Compreender o Ecumenismo

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Compreender o Ecumenismo Por que esse desejo de trabalhar pela unidade? O motivo mais importante nos vem do próprio Jesus que, num momento crucial de sua missão entre nós, fez uma prece comovente ao Pai, pensando em seus discípulos daquele tempo e de hoje: Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que, por sua palavra, hão de crer em mim, para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste ( Jo 17, 20-21). Desde o começo da história da Igreja, a unidade, o respeito mútuo, o amor fraterno entre os cristãos eram sinais que tornavam a comunidade atraente, coerente com o amor pregado no Evangelho. Por isso, Paulo cuida de lembrar às primeiras comunidades a importância do cultivo da unidade: Sede solícitos em conservar a unidade do espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos ( Ef 4, 3-5). Esse motivo fundamental, alicerçado na Palavra de Deus, faz pensar em outros: o mundo precisa desse testemunho de unidade para crer em Deus e naquele que ele enviou, Jesus Cristo; Igrejas unidas podem realizar muito mais na missão de anunciar e viver o evangelho; a unidade é uma boa “vacina” contra disputas de poder e competição que não edifica; a busca da unidade nos impulsiona a destacar e a valorizar o que é realmente essencial no conteúdo da fé. Certa unidade já existe No trabalho ecumênico, costumamos falar em busca da unidade “plena” e “visível”. Usamos esses termos porque há uma unidade já presente entre nós, nem sempre percebida no meio dos históricos desencontros das Igrejas. Temos a mesma fé na Trindade, partilhamos a maior parte do texto bíblico, aceitamos a missão que nos vem da Palavra de Deus. Muitos trabalhos já são feitos em conjunto e há importantes diálogos e pronunciamentos conjuntos feitos em nível internacional. Entre muitas Igrejas, ainda que não em todas, já existe o reconhecimento mútuo da validade do Batismo. É importante lembrar que o Batismo é um laço de unidade fundamental, porque é sinal visível da graça de Cristo em cada batizado. Disse São Paulo na carta aos Romanos: Pois pelo batismo nós fomos sepultados com Ele em sua morte, a fim de que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós levemos uma vida nova.

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Compreender o Ecumenismo

Por que esse desejo de trabalhar pela unidade?

O motivo mais importante nos vem do próprio Jesus que, num momento crucial de sua

missão entre nós, fez uma prece comovente ao Pai, pensando em seus discípulos daquele

tempo e de hoje:

Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que, por sua palavra, hão de crer

em mim, para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que

também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste ( Jo 17, 20-21).

Desde o começo da história da Igreja, a unidade, o respeito mútuo, o amor fraterno

entre os cristãos eram sinais que tornavam a comunidade atraente, coerente com o amor

pregado no Evangelho. Por isso, Paulo cuida de lembrar às primeiras comunidades a

importância do cultivo da unidade:

Sede solícitos em conservar a unidade do espírito no vínculo da paz. Sede um só corpo e

um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só

Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por

todos e em todos ( Ef 4, 3-5).

Esse motivo fundamental, alicerçado na Palavra de Deus, faz pensar em outros: o

mundo precisa desse testemunho de unidade para crer em Deus e naquele que ele enviou,

Jesus Cristo; Igrejas unidas podem realizar muito mais na missão de anunciar e viver o

evangelho; a unidade é uma boa “vacina” contra disputas de poder e competição que não

edifica; a busca da unidade nos impulsiona a destacar e a valorizar o que é realmente essencial

no conteúdo da fé.

Certa unidade já existe

No trabalho ecumênico, costumamos falar em busca da unidade “plena” e “visível”.

Usamos esses termos porque há uma unidade já presente entre nós, nem sempre percebida

no meio dos históricos desencontros das Igrejas. Temos a mesma fé na Trindade, partilhamos a

maior parte do texto bíblico, aceitamos a missão que nos vem da Palavra de Deus. Muitos

trabalhos já são feitos em conjunto e há importantes diálogos e pronunciamentos conjuntos

feitos em nível internacional. Entre muitas Igrejas, ainda que não em todas, já existe o

reconhecimento mútuo da validade do Batismo. É importante lembrar que o Batismo é um

laço de unidade fundamental, porque é sinal visível da graça de Cristo em cada batizado. Disse

São Paulo na carta aos Romanos:

Pois pelo batismo nós fomos sepultados com Ele em sua morte, a fim de que, assim

como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós levemos uma vida nova.

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Pois se fomos totalmente unidos, assimilados à sua morte, sê-lo-emos também à sua

ressurreição( Rm 6, 4-5).

É por isso que, num encontro ecumênico, uma vez foi colocada no chão uma faixa pela

qual todos deveriam passar para chegar ao local da reunião. Ela dizia:

Se vamos passar a eternidade juntos, por que não começar agora?

Mas existe o escândalo da separação

Nossa história de cristãos, por motivos complexos que não vamos analisar aqui,

produziu Igrejas que se separaram, se enfrentaram e se rejeitaram mutuamente. Foi uma

grande ferida no corpo da Igreja, que se espalhou e deixou fundas marcas. Mas cremos que

não é um processo incurável. O Espírito continua nos chamando à união. É a vontade de Deus.

Um dia, mesmo que demore, a unidade plena e visível vai acontecer, por caminhos que o

próprio Deus vai nos indicando. Então, a escolha que nos cabe agora é: queremos ser, até o

fim, parte do problema da separação? Ou queremos, mesmo que o prazo da recomposição da

unidade ultrapasse nossa vida terrestre, chegar a Deus com a alegria de ter sido parte da

solução?

Onde há feridas, é preciso ter cuidado

Negar o problema não resolve. Ficar decepcionado porque, às vezes, no meio de um

caminho cheio de esperanças, acontece um retrocesso, também não ajuda. Se houve feridas,

ofensas, desencontros, agora temos que ter uma dose extra e perdão mútuo, compreensão,

paciência, valorização do outro, capacidade de dialogar.

Nesse caminho tão delicado, precisamos saber o que estamos fazendo, conhecer o

terreno. Senão, mesmo com boas intenções, podemos atrapalhar em vez de facilitar a jornada.

Por isso, vamos começar alertando a respeito de certas confusões que podem criar problemas

desnecessários.

Cuidados com a maneira de falar

Muita gente usa de forma inadequada termos como: ecumenismo; ato ecumênico;

celebração ecumênica. Então chamam de “ecumênico” qualquer evento que misture religiões

diferentes e a gente ouve conversas assim:

Foi bem ecumênico. Tinha de tudo: católico, batista, pai de santo, budista...

Isso para nós não seria ato ecumênico, seria um encontro inter-religioso. O diálogo e o respeito entre pessoas de religiões diferentes são muito necessários à paz do mundo, mas não é isso que chamamos de ecumenismo. Consideramos que ecumenismo se faz entre pessoas de Igrejas diferentes, mas que pertencem à mesma religião, que é o cristianismo.

Outros cuidados que teríamos que ter no jeito ecumênico de falar são, por exemplo:

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- falar de outra Igreja com o mesmo respeito que gostaríamos que ela tivesse pela

nossa;

- Evitar comentários que possam ofender outras tradições cristãs;

- não julgar o que não conhecemos direito, o outro pode ter boas razões para preferir

algum comportamento religioso diferente do nosso;

- não generalizar a partir de algum exemplo negativo: as Igrejas – todas – são

compostas por seres humanos, sujeitos a falhas, isso não quer dizer que não sejam bons

instrumentos na construção do Reino.

Cristo quer e pode aproximar as Igrejas

Cristãos de Igrejas diferentes pertencem à mesma família de fé. São, em seu conjunto,

discípulos e discípulas de Jesus. Podem orar juntos, colaborar e ser, no mundo, anunciadores

do mesmo evangelho. Existem diferenças? Sim, até mesmo dentro de uma única Igreja temos

interpretações, espiritualidades, comportamentos religiosos diversos. Dentro de certas

condições, isso é uma riqueza. É importante não perder de vista o que nos une, no centro

dessa unidade está o próprio Jesus Cristo. Podemos ilustrar isso com desenhos assim:

Pense em cada bolinha como uma Igreja. Quanto mais perto elas estiverem do centro,

que é Jesus, mais perto estarão umas das outras.

Algumas Igrejas, até por amor a Jesus, já sentiram a dor da separação e não querem

continuar dando ao mundo esse sinal de desunião. Outras têm medo de atividades

ecumênicas, porque acham que isso seria uma infidelidade à sua própria identidade.

Então, precisamos esclarecer alguns pontos.

Ecumenismo não é mistura com perda de identidade

Jesus Jesus

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Se fizéssemos isso estaríamos complicando tudo e acabaríamos criando uma “Igreja”,

que seria a mescla de todas as outras e não resolveria a questão da unidade. Cada um traz

para o trabalho ecumênico aquilo que é: anglicano continua anglicano; ortodoxo continua

ortodoxo; católico continua católico; presbiteriano continua presbiteriano...e assim por diante.

O diálogo se faz justamente a partir da identidade de cada um, é isso que gera

complementação, respeito mútuo, descoberta do que o outro tem de bom. Quem está

inseguro em relação a sua identidade eclesial está mal preparado para um trabalho

ecumênico.

Ecumenismo não é diplomacia para conquistar o outro

Vamos ao diálogo com outros cristãos para compreender melhor o outro, não para

conquistar mais gente para nossa Igreja. Sinceridade nesse ponto é essencial. Qualquer

manobra estratégica disfarçada para tirar o outro da sua Igreja seria uma traição ao espírito

ecumênico. Valorizar a fidelidade de cada pessoa à sua própria Igreja faz parte do verdadeiro

sentimento ecumênico.

O ecumenismo não deve substituir o trabalho dentro da própria Igreja

Um agente ecumênico precisa estar bem envolvido com a sua Igreja, porque sua

missão é também mostrar aos outros o que ela tem de melhor. Não cabe “trocar” o trabalho

de sua Igreja por atividades ecumênicas. O ecumenismo vai exigir um trabalho extra, que não

prejudique a participação real e intensa de cada um em sua comunidade de origem. Essa

fidelidade à própria Igreja é que vai permitir que a pessoa entenda como a Igreja do outro

também é importante para ele. Ecumenismo é um esforço a mais, por um ideal importante.

Ecumenismo não é controlar tudo

É evidente que há diferenças entre as Igrejas. É normal que cada um concorde mais

com seu grupo. O ecumenismo não pede uma atitude do tipo “é tudo a mesma coisa, está

tudo bem”. Pode ser que, depois de muito convívio e troca de idéias, alguém até,

compreendendo agora melhor o ponto de vista do outro, acabe concordando com algo que

antes rejeitava. Mas também é perfeitamente possível continuar tendo opinião diferente, sem

que isso gere enfrentamento, separação. Muitas vezes o grande objetivo é justamente

conversar sobre as discordâncias, de modo fraterno, buscando, com sinceridade, caminhos de

boa convivência na diversidade.

As normas de cada Igreja devem ser respeitadas

Cada Igreja tem uma disciplina interna que garante a estrutura das comunidades.

As pessoas valorizam, com razão, essas normas. Elas ajudam a unir o grupo. Num trabalho

ecumênico é preciso levar em consideração essa organização de cada Igreja. Seria muito

indelicado colocar alguém na situação embaraçosa de ser pressionado a fazer algo que não

condiz com as normas de sua Igreja. Seria também inadequado exigir de uma Igreja que,

por causa de uma atividade ecumênica, ela negasse seu próprio jeito de ser. A

hospitalidade entre as Igrejas se faz com abertura ao que é comum e com respeito ao que

ainda é diferente, para que todos se sintam, na medida do possível, bem acolhidos.

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Ecumenismo não é aprovação cega de tudo

O ecumenismo requer boa vontade para valorizar o que o outro, diferente de nós,

tem de bom. É uma rejeição de preconceitos e de julgamentos precipitados baseados na

defesa de nossos próprios hábitos religiosos. Mas não basta que o outro use um rótulo

cristão para ficarmos impossibilitados de identificar atitudes erradas. Se houverem abusos,

intenções pouco louváveis, temos que ter discernimento e não deixar que o ecumenismo

seja um manto para encobrir o que não condiz com o evangelho. Assim, o ecumenismo

não nos impede de reclamar quando houver exploração da boa fé do povo, aliança com a

injustiça, falta de caridade, vaidade e ambição disfarçadas de pregação evangélica, em

qualquer Igreja, inclusive na nossa.

O que seria, então, viver o espírito ecumênico com responsabilidade?

Vejamos características importantes da espiritualidade ecumênica.

-Aproximação fraterna e vontade de conhecer o outro

A distância alimenta preconceitos. Conhecer o outro, com espírito desarmado,

ajuda a compreender melhor que ele também é nosso irmão na fé.

- Valorização da diversidade junto com a unidade

Se fôssemos todos iguais, ainda que dentro da mesma Igreja, realizaríamos muito

menos. A diversidade, quando não é motivo de discórdia, amplia o raio de ação das Igrejas,

enriquece a pregação do evangelho.

-Destaque para o que já nos une

Ver a unidade que já existe pela fé comum e a graça do Batismo e alegrar-se com

ela é um caminho para vencer gradativamente distância que ainda nos separa. O que já

temos em comum dá um bom e simpático começo de conversa. Quem vê um copo com

água até a metade pode dizer que é “um copo meio cheio” (se olhar para o que ele já tem)

ou “um copo meio vazio” (se quiser destacar o que ainda falta). Assim, as Igrejas podem

também ver a unidade que já existe, trabalhar juntas com base nessa unidade, em vez de

ficar só reclamando sobre o que ainda nos separa.

-Conhecimento do estado atual das relações ecumênicas

Há documentos, acordos entre Igrejas, livros de bons teólogos sobre o assunto. Em

geral, as bases das Igrejas não conhecem esse material. Ele deveria fazer parte da

formação dos fiéis para que ninguém fique com medo de fazer o que a sua própria Igreja já

declarou que deve ser feito nesse campo.

-Trabalho conjunto na construção de um mundo melhor

Jesus indicou como o Pai vai reconhecer os que pertencem ao Reino: são os que

dão de comer aos famintos, os que vestem os nus, os que socorrem os doentes, os que

visitam os encarcerados, os que promovem a paz. O mundo precisa de Igrejas fazendo isso.

Já realizamos muito trabalho pastoral nessa direção. É um ótimo sinal de empenho na

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missão, mesmo quando uma Igreja trabalha sozinha. Do ponto de vista ecumênico, isso

nos sugere duas atitudes:

a) Envolvimento em trabalho conjunto, porque juntos seremos mais

eficazes e daremos ao mundo um testemunho mais convincente;

b) Respeito e valorização do que as outras Igrejas fazem na direção da

construção de um mundo melhor.

- Oração em comum, pela própria unidade e para o bem do mundo

Não precisamos ficar brigando pelas orações particulares de cada Igreja. Temos em

comum 66 livros da Bíblia, como fonte de oração. Cada denominação tem seu modo próprio

de celebrar, mas a fé comum permite – e recomenda – uma infinidade de maneiras de

orarmos juntos. Além da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, podemos orar juntos

pela paz, pelo bem dos amigos comuns, em ocasiões de grande dor, alegria ou na

comemoração de eventos da comunidade. A lembrança dos heróis da fé, em cada

denominação, também pode nos unir na percepção de que a santidade não é exclusiva de

nenhuma Igreja.

- Cultivo de qualidades necessárias ao diálogo

Quem se envolve com ecumenismo logo descobre que precisa pôr em ação muitas

qualidades e atitudes importantes, por exemplo: humildade, amor à verdade, capacidade de

perdoar e de pedir perdão, desejo de aprender sempre mais, boa vontade diante do diferente,

sabedoria para ouvir sem preconceito ou vontade de dominar, alegria pelo bem que outros

realizam, espírito de equipe, avaliação prudente e desarmada das qualidades alheias... e muito

mais. É fácil perceber que o cultivo dessas atitudes não será somente um caminho de

capacitação para o trabalho ecumênico. Tudo isso fará de cada um de nós uma pessoa melhor,

mais capaz de conviver e dialogar de modo produtivo até dentro de nossa própria Igreja, na

família, no trabalho, na vizinhança.

Diante disso, destacamos quatro terrenos básicos para o diálogo ecumênico.

1. Diálogo de vida: é o que acontece no relacionamento cotidiano com

vizinhos, colegas de trabalho, parentes amigos. Aí pessoas de Igrejas diferentes podem

criar laços que ajudam a ver com mais simpatia a denominação cristã à qual cada um

pertence.

2. Diálogo de ação: é o que vamos fazemos na CFE. Também quando

Igrejas diferentes unem-se para defender direitos humanos, ajudar os que sofrem,

fazer trabalho comunitário de promoção humana. Unidas, as Igrejas mostram melhor a

sinceridade de suas intenções e de seu compromisso com o Reino.

3. Diálogo de oração: orar juntos educa o coração. Cada Igreja tem seu

jeito próprio de orar, mas quando pessoas de Igrejas diferentes se juntam em oração

com delicado respeito pela identidade religiosa de cada um, cresce um laço de afeição

mútua e de fidelidade a Jesus, fonte da nossa unidade.

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4. Diálogo de doutrina: esse é um terreno para gente bem preparada.

Funciona melhor depois que as pessoas já se conhecem, se estimam e já trabalharam e

oraram juntas.

Um caminho emocionante, construtivo, que vale a pena

Com tudo mais que Deus costuma nos pedir, a missão ecumênica acaba fazendo bem a

nós mesmos, até antes de beneficiar outros, de melhorar o mundo. Vai exigir muito de nós?

Sem dúvida! Mas é uma exigência que gera crescimento, que nos dará novos amigos, que nos

colocará como instrumentos do grande projeto de Jesus para sua Igreja.

Há muito o que aprender nesse campo. Um bom começo é não esquecer duas

orientações essenciais:

- uma nos vem de Santo Agostinho, que recomenda: “No essencial, a unidade. No que

é próprio de cada um, a liberdade. Em tudo a caridade”;

- a outra aplica às Igrejas a regra básica do amor ao próximo, na qual se resume bem a

Lei de Deus: “Trate a outra Igreja como você gostaria que tratasse a sua”.

Questões

1. Quais são as principais motivações (Luzes) para sermos pessoas ecumênicas e

Comunidades Ecumênicas?

2. Quais são os grandes desafios da Caminhada Ecumênica (Sombras)?

3. Descrever os problemas que dão origem às separações e divisões na Igreja

(sombras):

4. No movimento ecumênico, Deus nos chama a fazer parte de um lindo milagre que

vai mostrar ao mundo a força regeneradora do amor cristão. Como vamos

responder a essa vocação? Que atividades ecumênicas a nossa Paróquia está

assumindo (Luzes)?