Comportamento do Concreto ao longo do tempo

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CONCRETO Retração e propriedades do concreto endurecido PCC 3222 2019

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CONCRETORetração e propriedades do

concreto endurecido

PCC 32222019

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Objetivos da aula

• Entender o fenômeno da fluência e o processo deretração do concreto e os riscos de fissuração a elaassociados

→ Conhecer os parâmetros influenciam a retração e afluência do concreto

• Ter domínio do conceito de resistência e módulo deelasticidade do concreto

→ Conhecer os parâmetros que influenciam essaspropriedades

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Por que as fissuras ocorrem?

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Tensão acima da resistência do material

• Carregamento externo

• Recalques de fundação

• Reações expansivas • Alcali-agregado

• Corrosão de armaduras

• Retração restringida• secagem, carbonatação, resfriamento

• Gradientes

• Estruturas contiguas

• Gradientes térmicos (calor de hidratação)

Fissuras & & suas causas

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Uma das principais causas de fissuras é a retração restringida

σ = E(ΔL/L0) = Eε ΔL

L0

Retração livre: gera apenas redução de volume

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Retração restringida: gera tensões

σ = E(ΔL/L0) = Eε

Toda estrutura é restringida pelo contato com o solo.

Res

triç

ão e

xter

na

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Retração restringida & tensões

• Gradientes de umidade• Para que a retração por secagem produza fissuras deve haver restrição

à deformação.

Restrição interna

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Tipos de retração

Retração

Estado fresco

Estado endurecido

Assentamento plástico

Retração plástica

Retração autógena

Retração por secagem

Retração por carbonatação

Retração por origem térmica

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Transição do concreto estado fresco → endurecido

• Sedimentação das partículas (movimentação da água)→ Água concentra-se na camada superficial (>> a/c local)→ Evaporação na superfície

• Redução no volume do concreto (retração química) → Vol. cimento hidratado = Vol. Cimento + 0,75 água combinada

• O concreto aquece e se resfria

• Concreto torna-se rígido (3h-7h), mas ainda pouco resistente

• Concreto torna-se poroso no estado endurecido e retrai durante a secagem

• Há riscos de fissuras!

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Retração por assentamento plástico do concreto

• Partículas começam asedimentar deslocando aágua e o ar aprisionado.

• Diminuição de volumepor redução de altura depeça.

• Se houver restrições,pode ocorrer fissuras.

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Fonte: Illston (2010)

Taxa de evaporação da água > Taxa de exsudação da água

Retração plástica

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Retração plástica: solução é a cura

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

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Solução é a cura do concreto

advancedcivilengineering.blogspot.com www.structuremag.org

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Processos de cura

MOLHAGEM CONSTANTE

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Processos de cura

CURA COM MANTA GEOTÊXTIL

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Processos de cura

CURA COM SACOS ÚMIDOS

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Processos de cura

CURA QUÍMICA/PELÍCULA

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Até quando curar?

NBR 14931: Execução de estruturas de concreto –Procedimento (2004)

→ Realizar cura até atingir fck ≥ 15 MPa

American Concrete Institute (ACI) Committee 301 recommendsa minimum curing period corresponding to concrete attaining70% of the specified compressive strength.

GANHO DE RESISTÊNCIA - NBR 6118/2014

IDADE (dias) CP III E IV CP II CPV - ARI

1 0,16 0,20 0,22

3 0,47 0,60 0,66

7 0,68 0,78 0,82

28 1,00 1,00 1,00

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Por que devemos curar o concreto até endurecer?

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Tensão capilar

• Quanto menor o poro, maior a tensão capilar e a retração

• A perda de água adsorvida (nos menores poros) é a principalresponsável pela retração por secagem do concreto endurecido

• Umidade relativa, vento, temperatura e radiação controlam a evaporação.

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

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Fissuração

Retardando a secagem, diminui volume de poros capilares (responsáveis pela retração) e em consequência aumenta a resistencia.

Tensão da retração por secagem

σ

tempo

fissura

Resistência à tração do concreto

σ

tempo

Sem fissura

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Retração (reversível e irreversível)

00

200

400

600

800

1000

10 20 30 40 50 60 70 80

Secagem Molhagem

Def

orm

ação

neg

ativ

a(x

10

-6)

Tempo (dias)

Retração reversível

Ret

raçã

oto

tal

Retração irreversível

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

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Quais parâmetros controlam a evaporação de água no concreto?

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Evaporação da água

• Temperatura do ar

• Umidade relativa

• Temperatura do concreto

• Velocidade do vento

• Uso de ábacos

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• Qual a quantidade

de água que evapora

em uma laje de

concreto (1 m x 1 m),

com espessura de 5

cm, em 1 dia?

Exercício

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Resolução

Temperatura ambiente = 20°C

UR = 80%

Volume/área do concreto = 0,05 m³ / 1 m² = 0,05 m

TCONCRETO = 20°C + 5°C = 25°C

Velocidade do vento = 16 km/h

Taxa de evaporação = 0,8 kg.m-².h-1

Período = 24 h

Quantidade de água = 0,8 x 24 = 19,2 kg/m²

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Como combater o risco de fissuração devido à retração por secagem? Justifique.

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Resposta

• Cura “prolongada”

• Aumentar a resistência à tração do concreto nasprimeiras idades

→ Concretos mais resistentes

→ Fibras

• Reduzir a deformação do concreto

• Aumentar o volume de agregados, que são maisrígidos que a pasta de cimento

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Gradientes térmicos

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“Retração” térmica

• O cimento gera calor durante sua hidratação

• O concreto é mau condutor e conserva o seu interior aquecido

• A parte externa perde calor para o ambiente

Lançamento do concreto

Aquecimentodo concreto

pelas reações de hidratação

Resfriamentodo concreto das

bordas para o centro (baixa

condutividade)

Retração da superfície com

restrição da parte interna gerando

fissuração

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O problema não é a temperatura máxima, mas o gradiente em relação à temperatura de equilíbrio.

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

= a . DT . E

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Ccimento= 223 kg/m³

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

Estimativa da elevação de temperatura do concreto

Page 33: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

Estimativa da elevação de temperatura do concreto

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Exercício

Faça uma verificação simplificada do risco defissuração de um bloco de concreto com as seguintescondições:

• Temperatura de lançamento: 32oC

• Elevação da temperatura: 26oC

• Módulo de elasticidade do concreto: E = 19.000 MPa.m/m

• Coef. de dilatação térmica do concreto: a = 10-5 m/moC

• Resistência à tração do concreto: fct = 4 MPa

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Exercício simplificado: resolução

• Cálculo da deformação específica:e = a . DT

e = 10-5.(26°C) e = 0,00026

• Cálculo da tensão devido ao aumento da temperatura: = e . E

= 0,00026 . 19000 = 4,94 MPa > fct = 4 MPa

Logo, risco significativo de fissura

• Como poderia ser feita uma avaliação mais precisa?

Page 36: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

•Como poderia ser feita uma avaliação mais precisa?

Fonte: Maria João Henriques. Relatório 425/2013. LEVANTAMENTO TÉRMICO DE PARAMENTOS DE BARRAGENS DE BETÃO PARA APOIO AO ACOMPANHAMENTO DA EVOLUÇÃO DE PATOLOGIAS

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Quais estratégias podem ser adotadas

para controlar a gradientes térmicos

do concreto?

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Estratégias

• Reduzir o consumo de cimento na dosagem

• Cimento com < taxa de liberação de calor (adições)

• Concretagem em etapas (“juntas frias”)

• Reduzir a temperatura dosmatérias primas

→ Gelo moído substituindo a água

→ Refrigerar concreto com nitrogênio líquido

→ Refrigerar agregados

• Instalar bombas com sistemas trocadores de calor na estrutura

http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/190/artigo286974-2.aspx

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Fluência

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O concreto endurecido continuase deformando com o tempo

http://www.panoramio.com/photo/9236090

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http://www.panoramio.com/photo/9236090

Page 42: Comportamento do Concreto ao longo do tempo
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Deformação lenta ou fluência do concreto

• Ocorrem em peças submetidas a cargas de longa duração

• Causas:→ Devido à movimentação de água pelos poros do

concreto

→ Devido à acomodação dos cristais na pasta de cimento hidratada

• Tendem a se estabilizar com o tempo (esforços majoritários de compressão)

Page 44: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Deformação por fluência também é parcialmente reversível

e

200

600

400

800

1000

0 4020 60 80 100 120

Tempo após o carregamento (dias)

Fluência irreverssívelConcreto

descarregadoDeformaçãoelástica

Deformaçãopor fluência

Recuperação elástica

Recuperação da fluência

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

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Quais estratégias devem ser adotadas para controlar a fluência do concreto? Justifique.

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Diminuindo a deformação por fluência

• Reduzir o volume de pasta e a quantidade de água ou aumentar o volume relativo de agregado;

• Usar agregados de maior módulo de elasticidade.

Fonte: Mehta & Monteiro (2008)

a)1( gC

C

P

C −=

Onde:

→ CC: fluência do concreto

→ CP: fluência da pasta de cimento

→ g: teor de agregados

→ a: constante

Page 47: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Deformação por fluência

• Considerar adequadamente as condições ambientais locais.

Page 48: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Atividade: Indique como a geometria da estrutura e a taxa de armadura podem influenciar a deformação por fluência.

Page 49: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Propriedades mecânicas do concreto endurecido

Page 50: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Comportamento mecânico

• É a resposta obtida do concreto quando submetida a esforços

mecânicos (diagrama tensão x deformação).

• Depende dos tipos de esforços

mecânicos:a) Traçãob) Compressãoc) Flexãod) Torçãoe) Flambagemf) Cisalhamento

• O concreto trabalha bem à

compressão e este tipo de esforço

é priorizado para a concepção

estrutural

Page 51: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Deformação específica

Ten

são

aatgE =

Δε

Δσ

Módulo de elasticidade

0

)/(L

Lmmmm

D=e

Aresistente

F

ΔL

L0

e

D

D=E

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Medida da curvaTensão x deformação

extensômetros fixos no concreto

σ

ε

Comportamento não linear

extensômetros fixos nos pratos da prensa

cria erro de acomodação

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Módulo de elasticidade ou módulo de deformação do concreto

Relógio comparador Clip gage

Metrologia é difícil e depende muito do equipamento.Exige medir deformações com precisão de 1/1000mm

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Deformações do concreto e seus constituintes

O concreto apresenta comportamentoelástico linear?

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Processo de propagação das fissuras

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Determinação do módulo é uma convenção

E = (2 - 1)(e2 - e1)

Deformação específica = DL/L0

Ten

são

(M

Pa)

2 = 0,3.fc

1 = 0,5MPa

e1 e2

2 = 0,3 fc para Etang

2 = 0,4 fc para Esec

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Ciclos de carregamento previstos pela norma brasileira (ABNT NBR 8522:2008)

Page 58: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Previsão do módulo de elasticidade segundo a norma ABNT NBR 6118:2014

Page 59: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Exercício

• Um corpo-de-prova de 10 cm de diâmetro e 20 cmde altura, foi destinado à determinação do módulode elasticidade. Carregaram o corpo de prova até40% da carga máxima anterior (500.000 N) emediram uma deformação de 0,07 mm com umextensômetro com base inicial de medida de100mm. Estime o módulo de elasticidade desseconcreto (GPa).

Page 60: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Área = .102 = 78,54 cm2 = 7854 mm2

4

Carga = 0,40x500.000 N = 200.000 N

Tensão = 200.000 N ÷ 7854 mm2 = 25,4 MPa

Deformação específica = 0,07 ÷ 100 = 0,0007 mm/mm

Módulo de elasticidade = 25,4÷ 0,0007 = 36.268 MPaMódulo de elasticidade = 36,3 GPa

Resolução

Page 61: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Pontos importantes

• Quanto maior o módulo de elasticidade, maior é arigidez do concreto

• Menor é a deformação de uma estrutura para umadada geometria

• Menor é a deformação por retração

• Maiores são as tensões para o mesmo nível dedeformação imposta

• Menor é a deformação lenta

Page 62: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Comportamento estrutural

• Fundamental: parametrização do comportamentodo material para prever comportamento estrutural

• Combinação de esforços

• Combinação de comportamentos (concreto e aço)

• Modelos de dimensionamento devem garantirsegurança do conjunto

Page 63: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Comportamento mecânico do concreto e a segurança da estrutura

• Em um pilar a resistência do concreto define a capacidade resistente do elemento estrutural.

→ Esforço principal de compressão.

• Em uma viga ou laje o vergalhão de aço tem papel mais relevante para segurança da estrutura.

→ Esforço de tração resistido pelo aço.

• Num pavimento de concreto simples a resistência à tração do concreto é o parâmetro mais importante.

Page 64: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

• Segue ensaios padrão

• Parametriza o material e se utiliza em conjunto com modelos de dimensionamento validados:

Determinação da resistência

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Medida da resistência à compressão do concreto no Brasil

• Moldagem e cura segundo

NBR5738

• Ensaio segundo NBR5739

• Corpos-de-prova cilíndricos:

• Dimensões F15cm x 30cm

ou F10 x 20 cm;

→ Proporção h/d = 2

• Adensamento padrão

manual ou mecânico;

• Desforma com 24 h;

• Cura → câmara úmida

▪ Temperatura e HR controlada

→ Imersão;

• Acabamento superficial

• Ruptura → velocidade controlada

Page 66: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

As faces paralelas no carregamento são garantidas pelo capeamento ou polimento das superfícies

Page 67: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência à compressão e o corpo de prova

Corpo de prova padrão Mercosul/Europeu

http://buildingresearch.com.np/services/mt/mt1.php

Corpo de prova padrão Brasil

Page 68: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Correlações

cilindrocubo fcfc 2,1

Por que?

Page 69: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Relação altura/diâmetro do corpo de prova

Altura/Diâmetro (mm/mm)2

Incremento de Resistência(MPa/MPa)

1

0,5

2

Page 70: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Variação da velocidade de carregamento

OZBOLT,RAH, MESTROVI. Influence of loading rate on concrete cone failure. International Journal of Fracture (2006) 139:239–252

Page 71: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Baixa velocidade de carregamento

Page 72: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Dinâmica do efeito Rüsch(fadiga estática ou ruptura por carga mantida)

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2

0,0

Rel

ação

res

istê

nci

a im

edia

ta/r

esis

tên

cia

de

carg

a d

e lo

nga

du

raçã

o

Tempo

Page 73: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Variabilidade da resistência do concreto

• Há uma variabilidade naturalmente esperada para a resistência do concreto

• Vários fatores interferem:

→Variação da relação a/c (Exemplo: erros de pesagem)

→Defeitos (Exemplo: falhas de compactação)

→Variabilidade das matérias primas

• Deve-se controlar o nível de variação para garantir a segurança da estrutura (a corrente rompe no elo mais fraco).

htt

p:/

/ww

w.a

lto

qi.c

om

.br/

gale

ria-

de-

pro

jeto

s/ga

leri

a/ed

ific

io-m

ult

ifam

iliar

-2/

Page 74: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência Característica do Concreto

Camacho (2006) - UNESP

• fcm = resistência média à compressão (dosagem)

• fck= resistência característica à compressão

• sd = desvio-padrão da produção (dosagem)

• Importantíssimo: amostragem deve ser confiável para o controle (aula de controle de qualidade)

Page 75: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência é parâmetro estatístico

Page 76: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência x desvio de produção do concreto

Origem primordial da dispersão dos valores de resistência:

• Alterações:

→Nos materiais constituintes

→No proporcionamento:

▪ Consumo de cimento

▪ Relação água/cimento

fck fcm1 fcm2

sd sd

sd sd

Page 77: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Qual é o principal parâmetro tecnológico que define a resistência do concreto?

Page 78: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Controle da resistência do concreto

Para agregados convencionais, a relação água/cimento (em massa) e a idade definem a porosidade e a resistência do concreto.

Page 79: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Considerações de projeto• Trabalha-se com fck

• Considera-se para o projeto fcd = fck÷ gc

• gc: coef. de segurança minorador de resistência → gc = 1,4

• Minora-se a capacidade resistente utilizando 0,85.fcd

• 0,85 = α1. α2 .α3

→ α1: ganho de resistência após 28 dias (~1,2)

→ α2: relacionado ao efeito Rüsch (~0,8)

→ α3: relacionada ao fator de correção geométrica (~0,9)

Page 80: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

O controle da resistência do concreto é intrinsecamente ligado à garantia da segurança da estrutura.

Page 81: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Por que materiais frágeis resistem menos à tração do que à compressão?

Page 82: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Concentração de tensões

• A ocorrência de singularidades ou falhas internas ou externas irão impor uma concentração de tensões

• Isto ocorre principalmente para tensões de tração

m = 0[1+2(a/e)½]

• m = tensão na extremidade da fissura

• 0 = tensão de tração aplicada no material

• a = ½ comprimento da trinca interna ou comprimento da trinca superficial

• e = raio de curvatura da extremidade da fissura

Page 83: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

• Quando a >>>> e tem-se nova situação:

m = 20(a/e)½

• m = tensão na extremidade da fissura

• 0 = tensão de tração aplicada no material

• a = ½ comprimento da trinca interna ou comprimento da trinca superficial

• e = raio de curvatura da extremidade da fissura

• Ke = m/0 = 2(a/e)½

• Ke = fator de concentração de tensões

a2a

m

0

Concentração de tensões

Page 84: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

O que acontece com o concreto?

Page 85: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência à tração do concreto

• A resistência à tração é bem inferior à resistência àcompressão do concreto

• Aproximadamente 10%

• A relação depende do método de determinação daresistência à tração

• No dimensionamento de estruturas de concretoarmado despreza-se a resistência à tração do concreto

• Estruturas de concreto simples (pavimentos, porexemplo) considera-se e controla-se a resistência àtração (fctk)

Page 86: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Resistência à tração na flexão 4 pontos

Momentos

Cortante

2be

PL

W

MMOR ==

M = Momento no vão centralW = momento de inérciaP = cargaL = vãob = largura da vigae = altura de viga

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Resistência à tração (compressão diametral)

petcivilufjf.wordpress.com

Page 88: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Finalizando:• Quanto menor o volume de pasta:

→ Menor é o calor de hidratação liberado

→ Menor é a retração

→ Menor é a deformação lenta

→ Menor é o volume de material susceptível à entrada

de agentes agressivos

→ Menor é o custo

→ Menor é o impacto ambiental

• Melhor o concreto garantidas as exigências de

trabalhabilidade e comportamento mecânico.

Page 89: Comportamento do Concreto ao longo do tempo

Leitura recomendada

• Capítulo 3 – Resistência em Mehta; Monteiro.IBRACON. P.49-84

• Capítulo 4 – Estabilidade dimensional em Mehta;Monteiro. IBRACON. P.85-120