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NMLPMLNO ` çãì åáÅ~Ð₣Éë NLNT ~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã RADIOCOMUNICAÇÕES [ FECHAR ] | VHF | MF/HF | GMDSS | EPIRB | MANUAL DE RADIOCOMUNICAÇÕES | Se existem equipamentos a bordo das embarcações que assumem especial importância em todos os aspectos são sem qualquer dúvida aqueles destinados ás comunicações, sejam elas efectuadas com estações em Terra ou com outras embarcações que por esses mares navegam permanentemente Os meios de comunicação instalados a bordo, sejam eles de HF ou de VHF, assumem, no entanto, duas funções cujas características são extremamente importantes, diríamos mesmo vitais e que por esse mesmo facto nos merecem algumas considerações especiais. 1º - As comunicações de SOCORRO , URGÊNCIA e de SEGURANÇA: A comunicação de socorro somente deve ser efectuada quando uma embarcação se encontrar sob a ameaça de um perigo grave e eminente necessitando de ajuda IMEDIATA. O Skipper, Mestre, Arrais ou Patrão de uma embarcação navegando no mar e que receba uma mensagem de socorro, é obrigado pela lei internacional a dirigir-se a toda a velocidade em socorro das pessoas em perigo , informando-as, se possível, desse facto. A comunicação de socorro somente poderá ser emitida por ordem do Skipper ou responsável máximo pela embarcação. O procedimento normal de uma COMUNICAÇÃO DE SOCORRO é o que a seguir se transcreve: I - PEDIDO 1. Ligar o sinal de alarme se existir; 2. Emitir a chamada de socorro no canal 16 de VHF ou em 2.182 KHz em MF com a potência máxima: MAYDAY - MAYDAY - MAYDAY A chamada de socorro é dirigida a todas as estações costeiras ou navios. 3. Dizer AQUI 4. Repetir 3 vezes o nome da embarcação ou o indicativo de chamada atribuído pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos. 5. Repetir: MAYDAY - AQUI - nome / indicativo de chamada. 6. Informar: POSIÇÃO DA EMBARCAÇÃO, NATUREZA DO ACIDENTE e TIPO DE AJUDA PRETENDIDA. 7. A partir deste momento e ate acabar o tráfego de socorro, no início de qualquer emissão deverá ser usada a palavra MAYDAY, quer pela embarcação que pediu socorro quer pela estação ou embarcação que presta o socorro. II - RESPOSTA Qualquer embarcação que tenha escutado um pedido de socorro e não tenha dúvidas que está perto da embarcação em perigo e que tenha possibilidades de a socorrer, tem de responder dando o "RECEBIDO". No entanto deve aguardar um pequeno intervalo de tempo para permitir que qualquer estação costeira responda. 1. Responder no mesmo canal ou frequência onde foi feito o pedido de socorro; 2. Dizer MAYDAY e três vezes o nome da embarcação em perigo ou o seu indicativo de chamada; 3. Dizer AQUI seguido do nome ou indicativo de chamada; 4. Dizer RECEBIDO MAYDAY; 5. Logo que possível informar a embarcação em perigo da posição da embarcação que socorre, sua velocidade e hora provável de chegada ao local do acidente.

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NLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

RADIOCOMUNICAÇÕES[ FECHAR ]

| VHF | MF/HF | GMDSS | EPIRB | MANUAL DE RADIOCOMUNICAÇÕES |

Se existem equipamentos a bordo das embarcações que assumem especial importância em todos os aspectos são sem qualquer

dúvida aqueles destinados ás comunicações, sejam elas efectuadas com estações em Terra ou com outras embarcações que

por esses mares navegam permanentemente

Os meios de comunicação instalados a bordo, sejam eles de HF ou de VHF, assumem, no entanto, duas funções cujas

características são extremamente importantes, diríamos mesmo vitais e que por esse mesmo facto nos merecem algumas

considerações especiais.

1º - As comunicações de SOCORRO, URGÊNCIA e de SEGURANÇA:

A comunicação de socorro somente deve ser efectuada quando uma embarcação se encontrar sob a ameaça de um perigo

grave e eminente necessitando de ajuda IMEDIATA.

O Skipper, Mestre, Arrais ou Patrão de uma embarcação navegando no mar e que receba uma mensagem de socorro, é

obrigado pela lei internacional a dirigir-se a toda a velocidade em socorro das pessoas em perigo, informando-as, se

possível, desse facto.

A comunicação de socorro somente poderá ser emitida por ordem do Skipper ou responsável máximo pela embarcação.

O procedimento normal de uma COMUNICAÇÃO DE SOCORRO é o que a seguir se transcreve:

I - PEDIDO

1. Ligar o sinal de alarme se existir;

2. Emitir a chamada de socorro no canal 16 de VHF ou em 2.182 KHz em MF com a potência máxima: MAYDAY - MAYDAY -MAYDAY A chamada de socorro é dirigida a todas as estações costeiras ou navios.

3. Dizer AQUI

4. Repetir 3 vezes o nome da embarcação ou o indicativo de chamada atribuído pelo Instituto Portuário e dos TransportesMarítimos.

5. Repetir: MAYDAY - AQUI - nome / indicativo de chamada.

6. Informar: POSIÇÃO DA EMBARCAÇÃO, NATUREZA DO ACIDENTE e TIPO DE AJUDA PRETENDIDA.

7. A partir deste momento e ate acabar o tráfego de socorro, no início de qualquer emissão deverá ser usada a palavraMAYDAY, quer pela embarcação que pediu socorro quer pela estação ou embarcação que presta o socorro.

II - RESPOSTA

Qualquer embarcação que tenha escutado um pedido de socorro e não tenha dúvidas que está perto da embarcação em

perigo e que tenha possibilidades de a socorrer, tem de responder dando o "RECEBIDO".

No entanto deve aguardar um pequeno intervalo de tempo para permitir que qualquer estação costeira responda.

1. Responder no mesmo canal ou frequência onde foi feito o pedido de socorro;

2. Dizer MAYDAY e três vezes o nome da embarcação em perigo ou o seu indicativo de chamada;

3. Dizer AQUI seguido do nome ou indicativo de chamada;

4. Dizer RECEBIDO MAYDAY;

5. Logo que possível informar a embarcação em perigo da posição da embarcação que socorre, sua velocidade e hora provávelde chegada ao local do acidente.

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OLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

A comunicação de urgência deve ser utilizada quando a estação a bordo da embarcação tem uma mensagem muito urgente

que diz respeito à SEGURANÇA de uma embarcação ou de alguma pessoa que esteja a bordo, como por exemplo a existência

de um doente ou sinistrado a bordo.

A comunicação de socorro somente poderá ser emitida por ordem do Skipper ou responsável máximo pela embarcação.

1. Emitir o sinal de emergência no canal 16 de VHF ou em 2.182 KHz em MF com a potência máxima: PANEPANE -PANEPANE - PANEPANE A chamada é dirigida a todas as estações costeiras ou navios ou somente a uma determinada estação.

2. Dizer AQUI

3. Repetir 3 vezes o nome da embarcação ou o indicativo de chamada atribuído pelo Instituto Marítimo Portuário.

4. Repetir: PANEPANE - AQUI - (nome / indicativo de chamada).

5. Informar: POSIÇÃO DA EMBARCAÇÃO, NATUREZA DA URGÊNCIA.

6. Se a mensagem de urgência for curta deverá ser emitida nas frequências de URGÊNCIA. Se for longa deverá ser emitida numcanal de trabalho, o qual deverá ser anunciado no final da chamada de urgência.

1. Emitir o sinal no canal 16 de VHF ou em 2.182 KHz em MF com a potência máxima: SECURITÊ - SECURITÊ - SECURITÊA chamada de segurança, de uma maneira geral é dirigida a todas as estações mas em alguns casos pode ser endereçada auma estação em particular.

2. Dizer AQUI

3. Repetir 3 vezes o nome da embarcação ou o indicativo de chamada atribuído pelo Instituto Marítimo Portuário.

4. Repetir: SECURITÊ - AQUI - (nome / indicativo de chamada).

5. Informar: POSIÇÃO DA EMBARCAÇÃO e NATUREZA DO AVISO DE SEGURANÇA. (normalmente um AVISO áNAVEGAÇÃO)

6. A mensagem de segurança deve ser feita num canal de trabalho depois de anunciada no canal 16 ou em 2.182 KHz

VHF - Very Hight Frequencies

O chamado "VHF" é um emissor - receptor de FM, funcionando em frequências altas, também conhecido por radiotelefone e

que é instalado a bordo das embarcações, para a segurança das mesmas e dos seus tripulantes, podendo ajudar em

operações de salvamento.

O rádio VHF é o mais utilizado em navegação costeira e o seu alcance pode ir até ás 25 milhas, dependendo da potência do

aparelho e das condições atmosféricas. O seu preço mais reduzido e a normal ausência de ruídos devido ao modo de emissão

em FM, são algumas das suas vantagens,

O comandante da embarcação é sempre o responsável pelas comunicações mesmo que não seja certificado como

radiotelefonista.

1. UTILIZAÇÃO

A utilização do equipamento de VHF requer autorização, homologação e vistoria prévia do IPTM - Instituto Portuário e dos

Transportes Marítimos.

Depois de autorizada a instalação, deve ser requerida uma inspecção a fim de ser concedida a Licença da Estação, na qual

consta o indicativo de chamada (código de 4 letras ou 4 letras e 1 número), o qual deve sempre ser utilizado pelo operador

em todas as comunicações.

Ás embarcações portuguesas foi internacionalmente atribuído o prefixo CR.

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PLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

A licença emitida pelo IPTM deve ser afixada junto do VHF assim como o conjunto das letras e números que compõem o

indicativo da estação.

2. INSTALAÇÃO

O equipamento de VHF deverá ser instalado junto ao local de governo da embarcação e deverá também ser alimentado por

uma bateria exclusiva ao equipamento e colocada sempre a um nível superior ao da linha de água.

A antena, por sua vez deve ser colocada o mais alto possível, de preferência no topo do mastro, uma vez que as emissões em

VHF são efectuadas em linha recta e como tal muito sensíveis a todos os obstáculos naturais ou artificiais.

Para segurança de toda a instalação deverá ser colocado um extintor de pó químico (1Kg) junto ao radiotelefone.

3. FUNCIONAMENTO

No mar e sempre durante a navegação, o radiotelefone ou VHF deverá estar permanentemente em escuta no CANAL 16, o

qual somente poderá ser utilizado para chamadas de socorro, urgência e segurança.

O CANAL 16 pode ser utilizado para efectuar uma chamada rápida a outra estação, indicando outro canal para trabalho e

deixando livre aquele canal de emergência.

Não é permitida a utilização do VHF sem autorização, assim como a utilização de sinais ou códigos que não sejam os pré -

definidos na Lei. É também proibida a utilização de expressões ou palavras ofensivas e contrárias aos bons costumes.

4. CÓDIGO FONÉTICO

Em comunicações rádio deve ser sempre utilizado o código fonético quando se pretende transmitir informações passíveis de

serem confundidas ou mal interpretadas.Para relembrar aqui deixamos o CÓDIGO INTERNACIONAL:

A ALFA M MIKE W WHISKY

B BRAVO N NOVEMBER Z ZULO

C CHARLIE O OSCAR 0 ZERO

D DELTA P PAPA 1 ONE

E ECHO Q QUEBEC 2 TWO

F FOXTROT R ROMEO 3 THREE

G GOLF S SIERRA 4 FOUR

H HOTEL T TANGO 5 FIVE

I ÍNDIA U UNIFORM 6 SIX

J JULIET V VICTOR 7 SEVEN

K KILO X X-RAY 8 EIGHT

L LIMA Y YANKEE 9 NINE

5. CANAIS E FAIXAS DE FREQUÊNCIAS DE VHF MARÍTIMO( Portaria nº 630/2002 de 12 de Junho )

CANAL FUNÇÃO CANAL FUNÇÃO

01 Autoridade Portuária 60 Autoridade Portuária

02 Novas tecnologias 61 Novas tecnologias

03 Novas tecnologias 62 Novas tecnologias

04 Novas tecnologias 63 Novas tecnologias

05 Autoridade Portuária 64 Escolas de Formação Náutica

06 Navio/navio 65 Novas tecnologias

07 Marinha de Guerra 67 Operações de busca e salvamento

08 Navio/Navio (manobras) 68 Tráfego marítimo portuário

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QLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

09 NAVEGAÇÃO DE RECREIO 69 Tráfego marítimo costeiro

10 Manobra de navios 70 Chamada Selectiva Digital

11 Entidades Oficiais 71 Manobra de navios

12 Chamada portuária 72 Pesca Navio/Navio

13 Segurança Navegação 73 Tráfego marítimo portuário

14 Serviço de Pilotagem 74 Tráfego marítimo portuário

15 Comunicações internas a bordo 75 Pesca Navio/Navio

16 Socorro, Urgência, Segurança 76 Docas e Estaleiros

17 Comunicações internas a bordo 77 Controle de Navegação

18 Controlo de tráfego marítimo 78 Controle de Navegação

19 Sistema de autoridade marítima 79 Navio / Terra

20 Operações portuárias 80 Desmagnetização

21 GNR - Brigada Fiscal 81 Navio / Terra

22 Controlo de tráfego marítimo 82 Marinha

23 Correspondência Pública 83 Correspondência pública

24 Correspondência Pública 84 Actividades de apoio a navios

25 Correspondência Pública 85 Correspondência pública

26 Correspondência Pública 86 Correspondência pública

27 Correspondência Pública 87 Sistema AIS local

28 Correspondência Pública 88 Sistema AIS local

AIS1 Sistema AIS nacional

AIS2 Sistema AIS nacional

6. CANAIS E FAIXAS DE FREQUÊNCIAS DE VHF MARÍTIMO

CANALFrequência

NAVIO

Frequência

COSTEIRACANAL

Frequência

NAVIO

Frequência

COSTEIRA

01 156.050 160.650 60 156.025 160.625

02 156.100 160.700 61 156.075 160.675

03 156.150 160.750 62 156.125 160.725

04 156.200 160.800 63 156.175 160.775

05 156.250 160.850 64 156.225 160.825

06 156.300 156.300 65 156.275 160.875

07 156.350 160.950 66 156.325 160.925

08 156.400 156.400 67 156.375 156.375

09 156.450 156.450 68 156.425 156.425

10 156.500 156.500 69 156.475 156.475

11 156.550 156.550 70 DSC 156.525

12 156.600 156.600 71 156.575 156.575

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RLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

13 156.650 156.650 72 156.625 156.625

14 156.700 156.700 73 156.675 156.675

15 156.750 156.750 74 156.725 156.725

16 156.800 156.800 75 156.775

17 156.850 156.850 76 156.825

18 156.900 161.500 77 156.875 156.875

19 156.950 161.550 78 156.925 161.525

20 157.000 161.600 79 156.975 161.575

21 157.050 161.650 80 157.025 161.625

22 157.100 161.700 81 157.075 161.675

23 157.150 161750 82 157.125 161.725

24 157.200 161.800 83 157.175 161.775

25 157.250 161.850 84 157.225 161.825

26 157.300 161.900 85 157275 161.875

27 157.350 161.950 86 157.325 161.925

28 157.400 162.000 87 157.375 161.975

88 157.425 162.025

AIS1 161.975 161.975

AIS2 162.025 162.025

NOTA: Esta tabela é a Tabela Internacional de relação entre os canais e as respectivas frequências de emissão e de

recepção.

Em alguns países, como nos Estados Unidos, as frequências de recepção são iguais às frequências de emissão em todos os

canais com excepção dos canais 24 a 28 e 84 a 87, os quais são idênticos aos da Tabela Internacional.

HF - Hight Frequencies

A bordo de uma embarcação devem haver meios de comunicação rádio para que, em qualquer caso de emergência, seja possívelcontactar outra embarcação ou uma estação terrestre para obtenção do apoio necessário.

O emissor - receptor de MF é usado principalmente em navegação oceânica e o seu alcance pode ir até cerca de 200 milhas ou mais,dependendo da potência de saída do equipamento, do tipo de antena utilizado nas condições atmosféricas no momento e também dahora (dia ou noite).

A possibilidade de efectuar comunicações a grandes distâncias é sem dúvida o aspecto mais importante e a maior vantagem doemissor - receptor de MF.

Tal como o VHF, a instalação e a utilização do emissor - receptor de MF, requer autorização do IPTM - Instituto Portuário e dosTransportes Marítimos, o qual, após vistoria e aprovação emitirá uma Licença de Estação com o respectivo Indicativo de Chamada. ( ex:CRBK3 )

Este indicativo representa a identificação da estação a bordo e, em conjunto com a Licença de Estação, deverá estar afixado junto doaparelho.

UTILIZAÇÃO DO EMISSOR - RECEPTOR DE HF

Regras Gerais

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SLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

O equipamento de MF (SSB) destina-se prioritariamente a ser utilizado em emergências, por isso deve, manter sempre escuta

na frequência de 2182 kHz.

Se por qualquer motivo não puder fazer escuta permanente deverá fazê-lo, pelo menos, nos PERÍODOS DE SILÊNCIO ( os 3

minutos a seguir às horas e meias horas).

É expressamente proibido fazer qualquer emissão na frequência de 2182kHz durante os períodos de silêncio, a não ser por

comunicação de socorro.

Convém recordar que sempre que escute o sinal de alarme radiotelefónico (sinal de dois tons com a duração de 30 a 60

segundos) ou MAYDAY, PANEPANE ou SECURITÊ, que correspondem aos pedidos de socorro, emergência e segurança,

deve terminar toda a comunicação, passando á escuta e prestar a ajuda necessária.

Em navios equipados com chaves de telegrafia utilizando o código de MORSE poderá escutar o pedido de socorro como

"S.O.S." - constituído pela emissão de 3 pontos seguidos de 3 traços e novamente de 3 pontos " ... --- ...".

Alguns procedimentos que deverá respeitar:

1) Antes de comunicar deve verificar se as frequências de escuta e de trabalho estão livres, isto é, se não estão a ser

utilizadas por outras estações;

2) Deve pensar previamente no que vai transmitir de modo a que a mensagem seja curta e precisa;

3) Sempre que possível utilize uma potência de emissão reduzida;

4) Se a estação com a qual deseja comunicar tem escuta em 2182kHz e em outra frequência, a sua chamada deve ser feita

nesta última;

5) Recorde que NÃO PODE TRANSMITIR EM 2182 kHz DURANTE OS PERÍODOS DE SILÊNCIO;

6) Ao efectuar uma chamada deve indicar TRÊS VEZES o indicativo de chamada da estação ou navio que pretende

contactar, seguido de "AQUI" e de TRÊS VEZES o indicativo de chamada da sua embarcação;

EX: "MADEIRA RÁDIO, MADEIRA RÁDIO, MADEIRA RÁDIO AQUI BRUMA, BRUMA, BRUMA".

7) Passe logo que possível para o canal de trabalho;

8) Fale com calma, pausadamente e de modo claro, para evitar a necessidade de repetições e por consequência a perda de

tempo;

9) Nas comunicações dever ser utilizadas as expressões de serviço;

10) Quando terminar a sua comunicação e esperar uma resposta da outra estação, acabe a sua frase com a palavra ESCUTO;

11) Termine a sua comunicação com todas as estações utilizando a palavra TERMINADO no final;

É Proibido:

» A utilização das frequências para outros fins que não sejam os fixados no Plano Nacional.

» A emissão em 2182 KHz durante os períodos de silêncio (três minutos imediatamente a seguir a cada hora e a cada meia -

hora);

» Premir o PTT ou botão do microfone no intervalo das emissões;

» Efectuar emissões nos portos ou quando fundeado junto á costa;

» Efectuar comunicações desnecessárias, emissão de música ou quaisquer expressões contrária à boa moral;

» Utilização de códigos não autorizados ou enganadores.

Uso do HF fora dos portos:

No mar deve manter-se em escuta na frequência de 2182 KHz, salvo se estiver em ligação com uma estação costeira que faça

escuta nesse canal;

Se navegarmos dentro da área de um estação de correspondência pública é possível, através do HF comunicar com a rede

telefónica. Em Portugal as estações costeiras da MARCONI fornecem os seguintes serviços em Português, Francês e Inglês:

» Ligações telefónicas com todos os países;

» Radiotelegramas telefonados;

» Conselhos médicos via rádio;

» Difusão de Avisos Horários (avisos aos navegantes);

» Previsões meteorológicas para a navegação (serviço gratuito).

Também é possível a qualquer assinante entrar em comunicações com uma embarcação, desde que se encontre até 200 milhas

da costa e esteja em escuta na frequência de 2182 kHz. Neste caso o assinante deve indicar ao operador o nome da

embarcação e a zona provável de navegação.

A estação costeira da respectiva área chamará o navio naquela frequência e passará á escuta. Logo que o contacto com a

embarcação seja estabelecido será indicada a frequência de trabalho e feita a ligação ao assinante.

As comunicações entre navios, e no mar, far-se-ão nos canais atribuídos e previstos no Plano Nacional.

Uso do HF no interior dos portos

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TLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

Nos portos nacionais não é permitido efectuar comunicações em MF, salvo em acções tendo como objectivo o salvamento de

navios ou a salvaguarda da vida humana, ou ainda quando estão em curso vistorias oficiais aos equipamentos.

QUADRO RESUMO DO PLANO NACIONAL DE FREQUÊNCIAS

( Emissão )

Frequências(em KHz)

UTILIZAÇÃO

2.045Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Frequência internacional para comunicações com estações costeiras internacionais.

2.048Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO.Frequência internacional para comunicações com navios estrangeiros e, em caso de necessidade, também podeser utilizada para comunicações com estações estrangeiras.

2.051Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Frequência internacional para comunicações com estações costeiras internacionais.

2.054Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Frequência internacional para comunicações com estações costeiras internacionais.

2.057Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Frequência internacional para comunicações com estações costeiras internacionais.

2.069Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação à rede telefónica pública com Lisboa -Rádio

2.078Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação com a estação costeira Olhão - Pesca.

2.084Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação com a estação costeira Aveiro - Pesca.

2.105Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação com a estação costeira Matosinhos - Pesca.

2.111Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA em ligação á rede telefónica pública em serviço automático comMadeira - Rádio.

2.114Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação com a estação costeira Peniche - Pesca.

2.126Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA.Ligação com a estação costeira Portimão - Pesca.

2.182 SOCORRO - URGÊNCIA - SEGURANÇA

2.191Chamada como alternativa de 2182 Khz. Só deve ser utilizado quando aquela frequência estiver ocupada comtráfego de socorro.

2.228 Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA em ligação á rede telefónica pública com Madeira - Rádio.

2.237Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA em ligação á rede telefónica pública em serviço automático com S.Miguel - Rádio.

2.252 Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA com as estações costeiras das Radionavais.

2.266Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO, na zona centro do Continente, entre embarcações de pesca dasardinha e artesanal.

2.335Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO, na zona norte do Continente, entre embarcações de pesca dasardinha e artesanal.

2.341 Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO entre todas as embarcações nacionais.

2.347Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO, na zona sul do Continente, entre embarcações de pesca da sardinhae artesanal.

2.353Trabalho em comunicações NAVIO - NAVIO entre barcos nacionais que não sejam das pescas da sardinha eartesanal.

3.336Trabalho em comunicações NAVIO - TERRA em ligação á rede telefónica pública em serviço automático comLisboa - Rádio.

( Recepção)

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ULNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

1.653 Trabalho TERRA - NAVIO do porto de pesca de Olhão.

1.680 Trabalho TERRA - NAVIO dos portos de pesca de Matosinhos e de Setúbal.

1.689 Trabalho TERRA - NAVIO do porto de pesca de Peniche.

1.701 Trabalho TERRA - NAVIO do porto de pesca de Portimão.

1.725 Trabalho TERRA - NAVIO de São Miguel - Rádio.

1.740 Trabalho TERRA - NAVIO do porto de pesca de Aveiro.

2.266Trabalho NAVIO - NAVIO entre embarcações de sardinha e pesca artesanal da Zona Centro doContinente.

2.335 Trabalho NAVIO - NAVIO entre embarcações de sardinha e pesca artesanal da Zona Norte do Continente.

2.341 Trabalho NAVIO - NAVIO entre todas embarcações nacionais.

2.347 Trabalho NAVIO - NAVIO entre embarcações de sardinha e pesca artesanal da Zona Sul do Continente.

2.353Trabalho NAVIO - NAVIO, entre embarcações nacionais que não sejam das pescas de sardinha eartesanal.

2.582 Trabalho TERRA - NAVIO de Lisboa Rádio.

2.657Trabalho TERRA - NAVIO das estações radionavais para segurança, comunicados meteorológicos eavisos aos navegantes.

2.693 Trabalho TERRA - NAVIO de Lisboa - Rádio (primário).

2.741 Trabalho TERRA - NAVIO de S. Miguel Rádio (automático).

2.750 Trabalho TERRA - NAVIO de Faial Rádio (automático).

2.780 Trabalho TERRA - NAVIO de Lisboa - Rádio.

2.810 Trabalho TERRA - NAVIO de Madeira Rádio (automático).

2.843 Trabalho TERRA - NAVIO de Madeira Rádio.

3.601 Trabalho TERRA - NAVIO de Lisboa - Rádio (automático).

GMDSS - Global Maritime Distress Safety

System

UMA BREVE RESENHA HISTÓRICA:

Até ao século XIX os pedidos de socorro das embarcações baseavam-se em transmissões sonoras, luminosas ou através da utilizaçãode sinais de bandeiras.

SAMUEL MORSE (1791-1872) foi o inventor do código ao qual foi atribuído o seu nome - CÓDIGO MORSE -. Quando em 1832 iniciou o projecto de construção do primeiro telégrafo não imaginava, de todo, as dificuldades que teria de enfrentar.Somente em 1860, Napoleão III lhe concedeu o justo reconhecimento pela sua invenção. Este código representa os diversos caracteres do alfabeto através da combinação de "PONTOS" e "TRAÇOS" correspondendo estes aimpulsos eléctricos com determinada duração e daí resultando sinais acústicos ou luminosos. Samuel Morse tomou o "PONTO" como a unidade fundamental atribuindo-lhe a duração de 1/25 segundos; por sua vez ao "TRAÇO" fez-lhe corresponder uma duração equivalente a três pontos. Por sua vez, o espaço entre os sinais que correspondem a uma letra é equivalente a um ponto enquanto que entre duas letras é de trêspontos. Devido fundamentalmente à evolução tecnológica das comunicações, o CÓDIGO MORSE, tem cada vez menos utilização, sendo queainda hoje, em condições de má propagação, onde a fonia não é de todo possível, os sinais de telegrafia conseguem ser audíveis peloseu elevado poder de penetração e propagação.

A título de mera curiosidade apresentamos o "ALFABETO MORSE":

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VLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

A • — K — • — U • • — 1• — — —

—B — • • • L • — • • V • • • — 2 • • — — —C — • — • M — — X — • • — 3 • • • — —D — • • N — • Y — • — — 4 • • • • —E • O — — — W • — — 5 • • • • •F • • — • P • — — • Z — — • • 6 — • • • •G — — • Q — — • — 7 — — • • •H • • • • R • — • 8 — — — • •

I • • S • • • 9— — — —

J • — — — T — 0— — — —

Posteriormente, em 1887, o físico alemão HEINRICH HERTZ produziu pela primeira vez ondas electromagnéticas, utilizando um circuitooscilador por ele construído, tendo concluído que aquelas ondas se propagavam à velocidade da luz. Contudo, em 1895, foi GUGLIELMO MARCONI com a invenção da rádio, que marcou decisivamente o desenvolvimento dastelecomunicações a nível mundial Estava assim aberto o futuro das comunicações em telegrafia sem fios - TSF - cujas comunicações se iniciaram em 1901.

Em 1906 realizou-se a primeira conferência internacional radiotelegráfica, na qual foram adoptadas as letras - SOS - como chamadainternacional de socorro em telegrafia.

É na sequência do naufrágio do navio TITANIC que se desenvolvem uma série de trabalhos e de estudos para a salvaguarda da vidahumana e das embarcações no mar.

Assinada a 30 de Janeiro de 1914 por representantes de várias nações, esta Conferência - SOLAS ( Safety Of Life At Sea) - estabeleceu os requisitos mínimos para as embarcações de passageiros, no que respeita aos equipamentos de transmissões e desalvação que deveriam passar a existir a bordo.

Anos depois, em 1933, uma segunda Conferência Internacional, também em Londres, teve lugar em 16 de Abril de 1929, na qual jáparticiparam representantes de 18 países, tendo-se alargado as medidas de segurança aos navios mercantes de carga e protecçãocontra incêndios.

Já em 1948 a Conferência foi novamente ratificada a aparece pela primeira vez com a designação de - SOLAS 48 - já com

propostas concretas apresentadas pela França, Inglaterra e Estados Unidos. Foi também criada a - "IMCO - Organização Consultiva Marítima Intergovernamental", posteriormente alterada em 1982 para - "IMO -Organização Marítima Internacional".

Nova revisão é realizada em 26 de Maio de 1965 aparecendo com a designação de - SOLAS 60 -. Mais recentemente, já em 1974,

entrou em vigor o - SOLAS 74 - com introdução de várias alterações nos sistemas de segurança, sendo de realçar a introdução da

escuta obrigatória em 2.182 KHz e a introdução do equipamento de VHF.

Desde então, o sistema SOLAS tem vindo a ser revisto periodicamente em cada quatro anos com especial incidência nas seguintesmatérias:

Estruturas, estabilidade, motores e instalações eléctricas; Protecção contra incêndios; Salvamento no mar; Comunicações rádio (instalações, equipamentos, energia e operadores; Navios de alta velocidade - navios nucleares.

Em 1976, a IMO adoptou uma nova convenção relativa à organização internacional de satélites marítimos - INMARSAT - " InternationalMaritime Satelite Organization " e em 1979, foi adoptada a Convenção Internacional de Busca e Salvamento Marítimo - SAR - que deuorigem às publicações MERSAR.

Finalmente em Fevereiro de 1999 deu-se um novo incremento nas comunicações marítimas com a implementação do:

"GMDSS - Global Maritime Distress Safety System"

cuja fase de implementação decorreu faseadamente desde Fevereiro de 1992 até Fevereiro de 1999.Este sistema aplica-se a todos os navios de passageiros e a todos os navios de carga com TAB superior a 300T e que efectuem viagensinternacionais, tendo sido introduzidas novas técnicas de comunicações:

Chamada selectiva digital: "DSC - Digital Selective Call" em HF, MF e VHF;

Comunicações em radiotelefonia em HF, MF e VHF;

Comunicações por radiotelex NBDP nas bandas de HF e MF;

Sistema NAVTEX;

Comunicações por satélite INMARSAT;

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Comunicações por satélite COSPAS / SARSAT

Comunicações por satélite EGC

2005, É TEMPO DE MUDANÇA ..............." GMDSS "

O GMDSS é um sistema de emergência e comunicações para embarcações, que substitui o anterior baseado no sistema manual

do Código de Morse na frequência de 500 KHz, a escuta permanente no canal 16 de VHF e na frequência de 2.182KHz em MF. Faz parte integrante da "IMO - International Maritime Organization" desde 1988 como alteração ao sistema de comunicações em vigor.

A Convenção "SOLAS 74" embora regulamentasse já diversas obrigações no que respeita à integração de equipamentos, apresentava,contudo, alguns inconvenientes importantes:

Alcance limitado ás transmissões nas frequências de SOCORRO;Sistema manual dependente de um único operador;Navios muito longe de Terra - mais de 200 milhas - apenas podiam esperar auxílio de outros navios a navegar nas proximidades.

O “ GMDSS ” veio permitir que qualquer navio ou embarcação, independentemente da sualocalização, tenha asseguradas as comunicações essenciais à sua segurança.

(Através das comunicações rádio funciona o SAR)

Através de equipamento apropriado o sistema tem a vantagem da simplificação das operações de rádio (alertas), da melhoria

da busca e salvamento, da localização do pedido de socorro e de um sistema de alerta a nível mundial coordenado em

centros de salvamento específicos. Permite também uma rápida disseminação das comunicações de SOCORRO, URGÊNCIA e

SEGURANÇA, Avisos aos Navegantes e Informação Meteorológica.

Os equipamentos utilizam um sistema digital de identificação, enviando em cada comunicação o seu MMSI (Maritime Mobile System

Identification) que identifica a embarcação.

À partida este sistema apresenta as seguintes vantagens:

Possibilidade de alerta “Navio - Terra” e "Navio - Navio" a nível mundial;

Operação simplificada;

Assegura redundância nas comunicações;

Optimiza o Serviço “SAR” - Save And Rescue

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Minimiza as consequências humanas e materiais das emergências no mar;

Elimina a confiança num só operador reduzindo a possibilidade de falha humana;

Automatiza a vigilância.

Para tal, o GMDSS utiliza as seguintes técnicas de comunicação:

Comunicações em FONIA nas bandas de VHF, MF e HF;

O DSC – Digital Selective Call ou “Chamada Selectiva Digital” nas bandas de VHF, MF e HF;

O “NAVTEX”- sistema de recepção automática de radiodifusão telegráfica na frequência de 518 KHz;

O “INMARSAT” – International Maritime Satellite Organization”;

O sistema “COSPAS/SARSAT” que têm por objectivo o estabelecimento de comunicações por satélite a

nível mundial, sendo exclusivo para as EPIRB’s.

Como sistema global que é, e com a cobertura mundial que pretende garantir, o GMDSS veio definir e caracterizar áreas geográficas e

ainda a estabelecer quais os equipamentos que obrigatoriamente devem existir a bordo das embarcações que naveguem em cada uma

dessas áreas.

Assim, o sistema GMDSS convencionou dividir a zona oceânica em quatro áreas distintas:

A1 Zona de cobertura das estações costeiras de VHF preparadas para receber DSC (cerca de 20 a 30

milhas de distância da costa)

A2 Zona de cobertura das estações costeiras de VHF preparadas para receber DSC (cerca de 20 a 30

milhas de distância da costa)

A3 Zona distante de terra para além das 200 milhas náuticas. Área de cobertura de estações

trabalhando em HF e INMARSAT

A4 Zonas de latitudes superiores a 70º, não cobertas pelas anteriores e tipicamente polares

Na costa de PORTUGAL:

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NOLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

O equipamento recomendado para existir a bordo, no caso de embarcações de recreio, depende da legislação existente no respectivo

País e área de navegação:

ÁREA ALCANCE VHF MF HF NAVTEX INMARSAT EPIRB

A1 Cobertura de VHF (20 a 30 milhas) ü ü

A2 Cobertura MF (+ 200 milhas) Excepto A1 ü ü ü ü ü

A3 Cobertura INMARSAT (Excepto A1 e A2) ü ü ü ü ü ü

A4 Zonas Polares (Excepto A1, A2 e A3) ü ü ü ü ü

O equipamento de radiocomunicações recomendado, relativamente à distância da costa em milhas marítimas será o seguinte:

Até 30 milhas 3 a 30 milhas 30 a 200 milhas + de 200 milhas

VHF portátil ü ü ü ü

VHF c/ DSC ü ü ü ü

EPIRB ü ü ü

NAVTEX ü ü ü

SART ü ü ü

MF c/ DSC ü ü

INMARSAT ou

HF c/ DSC ü

Como a implementação total do sistema a nível global é difícil, quase todas as estações continuam a fazer escuta no Canal 16, pelo que,

quem ainda não adquiriu esse tipo de equipamento pode, com alguma confiança – embora não por muito tempo! – utilizar o Canal 16 de

VHF e a frequência de 2.182 KHz. em MF.

O modo de envio de uma mensagem de socorro varia de acordo com a respectiva área de navegação; assim, em cada uma das áreas

definidas, a opção deverá respeitar a ordem seguinte:

ÁREA 1 ÁREA 2 ÁREA 2 ÁREA 4

VHF DSC no canal

70

VHF FONIA no canal

16

MF DSC em 2.182

KHz

MF DSC em 2.182

KHz

INMARSAT

VHF DSC no canal 70

VHF FONIA no canal

INMARSAT

HF DSC em 8.414,5 KHz ou outra

frequência de DSC

MF DSC em 2.185,7 KHz

EPIRB

HF DSC em 8.414,5 KHZ ou outra

frequência de DSC

HF DSC em outra frequência para

estações costeiras

MF DSC em 2.187,5 KHz

EPIRB (somente COSPAS-SARSAT)

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NPLNT~î Éä~KéíLÅçã ì åáÅ~ÅçÉëKÜíã

INMARSAT

EPIRB

16

EPIRB

SISTEMA GMDSS

1. EPIRB – Emergency Position Indicating Radio Beacon

O objectivo fundamental da EPIRB na localização de sinistros é a de fornecer a indicação da localização de pessoas ou embarcações

sinistradas, constituindo assim, um dos métodos eficazes do sistema GMDSS.

Neste sistema, as radiobalizas por satélite de flutuação livre são obrigatórias a bordo das embarcações.

A utilização da radiobaliza proporciona às autoridades em terra a recepção e localização da fonte de emissão, podendo, em

consequência, ser activados de imediato os necessários procedimentos de busca e salvamento. A sua activação não é, de um modo

geral, feita a bordo de uma embarcação, mas sim, na água ou já na balsas salva-vidas, podendo ser activadas manual ou

automaticamente.

Estão regulamentadas, neste sistema, quatro tipos fundamentais de radiobalizas:

Ø Radiobaliza de VHF no Canal 70 em DSC;

Ø Radiobaliza em 121,5 e 406 MHz do sistema COSPAS-SARSAT;

Ø Radiobaliza em 1.646 MHz, por satélite na Banda-L do sistema Inmarsat-E.

Estas radiobalizas efectuam a transmissão de um sinal para os satélites geostacionários da INMARSAT

juntamente com a posição, obtida de um sistema GPS integrado na própria EPIRB, possibilitando a sua

recepção em qualquer lugar do mundo entre os 70º de Latitude Norte e os 70º de Latitude Sul.

Uma característica a que as radiobalizas devem obedecer é a obrigatoriedade de possuírem uma luz de presença, geralmente do tipo

“flash” ou fixa, de modo a possibilitar a sua localização durante a noite. Outras, para utilização oceânica, incorporam adicionalmente um

equipamento de posicionamento, geralmente o GPS, e também um respondedor de radar.

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As radiobalizas que operam nas frequências de 121,5 MHz e 406 MHz, quando activadas, transmitem um sinal de socorro que é recebido

por um satélite na sua órbita polar, o qual retransmite o sinal para uma estação terrestre (LUT), a qual, por sua vez, a converte noutro

formato e a envia a um centro de controlo (MCC). Este centro processa a informação e determina a localização da radiobaliza. Finalmente

é alertado o centro de coordenação de busca e salvamento (RCC) o qual faz desencadear todas as operações necessárias.

LUT

Actualmente o sistema dispõe de 38 LUT’s operacionais espalhadas por 21 países e outros tantos centros de controlo (RCC).

MODO DE COBERTURA DO SISTEMA "COSPAS - SARSAT"

Neste sistema são utilizados dois processos para a detecção e localização das radiobalizas:

Ø MODO LOCAL

Opera com as radiobalizas na frequência de 121.5 MHz e com as radiobalizas de 406 MHz, sem possibilidade de memorização

do sinal emitido.

MODO LOCAL EM 121.5 MHz: Nesta frequência e dado que se trata de um sinal analógico, o satélite retransmite o sinal

recebido directamente para a LUT em terra. Se essa LUT e a radiobaliza estiverem simultaneamente em linha de vista, o sinal é

recebido e processado de imediato. Se não se verificarem estas condições o sinal perde-se não se obtendo, assim, o efeito

desejado.

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MODO LOCAL EM 406 MHz: Este modo é utilizado por satélites que ainda não têm capacidade de armazenamento da

informação digital transmitida pela radiobaliza. Assim, o satélite recebe o alerta de socorro que é retransmitindo em tempo real

para uma LUT. Para que o alerta possa ser detectado terão de estar simultaneamente em linha de vista o satélite e a

radiobaliza.

Ø COBERTURA GLOBAL

Opera apenas com radiobalizas que emitem em 406 MHz e satélites com capacidade de armazenamento de dados. Os dados

armazenados, pese embora fora do alcance de uma LUT, serão retransmitidos logo que tal se verifique. Normalmente em

períodos máximos de 4 horas.

A constelação “Cospas-Sarsat” é constituída 4 por satélites de busca e salvamento, sendo dois em baixa órbita terrestre – LEOSAR – e

outros dois em órbita geostacionária – GEOSAR -.

COBERTURA " GEOSAR ":

Existem três tipos de radiobalizas por satélite utilizados pelo sistema COSPAS-SARSAT:

ü EPIRB (Emergency Position Indicating Radio Beacon) é uma radiobaliza de emergência para a indicação da posição e utilizada pelas

embarcações;

ü ELT (Emergency Locator Transmiter) são transmissores de emergência para a localização, utilizados pelas aeronaves;

ü PLB (Personal Locator Beacon) são radiobalizas de localização pessoal, utilizadas em aplicações terrestres.

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2. INMARSAT – International Maritime Satellite Organization

É uma organização internacional que tem por objectivo garantir o estabelecimento de comunicações por satélite em qualquer parte do

globo terrestre. A principal prioridade desta Organização é dispor de canais dedicados às comunicações de socorro e segurança de

pessoas e bens no mar. Desde 1979, ano em que deu início à sua actividade, a INMARSAT assegura as comunicações via satélite nos

seguintes modos:

ü FONIA

ü TELEGRAFIA

ü TELEX

ü TELEFAX

ü CORREIO ELECTRÓNICO

ü TRANSFERÊNCIA DE DADOS

As comunicações efectuadas são pagas pelos utilizadores de acordo com os princípios gerais da ITU, podendo variar consoante a

estação utilizada.

A banda de frequências que é utilizada nas comunicações entre as estações dos navios (MES - MOBILE EARTH STATIONS) e os

satélites, é a BANDA-L, com as seguintes frequências:

è UPLINK: 1.6 GHz

è DOWNLINK: 1.5 GHz

A banda de frequências utilizada nas comunicações entre as estações terrestres (LES – LAND EARTH STATIONS) e os satélites, é a

BANDA-C com as seguintes frequências:

è UPLINK: 6.4 GHz

è DOWNLINK: 3.6 GHz

Este segmento terrestre da INMARSAT compreende uma rede mundial de estações costeiras (CES – COAST EARTH STATION) e (LES –

LAND EARTH STATIONS), as quais debitam a informação para uma rede de estações de coordenação (NCS – NETWORK

COORDINATION STATION) e estas para o respectivo centro operacional (NOC – NETWORK OPERATIONS CENTER)

Actualmente a "INMARSAT" oferece os seguintes serviços:

Ø INMARSAT - A Serviço de voz e telex, desde 1979;

Ø INMARSAT - C Serviço de transferência de mensagens;

Ø INMARSAT - M Serviço de voz, fax e dados a baixo custo;

Ø INMARSAT - B Novo serviço digital;

Ø INMARSAT - E Serviço de transmissões das radiobalizas.

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