Composto Organometálico Ligante Monoxido de Carbono
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Composto organometálico: LiganteMonóxido de Carbono
O primeiro organometálico contendo CO que se tem notícia foi o cis-
[PtCl2(CO)2], sintetizado em 1868 e em 1890 se sintetizou [Ni(CO)4] o primeiro
carbonil – metal. De lá para cá, principalmente nas décadas de 1950 a 1960,
organometálicos contendo CO como ligante foram importantíssimos no
desenvolvimento da área, pois eles formam complexos relativamente estáveis com
muitos metais de transição e assim foram extensamente estudados [1].
O que este ligante tem de muito interessante é sua grande capacidade de formar
fortes ligações com metais ricos em elétrons d, ou seja, ou seja, em baixos estados de
oxidação, ou neutros. Metais que estão nesta condição não tem grande tendência em
receber mais elétrons provenientes de ligantes. Além disso, como suas nuvens
eletrônicas são relativamente grandes, eles podem compartilhar seus elétrons com
relativa facilidade.
O primeiro fato que torna o monóxido de carbono um ligante muito bom para
metais como os citados acima é o par de elétrons sobre o átomo de carbono que pode ser
compartilhado com o metal para a formação da ligação σ M – C (Figura 1) tem energia
relativamente baixa e, portanto o compartilhamento não é tão eficiente. Em
consequência dessa baixa energia do par de elétrons, o CO é uma base de Lewis muito
fraca (par de elétrons pouco disponível), tanto que não se consegue protoná-lo mesmo
em ácidos fortes concentrados. Isso contrasta com o comportamento de uma base de
Lewis tradicional.
O segundo fato importante é que o CO tem orbitais π* (pi antiligante) vazios de
energia suficientemente baixa para ser capaz de se sobrepor de forma muito eficiente
com orbitais d do metal (ricos em elétrons). Essa sobreposição permite ao metal “livrar-
se” do excesso de densidade eletrônica enviando-a para o ligante (Figura 1) [1].
Figura 1. Representação da ligação de CO com um metal.
A formação da ligação do metal com o CO causa, como fica claro pelo exposto
acima, troca na densidade eletrônica dos orbitais HOMO e LUMO do ligante. Em
função disso, há uma troca na força da ligação carbono – oxigênio do ligante,
dependendo se o orbital afetado [1].