Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.
Transcript of Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.
![Page 1: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/1.jpg)
Comunicação
1ª sessão 27 de fevereiro de 2014
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 2: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/2.jpg)
Informações essenciais
Contactos [email protected] Skype - fcapucho Telemóvel – 96 301 46 90 (das 9.30 às
21.30)
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 3: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/3.jpg)
Maria Filomena Capucho 3
Sumário da sessão1. Apresentação dos alunos
2. Apresentação do Programa e das formas de avaliação
3. Escrita Académica3.1 Especificidades3.2 Princípios subjacentes3.3. Diversidade(s) textual(-ais)
3.3.1. A ficha de leitura3.3.2. A recensão bibliográfica3.3.3. A monografia
![Page 4: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/4.jpg)
4. Noções básicas de comunicação Linguagem, língua, discurso e
comunicação: definição de conceitos
Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal
caraterização; complementaridade(s)
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 5: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/5.jpg)
5. Do quadro comunicacional de Jakobson a um modelo de interação sociocomunicativa (ou do “telégrafo” à “orquestra”)
funções da comunicação: informação e relação
o postulado da impossibilidade da não-comunicação
6. Gestão de conflitos : as noções de Face e de Lugar
(Goffmann, 1973) estratégias de negociação
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 6: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/6.jpg)
Apresentação dos alunos
Se eu fosse… Responde ao mini-teste Adivinha de quem se trata
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 7: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/7.jpg)
Uma proposta de Programa
Estrutura metodológica Conteúdos Formas de avaliação Programação Bibliografia
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 8: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/8.jpg)
Escrita Académica
Contexto Finalidades Atores Locutores Tipos
Ficha de leitura Recensão bibliográfica Monografias
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 9: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/9.jpg)
A recensão bibliográfica Definição: Texto de síntese a partir das
fichas leitura de um ou vários documentos identificados
Cuidados a ter O registo A coerência e a coesão do texto A identificação das fontes A referenciação das fontes (cf. normas de
Vancouver) Os aspetos formais (ortografia e
formatação) Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 10: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/10.jpg)
Questão central
Porque razão, num mundo em que a comunicação parece dominar o quotidiano de todos, há cada vez mais pessoas que se sentem sozinhas?
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 11: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/11.jpg)
Comunicação, linguagem, língua e discurso
Distinção entre conceitos O que é a linguagem?
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 12: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/12.jpg)
Língua
Norma vs uso Variantes e implicações sociais Correção vs adequação
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 13: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/13.jpg)
Discurso
Discurso e discursos Implicações sociológicas Rituais e scripts comunicacionais
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 14: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/14.jpg)
Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal
Linguagem verbal – utiliza palavras; é constituída por signos
Linguagem paraverbal – sons que acompanham produção verbal
Linguagem não-verbal – outros códigos de comunicação que não utilizam a palavra
Proxémica QuinésicaMaria Filomena Capucho -
UCP
![Page 15: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/15.jpg)
Maria Filomena Capucho 15
Do quadro comunicacional de Jakobson…
![Page 16: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/16.jpg)
Maria Filomena Capucho 16
O Modelo de Jakobson
6 componentes na comunicação verbal: o destinador (emissor) utilizando um código para transmitir uma mensagem a um destinatário (receptor), através de um contacto (canal) situado
num contexto específico
![Page 17: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/17.jpg)
Maria Filomena Capucho 17
E…
A existência destas 6 componentes seria suficiente para o sucesso da comunicação - desde que a mensagem chegue ao destinatário sem ruídos e que este possua o mesmo código que o destinador, só será necessário descodificá-la.
![Page 18: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/18.jpg)
Maria Filomena Capucho 18
Logo…
Estamos perante uma conceção telegráfica da comunicação
![Page 19: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/19.jpg)
Maria Filomena Capucho 19
…a um modelo de interação sociocomunicativa
![Page 20: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/20.jpg)
Maria Filomena Capucho 20
A Escola de Palo Alto
“... le terme “communication” recouvre l’ensemble des dimensions de notre monde réel qui résultent du fait que des “entités” en général — avant tout, bien évidemment, des hommes — entrent en relation les unes avec les autres et se mettent à agir les unes sur les autres.” 1
(pag.228)
![Page 21: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/21.jpg)
Maria Filomena Capucho 21
Implicações
De um modelo do tipo «telegráfico», passamos à conceção da comunicação enquanto «orquestra», onde cada indivíduo é um participante que toca uma partitura que lhe é específica.
![Page 22: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/22.jpg)
Maria Filomena Capucho 22
O postulado da impossibilidade da não-comunicação
É impossível não comunicar
![Page 23: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/23.jpg)
Maria Filomena Capucho 23
“Il suffit de la présence d’autrui pour que tout comportement, actif ou passif, intentionnel ou pas, présente un caractère communicationnel et constitue une communication. Comme il n’y a pas de non-comportement, on ne peut non plus ne pas communiquer.” 1(pag. 19)
![Page 24: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/24.jpg)
Maria Filomena Capucho 24
As dimensões da comunicação
Qualquer ato comunicacional comporta necessariamente duas dimensões:
A dimensão de transmissão de conteúdos (qualquer ato é suposto transmitir uma informação)
A dimensão relacional, respeitante às relações estabelecidas pelos interlocutores na relação comunicativa. 1 (pag. 20).
![Page 25: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/25.jpg)
Maria Filomena Capucho 25
A noção de Face
Diretamente relacionada com a auto-imagem, mais precisamente com a auto-imagem positiva que cada um deseja apresentar aos outros (e a si mesmo) e manter.
![Page 26: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/26.jpg)
Maria Filomena Capucho 26
Definição
… la valeur sociale positive qu’une personne revendique effectivement à travers la ligne d’action que les autres supposent qu’elle a adoptée au cours d’un contact particulier. La face est une image du moi délinée selon certains attributs sociaux approuvés, et néanmoins partageable. 2 (pag. 9)
![Page 27: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/27.jpg)
Face positiva
A face positiva é a necessidade de apresentar e manter uma auto-imagem positiva, de ser amado e de se fazer amar e respeitar, de estabelecer laços com os outros
Maria Filomena Capucho 27
![Page 28: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/28.jpg)
Face negativa e face positiva
Brown & Levinson3 propõem uma distinção entre face positiva e face negativa.
Maria Filomena Capucho 28
![Page 29: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/29.jpg)
Face negativa
A face negativa é o desejo de “not to impose and not to be imposed.”4
(pag. 20), ou seja, de preservar o “território” de cada um dos parceiros, a sua intimidade pessoal.
Maria Filomena Capucho 29
![Page 30: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/30.jpg)
FTAs
Qualquer ato realizado no decurso de uma interação é suscetível de constituir uma ameaça para uma e/ou outra das faces de cada um dos parceiros, ou seja, qualquer ato é suscetível de constituir um “Face Threatening Act” (FTA), expressão introduzida por Brown & Levinson.3
Maria Filomena Capucho 30
![Page 31: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/31.jpg)
FFAs
Simultaneamente, para reduzir os conflitos interpessoais, os interlocutores produzem FFAs (Face Flattering Acts), simetricamente opostos aos FTAs. 5
Maria Filomena Capucho 31
![Page 32: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/32.jpg)
A noção de negociação Dado que o sentido é co-
construído, todo o ato comunicativo é um ato de negociação; corresponde à cooperação entre os
interlocutores, seja ela colaborativa ou conflituosa
Para reduzir os conflitos, a eficácia das estratégias de negociação é fundamental
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 33: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/33.jpg)
Bibliografia citada1. Watzlawick P. Les Cheveux du Baron de Münchhaussen- Psychotérapie et “réalité”. [trad] Paris: Seuil; 1991.2. Goffman E. La mise en scène de la vie quotidienne (2 vol.). Paris: Minuit ; 1973.3. Brown P, Levinson S. Politeness: some universals in language use. Cambridge: Cambridge University Press; 1978.4. Diamond J. Status and Power in Verbal Interaction. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company; 1996.5. Kerbrat- Orecchioni, C. (2006). Análise da conversação. Princípios e Métodos. São Paulo: Parábola Editorial.
Maria Filomena Capucho - UCP
![Page 34: Comunicação 1ª sessão 27 de fevereiro de 2014 Maria Filomena Capucho - UCP.](https://reader036.fdocumentos.tips/reader036/viewer/2022062418/552fc134497959413d8d856d/html5/thumbnails/34.jpg)
Bibliografia obrigatória
Capucho, MF. Communication verbale et non-verbale. In : Maigret, E. editor. Communication et Médias. Paris: Les notices – La documentation Française ; 2003. p. 11 – 15
Maria Filomena Capucho - UCP