o sinal óptico é convertido directamente no sinal em banda base.Num receptor heterodino (b), o sinal recebido é misturado com o sinal do oscilador local, por vezes depois de amplificado. O sinal obtido da diferença das frequências, o chamado sinal de frequência intermédia (IF, intermediate frequency), é então amplificado e detectado. Note que fIF=|fs-fLO|.Num receptor homodino (c), a frequência do oscilador local, bem como a sua fase, são controladas de modo a que sejam sempre iguais à frequência e fase do sinal recebido.A detecção coerente poderia potencialmente melhorar até 20 dB na sensibilidade do receptor, relativamente à detecção directa. Deste melhoramento na sensibilidade poderia resultar:♦ aumento da distância entre repetidores♦ maiores cadências de transmissão sobre as ligações existentes, sem reduzir a distância entre repetidores♦ maior saldo de potência para compensar as perdas associadas com os acopladores e os dispositivos
WDM♦ melhor sensibilidade para os equipamentos de teste ópticos, tais como o reflectómetro óptico no domínio
temporal (OTDR, "optical time domain reflectometer").
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Redes de fibra ópticaRedes de fibra óptica
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Tipos de redes de comunicaçãoTipos de redes de comunicação
Uma grande variedade de redes de comunicação evoluíram, destancando-se algumas tais como:
Redes de longa distância (“trunk networks”)
Redes metropolitanas
Redes de acesso
Redes locais (“LANs”)
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Redes de longa distânciaRedes de longa distânciaInterligam grandes centros populacionaisDistâncias involvidas são substanciais (> 100 km)Ligações troncas (“trunks”) quase exclusivamente em fibra ópticaCapacidade muito elevada → no mínimo vários Gbit/sResiliência elevada
Cidade A
Cidade B
Cidade C
Cidade D
Ligação de alto débito(“trunk link”)
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Redes metropolitanasRedes metropolitanasConfinadas a um único centro populacional / industrialDistâncias envolvidas típicas da cidade (~ 10 km)Transmissões por ligações quase exclusivamente em fibra ópticaCapacidade elevada → até alguns Gbit/sResiliência elevada
Nodos
Ligações troncas para outrasredes metropolitanas
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Redes de distribuição e de acessoRedes de distribuição e de acessoFornecem serviços ao assinanteDependendo do tipo de assinante, as ligações são em fibra ou cobre (residenciais)Distâncias relativamente curtasCapacidade média (até 1 Gbit/s)Resiliência inexistente
Central telefónica
Armário decomunicações
Assinantes
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Redes de área local Redes de área local –– LANsLANsCurto alcanceEm geral, são redes privativasUsam um misto de fibra – cobre, e possivelmente tecnologia sem fiosDébitos desde Mbit/s até alguns Gbit/s
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Redes (de Telecomunicações) PúblicasRedes (de Telecomunicações) Públicas
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Transmissão por fibra óptica na Rede PúblicaTransmissão por fibra óptica na Rede Pública
Fibra óptica implementada em larga escala nas redes de longa distância
Todos os sistemas usam fibra óptica monomodo
Comprimentos de onda de operação em torno dos 1550 nm
Débitos por fibra da ordem de 10 Gbit/s ou superiores
Multiplexagem no domínio óptico cada vez mais implementadaChamada de “DWDM – Dense Wavelength Division Multiplexing”Pode aumentar a capacidade da fibra 100x ou mais
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Tendências no desenvolvimento da Rede PúblicaTendências no desenvolvimento da Rede Pública
Crescimento elevado na dimensão desta rede:Tipos de tráfego em expansãoDébitos dos serviços suportados em contínuo aumento
Emergência de outros requisitosTroços com maior distância e sem regeneraçãoResiliência, robustez e sobrevivência da rede melhoradaExpansibilidadeGestão, controlo e monitorização da rede potenciados
Extensão dos serviços de banda larga até à residência
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Crescimento a nível mundial do tráfego telefónico e IPCrescimento a nível mundial do tráfego telefónico e IP
Historicamente, o tráfego duplicou a cada 30-40 meses
Alimentado pela Internet, o tráfego IP está a crescer a uma taxa extraordinária
Nos USA, o tráfego de dados já ultrapassou o telefónico em ligações troncas
Previsão do tráfego telefónico e IP a nível mundial(Fonte: Analysys)
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Consequência do crescimento do tráfego: custos inferioresConsequência do crescimento do tráfego: custos inferiores
Custo médio de transferir 1 Terabyte de informação através da Rede Pública caiu de cerca de 70 000 € em 1998 para um custo estimado de 300 € em 2003
1 Terabyte representa o conteúdo de cerca de 150 CD-ROMs
Em 1998, custava cerca de 60 Euros para transferir o equivalente à informação contida num CD-ROM
Em 2003, estima-se que custará apenas 18 cêntimos !!!!!!
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Débitos nornalizados para a Rede PúblicaDébitos nornalizados para a Rede PúblicaOs débitos foram normalizados para:
SONET: Synchronous Optical Network (América do Norte)SDH: Synchronous Digital Hierarchy (Europa e outras regiões)
Débitos OC-x são uma sigla USA, débitos STM-x são uma sigla internacional
1290241290249,953 Gbit/s9,953 Gbit/sOCOC--192 ou STM192 ou STM--6464
64512645124,976 Gbit/s4,976 Gbit/sOCOC--9696
32256322562,488 Gbit/s2,488 Gbit/sOCOC--48 ou STM48 ou STM--1616
24192241921,866 Gbit/s1,866 Gbit/sOCOC--3636
16128161281,244 Gbit/s1,244 Gbit/sOCOC--2424
1209612096933,12 Mbit/s933,12 Mbit/sOCOC--1818
80648064622,28 Mbit/s622,28 Mbit/sOCOC--12 ou STM12 ou STM--44
60486048466,56 Mbit/s466,56 Mbit/sOCOC--99
20162016155,52 Mbit/s155,52 Mbit/sOCOC--3 ou STM3 ou STM--11
67267251,84 Mbit/s51,84 Mbit/sOC-1
Nº canais de vozNº canais de vozDébitoDébitoDesigançãoDesiganção
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Redes de Área Local Redes de Área Local -- LANsLANs
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Introdução: Sistemas de Comunicação por Fibra ÓpticaIntrodução: Sistemas de Comunicação por Fibra ÓpticaIntrodução: Sistemas de Comunicação por Fibra Óptica
A fibra óptica em LANsA fibra óptica em LANs
Imediatamente atrás das Redes Públicas em termos do uso de fibra óptica
A fibra é um meio de transmissão para LANs de banda larga, permitindo maiores distâncias e maiores débitos
A fibra limita a escolha da topologia da LAN, porque o componente óptico equivalente ao derivador tem perdas muito superiores
Um exemplo de sucesso de uma LAN por fibra óptica é a chamada “Fiber Distributed Data Interface – FDDI”
Futuras LANs por fibra óptica suportarão débitos ≥ 1 Gbit/s
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Abel Costa
AJC
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Aplicações da fibra óptica em edifíciosAplicações da fibra óptica em edifícios
A maioria da fibra é usada em “backbones” de edifício e de “campus” universitários/industriais
A cablagem horizontal é, no presente, em geral cobre podendo no entanto evoluir para fibra
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Abel Costa
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Numa LAN baseada em cobre com topologia em barramento, um simples conector BNC em T pode ser usado como derivador
Permite um número relativamente elevado de nodos ou computadores
O equivalente óptico mais aproximado é o “divisor óptico” (“optical splitter”)
Mas as perdas de potência óptica neste componente podem reduzir o número de nodos a < 10
As LANs baseadas em fibra óptica devem usar topologias adequadas
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Sistemas móveis de comunicação por fibra ópticaSistemas móveis de comunicação por fibra ópticaOperam em ambientes diversos daqueles de sistemas fixosFibras são usadas numa variedade de sistemas com aplicações civis ou militaresAs fibras transportam sinais para veículos robóticos em terra, ar ou águaAs fibras são usadas em mísseis tele-guiados para transmissão de imagensAs fibras são usadas no interior de veículos, desde automóveis até navios de guerra, passando por aviões e mesmo a Estação Espacial InternacionalVantagens da fibra neste tipo de sistemas: tamanho e peso reduzido, imunidade a interferências electromagnéticas e grande largura de banda