Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina:

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Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina: Oportunidades de negócios conjuntos para promover a integração Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil Detección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos SÉRIE CADERNOS DA INDÚSTRIA ABDI

Transcript of Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina:

Complementaridade Produtivaentre Brasil e Argentina:

Oportunidades de negócios conjuntospara promover a integração

Complementariedad Productiva entre Argentina y BrasilDetección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos

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SÉRIE CADERNOS DA INDÚSTRIA ABDI

Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior

Série Cadernos da Indústria ABDI

Volume XVII

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)Brasília – 2010

Complementaridade Produtivaentre Brasil e Argentina:

Oportunidades de negócios conjuntospara promover a integração

AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina: Oportunidades de negócios conjuntos para promover a integração. / Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. – Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2010.

298 p. (Série Cadernos da Indústria ABDI XVII)

ISBN 978-85-61323-19-6

1. Mercosul. 2. Política e Economia. I. Título. II. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. III. Série.

CDU 339.923

Equipe técnica da ABDIRoberto dos Reis AlvarezRogério Dias AraújoLeonardo SantanaSimone UdermanMarcia Oleskovicz (Supervisão – Comunicação)

Equipe técnica da UnicampMariano LaplaneFernando SartiCelio HiratukaRodrigo Sabbatini

Equipe técnica da Abecep.comCoordenadores:Lic. Dante Sica (Coordenador General)Lic. Sebastián Brusa (Coordenador do projeto)Lic. Maximiliano Scarlan (Coordenador Técnico)

Pesquisadores:Lic. Horacio LazarteLic. Carla DicundoLic. Noelia Pacharotti

Revisão de textoChá com Nozes Propaganda / Carlos Ferreira e Manfredo Chavez

FotosChá com Nozes Propaganda

Projeto Gráfico e DiagramaçãoChá com Nozes Propaganda / Rangel Egidio dos Santos

© 2010 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDISérie Cadernos da Indústria ABDI – Volume XVIIQualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

ABDIAgência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Setor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco B – Ed. CNC70041-902 – Brasília – DFTel.: (61) 3962-8700www.abdi.com.br

Ficha Catalográfica

República Fede rativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Miguel JorgeMinistro

Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Reginaldo Braga ArcuriPresidente

Clayton CampanholaDiretor

Maria Luisa Campos Machado LealDiretora

Roberto dos Reis AlvarezGerente de Assuntos Internacioais

ApresentaçãoReginaldo ArcuriPresidente da ABDI

5

Apre

sent

açãoO conceito de integração produtiva e os esforços associados de apro-

ximação entre as nações têm permeado a trajetória de articulação dos países do Cone Sul. Em 1986, o lançamento do Programa de Integração e Cooperação Econômica (PICE), iniciativa conjunta do Brasil e da Ar-gentina, insere a questão integracionista na pauta de cooperação dos dois países, orientando a definição de compromissos e ações em setores econômicos preferenciais. O tratado de Assunção, que estabelece, em 1991, as bases para a formação do Mercosul, explicita o entendimento de que a ampliação de mercados por meio da integração das estruturas de produção dos sócios constitui uma condição fundamental para acele-rar o crescimento econômico com justiça social, reiterando a importância do tema para o desenvolvimento dos países signatários. Ao longo das últimas décadas, essa ideia ganha força, tornando-se referência para as negociações multilaterais, à luz da evolução de acontecimentos interna-cionais que consolidam o processo de globalização e aceleram a forma-ção de blocos econômicos transnacionais.

A despeito da incontestável relevância da questão, a concretização dos esforços de integração produtiva em iniciativas e ações palpáveis ainda não alcançou o nível de profundidade necessária e o grau de amplitu-de desejado pelos nossos mandatários. Em função de sua premência e complexidade, o tema passou a integrar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), instituída pelo governo brasileiro em 2008, compondo, como Programa de Destaque Estratégico, a diretriz de aprofundar a in-tegração produtiva com a América Latina e o Caribe. Coube à Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) a responsabilidade de coordenar o programa, mobilizando agentes relevantes e articulando interesses convergentes.

Como parte das ações executadas a partir de então, a Agência contra-tou o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Neit-IE/Unicamp) para elaborar

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

6

um estudo específico sobre a integração produtiva entre o Brasil e a Ar-gentina, que contou, para as especificidades do caso Argentino, com a participação da Abecep.com. Dividido em duas partes, o trabalho contri-bui para ampliar o conhecimento sobre o tema e sistematizar propostas que indiquem como avançar na almejada aproximação com esse país, abrindo espaço para a execução de estudos similares envolvendo nossos demais parceiros e vizinhos.

A primeira parte do estudo explica a relevância do processo de integra-ção, ressaltando que as assimetrias competitivas entre empresas, institui-ções e setores, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, podem ser fatores favoráveis à sua implementação. A partir da identificação de oportunidades de empreendimentos conjuntos, sugere que o apoio à realização de investimentos bilaterais, ao estabelecimento de acordos de fornecimento e ao desenvolvimento cooperativo de projetos de cunho tecnológico podem ser importantes elementos de sustentação de arran-jos e políticas bilaterais. Desse modo, considera que a mobilização da capacidade de financiamento, de compra, de regulação e de coordena-ção dos investimentos dos governos nacionais é uma plataforma funda-mental para o incremento da competitividade e a internacionalização de empresas. Reunindo informações e análises acerca da instituição de mecanismos de coordenação, propõe políticas de apoio à integração das cadeias produtivas regionais.

A segunda parte do trabalho faz uma análise criteriosa da realidade setorial da Argentina, visando identificar espaços potencialmente inte-ressantes para novos investimentos comuns. Após uma pesquisa não-exaustiva do perfil de investimentos de origem brasileira na Argentina, abrangendo, entre outras características, a distribuição setorial, a des-tinação geográfica e o porte dos investidores, o trabalho analisa o po-tencial de oportunidades oferecido pelos diversos setores investigados. Examinando as possibilidades de complementaridade produtiva entre os

7

Apre

sent

açãodois países, contribui para a identificação de oportunidades de negócios

que sustentem avanços no processo de integração.

Apresentados e discutidos em fóruns qualificados no Brasil e na Argenti-na, os resultados dessa pesquisa constituem-se em valiosos insumos para a construção de uma agenda pública e privada com foco no desenvolvi-mento de programas de integração que envolvam instituições de ambos os países. A presente publicação visa contribuir para a disseminação de ideias e para o amadurecimento de propostas voltadas para a consoli-dação de um plano comum de trabalho, que leve em consideração a necessidade de que os governos criem condições econômicas e regula-tórias que favoreçam o florescimento de negócios e sejam atrativas para as empresas, verdadeiras agentes do processo de integração produtiva.

Reginaldo aRcuRi

Presidente da ABDI

Sumário / Sumario

Sum

ário

/ S

umar

io

9

Lista de tabelas / Lista de cuadros .....................................16

Lista de figuras ..................................................................20

Parte I

Sumário executivo .............................................................26

Introdução ........................................................................30

1. Investimento e integração produtiva ..............................32

2. A integração produtiva no Mercosul ..............................36

3. Investimento e integração produtiva Brasil e Argentina ....40

4. Investimentos bilaterais .................................................46

4.1 IDE da Argentina no Brasil ..................................................... 47

4.1.1 Grupo Techint .............................................................. 50

4.1.2 Arcor Saic .................................................................... 50

4.1.3 IMPSA .......................................................................... 51

4.1.4 Grupo Bagó ................................................................. 51

4.2 IDE do Brasil na Argentina ..................................................... 52

5. Perspectivas e estratégias de política .............................56

6. Identificação de oportunidades ......................................60

6.1 Petróleo e gás ....................................................................... 62

6.2 Aeronáutica .......................................................................... 63

6.3 Mineração............................................................................. 63

6.4 Indústria naval ...................................................................... 64

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

10

6.5 Equipamentos ferroviários ..................................................... 65

6.6 Autopeças ............................................................................. 66

6.7 Software ............................................................................... 67

6.8 Biocombustíveis .................................................................... 67

6.9 Construção civil ..................................................................... 68

7. Considerações finais: o papel das políticas coordenadas .....................................................................70

Parte II

Lista de cuadros ................................................................18

Lista de figuras ..................................................................22

Introducción ......................................................................74

1. Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina .....................................................................78

1.1 La evolución de la inversión y el contexto macroeconómico en Argentina .............................................. 79

1.2 Caracterización del proceso inversor de Brasil ........................ 86

1.3 Caracterización y proceso de inversión en cadenas de valor .... 94

1.3.1 Petroquímica ................................................................ 96

1.3.1.1 Estructura de la cadena .................................... 96

1.3.1.2 Situación de la cadena en Argentina ................ 97

1.3.1.3 Proceso inversor en la cadena ........................... 99

1.3.2 Bebidas ...................................................................... 101

1.3.2.1 Estructura de la cadena .................................. 101

1.3.2.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 102

Sum

ário

/ S

umar

io

11

1.3.2.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 104

1.3.3 Siderurgia .................................................................. 105

1.3.3.1 Estructura de la cadena .................................. 105

1.3.3.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 106

1.3.3.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 108

1.3.4 Agroindustria (con foco en el sector ganadero

y sus derivados) ......................................................... 109

1.3.4.1 Estructura de la cadena .................................. 109

1.3.4.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 111

1.3.4.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 114

1.3.5 Construcción-inmobiliario .......................................... 117

1.3.5.1 Estructura de la cadena .................................. 117

1.3.5.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 119

1.3.5.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 120

1.3.6 Química ..................................................................... 121

1.3.6.1 Estructura de la cadena .................................. 121

1.3.6.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 122

1.3.6.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 123

1.3.7 Automotriz ................................................................ 125

1.3.7.1 Estructura de la cadena .................................. 125

1.3.7.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 126

1.3.7.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 127

1.3.8 Logística .................................................................... 130

1.3.8.1 Estructura de la cadena .................................. 130

1.3.8.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 131

1.3.8.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 133

1.3.9 Textil ..........................................................................135

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

12

1.3.9.1 Estructura de la cadena .................................. 135

1.3.9.2 Situación de la cadena en Argentina .............. 136

1.3.9.3 Proceso inversor en la cadena ......................... 137

1.3.10 Energía .................................................................... 139

1.3.10.1 Estructura de la cadena ................................ 139

1.3.10.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 139

1.3.10.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 141

1.3.11 Minería .................................................................... 142

1.3.11.1 Estructura de la cadena ................................ 142

1.3.11.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 143

1.3.11.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 144

1.3.12 Tecnologías de la Información y la

Comunicación (TIC) .................................................... 145

1.3.12.1 Estructura de la cadena ................................ 145

1.3.12.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 146

1.3.12.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 147

1.3.13 Celulosa y papel ....................................................... 150

1.3.13.1 Estructura de la cadena ................................ 150

1.3.13.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 151

1.3.13.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 153

1.3.14. Maquinaria agrícola ................................................ 154

1.3.14.1 Estructura de la cadena ................................ 154

1.3.14.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 155

1.3.14.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 158

1.3.15 Biocombustibles ...................................................... 159

1.3.15.1 Estructura de la cadena ................................ 159

1.3.15.2 Situación de la cadena en Argentina ............ 160

Sum

ário

/ S

umar

io

13

1.3.15.3 Proceso inversor en la cadena ....................... 162

1.3.16. Otras actividades empresariales y de esparcimiento ....163

1.3.16.1 Caracterización de las inversiones

en Argentina .................................................. 163

2. Detección de nichos para la complementación productiva .......................................................................166

2.1 Marco general y algunas consideraciones metodológicas ..... 167

2.1.1 La constitución de la matriz sectorial .......................... 169

2.1.2 Cruce de indicadores .................................................. 184

2.2 Determinación de rubros con potencialidad ......................... 193

2.2.1 Rubros con potencialidad alta .................................... 194

2.2.1.1 Subgrupo 1: Alta potencialidad por

primacía de Brasil ........................................... 194

2.2.2 Rubros con potencialidad media ............................... 197

2.2.3 Rubros con potencialidad baja .................................. 198

2.3 Análisis de rubros seleccionados .......................................... 199

2.3.1 Rubros productivos con Oportunidades Altas ............. 199

2.3.1.1 Aeronáutica ................................................... 199

2.3.1.2 Minería .......................................................... 202

2.3.1.3 Bebidas (jugos) .............................................. 207

2.3.1.4 Sector maderero (madera/muebles) ................ 209

2.3.1.5 Celulosa y Papel ............................................ 212

2.3.1.6 Naval-Embarcaciones ..................................... 215

2.3.1.7 Maquinaria de uso especial

(Maquinaria Agrícola) .................................... 218

2.3.1.8 Autopartes ..................................................... 221

2.3.1.9 Lácteo ........................................................... 224

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

14

2.3.1.10 Productos de la molinería ........................... 226

2.3.1.11 Combustibles (Biodiesel)............................... 229

2.3.1.12 Cuero .......................................................... 231

2.3.2. Rubros productivos con oportunidades medias ......... 235

2.3.2.1 Carrocerías ..................................................... 235

2.3.2.2 Carnes ........................................................... 237

2.3.2.3 Maquinaria y equipos (bienes de capital) ........ 241

2.3.2.4 Químicos ....................................................... 242

2.3.2.5 Plásticos ......................................................... 244

2.3.2.6 Calzado ......................................................... 247

2.3.2.7 Ferroviario ...................................................... 250

2.3.2.8 Motovehiculos ............................................... 252

2.3.3 Rubros productivos con Oportunidades Bajas ............ 255

2.3.3.1 Petroquímica .................................................. 255

2.3.3.2 Siderurgia ...................................................... 257

2.3.3.3 Vehículos automotores .................................. 260

2.3.3.4 Fabricación de productos minerales no

metálicos (cemento) ...................................... 262

2.3.4 Rubros de servicios con Oportunidad Alta .................. 264

2.3.4.1 Informática ................................................... 265

2.3.4.2 Construcción.................................................. 267

2.3.4.3 Transporte / Logística .................................... 269

3. Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos ..........................................................272

3.1 Breves comentarios sobre rubros con mayor espacio para

la acción pública/privada a nivel regional ............................. 275

3.1.1 Aeronáutica ............................................................... 275

Sum

ário

/ S

umar

io

15

3.1.2 Minería ...................................................................... 276

3.1.3 Industria Naval (incluye pequeñas embarcaciones) ............ 277

3.1.4 Ferrocarril .................................................................. 277

3.1.5 Autopartes ................................................................. 278

3.1.6 Maquinaria de uso especial (Maquinaria Agrícola) ...... 279

3.1.7 TIC´s + Desarrollo tecnológicos orientados al Agrobusiness ............................................................. 280

3.1.8 Biodiesel .................................................................... 281

3.1.9 Construcción.............................................................. 283

3.2 Breves comentarios sobre rubros con menor espacio para la acción pública/privada a nivel regional ............................. 283

3.2.1 Lácteo........................................................................ 283

3.2.2 Productos de Molinería .............................................. 284

3.2.3 Bebidas (jugos) .......................................................... 285

3.2.4 Cueros ....................................................................... 286

3.2.5 Celulosa/Papel ............................................................ 287

Anexos ............................................................................290

Análisis II – Disparidad productiva vs Nivel de inversiones brasileñas en Argentina ....................................................... 291

Análisis III – Disparidad comercial (medido por el ratio de exportaciones totales de Brasil respecto a Argentina) vs Estado del intercambio comercial bilateral ........................... 294

Lista de tabelas / Lista de cuadros

17

List

a de

tabe

las

/ Li

sta

de c

uadr

osParte I

Tabela 1. Intercâmbio comercial Brasil-Argentina

Grupos Cuci com CCI>0,5 e corrente de comércio>US$

40 milhões (2004) ................................................................. 43

Tabela 2. Ranking das maiores multinacionais

argentinas (2008).................................................................. 49

Parte II

Cuadro 1. Composición de los flujos de IED (en %) ...................... 83

Cuadro 2. Flujos de IED. Distribución por país primer nivel de

tenencia (en millones de U$S) ............................................... 84

Cuadro 3. Flujos de IED – Principales sectores

(en millones de U$S) ............................................................. 85

Cuadro 4. Principales sectores con existencia de empresas de

origen de capital brasileñas internacionalizadas ................... 171

Cuadro 5. Cruce de indicadores: Sectores prioritarios en Brasil,

nivel de inversiones brasileñas en Argentina y existencia

de grandes empresas de origen de capital brasileño............. 186

Cuadro 6. Fabricación de aeronaves y naves espaciales .............. 202

Cuadro 7. Minería ..................................................................... 205

Cuadro 8. Elaboración de bebidas ............................................. 208

Cuadro 9. Madera y muebles .................................................... 211

Cuadro 10. Celulosa y papel ...................................................... 215

Cuadro 11. Naval-Embarcaciones .............................................. 218

Cuadro 12. Maquinaria agrícola ................................................ 220

Cuadro 13. Autopartes.............................................................. 223

Cuadro 14. Lácteos ................................................................... 226

Cuadro 15. Productos de la molinería ........................................ 228

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

18

Cuadro 16. Productos químicos ................................................. 231

Cuadro 17. Cuero ..................................................................... 234

Cuadro 18. Carrocerías .............................................................. 236

Cuadro 19. Carnes .................................................................... 240

Cuadro 20. Maquinaria y equipos ............................................. 242

Cuadro 21. Químicos ................................................................ 244

Cuadro 22. Plasticos .................................................................. 247

Cuadro 23. Calzados ................................................................. 250

Cuadro 24. Ferroviario............................................................... 252

Cuadro 25. Motovehiculos ........................................................ 254

Cuadro 26. Petroquímica .......................................................... 257

Cuadro 27. Siderurgia ............................................................... 259

Cuadro 28. Vehículos automotores ........................................... 262

Cuadro 29. Minerales no metálicos ........................................... 264

Cuadro 30. Informática ............................................................. 266

Cuadro 31. Construcción .......................................................... 268

Cuadro 32. Transporte y logística .............................................. 270

Lista de figuras

21

List

a de

figu

rasParte I

Gráfico 1. IDE na Argentina e no Brasil (1995-2008)(milhões de dólares) .............................................................. 42

Gráfico 2. IDE acumulado de empresas argentinas no Brasil (1995 e 2000) (milhões de dólares) ....................................... 47

Gráfico 3. IDE de empresas argentinas no Brasil (2001-2008) (milhões de dólares) .............................................................. 47

Gráfico 4. Investimento direto brasileiro no exterior (milhões de dólares) .............................................................. 53

Gráfico 5. IDE do Brasil na Argentina (milhões de dólares) .......... 53

Parte II

Figura 1. Inversión Extranjera Directa. (En millones U$S) .............. 81

Figura 2. PBI e IBIF desestacionalizados. (En millones de pesos de 1993) ..................................................................... 82

Figura 3. Participación IED Brasil en Argentina ............................. 87

Figura 4. Inversiones consolidadas, inversiones relevadas por la encuesta y adicional según anuncios de inversión. (En miles de U$S) .................................................................. 88

Figura 5. Participación de las inversiones respecto al acumulado 2002-2008 consolidado. Por modalidad. (En %) ....90

Figura 6. Inversiones efectivizadas por las empresas con participación accionaria brasileña según localización. (En %) ....91

Figura 7. Participación de las inversiones acumulada en el período 2002-2008 por sector de actividad económica. (En %) .. 93

Figura 8. Participación de las inversiones en el período 2002-2008, consolidado. Por sector de actividad económica. (En %) ................................................................ 94

Figura 9. Cadena petroquímica .................................................... 96

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

22

Figura 10. Cadena de bebidas ................................................... 102

Figura 11. Cadena de la siderurgia ............................................ 106

Figura 12. Cadena ganadera ..................................................... 110

Figura 13. Cadena de construcción............................................ 118

Figura 14. Cadena química ........................................................ 122

Figura 15. Cadena automotriz ................................................... 126

Figura 16. Cadena logística ....................................................... 131

Figura 17. Cadena textil ........................................................... 136

Figura 18. Cadena de energía eléctrica ...................................... 139

Figura 19. Cadena minera ......................................................... 142

Figura 20. Cadena de TIC .......................................................... 145

Figura 21. Cadena de celulosa y papel ....................................... 151

Figura 22. Cadena de la maquinaria agrícola ............................. 155

Figura 23. Cadena de biocombustibles ...................................... 160

Figura 24. Brasil. Programas estructurales en áreas estratégicas ....170

Figura 25. Nivel de inversiones brasileñas (2002-2008) vs

Grado de relevancia de anuncios de inversión brasileños

en relación al total de anuncios realizados en Argentina

(2002-2009) ....................................................................... 174

Figura 26. Relevancia productiva de Brasil respecto a

Argentina. Año 2007 (estimado) ......................................... 175

Figura 27. Relevancia comercial de Brasil respecto a

Argentina, medido por exportaciones totales. Año 2008 ..... 178

Figura 28. Estado del intercambio comercial bilateral entre

Argentina y Brasil, en relación al total del comercio de

cada rubro. Año 2008 ......................................................... 180

Figura 29. Aporte al crecimiento de las importaciones de

origen china (2006-2008) ................................................... 182

23

List

a de

figu

rasFigura 30. Grado de incidencia de las medidas en las

importaciones ..................................................................... 184

Figura 31. Disparidad productiva vs Nivel de inversiones brasileñas en Argentina ....................................................... 189

Figura 32. Disparidad comercial (medido por el ratio de exportaciones totales de ambos países) vs Estado del intercambio comercial bilateral ............................................ 190

Complementaridade Produtivaentre Brasil e Argentina:

Oportunidades de negócios conjuntospara promover a integração

Parte I

Equipe técnica da UnicampMariano LaplaneFernando SartiCelio HiratukaRodrigo Sabbatini

Sumário executivo

27

Sum

ário

exe

cutiv

oA complementaridade produtiva é uma condição necessária para que

o processo de integração econômica entre o Brasil e a Argentina pos-

sa ser aprofundado, com forte aumento da competitividade, e mini-

mizando resistências e conflitos comerciais no interior do Mercosul.

O investimento é o principal vetor da integração e da complementa-

ridade produtivas.

Depois de um longo período de relativa estagnação, tanto o Brasil

como a Argentina vivenciam um processo de retomada do investi-

mento e do crescimento. O quadro atual é radicalmente diferente

daquele da segunda metade dos anos de 1990, quando ambos

os países disputavam a atração de investimentos relativamente

escassos.

A continuidade e a intensidade da retomada dependerão da capa-

cidade de identificar, estruturar e explorar oportunidades de inves-

timento. Negócios conjuntos indutores de investimentos promovem

não apenas o crescimento, mas também a integração.

Para as empresas brasileiras e argentinas que pretendam melhorar

sua posição na disputa com empresas de outros países e se torna-

rem ainda mais competitivas os investimentos bilaterais representam

uma estratégia bastante eficaz. Investimentos bilaterais reduzem as

assimetrias entre as empresas e os setores de Brasil e Argentina e

fortalecem o processo de integração.

O volume de investimentos bilaterais é ainda incipiente. Em alguns

setores a iniciativa privada tem identificado e aproveitado oportuni-

dades de negócios conjuntos. Em outros, o fluxo de investimentos

bilaterais está ainda abaixo do potencial.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

28

Existem oportunidades importantes em setores como: petróleo e gás, aeronáutica, mineração, indústria naval, material ferroviário, autope-ças, biocombustíveis, software e construção civil.

A coordenação da concessão de incentivos e do poder regulador dos governos nacionais nesses setores é essencial para aproveitar as oportunidades para a realização de investimentos bilaterais de em-presas brasileiras e argentinas e, assim, promover a complementari-dade produtiva.

Introdução

31

Intro

duçã

oO presente documento tem por objetivo analisar o papel da integração produtiva entre o Brasil e a Argentina no fortalecimento da competiti-vidade e na promoção da integração econômica entre os dois países. A premissa em que se baseia esta publicação é a de que, embora impor-tante, a abertura comercial não é suficiente para promover a integração se não for acompanhada pela integração produtiva.

O investimento é o vetor fundamental do processo de integração a longo prazo, pois é por meio dele que se consolida a integração produtiva e se minimizam os conflitos comerciais. Os investimentos bilaterais de em-presas de capital argentino e brasileiro, além de promover a integração produtiva, são instrumentos poderosos de fortalecimento da competiti-vidade e da internacionalização das empresas nacionais.

Este documento está organizado em sete seções. Inicialmente discute-se a interconexão entre comércio, investimento e integração. Na sequência é analisado o estágio da integração produtiva no Mercosul. A seguir, na terceira seção, é analisada a evolução dos investimentos na Argentina e no Brasil no período recente. Na quarta seção analisam-se os investi-mentos argentinos no Brasil e os investimentos brasileiros na Argentina com o objetivo de avaliar suas dimensões e traçar um perfil setorial. Na quinta seção discutem-se as perspectivas e as estratégias de política para promover a integração produtiva. Na seção seguinte analisam-se as oportunidades de negócios conjuntos que possam promover a inte-gração produtiva.

Finalmente, na última seção, formulam-se considerações sobre a impor-tância da coordenação de políticas para que a integração comercial pos-sa ser potencializada pela complementaridade produtiva.

1. Investimento e integração produtiva

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Embora o tema da integração produtiva como alavanca da competitividade de países membros de acordos regionais de comércio mereça destaque nos debates sobre os benefícios potenciais da integração regional, pouco se conhece sobre a importância efetiva dessas vantagens. Menos ainda se co-nhece sobre os instrumentos de política mais adequados para promovê-las.

Nas políticas comerciais, a integração regional tem estado na moda durante as últimas décadas. Para atingir plenamente os benefícios da integração, os acordos regionais, inicialmente focados na redução de tarifas, deveriam evoluir para graus de integração profunda, abrangendo a eliminação de outros tipos de barreiras ao comércio, assim como a livre movimentação de capital e de mão-de-obra no interior dos blocos. Dessa forma, a integração comercial evoluiria para a integração econômica entre os países do bloco. A atividade produtiva nos países-membros do acordo regional tornar-se-ia progressivamente mais integrada e complementar.

Na teoria clássica do comércio, a complementaridade produtiva poderia contribuir para com a competitividade por meio dos ganhos de eficiência resultantes da especialização. Na nova teoria do comércio, que leva em conta a existência de economias de escala internas às empresas, a espe-cialização também resultaria em ganhos estáticos de eficiência na medida em que permite explorar essas oportunidades. Se houver potencial para a diferenciação de produtos, a especialização permitiria também explorar oportunidades de comércio intraindustrial. Numa perspectiva dinâmica, a cooperação permitiria, ainda, dividir os custos fixos da inovação e evitar a duplicação de esforços, promovendo o progresso técnico. A intensificação das inovações e a disseminação mais ampla dos seus benefícios, viabili-zadas pelo espaço econômico regional integrado, resultariam num maior ritmo de crescimento.

É evidente que a materialização plena dos benefícios da integração en-volve não apenas a liberalização dos fluxos de comércio, mas um pro-

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

34

fundo processo de reorganização das empresas e das cadeias de supri-mento e de distribuição, cujo principal vetor é o investimento. Em outras palavras, o investimento é o principal instrumento de reorganização das atividades de inovação, da produção, da logística e dos mercados, fato-res indispensáveis para que se concretizem as vantagens potenciais da integração comercial.

O ritmo do investimento determinará a velocidade do processo de inte-gração da economia regional, bem como a intensidade dos conflitos que poderão surgir em função da integração comercial. Em primeiro lugar, o crescimento econômico promovido pelo investimento poderá amenizar a tensão provocada pela redução do espaço dos produtores nacionais em mercados anteriormente protegidos dos concorrentes vizinhos. Em se-gundo lugar, o investimento multiplica as oportunidades de novos negó-cios regionais, que se constituem em possíveis alternativas aos negócios afetados pela integração.

Nos países em desenvolvimento, a integração regional deve promover não apenas a reorganização da atividade econômica, mas possibilitar um salto significativo na renda per capita e nas condições de vida da população. Nesse caso o investimento tem, obviamente, importância ainda maior. O volume e a qualidade do investimento devem promover a convergência da renda per capita para níveis mais próximos dos paí-ses desenvolvidos. Nos casos dos processos de integração que envolvam países com fortes assimetrias na renda per capita os investimentos são essenciais, embora não necessariamente suficientes, para promover a re-dução progressiva das diferenças.

Os investimentos para a constituição de redes regionais de inovação, de suprimento, de produção e de distribuição, são partes essenciais do processo de integração. É através dessas redes que se estabelece a inte-gração produtiva que alavanca a competitividade, o crescimento e o de-

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senvolvimento regional. No caso das atividades produtivas organizadas em escala mundial, as redes regionais devem estar articuladas com as redes globais.

A divisão do trabalho entre os países no interior do bloco regional é construída por meio das decisões de investimento das empresas locais e estrangeiras que comandam a atividade econômica. A complemen-taridade da produção dos vários países pode assumir a forma vertical, quando componentes são produzidos em um país e os produtos finais montados em outro, e/ou horizontal, quando componentes e produtos finais diferentes são produzidos em vários países. Em ambos os casos, o resultado são fluxos de comércio do tipo intraindustrial. A complemen-taridade da produção pode ocorrer no interior de uma mesma empresa, por meio da especialização de suas filiais nos diversos países-membros do bloco regional, ou por meio de relações de mercado entre empresas independentes.

Numa perspectiva que privilegie a competitividade, a unidade de aná-lise mais adequada para pensar a questão da complementaridade são as cadeias produtivas ou de valor. O estudo das cadeias produtivas da indústria, desde uma perspectiva regional, permitiria identificar os elos fortes e fracos e aqueles elos passíveis de serem fortalecidos em função da complementaridade. Uma dimensão importante a ser observada é o papel das empresas transnacionais globais ou regionais na organização das respectivas cadeias produtivas.

2. A integração produtiva no Mercosul

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Transcorrida mais de uma década desde a assinatura do Tratado de As-

sunção, pouco se avançou na direção de identificar e explorar a comple-

mentaridade da produção como forma de fortalecer a competitividade e

de promover o desenvolvimento produtivo regional.

A exceção foi a cadeia automobilística, na qual os acordos bilaterais Bra-

sil-Argentina que estabeleciam a necessidade de manter um certo equi-

líbrio no comércio intrafirma estimularam a complementaridade entre

as filiais das montadoras na região. Entretanto, este tipo de integração,

imposta por meio de restrições ao livre comércio no interior do bloco,

apoia-se num instrumento contrário ao próprio espírito do processo de

integração regional e que só poderia ser utilizado de forma temporária.

Numa perspectiva de longo prazo, no lugar de ser resultado de restrições

ao comércio, a complementaridade deveria estar associada a uma agen-

da positiva de desenvolvimento regional. Um exemplo ilustrativo do tipo

de complementaridade desejável seria aquela que permitisse a conquista

de novos mercados em outros países. Outro exemplo da complemen-

taridade construtiva poderia ser aquela destinada a aumentar o valor

agregado ou o conteúdo tecnológico das exportações regionais.

A complementaridade produtiva e tecnológica, candidata natural a se

constituir em eixo principal de uma eventual política industrial regio-

nal, permanece como um terreno praticamente inexplorado. Numa vi-

são pró-desenvolvimento regional, o processo de integração econômica

implica na constituição de um complexo arranjo de políticas, incluindo

políticas de competitividade no campo industrial e de comércio exterior,

que afetam direta e indiretamente as decisões de produção, comercia-

lização e investimento das empresas. É necessário que, além de gerar

maior eficiência, os ganhos econômicos sejam mais abrangentes e me-

lhor distribuídos entre as empresas, os setores e os países.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

38

O maior obstáculo e a principal fonte de alimentação da resistência ao avanço do processo de integração no Mercosul é a existência de enormes assimetrias competitivas entre empresas, instituições e setores. As assi-metrias têm determinações conjunturais, mas resultam, principalmente, de diferenças estruturais entre as economias do bloco, como escala de produção, estoque de capital produtivo, representação política das clas-ses empresarial e trabalhadora, capacitações tecnológicas, padrão de fi-nanciamento do investimento, da produção, do consumo e do comércio exterior, entre outros.

O quadro macroeconômico atual, de maior estabilidade e de retomada do investimento e do crescimento coloca novas oportunidades e desa-fios ao processo de integração regional. Portanto é necessário reorientar, adequar e concatenar os instrumentos e normas comunitárias na direção de uma política de competitividade ativa, abrangente e reestruturante que contemple duas dimensões. De um lado, que seja capaz de ampliar, modernizar, complementar e inserir de forma sustentada e competitiva, a estrutura produtiva regional no cenário internacional. E de outro, possa integrar crescentemente, sem subordinar, as bases produtivas domésti-cas, reduzindo as assimetrias intrarregionais.

3. Investimento e integração produtiva

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As assimetrias entre Brasil e Argentina, apesar de significativas, são re-lativamente inferiores às existentes em relação aos demais membros do Mersocul. Embora com diferenças de escala muito favoráveis ao Brasil, ambos os países contam com estruturas industriais bastante diversifi-cadas e mercados domésticos de grandes dimensões, que constituem condições favoráveis para o avanço da integração produtiva e do comér-cio intraindustrial. Todavia, a instabilidade macroeconômica e a falta de sincronia do ciclo econômico no Brasil e na Argentina resultaram, desde a constituição do Mersocul, em sérios obstáculos ao processo de inte-gração e, em particular, aos investimentos indispensáveis para articular as cadeias regionais de produção.

Num contexto de baixo crescimento e de fortes restrições externas, as diferenças nos regimes de política econômica (em particular nas políti-cas cambiais) resultaram em ciclos curtos de expansão da atividade eco-nômica que atingiam de maneira alternada um dos dois países. O cará-ter espasmódico do crescimento restringia severamente os investimen-tos nos dois países na fase expansiva e estimulava a exportação para o país vizinho da produção excedente na fase recessiva. Os desequilíbrios comerciais resultantes provocavam conflitos comerciais recorrentes que paralisavam o processo de integração.

Nos anos de 1990, a taxa de investimento nos dois países ficou abaixo de 25% do PIB, nível considerado adequado para promover o cresci-mento. Na Argentina a taxa de investimento atingiu 21% em 1998, no auge da expansão no período da paridade fixa, mas caiu para 11% em 2002, no momento da crise. No Brasil, a taxa permaneceu em torno de 16% na década de 1990. Nos últimos anos tem aumentado de 17,6%, em 2007 para 19% em 2008 (registrando 21,4% no terceiro trimestre desse ano, antes da crise mundial). Tudo indica que a traje-tória ascendente da taxa de investimento nos dois países continuará nos próximos anos.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

42

Apesar do contexto desfavorável Brasil e Argentina atraíram, desde a

criação da União Aduaneira, em 1995, até o final de 2008, aproxima-

damente 400 bilhões de dólares em Investimentos Diretos Estrangei-

ros (IDE).

Gráfico 1. IDE na Argentina e no Brasil (1995-2008)*(milhões de dólares)

* Estimativa 2008 – Bancos Centrais da Argentina e do Brasil.

Fonte: UNCTAD.

De um modo geral a entrada de IDE nos dois países seguiu a tendên-

cia internacional, com forte aumento na segunda metade dos anos

de 1990, queda em função da crise dos setores de alta tecnologia no

ano 2000 e posterior recuperação. Ao longo dos anos noventa, par-

te importante da entrada de investimentos estrangeiros foi motivada

pelas oportunidades geradas pelos processos de privatização tanto na

Argentina como no Brasil. Em ambos os países o processo viabilizou a

entrada de capital estrangeiro em atividades, principalmente de ser-

viços, nas quais anteriormente sua presença era muito restrita. Outra

parcela importante ao longo de todo o período foi destinada ao in-

tenso processo de aquisição de empresas locais privadas por parte de

investidores estrangeiros.

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Houve também investimentos em novas plantas, concentrados em alguns setores da indústria, principalmente nos períodos de cresci-mento simultâneo do mercado nos dois países, como em 1996/97 e 2006/2008. Os setores industriais que concentraram os investimentos estrangeiros, como o de alimentos e bebidas, o automobilístico e o químico, foram aqueles nos quais a integração produtiva avançou de maneira mais visível.

A tabela 1, a seguir, mostra que os setores nos quais o comércio intrain-dustrial entre Brasil e Argentina é mais intenso são o químico e o auto-mobilístico, os dois com importante presença de empresas estrangeiras.

Tabela 1. Intercâmbio comercial Brasil-ArgentinaGrupos Cuci* com CCI** > 0,5 e corrente de comércio > US$ 40 milhões (2004)

Ano 2004 1998 1992

Grupos CuciComércio

Total(US$ mil)

CCI(em%)

Comércio Total

(US$ mil)

CCI(em%)

Comércio Total

(US$ mil)

CCI(em%)

Hidrocarbonetos 94.394 59,1 65.523 66,2 18.626 82,1

Pigmentos 59.641 51 nd nd nd nd

Medicamentos 99.474 88,8 157.407 85,2 9.902 63,7

Perfumaria 54.274 85,7 32.586 84,5 nd nd

Fertilizantes 53.134 65 Nd nd nd nd

Polímeros de PVC 41.133 80,9 27.801 54,2 nd nd

Outros plásticos 99.228 68,5 66.639 96,1 24.027 83

Laminados de plástico 80.441 72 78.742 87,1 32.944 53,8

Inseticidas 132.647 74,8 118.855 53,2 23.458 91,4

Amido 40.273 55,5 22.510 84,3 nd nd

Produtos químicos diversos 50855 60,9 Nd nd nd nd

continua...

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

44

Continuação da Tabela 1

Fios têxteis especiais 69.789 56,8 75.146 92,3 nd nd

Laminados de ferro e aço 46761 52,8 21846 72,8 nd nd

Autos e veículos de transporte de carga

351.571 61,3 1.273.367 88,2 nd nd

Fonte: Lucángeli (2007, op.cit.)

*grupos da Classificação Uniforme de Comércio Internacional

**índice de comércio intraindústria de Grubel-Loyd = 1- {|X-M|/ [X+M]}

nd = informação não disponível.Citado por João Bosco M. Machado em “Integração Produtiva: referencial analítico, experiência europeia e lições para o Mercosul”. Texto apresentado no Seminário Internacional Integração Produtiva: Caminhos para o Mercosul, realizado nos dias 8 e 9 de dezembro de 2008, em Brasília.

Não chega a ser surpreendente que as empresas estrangeiras tenham tomado a iniciativa para aproveitar as oportunidades que a integração regional oferecia e reorganizaram a divisão do trabalho entre suas filiais para fortalecer sua participação nos dois mercados. Dada a forte presen-ça do capital estrangeiro desde o início dos processos argentino e bra-sileiro de industrialização e a experiência dessas empresas na gestão de redes internacionais de produção é natural que elas sejam protagonistas do processo de integração.

As empresas brasileiras e argentinas de capital nacional foram menos ágeis nesse processo. O quadro de instabilidade e o elevado custo de capital resultaram na restrição de investimentos. Por outro lado, a menor experiência na internacionalização levou as companhias a priorizar os projetos de reestruturação nos seus países de origem e seus mercados domésticos.

O momento atual, mais favorável do ponto de vista das perspectivas de crescimento e de redução do custo de capital em ambos os países, ofe-rece condições favoráveis para a superação dessas limitações. Os investi-

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mentos diretos bilaterais de empresas argentinas e brasileiras são canais importantes para estimular a competitividade das duas economias, uma vez que por esse meio é possível combinar as vantagens adquiridas no país de origem com aquelas potencialmente existentes no país receptor. Em outras palavras, é importante verificar a extensão e as características dos investimentos bilaterais das empresas de capital nacional, para ava-liar sua contribuição para a integração produtiva.

4. Investimentos bilaterais

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4.1 IDE da Argentina no BrasilSegundo os dados do Banco Central, em 1995 os investimentos dire-tos argentinos acumulados atingiam pouco menos de 400 milhões de dólares, o que representava aproximadamente 1% do estoque total de investimentos estrangeiros no Brasil. Entre 1995 e 2000, o valor pratica-mente dobrou, conforme mostra o Gráfico 2, mas em termos relativos, a participação argentina diminuiu para 0,74% do total.

Gráfico 2. IDE acumulado de empresas argentinas no Brasil (1995 e 2000) (milhões de dólares)

0,74

0,94

Fonte: BCB.

Gráfico 3. IDE de empresas argentinas no Brasil (2001-2008) (milhões de dólares)

Fonte: BCB.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

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De 2001 a 2008, as empresas argentinas investiram 736 milhões de dó-lares adicionais no Brasil. Embora a participação argentina no total dos investimentos estrangeiros tenha diminuído, conforme mostra acima o Gráfico 3, deve-se destacar que o valor do estoque acumulado de capital argentino no Brasil dobrou em relação ao ano 2000.

Para dimensionar corretamente a importância dos investimentos argen-tinos no Brasil é preciso levar em conta o grau incipiente de interna-cionalização das empresas argentinas. Estudo da agência argentina de promoção de investimentos (Agencia Nacional de Desarrollo de Inversio-nes – ProsperAr) divulgado em agosto de 2009 identificou as empresas multinacionais argentinas mais importantes e analisou suas atividades no exterior. A pesquisa identificou 19 empresas argentinas com aproxima-damente 19 bilhões de dólares investidos em ativos e 42 mil empregados no exterior em 2008. Nesse mesmo ano, as empresas estudadas atuavam em 42 países por meio de 315 filiais e faturavam 21 bilhões de dólares.

Mais de 90% dos ativos externos pertencia ao grupo Techint, que atua na metalurgia, na energia e na engenharia. As empresas que pertencem ao referido grupo (Tenaris, Ternium, Tecpetrol e Techint Compañía Técnica Internacional) foram responsáveis por 80% do faturamento a aproximada-mente metade dos empregados das multinacionais argentinas no exterior.

Arcor, da indústria de alimentos, ocupou o segundo lugar no ranking de valor dos ativos externos, depois de Techint. Industrias Metalúrgicas Pescarmona (IMPSA), que atua na produção de maquinaria e equipa-mentos pesados; e o Grupo Bagó, de produtos farmacêuticos ocuparam o segundo e o terceiro lugares no ranking, respectivamente.

Conforme mostra a Tabela 2, trata-se de empresas com perfil de atuação relativamente diversificado, embora com escala inferior às multinacionais de outros países, inclusive de alguns países em desenvolvimento.

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Tabela 2. Ranking das maiores multinacionais argentinas (2008)

Número de Ativos (milhões de dólares)

Grupo/Empresa Atividades Exterior Total Filiais Países

Grupo Techint Conglomerado 17.406 20.651 86 27

Arcor S.A.I.C. Alimentos e bebidas 491 1.341 27 16

IMPSA Máquinas e equipamentos 300 919 11 11

Grupo Bagó Farmacêutica 192 555 26 20

Molinos Rio de la Plata S.A. Alimentos 190 1.075 15 8

Grupo Los Grobo Produção agropecuária 175 343 30 3

Cresud Produção agropecuária 68 1.582 5 5

Roemmers Farmacêutica 58 367 3 3

Tecna Ativ. especializadas de construção 50 57 9 8

Lecsa S.A. Engenharia civil 50 439 10 6

S.A. San Miguel A.G.I.C.I. Alimentos 23 187 9 2

BGH Eletrônica 15 232 5 4

Clisa Coleta e tratamento de resíduos 8 599 4 4

Petroquímica Rio Tercero S.A. Produtos químicos 8 91 1 1

Grupo Assa Serviços de TI 7 25 5 5

Grupo Plastar Produtos de plástico e borracha 5 52 1 1

Sancor Coop. Unidas Ltda. Alimentos e bebidas 3 381 1 1

HavannaServiços assoc. a alimentos e bebidas

2 45 66 8

Bio Sidus P&D 1 38 1 1

Total 19.052 28.979 315 42

Fonte: ProsperAr: “Primer ranking de empresas multinacionales argentinas”. Buenos Aires, mimeo: agosto de 2009.

Das 315 filiais das multinacionais argentinas, 64% estão localizadas na América do Sul, 17% na América do Norte, 10% na Europa e 7% na América Central. A presença na Ásia e na África é praticamente nula. Na

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América do Sul, o Brasil lidera com 69 filiais, seguido por Uruguai com 33 filiais, Chile, com 32 filiais, Paraguai com 12 e Bolívia com 11.

As principais multinacionais argentinas identificadas no estudo da Pros-perAr atuam no Brasil.

4.1.1 Grupo Techint

É a maior multinacional argentina, segundo o estudo da ProsperAr. No Brasil, a Techint atua em projetos tais como a construção de instalações de produção, refino, tratamento e transporte de petróleo e gás; com-plexos químicos e petroquímicos, plantas de ferro, aço e metais não fer-rosos, estruturas educativas e de saneamento básico. Tem participado na construção de mais de 8.000 km de dutos (correspondentes a 80% do sistema de gasodutos e oleodutos existentes no país), na construção de módulos para plataformas off-shore, trazendo dutos e fornecendo “hook-up” e serviços de mantimento aos clientes brasileiros, incluindo a Petrobras.

Uma das empresas do grupo, a siderúrgica Ternium tem parcitipação acionária (14%) da Usiminas. A Tenaris, outra das empresas do grupo é a segunda empresa siderúrgica das Américas, depois da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN – Brasil). A Tenaris/Confab é fornecedora de tubos de aço para a Petrobras.

4.1.2 Arcor Saic

A segunda maior multinacional argentina atua no Brasil desde os anos de 1980. Originalmente voltada para a produção de guloseimas e cho-colates, conta com plantas em Bragança Paulista (chocolates) e Rio das Pedras (balas), Campinas e Contagem (biscoitos). Em 2006 iniciou ativi-dades numa quinta planta em Recife.

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4.1.3 IMPSA

A terceira no ranking das multinacionais argentinas produz máquinas e

equipamentos para geração de energia. Inaugurou em 2008 uma planta

de produção de geradores de energia eólica no Porto de Suape (PE) e

está associada à Cemig para a implantação de parques de geração de

energia eólica.

4.1.4 Grupo Bagó

A quarta empresa no ranking das multinacionais argentinas atua no Bra-

sil desde 2001 no ramo de medicamentos, com escritórios no Rio de

Janeiro, e produção de produtos para saúde animal em Curitiba.

Outras multinacionais argentinas identificadas no estudo da ProsperAr

também atuam no Brasil. Trata-se em alguns casos de empresas com

presença já consolidada no Brasil, como a Sancor (desde 1986), a Petro-

química Rio Tercero (desde 1996) e a BHG (1999), prestadora de servi-

ços para a Motorola e outras empresas de telecomunicações. Em outros

casos trata-se de empresas cuja atuação no Brasil é mais recente, como

a Cresud (desde 2006) proprietária da Brasilagro, grupo mais Los Grobo

(desde 2008), que no Brasil adquiriu Sementes Selecta e Ceagro Business

e a Roemmers (desde 2007).

Cabe acrescentar ainda que o levantamento da ProsperAr não abran-

ge todas as empresas argentinas com atividades no Brasil. A título de

exemplos de empresas que não fazem parte do grupo das multinacionais

argentinas acima listadas pode-se citar:

• Atanor, empresa do setor químico que atua no Brasil desde

(1997) e que produz defensivos agrícolas em Resende (RJ) e

anunciou novo investimento no local em 2008;

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

52

• Agrometal, fabricante argentinade semeadorasque adquiriuem 2008 a empresa brasileira Fankhauser, produtora de máqui-nas e suplementos agrícolas.

A análise dos dados revela que os investimentos das empresas argen-tinas no exterior voltaram a crescer depois do período crítico do início da década. Superada a crise de 2001, as empresas argentinas têm pro-curado ampliar suas atividades, principalmente na América do Sul, em particular no Mercosul, e muito especialmente no Brasil. Exploram van-tagens em atividades nas quais a Argentina tem reconhecida competi-tividade, como a produção agropecuária, na indústria de alimentos, na siderurgia e na extração de petróleo e gás, e também em outras ativida-des como na produção de equipamentos para gerar energia renovável, na farmacêutica, nos serviços de telecomunicações e informática e na engenharia civil.

4.2 IDE do Brasil na Argentina

Segundo os dados do Banco Central o estoque de investimentos brasi-leiros no exterior aumentou de 42 bilhões de dólares, em 2001, para 97 bilhões em 2006 (Gráfico 4). Em 2007 o valor dos investimentos caiu para 75 bilhões de dólares, a maior parte dos quais se concentravam em atividades de serviços (67 bilhões), principalmente financeiros (40 bilhões). Na atividade industrial os investimentos totalizavam 4,6 bilhões de dólares, concentrados principalmente na fabricação de produtos de minerais não-metálicos (1 bilhão), metalurgia (700 milhões), fabricação de produtos alimentícios (500 milhões), fabricação de veículos automo-tores, reboques e carrocerías (340 milhões) e fabricação de produtos têxteis (265 milhões).

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Gráfico 4. Investimento direto brasileiro no exterior* (milhões de dólares)

-

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

* A partir de 10% de participação.

Fonte: BCB.

Os investimentos no exterior aumentaram rapidamente a partir de 2003, quando as condições de acesso ao financiamento externo tornaram-se progressivamente mais favoráveis. A deterioração das finanças interna-cionais que começou no segundo semestre de 2007 interrompeu a tra-jetória de expansão dos investimentos brasileiros no exterior, principal-mente em serviços financeiros.

Gráfico 5. IDE do Brasil na Argentina (milhões de dólares)

2.500 4,5

4,0

3,5

3,0

2,5

%

2,0

1,5

1,0

0,5

2.000

US$

mil

es

1.500

1.00

500

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Valores Part. No Total

Fonte: BCB.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

54

Os investimentos brasileiros na Argentina também aumentaram a par-

tir de 2003, assim que a economia do país vizinho superou a crise de

2001. A própria crise viabilizou a compra de importantes empresas

argentinas por parte de investidores brasileiros. O valor dos investimen-

tos aumentou de 1,6 bilhão, em 2001, para 2,4 em 2007. A Argentina

recebeu aproximadamente 13 bilhões de investimentos diretos brasilei-

ros entre esses dois anos, porém, em termos relativos, os investimentos

brasileiros na Argentina perderam importância, caindo de 3,8% para

3,1% do total no mesmo período.

A moeda forte e a urgência de expansão internacional de algumas das

grandes empresas brasileiras impulsionaram a tendência à internaciona-

lização que se verificou nos últimos anos. Siderurgia, vestuário, cimento,

alimentos e bebidas são setores nos quais as empresas brasileiras, por

meio de fusões e aquisições, vêm se tornando multinacionais. Nesses

setores as empresas brasileiras já se encontram na posição de líderes

mundiais.

Segundo estudo realizado pela empresa abeceb.com as empresas bra-

sileiras foram responsáveis em 2007 por 25% do total de investimentos

estrangeiros diretos na Argentina. Em 2008, o estoque de capital brasi-

leiro investido na Argentina atingia pouco mais de 8 bilhões de dólares.

Segundo a mesma fonte a participação média do Brasil nos investimen-

tos estrangeiros na Argentina foi de 19,5%, de 2002 a 2007. No mesmo

período o investimento brasileiro representou 0,47% do PIB argentino e

gerou 30 mil empregos. Aproximadamente 55% dos investimentos fo-

ram destinados à atividade industrial e 25% aos serviços.

Nesse período empresas líderes argentinas (Acindar, Quilmes, Quickfood,

Alpargatas e Loma Negra) tornaram-se propriedade de grandes grupos

brasileiros, mas houve também investimentos de empresas brasileiras de

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porte médio. Levantamento do Grupo Brasil sugere que existiriam aproxi-madamente 200 empresas brasileiras atuando na Argentina, em setores tão variados como petróleo e gás, siderurgia, distribuição de combustí-veis, construção civil, carnes, alimentos industrializados, bebidas, auto-peças e calçados. A Argentina é o país onde os investimentos brasileiros estão mais diversificados. No Chile, na Bolívia e no Uruguai os investi-mentos têm sido mais focados em alguns grandes setores, como energia ou a agroindústria.

Conforme levantamento da acebeb.com, petróleo e bebidas são dois setores nos quais os investimentos brasileiros acumulados representam mais de um bilhão de dólares. Plásticos, carnes, produtos químicos, side-rurgia, autopeças, calçados, minerais não-metálicos e serviços de cons-trução civil, de transporte e de distribuição de gás também registram investimentos importantes (entre 100 e 600 milhões de dólares). A in-dústria têxtil e de vestuário, a extração de minerais não-ferrosos e os serviços de turismo, de distribuição de energia elétrica, bancos, transpor-te ferroviário e transporte terrestre registram investimentos acumulados entre 10 e 100 milhões de dólares. Alguns outros setores que receberam investimentos brasileiros (inferiores a 10 milhões de dólares) são: laticí-nios, borracha, motores elétricos, maquinaria agrícola, couros, serviços de informática e telecomunicações.

5. Perspectivas e estratégias de política

Pers

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lític

a

57

A progressiva melhora das condições econômicas tanto na Argentina

como no Brasil a partir do segundo semestre de 2009 permite prever

a retomada do crescimento em ambos os países nos próximos anos. A

velocidade e a continuidade da retomada dependerá fundamentalmente

da capacidade de gerar níveis de investimento elevados e crescentes para

expandir a capacidade de produção e aumentar a competitividade.

O cenário de crescimento e de elevação da taxa de investimento em am-

bas as economias apresenta uma oportunidade ímpar para aprofundar

o processo de integração. O investimento deve ser o vetor da integração

produtiva bilateral e indutor da integração comercial entre os dois paí-

ses. De outro lado, as oportunidades geradas pela integração produtiva

devem potencializar a taxa de investimento e permitir atingir níveis mais

altos de crescimento nos dois países.

O quadro acima descrito mostra que integração produtiva bastante res-

trita promovida pelos investimentos das empresas transnacionais nos

anos de 1990 vem sendo ampliada a partir de 2003 pelos investimentos

das empresas argentinas e brasileiras fora do seu país de origem. Em-

bora incipiente, o processo revela um quadro muito mais favorável para

a integração do que o dos anos 90, quando ambos os países travavam

“guerras fiscais” disputando investimentos escassos de empresas trans-

nacionais por meio de incentivos.

A retomada do crescimento nos dois países, num contexto de tímida

recuperação mundial dos efeitos da crise potencializa a capacidade de

atrair investimentos diretos dos países desenvolvidos e de financiar os

investimentos das empresas argentinas e brasileiras. É preciso que ambos

os países adotem a estratégia de promover os investimentos que apro-

fundem a integração produtiva. Em particular, os investimentos diretos

bilaterais de empresas argentinas e brasileiras.

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

58

Os investimentos das empresas argentinas no Brasil e vice-versa são um canal importante para alavancar a internacionalização mais abrangente dessas empresas. É também um meio para fortalecer a competitividade de ambas as economias uma vez que combinam as vantagens que as empresas argentinas e brasileiras adquiriram em seus países de origem com as vantagens existentes no país receptor

O eixo principal da estratégia de integração econômica nos próximos anos deve ser a promoção de investimentos bilaterais. Para tanto, é ne-cessário identificar e divulgar oportunidades de negócios nos dois paí-ses que possam gerar investimentos bilaterais de empresas nacionais e apoiar as iniciativas de maneira coordenada, evitando “guerras de incen-tivos”. Trata-se, em suma, de implementar de maneira coordenada, uma política de promoção de negócios conjuntos.

6. Identificação de oportunidades

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Estudo recente da consultora abeceb.com desenvolveu uma metodologia

para identificar oportunidades de investimentos bilaterais.1 Embora o foco

do estudo sejam as oportunidades para investimentos brasileiros na Ar-

gentina, as considerações têm alcance geral e, portanto, também são úteis

para a análise das oportunidades de investimentos argentinos no Brasil.

O principal critério para identificar oportunidades de investimento que

aprofundem a integração produtiva é a constatação de fortes assimetrias

entre as economias no que diz respeito à disponibilidade de recursos

naturais, de porte de empresas de escala dos setores, de capacidade

constatada de exportação, de capacitação técnica, disponibilidade de in-

fraestrutura, etc. Contrariamente ao senso comum, de que as assimetrias

representam obstáculos à integração, o estudo da consultora argentina

mostra que constituem efetivamente oportunidades de fortalecimento

conjunto das duas economias por meio de investimentos bilaterais.

A identificação de oportunidades deve igualmente avaliar os setores mais

ameaçados por fragilidades que os colocam em posição de desvantagem

em mercados de outros países em relação a demais concorrentes, como

a China. A necessidade de aumentar a competitividade para fazer frente

a concorrentes extrarregionais também representa oportunidades de in-

vestimentos indispensáveis para as duas economias.

A identificação de oportunidades deve levar em conta também as prio-

ridades das políticas nacionais de desenvolvimento. É preciso levar em

conta, em particular, os setores que as referidas políticas definem como

prioritários para a promoção da produção e da competitividade, assim

como os instrumentos e recursos mobilizáveis para seu apoio.

Em síntese, as oportunidades de negócios a serem promovidas devem

reunir três condições:

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

62

• AssimetriasentresetoreseempresasdoBrasiledaArgentina;

• Necessidadedefortaleceracompetitividadedosdoispaíses;

• Prioridades das respectivas políticas nacionais de desenvolvi-

mento.

A seguir são apresentados exemplos de setores em que se verificam as

três condições acima listadas e nos quais seria possível, portanto, desen-

volver oportunidades de negócios com participação de empresas argen-

tinas e brasileiras. Uma característica comum aos setores abaixo listados

é o importante papel da intervenção pública na estruturação e na expan-

são dos negócios das empresas. A atuação do Estado pode ocorrer de

maneiras diversas: por meio de incentivos, através da regulação ou por

meio da coordenação das iniciativas das empresas. Independentemente

do mix de instrumentos escolhido, o protagonismo do Estado sugere

que a políticas públicas serão, sem dúvida, um vetor importante na pro-

moção da integração produtiva bilateral.

Além dos exemplos abaixo listados, existem também oportunidades em

atividades nas quais a atuação dos governos na promoção de negó-

cios conjuntos é menos relevante, como maquinaria agrícola, laticínios,

bebidas e couros. Nesses casos, a identificação e o aproveitamento de

oportunidades de negócios conjuntos dependem fundamentalmente de

iniciativas do setor privado.

6.1 Petróleo e gás

A ampliação planejada da capacidade de extração de petróleo e gás

no Brasil representa um extraordinário volume de investimentos e uma

oportunidade ímpar de promover a integração produtiva. A atuação da

Petrobras na extração de petróleo na Argentina e a presença de empre-

sas argentinas fornecedoras de equipamentos e componentes no Brasil

representam condições favoráveis para explorar as oportunidades de in-

Iden

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s

63

tegração. A importância do financiamento público também favorece a

promoção de negócios conjuntos.

O Brasil domina a tecnologia de extração em águas profundas e preten-

de desenvolver a indústria local de equipamentos e de componentes.

A Argentina tem capacitação no fornecimento de equipamentos, bem

como de peças e componentes. Há evidentes oportunidades de com-

plementaridade produtiva e de ampliação dos negócios conjuntos atu-

almente existentes, incorporando empresas de médio e pequeno porte.

6.2 Aeronáutica

Existe neste caso uma elevada assimetria no desenvolvimento do setor. O

Brasil conta com uma empresa que é líder mundial no segmento de jatos

regionais, com algum grau de internacionalização de seus investimentos

e com uma rede mundial de fornecedores. A Argentina conta com algu-

ma capacitação técnica e o governo tomou recentemente iniciativas para

reestruturar o setor depois de um período de forte desarticulação. É um

setor prioritário também no caso do Brasil.

Trata-se de um setor no qual o poder de compra dos governos, seja

através de empresas estatais de transporte aéreo ou por meio do orça-

mento de defesa, é importante e pode ser mobilizado para promover o

desenvolvimento tecnológico conjunto e a integração produtiva. A inte-

gração regional da cadeia de produção, além de promover investimentos

bilaterais, pode gerar fluxos comerciais e estimular a agregação de valor.

6.3 Mineração

A mineração no Brasil conta com uma empresa de capital nacional com

alto nível de internacionalização. A Vale é líder mundial na extração,

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

64

processamento e exportação de minério de ferro. Já no caso argentino,

as empresas líderes são estrangeiras. Pequenas e médias empresas de

capital nacional têm elevada participação na extração de minerais não

metálicos e de pedras.

A presença de mineradoras estrangeiras na Argentina resulta da existência

de um marco normativo favorável, que estabelece incentivos fiscais para

os investimentos e para as exportações. A Vale já realizou investimentos na

Argentina para atender 70% da demanda de potássio no Mersocul.

O papel da intervenção pública neste caso se exerce por meio da regula-

ção e do financiamento público. Negócios conjuntos na exploração e no

desenvolvimento de projetos de mineração, assim como na cadeia de for-

necedores de equipamentos, componentes e serviços, além de promover o

desenvolvimento do setor fortaleceriam a complementaridade produtiva.

6.4 Indústria naval

Trata-se da produção de bens complexos, que requerem domínio da tec-

nologia de projeto, suprimento de componentes variados e capacidade

de montagem. A Argentina e o Brasil contam com capacitação tecno-

lógica e base empresarial acumuladas durante o período da industriali-

zação, mas não conseguiram acompanhar o processo de expansão e de

reorganização do setor a partir dos anos de 1980, quando estaleiros asi-

áticos assumiram a liderança. Na Argentina, existe capacidade produtiva

em navios pequenos e médios. O Brasil vem reerguendo a indústria naval

a partir da forte expansão da extração de petróleo do mar.

A ampliação planejada da capacidade de extração de petróleo ultrapassa

a capacidade atual de produção de navios e de outros equipamentos

nos dois países. Os investimentos necessários oferecem uma oportuni-

Iden

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65

dade para negócios conjuntos que promovam a integração produtiva

por meio de investimentos bilaterais e de parcerias entre empresas ar-

gentinas e brasileiras na produção de navios. A importância do poder de

compra dos governos, a atuação da Petrobras na extração de petróleo na

Argentina e a presença de empresas argentinas fornecedoras de equipa-

mentos e componentes no Brasil representam condições favoráveis para

explorar as oportunidades de integração.

6.5 Equipamentos ferroviários

As malhas ferroviárias argentina e brasileira foram privatizadas na década

de 1990 e demandam grandes investimentos nos próximos anos, tanto

para o transporte de passageiros como para de cargas. Há investimentos

programados para expansão e modernização do transporte ferroviário

nos dois países tanto pela iniciativa dos governos como do setor privado.

Ambos os países pretendem incorporar novas tecnologias para implantar

trens de alta velocidade.

Existe capacidade produtiva de equipamentos e um certo nível de ca-

pacitação tecnológica setorial nos dois países, embora com vantagem

de escala para o Brasil. Cabe destacar a presença de uma empresa mul-

tinacional (Alstom) líder mundial que conta com capacidade produtiva

em tanto no Brasil quanto na Argentina. Dada a posição de liderança

da referida empresa no plano mundial e o potencial de negócios que

representam as encomendas programadas (?) na região, é previsível que

venha a desempenhar papel importante na geração de negócios conjun-

tos para fornecedores argentinos e brasileiros.

Dada a importância do poder de compra dos governos e a existência de

condições favoráveis no plano empresarial, para potencializar as opor-

tunidades de negócios conjuntos seria preciso coordenar os planos de

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

66

investimento e estabelecer um marco regulatório que estimulasse a inte-

gração produtiva.

6.6 Autopeças

O grau de integração das indústrias automobilísticas argentina e bra-

sileira ultrapassa a dos outros setores econômicos, mas está longe de

ter esgotado seu potencial. O atual grau de integração é resultado de

restrições mutuamente acordadas ao comércio bilateral de automóveis

e de peças.

A cadeia automobilística é dominada por montadoras e sistemistas mul-

tinacionais. No Brasil e na Argentina houve forte desnacionalização e

reorganização da produção de autopeças nos anos de 1990. Empresas

nacionais de médio porte foram desnacionalizadas e outras de menor

porte encerraram suas atividades.

O panorama atual mostra fortes assimetrias que favorecem o Brasil: esca-

la da produção e do mercado, sede do comando regional das subsidiárias

estrangeiras e sede de atividades de engenharia e design, funções corpo-

rativas com elevado potencial de agregação de valor. No Brasil algumas

empresas de capital nacional sobreviveram e se consolidaram como for-

necedoras globais das montadoras. Essas empresas têm realizado inves-

timentos na Argentina para suprir as filiais locais das montadoras.

A cadeia automobilística, em função de sua importância na economia

dos dois países, é objeto de medidas de apoio direto e indireto dos dois

governos. A regulação e os incentivos governamentais são fundamentais

para a definição de padrões de produção e consumo e a intervenção dos

governos têm papel importante na estabilização do mercado em perío-

dos de retração da demanda.

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67

Na atual conjuntura de profunda crise das montadoras norte-americanas

que lideraram o setor e a ameaça dos novos concorrentes chineses e

indianos, o papel regulador dos governos e a capacidade de estabelecer

incentivos tornam-se mais importantes ainda. Argentina e Brasil contam

com mercados domésticos bem estruturados e dinâmicos e o apoio às

montadoras e sistemistas estrangeiros deve estar condicionado a contra-

partidas que promovam o desenvolvimento da capacitação tecnológica

e empresarial de empresas de capital nacional. As medidas devem ser

coordenadas para promover a integração produtiva e a progressiva re-

dução das restrições ao comércio entre os dois países.

6.7 Software

Tanto a Argentina como o Brasil contam com programas de incentivo

ao desenvolvimento da indústria de software. Os dois países procuram

explorar a vantagem de contar com mão-de-obra qualificada e de custo

relativamente competitivo. Há investimentos bilaterais incipientes em ati-

vidades especializadas o que sugere que há oportunidades de integração

produtiva nesta atividade.

Negócios conjuntos para desenvolver software aplicativo para ativida-

des nas quais os dois países já são líderes mundiais e devem ampliar

ainda mais sua presença nos próximos anos, como o agrobusiness, po-

dem materializar o desenvolvimento da indústria argentina e brasileira

de software.

6.8 Biocombustíveis

No caso dos biocombustíveis ambos os países contam com competências

complementares. A Argentina tenta explorar as vantagens na produção

de soja para produzir biodiesel, enquanto o Brasil conta com forte capa-

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

68

citação em etanol. Na Argentina, os principais atores são os produtores de soja e a indústria de fabricação de óleo. A Argentina exporta 90% da produção de biodiesel para os Estados Unidos e para a Europa.

No Brasil os principais atores são os produtores de cana-de-açúcar, as empresas usineiras produtoras de álcool, fabricantes de equipamentos e a Petrobras. O setor usineiro tem atraído, de forma crescente, investi-mentos estrangeiros. As exportações brasileiras de álcool enfrentam for-tes barreiras comerciais nos Estados Unidos e na Europa.

Brasil e Argentina contam com programas de estímulo ao desenvolvi-mento e uso de biocombustíveis. Alianças estratégicas poderiam aumen-tar o poder de barganha das empresas argentinas e brasileiras para ven-cer as barreiras nos países desenvolvidos e negócios conjuntos podem viabilizar a escala necessária para concorrer com as empresas de outros países que procuram oportunidades nos combustíveis renováveis.

6.9 Construção civil

Esta atividade recebe também forte estímulo dos governos, tanto no segmento de construção residencial como no de obras de infraestrutu-ra. Existem fortes assimetrias em favor do Brasil, com empresas brasileiras atuantes no mercado argentino. As oportunidades estão associadas ao papel crucial do financiamento público para o desenvolvimento da ativida-de. O desenvolvimento tecnológico conjunto de sistemas construtivos ou a adoção de normas comuns podem promover negócios conjuntos para empresas argentinas e brasileiras construtoras e produtoras de materiais.

Notas

1 Ver Parte 2: “Detección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos”.

7. Considerações finais: o papel das

políticas coordenadas

Con

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raçõ

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nada

s

71

Os exemplos listados na seção acima correspondem a setores nos quais a iniciativa privada não tem explorado ainda totalmente o potencial de ne-gócios conjuntos aparentemente existentes. Existe, portanto, necessidade de intervenção pública para promover as oportunidades de negócios con-juntos existentes.

As condições macroeconômicas domésticas e o contexto internacional fa-vorecem a entrada de investimentos estrangeiros nas duas economias, mas é preciso promover os investimentos bilaterais para que as empresas brasi-leiras e argentinas possam aumentar sua competitividade e aprofundar sua internacionalização.

Diferentemente de outros países desenvolvidos, nem o Brasil nem a Argen-tina contam ainda com políticas sofisticadas para apoiar a internacionaliza-ção de suas empresas. O apoio à realização de investimentos bilaterais pode ser o embrião do desenho de uma política desse tipo. Nas oportunidades identificadas no presente trabalho, a mobilização da capacidade de finan-ciamento, de compra, de regulação e de coordenação de investimentos dos governos nacionais é indispensável para que as empresas nacionais possam fazer da integração bilateral uma plataforma para sua internacionalização.

É essencial que as políticas sejam coordenadas e que apontem ao objetivo comum de estimular negócios conjuntos que promovam a competitividade como: investimentos bilaterais, participação acionária cruzada, consórcios e redes para compartilhamento da logística, acordos de fornecimento de longo prazo, empreendimentos conjuntos de desenvolvimento tecnológico, etc.

A coordenação das políticas é a melhor alternativa ao surgimento de potenciais “guerras fiscais” ou “guerras de incentivos”, como as promovidas pela disputa pelos investimentos das empresas multinacionais nos anos de 1990, e devem minimizar as tensões que resultam na implantação de barreiras comerciais com a intenção de neutralizar as assimetrias de competitividade em alguns setores.

Complementariedad Productivaentre Argentina y Brasil:

Detección de Sectores Estratégicospara el Abordaje de Negocios Conjuntos

Parte II

Equipe técnica da Abecep.comCoordenadores:Lic. Dante Sica (Coordenador General)Lic. Sebastián Brusa (Coordenador do projeto)Lic. Maximiliano Scarlan (Coordenador Técnico)

Pesquisadores:Lic. Horacio LazarteLic. Carla DicundoLic. Noelia Pacharotti

Introducción

75

Intro

ducc

iónEl presente trabajo tiene como objetivo dotar a la Agencia

Brasileña de Desarrollo Industrial (ABDI)1 de herramientas para

potenciar el proceso de integración y complementariedad

productiva a nivel regional, en particular en la relación bilateral

entre Argentina y Brasil.

Para ello se analizó en profundidad la realidad sectorial en Argentina,

con el fin de detectar rubros en los que las potencialidades de

trabajo conjunto entre los sectores públicos y privados de ambos

países sean más factibles.

En el primer capítulo se desarrolla un mapa analítico de las

inversiones brasileñas en Argentina desde 2002 a la actualidad,

que permite conceptualizar la relevancia de Brasil como jugador

económico en el país. A partir de allí se focaliza en la distribución

sectorial de dichas inversiones y en la caracterización de las

cadenas de valor receptoras involucradas, dentro de las cuales

se estudia el perfil y rol del proceso inversor de capitales

brasileños.

En el segundo capítulo se avanza en la clasificación de sectores

y rubros de acuerdo al grado de potencialidad detectado

para fortalecer el proceso de integración regional en base a

diferentes estrategias posibles. Para ello se partió de un análisis

cruzado entre diferentes variables cuantitativas y cualitativas

consideradas relevantes para ambos países a nivel productivo,

comercial, político y económico. Gracias a la interacción de esta

información se definen los criterios rectores de la clasificación de

cada sector de acuerdo al grado de oportunidad detectado y se

exponen factores claves para robustecer el proceso de vinculación

entre ambos países.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

76

Por último, en la tercera parte del documento, se profundiza el análisis del set de sectores con mayores oportunidades, con la incorporación de algunos lineamientos estratégicos sobre posibles mecanismos de integración y de negocios conjuntos.

Notas

1 Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, en portugués.

1. Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina

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79

1.1 La evolución de la inversión y el contexto macroeconómico en Argentina

En el transcurso de los años ´90, la Inversión Extranjera Directa (IED),

como categoría de la Cuenta Financiera del Balance de Pagos, representó

gran parte del financiamiento externo de la economía argentina. El

contexto internacional prevaleciente y las reformas introducidas en el

país para ese entonces, sustentaron dicho comportamiento. Así, la IED

representó en promedio, alrededor del 2,1% del PIB durante el período

1992-1998, obteniendo un pico de 8,5% en 1999: U$S 23.988 millones.

Sin embargo, al comienzo de la presente década, diversos factores impulsaron

un cambio en la tendencia de los flujos financieros internacionales. El

agotamiento del proceso de privatizaciones y transferencia de acciones

en ciertos sectores, la creciente incertidumbre acerca de la sostenibilidad

de las políticas, y el inicio de la recesión, repercutieron en la afluencia de

capitales en concepto de IED hacia el país.

Los ingresos de capitales comenzaron a debilitarse rápidamente, cayendo

más de un 79% en el año 2001, tras pasar de U$S 10.418 millones a U$S

2.116. En los años siguientes los flujos mostraron disminuciones más

moderadas hasta que finalmente en 2003, alcanzaron su mínimo: U$S

1.652 millones (93% menos que en 1999).

El abandono del Régimen de Convertibilidad derivó en una de las

crisis más profundas por las que atravesó la economía argentina. Las

condiciones a inicios de 2002 se presentaban adversas. Tal es así que

el PBI (Producto Bruto Interno) se situaba un 18% por debajo del nivel

registrado en 1998. La producción de bienes durante aquel año crítico

se retrajo un 23% respecto al año anterior (con una reducción de la

construcción de un 51%, y del producto industrial en un 27%), al tiempo

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

80

que los servicios disminuyeron un 14%. Por el lado de la demanda, ésta cayó aproximadamente un 27%, consecuencia de una merma del 56% en la inversión y del 19% en el consumo privado.

La inflación minorista acumuló un crecimiento del 41% en el año 2002, al mismo tiempo en que el tipo de cambio mostraba síntomas de iniciar una escalada sin control. Esta situación fue acompañada por: déficit fiscal primario, salida de capitales elevados, caída de las reservas internacionales, y un nivel de desocupación récord. Todo esto reforzaba y profundizada aún más la ausencia de financiamiento internacional.

No obstante, hacia mediados de 2002, esta tendencia comenzó a revertirse de manera paulatina. El incremento de las exportaciones, producto del proceso de sustitución de importaciones y un tipo de cambio devaluado, junto con la caída del consumo y la recuperación de la inversión –en construcción y equipo durable- impulsaron dicho comportamiento.

Recién en el año 2004, y en el marco de una incipiente recuperación económica, Argentina mejoró su situación respecto a la recepción de inversiones extranjeras directas (IED), alcanzando los U$S 4.125 millones.

Durante los años 2005 a 2007, en un contexto de crecimiento y una atmósfera internacional favorable, los flujos en concepto de IED continuaron incrementándose, alcanzando los U$S 6.462 millones. Para el año 2008 se registra un valor estimado de U$S 6.614 millones.

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81

Figura 1. Inversión Extranjera Directa. (En millones U$S)

3.63

5

5.60

9

6.94

9

9.16

0

7.29

1

23.9

88

10.4

18

2.16

6

2.14

9

1.65

2

4.12

5

5.26

5

5.53

7

6.46

2

6.61

4

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.00019

94

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

Promedio=6.528

Promedio=4.096

Promedio=5.601

Fuente: Dirección Nacional de Cuentas Internacionales (DNCI)

De este modo, la economía Argentina comenzó a recuperar el terreno perdido. En el año 2004 el PBI superó los niveles registrados en el año previo a la crisis (2001) y un año después registró una marca superior a la de 1998, para alcanzar en 2008 un nivel histórico: $ 384.201 millones.

La recuperación del nivel de actividad estuvo fuertemente asociada al impulso de la Inversión Bruta Interna Fija (IBIF). Al igual que la evolución del PBI, en el año 2002, la IBIF mostró su mínimo nivel, $ 26.533 millones, un 56% menos que en 1998, año en el que se observó su máximo valor: $ 60.781 millones. Hacia 2003 comenzó a recuperarse, y recién en 2006 superó los niveles previos a la crisis con $ 71.438 millones. En 2008, alcanzó su nueva marca histórica con $ 88.491 millones (ver gráfico 2).

A su vez, la participación de la IBIF en el PBI en 2006 alcanzó el 21,6%, año en el que superó el porcentaje de 1998 (21,1%). En el año 2007 esta dinámica se mantuvo, representando la IBIF el 22,7% del producto (máxima participación histórica).

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

82

Figura 2. PBI e IBIF desestacionalizados. (En millones de pesos de 1993)

235.236

256.023

279.141

304.764

384.201

288.123 263.997

359.170

330.565

41.75036.659

49.280

60.458

71.438

81.187

88.491

60.781

26.533200.000

220.000

240.000

260.000

280.000

300.000

320.000

340.000

360.000

380.000

1998

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

100.000PBI (Eje Izq.)

IBIF (Eje Der.)

Fuente: abeceb.com en base a DNCI – Ministerio de Economía y Producción

Vale remarcar que la IBIF está en cierta medida relacionada con la evolución de la Inversión Extranjera Directa (IED). Su evolución nos da una idea del desarrollo de infraestructura, nuevas tecnologías, ampliaciones de planta, entre otras cuestiones, las cuales se ven reflejadas en la IBIF del país receptor.

Respecto a la composición de los flujos de IED, si bien durante toda la década del ´90 las inversiones en concepto de cambio de manos son las preponderantes, es en los años de mayores ingresos de capital donde dicho comportamiento se ve intensificado.

A partir de 2001, comenzaron a tomar mayor importancia los aportes de capital destinados básicamente a sostener la estructura patrimonial de las empresas. Después de 2004, más allá de que los flujos de aportes continuaron siendo elevados, dicha participación comenzó a disminuir, cediendo lugar a la reinversión de utilidades a favor de nuevos proyectos de inversión. Esta tendencia alcanzó su valor máximo en el año 2006, revirtiéndose en los años posteriores.

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83

Cuadro 1. Composición de los flujos de IED (en %)

AñoTotal IED en Argentina

(en mill de U$S)

Reinversión de utilidades

AportesDeuda con matrices

y filiales (1)

Cambios de manos

1994 3.635 25% 35% 11% 29%

1995 5.609 12% 30% 12% 46%

1996 6.949 6% 29% 22% 43%

1997 9.160 8% 28% 13% 51%

1998 7.291 11% 44% 11% 35%

1999 23.988 -1% 17% 7% 77%

2000 10.418 3% 27% 10% 60%

2001 2.166 -153% 169% 46% 38%

2002 2.149 -43% 210% -139% 72%

2003 1.652 -49% 182% -31% -2%

2004 4.125 2% 72% 25% 1%

2005 5.265 17% 77% -9% 15%

2006 5.537 56% 35% 5% 4%

2007 6.462 32% 35% 28% 4%

2008(2) 6.614 33% 28% 28% 11%

Fuente: abeceb.com, en base a DNCI-Ministerio de Economía y Producción.(1) La deuda con empresas vinculadas es neta de los activos con las mismas.(2) Valor estimado en base a DNCI.

Para analizar el origen y destino de los flujos de IED, se toma como referencia el informe elaborado por el BCRA1, en el cuál se relevaron las inversiones directas en el país y en el exterior. Comprenden tanto a las inversiones directas concretadas por inversores no residentes en empresas y propiedades en el país, como las realizadas por inversores residentes en el exterior.2 Si bien la metodología aplicada es la misma que la utilizada por la Dirección de Cuentas Internacionales - cuyos datos se expusieron previamente-, el grado de cobertura de empresas que comprende el BCRA es mayor, y sólo se encuentra disponible a partir de 2004.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

84

Según las estimaciones descritas en el informe respecto al origen de los flujos de IED, se sabe que han tenido como principales países de origen España, cubriendo un 28% de los flujos totales, seguido por Brasil y Estados Unidos con un 12% y 11% respectivamente. Al respecto, cabe destacar que los flujos desde Brasil en los últimos 3 años eran equivalentes al 70% de la posición bruta de IED de dicho país al 31 de diciembre del año 2007.

Cuadro 2. Flujos de IED. Distribución por país primer nivel de tenencia (en millones de U$S)

País 2005 2006 2007 TotalEspaña 1.140 2.467 1.972 5.580Brasil 1.156 374 886 2.415Estados Unidos 1.049 503 647 2.198Luxemburgo 241 894 659 1.794Holanda 1.050 22 470 1.542Chile 213 561 664 1.438Alemania 76 252 597 925Reino Unido 41 534 103 677Francia 208 -113 547 641Austria -23 482 76 535Suiza 267 65 157 489Bermuda -134 180 409 454México 59 14 137 210Italia 25 -26 186 184Islas Vírgenes, Británicas 95 -6 42 131Bélgica -60 149 35 124Islas Caimán -128 19 213 104Antillas Holandesas 2 32 33 67Canadá 110 142 -203 49Irlanda -98 3 -11 -106Uruguay -338 43 153 -143Otros Países -88 348 611 870Total 4.861 6.938 8.380 20.179Fuente: BCRA.

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Respecto al destino de los flujos de IED, la actividad manufacturera fue la principal receptora, acumulando U$S 9.247 millones (46% del total). Las empresas dedicadas a la explotación de recursos naturales recibieron U$S 6.692 millones (33%) y el sector de servicios – excluyendo el sector financiero- U$S 3.244 millones (16%). Por su parte, el sector financiero recibió flujos netos de U$S 994 millones (5%), mayormente asociados a aportes a través de la capitalización de pasivos con sus casas matrices.

Una apertura mayor de los sectores permite observar que el sector petróleo se ubicó en todos los años como el principal receptor de los flujos de IED (U$S 4.363 millones). Otros importantes receptores netos de IED fueron la industria automotriz y el sector de metales comunes - casi exclusivamente mediante la reinversión de utilidades-.

Cuadro 3. Flujos de IED – Principales sectores (en millones de U$S)

SECTOR 2005 2006 2007 Total

Petróleo 1 .075 1.681 1.607 4.363

Industria Automotriz 4 76 6 93 1.188 2.357

Metales Comunes 3 02 1.099 682 2.083

Minería 3 80 6 75 573 1.627

Industria Química, Caucho y Plástico 2 99 2 50 493 1.042

Sector Privado Financiero 1 90 3 12 493 994

Comercio 8 3 51 605 963

Productos Minerales No Metálicos 6 97 37 161 895

Maquinarias y Equipos 1 34 1 81 428 744

Alimentos, Bebidas y Tabaco 1 37 1 78 385 700

Transporte 1 04 64 221 388

Otros 1.061 1.417 1.544 4.021

Total 4.861 6.938 8.380 20.179

Fuente: BCRA.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

86

1.2 Caracterización del proceso inversor de Brasil

A fin de convertir el ciclo de reactivación económica experimentado en Argentina desde el año 2002, en un camino de desarrollo sustentable y duradero, fue necesaria la puesta en marcha de un proceso inversor muy enérgico.

A lo largo de la década, Brasil implementó una estrategia como país, la cual apuntó entre otras a la promoción de sus exportaciones, tomando como principal destino los países de la región. En esta línea, las empresas brasileñas convirtiéndolos a éstos en los principales receptores de sus inversiones.

Las principales causas que han estimulado a las empresas brasileñas a invertir en Latinoamérica y en especial en Argentina fueron:

• Expansióndelosmercadosdelazona• Facilidadeslogísticas• Prioridadparalasfirmasdeacuerdoscomercialesylasdiferencias

en el cambio de divisas.

Estas inversiones no sólo fueron protagonizadas por grandes grupos, sino también por medianas empresas, cuyo plan fue satisfacer en parte, la demanda que no ha sido atendida por las grandes transnacionales en la región. En el caso de los “gigantes” de gas, energía, petróleo, siderurgia y minería, el objetivo de sus inversiones fue incrementar la producción para atender al mercado brasileño y/o ganar robustez para competir en el mercado global.

Según estimaciones realizadas por abeceb.com, en base a datos de la DNCI y anuncios de inversión, la participación de la IED de Brasil en Argentina pasó de un 3% en 1994 a 25% en 2007.

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Luego de un período de bajos ingresos de capitales provenientes de Brasil, en 2002 dichos flujos comenzaron a recuperarse. En el año 2003, si bien Brasil destinó menores flujos de inversión hacia Argentina, la participación continúo siendo relativamente alta: casi un 10% (superior a todo el período 1994-2001). En el 2004, por su parte, se observó un nuevo incremento, por el cual Brasil acaparó un 15% de las IED totales de dicho año. En los últimos tres años, la participación de IED brasileña en Argentina habría sido superior al 20%, alcanzando un 25% en el 2007.

Figura 3. Participación IED Brasil en Argentina

3% 4%2% 1% 3%

44%

16%

21% 22%25%

0%-0,5%

9%

-0,3%

-100

100

300

500

700

900

1.100

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

(p)

2006

(p)

2007

(p)

-10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%Monto U$S MPart. % en IED argentina

Participación negativa

-0,5%0,3%

Fuente: abeceb.com, en base a DNCI.

Por lo expuesto anteriormente, es relevante conocer el desarrollo de las inversiones provenientes de Brasil, teniendo en cuenta:

• Modalidaddelasinversiones• SectoresreceptoresdeIEDylocalizacióndelasmismas• Evolucióndelosmontosasociadosadichasinversiones

Así, partiendo del análisis “consolidado” de información primaria de empresas brasileñas radicadas en Argentina, sumado a los resultados de la base de anuncios de inversión de abeceb.com (los registros de

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

88

anuncios pueden considerarse como variables proxy de las inversiones

efectivamente realizadas) es posible caracterizar el proceso de inversión

durante el período 2002-2008.

En el gráfico siguiente se exponen las distintas series de inversiones

distinguiendo entre lo relevado por la encuesta y los datos extra aportados

por la base de abeceb.com, mostrando las diversas contribuciones al

consolidado de los flujos de capital (para el año 2008 sólo se cuenta

con información de anuncios, por lo que se considera como un dato

estimado, indicándose dicha referencia en el gráfico).

Figura 4. Inversiones consolidadas, inversiones relevadas por la encuesta y adicional según anuncios de inversión. (En miles de U$S)

1.651.332

455.752

1.153.286

1.948.898

268.663

1.913.981

877.395Sólo anuncios

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 (p)

EncuestaAnunciosTotal

Fuente: abeceb.com, en base a encuestas a empresas y a base de inversiones

Considerando los importes estimados acumulados surgen las siguientes

participaciones que indican la importancia relativa de las inversiones

sobre variables relevantes de la actividad económica argentina:

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• Participaciónde inversionessegúnanunciosBrasil/PBIArgentina(2002-2008): 1,2%.

• ParticipacióndeinversionessegúnanunciosBrasil/TotalAnuncios(2002-2008):11%.

• ParticipaciónIEDBrasil/IEDArgentina(2002-2007):19,5%.• ParticipaciónIEDBrasil/PBIArgentina(2002-2007):0,47%.• Empleoestimadogeneradoporempresasinversoras(2002-2008):

30.000 empleos.3

A partir del análisis de la información de empresas inversoras, se obtuvieron ciertos resultados que caracterizan el proceso de inversión brasileña en Argentina durante el período 2002-2008 en términos generales.

A nivel agregado se observa que la inversión total consolidada, de U$S 8.269 millones se concentró en los años 2007 (25%), 2006 (24%) y 2002 (21%). Los años intermedios computaron menores montos, U$S 269 millones, y U$S 456 millones, en 2003 y 2004 respectivamente.

En lo referente a la modalidad de la inversión, se observa que a partir de 2004 las ampliaciones comenzaron a dejar lugar a las Fusiones y Adquisiciones (F&A). A su vez, los años de mayor inversión de todo el período, estuvieron impulsados básicamente por dicha modalidad.

Vale notar que los desembolsos de capital bajo la modalidad de F&A son los que adquieren mayor relevancia durante los años de bonanza, mientras que en los momentos de peor desempeño predominaron las Ampliaciones.

En 2002, 2006 y 2007, las F&A alcanzaron el 92%, 65% y 39% de las inversiones totales respectivamente, mientras que en el resto de los años tuvieron una menor participación. En 2003 los aumentos de la capacidad productiva fueron la única modalidad concretada, superando en 2004

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

90

el 80%. Si bien en 2005 y 2007 las inversiones de tipo Greenfield han

crecido notablemente, han tenido un menor aporte durante todo el

período analizado.

Tal como fuera aclarado anteriormente, durante el año 2008 se ha

tomado una estimación basada sólo en los anuncios de inversión. Así, se

observa que la participación de la modalidad Greenfield es significativa.

Cabe destacar que el porcentaje puede estar sobreestimado, pero el

motivo de tal incremento se asociaría con la inversión realizada por la

firma Petrobrás.

Figura 5. Participación de las inversiones respecto al acumulado 2002-2008 consolidado. Por modalidad. (En %)

1.000.000

7

81

3421

30

14

13

51

14

31

8192

715

65

39

6

93

3

1

1.651.332

268.663

455.752

1.153.286

1.913.981 1.948.898

877.395

Fusiones yAdquisicionesGreenfield

Ampliación

100%

80%

60%

40%

20%

0%

2.500.000

2.000.000

1.500.000

500.000

0

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 (P)

Fuente: abeceb.com

Es importante mencionar que los tipos de inversión de mayor aporte sobre

el PBI son las de tipo Greenfield (nuevas) y las Ampliaciones, debido a

que habitualmente son las que generan mayor producción y empleo. Así,

ambas modalidades han concentrado en casi todo el período analizado,

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más del 50% de la inversión, con la excepción de los años 2002 y 2005, donde predominaron las F&A.

En lo referente a la localización de los flujos inversores, se observa que el principal destino concreto es la provincia de Buenos Aires (42%), seguida por las provincias de Córdoba, Neuquén y Río Negro. El resto de las inversiones no cuenta con una delimitación específica, lo que resulta de inversiones de empresas como Petrobrás Energía S.A., cuyas actividades se encuentran ampliamente diversificadas a lo largo de nuestro país. Es dable mencionar que la localización comercial de las firmas pertinentes se concentra en Capital Federal.

Figura 6. Inversiones efectivizadas por las empresas con participación accionaria brasileña según localización. (En %)

Buenos Aires;

42,26%

Varias

provincias;

49,75%

Córdoba ;

3,98%

Neuquen y Rio

Negro; 2,54%Resto; 1,46%

Fuente: abeceb.com en base a encuestas a empresas.

A nivel de firmas, en el año 2002, los anuncios de Fusiones y Adquisiciones, se concentraron en cuatro empresas; principalmente en

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

92

Petrobrás Energía S.A., Swift Armour S.A.A. y con montos notablemente inferiores, Sabó y Armor.

En 2003, fueron 15 las que anunciaron inversiones, liderando también Petrobrás Energía S.A. en Ampliaciones y Ambev en F&A, tras la fusión con Cervecería y Maltería Quilmes S.A.

En 2004, 14 firmas planificaron desembolsos de capitales, donde Petrobrás Energía S.A., vuelve a destacarse en los anuncios de ampliaciones.

Durante el 2005 crecen las Fusiones y Adquisiciones, fundamentalmente de la mano del grupo brasileño Camargo Correa, tras hacerse cargo de la empresa Loma Negra C.I.A.S.A.. Cabe destacar al respecto que se amplió el número de firmas con planes de expansión.

A través de las firmas Quilmes, Petrobrás Energía S.A., Sipar Gerdau S.A. y Coteminas, en el año 2006, vuelven a destacarse los anuncios de fusiones y adquisiciones.

En referencia a los montos desembolsados durante los años analizados, cabe destacar algunas particularidades.

En el año 2002 las empresas con capitales brasileños invirtieron en Argentina un total de U$S 1.651 millones, mientras que en 2003 sólo se realizaron inversiones de U$S 269 millones, lo que representa una caída del 84%. Si bien en el año siguiente logran recuperarse, registrándose U$S 456 millones, es recién en 2005 cuando se vislumbra un importante crecimiento: 153% respecto al año anterior. En el 2006, la tasa de crecimiento de los montos desembolsados comienza a desacelerarse, observándose en el 2007 cierta estacionalidad - U$S 1.949 millones, es decir, sólo 1,8% por encima del valor registrado en el 2006-. En cuanto al

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2008, los anuncios de inversión de abeceb.com registraron montos por

U$S 877 millones.

En términos de los sectores hacia los cuales se han dirigido las inversiones,

al analizar la distribución de los proyectos en el período bajo análisis, se

vislumbra que los mayores montos anunciados fueron orientados hacia

la industria, sector que acapara el 55% del total. Le sigue en importancia

el sector servicios con un 25%, y el sector primario con el 20% restante.

Figura 7. Participación de las inversiones acumulada en el período 2002-2008 por sector de actividad económica. (En %)

20%

55%

25%

primarioindustriaservicios

Fuente: abeceb.com

Considerando los proyectos sectorizados por año se observa que, entre

2002 y 2004, no hubo grandes diferencias en términos de participación

por sector en el total. En el 2004, dichas participaciones fueron del 27%,

37%, y 36% en los sectores primario, industria y servicios respectivamente.

Es recién en 2005 que se observa una clara preponderancia de la

industria, año en el que el 62% de los planes fueron destinados hacia

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

94

dicho sector, reforzándose en el 2006. Así, en ese año alcanzó el 70%

de participación, en detrimento tanto del sector servicios como del

primario. Si bien al año siguiente cae de forma leve, al 60%, sigue siendo

la de mayor importancia, seguida por el sector servicios - 28% -. Cabe

destacar que, éste sector crece respecto al año anterior en más de un

50%, restando participación al sector primario, el cual fue perdiendo

participación año tras año.

Figura 8. Participación de las inversiones en el período 2002-2008, consolidado. Por sector de actividad económica. (En %)

34%32%

27% 18% 11% 12%29%

38% 40%37%

62%

76%

61%

28% 28%36%

20%13%

29% 37%

1.651.332

268.663455.752

1.153.286

877.395

1.913.9811.948.898

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 (p)

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

ServiciosIndustriaPrimarioTotal

Fuente: abeceb.com

1.3 Caracterización y proceso de inversión en cadenas de valor

En función de los resultados encontrados respecto a la distribución

sectorial de las inversiones provenientes de capitales brasileños, y con el

propósito de comprender las particularidades del proceso dentro de cada

sector, es oportuno describir las cadenas en las cuales aquellos sectores

se encuentran comprendidos. A ello se le suma la descripción de ciertas

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actividades empresariales y de esparcimiento que han sido receptoras de inversiones, pero que no quedan enmarcadas dentro de las cadenas seleccionadas.

Teniendo en cuenta lo enunciado precedentemente, y por orden en función de los montos desembolsados en concepto de inversiones en la totalidad de los eslabones, las cadenas de valor consideradas son las siguientes:

• Petroquímica

• Bebidas

• Siderurgia

• Construcción/Inmobiliaria

• Agroindustria(confocoenelsectorganaderoysusderivados)

• Textil

• Automotriz

• Logística

• Química

• Energía

• Minería

• TecnologíasdelaInformaciónylaComunicación(TIC´s)

• CelulosayPapel

• MaquinariaAgrícola

• Biocombustibles

Así, previa caracterización de cada una de ellas, se emprende un análisis particularizado, esbozándose una breve descripción de su estructura y eslabones, así como sus características particulares en Argentina.

Posteriormente, se hace hincapié en el proceso inversor de cada estructura productiva, describiendo las inversiones realizadas al interior de las mismas.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

96

1.3.1 Petroquímica

1.3.1.1 Estructura de la cadena

La industria petroquímica contempla la producción de compuestos a partir de materias primas derivadas del petróleo y el gas natural, a través de la implementación de procesos de refinación y separación. En términos agregados, este sector forma parte de la industria química, la cual se divide en dos ramas: pesada y liviana. A su vez, cada una de ellas puede subdividirse en orgánica e inorgánica. Usualmente, se identifica a la petroquímica con la química orgánica pesada, siendo ésta la analizada a continuación.

Adicionalmente, se tendrá en cuenta los productos derivados de los insumos petroquímicos que pueden obtenerse en lo que respecta a la industria plástica (resinas termoplásticos).4

En este sentido, podemos identificar la cadena de la siguiente forma:

Figura 9. Cadena petroquímica

Transporte Comercialización

1º Eslabón: Materias Primas

Petroquímicas

2º Eslabón: Manufacturación de

Productos Petroquímicos

3º Eslabón: Distribución

Extracción y

RefinaciónExploración

Derivados del petróleo

Derivados del gas natural

Productos básicos,

intermedios y finales

INDUSTRIA PLÁSTICA

Productos

semielaborados

Productos

terminados

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1.3.1.2 Situación de la cadena en Argentina

Argentina posee grandes yacimientos petrolíferos y gasíferos, lo que abre

un abanico de posibilidades productivas que involucran distintos niveles

de agregación de valor para el país.

Los productos derivados de la extracción de petróleo crudo y gas natural

(combustibles y otros productos químicos) son difundidos en varias

actividades productivas (proveedores de insumos, servicios de ingeniería,

de equipos especiales, entre otras), lo que significa una oportunidad para

el desarrollo de dichas actividades relacionadas.

No obstante, la extracción de petróleo en el país ha sufrido una caída

sostenida entre el año 2003 y 2007, específicamente un 13,5%. En

cuánto a la extracción de gas natural, la misma ha aumentado un 4,1%

en los mencionados 4 años, aunque vale la pena aclarar que ha llegado

a niveles aún mayores.

Las reservas de petróleo existentes en el país, se encuentran concentradas

en la región del Golfo San Jorge, que agrupa a la provincia de Chubut y

el norte de Santa Cruz. Ambas poseen el 59% de las existencias. El 44%

de las reservas de gas natural sin embargo, se aglutinan en la región

neuquina (Mendoza Sur, Neuquén, Río Negro y La Pampa).

En lo que respecta a la producción de petróleo, entre el año 2003 y 2007

la cantidad de petróleo procesado aumentó casi un 23%.

Son pocas las empresas de gran tamaño, que concentran el mercado en

los diferentes segmentos, especialmente en lo que respecta a los últimos

eslabones. Tal es así, que Petrobrás lidera, tras YPF, el segmento de

explotación de hidrocarburos y su comercialización, con una facturación

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

98

anual de $ 13.500 millones y un total de 5.000 puestos de trabajo,

denotando su nivel de importancia para el país.

De la misma forma, Transportadora de Gas del Sur, es la empresa con

mayor facturación en lo que respecta a empresas con similares actividades:

$ 1.260 millones, y con 890 empleados.

En cuanto a la industria del plástico, está integrada mayormente por

empresas medianas (1 a 10 trabajadores), las cuales utilizan procesos

con una tecnología ya madura y estandarizada. No obstante, la aparición

de nuevos materiales termoplásticos y la necesidad de lograr una mayor

eficiencia productiva obliga a los fabricantes a renovar su disponibilidad

de maquinarias y equipos, lo que mayormente ingresa a Argentina del

exterior, fundamentalmente de Alemania e Italia.

Según datos de la CAIP (Cámara Argentina de la Industria Plástica) existen

en el país un poco más de 2.710 plantas, que emplean alrededor de

34.000 trabajadores.5 En este sentido, es importante mencionar que, si

bien entre 2000 y 2007 ambas variables han crecido, se sitúan por debajo

de los niveles de 1990. Esto connota por un lado, la mayor concentración

de mercado tras la desaparición de un importante número de industrias,

y por otro, un aumento de la productividad, producto de la importación

de maquinaria y equipos, y con ello la disminución de puestos de trabajo.

El sector posee un bajo grado de apertura comercial, debido

fundamentalmente a la elevada incidencia de los costos de transporte,

por tratarse normalmente de productos con escaso valor por unidad

de volumen. En este sentido, las exportaciones no superan el 6% de

la producción y las importaciones oscilan entre el 8% y el 12% de las

ventas totales. Así, en los últimos diez años la balanza comercial ha

sido deficitaria.

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1.3.1.3 Proceso inversor en la cadena

En lo que respecta a las inversiones registradas durante el período 2002-2008, las cuales fueron destinadas a la extracción de petróleo crudo y gas natural, y/o actividades de servicios relacionadas con ello, un 39% provinieron de España, especialmente de Repsol YPF, y un 27,8% de Estados Unidos, en donde se destacan las inversiones de Pan American Energy y Pioneer Natural Resorces. No obstante, las inversiones de empresas con alguna participación accionaria de Brasil, también fueron importantes, siendo éstas el 12% del total.

También hay que destacar la participación de capitales brasileños en las inversiones hacia la elaboración de productos de la refinación del petróleo: 15,2% del total, aunque las inversiones de origen español son las más importantes: 54%, donde nuevamente la inversión más fuerte es la de Repsol YPF.

A continuación se mencionan las empresas de capitales brasileños que han invertido en los rubros mencionados.

En principio, Petrobrás es la empresa que más ha invertido en el período analizado: U$S 3.430 millones, los cuales fueron destinados tanto a la modalidad de Greenfield como a ampliaciones. La empresa factura alrededor de $ 13.000 millones anuales y emplea a más de 5.000 personas. Cabe destacar además, que la empresa desembolsó U$S 700.000 en las instalaciones de Refinor (empresa de la cual es propietaria junto a Repsol YPF), destinadas al tratamiento biológico de efluentes líquidos industriales y cloacales que se emiten desde una de sus fábricas.

Han invertido otras empresas de capital brasileño: Petrolera Entre Lomas S.A. y Formicuz S.E. Estas firmas, han desembolsado en Argentina: U$S 150,75 millones y U$S 4,2 millones respectivamente, destinados tanto

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

100

a la explotación de nuevas áreas, como a la extracción y distribución de

productos derivados del petróleo.

En el último eslabón de la cadena, la de la distribución, se han registrado

inversiones de U$S 4,95 millones provenientes de la compañía brasileña

Gafor, representante exclusiva de los solventes ExxonMobil, destinadas

a la apertura de una planta de almacenaje y distribución de dichos

solventes.

Transportadora de Gas del Sur S.A., empresa radicada en Argentina

con origen de capital diverso, donde sus principales accionistas son la

Compañía de Inversiones de Energía S.A. y Petrobrás, ha invertido en el

país alrededor de U$S 171 millones. La firma, que emplea a más de 880 personas, ocupa el primer puesto en términos de facturación en lo que respecta a transporte de gas. Así, sus ventas anuales rondan los $ 1.260 millones, siguiéndole Metrogas con $ 956 millones.

En cuanto a las inversiones brasileñas destinadas a actividades de fabricación de productos de plástico, éstas han sido importantes, aunque no son de menospreciar las de origen argentino. La empresa fabricante de envases de plástico Cabelma y Petroquímica Cuyo, -compañía productora de polipropileno-, son las firmas que mayores desembolsos realizaron en el rubro durante el período analizado.

Así, la plástica brasileña Sinimplast, que lidera el negocio de los envases soplado en su mercado, desembolsó U$S 1,6 millones. El proyecto de la firma, se realizó en conjunto con la argentina Matriplast, también dedicada a producir envases, y que a tiene por clientes a importantes empresas.6

También se han registrado inversiones por el grupo Tigre Argentina S.A., reconocida en el mercado como una de las 12 marcas más importantes del Brasil, y que lidera el segmento de Tubos y Conexiones para conducción

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de fluidos. El monto de las inversiones canalizadas al segmento fue de U$S 1,9 millones.

A su vez, Clion Polimeros S.A., empresa 100% de capital brasileño, invirtió U$S 390.000, concentrando dichos desembolsos en los años 2004, 2006 y 2007, que por lo general se destinaron a la adquisición de nuevos equipos. Un dato importante a destacar es que en el año 2007 sus importaciones representaron un 84% del monto facturado para ese año.7

Otras de las inversiones que se han destinado a algunos de los eslabones considerados en la cadena, es la efectuada por la firma Balzers Balinit do Brasil Ltda. (Oerlikon), empresa brasileña que se dedica a la fabricación de recubrimientos, que inició sus actividades en 2005 y ha realizado inversiones solamente en dicho año, tras la adquisición de nueva maquinaria para la línea productiva. El monto desembolsado en Argentina fue de U$S 150 millones.

1.3.2 Bebidas

1.3.2.1 Estructura de la cadena

La industria de las bebidas se compone de dos categorías principales: la categoría de las bebidas sin alcohol y la de bebidas alcohólicas. Estas últimas incluyen los licores destilados, el vino y la cerveza.

Se destacan dentro de la industria la elaboración de cervezas, gaseosas, sodas, y aguas minerales, como así también la actividad vitivinícola.

El sector primario interviene en la cadena, proveyendo básicamente cereales, hierbas aromáticas, y en menor medida frutas, que luego de someterse a distintos procesos de industrialización, se utilizan en la producción de bebidas.

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En términos gráficos, la cadena queda estructurada de la forma en que se presenta a continuación.

Figura 10. Cadena de bebidas1º Eslabón:

Sector primario

Obtención de

Materias Primas

* Cereales

* Frutas

* Hierbas

Actividades de

Molienda de Cereales

Distribución/Venta

2º Eslabón: Sector Industrial

3º Eslabón:Comercialización

Industria de Bebidas

Subproductos

* Jugos y zumos concentrados

* Cremogenado

* Néctar

* Pulpas de frutas

* Edulcorantes artificiales

Productos:* Vino

* Soda y Agua mineral

* Sidra

* Bebidas Alchólicas

fermentadas y no

destiladas

* Hielo

* Jugos de frutas

envasados

* Cerveza

* Gaseosas

* Bebidas espirituosas

* Otras bebidas

1.3.2.2 Situación de la cadena en Argentina

La industria de las bebidas, considerada desde un punto de vista global, aparece muy fragmentada, lo que resulta evidente por el gran número de fabricantes, de métodos de envasado, de procesos de producción y de productos finales.

Los sectores industriales relacionados comprenden una variada gama de actividades, tales como la elaboración de envases, edulcorantes, etc.,

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presentando un mayor grado de atomización, especialmente en el caso de la edición e impresión de etiquetas.

La industria de bebidas refrescantes constituye la excepción de la regla, pues está bastante concentrada.

En general, se observa que los sectores más pujantes (cervezas, aguas minerales y gaseosas), se encuentran dominados por empresas de gran tamaño, en muchos casos de capitales extranjeros. Éstas se han desarrollado sobre la base de un determinado producto y han comenzado a incursionar en mercados que presentan un mayor potencial de crecimiento. La posibilidad de incorporar tecnología de punta, hace que estas firmas sean competitivas a nivel internacional.

Sólo en el caso de sodas, existe una fuerte atomización en un gran número de empresas PyMEs.

La presencia de las marcas internacionales en el mercado doméstico es muy importante, ya sea a través de franquicias o por IED, por lo que consecuentemente la tecnología utilizada en sectores con dichas características se encuentra alineada a los estándares internacionales.

Cabe mencionar que Argentina posee una escasa significatividad en la producción de máquinas especializadas en la elaboración de bebidas, debido en gran parte, a que las mismas se importan.

En vinos es notoria la competitividad internacional de Argentina y la calidad de sus productos, siendo el país el octavo productor mundial de uvas, el quinto en la elaboración de vinos y el décimo a nivel exportador de este producto.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

104

En el caso de la producción de cervezas, como así también de gaseosas,

hay que destacar que las importaciones son poco significativas o casi

nulas, de modo que la producción doméstica es el principal componente

de la oferta local.

En lo que compete a la producción nacional de jugos, las importaciones,

si bien son poco significativas, en el caso de jugos refrigerados provienen

principalmente de Brasil, y en menor medida de Chile.8

1.3.2.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones enfocadas hacia el sector, provienen en su mayor parte

de capitales locales y brasileños, en especial en lo que respecta a cerveza.

Se destacan las inversiones en el segmento de jugos de frutas llevadas

a cabo por el Grupo Arcor, que surge como competidor nacional de la

firma Coca-Cola, principal protagonista en esta actividad bajo las marcas

Cepitas y Carioca.

En función de que la mayor parte de las inversiones del sector registradas

provenientes de Brasil en los últimos seis años se dieron en la industria

cervecera, es pertinente aclarar que la estrategia de la mayoría de las

empresas para ingresar al mercado argentino consistió en la adquisición

de empresas nacionales existentes.

De ese modo, han buscado reducir los riesgos que implicaría la

instalación de una nueva empresa en el país y apuntaron a optimizar

los procesos operacionales de la empresa, y que ello logre posicionarla

de forma más eficaz frente a los demás competidores internacionales

presentes en la región.

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Así, la firma Brasileña Ambev lidera el mercado de producción de cerveza,

obteniendo el 80% del mercado a partir de la fusión con el grupo Quilmes.

A su vez la firma, tiene amplia participación en todos los eslabones de

la cadena, desde la producción de malta hasta la comercialización del

producto final.

Los montos invertidos ascienden a casi 2 mil millones de dólares, donde

predomina, en su mayoría la modalidad de adquisición. No obstante, se

ha invertido en ampliaciones y Greenfield, destinados en su mayoría a la

tecnología y la capacitación.

En cuánto a empleo, la cervecería Quilmes cuenta con más de 4.700

empleados, ubicándola en el cuarto lugar entre las empresas de más de

1.000 empleados.

En la línea de inversiones brasileñas se encuentra la empresa Sabia que

invirtió en bebidas espirituosas por U$S 2 millones, bajo la modalidad de

ampliación. En el año 2007, la firma presentó una facturación de $ 31,2

millones.

1.3.3 Siderurgia

1.3.3.1 Estructura de la cadena

En torno a la industria siderúrgica, existen una serie de eslabonamientos

hacia atrás y hacia delante, con diversas actividades industriales, de

servicios y del sector primario que dan forma a la cadena de valor. En

este sentido, la misma es amplia y compleja.

La cadena de la siderurgia, está conformada por un eslabón directamente

relacionado a la producción minera, de la cual se obtiene el mineral

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

106

de hierro, seguido por la elaboración de productos semielaborados o terminados. Por último, el canal de la distribución cierra el círculo de la cadena, aunque es a la vez el comienzo de muchas otras. Así, la cadena queda estructurada de la siguiente manera.

Figura 11. Cadena de la siderurgia

1º Eslabón:Obtención insumos

2º Eslabón:Industria siderúrgica

3º Eslabón:Comercialización

MineralesProductos

semielaborados y

terminados

Palanquillas,

planchas, entre

otros

Productos planos y

no planos, tubos,

entre otros

Distribución de

Productos

Hierro crudo

Acero crudo

1.3.3.2 Situación de la cadena en Argentina

Aún cuando en el territorio argentino no existen yacimientos de mineral de hierro en explotación, lo que constituye el principal recurso natural de la cadena, la industria metalúrgica ha evidenciado una importante expansión en los años ´90.

La misma ha logrado no solo abastecer una creciente demanda interna, sino que además ha desarrollado productos muy competitivos a nivel internacional. Ello ha sido posible dado el importante proceso de reconversión productiva (iniciado por la privatización de la empresa

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estatal SOMISA), que desembocó en grandes inversiones en maquinaria y tecnología de punta.

En la actualidad presenta una oferta con una estructura oligopólica, observándose que una sola empresa suele dominar el mercado de un determinado producto siderúrgico final. No obstante, hay que mencionar que dicha expansión monopólica se encuentra limitada por la competencia de las importaciones.

La producción de hierro primario, productos semiterminados (palanquillas, planchas, etc.) y los terminados (planos y no planos, como tubos), se concentra en grandes firmas a través de un proceso productivo altamente integrado, lo que reduce la posibilidad de entradas de nuevos competidores al mercado.

Como se mencionó anteriormente, Argentina no posee yacimientos de hierro, por lo que en su mayoría son importados desde Brasil.

En términos de producción de hierro primario crudo, como así también de acero crudo y laminados (tanto los terminados en caliente como en frío), muestran una clara desaceleración entre 2001 y 2008. Tal es así que el hierro primario, tras crecer un 14,3% en el año 2002, sólo lo hizo en 0,8% en 2008. Si bien la producción de acero crudo no mostró tan fuerte desaceleración, creció 2,9%, cabe mencionar que esto pudo ser alcanzado por las fuertes inversiones que han realizado las empresas siderúrgicas del país en los últimos años, que han permitido mantener altos niveles de producción en los 10 primeros meses del año 2008, compensando la profunda caída del último bimestre.

Haciendo referencia a lo dicho en el párrafo anterior, hay que aclarar que la crisis internacional ha provocando y continúa provocando una significativa

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

108

reducción de la demanda de productos siderúrgicos, observándose

una disminución pronunciada y generalizada en el uso de la capacidad

instalada. Esta situación ha obligado a que las empresas del sector revisen

sus planes de ampliación de capacidad, a la espera de que el mercado se

estabilice y recupere la tendencia alcista que presentaba anteriormente.9

Si analizamos el intercambio comercial de Argentina, se vislumbra una

caída sustancial de las toneladas exportadas de la cadena, mientras que

los valores importados se mantienen en niveles estables o aún superiores

al promedio de los últimos cuatro años.

La empresa argentina que lidera la producción siderúrgica es Siderar,

con un 71,3% de participación en el mercado bonaerense (región que

concentra en gran parte la producción), especializada en la producción

de hierro primario, productos terminados planos y tubos sin costura.

El 40% de la producción de la provincia de Buenos Aires se destina a

EE.UU., Canadá, Brasil, Venezuela y Arabia Saudita.

1.3.3.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones destinadas a la fabricación de metales, han tenido en su

mayoría una amplia participación de capitales locales, siendo Aluar y Ternium

Siderar las empresas destacadas en este aspecto. Sin embargo, le siguen en

importancia, las inversiones de capitales brasileños: U$S 558,5 millones.

Las empresas Acindar y Sipar Gerdau (del grupo brasileño Gerdau)

aglutinan casi el 92% de las inversiones de capital brasileño en la cadena.

Han invertido una importante cantidad de dinero: U$S 283,4 y U$S 233,8

millones respectivamente, destinados al eslabón de productos como la

palanquilla, en donde las modalidades fueron predominantemente de

ampliaciones y Greenfield, superando a las fusiones y adquisiciones.

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El conglomerado Belgo, Acindar, es uno de los mayores grupos privados siderúrgicos de Brasil. Produce aceros largos bajo la forma de laminados y trefilados, y es en Argentina la empresa número uno en fabricación de productos de acero en términos de facturación: $ 3.108 millones anuales, siendo Aluar su competidora más directa. Otro rasgo de la empresa que es menester destacar, es que con 2.900 empleados, genera el 11% de los puestos de trabajo en lo que respecta a actividades de fabricación de metales.

En menor medida han invertido también en la cadena las firmas Acerbrag S.A., desembolsando alrededor de U$S 40 millones, y Laminado Paulista Argentina S.R.L. con U$S 330.000. Ésta última, dedicada a la fundición y laminado de aluminio, y con sólo 23 empleados, destinó sus inversiones a ampliaciones e incorporaciones de nuevos equipos de trabajo. Por su parte Acerbrag S.A., con un 2% de los puestos de trabajo del segmento, es la sexta empresa que más factura en el rubro: $ 430 millones anuales.10

En el segmento de acero plano, se distingue la fusión de Usiminas al grupo Techint, en busca de consolidarse como la siderurgia de mayor porte a nivel mundial, adquiriendo una participación en el grupo del 10% aproximadamente por un monto de U$S 1 millón. Cabe mencionar al respecto, que la siderúrgica brasileña es la mayor productora de aceros planos de la región y ocupa el puesto número 22 en el ranking mundial. No obstante, en el mismo eslabón ganan relevancia otras empresas de capital extranjero, como la mexicana Hylsamex y la venezolana Sidor.

1.3.4 Agroindustria (con foco en el sector ganadero

y sus derivados)

1.3.4.1 Estructura de la cadena

El sector de la carne vacuna se ha caracterizado por su alta complejidad a lo largo de los principales eslabones que integran la cadena: producción

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

110

–cría y sacrificio-, industria frigorífica y derivados (sector curtiembre) y comercialización. A su vez, si bien los frigoríficos sacrifican carne de diferentes animales, en este caso se ha basado el análisis en la carne bovina ya que es el segmento de mayor actividad.

Adicionalmente, se encuentran asociadas otros sectores importantes, no sólo desde el punto de vista de la actividad en el país, sino además porque han recibido importantes inversiones por parte de capitales brasileños, a saber: calzado. Si bien la actividad implica una serie de insumos diferentes a los provenientes de las curtiembres (textiles, plásticos y cauchos), el cuero es de suma importancia en la industria del calzado.

A continuación, los eslabones que integran la cadena analizada.

Figura 12. Cadena ganadera

1º Eslabón: Sector Primario

2º Eslabón: Industria

Productores Proceso Frigorífico

* Cabañas

* Cría y Recría de Ganado

* Invernadores

CURTIEMBRES

3º Eslabón:Comercialización

Industrias

Transformadoras

del cuero

Producción Láctea

Sacrificio Cámaras

Frigoríficas

Etapa sucia:

Separación del

cuero, entre otras

Etapa limpia:

Tipología de corteIndustria del

Calzado

Distribución

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1.3.4.2 Situación de la cadena en Argentina

Argentina, en sus distintas regiones ganaderas, exhibe potencialidades de marcadas ventajas comparativas respecto al resto de sus competidores, ya sea por la extensión territorial, como por las calidades intrínsecas de las carnes producto de la genética y de las condiciones ambientales, distintivo reconocido a nivel mundial. Así, sus extensas praderas y el clima propicio favorecen el desarrollo ganadero.

La ganadería vacuna participa en alrededor del 20% del PBI agropecuario y en un 3% del PBI total. El arraigo de este producto en el país hace que alrededor del 82% de la producción total sea consumida localmente y el resto se exporte.

La cadena de valor en sí, es compleja y se encuentra parcialmente desarticulada, caracterizada por el desconocimiento de cada uno de los eslabones sobre los factores de competitividad del resto de los integrantes de la misma. Tanto los niveles de producción como de productividad se encuentran alejados de sus niveles potenciales. En este sentido, existen dentro de la cadena, áreas estratégicas por explorar, que permitirían de esta forma aumentar la productividad, y en consecuencia, la competitividad nacional a nivel mundial.

Durante el 2008, la matanza de vacunos llegó a un nivel de 14,5 millones de cabezas. Más allá de la leve caída interanual registrada en el nivel de actividad sectorial en el año 2007 -2,6%-, la magnitud del sacrificio de los últimos dos años fueron los más elevados del período 1991-2008.11

La industria frigorífica, posee una capacidad instalada de sacrificio al año que ronda las 20 millones de cabezas12, lo que da una capacidad ociosa de alrededor del 30%, reforzando lo dicho en los párrafos precedentes referente a los niveles potenciales que difieren de los niveles actuales.13

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

112

Analizando los establecimientos industriales destinados a la actividad, Argentina dispone de pocas plantas de alta capacidad de sacrificio (200-500 mil cab/año), siendo las plantas de sacrificio medio (1 mil a 99 mil cab/año) las de mayor presencia.

Al respecto, las plantas con mayor capacidad poseen el 20% de la producción nacional, mientras que la mayor participación la poseen los establecimientos con capacidades bajas, reforzando así la idea de sector fuertemente atomizado.

En términos de generación de empleo, y según datos disponibles, los frigoríficos ocupan de forma directa entre 45.000 y 47.000 personas. A nivel mundial, se producen 42 millones de toneladas de carne vacuna, en donde Argentina participa con el 7% de dicha cifra.

En términos de la comercialización de la carne, en los últimos años las carnicerías han disminuido como lugar de compra más frecuente, incorporándose nuevos operadores como los supermercados, hipermercados y autoservicios.

Come se dijo anteriormente, el sub-complejo del cuero, con 200 curtiembres en Argentina, ocupa un lugar importante dentro de la cadena de valor que estamos analizando. Así, cabe mencionar que las mismas poseen una capacidad ociosa de alrededor del 40%.14

Según datos de la Cámara de la Industria Curtidora Argentina, solo tres empresas concentran el 50% del monto exportado, denotando la alta concentración del eslabón. En este sentido, una de sus mayores competencias para la producción nacional viene de Brasil, aunque en los últimos años se han desarrollado a nivel local importantes inversiones para mejorar las condiciones de competitividad.

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No sólo lo dicho en el párrafo precedente se refiere a las curtiembres

sino que, a diferencia del mercado interno, el circuito específico de la

exportación de la carne se encuentra relativamente concentrado, ya que

el grueso de la actividad que exporta está explicado por una veintena de

empresas, en su gran mayoría por frigoríficos.

Si bien al uso tradicional del cuero como insumo básico del sector de

calzado se suma crecientemente la utilización del caucho, materias plásticas

y textiles, se analizará a continuación aspectos concernientes al mismo.

El sector se caracteriza por una alta heterogeneidad de producto: su

producción incluye tanto al calzado de vestir, como al deportivo de

rendimiento, al de tiempo libre, a los calzados especiales de trabajo o de

seguridad, calzado femenino, etc. Ello implica a su vez, una importante

diversidad de insumos y técnicas de producción. Pese a la mencionada

heterogeneidad, toda la industria se caracteriza por ser mano de obra

intensiva. A su vez, se trata de un producto de consumo masivo, cuya

demanda es altamente sensible al nivel de ingreso agregado y a su

distribución.

La estructura productiva del sector calzado se estima que está compuesta

por aproximadamente unas 700 empresas, mayormente PyMEs, con un

relativamente alto nivel de atomización de modo que, los principales

competidores capturan poco más de una cuarta parte del mercado. De

hecho, la atomización no resulta mayor debido a que en los segmentos

de calzado deportivo y tiempo libre operan algunas grandes empresas

que lideran el mercado, y que además existen pocas firmas de calzado

formal e informal de relevancia.

El segmento de calzado deportivo posee un alto grado de competencia

y en los últimos años ha tendido a una mayor concentración. Respecto

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

114

al segmento informal y clásico, el nivel de competencia es medio, altamente variable en función del target al cual se dirige y la competencia se produce, en mayor medida, en el segmento informal.

La principal diferenciación de producto dentro de la industria del calzado se da en el segmento deportivo de rendimiento. El mismo está en gran parte apuntalado por empresas de mayor tamaño, al tiempo que las que producen el resto de los calzados se distribuye entre empresas pequeñas y medianas, con predominio de las primeras.

El sector productor está conformado también por un conjunto reducido de empresas que fabrican calzado de vestir masculino y femenino de alta calidad y que se distinguen por su diseño, la calidad de sus componentes y del producto terminado. Son calzados de mayor precio que compiten internacionalmente con calzado de renombre como el italiano.

En cuanto a la comercialización, una característica relevante es que la empresa fabricante no comercializa o distribuye la totalidad de sus productos, sino que parte de los mismos llegan a la demanda final por medio de otras empresas distribuidoras mayoristas o minoristas, que expenden el producto con la misma marca.

1.3.4.3 Proceso inversor en la cadena

La cadena de la carne, teniendo en cuenta las inversiones realizadas en los segmentos de cuero y calzado, ha sido receptora de importantes inversiones entre 2002 y 2008. En lo que respecta a elaboración de alimentos, las inversiones provienen en su mayoría de capitales locales: 32%, y brasileños: 21,5%.

Existen importantes empresas brasileñas, tanto desde el punto de vista de la generación de empleo como en términos de facturación, que han

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concentrado el flujo de inversiones al sector frigorífico, entre ellas, Friboi y Marfrig. Los montos desembolsados en total, fueron de U$S 78,9 millones y U$S 213,87 millones respectivamente. Han adquirido en su oportunidad, a los frigoríficos Swift Armour (Friboi) y Quickfood (Marfrig).

Ambas empresas, ocupan, tras el Frigorífico FRIAR, los primeros puestos en términos de facturación. Por su parte, Friboi, quien ha adquirido a Swift Armour S.A. Argentina, factura alrededor de $ 840 millones anuales y emplea alrededor de 4.250 personas.

Por otra parte, Marfrig adquirió oportunamente Quickfood S.A., empresa que factura $ 840 millones anuales y emplea a 1.100 personas. Cabe decir que la empresa de capital brasileño es la tercera productora de carnes de Brasil y la primera en Uruguay. La compra de Quickfood, junto a la adquisición de Argentine Breeders & Packers, un frigorífico exportador, y la firma de un acuerdo operativo con la planta cordobesa Estancias del Sur, por el cual se apropió del 70% de su sacrificio, la posiciona en un lugar de liderazgo a nivel local, quedándose además con la mayor parte de la cuota Hilton.

Evaluando las estrategias de inversión y los objetivos de las inversiones realizadas por las firmas en el segmento frigorífico, se destaca la intención de mejorar la hacienda que poseen y aprovechar así el gran volumen de producción industrial que maneja Brasil. Consecuentemente, generar sinergias con el glamour de las marcas argentinas y con el atractivo comercial que posee la carne nacional.

Si bien no han sido tratados específicamente en este apartado, vale mencionar dos inversiones que se dieron en la cadena agroalimentaria y que de alguna forma se encuentran relacionadas al proceso productivo mencionado al comienzo. Por un lado, se registró una inversión proveniente de Duas Rodas Industrial, empresa brasileña que desde 1996 fabrica en el

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

116

país materias primas para la industria alimenticia (aromas, condimentos, etc.). La firma desembolsó U$S 3 millones en búsqueda de su incorporación a la producción de aditivos y condimentos para la industria cárnica.

De la misma forma, la empresa Yakult Argentina S.A., productora y comercializadora de leche fermentada, que posee un 44% de capital accionario brasileño, costeó una inversión de U$S 2,5 millones destinados a adquisiciones y ampliaciones.

En el sector de curtiembres específicamente, no se han desarrollado importantes desembolsos de inversiones en el país por parte de empresas de capital brasileño, no así en lo que respecta a calzado. De todas formas, en general, en cuanto a curtido de cueros y artículos de talabartería y calzado, el 56% de las inversiones provienen de capitales brasileños, y en menor medida de capitales locales e italianos (12% y 11% respectivamente).

De la mano de la empresa Curtume Muçum S.R.L., el grupo brasileño Bom Retiro invirtió U$S 6 millones al adquirir la curtiembre del grupo Yoma.

Por otro lado, Perchet S.A., del grupo brasileño Paquetá, anunció la apertura de una planta fabril de calzado deportivo en Argentina, desembolsando U$S 11 millones. La empresa, produce zapatillas deportivas de la marca Diadora para Argentina, Brasil y Uruguay. Cabe destacar que el grupo de capital brasileño, emplea alrededor de 12.000 personas en Brasil, y cuenta además con negocios en las áreas de agricultura, ganadería, sector inmobiliario y administración de tarjetas de crédito. Se estima que en Argentina, la empresa genera una total de 2.000 puestos de trabajo.

En el mismo segmento de calzado, la empresa Indular ha vendido su planta de calzados y sus marcas al principal productor de calzado de la

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región: Vulcabras del grupo brasileño Grendene. Tanto por la adquisición

como por diferentes ampliaciones que se han dado en la fábrica, los

montos desembolsados rondaron los U$S 140 millones.

Además, el grupo brasileño Dass (Dilly Clássico) invirtió U$S 3,5 millones

tras construir una fábrica de zapatillas en el país, desde la cual abastecerá

60.000 pares mensuales de zapatillas a la filial argentina de Nike.

Por último en lo correspondiente a calzados, y denotando la importancia

del sector en el proceso inversor de Brasil en Argentina, el grupo brasileño

Camargo Correa, a través de su filial São Paulo Alpargatas, apostó al segmento

de calzado y adquirió alrededor de 35% de las acciones de Alpargatas

Argentina, por un monto total de U$S 52 millones. En este sentido la empresa

es la mayor productora textil de Argentina, y dueña de las marcas Topper,

Flecha y Pampero, aunque también fabrica zapatillas para Nike y Adidas.

Cabe mencionar además, el contrato que ha firmado la Cooperativa

Joanetense de Calçados con la empresa Converse de Estados Unidos

para proveer también al mercado argentino zapatillas bajo dicha marca.

En este sentido, Converse llega al país de la mano del grupo brasileño

propietario de la licencia para fabricar sus productos en el mayor mercado

del Mercosur y que busca aprovechar, a través de este proyecto de

inversión, las ventajas del modelo proteccionista que impulsa el Gobierno

para producir también en Argentina.

1.3.5 Construcción-inmobiliario

1.3.5.1 Estructura de la cadena

En la actividad de la construcción intervienen diversos agentes

económicos que participan directa e indirectamente, fabricando los

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

118

insumos necesarios para desarrollar esta actividad, que puede llegar luego al segmento inmobiliario.

Se puede mencionar a los proveedores de servicios, insumos y bienes de capital, la industria del procesamiento y de la transformación (empresas constructoras), el mercado consumidor, compuesto por los individuos o entidades (Estado) que consumen el producto final y/o industrias intermedias para las cuales el producto constituye una materia prima o insumo (Inmobiliarias).

Para comprender las diferentes actividades que reúne la cadena, a continuación se desglosan los segmentos y eslabones que reúne.

Figura 13. Cadena de construcción

Construcción de

Obras Públicas y

Privadas

1º Eslabón: Insumos

2º Eslabón:Transformación

3º Eslabón: Construcción

ExtracciónProducción de bienes

intermedios y finales

Hierro

Bauxita

Caliza

Arcilla

Rocas de Aplicación

Otros Minerales

Yeso

Forestal

Petróleo

Cemento

Cal

Ladrillos

Tejas y cerámicas

Yeso y sus productos

Otros productos intermedios

Hormigón elaborado

Premoldeados de hormigón

Otros productos finales

3º Eslabón:Inmobiliario

Servicios

Inmobiliarios

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1.3.5.2 Situación de la cadena en Argentina

Luego del período recesivo y la devaluación del peso en enero de 2002,

la actividad de la construcción mostró un período de fuerte expansión.

A medida que se iba adquiriendo estabilidad macroeconómica, el rubro

fue ganando impulso y entre 2002 y 2006 el crecimiento del sector fue

del 153%, creciendo a tasas promedio de 26% por año.

Si bien la actividad se caracteriza por su comportamiento pro-cíclico

respecto a la evolución de la economía, las empresas de construcción

han mantenido, e incluso incrementado su equipamiento y organización

a pesar de los cíclicos vaivenes de la economía nacional, adecuándose a

las condiciones del país y dando respuesta a los tirones de la demanda.

El aporte de la industria de la construcción al crecimiento del PBI ha sido

de suma importancia, siendo la construcción de infraestructura un 20%

del total de esa actividad a en los últimos años.

Tal es así que entre 2003 y 2008, la actividad creció en torno a un

promedio del 16,5%, con picos máximos en 2003, momento en el cual

registró una tasa de crecimiento de más del 35%. Si bien la evolución del

sector continúa creciendo, la tendencia muestra un claro retroceso. En el

año 2008, la construcción creció en torno al 5%.15

Éste sector ha sido uno de los sectores con mayor incremento en la

demanda laboral. Su generación de empleo ha superado en algunos

casos al crecimiento del total de la economía. A fines del 2008, la

construcción empleaba alrededor de 400.000 personas, aunque cabe

resaltar que ello implica una pequeña reducción respecto a igual

período de 2007 (- 4%).

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

120

Analizando el último eslabón de la cadena, el inmobiliario, se observa

que ha atravesado un fuerte ciclo expansivo de recuperación entre 2002

y 2006, impulsado fundamentalmente por la canalización de ahorros

fuera del sistema financiero y el retraso relativo de los costos de la

construcción.

El sector inmobiliario emplea en la actualidad a casi 325.000 trabajadores,

cifra que si bien se encuentra por debajo de las máximas que alcanzadas

a finales del 2007, marca aún un alto nivel de ocupación.

1.3.5.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones que se han efectuado en estos segmentos, implican no

solo a un eslabón, sino que son diversificados a lo largo de toda la cadena.

En función de lo dicho, se han registrado inversiones del grupo

empresario brasileño Camargo Correa, al hacerse cargo de la empresa

Loma Negra C.I.A.S.A. La compra por parte de la empresa brasileña

refuerza su presencia en Latinoamérica, pasando a constituirse en una

de las más importantes del sector, ya que cuenta con más de 10 plantas

cementeras; 6 centros hormigoneros y más de 3.200 personas trabajando

en sus operaciones. Además, es la firma de mayor facturación anual en

el mercado: $ 1.450 millones, a la que le sigue la empresa Minetti, pero

con menos de $ 950 millones anuales de ventas.

En cuanto al eslabón de la construcción propiamente dicho, la empresa de

servicios inmobiliarios IRSA-CYRELA, ha realizado una sustancial inversión

en la construcción de diferentes viviendas y departamentos en el país,

alrededor de U$S 115 millones. Haciendo referencia a dicha empresa,

la misma resulta de la fusión entre la empresa argentina inversora en

bienes raíces IRSA y la Compañía del sector de construcción de inmuebles

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residenciales de Brasil CYRELA. Por su parte, IRSA es la firma número uno en facturación en el sector inmobiliario: $ 740 millones anuales.

No obstante, los montos desembolsados por capitales de Brasil en proyectos en el segmento inmobiliario también han sido destacados. En este sentido, se observan inversiones de la empresa TGLT Real Estate S.A. y de PDG Realty. Al respecto, cabe considerar algunas cuestiones relacionadas a dichos desembolsos.

Por su parte, la empresa TGLT S.A. (30% de capital brasileño) realizó inversiones destinadas a la construcción del Forum ubicado en Puerto Madero, U$S 50 millones en el 2004 y U$S 100 millones en el año 2005.

Posteriormente, en el año 2008, se registró un anuncio de inversión por parte de la firma PDG Realty, grupo que se ha asociado a TGLT S.A., adquiriendo el 30% del paquete accionario de la compañía, por un monto de U$S 12 millones.

1.3.6 Química

1.3.6.1 Estructura de la cadena

La industria química es fundamentalmente una industria de base que provee materias primas e insumos a otras industrias y también provee algunos de sus productos directamente a los consumidores.

Los productos elaborados por la industria tienen diversas aplicaciones que implican cada una de ellas un sector diferente, con características particulares.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

122

Figura 14. Cadena química

Comercialicación

1º Eslabón: Insumos Básicos

2º Eslabón: Industria

3º Eslabón: Distribución

Materias Primas

Minerales inorgánicos,

derivados del petróleo,

etc.

Industria Química y Subsectores

Laboratorios

Productos de uso industrial:* Química fina (Colorantes, etc.)

* Especialidades químicas (colas y

adhesivos)

* Otras

Productos de uso final:* Pinturas

* Jabones y detergentes

* Cosmética

* Productos farmacéuticos

* Otros Industria de la

Cosmética

1.3.6.2 Situación de la cadena en Argentina

El sector es altamente complejo debido a que comprende varios subsectores que a su vez se vinculan con otras cadenas productivas.

Según datos globales de la industria (que incorporan al sector petroquímico) provenientes de la Cámara de la Industria Química y Petroquímica, el Valor de la Producción de la industria alcanzó en 2007 U$S 24 mil millones y generó directamente 69.000 empleos. Dentro de los subsectores de la industria se destacan las inversiones en laboratorio y farmacia.

Dentro del subsector laboratorio, las cadenas de producción y distribución de medicamentos se caracterizan por presentar cierta

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complejidad. La misma queda plasmada al considerar los diversos agentes que intervienen: productores, distribuidores mayoristas, droguerías, farmacias (comercio minorista), hospitales y clínicas, aseguradoras y obras sociales, pacientes, gobiernos nacionales y provinciales. En la práctica la totalidad de las empresas del sector farmacéutico en Argentina están localizadas en la Capital Federal o en el Gran Buenos Aires. Actualmente, se destaca una alta proporción de insumos y bienes de capital importados, elevando así el costo de producción y de inversión.

En cuánto al sector cosmética esta compuesto por un conjunto grande y heterogéneo de pequeñas y medianas empresas que tienen gran participación en el mercado, principalmente en el segmento de productos de consumo masivo. Las principales materias primas utilizadas por el sector provienen de la industria química, en su mayoría de origen importado ya que Argentina cuenta con una escasa oferta local. Estados Unidos, Alemania y Suiza son los mayores proveedores de las mismas. Los otros insumos fundamentales son los materiales de empaque, principalmente envases de plástico, vidrio y hojalata, para los que sí existe una numerosa red de productores nacionales.

La fuerte presencia de empresas de capital extranjero en el sector cosmética, responden en su gran mayoría a la estrategia de inversiones destinadas a conquistar segmentos del mercado interno o regional (Mercosur). En este sentido, cabe destacar que Argentina ocupa un lugar importante dentro del comercio intrarregional, abasteciendo fundamentalmente a los países miembros del Mercosur y a Chile.

1.3.6.3 Proceso inversor en la cadena

Las empresas de origen brasileño que han invertido en la industria química lo han hecho en los subsectores de Perfumes, cosméticos y productos

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

124

de cuidado personal, Productos farmacéuticos y medicamentos, y especialidades químicas como la de adhesivos.

En principio, se destacan las inversiones realizadas por Praxair Argentina S.A., empresa con capital accionario minoritario de Brasil (1%) y que emplea alrededor de 320 personas. Los montos desembolsados han sido destinados a la ampliación de plantas productoras de oxígeno, nitrógeno, argón y Co2. El monto de la inversión fue de U$S 25,9 millones. La empresa, factura alrededor de $ 184 millones anuales, siendo Eastman Chemical (Voridan) la firma en Argentina que más factura en el rubro: $ 700 millones anuales.

La firma Artecola Argentina S.A. dedicada a la fabricación de adhesivos industriales, invirtió U$S 1,2 millones en ampliaciones durante el año 2007, y en la fusión con Química Madepa S.A. en 2003. Actualmente emplea a 50 personas.

Dentro de especialidades químicas, la empresa Compañía Nacional de Álcalis invirtió U$S 330 millones en Greenfield para la instalación de una planta de carbonato de sodio en el año 2005.

Otras de las firmas inversoras fue Clariant S.A., empresa que cuenta con laboratorios de aplicación técnica, una planta de producción de dispersiones pigmentarias, así como una planta de producción de Masterbatches y el centro logístico de distribución. Durante el período 2002-2007 la empresa realizó inversiones por U$S 3,9 millones de dólares bajo la modalidad de ampliación. Su facturación promedio durante los últimos años fue de $ 250 millones y actualmente emplea a un total de 250 personas de forma directa.

En el segmento de cosmética, Natura Cosméticos S.A. invirtió en Greenfield en 2002 por U$S 15 mil y en ampliaciones U$S 8,3 millones en 2004.

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La participación de Brasil en el sector -según anuncios- es del 13%, mientras que la participación de Estados Unidos es de 25 % y de Argentina un 43%. Entre las empresas argentinas que realizaron inversiones en el sector se destacan Laboratorio Bayer, Amosur S.A. (procesador de urea), y Bio Sidas empresa de biotecnología, en donde predominan las modalidades de ampliaciones y Greenfield.

1.3.7 Automotriz

1.3.7.1 Estructura de la cadena

La cadena de valor automotriz en Argentina está conformada por una variada gama de actores que pueden ser clasificados en 4 eslabones, siendo 3 de ellos productivos.

El primer eslabón comprende a los proveedores de insumos básicos (materias prima como acero, aluminio, plásticos y pinturas y, en menor medida, productos derivados de la industria petroquímica, caucho, textil y vidrio, entre otros), mientras que el segundo eslabón involucra a la actividad productiva de autopartes. El sector Terminal ocupa el tercer eslabón de la cadena, siendo el cuarto eslabón el referido a la comercialización de vehículos y repuestos, como así también de los servicios de postventa.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

126

Figura 15. Cadena automotriz

Terminales

1º Eslabón: Insumos Básicos

2º Eslabón: Sector Autopartista

3º Eslabón: Sector

Terminal/Aftermarket

Obtención

Materias Primas

Acero, Aluminio,

Pintura, Plástico,

Energéticos, otros.

Fabricación

de Partes y

Piezas

Producción de

partes y piezas

de distintos

rubros

Subconjuntos

y Conjuntos

* Diseño y

desarrollo

* Producción

y ensamble

* Ensamble de

conjuntos y

subconjuntos

* Prod. Motores y

cajas de cambio

* Prod. Autos

4º Eslabón: Comercialización

Consecionarias

Distibuidores mayoristas

y minoristas

1.3.7.2 Situación de la cadena en Argentina

En el caso de los principales insumos, hay que destacar que se trata de mercados monopólicos u oligopólicos.

El segmento de autopartes está conformado por alrededor de 400 firmas productoras de partes, piezas y, en algunos casos, componentes. Estas empresas están localizadas principalmente en las provincias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe y Capital Federal. Se trata de un sector particular con una importante heterogeneidad en cuanto a tamaño de empresas (conviven tanto firmas pequeñas como medianas y grandes) y de productos (desde partes y piezas hasta componentes, con distintos grados de elaboración y complejidad, incluso involucrando distintos materiales).

En cuánto al sector Terminal, existen en el país 10 empresas multinacionales de gran dimensión, de las cuales 9 fabrican vehículos actualmente.

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Muchas de ellas también se dedican a la fabricación de motores, cajas

de cambio y otras partes y componentes. En este eslabón también debe

incorporarse el mercado de reposición, dedicado a la venta de repuestos

de vehículos, y a las exportaciones de vehículos y autopartes realizadas

por las terminales.

En el caso de la comercialización de vehículos, la misma se realiza por

vía de concesionarios oficiales y no oficiales, así como también a través

de particulares. Se estima que existe una red de 600 concesionarios con

unos 784 puntos de venta distribuidos en todo el territorio nacional.

1.3.7.3 Proceso inversor en la cadena

La participación de capitales estadounidenses, franceses y alemanes

en la cadena ha sido importante y superior a la de origen brasileño

en el período 2002-2008. Alemania lidera el nivel de inversiones en

cuanto a la fabricación de autopartes, fundamentalmente a partir de

los desembolsos de la firma Volkswagen. Respecto a la fabricación de

vehículos automotores, Francia realizó los mayores proyectos de inversión,

impulsados por la empresa Renault. En ambos casos, la modalidad que

predomina es la ampliación.

Analizando las inversiones de origen brasileño en el segmento de

insumos, las empresas Borrachas Vipal y Sogefi Filtration Argentina

S.A. han realizado inversiones por U$S 2,8 millones y U$S 2,1 millones

respectivamente.

Borrachas Vipal es una empresa de actuación en el mercado nacional e

internacional en el segmento de productos para reforma de neumáticos,

reparaciones de cámaras de aire, pisos y láminas de goma, y compuestos de

goma para aplicaciones diversas. Cuenta con un plantel de 17 trabajadores,

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

128

generando además empleo indirecto a otras 20 personas. El promedio

anual facturado por la firma para 2006 y 2007 fue de $ 35,5 millones.

La firma Sogefi se especializa en la producción de repuestos y accesorios

para filtros de autos y el 92% de su composición de capital es de origen

brasileño. Durante 2005 y 2007, realizó inversiones destinadas a la

adquisición de máquinas por un monto de poco más de U$S 1 millón,

teniendo como perspectivas nuevas inversiones en los próximos años, las

cuales le permitirán realizar mejoras en su proceso productivo.

Además, como parte del segmento de insumos la empresa Sabo

Argentina S.A., dedicada a la producción de mangueras y juntas invirtió

U$S 1 millón, siendo la finalidad en todos los años la de incrementar el

capital operativo. Dicha empresa tuvo una facturación de $ 82,4 millones

en los últimos dos años.

En el segmento de autopartes las firmas Agrale Argentina SA, IAC-Plascar y

MWM Internacional Motores S.A. invirtieron en ampliaciones por U$S 2,1

millones, U$S 100 millones y U$S 6,6 millones respectivamente. Además,

la empresa Marcopolo adquirió Metalpar e invirtió U$S 5 millones. En

todos los casos, las firmas autopartistas han buscado aprovechar el buen

momento de la industria automotriz nacional en cuanto a expansión del

mercado, la producción y la radicación de nuevas inversiones.

La empresa MWM Internacional Motores S.A. se dedica a la producción

y comercialización de autopartes. A partir del 2003 se encuentra

conformada por un 90% de capitales brasileños y un 10% de capitales

estadounidenses. Si bien ha invertido a lo largo del periodo 2002-2008,

las inversiones más pronunciadas se realizaron en 2003 y en 2004,

representando cada año un 47% y un 20% respectivamente del total

invertido. A su vez, posee perspectivas de invertir en los próximos años

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alrededor de U$S 2 millones destinados a ampliar la capacidad instalada

y a cambiar el proceso productivo. MWM Internacional Motores S.A.

cuenta con un plantel de 167 trabajadores y genera empleo indirecto a

16 personas más.

La firma Agrale realizó su principal inversión en el 2007, consignada

a la instalación de una planta industrial. Para los próximos años, la

firma tiene perspectivas de invertir U$S 1,5 millones, los cuales serán

destinados principalmente a formar una plataforma exportadora y a

incrementar la producción para abastecer el consumo interno. La

facturación del 2007 fue mayor a la del año 2006 en un 60%, es decir,

un aumento de $ 29,4 millones.

Marcopolo, empresa que fabrica carrocerías para ómnibus, adquirió el

33% de la empresa Metalpar, como así también ha destinado inversiones

a ampliaciones a lo largo del período. La empresa está constituida

por más de 400 empleados, y junto con Agrale - que cuenta con 460

empleados- son las firmas inversoras de capitales brasileños que más

empleo generan. A su vez, son las de mayor facturación en el grupo con

$135 millones Marcopolo y $ 78 millones la firma Agrale. Sin embargo,

la facturación de la primer empresa en el ranking del sector autopartes,

Scania Argentina, es de $1.135 millones.

Cómo parte del segmento de carrocerías la empresa Armor que se

dedicada al blindaje de autos invirtió por única vez U$S 510.000 en

Greenfield en 2002.

La firma Randon S.A. es una empresa que se destaca en el segmento

Terminal y se dedica específicamente a la producción de equipos de

transporte. A partir de 1998, Randon Argentina S.A., comenzó a operar

a través de la importación, comercialización, montaje, complementación

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

130

y fabricación de equipos para el transporte carretero de cargas. Durante el período 2002-2007, la firma realizó en Argentina inversiones por U$S 638.000 bajo la modalidad de ampliación. Del total invertido durante 2002-2008 el año 2007 concentra el 51%. Actualmente cuenta con un total de 143 empleados.

La empresa Automotores Juan Manuel Fangio S.A. se consolidó como líder brasileño en la distribución de vehículos y en la administración de grupos de consorcio, además de ocupar una posición destacada en las áreas de seguros, operaciones de financiación para el sector automotor y con actuación complementaria en el mercado inmobiliario. En Argentina cuenta con un plantel de 125 trabajadores. Si bien la firma ha realizado inversiones únicamente en 2007, a fin de cambiar el sistema informativo, posee perspectivas de invertir durante los próximos años, especialmente en la ampliación y remodelación de las sucursales ubicadas en Don Torcuato, La Plata y Montes de Oca.

1.3.8 Logística

1.3.8.1 Estructura de la cadena

El sector de operadores logísticos comprende a aquellos servicios prestados por empresas que realizan para terceros las actividades de transporte, distribución física de mercaderías, almacenamiento y gestión de stock, picking y preparación de pedidos, consolidación y desconsolidación de cargas, manipuleo de productos, manejo de depósitos y centros de distribución, entre otras actividades y servicios de tipo logístico, tanto en el ámbito de la logística interna como respecto a las operaciones de logística internacional.

También se incluyen en la definición del sector aquellas actividades logísticas vinculadas al transporte, almacenamiento y distribución de

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commodities, tales como cereales, oleaginosas, frutas y hortalizas, frutos del país, minerales, combustibles y gases, líquidos, así como las actividades de carga fluvial, transporte ferroviario, transporte de mercancías por camiones y agrupamientos industriales de distribución.

De esta forma, la cadena de valor del sector logístico queda esquematizada de la siguiente manera.

Figura 16. Cadena logística

1º Eslabón: Infraestructura

2º Eslabón: Proveedores de

servicios

* Corredores viales

* Vías de acceso urbano

* Vías navegables

* Terminales portuarias

* Aeropuertos

3º Eslabón:Operadores

Logísticos

* Transportistas y fleteros

*Transporte fluvial

* Ferrocariles de carga

* Sistemas de almacenaje

* Otros

Empresas

Operadores

domésticos

Courier

Forwarders

Integradores

1.3.8.2 Situación de la cadena en Argentina

Las empresas del sector en Argentina, poseen características propias en función de las cuales pueden ser agrupadas (o segmentadas) de acuerdo a diferentes criterios, permitiendo analizar el negocio desde diferentes planos. En función de dichos criterios –ámbito de prestación del servicio,

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

132

tipo de operador oferente y origen de capital del operador-, se observa

que los operadores domésticos e integradores se destacan principalmente

en el ámbito de la logística interna, mientras que los forwarders y couriers

tienen su foco en la logística de comercio exterior.

En función del tipo de servicio ofrecido por cada operador, la distinción

más evidente está entre los que atienden el mercado interno y aquellos

otros atienden las operaciones internacionales. Así es posible hallar

operadores con un claro perfil orientado hacia el mercado interno o

doméstico, y actores que operan en el ámbito local y también en el

exterior (prestando servicios de integradores).

Durante la presente década, se produce, de la mano de una incipiente

convergencia entre la logística interna y la internacional, un fenómeno

que se traduce en un crecimiento de la participación de los integradores

internacionales en el mercado local y regional, así como también en una

intensificación de la internacionalización de ciertas firmas locales en la

región, fundamentalmente como estrategia defensiva ante el avance de

las firmas extranjeras.

De tal modo, los límites entre los diferentes segmentos que componen

el sector de operadores logísticos han dejado de ser claros hace ya

algunos años, desde que los transportistas han incursionado en el

negocio del almacenamiento y posteriormente desarrollaron servicios de

valor agregado llegando a realizar operaciones fuera de las fronteras de

Argentina, transformándose en operadores integrales o integradores.

Esta tendencia se ha acelerado en los últimos años gracias al reconocido

know-how de los operadores argentinos, que les permitió desarrollar

negocios fuera de las fronteras acompañando la expansión de alguno de

sus clientes locales.

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En la actualidad, la realidad económica de nuestro país favorece

ampliamente al desarrollo del negocio del sector de operadores

logísticos, sector que muestra un gran dinamismo. Dicho sector,

considerando todos los segmentos, emplea aproximadamente a 18.000

personas, incluyendo fleteros. Este total no considera al personal que

realiza otras tareas en empresas pertenecientes a otros sectores, como

los correos.

La provincia de Buenos Aires concentra la mayor presencia de empresas

y centros de distribución con 33%, seguido por Córdoba, Santa Fe,

Neuquén, Tucumán, Santa Cruz y Mendoza con una concentración

similar que ronda el 5%.

1.3.8.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones de capitales argentinos desempeñadas en la cadena

logística, tienen una participación sustancial, alrededor de un 50%,

destacándose las inversiones de Metrovías, Aeropuertos Argentina 2000

y Metropolitano.

Sin embargo, también es de destacar las inversiones provenientes de

capitales brasileños en el sector logístico, donde a su vez sobresale la

realizada por Ferrosur Roca, del grupo de Brasil Camargo Correa. El grupo

inversor, ha destinado un monto de U$S 46,5 millones hacia la mejora

operativa y de mantenimiento, de modo que aumente la productividad de

la línea. Además, parte de dicho desembolso fue orientado a un proyecto

logístico orientado a transportar potasio desde el sur de Mendoza hasta

Bahía Blanca.

Al respecto, Ferrosur Roca y Nuevo Central Argentina son las empresas

que más facturan en el país en el segmento de transporte de cargas.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

134

Sus facturaciones anuales son de $ 130 millones y $195 millones respectivamente.

A su vez, se invirtió en la apertura de una filial de la compañía logística Docenave, intentando buscar la consolidación del negocio de transporte marítimo en el país. La empresa opera con alrededor de cinco embarcaciones que interconectan los principales puertos de Brasil (Río Grande, São Francisco do Sul, Santos, Salvador, Maceió y Fortaleza) al de Buenos Aires, y con otras 4 conexiones para diferentes puertos argentinos.

En respuesta a un aumento en la demanda de servicios de transporte de carga y pasajeros, la empresa brasileña Pluma invirtió U$S 6 millones en Argentina para reforzar sus operaciones en ambos perfiles de actividad y para ampliar su flota de camiones y ómnibus.

Otra de las inversiones que fueron registradas en el período analizado, fueron las realizadas por Terminales Zárate S.A., un puerto de automóviles, contenedores y carga en general (empresa que cuenta con 10% de capital brasileño) que cuenta con 350 empleados. Las mismas, de U$S 15 millones, se desarrollaron bajo la modalidad de ampliaciones.

Un desembolso de U$S 20 millones, fue el promovido por Saraceni Energía y Logística, una desarrolladora de negocios energéticos con base en Río de Janeiro que tiene en su portafolio de clientes a empresas de la talla de Shell y Repsol. La empresa se dedica a proveer logística y soluciones innovadoras y estratégicas para firmas del rubro energético.

Por su parte, DM Transporte y Logística, compañía brasileña líder en el transporte de cargas en el Mercosur, desembolsó un total de U$S 8 millones en concepto de un nuevo centro de operaciones y la

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renovación de su flota. La firma tiene negocios en Brasil, Argentina,

Chile y Uruguay.

De la misma forma, Cargo Servicios Industriales S.A., empresa de logística,

destinó un total de U$S 508.000 hacia la puesta en funcionamiento de

un centro de distribución y almacenaje y de oficinas comerciales y de

logística. Al respecto, las nuevas instalaciones tuvieron como objetivo

la centralización de la distribución de las líneas de cervezas Quilmes y

Brahma, y las gaseosas de Pepsico.

Adicionalmente, se ha registrado una inversión de U$S 10 millones por

parte de la empresa London Supply Capital – empresa compuesta por la

familia argentina Taratuty y la brasileña Monteiro Franca que se dedica al

negocio de los free shops y a la operación aeroportuaria-. El objetivo de

la mencionada inversión fue la de quedarse con el 80% de Interbaires,

empresa que explota los duty free shops.

1.3.9 Textil

1.3.9.1 Estructura de la cadena

La cadena textil está integrada por distintas actividades pertenecientes

a los sectores primario, industrial y de servicios. El sector industrial

productor de textiles, se encuentra altamente relacionado con la

industria de la indumentaria y se caracteriza por integrar esta cadena. La

disponibilidad de los insumos ha constituido históricamente una de las

principales fortalezas de este agrupamiento sectorial.

El proceso industrial del segmento textil se basa principalmente en la

obtención y transformación de sus insumos básicos, que luego provee al

sector de confecciones.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

136

Figura 17. Cadena textil

Diseño, confección y

comercialización

1º Eslabón: Materias Primas

Naturales

2º Eslabón: Industria Textil

3º Eslabón: Industria de la

Indumentaria

Obtención

Insumos

Cultivo y cosecha de

algodón, Lana y fibras

sintéticas

Fabricación de fibras manufacturadas (derivados

del sector químico) y diseño de hilos y telas

Procesamiento

de fibras,

fabricación de

hilados y

tejidos

(estampado y

teñido)

Fabricación

de hilados

Fabricación

tejidos (teñido y

acabado,

estampado)

1.3.9.2 Situación de la cadena en Argentina

Durante los últimos 7 años, el valor bruto de producción del sector de textiles no ha variado en grandes proporciones respecto al valor bruto de producción industrial, lo que pone de manifiesto la estacionalidad que caracteriza a la actividad. Más aún, para el año 2000 el VBP (Valor bruto de producción) del sector era el 1,2% del VBP industrial, mientras que en el año 2007 dicho porcentaje cayó a 1,1%. Cabe mencionar que en el 2004 llegó a su mayor nivel de esos años: 1,4%.

Si bien los niveles de producción de hilados y tejidos, como así también de acabado de productos textiles, ha aumentado considerablemente entre 2000 y 2007, la productividad no ha acompañado dicho crecimiento. Mientras la producción aumentó un 25%16, la productividad por obrero ocupado aumentó sólo el 1,2%.

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En términos de empleo, la producción industrial de hilados, tejidos y prendas de vestir, y confecciones ocupaba el 11% del total del empleo industrial en el último censo, siendo el segundo sector en cuanto a mano de obra empleada, después de alimentos y bebidas.

En lo que respecta al entramado industrial, el sector textil históricamente se caracterizó por contar con una alta composición de micro empresas que lo conforman (más del 50%), seguidas por las pequeñas, las medianas y por último las grandes. Sin embargo, mientras en 1998, las microempresas representaban el 54% del total de las firmas del sector, hacia 2002 esta proporción se redujo (50%) dejando poco espacio para el desarrollo de las pequeñas.

Vale destacar que hay un escaso porcentaje de empresas que venden sus productos en el mercado externo, dedicadas exclusivamente a la producción de textiles. Es decir, muchas de las firmas que se registran como exportadoras de textiles tienen otra actividad principal y por ende sus exportaciones no son significativas.

Las ventas de prendas de vestir en el mercado de confecciones del Mercosur, está conformado, aproximadamente, el 80% por Brasil, un 17% en Argentina y un 3% en Paraguay y Uruguay.

En cuanto al mencionado eslabón de la confección, se observa un importante grado de atomicidad y baja concentración económica. En efecto, tiende a ser uno de los sectores que presenta mayor desagregación geográfica de la industria nacional, evidenciando criterios de indiferencia respecto a los determinantes de localización.

1.3.9.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones destinadas a la fabricación de productos textiles, han sido provistas en su mayor parte por empresas con alguna participación

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

138

accionaria de capitales brasileños. Tal es así que, entre 2002-2008 un 50,5% del total de inversiones registradas tienen como origen de capital Brasil, luego vienen los capitales argentinos (32,4%) y estadounidenses (8,3%). Las empresas argentinas que predominan en las inversiones son la Cámara Algodonera Argentina y la Fundación Pro Tejer. No obstante, cabe destacar que no ocurre lo mismo con las inversiones en fibras manufacturadas (derivadas del sector químico), donde la participación de Brasil es casi nula.

Así, el monto desembolsado por firmas de capitales brasileños ha sido de U$S 70,7 millones, donde el 20,2% corresponde al grupo Santista Textil y un 33% a Coteminas Argentina S.A. En cuanto a Santista textil, se realizan algunos comentarios.

El grupo Santista, que desde 1995 controla la argentina Grafa, es el tercer mayor fabricante de tela denim en el mundo y la única multinacional brasileña del rubro textil con ventas anuales superiores a U$S 280 millones de dólares. En Argentina, emplea 860 personas y cuenta con una facturación anual de $ 230 millones, siendo tras Alpargatas ($ 270 millones anuales de facturación) e Invista una de las 5 firmas del rubro con mayor nivel de facturación. Las inversiones realizadas por la firma en el período de análisis, comprenden en su gran mayoría ampliaciones, las cuales tendieron a aumentar su capacidad productiva y a posicionar al grupo a nivel global.

Por otro lado, se ha registrado una inversión de Coats Cadena S.A. por el monto de U$S 1 millón. La empresa se dedica al segmento de productos para coser y tejer, como así también de telas. No se ha registrado otra nueva inversión por parte de la firma.

Coteminas Argentina S.A. (Companhia de Tecidos Norte das Minas), a través de una inversión de U$S 23,4 millones, ha adquirido uno de los edificios industriales que ocupaba la ex fábrica Grafa y que pertenecía a la textil Santista hasta el 2002, año en que empezó a ser controlada por

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Coteminas Argentina S.A. La empresa, que se dedica a la producción de hilados y tejidos, ocupa de forma directa a 350 empleados, y abastece tanto al mercado interno como así también a mercados como Brasil, Chile, Uruguay y Estados Unidos.

Por último, Santana Chaco Textil S.A., ha sido la empresa de capital brasileño que más ha invertido en la cadena: U$S 32 millones, destinadas a la instalación de una fábrica textil de hilos, confección y tintura de telas de jeans, la cual compite directamente con Alpargatas y la brasileña Santista Textil, ambas del conglomerado Camargo Correa.

1.3.10 Energía

1.3.10.1 Estructura de la cadena

La cadena puede implicar diferentes tipos de energía: eléctrica, nuclear, térmica, hidráulica, eólica, entre otras.

En este caso, se analizará la respectiva a la energía eléctrica. Así, la cadena queda estructurada de la siguiente forma.

Figura 18. Cadena de energía eléctrica

1º Eslabón: Generación

2º Eslabón:Transmisión

3º Eslabón:Distribución

4º Eslabón:Comercialización

1.3.10.2 Situación de la cadena en Argentina

Es importante mencionar que a principios de los años ́ 90 se ha producido una transformación del sector, que coincidió con la implementación, a nivel nacional, de una política económica de transformación del Estado.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

140

Para cumplir con el proceso de transformación, tanto en la generación,

distribución y transporte de la energía, uno de los principios básicos ha

sido la transferencia de varias empresas del sector eléctrico pertenecientes

al Estado Nacional a manos de empresas privadas. En este sentido, se da

lugar a una importante descentralización de las actividades, dando origen

a una mayor competitividad dentro del mercado eléctrico nacional. Por

ese motivo, el Estado concentró su accionar como rol de salvaguardar

los intereses de los usuarios. La Ley 24.065 conforma junto con la Ley

15.336, el Marco Regulatorio Eléctrico y define los actores privados que

han ido incorporándose en todos los segmentos de la industria eléctrica.

Analizando la fijación de precios en la cadena de valor de la energía

eléctrica, es dable aclarar que en la extracción de insumos los precios

se encuentran, a grandes rasgos liberados, mientras que existe una

importante regulación de los mismos (tarifas) en los eslabones del

transporte y la distribución.

Tanto la potencia instalada como la generación de energía eléctrica

han aumentado considerablemente con la puesta en marcha del nuevo

modelo económico. Se vislumbra sin embargo a partir del 2001, un

estancamiento de la potencia instalada de las energías en general en

Argentina (eléctrica, térmica, hidráulica o nuclear). Por otro lado, en lo que

respecta a generación de energía, se han mantenido tasas de crecimiento

importantes, en donde la energía térmica impulsa principalmente dicho

comportamiento.

En cuanto a la capacidad de transporte de energía eléctrica, cabe

destacar que ha crecido en menor medida que la demanda, donde

la falta de inversiones es destacada. En respuesta a ello, las medidas

adoptadas en los últimos años fueron dos: restricción e importación. La

primera, al igual que en las etapas anteriores, se aplicó especialmente a

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grandes y medianos usuarios. La otra medida fue la importación frente al

abastecimiento insuficiente. El gobierno optó por importar desde Brasil,

Uruguay y Paraguay, aunque no siempre dichos países tienen excedente

para el mercado argentino.

A corto y mediano plazo es crucial concretizar obras que aumenten la

generación de energía (nuevas centrales eléctricas, finalización de las

existentes) y mejoren el transporte (líneas de alta tensión).

1.3.10.3 Proceso inversor en la cadena

Las inversiones en actividades relacionadas al suministro de energía

han sido realizadas en su mayoría por capitales argentinos, un 61%.

Las empresas que se destacan son: Pampa Holding, Sedesa y Edenor.

También son de destacar las inversiones de empresas de capital español,

en especial las llevadas adelante por Edesur S.A., empresa que más

factura en el rubro de transporte de energía eléctrica: $ 2.081 millones

anuales.

Sin embargo, se han registrado flujos de inversión hacia actividades de

transporte y transmisión de energía eléctrica por parte de dos firmas con

participación accionaria de capitales brasileños.

La empresa brasileña Levorín anunció inversiones por U$S 7 millones en

la búsqueda de posicionar su negocio e instalarse en las provincias de

San Luis, Córdoba, Buenos Aires y Santa Fe.

Asimismo, Weg Equipos Electrónicos S.A., empresa que se dedica a la

fabricación de transformadores de distribución y potencia y especialista

en la fabricación de interruptores automáticos para baja tensión, también

ha invertido en el país. La participación accionaria de la firma es 100% de

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

142

capitales brasileños. Durante el periodo 2002-2008 la empresa desembolsó una suma de U$S 2,65 millones, siendo 2004 el principal año de inversión y mostrándose cierta estacionalidad en los años sucesivos. Los montos desembolsados responden a diferentes ampliaciones de la planta.

1.3.11 Minería

1.3.11.1 Estructura de la cadena

La estructura productiva del sector minero depende del tipo de mineral del que se trate. En este sentido, en función de si se trata de un mineral metalífero o no metalífero se pueden identificar diferentes eslabones. Los mismos se presentan a continuación, de lo que se deriva además diferentes eslabones hacia delante.

Figura 19. Cadena minera

Venta

-Comercialización-

1º Eslabón: Extracción y

Concentración

2º Eslabón: Refinación y

Manufacturas

3º Eslabón: Distribución

Concentración y fundición (Mineral

de Mina)

Extracción roca

mineral

(Mineral

Metalífero)

Refinación

Met

alíf

eros

No

met

alíf

eros

y r

ocas

de

aplic

ació

n

Cobre

Oro

Elaboración de

manufacturas

Extracción del

mineral no

Metalífero

Concentración

(molienda y

trituración)

RefinaciónElaboración de

manufacturas

Usos Industriales

Joyería, otros

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1.3.11.2 Situación de la cadena en Argentina

La actividad del sector minero sustentó históricamente la pequeña y mediana empresa fuertemente ligada al mercado interno y se orientó, principalmente, a la explotación de rocas de aplicación y minerales no metalíferos. En sí, si bien la minería es un sector en franco crecimiento en nuestro país, no es un país históricamente minero.

Se puede decir entonces que, en la producción Metalífera en Argentina participan jugadores mundiales, mientras que en la producción No Metalífera y de Rocas de aplicación tienen una alta presentación de PyMEs locales.

A partir de las modificaciones en el tipo de cambio de la moneda nacional, el sector minero productivo encontró nuevas oportunidades de negocios. La devaluación produjo que los costos de producción disminuyeran sustancialmente, brindando la posibilidad de acceder a nuevos mercados. En este marco de oportunidades se presentan en la actividad escenarios que impulsan el crecimiento de la producción minera, fundamentalmente zonas de amplio interés comercial para el sector, en especial mercados regionales como Chile y Brasil, entre otros. Tal es así que, provenientes de 23 países de los cinco continentes, en 2007 llegaron inversiones destinadas a actividades de exploración, desarrollo de proyectos y producción de minerales por más de $5.600 millones, lo que representa un crecimiento acumulado de 748% con respecto al 2003.17

En 2007 se superaron los 40.000 puestos de trabajo directo y más de 192.000 indirectos, un crecimiento promedio con respecto al 2003 de 120%.

En cuanto a las exportaciones del sector, cabe destacar que existe una elevada concentración de las exportaciones de minerales en las etapas primarias.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

144

1.3.11.3 Proceso inversor en la cadena

En lo que respecta a las inversiones registradas en actividades de

extracción de minerales, es de destacar la participación que tienen

los capitales australianos: 34,2%, como así también las provenientes

de Inglaterra: 33,6%. El grupo angloaustraliano Río Tinto, segunda

compañía minera mundial, invirtió una cantidad importante de dinero

al estudio de viabilidad de una mina de potasio. En la misma línea,

las inversiones provenientes de capitales brasileños, solo representan el

1% del total registrado en el período 2002-2008, denotando su poca

relevancia en el sector.

La única inversión proveniente de capitales brasileños ha sido la

Companhia Vale do Rio Doce, la cual ha desembolsado en el 2005 -año

en que arribó a Argentina- U$S 14 millones destinados a la explotación

minera de potasio en la provincia de Neuquén, con perspectivas de

realizar otras inversiones en los próximos años, enfocadas especialmente

en la investigación y desarrollo. En cuanto a la inversión realizada, es

dable mencionar el potencial de la provincia en otras áreas. Como

ejemplo, el diseño de ciertas combinaciones con las que se transporta

las cargas a través del Ferrocarril Trasandino del Sur, puede permitir

la unión del océano Atlántico con el Pacífico, abriendo la puerta a

inversores del mundo.

La firma, que emplea en Argentina a 16 personas, es la mayor empresa

minera de Brasil y el más importante productor y exportador de mineral

de hierro a nivel mundial.

Recientemente, la empresa adquirió el yacimiento mendocino Potasio

Río Colorado, con sus objetivos claramente definidos: abastecer el 70%

de la demanda en el Mercosur de este fertilizante.

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1.3.12 Tecnologías de la Información y la

Comunicación (TIC)

1.3.12.1 Estructura de la cadena

La industria electrónica, enmarca a diferentes sectores, en los que se destacan las denominadas TIC´s, las cuales son hoy en día uno de los elementos primordiales en la toma de decisiones, ya que posee un carácter estratégico en el desarrollo tecnológico y económico.

Este complejo sector, en constante crecimiento, tiene una alta cuota de tecnología incorporada y una vida efímera, dado ese avance tecnológico permanente, comenzando en su base técnica electromecánica hasta llegar, en la actualidad a la microelectrónica.

Las telecomunicaciones constituyen una industria en redes a través de la cual se prestan numerosos productos de variada naturaleza. Se puede entonces establecer, a grandes rasgos, la cadena de las TIC´s, la cual se esboza gráficamente de la siguiente forma.

Figura 20. Cadena de TIC

1º Eslabón: Desarrolladores de

contenido

Suministro de

Contenidos

Producción de

contenidos y

aplicaciones

Entrega

Acondicionamientos

servicios y contenidos

Distribuidor

2º Eslabón: Fabricantes

3º Eslabón:Operadores de redes

4º Eslabón:Proveedor/Distribuidor

Adaptación y

Presentación

Infraestructura

Plataforma y

Conectividad

Prestación de

Servicios

* Equipos

* Dispositivos

Suministro de

infraestructura

para la transmisión

de información y

contenidos

Venta de los

terminales

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

146

1.3.12.2 Situación de la cadena en Argentina

Desde el lado de la oferta, actualmente la industria de telecomunicaciones

se caracteriza por la multiplicidad de tecnologías aplicables a la

producción de los mismos servicios. Estas tecnologías han permitido

debilitar la condición de monopolio natural de que gozaban los

prestadores en los mercados locales haciendo posible algún grado de

competencia en esas áreas.

Al respecto vale mencionar que el proceso de privatizaciones en el país,

durante comienzos de la década pasada en el sector, ha permitido movilizar

al capital e introducir nuevos actores, implicando y permitiendo la expansión

del servicio de telefonía, que hasta entonces tenía ciertas deficiencias.

El ingreso de nuevos capitales, reforzado por la apertura de la economía,

aceleraron de alguna forma, un proceso que hubiera acaecido, por

las propias necesidades de insertar cualquier industria en un contexto

internacional que evoluciona constantemente a nivel tecnológico.

En lo que se refiere al sector informático, Argentina se destaca en el

contexto latinoamericano por su mano de obra calificada y a buen

costo, tanto para las actividades de diseño de software como para otras

actividades vinculadas a la informática.

A continuación, un breve análisis de algunos datos del sector que nos

permiten tener una visión general de la evolución del mismo.

Durante el año 2008, la cantidad de líneas instaladas en Argentina

aumentó 1,25% respecto al 2007. Esto fue acompañado además de cierta

estacionalidad de las líneas de servicio por cada 100 habitantes, lo cual no ha

tenido grandes variaciones en los últimos cuatro años -24 cada 100 hab.-.

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No obstante, ha ganado lugar el servicio de telefonía móvil. Tal es así que entre el 2001 y el 2008 el incremento de las unidades de servicio de dicha modalidad fue de casi de 590%, denotando su amplio grado de participación en el sector.

En cuanto a la televisión por cable en Argentina, sólo ocho empresas prestan el servicio, rasgo característico del sector de telecomunicaciones en general, ya que se concentra en pocos grupos empresarios de gran tamaño. Además, podemos decir que la tasa de crecimiento promedio desde 2003 hasta 2007 de los adheridos a la televisión por cable, fue de 9%, con un mejor desempeño en el 2006 (12%).

El mercado de las telecomunicaciones, ha implicado en el año 2008, un movimiento de $ 29.600 millones, es decir, un incremento del 23% respecto al 2007. El 90,4% de dicho monto corresponde a los servicios de telecomunicaciones, y el resto a hardware de telecomunicaciones. En concordancia con ello, el 51% de dicho porcentaje corresponde a la telefonía móvil, mientras que le sigue en importancia la telefonía local, con el 22,5%. Por otro lado, es dable mencionar la mayor participación que van ocupando los servicios de Internet: pasan de ser el 5,8% de los servicios de telecomunicaciones en el 2006 al 8,55% en el 2008.

1.3.12.3 Proceso inversor en la cadena

Al analizar las inversiones provenientes de capitales externos, se puede vislumbrar una alta participación de capitales mexicanos y españoles. No obstante, los capitales brasileños no pierden lugar y son emisores de importantes desembolsos a nivel local. Una de las mayores inversiones en telecomunicaciones, fue la efectuada por CTI Móvil y Telemex Argentina al lanzar al mercado argentino telefonía celular de última generación. La empresa española Telefónica, también fue responsable de grandes inversiones en el rubro de la telefonía.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

148

Sin embargo, y como se dijo precedentemente, se destacan las inversiones en la cadena por empresas que cuentan con alguna participación de capitales brasileños en su paquete accionario.

El Grupo Totalcom, la única compañía multinacional de capital brasileño en el sector de la comunicación, invirtió un total de U$S 2 millones tras la adquisición del 60% de Smash BTL, agencia de publicidad no tradicional y marketing. El holding opera en el país desde 2002 bajo el nombre de Fischer Argentina.

En la misma línea, en cuanto al segmento de productos de Internet, dos han sido las empresas con participación accionaria de capitales brasileños que han invertido en el período 2002-2008: UOL Sinectis S.A. y Bondfaro.com. La primera empresa, desembolsó alrededor de U$S 180.000 en la ampliación de su infraestructura para el acceso telefónico tradicional y su servicio de banda ancha en varias localidades del interior del país. En cuanto a Bondfaro.com, el sitio web de búsqueda y comparación de precios más importante de Brasil realizó un desembolso de U$S 400.000 para expandir sus negocios en Argentina. A partir de la asociación regional establecida con Yahoo! para el desarrollo de su shopping virtual, Bondfaro.com alcanzó más de 50 tiendas entre las que se incluyen las más importantes de comercio electrónico del país.

Referente a la telefonía móvil, la firma Pmovil, que tiene su casa central en la ciudad de San Pablo y comercializa ringtons para teléfonos celulares, anunció que invertiría U$S 600.000 durante el año 2005.

Desde los segmentos de soluciones informáticas, se observaron inversiones de las empresas Microsiga Software, Datasul y Connec.

En principio, Microsiga Software, proveedor de software de gestión empresarial para pequeñas empresas, aportó al segmento U$S 4,5

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millones. A nivel mundial, la firma provee sistemas informáticos a

compañías que facturan entre tres y cien millones de dólares por año,

siendo el 50% de sus clientes empresas del sector industrial. En Brasil, su

país de origen, abastece más del 42% del mercado, además de operar en

Bolivia, Chile, Uruguay, Paraguay, Colombia y México.

En Argentina, las empresas que lideran el segmento de sistemas de

gestión en términos de facturación son Sap Argentina (de la multinacional

alemana SAP) y Oracle (norteamericana), con ventas anuales del orden

de los $ 280 millones y $ 190 millones respectivamente.

Por su parte, Datasul, multinacional brasileña de software y empleadora

de 2.400 personas, adquirió en el año 2006 el 50% de la empresa de

software Meya. Con dicha operación, se quedó con la marca del principal

producto de la firma, un software de gestión, como así también con los

derechos y contratos de la firma en Argentina y Brasil. La brasileña pagó

U$S 1,7 millón por la parte comprada, aunque continuó invirtiendo otros

U$S 1,2 millones en los años sucesivos.

En cuanto a Connec, empresa brasileña de hardware especialmente

diseñados para los sectores de industria, finanzas, salud, gobierno y

educación, invirtió en el país tras la apertura de una sede en el mercado

local, proyecto que se llevó a cabo de la mano de una de las empresas

más importantes del rubro: Microsoft, quien actuó en su momento como

su socio local.18

No son de menospreciar los flujos inversores de capitales brasileños

que han invertido en actividades conexas al sector informático, en este

caso, de consultoría orientado a dicho rubro. Las empresas Stefanini

Argentina S.R.L. (con 80% de capital accionario de Brasil) y Gelre

Servicios Empresarios S.A. (95% de capital holandés y 5% brasileño),

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

150

desembolsaron U$S 250.000 y U$S 65.000 respectivamente. Stefanini emplea a 100 personas, mientras que Gelre unas 1.370.19

También se llevaron adelante inversiones orientadas hacia los últimos eslabones de la cadena, la distribución. Así, Itecsa-Tallard Technologies de Argentina S.A., empresa 100% de origen brasileño y empleadora de 30 personas, desembolsó un total de U$S 150.000 repartidos entre 2005 y 2007, destinados a continuas ampliaciones en lo que respecta a su actividad principal: distribución mayorista de productos informáticos.

1.3.13 Celulosa y papel

1.3.13.1 Estructura de la cadena

La industria celulósica-papelera forma parte de la cadena de valor que se inicia con la forestación para fines industriales y de la cual se obtiene la materia prima para la producción de pulpa y de papel.

La cadena parte de la explotación de la madera o del bagazo de caña de azúcar de las cuales se extrae la celulosa que sirve como materia prima para fabricar la pulpa química.

Luego, las fibras son refinadas y pasan al tanque de almacenamiento para desembocar en la máquina de papel. El papel así resultante es enviado a la fase de terminado y/o conversión, de acuerdo con las especificaciones del posterior uso.

A continuación, se esboza de forma gráfica la cadena productiva.

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Figura 21. Cadena de celulosa y papel

Obtención de

diferentes productos

de papel

1º Eslabón: Insumos-Materias

Primas

2º Eslabón: Industria Papelera

Obtención de

materias primas

Pasta

celulósica

* Reciclaje de Papel

* Bosques y

actividades de

forestación

* De material

desecho agrícola

Diferentes papeles

de uso industrial,

doméstico y/o para

imprentas

3º Eslabón:Comercialización

Distribución de

productos

Insumo

para papel

y cartón

1.3.13.2 Situación de la cadena en Argentina

La industria papelera estuvo sujeta, en los últimos años, a importantes cambios como consecuencia de la entrada de capitales externos en un sector caracterizado por una fuerte concentración de la producción.

El 50 % de la capacidad de producción de papeles y cartones y el 75 % de las pastas celulósicas esta concentrado en pocas empresas.

Al igual que Brasil, Argentina cuenta con excelentes condiciones naturales para competir mundialmente como productor de celulosa. Tal es así que es el tercer país productor de pulpa y papel en Latinoamérica, con una producción total de alrededor 1,8 millones de toneladas, lo que representa el 7% del total de la región.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

152

Cabe agregar al respecto que la producción de pastas celulósicas tuvo un desarrollo relativamente tardío en Argentina, conllevando a que la producción de papel se nutra inicialmente de materia prima importada y papel reciclado.

La industria celulósica es capital intensiva, y agrupa inversiones que rondan los mil y dos mil dólares por tonelada instalada. En este sentido, las inversiones que se realizan involucran grandes erogaciones y un largo período de tiempo para recuperarlas.

Así como posee la necesidad de importantes obras de infraestructura iniciales para su puesta en funcionamiento (vial, puertos, energía), es industria de escala y depende altamente de los mercados internacionales.

La capacidad instalada para producir pastas es de aproximadamente 800 mil toneladas por año, mientras que los niveles actuales giran en torno a las 450 mil toneladas de pasta, denotando la potencialidad del sector, y abriendo las puertas a posibles nuevos entrantes.

Cabe mencionar que Brasil, junto a Chile y Francia han sido los principales destinos de exportaciones en los últimos años. Tal es así que Brasil ha concentrado poco más del 30% de las ventas al exterior.

La industria papelera presenta una menor concentración que la de pastas, e incluye, al lado de un grupo de firmas líderes de porte mediano-grande, un número importante de PyMEs que actúan en segmentos específicos del mercado papelero. Las firmas líderes generalmente tienen algún grado de integración hacia adelante, participando en distintos mercados de conversiones (papeles de uso doméstico, resmitas, pañales, cajas, etc).

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Actualmente se asiste a una reestructuración de los liderazgos con una

configuración empresarial que da lugar a la entrada de grandes firmas

extranjeras, vía adquisiciones, asociaciones y/o instalación de nuevas

plantas, que ha desplazado paulatinamente a las PyMEs del sector.

A modo de conclusión, la cadena celulósica-papelera presenta dos

escenarios bien diferenciados: el segmento de celulosa resulta competitivo

en el orden internacional y las perspectivas del mercado son favorables;

en el caso del papel, si bien la devaluación convirtió a la producción

local con posibilidades de sustituir importaciones y hasta de exportar, la

industria continúa siendo poco competitiva frente a países como Brasil.

Muestra de ello es que los niveles de exportación de Brasil en productos

de papel son casi 11 veces más que los registrados por Argentina.

1.3.13.3 Proceso inversor en la cadena

En línea con el proceso inversor en la cadena, cabe decir que no se

han registrado importantes flujos inversores provenientes de capitales

brasileños. Sin embargo, son relevantes las inversiones en la cadena

provenientes de capitales de origen local y chileno. Ambas concentran el

75% de las inversiones destinadas a la fabricación de papel y productos de

papel. En este sentido, es menester destacar las inversiones de Ledesma

S.A.A.I. y de Papel Misionero.

No obstante, dos empresas de capital brasileño han decidido llevar a

cabo diferentes desembolsos en el país.

Por un lado, la empresa Klabin invirtió en ampliaciones por un monto total

de U$S 3,8 millones en año 2007, sin registrarse otros desembolsos en

el resto de los años analizados. La inversión, se destinó a instalar la más

moderna maquinaria para la fabricación de papel y cartón, buscando así

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

154

aumentar en un 70% el uso de energías renovables. Se estimó que esto

reduciría el consumo de agua en un 20%, permitiendo dejar de emitir por

año unas 300 mil toneladas de gas carbónico. La empresa, 100% de capitales

de Brasil, cuenta con alrededor de 100 empleados y una facturación anual

de $ 173 millones, lejos de la empresa de mayor facturación del rubro en

Argentina: Alto Paraná con $ 1.225 millones anuales.

Adicionalmente, la firma Estrans S.A. (Grupo Estre) dedicada al reciclado,

la cual posee un 50% de capital brasileño, ha invertido un total de U$S

5,1 millones, destinados a ampliaciones.

Por otro lado, y en el último eslabón de la cadena, Stenfar S.A.I.C.,

distribuidora de productos de papel y artículos asociados, ha invertido

constantemente en los años del período 2002-2008, por un monto total

de U$S 415.000, destinados a la compra de maquinaria y el mejoramiento

de las instalaciones productivas.

1.3.14. Maquinaria agrícola

1.3.14.1 Estructura de la cadena

La cadena de valor de la maquinaria agrícola comienza en el sector

abastecedor de materias primas como el acero, aluminio y plástico, entre

los más relevantes, dado que la industria es una fuerte procesadora de

estos insumos. Dentro de la industria de maquinaria se pueden encontrar

tres eslabones, el de motores, el de agropartes y el que realiza el producto

final (ensamble).

Por último, participa el sector de comercialización y proveedor de servicios

al usuario final de la maquinaria. Constituye un eslabón importante ya que

actúa de lazo entre el productor agropecuario y el productor de maquinaria.

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Figura 22. Cadena de la maquinaria agrícola

Ensamble

1º Eslabón: Sector Primario

2º Eslabón: Industria de Maquinaria

3º Eslabón: Coomercio

Materias Primas

Acero, Aluminio,

Plásticos, Bronce, otros.

Motores

Para cosechadoras,

tractores y

pulverizadores

autopropulsados

Agropartes

* Metalmecánica

* Fundición

* Inyección (plásticos)

* Confluencia con el

sector automotriz:

neumáticos,

amortiguadores, etc.

* Diseño de

productos

* Corte de chapa

* Soldadura

* Pintura

* Armado

Venta, Puesta en

Marcha, Servicios al

Cliente y Repuestos

Comercialización

1.3.14.2 Situación de la cadena en Argentina

La cadena de valor de la maquinaria agrícola concentra 310 empresas fabricantes de maquinaria y aproximadamente 345 de agropartes. Se verifica un predominio de Pequeñas y Medianas Empresas (PyMEs) que representan entre el 75% y el 80% de las firmas, sobre todo dentro del segmento de implementos agrícolas. Por el contrario, en el segmento de maquinaria agrícola autopropulsada (fundamentalmente en tractores y cosechadoras) el predomino corresponde a firmas multinacionales, secundadas por PyMEs locales de mayor tamaño. En ambos productos, las economías de escala actúan como una barrera de gran importancia para el ingreso a la producción, sumado a los requisitos de capital asociados a las mismas.

Se trata un mercado concentrado en torno a un conjunto de empresas líderes, conformado por compañías locales y firmas extranjeras y/o

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

156

transnacionales, productoras o puramente importadoras de bienes

terminados (por ejemplo, en tractores y cosechadoras). La estructura

competitiva es entonces de carácter concentrado, de tipo oligopólica

en algunos segmentos, con unas pocas firmas que lideran los distintos

segmentos y concentran el grueso de la producción y el mercado.

Por su parte, las empresas multinacionales de maquinaria agrícola

autopropulsada dejaron de producir en el país durante la década del

noventa ya que, por una decisión empresaria basada en menores costos

de producción, trasladaron su producción a Brasil. Por ende, el segmento

está integrado principalmente por empresas importadoras que mantienen

altos niveles de participación en el mercado.

La producción local de equipos autopropulsados tiene una participación

que ronda el 26% del mercado interno total de estos equipos. La etapa

de recuperación que atraviesa el sector agrícola impulsó el avance de la

producción nacional de maquinaria agrícola autopropulsada de la mano

tanto de empresas locales como multinacionales.

El sector productor de tractores y el de cosechadoras presentan situaciones

productivas similares. Ambos sectores tienen baja escala productiva.

La producción nacional de tractores alcanzó en el año 2007 las 2.711

unidades superando en un 766% el piso del año 2002.

Por su parte, en el segmento de las cosechadoras, la producción del año

2007 alcanzó las 600 unidades, siendo inferior a la del año previo pero

superando en un 243% a la del año 2002. El segmento de pulverizadores

autopropulsados alcanzó durante el mismo año una producción de 1.577

unidades, casi duplicando los niveles de los años previos. Es un sector

con alto potencial productivo por tener baja competencia importada

dado que fue desarrollado específicamente para la demanda local.

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Las principales empresas del sector se agrupan en dos cámaras. La

Cámara Argentina de Fabricantes de Maquinaria Agrícola (CAFMA)

concentra empresas nacionales y la Asociación de Fabricas Argentinas de

Tractores y equipamientos agrícolas, viales y motores (AFAT) agrupa a las

principales empresas multinacionales importadoras con presencia en el

mercado interno, a excepción de los fabricantes nacionales de tractores

Pauny y Agco Argentina.

A diferencia de otras ramas de la industria argentina, que se localizan

principalmente en centros urbanos, las empresas de maquinaria

agrícola se encuentran distribuidas por varias localidades del interior

del país, ubicadas en torno a las principales regiones productoras de

cereales y oleaginosas. En la actualidad se distribuyen principalmente

en Santa Fe (47%), Córdoba (22%) y Buenos Aires (20%). El resto de

las firmas se encuentran distribuidas de manera uniforme a lo largo

de todo el país.

Se estima que la cadena emplea aproximadamente a 60.000 personas de

manera directa e indirecta (incluyendo agropartistas) y que el valor de las

ventas de producción nacional ronda el 1,1% del PIB industrial.

En el segmento de Tractores, se destaca la reactivación de la producción

en la planta industrial de la empresa Zanello que pasó a ser Pauny, marca

que reúne el 37% de la producción nacional. En segundo lugar se ubica

la multinacional Agco con un 33%, que en julio de 2006 comenzó

la producción de tractores de alta potencia en la planta de Rosario,

convirtiéndose en la única empresa multinacional con producción

de maquinaria agrícola en Argentina. En tercer lugar se encuentra la

empresa nacional Agrinar con una participación del 26%. Metalfor por

su parte, tiene una producción reducida que alcanza a poco menos del

4% del total.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

158

En el rubro Cosechadoras, la empresa líder en producción es Vassalli

Fabril que reactivó la producción en la planta de la localidad santafecina

de Firmat con un 71% de la producción, seguida por Agrinar (15%),

Bernardín (poco más del 10%) y Metalfor (4%).

Por último, la producción de Pulverizadores autopropulsados está

fuertemente concentrada en más de 63% en 2 empresas líderes, Metalfor

y Pla, con poco más de un 30% de la producción cada una. Luego se

encuentran Favot, Golondrin y Barbuy que conjuntamente producen

aproximadamente el 19% del total producido en el país.

En el segmento industrial, uno de los eslabones de mayor relevancia

es el de aprovisionamiento de motores. La principal marca de motores

utilizada por los fabricantes argentinos de maquinaria agrícola en el

año 2007 fue Deutz con un 48,5%. Las preferencias de los productores

ubicaron en segundo lugar a Cummins con casi un 31%, y a Pertrak en

tercer lugar con casi un 15%.

1.3.14.3 Proceso inversor en la cadena

Países cómo Alemania y Estados Unidos han tenido una alta participación

en el segmento Fabricación de maquinaria y equipo (CIIU 29). Capitales

provenientes de los mencionados países han invertido a través de las

firmas Claas -en fabricación de cosechadoras- y John Deere USA. Ésta

última desembolsó un monto de U$S 32 millones.

En cuanto a capitales de origen brasileño, las empresas que han invertido

en el sector durante el período de análisis fueron Rockink, especializada

en la producción de equipos de termometría y aireación, y la firma

Montana, fabricante de pulverizadoras. Los desembolsos fueron de U$S

508.000 y U$S 8 millones respectivamente.

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Montana es una empresa relativamente nueva y en la actualidad es una de las fabricantes de maquinaria agrícola líderes de su país.

La elección de invertir en el sector responde a las buenas perspectivas que ofrece el mercado local en el negocio agrícola y que, según proyecciones, la venta de pulverizadoras crecerá en los próximos años (incluyendo equipos autopropulsados y de arrastre). Un factor relevante ha sido que su demanda fue fuertemente favorecida por la difusión del método de siembra directa entre los productores agrícolas argentinos. Así, cada vez más productores han dejando de contratar los servicios de fumigación de terceros para pasar a contar con sus propias máquinas pulverizadoras.

1.3.15 Biocombustibles

1.3.15.1 Estructura de la cadena

La importancia de los biocombustibles radica en las perspectivas de agotamiento de combustibles sólidos sumado a la demanda creciente de energía, y en el marco de la valoración de combustibles que tengan un bajo impacto en las emisiones de carbono. Los más importantes son el biodiesel y el bioetanol.

En lo que respecta a Biodiesel, los principales eslabones comprenden: el desarrollo de materias primas agrícolas (aceites vegetales y/o grasas animales) y metanol (el cual también puede ser producido a partir de residuos de la agricultura), y el eslabón de plantas aceiteras y de procesamiento para la obtención del biocombustible. Éste se elabora básicamente mediante la transesterificación de grasas y aceites con alcohol metílico en ambiente básico.

Por otro lado, la estructura del Bioetanol está conformada en principio, por el cultivo de las materias primas, a saber: caña de azúcar, remolacha

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

160

azucarera, maíz y tubérculos, las plantas de procesamiento y conversión y las de proceso de fermentación y destilación. Por ello los principales actores en la cadena son los ingenios.

En función de lo dicho anteriormente, la cadena para ambos casos queda determinada de la siguiente forma.

Figura 23. Cadena de biocombustibles1º Eslabón:

Materias Primas2º Eslabón:

Procesamiento

3º Eslabón: Distribución

Ingenios:

Vía Azúcar

Plantas de

procesamiento y

conversión

BIO

ETAN

OL

BIO

DIES

EL

Comercialización

de Productos

Vía Almidón

* Caña de azúcar

* Remolacha

Azucarera

Fermentación de Biomasa* Maíz

* Soja

* Girasol

* Grasas animales

Plantas aceiteras y

de procesamiento

1.3.15.2 Situación de la cadena en Argentina

El mercado de biocombustibles se encuentra regulado en precios de referencia y en cuota de distribución.

Argentina posee ventajas comparativas para la creación de un mercado de biodiesel, dada la existencia de un complejo oleaginoso eficiente y altamente tecnificado, de grandes superficies aptas con potencial para ser

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explotadas, de un mercado de nafta y gasoil con volúmenes significativos,

además de ser un país líder mundialmente en exportación de aceites

vegetales, principal insumo para la producción de biocombustibles. En

este sentido, existen en el país un conjunto de especies que podrían ser

utilizadas para la elaboración de biodiesel.

En principio, la producción de la soja presenta un crecimiento pronunciado

en Argentina, especialmente en la última década, ubicándose en la

campaña 2003/2004, como el tercer productor mundial de soja, y el

primer exportador mundial de su aceite. La cadena de la producción de

soja se caracteriza por su alta eficiencia, como así también se destaca la

eficiente estructura de costos logísticos e infraestructura portuaria.

El girasol es la segunda oleaginosa en orden de importancia en Argentina.

A nivel mundial según datos de producción del año 2004, Argentina es el

cuarto productor mundial. La principal característica del grano de girasol

es su elevado porcentaje de aceite, el cual llega a triplicar al de la soja.

Por otro lado, el cártamo se considera en Argentina como un cultivo

secundario, el cual se localiza en la región NOA (Noroeste argentino) y NEA

(Noreste argentino) del país. El desarrollo de la tecnología del cultivo es

aún incipiente y entre las mayores dificultades para su difusión y adopción

a mayor escala, se citan: las características de la estructura y el desarrollo de

las plantas (lento crecimiento inicial y masa foliar con presencia de espinas

que dificulta su cosecha) y la baja productividad de los lotes de cultivo.

Por último en lo que se refiere a biodiesel, la Colza -o Canola- constituye

una excelente posibilidad para la diversificación productiva en la rotación

agrícola como alternativa al trigo. Argentina presenta una vasta superficie

con excelentes condiciones agroecológicas para su desarrollo y su inclusión

dentro de la matriz de materias primas aptas para la producción de biodiesel.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

162

El bioetanol constituye el 90% del biocombustible producido a nivel mundial, siendo la producción de biodiesel el 10% restante. La producción mundial de bioetanol y biodiesel aumentó cerca de un 30% en 2007, alcanzando 47,4 millones de toneladas de producción total.

Actualmente, la totalidad del alcohol que se produce en Argentina es de tipo hidratado, alcanzando un total de 180 millones de toneladas, de las cuales más del 60% se dirigen al mercado doméstico y, en particular, a la industria. Cerca del 90% de la producción doméstica se destila en los ingenios azucareros del noroeste argentino en las provincias de Salta, Jujuy y Tucumán, destacándose el rol de la caña de azúcar en el programa alconafta de los años `80 (programa que posteriormente fue desarticulado).

En cuánto a perspectivas, la Ley de Biocombustibles generará a partir de 2010, una demanda cautiva anual de 660.000 toneladas de biodiesel y 200.000 toneladas de bioetanol para atender el corte obligatorio en Argentina, otorgándose además facilidades para el desarrollo de PyMEs.

El negocio internacional estará muy expuesto a la evolución de los aranceles y a la existencia de barreras paraarancelarias. La participación de la Región Pampeana en el aprovisionamiento de materias primas será insoslayable.

La institucionalización de los Certificados de Reducción de Emisiones -previstos en el Mecanismo de Desarrollo Limpio incluido en el Protocolo de Kyoto, aportará un incentivo adicional para la puesta en marcha de los proyectos calificables para producción de biodiesel y el bioetanol.

1.3.15.3 Proceso inversor en la cadena

La empresa de origen brasileña que ha invertido en el sector ha sido Integrated Biodiesel Industries (IBI). En su país se dedica a la producción

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y distribución de combustibles de origen vegetal a operadores de transporte de cargas, empresas ferroviarias y centrales eléctricas.

La inversión de origen brasileño en el sector fue de U$S 3,5 millones destinados a la instalación de una planta de biodiesel en el puerto de Rosario.

En el país han sido varias las empresas que se lanzaron a producir esa clase de carburantes, que utilizan como materia prima cultivos. Entre ellas: Molinos, Vicentín, Dreyfus, Bunge, AGD, Eduardo Eurnekian (se quedó con una planta que pertenecía a la aceitera Buyatti) y Adeco Agro. En lo que se refiere a Molinos, la inversión fue de U$S 3 millones en Greenfield, destinadas a llevar adelante la producción de biocombustibles.

1.3.16. Otras actividades empresariales y de

esparcimiento

1.3.16.1 Caracterización de las inversiones en Argentina

Es importante destacar ciertas inversiones que no han sido esbozadas en las cadenas descriptas precedentemente.

Así, quedan incluidas en el presente apartado, las actividades de servicios de intermediación financiera, y otras actividades relacionadas a organización de eventos y de esparcimiento y recreación.

En principio, y en concordancia con el sector financiero argentino, cabe resaltar algunas particularidades. En el país, se encuentran instaladas 84 unidades entidades financieras, de las cuales 67 corresponden a Bancos, y alrededor de 4.070 filiales en todo el país. Entre dichos bancos, el 82% corresponde a entidades privadas, entre las cuales se encuentra el Banco Itaú Argentina S.A., entidad con capital mayoritario de Brasil.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

164

Al respecto, la firma ha desarrollado importantes inversiones en los sucesivos años analizados. Así, con un total de U$S 45,6 millones la entidad sumó varios cajeros automáticos de última tecnología y renovó su imagen apuntando así a la extensión de su red al interior del país.

Desde el punto de vista de la generación de empleo, Itaú cuenta con aproximadamente 1.350 empleados. Hacia finales del año 2008, el sector financiero argentino contaba con 99.150 personas trabajando, lo que implica una participación de Itaú en el 1,4% del empleo generado.

Por otro lado, y como fuera enunciado al inicio del apartado, se registraron significativos desembolsos de parte de dos empresas con alguna participación accionaria de Brasil en diferentes actividades empresarias.

Alcántara Machado, empresa líder en la organización de ferias y congresos en Brasil e instalada en el país desde hace casi veinte años, adquirió el 70% de Argenplás, una feria que reúne a los principales expositores de la industria plástica. El importe de la inversión fue de U$S 450.000, en concepto de dicha adquisición. El 30% de la marca continúa aún en manos de la Cámara de la Industria del Plástico.

De la misma forma, pero en el rubro de actividades relacionadas al esparcimiento y la recreación, Gavea Investimentos, un importante grupo de fondos de inversión, ha destinado parte de los mismos a la compra de una participación mayoritaria de los negocios de entretenimientos que poseía el grupo mexicano CIE.20 La adquisición comprende el teatro Opera y el control de diferentes organizaciones de recitales y festivales de música, siendo el monto desembolsado de U$S 150 millones.

Por último, y dentro del segmento de hoteles, si bien no fue posible conocer el monto de la inversión llevada a cabo, la cadena brasileña de

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hoteles Blue Tree inició su actividad en Argentina con la oficialización de la apertura de 2 establecimientos construidos previamente en el país.

Notas

1 Las Inversiones Directas en Empresas Residentes a fines de 2007.

2 El informe se inició con el pedido de información a fines del año 2004 con declaraciones semestrales o anuales de acuerdo al monto de la inversión.

3 Estimado mediante información relevada por empresas que han invertido en el período y que respondieron a la encuesta. Se complementa con anuncios e información disponible sobre las mismas.

4 Las más utilizadas por esta rama son: Polietileno de Baja Densidad (PEBD), Polietileno de Alta Densidad (PEAD), Polipropileno (PP), Policloruro de Vinilo (PVC), Poliestireno (PS) y Tereftalato de Polietileno (PET).

5 Estos datos corresponden al año 2007.

6 Se destacan como principales clientes: Danone, Plusbelle, Petrobrás, Eg3, Elf y Agip, y Beiersdorf (Nivea) y Revlon.

7 La empresa pertenece a IPLF integrante del Holding Neno Feffer de Brasil. Este grupo concentra una variada gama de negocios focalizados principalmente en la industria de celulosa, papel y petroquímica. Es accionista controlante de “Cía. Suzano de Papel y Celulosa” y de “Suzano Petroquimica”.

8 Año 2000.

9 Centro de Industriales Siderúrgicos Argentina.

10 Vale decir que Laminado Paulista S.R.L. tiene un 50% de composición accionaria de origen brasileño, mientras que Acerbrag S.A. un 30%.

11 SAGPyA.

12 Procar-SAGPyA.

13 Adicionalmente hay que mencionar en relación a la cría en la Región Pampeana, la misma promedia los 70-80 kg/ha/año, mientras que los productores más eficientes llegan a producir 150-200 kg/ha/año.

14 Datos del año 2001.

15 Según datos del Indec sobre el indicador Isac.

16 Teniendo en cuenta el Índice de Volumen Físico.

17 Secretaría de Minería de la Nación.

18 No ha sido explicitado el monto invertido por la firma.

19 Gelre Servicios Empresarios S.A. tiene una alta participación en lo que respecta a consultoría de Recursos Humanos.

20 CIE: Corporación Interamericana de Entretenimiento.

2. Detección de nichos para la complementación productiva

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Del capítulo anterior se desprende un análisis de visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina en los últimos años, así como una caracterización y dimensionamiento de las mismas en las cadenas de valor involucradas. Ello da un perfil del proceso inversor reciente, pero también deja en claro los beneficios derivados del proceso de integración regional para mejorar la interacción a nivel sectorial y a nivel empresarial.

No obstante, la intención de este estudio es avanzar un paso adicional, a través de una mirada más amplia que otorgue elementos para fortalecer el proceso de integración productiva a futuro.

Es por ello que en el presente acápite se avanza estratégicamente en la clasificación de sectores y rubros de acuerdo a la potencialidad detectada para el desarrollo y la complementariedad regional. Para tal fin se tendrá en cuenta un detallado estudio de variables cualitativas y cuantitativas consideradas relevantes a tal efecto, gracias a las cuales podrá determinarse ordinalmente a los diferentes rubros de acuerdo a su nivel de oportunidad percibida (alta, media o baja).

Si bien por la disponibilidad de información es más factible profundizar el estudio en el caso de las actividades industriales, también se tuvo en cuenta la situación de las actividades primarias, comercio y servicios aunque con un set más acotado de variables.

2.1 Marco general y algunas consideraciones metodológicas

El marco general en el que se circunscribe el análisis involucra tanto cuestiones generales como cuestiones específicas a la realidad de cada sector estudiado. No obstante, las mismas son contempladas dentro de

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

168

la situación particular de cada sector en ambos países (Brasil y Argentina) en términos de las ventajas que dispone cada uno.

Sin dudas, el hecho de que hipotéticamente uno de los países esté mejor posicionado en un sector, ya sea por experiencia o disponibilidad de insumos o desarrollo sectorial, entre otras causas, termina influyendo en la potencialidad de los sectores y en la eventual estrategia de interacción bilateral.

A partir de ello, entre las principales alternativas que podrían observarse en los diferentes sectores se encuentran las siguientes:

La explotación de las ventajas del país mayor (Brasil): debido a capacidades de producción y gestión, economías de escala, liderazgo y know how, entre otras. Esto otorgaría ventajas de propiedad de Brasil y podría dar lugar a una estrategia de consolidación de liderazgo regional e internacionalización.

Las ventajas “propias” del país menor: Según los tipos de ventajas en ambos sentidos, la estrategia de integración puede ser diferente.

La disponibilidad de recursos, insumos, disponibilidad y costo de mano de obra (Explotación de recursos).

Conocimiento, infraestructura, tamaño de mercado, grado de desarrollo local (Búsqueda de eficiencia o fortalecimiento).

Las ventajas “creadas” a nivel regional:

• Políticaspúblicasdefomento• Marcolegalyestabilidad• Procesodeintegración

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Una vez realizada esta contextualización del análisis, vale la pena ahondar sobre la estrategia metodológica implementada para la determinación y estudio de sectores con potencialidad. Los pasos considerados pueden resumirse de la siguiente manera:

• Primero: Realización de una matriz sectorial a nivel de rubros con información cualitativa y cuantitativa.

• Segundo: Análisis de la matriz sectorial, a partir de cruces multivariables y de análisis específico por sector considerando otras cuestiones relevantes. Este proceso permite el surgimiento de resultados parciales.

• Tercero: Determinación de los principales sectores con oportunidades. Clasificación de dichos sectores, de acuerdo al grado de oportunidad percibida.

2.1.1 La constitución de la matriz sectorial

Para la conformación de la matriz sectorial se tuvo en cuenta información cuantitativa y cualitativa tanto de Argentina como de Brasil, proveniente de fuentes públicas o privadas. El análisis se desarrolló siguiendo la Clasificación Internacional Industrial Uniforme CIIU rev. 3, con una apertura a 3 dígitos.

Los indicadores analizados procuraron dar indicios sobre la situación de cada sector en cuanto al grado de importancia del mismo en Brasil, sobre la marcha del proceso inversor de empresas brasileñas en Argentina, sobre las disparidades productivas y comerciales entre ambos países y sobre cuestiones comerciales complementarias en Argentina.

A continuación se exponen los indicadores considerados y una breve explicación de cada uno de ellos.

Sector clave en Brasil: se tuvo en cuenta si cada sector/rubro está ubicado entre los prioritarios en la estrategia del sector público brasileño.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

170

Para ello se consideró el documento “Innovar e investir para sustentar o crescimento” dentro del cual se exponen los lineamientos de políticas públicas de apoyo encaradas por diferentes organismos de gobierno. Según dicho documento, se persiguen políticas en 3 niveles: acciones sistemáticas, programas estructurales para sistemas productivos y cuestiones estratégicas.

Los principales objetivos de las políticas se vuelcan a programas estructurales a partir de los cuales se busca mejorar el posicionamiento internacional de los sectores brasileños, conquistar nuevos mercados de exportación y ampliar el acceso a sus productos, entre otros temas.

Dentro de los programas son clasificados un set de sectores de acuerdo a si son considerados estratégicos, si se promueve la consolidación y expansión del liderazgo o si se procura fortalecer la competitividad.

Figura 24. Brasil. Programas estructurales en áreas estratégicas

Programas movilizadores en áreas estratégicas

Salud TI y Comunicaciones

EnergíaNuclear

Complejo de Defensa Nanotecnología Biotecnología

Programas para consolidar y expandir el liderazgo

Programas para fortalecer la competitividad

Complejo Aeronáutico

Petróleo, gas y

petroquímicaBioetanol Minería Siderurgia

Celulosa y Papel Carnes

Complejo Automotriz

Bienes de Capital Textil

Madera y Muebles

Higiene, perfumería y Cosméticos

Construcción civil

Complejo de servicios

Industria naval

Cuero y Calzado

Agroindustria Biodiesel Plásticos Otros

Fuente: Elaboración propia en base a “Innovar e investir para sustentar o crescimento”

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Grandes empresas de origen de capital brasileño: se buscó determinar los rubros en los que la presencia de grandes empresas brasileñas internacionalizadas era notorio.

Para ello se partió del análisis del patrón de las principales 250 empresas exportadoras de Brasil en el año 2005 según la Revista Analise, por sector y estado. De dicho listado se obtuvo que 129 de ellas eran de origen de capital brasileño y exportaban más de U$S 65 millones al año. Pero para no obviar a aquellas empresas brasileñas grandes e internacionalizadas pero que no disponen altos niveles de exportación, se cruzó a dicho patrón con las resultantes del análisis de firmas translatinas según la Cepal. Allí se detectaron 3 empresas brasileñas adicionales.

En síntesis, se encontraron 132 grandes empresas brasileñas que demuestran tener un alto nivel de internacionalización. De dicho total, se destaca la relevancia en sectores como Agroindustria y Alimentos, Comercio Exterior, Siderurgia y Metalurgia, Minería, Papel y Químicos, entre otros.

Cuadro 4. Principales sectores con existencia de empresas de origen de capital brasileñas internacionalizadas

Sector amplio Cantidad

Agroindustria y Alimentos 41

Comercio Exterior 19

Siderurgia y Metalurgia 16

Minería 12

Papel y celulosa 7

Químicos 7

Cuero 4

Petróleo 3

sigue...

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

172

Continuación

Textil 3

Madera 2

Máquinas y equipamientos 2

Mayorista y minorista 2

Servicios de Transporte 2

Automotriz 1

Calzados 1

Cerámica 1

Construcción naval 1

Construcción civil 1

Cueros 1

Diversificado 1

Electrónica 1

Industria Aeronáutica 1

Neumáticos 1

Siderurgia/Metalurgia 1

Transporte/Logística 1

Fuente: abeceb.com en base a Revista Analise y Cepal.

Inversiones de empresas de origen de capital brasileño en Argentina

(Encuesta + Anuncios): permitió delinear el grado de consolidación del proceso inversor brasileño en Argentina en los últimos años.

Este es el indicador expuesto y analizado en profundidad en el capítulo 1. Surgió de un relevamiento a partir de encuestas realizadas por abeceb a principales empresas brasileñas con actividad en Argentina y se recolectó información de inversiones en el período 2002-2008 a través de una encuesta a empresas, a lo que se le adicionaron los anuncios de inversión en medios de prensa de aquellas empresas que no respondieron a la encuesta.

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Entre los rubros con un nivel muy alto de inversiones brasileñas (más

de U$S 1.000 millones) se destacan Extracción de petróleo, Refinación

de petróleo y Bebidas (básicamente en cerveza). Con un nivel alto de

inversiones (entre U$S 100 millones y U$S 600 millones) se ubican rubros

industriales como Plásticos, Carnes, Productos químicos varios, Hierro y

acero, Autopartes, Calzados, Minerales no metálicos y rubros de servicios

como el de Construcción y Transporte y el de Distribución de gas.

Ya en un nivel medio de inversiones (entre U$S 10 millones y U$S 100

millones) se encuentran sectores manufactureros como Textil, Sustancias

y productos químicos e Indumentaria; un sector primario como

Extracción de minerales metalíferos no ferrosos y sectores de servicios

como la Distribución de energía eléctrica, Turismo, Bancos, Transporte

por ferrocarril y Transporte por tierra.

En un nivel bajo de inversiones (hasta U$S 10 millones) se encuentran

sectores industriales como Lácteos, Caucho, Vehículos, Motores eléctricos,

Maquinaria de uso especial (entre ella maquinaria agrícola), Carrocerías

y Cueros. A ellos se les adicionan rubros de servicios de Informática,

Turismo, Telecomunicaciones, entre otros.

En un nivel bajo de inversiones (hasta U$S 10 millones) se encuentran

sectores industriales como Lácteos, Caucho, Vehículos, Motores eléctricos,

Maquinaria de uso especial (entre ella maquinaria agrícola), Carrocerías

y Cueros. A ellos se les adicionan rubros de servicios de Informática,

Turismo, Telecomunicaciones, entre otros.

Relevancia de anuncios de inversiones brasileñas en Argentina: variable

que sirve para complementar el indicador anterior, dado que expone el

peso de Brasil en el total de los anuncios de inversiones realizados en

Argentina entre 2002 y el primer trimestre de 2009.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

174

En ese sentido, los anuncios de inversión brasileños representan más del 50% de los anuncios totales de Argentina en rubros manufactureros como Textil, Calzado y Fabricación de productos minerales no metálicos y en rubros de servicios/comercio como estaciones de servicios y transporte por vía terrestre, entre otros. A su vez, el rango fue medio-alto en Extracción de petróleo y en fabricación de maquinaria de uso especial.

La combinación de los 2 últimos indicadores se expone en el siguiente cuadro.

Figura 25. Nivel de inversiones brasileñas (2002-2008) vs Grado de relevancia de anuncios de inversión brasileños en relación al total de anuncios realizados en Argentina (2002-2009)

Muy AltaBebidas

Refinación de petróleo

Petróleo

AltaPlásticos

Construcción

CarnesProd químicos varios

Hierro y AceroAutopartesDistrib.Gas

CalzadoMin no metálicos

Media

Ext. Min no ferrososSust y Prod químicos

IndumentariaEnergía Eléctrica

TurismoBancos

Transporte por ferrocarril

TextilComercio Mayorista

Transporte por tierra

Baja

Lacteos AlimentosCaucho Mot. ElectVehículos Turismo

Telecomunicac.Servicios de Informática

CueroVenta de vehículos

Publicidad

Carrocerías, remolques y

semirremolques

Maquinaria de uso especial

Estaciones de servicio

Bajo Medio Bajo Medio Alto Medio Alto Alto

Relevancia de Brasil en Anuncios Totales

Inve

rsio

nes

Bras

ileña

s en

Arg

enti

na(a

nunc

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+ en

cues

ta)

Notas: Rangos de inversiones brasileñas en Argentina: Muy Alta (más de U$S 1.000 millones), Alta (entre U$S 100

millones y U$S 600 millones), Media (entre U$S 10 millones y U$S 100 millones), Baja (hasta U$S 10 millones).

Rangos de anuncios brasileños / anuncios totales: Alto (más del 50%), Media-Alto (entre 30% y 50%), Medio (entre

15% y 30%), Medio-Bajo (entre 5% y 15%) y Bajo (menos de 5%).

Fuente: abeceb.com

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Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina: permitió delinear la magnitud de las disparidades productivas existentes a nivel sectorial entre ambos países, lo que constituye un indicador de fortaleza relativa.

Contemplando información homogénea de ambos países a nivel de actividad industrial comparada, se estimó la brecha productiva al 2007. Esto sólo pudo analizarse a nivel de la industria manufacturera.

Se clasificaron los rubros de acuerdo a si la disparidad era Muy Alta (por encima de la media) o (por debajo de la media pero se mantiene la superioridad brasileña). Se confirmó la existencia de un mayor nivel productivo en todos los rubros, salvo en el caso de Impresión.

Entre los sectores con mayor disparidad se encuentran Bebidas, varios rubros de maquinaria y equipos, varios rubros de material de transporte (principalmente aeronaves y buques).

Figura 26. Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina. Año 2007 (estimado)

Mayor relevancia productiva en Brasil

Muy alta

• Bebidas• Textil• Cuero y art de cuero • Calzado• Madera y muebles• Sustancias y productos químicos• Minerales no metálicos• Productos de metal• Maquinaria• Equipo de oficina• Motores• Equipos distribución y control de electricidad• Equipo de iluminación• Equipos de TV, radio y telefonía• Aparatos de precisión• Óptica y fotografía• Autopartes• Barcos, trenes y aeronaves

Alta

• Alimentos procesados• Lácteos• Productos de molinería• Tabaco• Tejidos• Teñido de pieles y productos de piel• Papel y cartón• Refinación de petróleo• Fibras manufacturadas• Plástico y vidrio• Fabricación metales básicos comunes• Básicas de hierro y acero• Acumuladores• Vehículos automotores• Carrocerías

Fuente: abeceb.com, estimaciones propias en base a IBGE e INDEC.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

176

Relevancia comercial de Brasil respecto a Argentina: permite

determinar las diferencias en magnitudes de inserción internacional

(exportaciones) entre Brasil y Argentina a nivel de rubros.

Para este análisis se determinó el ratio de exportaciones brasileñas totales

/ exportaciones argentinas, para cada rubro en el año 2008.

Además de considerar las diferencias productivas, dado que se

encuentran influenciadas por el tamaño de país y las necesidades de

abastecimiento interno, resulta oportuno evaluar las diferencias en

cuanto a la capacidad sectorial para abastecer al resto del mundo. Para

ello se realizó la agregación de las exportaciones FOB totales por sectores

para cada país a nivel de CIIU 3 dígitos para el año 2008 de las fuentes

INDEC y MDIC para obtener así la relevancia relativa de las exportaciones

entre los dos países.

De un total de 102 sectores con datos de comercio, en 90 de ellos las

exportaciones brasileñas superan a las del mismo sector en Argentina

y solo en 12 sectores la diferencia es a favor de Argentina. Dado que

en la mayoría de los sectores las diferencias son favorables a Brasil, se

diferenciaron 5 grupos dentro de ellos.

Con mayor relevancia comercial de Brasil:

• Alta:sectorescuyasexportacionesresultanmásde20veceslasdel

mismo sector en Argentina.

• Media-alta: Las exportaciones brasileñas se encuentran en un

rango de 9,5 y 20 veces respecto a las de Argentina.

• Media:Entre7,5y9,5veces

• Media-baja:Entre4y7,5veces

• Baja:Entre1y4veces

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Mayor relevancia comercial de Argentina: Asimismo se determinaron aquellos sectores donde las ventajas comerciales se encuentran del lado argentino, en ese caso el ratio es menor a la unidad.

Entre los de mayor relevancia exportadora se encuentran los tradicionalmente competitivos en Brasil y débiles en Argentina como calzado, motocicletas, bicicletas, equipos de carrocería, así como los de componentes electrónicos principalmente teléfonos celulares donde en Argentina existe una incipiente industria de ensamblaje en el área aduanera especial. Por otra parte, el sector con mayor diferencia exportadora por supremacía es el de extracción de minerales de hierro donde las exportaciones de Brasil llegan a los casi U$S 900 millones mientras que Argentina prácticamente no registra exportaciones.

Los sectores destacables en la relevancia exportadora del lado argentino son Productos de la refinación de petróleo, donde se destacan las naftas para petroquímica y otras naftas, Adobos y tejidos de pieles (pieles curtidas), Productos de molinería (harina de trigo y arroz), relojes y productos lácteos y actividades de edición (libros, folletos e impresos).

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

178

Figura 27. Relevancia comercial de Brasil respecto a Argentina, medido por exportaciones totales. Año 2008

Mayor relevancia comercial de Brasil

Alta

• Extracción de minerales de hierro (14.196) •Transmisores Radio, televisión, telefonía(62,1)•Calzado (60)•Fabricación de tubos y válvulas electrónicos (49,1)•Otros equipos de transporte (motocicletas, bicicletas y partes) (41,2)•Carrocerías (26,2)•Locomotoras y material ferroviario (21,3)• Extracción de piedra, arena y arcilla (20,4)

Medio

• Motores, generadores y transformadores eléct. (18,5)• Construcc. Y reparación de buques y embarcaciones (17,7) • Extracción y aglomeración de lignito(17,4)• Acumuladores, pilas y baterías (15,4)• Maquinaria de uso especial (11,1)• Papel (10,5)• Aeronaves (9,8)• Maquinaria de oficina e informática (9,6)• Aserrado y acepilladura-madera-(9,6)

Mayor relevancia comercial de Argentina

Media Alta

• Minerales no metálicos (9,3)• Productos de madera, corcho y paja (8,6)• Aparatos de uso domésticos (8,4)•Otros productos alimenticios (8,3)• Instrumentos de óptica y fotográf (8,1)• Vidrio (7,7)• Muebles (7,6)• Silvicultura y extracc de madera (7,3)• Extracc de petróleo crudo y gas (6,8)• Ind básicas de hierro y acero (6,4)• Otros prod de metal (6,1)• Productos de caucho (5,9)• Explot de minas y canteras (5,7)

Baja

• Prod metálicos p uso estructural, tanques (3,7)• Autopartes (6,3)• Lámparas y equipos de iluminación (3,5)• Apar e inst de medición (3,5)• Prod de tabaco (3,4)• Fibras manufact (3,3)• Tejidos de pto y ganchillo (2,7)• Bebidas (2,7)• Receptores de radio, televisión, sonido y video (2,6)• Sustancias químicas básicas (2,5)• Prendas de vestir (2,3)• Hilatura, tejido y acabados textiles (2,1)• Marroquinería (2,1)• Cría de animales (2,1)• Pesca (1,9)• Vehículos (1,8)• Plástico (1,7)

• Prod de la refinación de petróleo (0,9)• Adobo y tejido de pieles (0,8)• Relojes (0,7)• Prod de molinería (0,7)• Edición (0,6)• Lácteos (0,6)• Extracc y aglomeración de carbón de piedra (0,5)• Energía eléctrica (0,4)• Estracc y aglomeración de turba (0,3)• Arquitectura, ingeniería y otras actividades técnicas (0,2)• Hornos de coque (0,2)• Combustible nuclear (0,1)

Fuente: abeceb.com en base a INDEC y MDIC.

Situación en comercio entre Argentina y Brasil: permite tener un panorama

del comportamiento del flujo comercial bilateral, lo que también da

cuenta de cierta fortaleza relativa entre ambos países.

Para ello se estudió el grado de superávit / déficit existente a nivel bilateral

en el año 2008 en relación al comercio bilateral total de cada rubro.

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Utilizando la misma agregación que en caso anterior, se determina

la posición de comercio bilateral para lo cual se utiliza el índice de

competitividad comercial entre los dos países. Esto es, saldo comercial

respecto al comercio total: ((X-M)/(X+M))*100.

Un valor cercano a cero indica la existencia de comercio equilibrado, un

valor de 100 indica que el total del comercio se explica por superávit

a favor de Argentina, mientras que un valor cercano a -100 indica

que la mayor proporción del comercio bilateral se explica por el déficit

argentino.

Asimismo se tuvo en cuenta para la consideración de este indicador la

existencia de un nivel de comercio relevante dado que dicho indicador

puede reflejar altos valores incluso en sectores donde existe poco

intercambio. Esto es, si las exportaciones argentinas son cero y existe

algún monto mínimo de importaciones el indicador resulta -100. En

consecuencia como valor de corte para las variables de comercio se tomo

100 millones de dólares.

Entre los sectores en Argentina con comercio relevante con Brasil se

dividió en 5 grupos

• Muydeficitarios:cuyoratioseencuentraentre-50y-100.

• Deficitarios:entre-15y-49,9.

• Concomercioequilibrado:entre-14,9y14,9

• Superavitarios:entre15y49,9

• Muysuperavitarios:entre50y100

Un ratio de 50 indica que el 25% del comercio total está explicado por

las exportaciones, de allí que consideramos muy superavitarios aquellos

sectores por encima de ese valor. Este razonamiento se replica para los

sectores muy deficitarios.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

180

A continuación se presentan los grupos de sectores según la clasificación mencionada.

Figura 28. Estado del intercambio comercial bilateral entre Argentina y Brasil, en relación al total del comercio de cada rubro. Año 2008

Saldo favorable a Brasil

Muy deficitario

• Extracción de minerales de hierro (-100)• Transmisores de radio, televisión y telefonía (-99,7)• Aparatos de uso doméstico (-98,3)• Calzado (-97,0)• Muebles (-88,3)• Maq. de uso especial (-78,1)• Carrocerías (-77,3)• Industrias básicas de hierro y acero (-70,2)• Receptores de radio y televisión, aparatos de sonido y video (-65,0)• Motores, generadores y transformadores eléctricos (-64,6)• Hilatura, teneduría y acabado de productos textiles (-55,8)• Metales preciosos y metales no ferrosos (-53,0)

• Otros productos alimenticios (-43,9)•Otros productos textiles (-38,9)•Papel (-38,0)•Caucho (-31,7)•Maquinaria de uso general (-30,6)•Autopartes (-22,9)•Aparatos e instrumentos médicos y de medición (-22,0)•Sustancias químicas básicas (-15,9)

Saldo favorable a Argentina

• Procesamiento y conservación de carne, pescado, frutas, legumbres, hortalizas, aceites y grasas (43,17)•Bebidas (96,46)•Productos de molinera, almidones y productos derivados del almidón, y de alimentos preparados para animales (86,24)•Lácteos (85,04)•Cultivos en general; cultivo de productos de mercado; horticultura (84,51)•Productos de la refinación del petróleo (82,23)

Deficitario

• Otros productos químicos (14,15)• Productos de plástico (-7,2)• Vehículos automotores (-10,7)

Intercambio Equilibrado

sigue...

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Continuación

Bajo intercambio

• Cría de animales• Minerales metalíferos no ferrosos, excepto los minerales de uranio y torio• Extracción de piedra, arena y arcilla• Productos de tabaco• Madera (extracción y aserrado)• Edición• Impresión y actividades conexas• Lámparas eléctricas y equipo de iluminación• Tubos y válvulas electrónicos • Instrumentos de óptica y equipo fotográfico• Buques y otras embarcaciones• Locomotoras y ferrocarriles • Aeronaves y naves espaciales• Energía eléctrica

• Pesca• Minería (carbón de piedra, lignito, turba, minerales de uranio y torio) • Adobo y tejido de pieles; fabricación de artículos de piel• Productos de hornos de coque• Combustible nuclear• Relojes• Gas; distribución de combustibles gaseosos por tuberías• Arquitectura e ingeniería y otras actividades técnicas• Publicidad• Cinematografía, radio y televisión y otras actividades de entretenimiento

Sin intercambio

Fuente: abeceb.com en base a INDEC.

Otras medidas complementarias de comercio

Impacto de importaciones chinas: aporte al crecimiento de las importaciones chinas en el período 2006-2008

La variable grado de inserción de China en los sectores en Argentina nos referencia dos consideraciones adicionales a tener en cuenta. Uno es el grado de vulnerabilidad frente a competidores externos y otro las posibilidades de explotación de mercado interno en sectores donde están siendo captados por productos de extra zona pudiendo Brasil expandir o considerar su liderazgo. Asimismo sobre sectores con una demanda a ser satisfecha lo cual resulta acorde a una estrategia de búsqueda de mercados o internacionalización de productos.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

182

Considerando el fuerte incremento de las importaciones totales desde China, 182% entre el período 2006 y 2008, es pertinente indagar acerca de los sectores donde sufrieron la mayor penetración para lo cual se determino la incidencia en el crecimiento absoluto de las importaciones desde China del sector en la variación del total.

Figura 29. Aporte al crecimiento de las importaciones de origen china (2006-2008)

Aporte al crecimiento de las importaciones de origen chinas (2006-2008)

•Sustancias químicas básicas(22,9)•Receptores de radio y televisión, aparatos de grabación y reproducción de sonido y video, y productos conexos (9,50)• Maquinaria de uso general (7,04)• Maquinaria de uso especial (6,38)• Transmisores de radio y televisión y de aparatos para telefonía y telegrafía con hilos (6,20)• Maquinaria de oficina, contabilidad e informática (5,35)

• Otros tipos de equipo de transporte (4,43)•Industrias manufactureras (4,27)•Prendas de vestir, excepto prendas de piel (2,53)•Otros productos elaborados de metal; actividades de servicios de trabajo de metales (2,16)•Aparatos de uso domestico (2,11)•Calzado (2,11)•Tejidos y artículos de punto y ganchillo (1,97)•Hilatura, tejedura y acabado de productos textiles (1,89)•Productos de hornos de coque(1,57)

• Motores, generadores y transformadores eléctricos (1,43)• Lámparas eléctricas y equipo de iluminación (1,35)• Otros productos químicos (1,12)• Productos de plástico (1,05)• Otros productos textiles (1,01)• Curtido y terminación de cueros; fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de talabartería (0,97)• Industrias básicas de hierro y acero (0,95)• Fabricación de muebles (0,92)• Autopartes (0,77)• Productos de caucho (0,72)• Aparatos e instr médicos y de medición; óptica (0,69)• Productos minerales no metálicos (0,68)• Hilos y cables aislados (0,65)• Metales preciosos y metales no ferrosos (0,59)• Fibras manufacturadas (0,47)

Alta Media Baja

Fuente: abeceb.com en base a INDEC.

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Si bien sectores agrupados con baja penetración, no implica que hayan tenido un crecimiento sustancial de las compras desde aquel origen. Esta clasificación se realiza en términos relativos respecto a cuales sectores son los que más contribuyen al crecimiento del total.

Medidas de defensa en Argentina: ratio de importaciones restringidas (licencias a la importación y antidumping) / importaciones totales

De manera complementaria, la debilidad y falta de competitividad de los sectores puede ser reflejada por la incidencia de las importaciones afectadas con medidas de protección respecto a las totales del sector. Una mayor participación de las importaciones afectadas indica una mayor protección.

Se tiene en cuenta para el cálculo todas las medidas que restringen en algún sentido al ingreso de las importaciones desde cualquier origen. Entre ellas se consideran restrictivos los requisitos de licencias no automáticas (que requieren la autorización formal y pueden demorar el ingreso) y medidas antidumping.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

184

Figura 30. Grado de incidencia de las medidas en las importaciones

Grado de incidencia de las medidas en las

importaciones

Alta

• Calzado (96,8)• Muebles (91,6)•Otros tipos de equipo de transporte (motocicletas, bicicletas y partes) (89,7)•Tejidos y artículos de punto y ganchillo (78,8)• Marroquinería (71,1)• Prendas de vestir, excepto prendas de piel (65,4)• Aparatos de uso domestico n.c.p. (lavarropas)(63,1)• Productos de caucho (54,2)• Aparatos de distribución y control de la energía eléctrica (37,3)• Hilatura, tejeduría y acabado de productos textiles (37,1)

Media

• Fibras manufacturadas (27,4)• Maquinaria de uso especial (21,6)• Otros productos textiles (21,2)• Hilos y cables aislados (17,8)• Autopartes (16,8)• Industrias básicas de hierro y acero (15,4)• Otros productos elaborados de metal (12,6)

• Vidrio y productos de vidrio (9,62)• Maquinaria de uso general (8,13)• Motores, generadores y transformadores eléctricos (3,45)• Sustancias químicas básicas (2,54)• Aparatos e instrum. médicos y de medición; óptica (0,41)

Baja

2.1.2 Cruce de indicadores

En esta sección se realiza un análisis cruzado entre diferentes variables

recopiladas a nivel de rubro. La idea fue obtener una primera aproximación

a la realidad de las inversiones brasileñas en Argentina cotejada con

otros factores de interés como la disparidad productiva y comercial entre

ambos países.

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Análisis I

Un primer cruce de información posible involucra a 3 de los indicadores

antes citados: sectores considerados prioritarios en Brasil, nivel de

inversiones brasileñas en Argentina y existencia de “grandes empresas

internacionalizadas” de origen de capital brasileño.

Por medio del mismo se desprende la importancia que cada sector tiene

en Brasil a nivel estratégico y de fortaleza empresarial versus el grado de

consolidación del proceso inversor brasileño en nuestro país.

Es así como se destacan rubros con un nivel muy alto de inversión en

Argentina (consolidado), que son considerados estratégicos en Brasil

y en los cuales existen grandes empresas brasileñas como los casos de

Extracción y Refinación de petróleo; y Bebidas (cerveza).

También existen rubros industriales con un nivel alto de inversiones,

estratégicos y con grandes empresas brasileñas como Carne, Calzado,

Siderurgia, Productos de plástico, Minerales no metálicos e Industrias

básicas de hierro y acero. A ellos se les suma el caso de la actividad de

servicios de Construcción de edificios y obras civiles, en la cual no se

puede detectar grandes empresas de acuerdo a los criterios del indicador

planteado en este documento a tal efecto.

En una situación opuesta, se encuentran sectores con nula inversión en Argentina pero en los que existen grandes firmas brasileñas y son considerados estratégicos para la política pública de aquel país. Por citar ejemplos, a nivel industrial sobresalen los casos de Productos alimenticios en particular, procesamiento de frutas/hortalizas/aceites y productos de la molinería, fabricación de aeronaves y fabricación de muebles. A nivel de servicios encuadra en este caso el Transporte por vía aérea.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

186

Algo parecido pero con niveles medios de inversión en los últimos años están los casos de sector de elaboración de productos lácteos, cuero, productos de papel, otras bebidas y varios referidos al sector automotriz (vehículos automotores, autopartes y carrocerías).

Cuadro 5. Cruce de indicadores: Sectores prioritarios en Brasil, nivel de inversiones brasileñas en Argentina y existencia de grandes empresas de origen de capital brasileño

Ritmo de inversiones

brasileñas en Argentina

Sectores prioritarios

Sectores prioritarios Otros sectores

Muy AltaExtracción petróleo

Refinación de petróleoBebidas (cerveza)

Alta

Carne Fabricación y distribución de gasCalzado Actividades inmobiliarias

Siderurgia Actividades de esparcimiento, culturales y deportivasProductos de PlásticoMinerales no metálicos

Industrias básicas de hierro y aceroConstrucción edificios y obras civiles

Media

Explotación minera Sustancias químicas básicasTextil Generación y distribución energía eléctrica

IndumentariaVenta al por mayor a cambio de retribución o por

contrataOtros productos químicos Comercio al por menor no especializado en almacenes

TelecomunicacionesInformática y actividades conexas

Servicio de transporte por vía férreaActividades de transporte

complementarias y auxiliares (puerto, logística)

Intermediación monetariasigue...

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Continuación

Ritmo de inversiones

brasileñas en Argentina

Sectores prioritarios

Sectores prioritarios Otros sectores

Baja

Lácteo Productos de cauchoCuero Reciclamiento desperdicios y desechos no metálicos

Papel y productos de papel

Venta de vehículos automotores

Maquinaria agrícola Venta al por menor de combustible para automotoresBebidas (otras) Publicidad

Vehículos automotores Actividades empresarialesCarrocerías para

vehículosPartes, piezas y motores para vehíc. Automotores

Hoteles y restaurantesTransporte por vía terrestreTransporte marítimo y de

cabotaje

Nula

Productos de madera Fibras manufacturadasBienes de capital Productos elaboradas de metal

Tecnología, Información, Comunicación

Productos de tabaco

Maquinaria de uso general Actividades de edición e impresiónAparatos eléctricos Vidrio y productos de vidrio

Procesamiento frutas/hortalizas / aceites

Productos metálicos excepto maquinaria y equipo

Productos de molineríaFabricación locomotoras y material rodante para ferrocarriles y

tranvías

Combustible nuclearVenta al por mayor de materias primas agropecuarias, animales

vivos, alimentos, bebidas y tabacoConstrucción y reparación

de buquesVenta al por mayor de productos intermedios, desperdicios y

desechos no agropecuariosFabricación aeronaves Investigación y desarrollo

Muebles EnseñanzaServicios sociales y de salud Alquiler de maquinaria y equipo

Transporte por vía aérea

Notas: los sectores remarcados en negrita indican la existencia de grandes empresas brasileñas, los expuestos en cursiva se refieren a sectores de comercio y servicios.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

188

Análisis II

Un segundo cruce de indicadores es entre nivel de inversiones brasileñas en Argentina y disparidades productivas de ambos países. A partir del mismo se puede detectar sectores en los que, habida cuenta de la mayor disparidad productiva de Brasil este resultaría más competitivo y aún no se han realizado inversiones en Argentina. En los mismos podrían existir oportunidades de trabajo conjunto entre firmas de ambos países.

Claro está que por cuestiones de escala y necesidades de abastecimiento al mercado local, la superación de los volúmenes de producción brasileños respecto a los argentinos resultan una generalidad a nivel sectorial, no obstante en este caso se utiliza una escala de acuerdo a que esta diferencia sea superior al promedio sectorial.

Tal como está representado en el siguiente gráfico, los casos A y B serían aquellos en los que se cumple con una brecha productiva muy alta a favor de Brasil y simultáneamente las inversiones brasileñas en Argentina fueron bajas o nulas en los últimos años, respectivamente.

En el caso A se encuentran los casos de Madera, Metales, Maquinaria y equipo, Otros rubros de equipos (iluminación, aparatos de tv/audio/radio, instrumentos médicos, entre otros), Varios rubros de material de transporte (Astilleros, Ferrocarriles y Aeronáutica).

En el caso B están los casos de Cuero, Caucho, Maquinaria de uso especial y Motores eléctricos).

Adicionalmente, vale destacar también el caso C en el que la disparidad productiva es mayor a la media pero las inversiones tuvieron un nivel

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medio/medio-alto, como los casos de Textil, Calzado, Sustancias y

productos químicos, Minerales no metálicos y Autopartes.

Figura 31. Disparidad productiva vs Nivel de inversiones brasileñas en Argentina

Producción B/A

MU

Y A

LTA

ALT

A

A B C

Inversión brasileña en Argentina

DE F

BAJA MEDIA ALTA

• Madera• Metales• Maquinaria y Equipo• Aparatos y cables eléctricos• Equipo de iluminación• Aparatos de radio, tv, audio y video• Instrumentos médicos y de medición• Equipo fotográfico y óptico• Relojería• Astilleros• Ferrocarriles• Aeronáutica

• Cuero y art. de cuero • Caucho• Maquinaria de uso especial• Motores

• Textiles • Calzado• Sust y prod químicos• Minerales no metálicos• Autopartes

Fuente: abeceb.com, estimaciones propias en base a IBGE, INDEC y base de inversiones abeceb.

Análisis III

Un tercer entrecruzamiento de indicadores puede ser el que coteja

los casos de la brecha comercial (exportadoras de ambos países) y la

situación del comercio bilateral, siempre a nivel de rubros.

Aquí surgen varias alternativas de interés, aunque existen 2 áreas

principales. Una es la que muestra una disparidad comercial que tiende

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

190

a ser muy alta entre Brasil y Argentina y se combina con un intercambio muy deficitario para Argentina (caso A) o escaso intercambio bilateral (caso B). En el primero de ellos se encuentran las actividades de Extracción de hierro, Calzado, Carrocerías, Maquinarias de uso especial, Motores eléctricos y Aparatos de radio/tv/telefonía. Por su parte, en el caso B se ubican otras actividades extractivas, Madera, algunos rubros de equipos (para oficina, acumuladores) y varios ítems de material de transporte (astilleros, ferrocarriles y aeronáutica).

Por otro lado, existen casos en los que las ventajas relativas están del lado argentina, dado que el nivel de exportaciones no es tan superior y que el intercambio bilateral es superavitario para Argentina. Allí se ubican los casos C y G. En el primero de ellos, están productos lácteos, productos de molinería y refinación de petróleo; mientras que en el segundo grupo se encuentran productos de agricultura bebidas y conservas de alimentos.

Figura 32. Disparidad comercial (medido por el ratio de exportaciones totales de ambos países) vs Estado del intercambio comercial bilateral

Relevancia X Brasil / X Argentina(en veces)

A

B

CG

HE

F

D

Intercambio / défic it ArgentinaIntercambio / superávit Argentina

Alta

Media-Alta

Media

Media-Baja

Baja

Relevancia X Arg AltoAlto

• Extracción de hierro• Calzado• Carrocerías, remolques y semirremolques• Maquinaria de uso especial• Motores• Aparatos de radio, tv y telefonía.

• Extracción de piedra, arena y lignito• Madera• Equipo de oficina• Acumuladores• Componentes electrónicos• Astilleros• Ferrocarriles • Aeronáutica

• Lácteos• Productos de molinería• Refinación de petróleo

• Agricultura• Bebidas• Conservas de alimentos

• Papel• Autopartes

Notas: X Brasil = Exportaciones totales de Brasil; X Argentina = exportaciones totales de Argentina.

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Análisis IV

De la combinación de los análisis II y III se pueden obtener los

sectores en los que existe una fuerte disparidad a favor de Brasil a

nivel productivo y comercial, y simultáneamente en los que el flujo

de inversiones de empresas brasileñas hacia Argentina ha sido nulo o

muy bajo. Esto referencia fuertes ventajas de propiedad y capacidad de

internacionalización de sus productos en relación a Argentina acorde a

una estrategia de consolidación de liderazgo regional pero cuyo nivel de

inversiones resulta todavía bajo o nulo.

Este primer grupo se compone por los sectores tradicionalmente fuertes

en Brasil y débiles en Argentina por lo cual existe un alto déficit en el

comercio bilateral. Teniendo en cuenta la clasificación realizada para los

análisis II y III, se refiere a los del caso A y B en el primero de dichos análisis

(Alta relevancia productiva de Brasil y bajo o nulo nivel de inversión) y el

caso A (Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y Argentina es

altamente deficitario) en el análisis III.

• Carrocerías

• Maquinasdeusoespecial

• Fabricacióndemotoresytransformadoreseléctricos

• Fabricacióndetransmisoresderadio,televisión,telefoníaytelefonía

celular.

Dentro de los sectores con alta relevancia productiva relativa y con bajo

nivel de inversiones (caso A análisis II) se combina además el criterio

de bajo intercambio comercial y con alta relevancia exportadora

relativa de Brasil (caso B análisis III) donde las potencialidades de

internacionalización mediante el incremento del flujo exportador tanto

de productos finales como intermedios en una estrategia de integración

o complementación productiva.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

192

Los sectores comprendidos en este grupo son:

• Aserradoyacepilladura• Fabricacióndemaquinariadeoficina,contabilidadeinformática• Fabricacióndeacumuladoresydepilasybateríasprimarias• Fabricacióndetubosyválvulaselectrónicasydeotroscomponentes

electrónicos• Construcciónyreparacióndebuquesyotrasembarcaciones• Fabricacióndelocomotorasydematerialrodanteparaferrocarriles

y tranvías• Fabricacióndeaeronavesynavesespaciales

Adicionalmente se obtiene otro grupo donde las ventajas de propiedad se dan del lado argentino demostrando una mayor relevancia exportadora general y además se encuentran en una posición superavitaria en el comercio con Brasil (caso C análisis III) Esto se combina con dos criterios fundamentales a ser considerados del lado de Brasil. Que exista cierto nivel de desarrollo en esos sectores y que sean considerados prioritarios o de interés en su estrategia de expansión de liderazgo. Los análisis que referencian esas características son los I y II. Estos sectores caen en el grupo con mayor relevancia relativa que Argentina aunque la diferencia se encuentra en un bajo rango (por cuestiones de necesidades internas las diferencias terminan resultando favorables a Argentina lo que se ve reflejado en la mayor relevancia exportadora) y lo que se combina con un bajo o nulo nivel de inversiones brasileñas en Argentina (casos D y E del análisis II respectivamente).

• Elaboracióndeproductoslácteos• Elaboración de productos de molinera, almidones y productos

derivados del almidón, y de alimentos preparados para animales

Adicionalmente se tiene en cuenta un sector donde las inversiones de Brasil se encuentran en un rango medio alto, aunque existen altas potencialidades en su estrategia de desarrollo de nuevas tecnologías de combustibles.

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• Fabricacióndeproductosdelarefinacióndelpetróleo

Estos análisis dan elementos para la determinación de sectores con potencialidades de inversiones, que una vez seleccionados serán complementados con características sectoriales específicas que influyen en las decisiones de inversión.

2.2 Determinación de rubros con potencialidad

La determinación de los rubros sectoriales con potencialidad surge a partir de:

• Los indicios obtenidos a partir del análisis simple y del análisiscombinado de los indicadores definidos para cada sector;

• Delaconsideracióndeotrosfactorescualitativosycuantitativos,quese refieren a la propia dinámica sectorial a nivel regional y local.

Entre las cuestiones adicionales que se contemplaron se encuentran las ventajas del país mayor (por economías de escala, liderazgo y know how, entre otras) y las posibilidades de explotación de las ventajas de localización del país menor (Argentina), ya sea por cuestiones propias (ventajas de disponibilidad de insumos, mercado interno consolidado, infraestructura y grado de desarrollo local etc.) como creadas (por Ej: por la existencia de políticas de promoción sectorial, marco legal y estabilidad, políticas públicas de fomento). En el caso de estas últimas, en algunos casos pueden ser consideradas ventajas regionales.

Una vez definidos los principales rubros, se procedió a la definición del grado de potencialidad para las acciones conjuntas entre Argentina y Brasil a nivel productivo, comercial y de inversiones. Para ello se buscó enmarcar cada nivel de potencialidad en base a condiciones básicas que debían diferentes indicadores simultáneamente. No obstante, también

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

194

se contemplaron algunas excepciones que, por más de no cumplir con los criterios predeterminados, disponían de elementos para formar parte de un determinado nivel de potencialidad.

A continuación se exponen las clasificaciones de los rubros según grado de potencialidad alta, media o baja, exponiendo los principales criterios rectores en cada caso y los rubros involucrados.

2.2.1 Rubros con potencialidad alta

Entre los rubros con alta potencialidad para fomentar el desarrollo en Argentina a través de una mayor integración productiva regional, se detectaron 2 subgrupos diferenciados. Incluso en cada subgrupo se puede pensar en 2 estrategias distintas dentro del mercado argentino.

2.2.1.1 Subgrupo 1: Alta potencialidad por primacía de Brasil

Teniendo en cuenta que el proceso de inversiones brasileñas en Argentina desarrollada en varios sectores se realiza en el marco de expansión o consolidación de su liderazgo, aprovechando lo que se conoce como sus ventajas de propiedad de activos como la capacidad de producción, las economías de escala, la disponibilidad de recursos, las ventajas de costos, lo cual se refleja en su desempeño a nivel mundial en muchos sectores industriales, se busca detectar las potencialidades de complementariedad con Argentina en concordancia con su estrategia de internacionalización a nivel regional y mundial en sectores aún no muy explotados por Brasil en Argentina.

Los principales criterios rectores se basaron en:

• Unadiferenciaimportanteanivelproductivoyexportadorentrelossectores de Argentina y Brasil.

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• Brasil considera a dichos sectores como clave en su estrategia

de desarrollo, en muchos casos ligado a la consolidación de su

liderazgo internacional o expansión.

• Constituyen sectores en los que suelen existir grandes empresas

brasileñas.

• ElflujodeinversiónbrasileñoenArgentinaenlosúltimos6años

ha sido nulo o muy bajo.

• Unbajoniveldeintercambiocomercialdondelaspotencialidades

incrementales son altas dadas las ventajas de Brasil, comúnmente

en procesos de integración o especialización.

Los sectores que quedaron en este subgrupo fueron:

• Aeronáutica

• Minería

• Bebidas(jugos)2

• MaquinariaAgrícola

• Madera/Muebles

• Celulosa/Papel

• Embarcaciones

Un sector que se convierte en una excepción a estas condiciones pero que

forma parte del grupo de Alta Potencialidad es el de Autopartes. Sobre

su inclusión hay que considerar algunas cuestiones. Por un lado, si bien

ha habido un nivel alto de inversiones brasileñas en los últimos años, la

relevancia de Brasil en el total de los anuncios de inversión en Argentina

fue clasificada como media-baja. Asimismo, la situación particular de

este sector en términos estructurales (consolidación relativa de Brasil con

más capacidad decisoria a nivel productivo y de diseño en la región, entre

otras) y coyuntural (sector con ajuste de producción y cierres de plantas

en Argentina) da perspectivas de oportunidad remanentes para una

mayor complementariedad productiva e incluso para que los capitales

brasileños continúen invirtiendo en Argentina.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

196

Subgrupo 2: Alta potencialidad por ventajas competitivas de Argentina como atracción

El grupo de oportunidad alta no sólo se limita a aquellos donde Brasil es el que posee ventajas competitivas a ser fortalecidas en Argentina en función de una estrategia de expansión o consolidación de liderazgo sino también en aquellos donde las ventajas son exhibidas del lado argentino.

En este caso las condiciones a cumplir son:

• LasdiferenciasproductivasnosontanampliasafavordeBrasil.• Conforman sectores considerado claveporpartedeBrasil en su

estrategia de desarrollo, en general se persigue un fortalecimiento competitivo.

• ArgentinaposeemayorrelevanciaexportadorarelativaqueBrasily,a su vez, es muy superavitaria en el intercambio bilateral del rubro.

• ElniveldeinversionesbrasileñasenArgentinaenlosúltimosañosfue clasificado como bajo o nulo.

No sólo la condición es que las ventajas competitivas se exhiban del lado argentino sino que este sea fomentado por Brasil brindando apoyo estratégico.

En este caso, la estrategia de inversión es diferente y puede estar asociada a la búsqueda de eficiencia o el mejoramiento de las condiciones competitivas de la industria del país de origen de la inversión para lo cual la internalización de las ventajas de localización se relacionan con:

• Laasimilacióndelconocimiento(knowhow)• Elaprovechamientodelaestructurayeldesarrollolocal• Ladisponibilidadycalidadderecursosfísicosyhumanos• La búsqueda de eficiencia en la producción mediante la

especialización en algún eslabón de la cadena de producción.

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Los sectores que quedaron clasificados en este subgrupo son:

• Lácteo

• Productosdelamolinería

• Biodiesel

• Cuero

Asimismo, existen sectores con alta potencialidad de inversiones que no

son detectados mediante indicadores de producción o comercio exterior

como es la situación de los pertenecientes a servicios y comercio. En

este caso los criterios utilizados se orientan a rasgos más cualitativos

considerando la disponibilidad de los cuantitativos.

• Ladinámicadelainversiónbrasileñaydeextrazonadelosúltimos

años.

• Que cuente con apoyo estratégico de Brasil en cuanto a

fortalecimiento competitivo o expansión de liderazgo.

• La existencia de empresas importantes de capital brasileño en

aquel país.

• LadisponibilidadycostodelosrecursoshumanosenArgentina.

• Elniveldedesarrollolocalparalaasimilacióndeconocimientos.

• Condicionesdelocalizacióncreadascomomarconormativo,leyes

de fomento, profundización de procesos de integración, etc.

Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:

• Software

• Transporte/logística

• Construcción

2.2.2 Rubros con potencialidad media

Aquí quedaron clasificados un conjunto de rubros en los que se verificaron

las siguientes condiciones:

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

198

• Brasilmantieneafavorunafuertebrechaproductivaycomercialrespecto a Argentina.

• SonsectoresconapoyopúblicoenBrasil.• Enlosúltimosaños,Brasilhaconsolidadounflujoinversorhacia

Argentina en niveles medios o altos.• Sonsectoresconunaimportanteatomizaciónensueslabónfinal

en Argentina, o sea, una elevada presencia de empresas pequeñas y medianas.

Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:

• Calzado• Textil/Indumentaria• Carne• Carrocerías• Bebidas(aunquepodríaseroportunidadaltaenJugos)• Químico• Plástico/Caucho• MaquinariayEquipo

Otros sectores con potencialidad media pero que no cumplen estrictamente los criterios definidos para este grupo serían:

• Ferroviario• Motos

En ambos casos, las diferencias productivas de Brasil respecto a Argentina son amplias, pero todavía no se ha verificado un flujo inversor brasileño hacia Argentina. No obstante, son rubros en los que se explicitaron políticas proclives al desarrollo, lo cual puede alentar la llegada de inversiones extranjeras y una mayor articulación productiva.

2.2.3 Rubros con potencialidad baja

Aquí quedaron clasificados un conjunto de rubros en los que:

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• Brasilmantieneafavorunafuertebrechaproductivaycomercialrespecto a Argentina.

• Son sectores con apoyo público en Brasil, incluso consideradosestratégicos para consolidar el liderazgo brasileño a nivel internacional.

• Enlosúltimosaños,BrasilhaconsolidadounflujoinversorhaciaArgentina en niveles medios o altos.

• Son sectores con una importante concentración en su eslabónfinal en Argentina en grandes empresas, lo cual reduce el potencial margen de acción a eventuales nuevas firmas entrantes.

Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:

• Petroquímica(refinaciónydistribución)• Siderurgia• Vehículosautomotores• Fabricacióndeproductosmineralesnometálicos

2.3 Análisis de rubros seleccionados

En virtud de lo expuesto, se consignan a continuación, los rubros/sectores productivos distinguiendo en grado de oportunidad para la complementación entre Argentina y Brasil.

2.3.1 Rubros productivos con Oportunidades Altas

2.3.1.1 Aeronáutica

• ConstituyeunsectorenelqueBrasilbuscaconsolidarsuliderazgointernacional, de la mano de su empresa Embraer (el tercer mayor fabricante de aviones comerciales del mundo). Asimismo pretende incrementar su participación de aeropartes en el mercado brasileño y mundial, así como mejorar su participación en el mercado sudamericano de helicópteros.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

200

• De acuerdo al documento oficial brasileño “Innovar e investir para sustentar o crescimento”, es baja la provisión de empresas brasileñas en la provisión de la cadena productiva.

• EnlosúltimosañosnosehanverificadoinversionesbrasileñasenArgentina en este rubro, pero esto podría cambiar teniendo en cuenta que el gobierno nacional intenta impulsar el sector aeronáutico argentino. Tres hechos importantes al respecto: (1) a fines de 2008 se anunció desde la Secretaría de Transporte de Argentina que podrían comprarse 20 aviones Embraer para Aerolíneas Argentinas y Austral; (2) a mediados de marzo de 2009, el Gobierno argentino anunció la renacionalización de la ex-Área Material Córdoba (todavía bajo la concesión de Lockheed-Martin); (3) los ministros de Defensa de Brasil y de Argentina trabajan para que la ex Área Material Córdoba se transforme en un polo complementario de la fabricación de aeropartes de productos de Embraer.

• Porotraparte,hayquedestacarqueArgentinacuentaconunaricatradición de fabricación en el sector aeronáutico. Constituyó el sexto país del mundo en producir aviones a reacción con tecnología propia y consolidó su sector aeronáutico entre las décadas del 50 y 60. En todo ese período, la Provincia de Córdoba constituyó el epicentro manufacturero en Argentina, con capacidad de fabricación de aviones y aprovisionamiento de aeropartes. Posteriormente este proceso perdió vigor.

• Desde la década del 90, la Fábrica Militar de Aviones (FMA),localizada en Córdoba, fue privatizada y se encuentra en manos de Lockheed Martin Aircraft Argentina SA (filial de Lockheed Martin Corporation). Dicha firma se dedicó, principalmente, a realizar mantenimiento de aviones de la Fuerza Aérea. No obstante, la planta mantiene capacidad para fabricar piezas de grandes dimensiones y se especula que podría ser proveedor de grandes ensambladoras. Simultáneamente se mantiene latente un importante conjunto de empresas proveedoras de aeropartes.

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• La idea más común para reposicionar a Argentina en el planointernacional del sector es a través de la provisión de partes a las grandes empresas. Además desde el sector se plantea la necesidad de establecer un sistema de “offset” para que, a partir del cual cada vez que el país compra algún material aeronáutico importado, el que le vende tiene la obligación de cobrar un porcentaje en aeropartes producidas en el país comprador.

• Porotrolado,enloqueserefierealserviciodetransporteaéreotampoco se observaron inversiones brasileñas en Argentina en los últimos años.

• Encuantoalcomercio,sibienArgentinamuestraalgunasexportacionesde aeronaves, el origen de estas responde a países tradicionalmente productores como Estados Unidos y Francia que son importadas por Argentina y luego reexportadas a algún país vecino sin transformación o bien por la devolución de importaciones de carácter temporal.

• Por esemotivo, el saldo comercial conBrasil resultópositivo en2008 en U$S 81,4 millones, agregando el hecho de que no se realizan importaciones originarias desde aquel país.

• Asimismo, la relevancia exportadora de Brasil está en un rangomedio alto 9,8 veces mayor que Argentina aunque por las razones anteriores expuestas, esta se encuentra de alguna forma subestimada considerando que en el caso argentino se trata de reexportaciones de productos originarios de extra zona.

• Laspotencialidadesnosoloseorientanalaexplotacióndelasventajaspor parte de Brasil y la internacionalización de productos terminados en Argentina, sino el interés por parte del Gobierno argentino de reestablecer la industria local aprovechando la estructura existente y el fomento de nuevas inversiones para la provisión de aeropartes.

• Estodalugarapotenciarelcomerciointrasectorial,tantoenelcasode fomento de actividades de ensamble en una primera etapa en el cual la provisión podrá venir desde el país de origen de la inversión (en este caso Brasil por contar con una estructura), como en una

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

202

segunda etapa, mediante el desarrollo de la cadena productiva a nivel local donde la estrategia puede orientarse a la especialización de piezas y búsqueda de eficiencia en el proceso productivo.

Cuadro 6. Fabricación de aeronaves y naves espaciales

CIIU 353

SectorFabricación de aeronaves

y naves espaciales

Sector clave en Brasil Si (expansión liderazgo)

Grandes emp. origem capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se registran anuncios

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancha productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 9,8

Brasil/ Argentina (en rango) Médio - Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 99,9

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,0000032

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0

Rango Nulo

2.3.1.2 Minería

• Brasil tiene ventajas comparativas enestaactividadextractiva.Asu vez, para el gobierno brasileño es considerada estratégica para expandir su liderazgo internacional y conquistar nuevos mercados.

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• Constituye un sector que en los últimos años recibió unsignificativo flujo de inversiones en Brasil, hecho que permitió el incremento de la capacidad productiva en aquel país. También se ve beneficiado en Brasil por un acceso privilegiado a las materias primas. No obstante, se considera que la dimensión empresarial y las inversiones tecnológicas de las empresas brasileñas fueron inferiores a las líderes internacionales.

• Existeunconjuntoimportantedegrandesempresasdeorigendecapital brasileño, entre las que se destaca la Companhia Vale do Rio Doce. La misma invirtió en Argentina aunque en un nivel medio en los últimos años.

• ExisteunarelevanciaexportadoradeBrasilmuyelevadarespectoa Argentina, en especial en mineral de hierro (dado que Argentina no posee yacimientos de este mineral) y, en menor medida, en extracción de piedra, arena y arcilla. Los ítems en los que la ventaja exportadora está del lado argentino son extracción de carbón de piedra y de turba.

• En general, existe escaso o nulo intercambio bilateral entreArgentina y Brasil en los ítems de este sector. La excepción es en mineral de hierro, donde Argentina tiene un saldo altamente deficitario en el comercio el cual se explica exclusivamente por las importaciones.

• EnArgentina existe un elevado potencial para el desarrollo deeste rubro. Se mantiene vigente la Ley 24.196 y su modificatoria 25.429 que promueven la actividad minera, otorgando estabilidad fiscal por 30 años, deducciones impositivas del impuesto a las ganancias por inversiones y beneficios a las exportaciones, entre otras cuestiones, que dan previsibilidad para la actividad en el largo plazo.

• SegúnlaSecretaríadeMineríadelaNación,laactividadmineraenArgentina ocupaba a más de 40 mil personas de manera directa y a 192 mil de manera indirecta en el año 2007. En dicho año se

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

204

contabilizaban 337 proyectos de minería, cifra que fue creciendo en los últimos años (en 2003 eran sólo 40).

• Sibienlaestrategiadebúsquedaderecursosnaturalesseasimilamás a la de países extrazona marcados por su baja disponibilidad y las necesidades de garantizar el abastecimiento de materias primas, esta estrategia junto con la de consolidación de su liderazgo regional, puede ser vista también del lado de Brasil.

• LasventajasdelocalizaciónenArgentinaacordeaesaestrategiasonla disponibilidad de recursos, la promoción de la actividad minera, la estabilidad fiscal, beneficios impositivos y a las exportaciones.

• UnejemploeselanunciodeadquisicióndelyacimientomendocinoPotasio Río Colorado por parte de Vale do Río Doce con la estrategia de abastecer el 70% de la demanda del Mercosur.

• Mientras la única inversión brasileña se realiza en concepto deadquisición, las del resto de los países se realizan en su mayoría bajo la modalidad greendfield. Asimismo el peso de la inversión brasileña respecto al total de anuncios resulta en un rango bajo en el sector.

• El sector minería se divide en dos grupos según su relevanciaexportadora relativa. Por un lado en los que Brasil posee ventajas comparativas y del otro donde las ventajas aparecen del lado argentino.

• En el primer grupo aparecen los segmentos de extracción deminerales de hierro, los de lignito y piedra, arena y arcilla donde además de poseer alta relevancia exportadora, existe poco o nulo intercambio comercial con Argentina. Si bien la existencia de un bajo nivel de intercambio entre países con ventajas competitivas se da en la disponibilidad de recursos naturales, la estrategia se orienta a la búsqueda de ampliación de recursos y aumentar el ratio de exportaciones de la IED bajo el objetivo de internacionalización de la producción y expansión de liderazgo regional.

• En el segundo grupo donde se encuentran los segmentos conmayor relevancia comercial de Argentina aparecen Extracción y aglomeración de piedra y de turba. Al igual que en el grupo

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anterior, el intercambio es bajo o nulo entre Argentina y Brasil. La estrategia de explotación sigue en línea con la expansión del liderazgo aunque por medio de la internalización de las ventajas adquiridas de estos sectores en Argentina.

Cuadro 7. Minería

CIIU 101 102 103 104

Sector Piedra Lignito Turba Uranio y torio

Sector clave en BrasilSi (expansión

liderazgo)Si (expansión

liderazgo)Si (expansión

liderazgo)Si (expansión

liderazgo)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se registran anuncios de

Brasil

No se registran anuncios de

Brasil

No se registran anuncios de

Brasil

No se registran anuncios de

Brasil

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancha productiva de Brasil respecto a Argentina

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces)

0,47 17,44 0,32

Brasil/ Argentina (en rango)

Arg Médio - Alto Arg

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100

75,34 100,00

Rango Sin intercambio Sin intercambio Sin intercambio Sin intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,00 0 0

Rango Insignificante Insignificante Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0 0 0 0

Rango Insignificante Insignificante Insignificante Insignificante

sigue...

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

206

Continuación

CIIU 131 132 141 142

SectorMinerales de

hierro

Minerales metaliferos no ferrosos

(exc. min. de uranio y torio

Piedra, areia y arcilla

Explotación de minas y canteras

N.C.P.

Sector clave en BrasilSi (expansión

liderazgo)Si (expansión

liderazgo)

Si (expansión liderazgo)

Si (expansión liderazgo)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se registran anuncios de

Brasil

132

No se registran anuncios de

Brasil

No se registran anuncios de

Brasil

Cant. emp. 1

Ppales empresas Vale Rio Doce

Monto (U$S miles) 13.839

Rango Media

Relevancha productiva de Brasil respecto a Argentina

Baja Baja

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces)

14196070,04 1,44 20,37 5,68

Brasil/ Argentina (en rango)

Alto Bajo Alto Medioajo - B

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100

-100,00 -88,75 49,50 17,98

Rango Sin intercambio Sin intercambio Sin intercambio Sin intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0 0,11 0,01 0,05

Rango Insignificante Insignificante Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0 0 0 0

Rango Insignificante Insignificante Insignificante Insignificante

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2.3.1.3 Bebidas (jugos)

• EnBrasilexistenempresasgrandesdeorigendecapitallocal,conuna elevada internacionalización de sus productos. Es destacable la relevancia en producción de jugo de frutas.

• En los últimos años, se registraron inversiones de empresasbrasileñas en Argentina en bebidas alcohólicas. El caso del rubro de cerveza es destacable por la magnitud de la compra de Quilmes por parte de Am-Bev. También se registra inversión en el segmento de vinos por el convenio entre Sabia y Weinert.

• Enelcasodecervezas,lafabricaciónenArgentinaestáconcentradaen un acotado número de firmas, existiendo ya participación de Am-Bev.

• EnloreferidoavinosesnotorialacompetitividadinternacionaldeArgentina y la calidad de sus productos. Argentina constituye el 8vo productor mundial de uvas, el 5to en la elaboración de vinos y el 10mo a nivel exportador de este producto. En Argentina existe un Plan Estratégico Vitivinícola al año 2020.

• BrasilcolocóesteproductoenlaComisióndeMonitoreoComerciala nivel bilateral. Actualmente existe un acuerdo de precios mínimos a las exportaciones argentinas a Brasil. Se está rediscutiendo en el marco de las negociaciones sectoriales entre ambos países.

• Más allá de las diferencias en el caso de vinos entre ambos países, podrían existir oportunidades para inversiones brasileñas, por ejemplo orientada a negocios y/o a la posible diversificación sectorial de alguna empresa brasileña de bebidas. Es decir, empresas brasileñas que tengan poder de compra y/o acceso a financiamiento podrían adquirir firmas argentinas competitivas y con capacidad exportadora.

• Por su parte, no se registran inversiones brasileñas en el rubro de bebidas sin alcohol, en el cual podrían aprovecharse las ventajas de materias prima a nivel local y la fortaleza productiva de las empresas brasileñas.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

208

• Según la Cámara Argentina de la Industria de Bebidas sin Alcohol (CADIBSA), el sector productivo de las bebidas sin alcohol de Argentina se compone por más de 2 mil empresas de diverso tamaño y relevancia en cuanto a producción y facturación. De ellas, las de mayor tamaño son solo diez, caracterizadas por comercializar marcas internacionales (algunas tienen componentes de capital extranjero y otras no).

• En síntesis, se considera que existe unapotencialidad alta en elcaso de jugos, media en el caso de vinos y baja en cerveza.

Cuadro 8. Elaboración de bebidas

CIIU 155

Sector Elaboración de bebidas

Sector clave en Brasil

Grandes emp. origem capital brasileiro

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 155

Cant. emp. 2

Ppales empresas Am-Bev, Sadia

Monto (U$S miles) 1.961.760

Rango Muy alta

Relevancia Brasil en Anuncios de inversión Medio - Alto

Relevancia productiva de brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancia comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 2,66

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 96,47

Rango Muy superavitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,00

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0,00

Rango Nulo

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2.3.1.4 Sector maderero (madera/muebles)

• ParaelGobiernobrasileño,elsectordemaderaymueblesseubicalistado entre los programas de fortalecimiento de competitividad, según el documento oficial brasileño.

• Los principales estados exportadores de este sector son los delSur de Brasil, desde donde se constata la existencia de grandes empresas de origen de capital brasileño, en particular en el Estado de Paraná.

• Enelaño2003seinstalóelForodeCompetitividaddelaCadenade Madera y Muebles del Mercosur (FCCMMM), con el objetivo de aprovechar las ventajas comparativas de los países miembros y para mejorar la competitividad global.

• En los últimos años, no se contabilizaron inversiones brasileñasen Argentina, ni en las actividades primarias ni en las etapas industriales (productos de madera y muebles, entre otros).

• En Argentina está vigente la Ley 25.080 (Ley de inversionespara bosques cultivados). Entre sus principales disposiciones se determina estabilidad fiscal para los emprendimientos forestales y apoyo económico no reintegrable a los bosques implantados, entre varias cuestiones.

• SegúnlaSecretaríadeAgricultura,Ganadería,PescayAlimentosde Argentina (SAGPyA), hasta la fecha la promoción forestal en Argentina generó 300.000 puestos directos e indirectos de trabajo rural e industrial.

• En diciembre de 2008, se sancionó la Ley 26.432, por mediode la cual se prorrogaron por otros diez años los beneficios de la promoción establecidos en la Ley 25.080. Desde la SAGPyA se prevé que con ello se crearán 40 mil nuevos empleos para el año 2019 y que sumando el desarrollo forestal relacionado con estos nuevos bosques generarán 100 mil empleos nuevos. El monto de aportes no reintegrables previsto para el año 2009 año es de $

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

210

90 millones y se aplicarán al pago de plantaciones, podas, raleos,

manejo de rebrotes y enriquecimiento de bosque nativo.

• Deacuerdoa la FederaciónArgentinade la IndustriaMaderera y

Afines (Faima), en Argentina existe actividad sectorial, principalmente

PyME, en las distintas etapas productivas que involucra a 7.644

empresas y ocupa más de 60,4 mil personas. El desglose en términos

de firmas sería: aserraderos (2.322), tableros (70), fabricantes de

muebles (2.752), carpinterías de obras y pisos (1.188), envases y

pallets (250) e industrias de celulosa y papel (70), industrias de

partículas (7) e industrias de fibras (3).

• Seconsideraqueesunsectorenelcualtodavíasedisponeungran

potencial de explotación en Argentina.

• Tanto en el segmento aserrado y acepilladura como en el de

fabricación de productos de madera y corcho, Brasil se encuentra

en el grupo donde las diferencias productivas con Argentina

resultan muy altas respecto al promedio sectorial por lo cual las

potencialidades de explotación de sus ventajas de capacidad

productiva pueden ser aprovechadas.

• Lasdiferenciasdecapacidadesproductivastambiénsereflejanen

la relevancia exportadora relativa. Brasil exporta 9,8 veces más que

Argentina en el segmento aserrado y acepilladura, mientras que en

productos de madera, la diferencia pasa a ser 19,5 veces.

• En el comercio bilateral del año 2008 se observa un déficit

comercial en el primer segmento, el 58% del comercio se explica

por un déficit, mientras que en el segundo existe un superávit a

favor de Argentina donde este explica un 34% del comercio total.

• Sedestacaqueentrelosproductosdemadera,Brasilhasolicitadola

inclusión de 3 productos en la Comisión de Monitoreo de Comercio

con Argentina con la intención de limitar las exportaciones de

este origen hacia su país en el año 2005: tableros de madera

de fibra de media densidad (MDF), aglomerados y aglomerados

de baja presión.

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• En dicho momento se había alcanzado un acuerdo entre lossectores privados donde se establecieron cupos de exportación.

• Sibienelsectorensuconjuntomuestrasignosdefortalezarelativaa favor de Brasil, en estos segmentos de manufacturas y tableros de madera, la necesidad de limitar las exportaciones de Argentina muestra signos de debilidad.

• Las oportunidades se dan tanto del lado de la consolidación yexpansión por parte de Brasil para el primer segmento, como para la internalización de las ventajas de propiedad del lado argentino en los segmentos de tableros de madera, teniendo en cuenta que es uno de los sectores clave para el fortalecimiento competitivo por parte de Brasil y no se registran anuncios de inversión en Argentina.

Cuadro 9. Madera y muebles

Sector Aserrado y acepilladura

Fabricación de productos de

madera corcho, paja y materiales

trenzables

Fabricación de muebles

Sector clave en BrasilSi (fortalec.

competitividad)Si (fort compet) Si (fort compet)

Grandes emp. origen capita brasileño si si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se registran inversiones brasileiras en ArgentinaCant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancha productiva de Brasil respecto a Argentina

B mucho más B mucho más B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces)

9,6 8,6 7,6

Brasil/ Argentina (en rango)

Medio-Alto Medio Medio

sigue...

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

212

Continuación

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -52,0 34,4 -88,3

Rango Poco intercambio Poco intercambioMuy

deficitariointercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,004 0,416 0,922

Rango Insignificante Bajo Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales Nulo Nulo

91,7

Rango Alto

2.3.1.5 Celulosa y Papel

• Constituye un sector en el cual Brasil pugna por consolidar su

liderazgo internacional, siendo uno de los principales objetivos

el de mantenerse entre los 5 principales productores mundiales

en los próximos años. También se propicia la internacionalización

empresarial.

• Setratadeunsectorqueenlosúltimosañosrecibióunimportante

flujo de inversiones en Brasil que permitió el incremento de la

capacidad productiva en aquel país. También se ve beneficiado en

Brasil por un acceso privilegiado a las materias primas. No obstante,

se considera que la dimensión empresarial y las inversiones

tecnológicas de las empresas brasileñas fueron inferiores a las

líderes internacionales.

• Enelaño2005,enBrasilexistían2grandesempresasdeorigen

de capital brasileño que individualmente exportaban productos de

papel y celulosa por más de U$S 450 millones anuales y otras 5

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firmas que exportaban entre U$S 100 millones y U$S 250 millones

al año.

• EnArgentina el nivel de inversionesbrasileñas fuebajo. Sólo se

constató que la firma Klabin realizó inversiones en Argentina en el

año 2007 por unos U$S 3,8 millones.

• Las diferencias respecto a Argentina en cuanto a la

internacionalización de sus productos se evidencian en cuanto a

la relevancia de las exportaciones. Las ventas externas totales de

papel y productos de papel de Brasil son 10,5 veces superiores a

las de Argentina. Sólo en el caso de impresión (con mucho menos

comercio) se observa cierta ventaja argentina.

• Asimismo en el comercio bilateral se observan desventajas del

lado argentino. El déficit comercial en papel y productos de papel

superó los U$S 200 millones en 2008 y representa un 34,8% del

comercio total con Brasil.

• Si bien el grado de penetración de los productos brasileños en

Argentina es elevado por lo cual una inversión con estrategia

de internacionalización de productos parecería estar agotada, la

participación brasileña en este mercado ha disminuido en el último

año a favor de Finlandia, Chile y China. La participación de las

importaciones desde Brasil en los totales pasó de 49,2% a 44,6%

entre 2007 y 2008. La de Finlandia paso de 7,3% a 9%, la de Chile

9,2% a 10,2% y la de China de 2,1% a 3,1%.

• Un factor explicativo de la disminución del peso de Brasil en

Argentina es la definición del acuerdo voluntario entre privados

que existe producto de las gestiones de la Comisión de Monitoreo

de Comercio entre Argentina y Brasil, en la cual se consideró la

incorporación de este producto a pedido de Argentina. A fines

de 2004 se estableció un cupo de la cuarta parte del consumo

aparente en Argentina. Recientemente, a principios de mayo de

este año el cupo establecido entre las partes de exportaciones

brasileñas a Argentina fue de 50.000 toneladas por año.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

214

• Lasdiferenciasenlarelevanciaexportadoratotalyelaltosuperávita favor de Brasil en el comercio bilateral, como también la significativa penetración de sus productos limitada por la existencia de cupos, hacen que la estrategia de internalización mediante el incremento del flujo de exportaciones se encuentre limitada. Sin embargo, cuando se observan que los niveles de inversión de Brasil en Argentina es relativamente bajo en este sector, la estrategia de inversión se orienta a la internacionalización transfronteriza de los productos en el mercado destino de la IED.

• Enestecaso,enlaestrategiaelprimerpasopuedeconsistirenuncambio de composición de exportaciones por flujo de inversión donde la penetración sea in situ. En una segunda etapa las potencialidades aumentan si las posibilidades de abastecimiento de eslabones anteriores de la cadena son tanto en el país destino como desde el origen de la IED.

• Estoesacordeconelobjetivodeconsolidacióndelliderazgoporparte de Brasil, donde existen empresas de gran porte de capitales brasileños capaces de disputar el liderazgo regional con inversiones de otros orígenes.

• Si bien existenantecedentesde adquisiciónde empresas localespor parte de empresas brasileñas, el peso de dicho país sobre las inversiones extranjeras del sector es bajo. La unidad de negocios Votocel, dedicado al segmento film de polipropileno pertenecientes al Grupo argentino Arcor hasta agosto de 2005, fue adquirido por el grupo brasileño Votorantim dedicado a varios negocios entre ellos Cemento, Celulosa y Papel, Metales, Química, Agroindustria, Internacional, Energía, Finanzas y Nuevos Negocios.

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Cuadro 10. Celulosa y papel

CIIU 210

SectorFabricación de papel y de produtos de papel

Sector clave en BrasilSi (expans liderazgo)

celulosa y papel

Grandes emp. origem capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 210

Cant. emp. 1

Ppales empresas Klabin

Monto (U$S miles) 3.800

Rango Baja

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversón Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 10,54

Brasil/ Argentina (en rango) Médio - Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil(X-M) / (X+M)* 100 -38,9

Rango Deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,38

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

Nulo

Rango

2.3.1.6 Naval-Embarcaciones

• EnBrasil,elprogramaestratégicopromueveelfortalecimientodela

industria naval a partir de pedidos del segmento off-shore y de las

demandas de armado a nivel nacional, en especial para cabotaje.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

216

• En Argentina existe actividad productiva y de reparación tantoen grandes embarcaciones como en embarcaciones livianas. La industria náutica argentina tiene una importante historia y tradición de fabricación, ya que los primeros astilleros datan de inicios del siglo XX.

• Sin dudas, un actor relevante en la historia náutica ha sido elAstillero Río Santiago, creado en 1953 pero vigente actualmente. El mismo llego a ser en su momento de apogeo uno de los de mayor actividad e importancia en Latinoamérica y ocupaba a unas 8 mil personas. En el mismo se construyeron buques de guerra, buques mercantes, construcciones livianas y la reconocida Fragata Libertad, entre otros.

• Duranteañossufrióunapaulatinapérdidaderelevanciahastaelpunto de estar al borde de ser privatizado en la década del ´90 y terminó en la esfera del Gobierno de la Provincia de Buenos Aires hasta la actualidad. En la última década se empezó a percibir una revitalización de la actividad del Astillero Río Santiago, ya que se botaron varios buques cargueros para Alemania y buques banqueros para Venezuela.

• Algunos factores a considerar en la fabricación de grandesembarcaciones están referidos a que es una actividad con acotada cantidad de jugadores ligada a producción no seriada con demanda a pedidos, que implica elevados costos hundidos en inversiones y desarrollo.

• Por su parte, en lo que se refiere a embarcaciones livianas enArgentina, un impulso que recibió esta industria fue en la década del ´60, con la aparición de la construcción en plástico reforzado de fibra de vidrio (PRFV) y la fabricación en serie. Actualmente existen unas 120 empresas constructoras de veleros cruceros, lanchas, inflables, equipamiento y todos los servicios necesarios para la producción y el mantenimiento de una gran diversidad de embarcaciones. Estas firmas ocupan unas 7 mil personas.

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• Si bien Brasil presenta grandes ventajas en este sector conuna alta relevancia relativa de sus exportaciones totales frente a Argentina, el intercambio entre sí es muy bajo. Este es considerado clave para el fortalecimiento competitivo naval y de cabotaje. No se encuentran anuncios de inversiones brasileñas en Argentina.

• En el entramado de la oferta local existen recursos calificadoscon experiencia en reparación de buques. El astillero marplatense Servicios Portuarios Integrados ganó la licitación para la reparación de un buque petrolero de la empresa Petrobrás en el año 2006 y es una empresa que opera desde 1975. Existiendo ventajas de propiedad, en el sentido de know how e infraestructura desde los dos países, la internalización de las ventajas de asociatividad puede potenciar las sinergias contribuyendo al desarrollo logístico regional y la ampliación de la capacidad de carga. A su vez, si bien el puerto de Buenos Aires no cuenta con alta capacidad de carga, los proyectos ejecutados de expansión de dicha capacidad en puertos como Zarate-Campana (Las Palmas) que sirvieron para alimentar puertos de Buenos Aires, Montevideo y el sur de Brasil, las necesidades de ampliar la capacidad de carga de otros puertos dado el creciente volumen de comercio de los últimos años (a excepción de los momentos coyunturales de los últimos meses) contribuyen a incrementar las potencialidades de expansión.

• En este sentido la estrategia de inversión va más allá de labúsqueda de mercados o internacionalización de la producción sino a la búsqueda de eficiencia con beneficios regionales que se traducen en mejoras de capacidad logística. Sin embargo, estas potencialidades se encuentran limitadas a fuertes inversiones por parte de los Gobiernos para aumentar la capacidad portuaria.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

218

Cuadro 11. Naval-Embarcaciones

CIIU 351

SectorConstrucción y reparación de

buques y otras embarcaciones

Sector clave en BrasilSi (fort. compet.) naval y

cabotaje

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se resgistran anuncios

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 17,7

Brasil/ Argentina (en rango) Médio - Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -78,6

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,122

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango Insignificante

2.3.1.7 Maquinaria de uso especial (Maquinaria Agrícola)

• Todos los grandes productores internacionales han instalado

plantas de alta tecnología en Brasil, con capacidades que superan

ampliamente las necesidades del mercado interno.

• LasdiferenciasproductivasentreArgentinayBrasilsonimportantes.

En el caso de tractores la brecha es superior a las 40 veces, mientras

que en cosechadoras es mayor a 6 veces.

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• Asuvez,anivelcomercialBrasiltieneunamayorinternacionalizaciónde sus productos: exporta el 50% de los tractores y el 75% de las cosechadoras que produce a una gran diversidad de destinos incluyendo países de Europa y Estados Unidos.

• Elsectordelladobrasileñoesconsideradoclaveenelsentidodelabúsqueda de su fortalecimiento competitivo. Por el momento el ritmo de inversiones brasileñas en Argentina se encuentra en un bajo rango (U$S 8,5 millones en 7 años) La estrategia de inversión se orienta a la internalización de mercados desde lo regional en una primera etapa que puede complementarse con procesos de integración.

• En Argentina, el 70,3% de las cosechadoras y el 66,8% de lostractores que se comercializan en el mercado interno son de origen brasileño. Las de origen chino vienen ganando lugar, aunque aún no son una amenaza (en el 2007 representaban el 0,6% de las importaciones).

• Estosfueronsectoresmuyafectadospor las importacionesen ladécada del ´90 en Argentina. Aún así se mantiene un importante nivel tecnológico de los productos locales, aunque en bajas escalas de producción.

• El segmentodeCosechadoras estádominadopormultinacionalescon base productiva en Brasil y Estados Unidos, aunque también hay 4 productores locales y nuevos proyectos en marcha. Vassalli y Metalfor ya están produciendo cosechadoras axiales (último desarrollo tecnológico) que tienen mayor rendimiento y menor desperdicio.

• EnTractores,entre2productoresnacionales(PaunyyAgrinar)seconcentra alrededor del 80% de la producción local, a los que los sigue la multinacional Agco.

• Entre2003y2004,lascosechadorasdeorigenargentinoperdieronparticipación por la caída de la producción local y el aumento de las importaciones desde Brasil. En consecuencia, por pedido del sector en Argentina se incluyó en la Comisión de Monitoreo de comercio entre Argentina y Brasil. Adicionalmente, 2 posiciones de

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

220

maquinaria agrícola poseen requisitos de licencias no automáticas: Cosechadoras-trilladoras y tractores.

• La producción local es altamente dependiente del éxito de lacampaña agrícola principalmente de la cosecha gruesa. Este año, debido a la caída de los precios y los menores rindes por la sequía, la reducción de flujo de ganancias del sector agrícola dejó con muy malas perspectivas la producción local. La venta de maquinaria cayó a niveles muy bajos, y la preferencia por las marcas internacionales con mayor tradición obligó a imponer restricciones a las importaciones a fin de que las plantas de producción local pudieran seguir funcionando.

Cuadro 12. Maquinaria agrícola

CIIU 292

SectorFabricación de maquinaria

de uso especial

Sector clave en BrasilSi (fort. compet.) bienas de

capital y agroindustria

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 292

Cant. emp. 2

Ppales empresas Montana - Rockink

Monto (U$S miles) 8.509

Rango Baja

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión media

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 11,1

Brasil/ Argentina (en rango) Médio - Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -78,1

Rango Muy deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

6,4

Rango Alto

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 21,6

Rango Medio

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2.3.1.8 Autopartes

• Brasiltienecomoobjetivofortalecerlacompetitividadenelcomplejo

automotriz. Dentro de ello procura incrementar y modernizar su

capacidad productiva de autopartes. Esto está atado a su visión

estratégica de continuar mejorando su posicionamiento en la

producción de vehículos.

• Entre los años 2002 y 2008, Brasil logró expandir su actividad

autopartista tanto a nivel productivo como exportador. Dicha

consolidación también trajo aparejada una mayor relevancia a

nivel regional (Sudamérica) en términos de se amplió la diferencia

en la actividad

• Enlosúltimosaños,elflujodeinversionesbrasileñashasidoalto,

como consecuencia de inversiones de firmas como Armor, Plascar,

Internacional, Sabó y Sogefi. No obstante, en el total de los anuncios

de inversión existentes en los últimos 7 años en Argentina, Brasil

tiene una participación media-baja.

• En Argentina, el sector autopartista está conformado por unas

400 empresas productoras de partes, piezas y, en algunos casos,

componentes. Estas empresas están localizadas principalmente en

las provincias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe y Capital Federal.

que disponen una gran heterogeneidad.

• Setratadeunsectorparticularconunaimportanteheterogeneidad

en cuanto a tamaño de empresas (conviven tanto firmas pequeñas

como medianas y grandes) y de productos (desde partes y piezas

hasta componentes, con distintos grados de elaboración y

complejidad, incluso involucrando distintos materiales).

• Se encuentran radicadas empresas de los diferentes niveles de

subcontratación. Del “primer anillo” (fabricantes de autopartes

que cuentan con procesos de ingeniería y de fabricación global,

con capacidad de producción modular y con capacidad de diseño),

son en su mayoría grandes empresas multinacionales. Del segundo

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

222

anillo (experiencia en componentes que suelen tener vinculación

con otras autopartistas), se encuentran empresas multinacionales y

locales. Finalmente, del tercer anillo (proveedores de componentes

estandarizados -no exclusivos del sector automotriz- o de materias

primas, generalmente vinculadas con el mercado de reposición)

predominan empresas PyMEs de capital nacional y reducidos

niveles de facturación.

• Larelevanciacomercial(aniveldeexportaciones)deBrasilrespecto

a Argentina es baja (3,6 veces en 2008). No obstante, hay que

remarcar que la relación bilateral es crecientemente deficitaria

para Argentina. Las importaciones argentinas desde China y desde

varios países del Sudeste Asiático se han incrementado en los

últimos años aunque todavía no son una preocupación para la

mayor parte de los productos locales.

• EnArgentina, existente consenso tanto dentro de la cadena de

valor automotriz como a nivel del gobierno nacional que el sector

autopartista es el eslabón que requiere más asistencia pública.

• Es por ello que en el año 2008 se aprobó la Ley de Desarrollo

y Consolidación del Sector Autopartista Nacional (Ley Nº 26393)

que involucra al Régimen de Fortalecimiento del Autopartismo

Argentino y al Régimen de Consolidación de la Producción Nacional

de Motores y Cajas de Transmisión. Por medio de las mismas se

otorga un beneficio consistente en un reintegro en efectivo sobre

el valor de las compras de las autopartes locales, adquiridas por

las empresas fabricantes de automotores, ejes con diferencial,

motores y cajas de transmisión. Asimismo se prevé el reintegro por

la compra de matrices y moldes fabricados en el país.

• Asimismo,lacoyunturainternacionalactualsumadaalaretracción

en la actividad local encuentra a la cadena de valor automotriz

entre las más afectadas. Esto generó la necesidad que las mismas

adecuen sus niveles de producción a un ritmo inferior al del año

2008, lo cual generó en muchos casos reducción de plantillas o

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cierre de plantas. El Gobierno Nacional está abocado a asistir para suavizar el impacto en el sector autopartista, a través de búsqueda de potenciales compradores a empresas en crisis, asistencia financiera, subsidios para mantener empleo, entre otras medidas.

• Esenestemarcoquesibienhahabidounnivelaltodeinversionesbrasileñas en los últimos años, existen condiciones que darían cuenta para continuar con dicho proceso. Entre ellas, condiciones del sector en términos estructurales (consolidación sectorial relativa de Brasil, mayor capacidad decisoria a nivel productivo y de diseño en la región, entre otras), coyunturales (sector con ajuste de producción y cierres de plantas en Argentina) y caracterización del sector en Argentina (gran cantidad de firmas y atomización).

Cuadro 13. Autopartes

CIIU 343

SectorFabricación de partes, piezas y acessorios para vehiculos automotores y sus motores

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.)

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 343

Cant. emp. 5

Ppales empresasArmor - Plascar - International - Sabó - Sogeli

Monto (U$S miles) 110.831,6

Rango Alta

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 3,6

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -22,9

Rango Deficitariosigue...

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

224

Continuación

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,77

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

16,8

Rango Medio

2.3.1.9 Lácteo

• EnBrasilexistenempresasgrandesdeorigendecapitallocal.• Argentina mantiene competitividad internacional en el sector

lácteo, más allá de las problemáticas productivas crecientes de la actividad ganadera en los últimos años en términos relativos a la agricultura.

• La estructura productiva de Argentina involucra una marcadaatomización en el sector primario (tambos productores) y una importante concentración en su sector industrial (9 empresas concentran más de la mitad de la fabricación nacional de productos lácteos). En este último eslabón coexisten tanto grandes empresas de origen de capital local (con importante poder de mercado) como multinacionales. Estas últimas utilizan la estructura productiva de Argentina para crear una plataforma de sus productos a nivel regional y local.

• DadoqueelsectoresmáscompetitivoenArgentinaqueenBrasil,las exportaciones son superiores y la relación de comercio bilateral es muy superavitaria para Argentina (U$S 137 millones en 2008). El superávit argentino explica el 86% del comercio total. No obstante, el 50% de las importaciones de Argentina provienen desde Brasil.

• Porestarazón,BrasilsolicitólainclusióndeproductoslácteosenlaComisión de Monitoreo del Comercio bilateral. Y recientemente se dio

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a conocer la implementación de licencias para frenar la importación de lácteos argentinos que había crecido considerablemente en el primer bimestre del año.

• Respectoaloslácteos,senegociaunmontomínimodeexportaciónde leche de Argentina a Brasil. Luego de la decisión de Brasil de aplicar licencias no automáticas a la importación de leche en polvo argentina, industriales del sector y funcionarios de la Secretaría de Agricultura y Cancillería se reunieron con sus pares brasileños para destrabar el conflicto.

• Brasil había impulsado esa medida después de que, segúnargumentaron funcionarios de ese país, el ingreso de leche en polvo argentina pasó de 5.000 a 10.000 toneladas en marzo y 2 empresas medianas del sector realizaron hace unos meses ventas a U$S 200 por debajo del precio del mercado internacional.

• Según una fuente del sector, en la reunión los industrialesargentinos ofrecieron autolimitarse en sus exportaciones a 3.000 toneladas por mes, casi 50% menos que los últimos meses, con un valor no menor que US$ 2100 dólares, precios actuales del mercado. Por su parte, los funcionarios brasileños quedaron en contestar, pero adelantaron que en esas condiciones las licencias serían otorgadas rápidamente.

• Unaestrategiatentativaaseguirpodríarelacionarsealabúsquedade complementación mediante la asimilación de las ventajas de propiedad argentinas por parte Brasil en el marco de la búsqueda de fortalecimiento competitivo.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

226

Cuadro 14. Lácteos

CIIU 152

SectorElaboración de

productos lácteos

Sector clave en BrasilSi (expans liderazgo

Agroindustrias) Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 152Cant. emp. 1Ppales empresas YakultMonto (U$S miles) 2.491Rango Baja

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B másCaracterización de entremado productivo en Argentina (eslabón final) Concentrado

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 0,6Brasil/ Argentina (en rango) Arg

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 85,0Rango Muy superavitario

Impacto de importaciones chinasAporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

-0,00018

Rango Insignificante

Medidas de defensa en ArgentinaImpo restringidas (linc+dump) / impo totales NoRango No

2.3.1.10 Productos de la molinería

• En losúltimosaños, varios factoresatentaroncontra la cosechade trigo en Argentina. Entre las más importantes se encuentra la sequía y las distorsiones en el mercado que disminuyen el precio recibido por el productor.

• Enparalelo,losmolinosharinerosenlosúltimosañoshanaumentadolos niveles de producción poniendo en funcionamiento gran parte de la capacidad instalada ociosa con que contaba el sector.

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• Las distorsiones de precios, les permitió a los molinos comprarel trigo a precios por debajo del nivel internacional por lo que permitió aumentar los niveles de exportación.

• ExisteunatendenciaenBrasilorientadaalautoabastecimientoquese ve acelerada por el efecto del paulatino cierre de las exportaciones argentinas de trigo.

• Si bien Brasil poseemayor relevancia productiva queArgentina,cuando se observan las exportaciones totales en términos relativos, las de Argentina son 1,5 veces mayores que las de Brasil. Esto revela las diferentes capacidades de abastecimiento que en este caso favorece a Argentina.

• Respectoalintercambiobilateral,Argentinapresentaunsuperávitcon Brasil de U$S 351 millones representando este el 86,2% del comercio total.

• Comoconsecuenciadeunaposicióndemayorrelevanciaexportadorarelativa de Argentina a nivel general, muy superavitario en términos bilaterales y por el hecho de no registrarse anuncios de inversiones brasileñas en el sector es considerado clave en aquel país bajo la estrategia de expansión de liderazgo en el sector de agroindustrias.

• En las potencialidades de explotación del sector se encuentranasociadas con la asimilación de las ventajas de propiedad del país receptor de la IED tanto en lo referente a la disponibilidad de los recursos como del conocimiento, como también al aprovechamiento de la estructura y desarrollo a nivel local acorde a la búsqueda de eficiencia en el marco de una estrategia de fortalecimiento competitivo del sector por parte de Brasil.

• Sinembargo, ladisponibilidadde recursos locales comoventajade propiedad parece estar en segundo plano, dada las caídas de las cosechas trigo tanto por el efecto del avance de la soja por encima de los cereales como por los efectos de la última sequía. La producción total para 2009 se estima en menos de 9 millones de toneladas con una caída de 46% respecto a 2008, reduciendo

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

228

de forma drástica el saldo exportable luego de las necesidades de abastecimiento interno.

• Noobstante, laelaboracióndeproductosalimenticiosderivadosde materias primas con mayor disponibilidad y creciente desarrollo pero con escasa incorporación de valor agregado presentan altas potencialidades. Ejemplo de estos son los derivados de soja.

Cuadro 15. Productos de la molinería

CIIU 153

Sector

Productos de molinería almidones y productos derivados

del almidón, y de alimentos preparados para animales

Sector clave en BrasilSi (expans liderazgo

Agroindustrias) Grandes emp. origen capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

Cant. emp.

Ppales empresasMonto (U$S miles)Rango

Relevancia Brasil en anuncios de Inversión

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 0,66

Brasil/ Argentina (en rango) Arg

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 86,4Rango Muy superavitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,14

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0,00

Rango Insignificante

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2.3.1.11 Combustibles (Biodiesel)

• A través de las políticas públicas Brasil promueve expandir su

liderazgo en Bioetanol. También busca fortalecer su competitividad

en el segmento de biodiesel.

• En Argentina todavía no se ha dado un desarrollo sustantivo

en la producción de etanol, aunque si se avanzó bastante en la

generación de biodiesel, principalmente a partir de la soja. La

competitividad de Argentina en este último rubro se sustenta en las

ventajas comparativas por disponibilidad de insumos, la existencia

de normativas y un negocio que todavía está en sus albores.

Los principales productores en Argentina son empresas grandes

cuya actividad principal es la fabricación de aceites derivados de

oleaginosas.

• Argentinaseestablecióen2008entrelos5productoresdebiodiesel

más grandes del mundo y como uno de los 3 mayores exportadores.

La producción total llegó a 1,07 millones de toneladas en el 2008,

resultando en ventas por U$S 1.300 millones.

• La industria argentina de biodiesel se encuentra actualmente

trabajando a la mitad de su capacidad productiva.

• ElpaísluchaantelaUniónEuropeaporunaredefinicióndelgrado

de reducción de gases de efecto invernadero (“GEI”) logrado a

través de la utilización como combustible de biodiesel producido

sobre la base de aceite de soja.

• La Comisión Europea ha implementado un sistema de tarifas

adicionales a una serie de empresas estadounidenses exportadoras

de biodiesel, lo cual abre una ventana de oportunidad para la

industria argentina.

• Enlosúltimossefueacelerandolanormativasobrebiocombustibles

en Argentina. Desde la Resolución 1156/2004 (creó el Programa

Nacional de Biocombustibles), la Ley 26.093 (crea el marco

general y los lineamientos básicos para la producción, distribución

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

230

y consumo) y el Decreto 109/2007 (desarrolla las disposiciones de la Ley 26.093), entre otras. Hay que considerar que existe obligatoriedad a partir de 2010 para realizar corte de nafta con 5% de etanol y de gasoil con 5% de biodiesel.

• Si bien Argentina presenta un saldo deficitario en el comerciocon Brasil de U$S 2,2 millones ha invertido fuertemente en el incremento de la capacidad de producción. De 14 anuncios de inversión en los años 2006 y 2007, 12 fueron greenfield, y estas se dan tanto por empresas aceiteras argentinas como de capitales estadounidenses, alemanes, entre otros; sin embargo el peso de Brasil es bajo.

• Los biocombustibles se encuentran en la posición arancelaria3824.90.29 (Derivados de ácidos grasos industriales, preparaciones que contengan alcoholes grasos o ácidos carboxílicos, ncop.) dentro del CIIU 242-Fabricación de otros productos químicos. Si bien este sector pertenece a la industria química en el cual se compone de diversos productos relacionados a medicamentos, los biocombustibles representan un 28,8% del total del valor de exportaciones de este rubro.

• Hastaelmomento,laempresabrasileñaqueinvirtióenArgentinapara la fabricación de biodiesel es Integrated Biodiesel Industries (IBI) con plantas en la zona de influencia de Rosario.

• El sector muestra una alta potencialidad desde la estrategiade búsqueda de eficiencia mediante la complementariedad o especialización mediante alianzas estratégicas dado que ambos países cuentan con disponibilidad de recursos pero presentan diferentes especializaciones, bioetanol por parte de Brasil y biodiesel de Argentina.

• Dichas alianzas pueden favorecer las condiciones de ingreso aterceros mercados, principalmente a los países desarrollados aumentando el poder de negociación como también ganando eficiencia desde la especialización en la producción.

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Cuadro 16. Productos químicos

CIIU 242

Sector Fabricación de productos químicos

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.)

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 242

Cant. emp. 3

Ppales empresas Artecola, Clariant, Alcalis

Monto (U$S miles) 334.931

Rango Alta

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio-Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 1,13

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 14,16

Rango Equilibrado

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

1,13

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0,00

Rango

Nota: el segmento de Biodiesel está incorporado dentro de la clasificación CIIU 242.

2.3.1.12 Cuero

• En este rubro, la estrategia brasileña es la de fortalecer lacompetitividad. Simultáneamente busca conquistar nuevos mercados y ampliar el acceso a sus productos a nivel local.

• ElniveldeinversionesbrasileñasenArgentinahasidobajo.Solosecuenta con el caso de Curtume Mucus por U$S 6 millones. Esto lo vuelve más insignificante si se tiene en cuenta que la participación

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

232

de Brasil en el total de los anuncios de inversión en Argentina ha sido media-baja.

• En lasúltimasdécadas,Brasilconsolidósuactividadenelsectorde cueros tanto en niveles productivos como en calidad. Esto le permitió lograr cierta brecha productiva respecto a Argentina.

• Noobstante,anivelcomercial(exportaciones)ladisparidadafavorde Brasil es baja (2,1 veces en 2008).

• En loque respecta al comerciobilateral, se evidenciaun escasointercambio, aunque se presenta un saldo favorable a Argentina de U$S 28,9 millones para el año 2008 representando este casi el 84% del comercio total.

• EnArgentinaelsectordecuerospresentaunrasgoheterogéneoen su cadena productiva siendo relativamente concentrado en los primeros eslabones de donde provienen la materia prima y atomizado en la etapa de manufacturas compuesto por empresas de pequeño o mediano porte.

• Laprovisiónderecursosdependetantode la industriacurtidoracomo la de frigoríficos, eslabones de la cadena donde existe una alta concentración de la oferta provocando una relación desigual con las empresas de manufacturas de cuero que dependen de estos como proveedores.

• Enestesentido,enelcasodelaindustriacurtidora(curtiembres)solo tres empresas concentran el 50% de las exportaciones, mientras que se estima que existen alrededor de 200 firmas.

• Argentinaposeeventajasdelocalizaciónencuantoalacalidady disponibilidad del cuero. No obstante, esta depende del sacrificio de animales por parte de los frigoríficos y la evolución del stock de ganado bovino. Como es sabido, el sector ganadero se encuentra atravesando dificultades en cuanto a la pérdida de stock, la caída de la zafra de terneros y la pérdida de vientres, con consecuencias desfavorables en cuanto a la oferta de cueros y el precio interno.

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• Asimismo la orientación hacia la exportación favorecida por laconcentración en las etapas de proceso frigorífico y de industria de transformación de cuero (curtidora), más atomizado en esta última, eleva el costo interno de este insumo esencial para la industria de manufactura a lo que se agrega la existencia de capacidad ociosa de sacrificio. Durante 2008 se sacrificaron 14,5 millones de cabezas mientras que la capacidad de la industria frigorífica se estima en 20 millones.

• De esto surge que de manera estratégica, la industria muestraalgunos nichos en sus dos etapas finales de la cadena como curtiembre y manufacturas, con bajos costos de insumos de cuero, buena tecnología de producción y elevados estándares de calidad del producto final.

• Por otra parte, según la Cámara Industrial de lasManufacturasdel Cuero y Afines de la República Argentina (CIMA) el sector de manufacturas se compone de alrededor de 500 empresas de manera atomizada, la mayoría pequeñas empresas. Estas se dividen en los segmentos, marroquinería, ropa de cuero, accesorios de vestir (cinturones, guantes, etc.), accesorios de cuero (estuches, agendas, etc.) y talabartería (monturas, polo, etc.)

• ElsectordemanufacturasenArgentinasedestacaporlacalidadtanto de su materia prima como de sus terminaciones, que en algunos sectores posee ciertas características artesanales. No obstante, presenta rasgos de sensibilidad en cuanto a su competitividad frente a productos provenientes de China, las cuales abarcan más del 60% del total de importaciones.

• Anteesasituaciónyelcrecimientodelasimportacionesdeorigenchina (80% entre 2006 y 2008) se establecieron medidas de protección como licencias no automáticas específicamente para bolsos de mano. Estas poseen un alto peso en las importaciones totales, el 71,2% de ellas se encuentran afectadas por estas medidas.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

234

• Por otra parte, otro rasgo de vulnerabilidad se muestra por ladependencia de la industria automotriz en los segmentos dedicados a tapizado. En este rubro, las curtiembres ligadas íntimamente a las terminales automotrices externas han sido las más afectadas por la caída de la demanda internacional. Muchas empresas se encuentran en situación crítica.

• En las potencialidadesde explotacióndel sector se encuentranasociadas con la asimilación de las ventajas de propiedad del país receptor (Argentina), en cuanto a la calidad de materias primas y disponibilidad, más allá de los problemas actuales y considerando que existe alta capacidad ociosa. También es factible aprovechar la estructura y desarrollo a nivel local acorde a la búsqueda de eficiencia en el marco de una estrategia de fortalecimiento competitivo del sector por parte de Brasil.

• Las oportunidades son percibidas actualmente en una coyunturaactual desfavorable en algunos segmentos que afecta temporalmente la dinámica del sector pero que altera las condiciones estructurales de capacidad de recursos y calidad.

Cuadro 17. Cuero

CIIU 191

Sector

Curtido y terminación de cueros; Fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de

talabartería

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.) cuero

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 191

Cant. emp. 1

Ppales empresas Curtume Mucun

Monto (U$S miles) 6.000

Rango Baja

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Continuación

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio-Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 2,10

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 83,94

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,98

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

71,16

Rango Alto

2.3.2. Rubros productivos con oportunidades medias

2.3.2.1 Carrocerías

• EnBrasilesconsideradocomounsectorclavebajoelobjetivodefortalecimiento competitivo.

• Enlaestructuradelaofertadeaquelpaísseencuentranempresasde gran porte de capitales brasileños, algunas de las cuales han realizado inversiones en Argentina aunque a una baja escala. Entre ellas se destacan inversiones de Marcopolo, Randon y Agrale.

• Las diferencias en magnitudes productivas y comerciales sonamplias a favor de Brasil, respecto a Argentina. En el caso de las exportaciones totales, Brasil es 26 veces superior.

• Más del 77% del comercio bilateral se encuentra explicado porlas importaciones por lo cual resulta muy deficitario con Brasil donde existe un entramado local atomizado. El sector se encuentra

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

236

dentro de pautas de comercio administrado con Brasil aunque no puntualmente a este sector sino que cae dentro de una gama amplia de sectores.

• La penetración de China en este sector no resulta relevanterepresentando sólo el 6% de las importaciones totales. En el período 2006-2008, el aporte al crecimiento de las compras de ese origen resultó insignificante (0,2%)

• Como comentario adicional, la producción local del sector enArgentina aparece como sensible entre los que serían afectados por una eventual eliminación del doble cobro del AEC producto del alto flujo de comercio intrazona y el elevado peso del Arancel Externo Común (AEC) principalmente en las importaciones desde Uruguay. Esto implicaría que podría producirse un eventual desplazamiento de la producción y concentrarse en un país con ventajas competitivas y distribuir el producto a nivel regional. En esos casos, el aprovechamiento del comercio regional y los procesos de integración productiva simple o compleja se presentan como alternativas.

Cuadro 18. Carrocerías

CIIU 342

Sector

Fabricación de carrocerías para vehiculos automotores;

fabriccion de remolques y semirremolques

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.) cuero

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 342

Cant. emp. 3

Ppales empresas Marcopolo - Agrale - Randon

Monto (U$S miles) 5.639,0

Rango Baja

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Continuación

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio-Alto

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 26,2

Brasil/ Argentina (en rango) Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -77,4

Rango Muy deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,21

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango Insignificante

2.3.2.2 Carnes

• Brasillogróconsolidarsecomoelprincipalexportadormundialdeproteína animal: 1º en carne bovina, 1º en pollo y 4º en cerdo. Se propone continuar ampliando el acceso a mercados externos, teniendo como principales desafíos una continua mejora de la calidad de sus carnes y una garantía de abastecimiento de insumos para la producción brasileña.

• Enlosúltimosañosseobservóunprocesodeinversionesbrasileñasen Argentina. Básicamente, dos empresas brasileñas compraron algunos de los frigoríficos más importantes del país tanto por el interés que genera la actividad interna como por las oportunidades de exportación.

• Analizando la capacidad de producción ganadera a partir de laevolución del stock ganadero se puede observar un crecimiento desde 2002 aunque en el último año la misma cayó a 55,1 millones de cabezas.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

238

• Enlosúltimosaños,sepresencióunpaulatinodeteriororelativode

la actividad ganadera en Argentina, en especial en carne bovina.

No obstante, se trata de una actividad competitiva en dicho país.

El mayor riesgo es que perdure en el tiempo la política ganadera

actual y que se continúe con el proceso de reducción del stock de

vientres.

• Si se modifican algunas de las regulaciones recientes y se dan

señales económicas y sectoriales positivas existe potencialidad para

desarrollar el mercado de exportación y profundizar el sistema de

engorde a corral en Argentina.

• LosFrigoríficosExportadoresoFrigoríficosdeClaseA:Sonaquellos

especialmente aprobadas por la Unión Europea y EE.UU. Tienen un

alto nivel higiénico-sanitario. Se puede estimar que el 30%/33%

del sacrificio se rige por estas pautas.

• Cuandosetieneencuentatodoelsector151de laclasificación

CIIU (producción y procesamiento de carne, pescado, frutas,

legumbres, hortalizas, aceites y grasas) el saldo comercial bilateral

resulta superavitario. Debe hacerse la salvedad que en este sector

ingresan tanto carnes como aceites y harinas de soja, jugos, frutas

y hortalizas, pollos.

• Las exportaciones totales de carnes deArgentina representan el

8% del sector 151, mientras que los que más influyen son aceite y

harina de soja 64,1%.

• Ensegmentocarneselcomerciobilateralescasiequilibradocon

un déficit de U$S 7 millones para Argentina que representa el 5%

del comercio total.

• Elcomerciobilateraltieneunelevadogradodecomplementariedad

de ambas economías, mientras Argentina tiende a exportar carne

bovina, por otro lado Brasil dispone un importante nivel de

exportaciones de carne porcina.

• Las potencialidades mediante la explotación de las ventajas

de especialización resultan elevadas teniendo en cuenta las

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dificultades atravesadas por el sector en Argentina respecto a la

pérdida de vientres, la caída de la zafra de terneros a raíz de la

sequía, el desaliento de los productores luego de casi un año de

conflicto con el Gobierno. De lo anterior se deriva una pérdida de

los stocks en torno a un 5% lo que significa alrededor de 3 millones

de cabezas de ganado.

• Esta situación limita las posibilidades de una explotación bajo

una estrategia de búsqueda de recursos donde esta se encuentra

comprometida. A diferencia, las potencialidades en el segmento

de carne porcina se consideran elevadas bajo la estrategia

de internacionalización de la producción donde Brasil resulta

competitivo.

• SibienenArgentinaexisteunafuertetradiciónporlacarnebovina

y un alto consumo per cápita (70 kg anuales), la caída del stock

ganadero incrementa la demanda insatisfecha de carne bovina. Allí

el segmento porcino, que no se encuentra fuertemente explotado,

gana lugar como sustituto cercano en precio y uso.

• Alrespecto,similarmenteaBrasil,Argentinacuentaconventajas

de localización para la producción como la disponibilidad y

extensión de tierras, la producción de granos para su alimentación,

cuenta con un incipiente mercado y unidades productivas. Además

Argentina cuenta con un alto status sanitario declarado de TGE,

PRRS y de Peste Porcina.

• Paraconsiderareslarecientegripeporcinaquesibienseinformó

que no se transmite por consumo de carne de cerdo, genera cierta

desconfianza en la población por falta de conocimiento.

• Otrosustitutoderelevanciaeselsegmentoaviar,rubroenelque

Brasil dispone de un importante posicionamiento internacional a

nivel de producto y empresas. En ese segmento, Argentina dispone

de una producción competitiva que cumple garantías de seguridad

alimentaria. Los productores argentinos están organizados bajo el

sistema de integración vertical, método que facilita la trazabilidad

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

240

del producto. En el año 2008 se sacrificaron 538,9 millones de cabezas, destacándose los casos de las provincias de Entre Ríos y Buenos Aires (88% entre ambas).

Cuadro 19. Carnes

CIIU 151

Sector

Producción, procesamiento y conservación de carne, pescado,

frutas, legumbres, hortalizas, aceites y grasas

Sector clave en Brasil Si (expans liderazgo) Carnes

Grandes emp. origen capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 151

Cant. emp. 2

Ppales empresas Friboi Marfrig

Monto (U$S miles) 293.938

Rango Alta

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio-Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 1,29

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 43,18

Rango Superavitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,16

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango

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241

2.3.2.3 Maquinaria y equipos (bienes de capital)

• De acuerdo al documento “Innovar e investir para sustentar o

crescimento” en Brasil existe una gran heterogeneidad productiva

intraindustrial, con bajo nivel de eficiencia. Es por ello que se

busca fortalecer a las empresas de origen de capital brasileño,

a través de la consolidación empresarial y la promoción de

exportaciones. Se considera necesario fortificar la cadena de valor

en su conjunto.

• PeseacontarcondificultadesinternasenBrasil,cuentaconuna

alta diferencia en términos productivos frente a Argentina. A su

vez, en términos comerciales Brasil exporta casi 5 veces más.

• En el marco de una búsqueda de fortalecimiento competitivo

la penetración de productos brasileños en Argentina constituye

una oportunidad. Un tema a tener en cuenta al respecto es que

este segmento explica una alta proporción del crecimiento de

las compras totales desde China mostrando la existencia de una

demanda abastecida por países de extrazona.

• Las compras desde Brasil representan un 14,2% de las

importaciones totales y el comercio bilateral resulta deficitario

para Argentina en más de U$S 237 millones, cifra que representa

el 31% del comercio total.

• El sector en Argentina muestra un alto déficit comercial total

superior a los U$S 2.500 millones para el año 2008 donde

existen escasos niveles de producción internos para abastecer a

la industria local. China es un fuerte competidor frente a Brasil y

representa el 15% de total de importaciones.

• Asimismo se muestran signos de debilidad y necesidades de

protección de la industria local. Las medidas de protección para este

sector afectan el 8,1% del total de importaciones aunque no resulta

un alto porcentaje en relación con otros sectores tradicionalmente

protectores y se dan en algunos productos puntuales.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

242

Cuadro 20. Maquinaria y equipos

CIIU 153

SectorFabricación de maquinaria

de uso geral

Sector clave en BrasilSi (fort. compet.) Bienes de

capital y Agroindustria

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se resgistram anuncios

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancia Brasil en anuncios de Inversión

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 4,76

Brasil/ Argentina (en rango) Medio-Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -30,60

Rango Deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

7,05

Rango Alto

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

8,14

Rango Bajo

2.3.2.4 Químicos• SetratadesectoresaltamenteintegradoentreArgentinayBrasil.

Los sectores productivos de ambos lados de la frontera tienen

un elevado grado de desarrollo y en cierta medida un nivel de

competitividad similar.

• Endichocontextosegeneraunasituacióndeentendimientosentre

los sectores privados de ambos países, no existiendo negociaciones

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para tratar de frenar las importaciones en algún sentido. Además, la alta coordinación y entendimiento de los sectores de ambos países permite un desarrollo equilibrado tanto en términos de producción como de comercio.

• Dentro del sector químico coexisten diversos rubros (abonos,herbicidas, cosméticos, limpieza, medicamentos, pinturas, etc.) por lo que se debería analizar puntualmente cada uno de ellos para detectar posibles oportunidades de inversión.

• Se han evidenciado inversiones brasileñas en Argentina en unnivel medio, como los casos de Grafor y Praxair. No obstante, la relevancia de los anuncios de inversión brasileña en el total de los anuncios de este sector en Argentina se ubican en un rango bajo.

• SibienlaproducciónenBrasiltienemayorescalaydiversidadentérminos de productos, las diferencias no son muy notables.

• Enelplanodelainsercióninternacional,ladiferenciaencuantoalas exportaciones no se encuentra en un alto rango (Brasil envía al extranjero 2,5 veces más que Argentina, cuando para el total de los bienes está brecha es de 8 veces).

• LasituacióndecomerciobilateralesdeficitariaparaArgentinaconun saldo de casi U$S 400 millones para el 2008 el cual representa el 16% del comercio total bilateral.

• La penetración de China ha resultado la más significativa paraeste sector lo cual se explica por el crecimiento de las compras de glifosato, ácido fosfonometiliminodiacetico y politereftalato de etileno en formas primarias. El aporte al crecimiento del sector en las importaciones totales de China entre 2006 y 2008 es de 23% y el crecimiento en este sector de las importaciones desde aquel origen es de 346% en ese mismo período.

• Existirían posibilidades de acentuar la complementariedadproductiva entre ambos países a nivel sectorial.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

244

Cuadro 21. Químicos

CIIU 241

SectorFabricación de substancias

químicas básicas

Sector clave en Brasil

Grandes emp. origen capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 241

Cant. emp. 2

Ppales empresas Gafor - Praxair

Monto (U$S miles) 30.797,48

Rango Media

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 2,45

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -15,97

Rango Deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

22,99

Rango Alto

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

2,54

Rango Bajo

2.3.2.5 Plásticos

• Brasilseplanteafortalecersucompetitividadenelsectorplástico.

Para ello tiene como objetivos principales la consolidación de Brasil

como exportador de productos con tecnología y valor agregado,

así como el aumento de la competitividad de las industrias de

procesamiento de plástico.

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• En los últimos años, se evidenció un alto nivel de inversionesbrasileñas en Argentina. Se consolidaron inversiones por casi U$S 154 millones entre 2002 y 2008, producto de las empresas Ilion, Oerlikon, Sinimplast y Tigre. No obstante, la participación de Brasil en el total de los anuncios de inversiones plásticas de los últimos 7 años es baja.

• LadimensiónproductivadeBrasilessuperioraladeArgentina,aunque las diferencias no son tan notorias. Asimismo, los niveles de competitividad también son bastante equiparables.

• Enambospaíses,laofertaproductivaseencuentraconcentradaen los eslabones de materias primas de características oligopólicas, dado que la cadena se inicia con la utilización de insumos derivados de la industria petroquímica producto del procesamiento del petróleo y gas natural donde existe una alta concentración de la oferta.

• TantoArgentinacomoBrasilcuentanconunaindustriapetroquímicadesarrollada, condición para el abastecimiento local de materias primas de la industria plástica, el eslabón inicial de la cadena es el que fija las condiciones comerciales en ambos países, dado que la industria de transformación y manufacturas finales está compuesto por un gran número de empresas pequeñas y medianas donde se da una relación desigual.

• EnArgentina,enelsectordemanufacturasexistenalrededorde2.700 empresas y sólo el 2% cuentan con más de 100 empleados, mientras que más del 70% posee entre 1 y 5 empleados. En Brasil, la cantidad de empresas en este eslabón superan las 11.000, mientras que en los eslabones previos de materias primas e intermedios no llegan a 20.

• Lasdiferenciasencuantoadimensionesnoseobservantampocoen la relevancia exportadora en comparación con el promedio sectorial. Las exportaciones totales de Brasil resultan menos de 2 veces mayores a las de Argentina (mientras que la diferencia

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

246

sectorial promedio es de más de 9 veces). No obstante, en Argentina se observa una mayor dependencia de las exportaciones hacia países del Mercosur, algo más pronunciado en el eslabón de productos finales.

• Existeunimportanteintercambiobilateral,enambossentidos,loque demuestra la similitud del sector a ambos lados de la frontera y ciertos parámetros de integración regional. Si bien el sector en Argentina presentó un signo negativo de U$S 40 millones en el comercio con Brasil en 2008, dicho déficit representa menos del 10% del comercio bilateral por lo cual se observa cierto equilibrio en la relación.

• Adicionalmente, existe un excelente niveles de entendimientoentre los empresarios de los dos países, que facilitan el desempeño parejo de las industrias. De esta manera, tampoco en este sector ha surgido productos sensibles que se intentaran proteger por medio de alguna medida.

• Elcomercioequilibradocomolasemejanzadesuscaracterísticasproductivas hacen que las potencialidades de un proceso de inversión bajo una estrategia de internacionalización de productos mediante la búsqueda de expansión de liderazgo por parte de Brasil se encuentre en cierta forma agotado. Asimismo las limitaciones también se observan en caso de la búsqueda de asimilación de ventajas de propiedad relativa del lado argentino donde estas no se observan en lo concreto.

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Cuadro 22. Plasticos

CIIU 252

SectorFabricación de productos

de plástico

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.)

Grandes emp. origen capital brasileiro

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 252

Cant. emp. 4

Ppales empresas Clion - Oerlikon - Sinimplast - Tigre

Monto (U$S miles) 153.926

Rango Alta

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 1,75

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -7,20

Rango Equilibrado

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

1,05

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0,00

Rango

2.3.2.6 Calzado• ConstituyeunrubroenelqueBrasilbuscafortalecersusestándares

de competitividad. Para ello se presentan como grandes metas

la consolidación de su mercado interno y su posicionamiento

internacional, en los cuales se encuentra amenazado por los productos

del Sudeste Asiático. También es un desafío para Brasil la incorporación

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

248

de tecnologías estratégicas (TIC`s, nanotecnología y biotecnología) en

la cadena de valor de cuero, calzado y productos derivados.

• Enelsectorcalzadolasinversionesbrasileñasenelperíodo2002-

2008 suman U$S 154,5 millones en Argentina considerado un nivel

alto cifra dentro del promedio. El proceso de inversiones brasileñas

en este sector fue caracterizado por una búsqueda de expansión

de liderazgo aprovechando sus ventajas de propiedad mediante la

adquisición de plantas, ampliación de las existentes y recuperación

de costos hundidos.

• Existengrandesdiferenciasdeescalaentre los sectoresdeambos

países, en términos de dimensiones, escalas de producción e

internacionalización. Esto queda plasmado en la superioridad

exportadora de Brasil (60 veces más que Argentina) y en el

comportamiento del comercio bilateral (elevado déficit sectorial

para Argentina). El 97% del comercio con Brasil se explica por las

importaciones abarcando estas el 60% de las importaciones totales.

• Las diferencias de escala a favor de Brasil y la atomización del

sector en Argentina frente a la asociatividad y fortaleza se reflejan

en la relevancia relativa de las exportaciones brasileñas respecto a

las argentinas.

• Este sector es considerado tradicionalmente como sensible

en Argentina el cual se encuentra dentro de la comisión de

monitoreo dado el fuerte avance de Brasil en el período 2003-

2006 aunque posteriormente producto de acuerdos entre privados

de ambos países, la participación de Brasil comenzó a disminuir.

El país favorecido por esta merma de importaciones fue China

quien aumentó su participación del 26% al 30% en el último

año, presentando un aporte medio-alto al crecimiento de las

importaciones totales de China entre los años 2006 y 2008.

• Las importaciones del sector calzado en Argentina están

fuertemente afectadas por medidas de protección. Las licencias no

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automáticas abarcan más del 96% de las importaciones totales

afectando negativamente el ingreso de mercancías y generando

dificultades operativas en algunas empresas a la hora de exponer

su oferta importada en el mercado local.

• Enloqueserefiereacalzadosdeportivos,existeunasignificativa

importancia de bienes importados, en especial en los que se

requiere una capacidad de producción a gran escala y niveles de

inversión inicial altos cuya producción se encuentra integrada a

nivel mundial, mayormente en países asiáticos. La concentración

de la oferta en este segmento se da en empresas multinacionales

que mayormente distribuyen sus productos mediante subsidiarias

locales. El nivel de competencia es alto con fuertes inversiones

publicitarias a los fines de la búsqueda constante del liderazgo

de la marca.

• Losotrossegmentossecomponenporcalzadoinformalocasual

donde empresas locales más atomizadas disputan el mercado

local mediante el establecimiento de la marca propia, donde

además pueden distribuir o producir marcas internacionales

mediante el uso de licencias. Por otro lado también existe un

segmento de calzados de vestir o de alta gama, compuesto

mayormente por PyMEs locales donde la calidad es alta pero

encuentran muy vulnerables ante los altos costos y falta de

crédito. Finalmente, en el segmento de calzado de seguridad, la

oferta se encuentra más atomizada con empresas PyMEs donde

la producción es en serie.

• El sector local parece encontrarse en una etapa de madurez

donde se estima un mercado total de 100 millones de pares

limitando las posibilidades de expansión. Asimismo la oferta

local posee fuertes interrogantes acerca de la resistencia de su

participación del mercado por parte ante eventuales aumentos

de las importaciones.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

250

Cuadro 23. Calzados

CIIU 192

Sector Fabricación de calzado

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.) Calzado

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 192

Cant. emp. 4

Ppales empresasDilly - Grendene - Paquetá - Coop. Joanetense

Monto (U$S miles) 154.500

Rango Alta

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Alto

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 60,01

Brasil/ Argentina (en rango) Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -97,06

Rango Muy deficitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

2,11

Rango Medio

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

96,87

Rango Alto

2.3.2.7 Ferroviario

• Rubroenelquesonpordemásnotoriaslasdiferenciasenlaescala

productiva de Brasil respecto a Argentina. No obstante, no parece

ser prioritario entre los sectores estratégicos en Brasil.

• A nivel productivo no se evidenciaron inversiones brasileñas en

Argentina en los últimos años, aunque si las hubo a nivel medio en

lo referido al servicio de transporte por vía férrea.

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• Argentinatienetradicióndefabricaciónenelsector.Hasidopioneraenel desarrollo ferroviario de Latinoamérica y, a pesar de las dificultades recientes, mantiene latente know how sectorial y capacidad productiva, que le permitirían encabezar un nuevo desarrollo.

• Sonpalpableslasnecesidadesenmateriademejorasdeserviciodetransporte de pasajeros y de carga, así como extensión de la red férrea y los servicios complementarios.

• Existenaccionesdesdelossectorespúblicoyprivadopararevitalizarelsector ferroviario argentino que involucran el fomento de actividades productivas, el fortalecimiento de la cadena de valor ferroviaria en el país y un proceso de capacitación de recursos humanos.

• ElGobiernoargentinoimpulsalareactivacióndelsectorferroviario.A fines de febrero de 2008, se creó la Ley 26.352 que tiene como fin el reordenamiento de actividad ferroviaria. La norma crea 2 organismos bajo la órbita del Ministerio de Planificación (la Administración de Infraestructuras Ferroviarias Sociedad del Estado para administrar la infraestructura ferroviaria y los bienes ferroviarios concesionados a privados cuando finalice la concesión; y la Operadora Ferroviaria Sociedad del Estado para asumir la prestación de los servicios ferroviarios de pasajeros o de carga).

• Alstom,empresalíderanivelglobalenlaactividadferroviaria,disponeplantas productivas tanto en Argentina como en Brasil y mantiene planes para acrecentar su actividad en ambos países. En el caso de Argentina, Alstom busca profundizar su actividad de reparación de vagones y construcción de unidades para el subte en La Plata.

• El proyecto del Tren Bala Buenos Aires-Rosario-Córdoba quedóen stand by, principalmente por dificultades de financiamiento. No obstante, se le adjudicaría a la empresa Alstom la compra de 15 tranvías por una suma que rondará los US$ 65 millones para extender el recorrido de Puerto Madero a la Boca y Retiro. Se fomentaría la integración nacional de partes. Las primeras unidades saldrían a fines de 2010.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

252

Cuadro 24. Ferroviario

CIIU 352

SectorFabricación de locomotoras y de material rodante para

ferrocarriles y tranvias

Sector clave en Brasil No

Grandes emp. origen capital brasileiro No

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se resgistram anuncios

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 21,3

Brasil/ Argentina (en rango) Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -65,1

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,00010

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango Insigniificante

2.3.2.8 Motovehiculos

• El mercado interno argentino está consolidado en niveleshistóricamente altos, a pesar de la actual crisis. Pasó de ser 9 veces menor al brasileño en 2004 a sólo 3 veces en 2008.

• ElEstadoargentinoimpulsaeldesarrolloylaintegraciónnacionalen la producción de motovehiculos. Desde septiembre de 2006 se

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exige para las importaciones de motovehiculos de hasta 250 cc. de cilindrada el Certificado de Importación de Motocicletas.

• Ademásestáenlafasefinalunplanoficialquepretendeincrementarel valor agregado local del 40 al 60% en cinco años. Se favorecería el desarrollo del sector motopartista local mediante certificados de importación con reducciones arancelarias, bonos fiscales para el pago de tributos e insumos y líneas de financiamiento para favorecer la adquisición de insumos y bienes a aquellas empresas que acrediten inversiones superiores a US$ 1 millón para la integración de partes locales en la producción y ensamble de motos en el país.

• Actualmente el sector productor y de ensamble no dispone deun sector motopartista desarrollado. La producción local de motopartes es insuficiente en términos de cantidad, costo y calidad para abastecer al nuevo sector ensamblador.

• Enlosúltimosaños,lasempresastradicionalesvolvieronaproduciry a ensamblar algunos modelos de entre 50 cc y 150 cc de cilindrada de forma competitiva. También se incorporaron nuevos jugadores en la producción, los que están invirtiendo en el ensamble local de algunos modelos de motocicletas de 100 cc a 125 cc de cilindrada y cuatriciclos.

• Laproducciónnacionalsehaconcentradohistóricamenteen losmodelos de menor cilindrada, no existiendo producción nacional ni ensamble de motovehiculos de más de 150 cc.

• Zanella, la única empresa que producemotos en el país, es decapitales locales. También existe un conjunto de empresas que sólo importa unidades terminadas y/o ensambla CKD, y se incluyen tanto firmas de capitales locales como filiales de empresas multinacionales.

• Apesardelincrementodelaproducciónnacionalydelensambledemotovehiculos a partir de kits importados, la actividad productiva local ha visto reducida sistemáticamente su participación en las ventas luego de la crisis del 2002.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

254

• En el ensamble de motocicletas del total de partes y piezasutilizadas, en promedio, alrededor de un 10% corresponde a partes fabricadas en el país, mientras que el 90% restante proviene del exterior, principalmente de China.

• Existeunatendenciaalasustitucióndemotoschinasdebajacalidadpor otros orígenes de mejor calidad y disponibilidad de repuestos.

• Laparticipacióndemotovehiculosdeorigenbrasileñosobreeltotalimportado por Argentina superó el 7,4% en 2008. Este share supera al de 2007 de sólo 5,7%, pero está muy por debajo del 39% alcanzado en 2003, antes de la fuerte penetración de motos de origen chino.

Cuadro 25. Motovehiculos

CIIU 359

SectorFabricación de otros tipos de equipo de transporte N.C.P.

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro

No se resgistram anuncios

Cant. emp.

Ppales empresas

Monto (U$S miles)

Rango

Relevancia de Brasil en anuncos de Inversión

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 41,24

Brasil/ Argentina (en rango) Alto

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -94,75

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

4,44

Rango Medio

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

89,72

Rango Alto

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255

2.3.3 Rubros productivos con Oportunidades Bajas

2.3.3.1 Petroquímica

• Brasil continúa posicionándose a nivel internacional en el rubro

de extracción y refinación de petróleo. En ese sentido, los planes

brasileños tienden a garantizar la autosuficiencia en petróleo y a

revitalizar y ampliar la participación de la industria local con bases

competitivas y sustentables en petróleo y gas en el exterior. Sin

dudas, la relevancia de Petrobrás en esta estrategia es trascendental.

• Elsectorpresentapotencialidadesporlaasimilacióndelasventajas

de propiedad del lado argentino donde se observa un alto superávit

en el comercio bilateral, U$S 1.413 millones que representa el

82% del comercio total con Brasil y una mayor relevancia de las

exportaciones totales al resto del mundo en términos relativos

(exporta 1,11 veces más que Brasil)

• Estoseasimilaalaestrategiadeexpansióndeliderazgoadoptada

por Brasil en su proceso de desarrollo de la industria de derivados

de petróleo y gas natural mediante la búsqueda de eficiencia y

ampliación de escalas productivas como así también bajo una

estrategia de resource seeking.

• EnArgentina,existengrandesyacimientospetrolíferosygasíferos

con altas potencialidades en cuanto a la generación de valor

agregado derivado de actividades conexas como proveedores de

insumos, servicios de ingeniería, equipos especiales, transporte,

entre otros, como el abastecimiento a otras industrias como la

química o del plástico.

• Noobstante,elprocesodeextraccióndepetróleohadisminuido

de forma sostenida entre los años 2003 y 2007, donde se estima

una caída superior al 13%, producto de la caída de la actividad

exploratoria de los últimos años con consecuencias negativas en la

disponibilidad de reservas de petróleo.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

256

• Sibienel sectormuestrapotencialidadesdedesarrollo conjuntohacia una estrategia de ampliación de las reservas y generación de valor agregado de actividades conexas, el proceso de inversión por parte de Brasil ya se encuentra en un alto rango, como también su incidencia en los anuncios totales (casi el 35% en el total de anuncios).

• Entre 2002 y 2008 las inversiones de Petrobrás fueron de U$S3.430 millones que abarcaron actividades de extracción y refinación de petróleo y gas, así como también a otros rubros energéticos, petroquímicos y servicios varios. Las inversiones del grupo Petrobrás involucraron las actividades de las firmas Petrobrás Energía y Entre Lomas. También se contabilizaron anuncios de la firma Saraceni por otros U$S 20 millones.

• Tambiénesdestacableelanuncioconjuntode2008entrePetrobrás,YPF y la estatal argentina Enarsa. De ello se desprendió la intención de realizar actividades de exploración en bloque de plataforma marítima a 250 km de la costa de Mar del Plata.

• TambiénesdestacablelaparticipacióndeBrasilenelprocesodeinversión de productos de la refinación de petróleo. El 15,2% del total proviene de capitales brasileños, aunque la más importante proviene desde España por parte de Repsol-YPF que representa el 54% del total.

• Lasaltasbarrerasdeentradaylaexistenciadegrandesempresasde explotación con fuerte presencia estatal refuerzan los argumentos acerca del fortalecimiento del sector como estratégico para el desarrollo de la región, y en esta cuestión, Argentina y Brasil muestran un reciente trabajo conjunto. Si bien el sector se clasifica como baja potencialidad, esto no implica considerar el agotamiento de las posibilidades de expansión conjunta, sino el inicio de una incipiente recuperación de la actividad petrolera en Argentina donde Brasil ya posee fuerte presencia.

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Cuadro 26. Petroquímica

CIIU 232

SectorFabricación de productos de

la refinación del petróleo

Sector clave en BrasilSi (expans liderazgo)

petróleo, gas y petroq.

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 232

Cant. emp. 2

Ppales empresas Petrobrás - Saraceni

Monto (U$S miles) 3.450.000*

Rango Muy Alto

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Medio alto

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 0,90

Brasil/ Argentina (en rango) Arg

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 82,24

Rango Muy superavitario

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

-0,02

Rango Insignificante

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0,00

Rango

Nota: *Las inversiones de Petrobrás (U$S 3.430 millones) abarcaron actividades de extracción y refinación de petróleo y gas, así

como también a otros rubros energéticos, petroquímicos y servicios varios.

2.3.3.2 Siderurgia

• Sectorqueenlosúltimosañosrecibióunimportanteflujodeinversiones

en Brasil que permitió el incremento de la capacidad productiva

en aquel país. También se ve beneficiado en Brasil por un acceso

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

258

privilegiado a las materias primas. No obstante, según el documento

“Innovar e investir para sustentar o crescimento” se considera que la

dimensión empresarial y las inversiones tecnológicas de las empresas

brasileñas fueron inferiores a las líderes internacionales.

• UnodelosprincipalesobjetivosdeBrasilesmantenerseentrelos

5 principales productores mundiales en los próximos años, en un

marco de promover la internacionalización empresarial.

• Enlaactualidad,lasiderurgiadeBrasileslaprincipaldelaregión

en aceros planos y número 22 en el mundo. Respecto a Argentina,

tanto en el segmento de industrias básicas de hierro y acero como

productos primarios de metales preciosos y minerales no ferrosos

el valor agregado de Brasil la supera en más de 10 veces.

• Respectoalarelevanciacomoexportador,lasventajastambiénse

observan del lado de Brasil superando en 6,4 veces las exportaciones

argentinas y en el comercio bilateral Argentina muestra un saldo

deficitario en los dos segmentos (U$S 985 millones y U$S 355

millones, respectivamente para los sectores de Industrias básicas

de hierro y acero _CIIU 271_ y Fabricación de productos metálicos

no ferrosos _CIIU 272_).

• Encuantoalasinversiones,lasprovenientesdeBrasilseencuentran

en un alto rango por parte de las empresas Acindar y Sipar Gerdau

donde predominaron las modalidades greenfield y ampliación

superando los U$S 500 millones. Sin embargo, el peso de Brasil es

bajo en el total de inversiones del sector (en torno al 10%) donde

se destaca la fuerte presencia de capitales locales por parte de

las empresas Aluar y Ternium Siderar, en ambos casos empresas

grandes con una importante trasnacionalización.

• Es de destacar que Argentina dispone de varios factores que

dan competitividad internacional a esta actividad: disponibilidad

de materias primas e insumos en calidad y cantidad, know how

sectorial y capacidad productiva. No obstante, hay que resaltar que

es una actividad fuertemente concentrada en grandes empresas,

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259

lo cual reduce las oportunidades de grandes inversiones brasileñas por sobre las ya realizadas.

Cuadro 27. Siderurgia

CIIU 271 271

SectorIndustrias básicas de

hierro y acero

Fabricación de productos primarios de metales

preciosos y metales no ferrosos

Sector clave en BrasilSi (expans liderazgo)

siderurg

Grandes emp. origen capital brasileiro

Inversiones en Argentina (Encuesta + Anuncios)

Rubro 271 272

Cant. emp. 4 1

Ppales empresas

Sipar Gerdau - Acerbrag - Acindar - Usiminas

Laminação Paulista

Monto (U$S miles)

549109 303

Rango Alta Baja

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión

Medio-Bajo Medio-Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina

B más B muchomás

Relevncia comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces)

6,39 4,17

Brasil/ Argentina (en rango)

Medio - Bajo Medio - Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100

-70,23 -56,06

Rango Muy deficitario Muy deficitario

sigue...

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

260

Continuación

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,96 0,59

Rango Bajo Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

15,48 0,00

Rango Medio

2.3.3.3 Vehículos automotores

• Brasil tiene como objetivo fortalecer su competitividad en elcomplejo automotriz. Para ello se propone como objetivo consolidar y ampliar la participación del país en la producción mundial de vehículos.

• Graciasauncrecimientosostenidoenlosúltimosaños,Brasilseestá consolidando como uno de los principales jugadores a nivel global en la producción de vehículos. En 2008 alcanzó un nuevo récord de producción en su historia, al superar los 3,2 millones de unidades fabricadas. La meta oficial que se manejaba era superar las 4,3 millones en 2010 y los 5 millones en 2013, aunque esto puede estar afectado por el nuevo escenario global para el sector.

• Paralelamenteaesteprocesoantesexpuesto,sefueacrecentandola injerencia brasileña en Sudamérica en diferentes aspectos: por la relevancia productiva, en cuanto a la toma de decisiones productivas y de sourcing, y respecto a la capacidad de diseño e ingeniería.

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261

• CasilatotalidaddelosjugadoresinstaladosenBrasilcorrespondena empresas multinacionales. La empresa brasileña Agrale se orienta a la producción de vehículos semipesados.

• Se anunciaron inversiones brasileñas en Argentina para lainstalación de una planta productiva en Mercedes (Provincia de Buenos Aires) por parte de la firma Agrale.

• EnArgentina,elsectorcrecióenproducción,ventasyexportacionesprogresivamente desde el año 2002 y alcanzó récords históricos en 2008. Esto se dio en el marco de un nuevo modelo, que dispone de una mayor orientación a la exportación y logró renovar su oferta de vehículos (todas las terminales recibieron nuevas asignaciones en los últimos 6 años). La fabricación es realizada por 9 terminales automotrices.

• Existeunacrecientetendenciaalacomplementariedadproductivaentre Argentina y Brasil. En los últimos años, aumentó la especialización de cada país a nivel regional: Argentina tendió hacia los vehículos medianos, pick ups y utilitarios; mientras que Brasil lo hizo hacia vehículos pequeños y camiones. No obstante, este último país tiene una oferta amplia y diversificada con producción en todos los segmentos.

• Entre2005y2008,elsectorautomotrizargentinofuepuntaldelcrecimiento manufacturero local, hecho que lo convirtió, para el gobierno nacional, en un sector testigo del nuevo modelo productivo post-devaluación. Es por ello que desde el sector público se trabajó conjuntamente con la cadena de valor automotriz para sostener varias políticas de fomento.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

262

Cuadro 28. Vehículos automotores

CIIU 341

SectorFabricación de vehiculos

automotores

Sector clave en Brasil Si (fort. compet.)

Grandes emp. origen capital brasileiro Si

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 342/342

Cant. emp. 1

Ppales empresas Agrale

Monto (U$S miles) 2.120,0

Rango Baja

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 1,8

Brasil/ Argentina (en rango) Bajo

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -10,7

Rango Equilbrado

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,40

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango Insignificante

2.3.3.4 Fabricación de productos minerales no metálicos

(cemento)

• EnBrasilsebuscaconsolidarelliderazgoenelrubrodeminerales

y fortalecer la competitividad en construcción civil, ambos

casos relacionados a la actividad manufacturera de productos

minerales no metálicos.

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263

• En lo referente a insumosmateriales para la construcción Brasilposee fuerte presencia a nivel regional en cemento y cal con una alta participación en las inversiones totales en Argentina. En este sentido los capitales de origen brasileño representan más del 70% las inversiones totales del sector.

• También se destaca un fuerte proceso de inversiones tanto delresto de empresas locales como transnacionales dado el período de fuerte crecimiento de la actividad de los últimos cinco años por tratarse de una actividad fuertemente procíclica.

• Enlíneaconlaestrategiadeexpansióndelliderazgo,mediantelaadquisición por parte del grupo Camargo Correa de la empresa argentina Loma Negra, se convierte en uno de los principales proveedores de Latinoamérica.

• Respectoalarelevanciadelasexportaciones,lasdeBrasilsuperanalas de Argentina en 9,3 veces para todo el sector encontrándose en un rango medio en relación a los otros sectores. El intercambio entre los dos países se encuentra en un nivel bajo (U$S 116 millones) con un saldo deficitario para Argentina de 75 millones que representa el 64% del comercio. En lo referido a cemento, hay que considerar que se trata de un segmento con bajo grado de transabilidad.

• El sector se caracteriza por una alta concentración en ambospaíses por lo cual disparidades en cuanto a ventajas de propiedad no se muestran muy evidentes. Ante esto, la estrategia de internacionalización de productos a través de la adquisición para abastecer el mercado y expandir el liderazgo regional se hace factible considerando el bajo nivel de intercambio y la capacidad productiva en ambos países. Esto se refleja con la adquisición de Loma Negra.

• Sin embargo, la característica de concentración hace que estaposibilidad se encuentre ciertamente agotada luego de realizada la adquisición de la empresa líder como de sus empresas relacionadas del sector (Hormigones Lomax y Cementos del Plata).

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

264

Cuadro 29. Minerales no metálicos

CIIU 269

SectorFabricación de de productos minerales no metálicos N.C.P.

Sector clave en Brasil Si (expans liderazgo) minerales

Grandes emp. origen capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 269

Cant. emp. 1

Ppales empresas Loma Negra (Camargo Correa)

Monto (U$S miles) 101.025

Rango Alta

Anuncios de Inversión (Brasil/Total) 2002-2009 (3m) 75,7%

Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión Bajo

Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina B mucho más

Relevancha comercial de Brasil respecto a Argentina

Brasil/ Argentina (en veces) 9,3

Brasil/ Argentina (en rango) Medio

Situación en comercio bilateral Arg-Brasil

(X-M) / (X+M)* 100 -64,6

Rango Poco intercambio

Impacto de importaciones chinas

Aporte % al crescimiento de importaciones chinas 2006-2008

0,9

Rango Bajo

Medidas de defensa en Argentina

Impo restringidas (linc+dump) / impo totales

0

Rango

2.3.4 Rubros de servicios con Oportunidad Alta

En lo que se refiere a servicios, desde Brasil se percibe una actitud

proactiva para fortalecer la competitividad en rubros como Transportes;

Viajes y Turismo; Ingeniería y Construcción; Seguro y Finanzas; y,

Comunicaciones, entre otras.

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En todos los casos, la estrategia brasileña persigue la conquista de mercados y la especialización. Para ello se intenta aumentar la participación del país en el comercio mundial de servicios, ampliando la base de sus empresas exportadoras.

No obstante, para la determinación de oportunidades altas se consideraron también otros indicadores como la dinámica de la inversión brasileña y de extrazona de los últimos años, la existencia de empresas importantes de capital nacional en Brasil, la disponibilidad y costo de los recursos humanos en Argentina, el nivel de desarrollo local para la asimilación de conocimientos y las condiciones de localización creadas (marco normativo, leyes de fomento, profundización de procesos de integración, etc.).

2.3.4.1 Informática

• De acuerdo al documento “Innovar e investir para sustentar o crescimento”, el sector de las Tecnologías de la Información y Comunicación (TIC`s) de Brasil está incluido dentro de los programas movilizadores en áreas estratégicas. Al respecto, el objetivo central es posicionar a Brasil como un productor y exportador relevante de software y servicios de TI. Paralelamente, se procura ampliar la producción local y el desarrollo tecnológico en segmentos como los de microelectrónica, displays y otros TIC`s.

• Asimismosepercibeque,porelmomento,esbajalaparticipaciónde empresas brasileñas de tecnología propia en el mercado interno de aquel país. Además se considera que la oferta en Brasil está fragmentada, con un gran número de PyMEs.

• Enloqueserefierealsectorinformático,Argentinasedestacaenel plano latinoamericano por su mano de obra calificada y a buen costo tanto para las actividades de diseño de software como para otras actividades vinculadas a la informática.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

266

• A su vez en Argentina se cuenta con un régimen de promoción de software a nivel nacional (Ley 25.922) que busca mejorar la competitividad de las empresas mediante el otorgamiento de beneficios fiscales, estimulando el desarrollo y dinamizando la industria del software en el país. Ya se contabilizan 221 empresas inscritas al régimen.

• Los beneficiarios del presente régimengozarándel beneficio dela Estabilidad Fiscal hasta el 17/09/2014. Convertir en un bono de crédito fiscal intransferible hasta el 70% (setenta por ciento) de las contribuciones patronales que podrá ser usado para la cancelación de tributos nacionales, entre otras cuestiones.

• FlujodeinversionesbrasileñasqueseacercóalosU$S8millonesenelperíodo 2002-2008, lo cual si bien está calificado como bajo respecto a la media, es relevante teniendo en cuenta la dimensión de este segmento de servicios. Las inversiones que se constataron se orientaron a servicios de consultoría en equipo y programas de informática, provenientes de firmas como Itecsa, Stefanini, Datasul y Microsiga.

• UnacuestióncomplementariaaesterubroesqueenArgentinaexisteun desarrollo de la actividad de call centers en la última década.

• Existenposibilidadesdecontinuaresteflujoinversorbrasileño,elcual puede seguir aprovechando las ventajas que dispone Argentina para el desarrollo de esta actividad.

Cuadro 30. Informática

CIIU 721 722

SectorConsultores

en equipo de informática

Fabricación de productos de madera corcho, paja y

materiales trenzables

Sector clave en BrasilSi (mobilizador en área estratégica) sofware y

servicios TIC’s

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 721 722Cant. emp. 2 2

Ppales empresas Itecsa -Stefanini Datasul - Microsiga

Monto (U$S miles) 400 7.386,9Rango Baja Baja

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2.3.4.2 Construcción

• SedestacalacompetitividaddeBrasilenlosserviciosdeIngeniería

y Construcción. Allí se constata la existencia de grandes empresas.

• En Argentina, el sector de la construcción presentó un fuerte

crecimiento en el período 2003 a 2007, superior a dos dígitos.

Ya en 2008, ante la creciente incertidumbre en el mercado local

sumado a la desaceleración del gasto público, la actividad presentó

un crecimiento menor (3,7%).

• En el primer trimestre de 2009, la construcción disminuyó un

1,2% respecto al mismo período de 2008, aunque con diferentes

perspectivas en cada bloque. Los edificios para vivienda y las obras

viales crecen un 3% y un 5% respectivamente, mientras que las

obras para otros destinos, obras de infraestructura y construcciones

petroleras caen 5%, 7% y 32% en cada caso.

• En los últimos años, se ha expandido la cantidad de grandes

empresas constructoras, con participación de capitales extranjeros,

que se dedican a importantes desarrollos inmobiliarios.

• Traselantecedentedederrumbedelsistemafinancieroargentinoen

2001, la confiscación de las cuentas de capitalización individual en

2008 y la continuidad de las presiones inflacionarias y cambiarias,

la vivienda es percibida como una importante reserva de valor.

• Diferenciando por sectores de la demanda, se vislumbran más

oportunidades en lo que refiere a los productos destinados para

sectores de ingresos medios altos y altos, ya que ante el impacto de

la reciente crisis financiera internacional, todavía pueden mantener

posiciones líquidas. Los sectores de ingresos medios bajos y bajos

se enfrentan a la restricción de un elevado costo financiero de los

créditos hipotecarios y a una creciente inseguridad laboral.

• Sibienelblanqueodecapitalesotorgabeneficiosparalosfondos

destinados al sector de la construcción, por debilidades en la

redacción del régimen y la incertidumbre acerca de la política local,

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

268

se ha reducido la expectativa acerca del flujo de fondos que puede atraer hacia el sector.

• En loquerefierea laobrapública,porelmenorcrecimientodelos ingresos sumado a las restricciones de acceso al mercado internacional de crédito y los elevados vencimientos de deuda, se espera una desaceleración de los gastos de capital luego de las elecciones legislativas de junio, tanto a nivel nacional como provincial.

• Los costos de la construcción presentan una tendencia alcista,aunque a un ritmo que se viene desacelerando. En el primer cuatrimestre de 2009, estos aumentaron un 13%. Dentro de los diferentes componentes, crece más el costo de la mano de obra y los gastos generales (16% y 17%, respectivamente) que de los materiales (9%).

Cuadro 31. Construcción

CIIU 452

Sector

Construcción de edificios completos y de partes de edificios; obras de

ingeniería civil

Sector clave en BrasilSi (fot. compet.) construcción

civil

Grandes emp. origen capital brasileiro Si (varias)

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 452

Cant. emp. 2

Ppales empresas IRSA Cyrela - PDG Realty

Monto (U$S miles) 127.000

Rango Alta

Anuncios de Inversión (Brasil/Total) 2002-2009 (3m) 1,6%

Relevancia Brasil en anuncios de Inversión Bajo

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2.3.4.3 Transporte / Logística • SectorconungrandesarrolloenBrasilydisponibilidaddegrandes

empresas. • Entre2002y2008seconstataronvariasinversionesdeempresas

brasileñas en Argentina que sumadas se aproximan a los U$S 80 millones. Las mismas se refirieron a varios segmentos de servicios de transporte: por vía férrea, por vía terrestre y marítima. También se verificaron inversiones en actividades complementarias de transporte y logística

• Este sector puede ser afectado en el margen por la eventualimplementación del doble cobro del arancel en el Mercosur.

• Losefectosiríanenladireccióndefavorecerlaconcentracióndelossistemas de distribución en los países con la estructura de logística más desarrollada, y desde allí se realizarían la distribución a todos los países del Mercosur. Brasil, por ser el país con el mayor mercado interno, podría ser el más favorecido por estos cambios.

• De esta manera, podría ocurrir que el sector en Argentina seaafectado en el margen (dado que el efecto en todos los casos no será muy significativo) a favor de su desarrollo en Brasil.

• Elhechoquesectoresmanufacturerosdematerialdetransportecomoaeronáutica y embarcaciones sean percibidos como de oportunidad alta por el presente análisis y que los gobiernos de ambos gobiernos tengan intenciones manifiestas de desarrollar dichas actividades productivas, puede ser funcional a un mayor dinamismo en servicios vinculados como el caso de transporte y logística.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

270

Cuadro 32. Transporte y logística

CIIU 601 602 611 630

SectorTransporte

por vía férrea

Otros tipos detrans

porte por vía terrestre

Trasporte marítimo y de cabotaje

Actividades de transporte complementarias y

auxiliares; actividaes de agencias de viajes

Inversiones en Argentina (encuesta + anuncios)

Rubro 601 602 611 630

Cant. emp. 1 3 1 2

Ppales empresas

Ferrosur Roca (Camargo)

DM - Pluna - Stenfar

Docenave Cargo - Terminal Zarate

Monto (U$S miles)

46.500 15.547 * 15.508

Rango Media Media Baja Media

Relevancia Brasil en anuncios de Inversión

Medio - Bajo Alto s/d Bajo

Nota: * Se refiere a un anuncio en el cual no se consignó monto de inversión.

Notas

2 Se considera potencialidad alta en jugos, media en vinos y baja en cerveza.

3. Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos

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A manera de conclusión del análisis realizado en los capítulos precedentes, se desarrollan a continuación algunos lineamientos con el fin de contribuir a la formulación de acciones de complementación productiva entre Argentina y Brasil, que dinamicen la integración bilateral y el proceso inversor.

El enfoque de este estudio, que parte desde las inversiones extranjeras en Argentina con foco en el proceso inversor brasileño bajo una óptica de cadenas de valor y sectores prioritarios, y considera luego la visión desde indicadores cualitativos y cuantitativos, ha permitido detectar algunos nichos de oportunidad para fortalecer la articulación productiva en el contexto regional.

Estos nichos dan una pauta del posible mapa de relaciones para el desarrollo de negocios conjuntos y consideran diversos factores que propiciarían mayores sinergias entre ambos países. Entre ellos, además de las especificidades de cada sector estudiado, se consideraron:

• Lacapacidadproductivaydecisoriaanivelregionaldeempresasbrasileñas transnacionalizadas, lo cual en muchos casos es funcional a la estrategia pública de Brasil de consolidación de liderazgo o mejora de competitividad en diversos sectores.

• El poder financiero de dichas firmas, en muchos casos con unimpulso del sector público a través de varias agencias de gobierno. Esto da lugar a la posibilidad de explorar diferentes formas de integración e involucramiento en el mercado argentino.

• Las oportunidadesqueotorga el procesode integración regional(Mercosur), en particular para acrecentar el proceso de integración productiva y de transferencia tecnológica a nivel regional.

• ElaprovechamientodelasventajasdealgunosrubrosenArgentinapor competitividad genuina, gracias a disponibilidad de recursos y/o know how y/o infraestructura adecuada, entre otros.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

274

• La eventual existencia de oportunidades de negocios endeterminados sectores por cuestiones coyunturales.

Pero más allá del grado de oportunidad detectado en cada rubro, es necesario considerar también el espacio existente para la acción pública y privada, la cual constituye una variable significativa a la hora de delinear una estrategia productiva/comercial en la región. Es por ello que fue contemplada entre los principales rubros industriales y de servicios en los que se detectaron potencialidades altas o medias.

De dicho análisis se pudo reclasificar en 2 subgrupos a los rubros de acuerdo al espacio que se intuye existe para la acción pública/privada a nivel regional. Los que conforman el primer subgrupo son aquellos en los que habría más oportunidades de obtener réditos concretos de una exploración profunda y una búsqueda de consensos para la complementación.

Subgrupo I: Rubros seleccionados con mayor espacio para la acción

pública/privada a nivel regional

• Aeronáutica• Minería• IndustriaNaval(incluyepequeñasembarcaciones)• Ferrocarril• Autopartes• Maquinariadeusoespecial(maquinariaagrícola)• TIC´s+DesarrollotecnológicosorientadosalAgrobusiness• Biodiesel• Construcción

Por otro lado, en el segundo subgrupo se concentran rubros con oportunidades altas pero en los que las limitaciones para la interacción son mayores y el esfuerzo para obtener resultados destacables es mayor.

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Subgrupo II: Rubros seleccionados con menor espacio para la acción

pública/privada a nivel regional

• Lácteos

• Productosdelamolinería

• Bebidas(jugos)

• Cuero

• Celulosa/Papel

3.1 Breves comentarios sobre rubros con mayor espacio para la acción pública/privada a nivel regional

3.1.1 Aeronáutica

En el sector aeronáutico, existen una serie de elementos determinantes, que analizados conjuntamente dan lugar a importantes oportunidades para las inversiones brasileñas en Argentina.

La existencia de una elevada disparidad, tanto en términos productivos como comerciales, entre Argentina y Brasil (a favor de este último), se vislumbra a través del liderazgo a nivel internacional del sector aeronáutico con embrear como pilar de desarrollo. Por su parte, Argentina intenta recomponer una actividad, que si bien es histórica en el país, proviene de un largo período de desmantelamiento.

Cabe mencionar además, en vistas a una complementación productiva entre ambos países, la voluntad política en Argentina de fomentar la actividad sectorial, con un fuerte apoyo público y con iniciativas a nivel regional que involucran a Brasil como socio estratégico. Se suma a ello además, la disponibilidad de know how latente en Argentina, expuesto en la disponibilidad de un entramado de aeropartistas y de mano de obra calificada.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

276

A partir de los aspectos antes citados, se vislumbran significativas

oportunidades para la consolidación brasileña en este rubro, que sea

funcional a la reactivación sectorial en Argentina y simultáneamente

fomenten la integración productiva a nivel regional. De esta forma, en

un primer paso se podría revitalizar la actividad aeropartista argentina

como proveedoras de Embraer, y en un segundo paso avanzar en

actividades de ensamble de más valor agregado.

3.1.2 Minería

La actividad minera en Brasil cuenta con una gran cantidad de empresas

de capital local con un alto nivel de internacionalización y de exportación.

Una de las mineras más importantes en la producción y exportación de

hierro a nivel mundial, Vale do Rio Doce, ha invertido en el país con el fin

de satisfacer el 70% de la demanda de potasio del Mercosur. En Argentina,

sin embargo, si bien en la producción metalífera participan jugadores

mundiales, en la producción no metalífera y de rocas de aplicación, son las

pequeñas y medianas empresas locales las que tienen una alta participación.

En este sentido, y en función de las necesidades de sustentar el

crecimiento de Brasil en materia agroindustrial, sumado al hecho de

que la actividad es considerada como uno de los sectores estratégicos a

desarrollar, la estrategia de inserción en Argentina vendría de la mano de

oportunidades de complementariedad en aquellos productos en los que

cada país dispone ventajas comparativas.

Dentro de ese marco de oportunidades, se presentan escenarios

que impulsan el crecimiento de la producción minera en Argentina,

fundamentalmente a partir de las significativas inversiones que se

registran - provenientes de diversos orígenes de capital - destinadas a

actividades de exploración y desarrollo de proyectos.

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El sector cuenta en Argentina con un marco normativo favorable, lo cual

refuerza las potencialidades, dando así una importante estabilidad fiscal a

largo plazo en los proyectos de inversión, a través de deducciones impositivas,

como así también diversos beneficios a las exportaciones del rubro.

3.1.3 Industria Naval (incluye pequeñas embarcaciones)

El sector se caracteriza en ambos países por poseer amplias ventajas de

propiedad, y en consecuencia importantes potencialidades de desarrollo.

En Argentina, existe capacidad productiva, no sólo referente a las

grandes embarcaciones, sino también de embarcaciones livianas, con

una significativa tradición de fabricación durante las últimas décadas.

En cuanto a las grandes embarcaciones, y dado que se trata de una

actividad con acotada cantidad de jugadores, producción a pedidos,

elevados requerimientos de inversiones y desarrollo para el cumplimiento

de normas internacionales, es importante destacar la relevancia que

adquiere un mayor impulso desde el sector público.

En ese sentido, el direccionamiento de los gobiernos debería enfocarse a

fomentar actividades productivas, que amplíen aún más la infraestructura

existente y contribuya así al desarrollo logístico regional y la ampliación

de la capacidad portuaria de carga.

3.1.4 Ferrocarril

Más allá de las claras diferencias en cuanto a escala productiva a favor de Brasil

respecto a Argentina, coexisten factores políticos y productivos en ambos

países que podrían dilucidar potencialidades de explotación y vinculación a

nivel regional.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

278

En el caso de Argentina se observan acciones concretas orientadas al sector, tanto desde el ámbito público como privado. Las mismas están dirigidas a la revitalización y fortalecimiento de un sector con tradición en el país, y que actualmente enfrenta ciertos inconvenientes. Ello, sumado a la todavía existente capacidad productiva y a un cierto know how sectorial, dan pautas de un potencial desarrollo sectorial, sustentado además en un favorable marco regulatorio.

Por el lado de Brasil, el país cuenta con significativos planes públicos de largo plazo en los que el desarrollo de infraestructura ocupa un lugar central, lo cual es funcional al desarrollo ferroviario.

Un tema destacable es la existencia de una firma multinacional líder a nivel internacional que dispone actividad productiva en ambos países simultáneamente: Alstom. Teniendo en cuenta la relevancia de dicha empresa en el plan global y las intenciones explícitas de acrecentar su actividad a nivel regional, la misma podría tomar un rol de dinamizador del programa inversor en la región (en trenes de alta velocidad, trenes de cercanía y tranvías, entre otros).

No obstante, dicho proceso debería ser acompañado por una mayor coordinación de este tema en la agenda de gobiernos entre Argentina y Brasil, que de alguna forma propicien medidas de acción, ya sea para la fabricación de trenes, tranvías y/o partes de estos. Este paso parece ser fundamental a la hora de pensar en el desarrollo de un proceso de integración regional.

3.1.5 Autopartes

Mientras se ha observado un significativo flujo de inversiones brasileñas en Argentina en los últimos años, aún se mantienen latentes altas oportunidades para continuar ese proceso. Esto se sustenta en la

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consolidación regional brasileña y en las problemáticas del entramado estructurales y coyunturales en Argentina.

En línea con lo dicho anteriormente, en los últimos años, la actividad autopartista brasileña se consolidó en el plano internacional (crecimiento en facturación y oferta, siguiendo la expansión productiva en vehículos). Este hecho le ha dado más injerencia en la toma de decisiones regionales en cuestiones productivas, de diseño e ingeniería, así como en las inversiones. Algo similar ocurre en el sector terminal, que incluso incluye a las políticas de sourcing (aprovisionamiento de autopartes).

En cuanto a Argentina, la actividad autopartista se expandió ininterrumpidamente, pero en el último bienio se profundizaron algunas problemáticas estructurales del entramado local, en especial referente a insuficientes inversiones para mejorar el contenido local de vehículos fabricados localmente y creciente pérdida de competitividad. También han surgido inconvenientes en cuenta a una oferta incompleta de productos, como así también dificultades en la calidad y tecnología en algunos rubros.

Los factores mencionados precedentemente, permiten mantener latentes las oportunidades para nuevas inversiones brasileñas, si se tiene en cuenta el elevado grado de interacción comercial y los crecientes requerimientos de complementariedad sectorial. Ello reforzado por el hecho de que existe un activo rol del gobierno para sostener esta actividad a través de políticas públicas específicas.

3.1.6 Maquinaria de uso especial (Maquinaria

Agrícola)

Comparativamente existen amplias diferencias de Brasil en magnitudes productivas y comerciales, pero también divergencias en cuanto a fisonomías.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

280

En el caso de Brasil, se evidencia una presencia más nutrida de empresas

multinacionales, mientras que para el caso argentino se observa una

mayor atomización en firmas locales medianas.

No obstante, el sector de maquinaria agrícola argentino ha demostrado

una importante capacidad de desarrollo tecnológico propio, siguiendo

así los estándares tecnológicos internacionales. Esto puede vislumbrarse

no solo en los segmentos de autopropulsados, sino también referente

a no autopropulsados. A ello se le suma la existencia de un significativo

polo de provisión de partes y piezas para el sector.

De esta forma, y en función de lo expuesto, es posible percibir favorables

perspectivas para el desarrollo de negocios conjuntos, en especial, al

estilo de joint ventures entre las grandes empresas brasileñas y las

firmas medianas argentinas.

3.1.7 TIC´s + Desarrollo tecnológicos orientados al

Agrobusiness

En función de las manifiestas intensiones de Brasil y Argentina de

dinamizar la actividad informática, en particular en software, como así

también teniendo en cuenta el proceso de interacción a nivel regional que

comienza a generarse, se vislumbran altas potencialidades de vinculación

entre ambos países.

Por un lado, el sector de Tecnologías de la Información y Comunicación

(TIC´S) de Brasil, se encuentra incluido dentro de los programas

movilizadores en áreas estratégicas. En particular, el objetivo es

consolidarse como productor y exportador relevante de software y

servicios de TI.

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Por otro lado, en Argentina, existen ventajas de propiedad que pueden

ser aprovechas. Así, la amplia disponibilidad de mano de obra en calidad,

cantidad y costo competitivo, como así también las políticas públicas que

alientan el desarrollo (Régimen de Promoción de Software), son claros

ejemplos de ello.

En estos términos, se consideran sustanciales oportunidades para

acrecentar el flujo de inversiones brasileñas en Argentina, aunque quizá

con otro perfil. En este sentido, en los últimos años, varias empresas

brasileñas han invertido en Argentina, principalmente orientadas a la

ampliación de sus actividades. El objetivo sería ahora involucrar nuevos

jugadores a la actividad.

Por otra parte, considerando las tecnologías en un sentido amplio,

es susceptible considerar como sector a desarrollar, el vinculado a

desarrollos tecnológicos (hard / soft) orientados a diversos fines, en

especial el caso del agrobusiness. La estrategia debería contemplar

la existencia de un entramado de empresas pequeñas y medianas

de Argentina que disponen una sustancial capacidad de innovación

y desarrollo tecnológico, pero carecen de capacidad financiera

adecuada para su internacionalización. En base a ello, una alternativa

de vinculación entre ambos países sería la de propiciar negocios entre

estas firmas y empresas de Brasil, que no sólo poseen capacidad de

financiamiento sino que además tienen la posibilidad de acceder a un

mercado más extenso, el brasileño.

3.1.8 Biodiesel

Dada las amplias ventajas de Argentina en cuanto a la producción de soja,

tanto en disponibilidad de recursos como en términos de localización, y

en función de las condiciones desarrolladas en Brasil referente a la caña

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

282

de azúcar, ambos países poseen relevancia productiva diferenciada:

Argentina en biodiesel y Brasil en bioetanol.

El sector cuenta en Argentina con un marco regulatorio de promoción

de biocombustibles, denotando las altas potencialidades que evidencia

el sector a nivel local. En este sentido, está estipulado a partir del

2010, la obligatoriedad de incorporar a los combustibles derivados del

petróleo hasta un 5% de compuestos de origen vegetal para el año

próximo, creando importantes perspectivas para el sector. Sin embargo,

hasta el momento, y en el marco de un desarrollo incipiente del sector,

las inversiones brasileñas han adquirido poco peso en Argentina.

Los principales productores en el país son empresas cuya actividad

principal es la fabricación de aceites derivados de oleaginosas. En este

sentido, el país cuenta con un complejo oleaginoso eficiente y altamente

tecnificado, disponiendo además de grandes superficies con potencial

para ser explotadas.

Cabe remarcar que Argentina exporta el 90% de su producción de

biodiesel a Estados Unidos y Europa. En este sentido aparece una

incipiente oportunidad en el sector, producto de la implementación por

parte de la Comisión Europea de un sistema de tarifas adicionales a un

conjunto de empresas estadounidenses exportadoras de biodiesel.

La alta potencialidad del sector deviene de la posibilidad de realizar

alianzas estratégicas entre ambos países, en función de que cuentan

con una amplia disponibilidad de insumos pero poseen especialidades

diferentes. El desarrollo de negocios conjuntos entre ambos países,

permitiría no solo el ingreso a importantes mercados, como países

desarrollados, sino además aumentar el poder de negociación y la

eficiencia productiva.

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3.1.9 Construcción

Referente a los servicios de Ingeniería y Construcción, se destaca la competitividad que posee Brasil y la presencia de grandes empresas en el sector. A partir del 2002, se han percibido un importante flujo de inversiones brasileñas en Argentina.

En Argentina, en los últimos años, la actividad de la construcción se ha expandido fuertemente, tanto como consecuencia de la actividad privada, como por un fuerte impulso a nivel sector público. En este proceso, se ha incrementado considerablemente la cantidad de grandes empresas constructoras con participación de capitales extranjeros. En este sentido, las mismas han enfocado sus actividades hacia importantes desarrollos inmobiliarios.

Si bien actualmente el sector comenzó a sentir los efectos de la nueva coyuntura internacional, y es probable que se resienta el ritmo de la obra pública, todavía se perciben oportunidades para la inversión brasileña.

Hay que tener en cuenta que, por la propia historia argentina, la vivienda es percibida como una importante reserva de valor. Asimismo, es probable que se mantengan nichos en productos destinados a sectores de ingresos medios-altos y altos, que serán los que dispondrán mayor liquidez en el plano privado.

3.2 Breves comentarios sobre rubros con menor espacio para la acción pública/privada a nivel regional

3.2.1 Lácteo

Si bien el sector lácteo no se encuentra en su mejor situación, debido especialmente a las problemáticas del sector ganadero, es un sector

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

284

con altas potencialidades en el país. La cadena productiva en Argentina

muestra una sustancial atomización en sus primeros eslabones (tambos)

y una fuerte concentración en el sector industrial, tanto en grandes

compañías nacionales como en firmas multinacionales. Las grandes

empresas de capital local, poseen un importante poder de mercado y

de negociación.

Se exhiben por el lado argentino significativas ventajas, en especial,

referente a la disponibilidad de insumos, tecnología adecuada y

localización geográfica.

Por el lado brasileño, el gobierno fomenta el sector a través de un

apoyo estratégico, considerando que el mismo posee la necesidad de

continuar su proceso de desarrollo.

En este sentido, en el marco de la búsqueda de fortalecimiento

competitivo mediante la asimilación de las ventajas de propiedad

argentinas por parte de Brasil, la estrategia de penetración se encuentra

ligada a la búsqueda de complementación entre ambos países.

En línea con lo dicho anteriormente, y a pesar de la compleja situación

por la que atraviesa el sector lechero en Argentina, existen en el país

importantes oportunidades y potencialidades, reflejadas en un Plan

Estratégico del sector, programa orientado a desarrollar una lechería

sustentable que apunta a mejorar el abastecimiento del mercado

interno, como así también incrementar aún más las exportaciones.

3.2.2 Productos de Molinería

Al igual que en el caso de la producción láctea, independientemente de

las condiciones actuales que evidencia el sector, existe en Argentina una

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destacada primacía a nivel productivo, tanto desde el punto de vista de

las exportaciones como desde la capacidad del país de autoabastecerse.

Además, la actividad posee ventajas de propiedad del tipo de

disponibilidad de recursos naturales y de amplio conocimiento del sector.

En Brasil, el sector se enmarca en una estrategia de fortalecimiento

competitivo, sustentado en la búsqueda de eficiencia del mismo,

además de poseer también fuertes ventajas productivas, contando con

importantes jugadores a nivel local e internacional.

Las potencialidades de desarrollo e integración del sector a nivel regional

se encuentran asociadas fundamentalmente a la asimilación de las

ventajas remanentes en Argentina, en especial referente al know how

y en el aprovechamiento de la estructura y desarrollo local. Esto da

posibilidades para dinamizar el proceso inversor brasileño en Argentina.

3.2.3 Bebidas (jugos)

En el caso del sector de bebidas, se detectaron importantes oportunidades

en el segmento de jugos, principalmente en función de la amplia ventaja

productiva y comercial por parte de Brasil. En este sentido, existen en

dicho país un conjunto de firmas productoras de gran escala, orientadas

tanto al mercado interno como a la exportación. Tal es así que las mismas

poseen importantes estándares de competitividad a nivel internacional.

Con respecto a Argentina, la actividad se caracteriza por una importante

disponibilidad de insumos básicos para su desarrollo, en el cual coexisten

empresas de mediano y gran tamaño.

Así, se percibe una importante potencialidad en el sector a través de

inversiones de empresas brasileñas en Argentina. De esta manera, la

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

286

asimilación de sus propias ventajas en materia de tecnología, competitividad,

producción en escala, como así también la capacidad de financiamiento,

permitirían aprovechar el posicionamiento de las empresas argentinas que

se encuentran ya consolidadas en el mercado local.

3.2.4 Cueros

El sector en Argentina posee ciertas ventajas de localización, tanto por la

calidad de sus productos como por la disponibilidad de materias primas.

A raíz de la crisis internacional y de la caída de las exportaciones, el

cuero abunda actualmente en curtiembres y frigoríficos, desembocando

así en un elevado nivel de capacidad ociosa y en importantes problemas

a nivel operativo. Asimismo, cabe mencionar que, ante estos problemas,

el sector busca de alguna manera ajustar sus niveles de producción, lo

que en la actualidad le es difícil.

La cadena productiva del cuero, presenta en el país ciertos grados de

heterogeneidad referentes a la estructura empresarial. Por un lado, se

encuentra relativamente concentrado en los primeros eslabones, mientras

que se evidencia una clara atomización en el sector manufacturero de la

mano de empresas de pequeño y mediano tamaño.

Si bien Argentina se caracteriza por poseer ventajes relativas respecto a

Brasil, en los últimos tiempos el sector ha mejorado sustancialmente en

dicho país, fundamentalmente a partir de un fuerte impulso por parte

del gobierno. De esta forma, el sector se desarrolló considerablemente

equiparado nuestros niveles de producción y calidad.

En Argentina el sector cuenta con ciertas debilidades en los productos de

marroquinería, en especial respecto a las importaciones chinas, ante lo

cual se han implementado licencias no automáticas. Por otro lado, existe

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una alta dependencia que el sector posee con la industria automotriz

referente a los segmentos de tapizado.

En el marco de la estrategia brasileña de fortalecimiento competitivo

del rubro y búsqueda de nuevos mercados, y en función de las ventajas

existentes en Argentina, se abren oportunidades para un trabajo

conjunto a nivel empresarial. Las empresas brasileñas pueden aportar

capacidad de financiamiento y acceso a mercado brasileño, mientras

que pueden beneficiarse de las ventajas de Argentina en materia de

competitividad.

3.2.5 Celulosa/Papel

Tanto Argentina como Brasil cuentan con excelentes condiciones

naturales para competir a nivel mundial, denotando, sin embargo, una

relevancia exportadora a favor de Brasil.

Por el lado argentino, el país posee elevados niveles de capacidad

ociosa y tecnología con cierto grado de obsolescencia, abriendo las

puertas a posibles nuevos entrantes. La producción de pasta celulósica

se encuentra más concentrada que la de papel, la cual incluye, al lado

de un grupo de firmas líderes de porte mediano-grande, un número

importante de PyMEs que actúan en segmentos específicos del

mercado papelero. Se destaca además, algún grado de integración

hacia delante de firmas líderes, que participan en distintos mercados

de conversiones.

Brasil ha sido receptor de importantes flujos inversores en los últimos

años, lo cual se manifiesta en los altos niveles de tecnológica aplicada

a los procesos de producción. No obstante, no ocurrió lo mismo con

empresas de capitales brasileños en Argentina.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

288

De alguna forma, las diferencias respecto a Argentina en cuanto a la internacionalización de sus productos se evidencian al analizar la relevancia de sus exportaciones y el elevado grado de penetración de los productos brasileños en Argentina.

En estos términos, y en la medida en que Brasil dispone de programas para consolidar y expandir su liderazgo a nivel regional, como así también de búsqueda de internacionalización de su entramado empresarial, la estrategia de inserción en el mercado argentino se ubica en torno a la adquisición de firmas ya existentes, que cuentan con ciertos inconvenientes para incrementar sus niveles de producción en función de la tecnología que disponen.

De esa forma, la estrategia desembocaría no solo en la asimilación de las ventajas de propiedad de Brasil - como son el acceso privilegiado a las materias primas y alto nivel de flujos inversores hacia su país- reforzado por las características propias de Argentina, sino que además permitiría la transferencia de tecnología de punta hacia el proceso productivo argentino.

Anexos

Anex

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291

Análisis II – Disparidad productiva vs Nivel de inversiones brasileñas en Argentina

Caso A. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y nulo o muy bajo nivel de inversión

CIIU Sector

201 Aserrado y acepilladura

202 Fabricación de productos de madera, corcho, paja y materiales trenzables

223 Reproducción de grabaciones

289Fabricación de otros productos elaborados de metal; actividades de servicios de trabajo de metales

291 Fabricación de maquinaria de uso general

300 Fabricación de maquinaria de oficina, contabilidad e informática

312 Fabricación de aparatos de distribución y control de la energía eléctrica

313 Fabricación de hilos y cables aislados

315 Fabricación de lámparas eléctricas y equipo de iluminación

319 Fabricación de otros tipos de equipo eléctrico N.C.P.

321 Fabricación de tubos y válvulas electrónicas y de otros componentes electrónicos

322Fabricación de transmisores de radio y televisión y de aparatos para telefonía y telegrafía con hilos

331Fabricación de aparatos e instrumentos médicos y de aparatos para medir, verificar, ensayar, navegar y otros fines, excepto instrumentos de óptica

332 Fabricación de instrumentos de óptica y equipo fotográfico

333 Fabricación de relojes

351 Construcción y reparación de buques y otras embarcaciones

352 Fabricación de locomotoras y de material rodante para ferrocarriles y tranvías

353 Fabricación de aeronaves y naves espaciales

359 Fabricación de otros tipos de equipo de transporte N.C.P.

361 Fabricación de muebles

369 Industrias manufactureras N.C.P.

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

292

Caso B. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y bajo nivel de inversión

CIIU Sector

191Curtido y terminación de cueros; fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de talabartería

251 Fabricación de productos de caucho

272 Fabricación de productos primarios de metales preciosos y metales no ferrosos

292 Fabricación de maquinaria de uso especial

311 Fabricación de motores, generadores y transformadores eléctricos

Caso C. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y nivel de inversión medio o alto

CIIU Sector

171 Hilatura, tejeduría y acabado de productos textiles

172 Fabricación de otros productos textiles

181 Fabricación de prendas de vestir, excepto prendas de piel

192 Fabricación de calzado

241 Fabricación de sustancias químicas básicas

242 Fabricación de otros productos químicos

269 Fabricación de productos minerales no metálicos N.C.P.

343 Fabricación de partes, piezas y accesorios para vehículos automotores y sus motores

Caso D. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y nulo o muy bajo nivel de inversión

CIIU Sector

153Elaboración de productos de molinería, almidones y productos derivados del almidón, y de alimentos preparados para animales

160 Elaboración de productos de tabaco

173 Fabricación de tejidos y artículos de punto y ganchillo

182 Adobo y tejido de pieles; fabricación de artículos de piel

221 Actividades de edición

222 Actividades de impresión y actividades de servicios conexas

sigue...

Anex

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293

Continuación

222 Actividades de impresión y actividades de servicios conexas

231 Fabricación de productos de hornos de coque

233 Elaboración de combustible nuclear

243 Fabricación de fibras manufacturadas

261 Fabricación de vidrio y productos de vidrio

273 Fundición de metales

281Fabricación de productos metálicos para uso estructural, tanques, depósitos y generadores de vapor

293 Fabricación de aparatos de uso domestico N.C.P.

314 Fabricación de acumuladores y de pilas y baterías primarias

323Fabricación de receptores de radio y televisión, aparatos de grabación y reproducción de sonido y video, y productos conexos

Caso E. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y bajo nivel de inversión

CIIU Sector

152 Elaboración de productos lácteos

154 Elaboración de otros productos alimenticios

210 Fabricación de papel y de productos de papel

341 Fabricación de vehículos automotores

342Fabricación de carrocerías para vehículos automotores; fabricación de remolques y semirremolques

Caso F. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y alto nivel de inversión

CIIU Sector

151Producción, procesamiento y conservación de carne, pescado, frutas, legumbres, hortalizas, aceites y grasas

155 Elaboración de bebidas

232 Fabricación de productos de la refinación del petróleo

252 Fabricación de productos de plástico

271 Industrias básicas de hierro y acero

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

294

Análisis III – Disparidad comercial (medido por el ratio de exportaciones totales de Brasil respecto a Argentina) vs Estado del intercambio comercial bilateral

Cuadro 33. Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y Argentina es altamente deficitario

Caso A

131 Extracción de minerales de hierro

192 Fabricación de calzado

342Fabricación de carrocerías para vehículos automotores; fabricación de remolques y semirremolques

292 Fabricación de maquinaria de uso especial

311 Fabricación de motores, generadores y transformadores eléctricos

322Fabricación de transmisores de radio y televisión y de aparatos para telefonía y telegrafía con hilos

Cuadro 34. Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y tiene poco intercambio con Argentina

Caso B

102 Extracción y aglomeración de lignito

141 Extracción de piedra, arena y arcilla

201 Aserrado y acepilladura

300 Fabricación de maquinaria de oficina, contabilidad e informática

314 Fabricación de acumuladores y de pilas y baterías primarias

321 Fabricación de tubos y válvulas electrónicas y de otros componentes electrónicos

351 Construcción y reparación de buques y otras embarcaciones

352 Fabricación de locomotoras y de material rodante para ferrocarriles y tranvías

353 Fabricación de aeronaves y naves espaciales

359 Fabricación de otros tipos de equipo de transporte N.C.P.

369 Industrias manufactureras N.C.P.

Anex

os

295

Por otro lado, los casos C y G muestran un mejor posicionamiento relativo de Argentina respecto a Brasil.

Cuadro 35. Argentina posee mayor relevancia exportadora relativa y es muy superavitario frente a Brasil

Caso C

152 Elaboración de productos lácteos

153Elaboración de productos de molinería, almidones y productos derivados del almidón, y de alimentos preparados para animales

232 Fabricación de productos de la refinación del petróleo

Cuadro 36. Argentina muy superavitario y Brasil no posee alta relevancia comercial respecto a Argentina

Caso G

11 Cultivos en general; cultivo de productos de mercado; horticultura

155 Elaboración de bebidas

151Producción, procesamiento y conservación de carne, pescado, frutas, legumbres, hortalizas, aceites y grasas

Caso D. Argentina posee mayor relevancia exportadora relativa y tiene poco intercambio con Brasil

Caso D

101 Extraccion y aglomeracion de carbon de piedra

103 Extraccion y aglomeracion de turba

182 Adobo y tejido de pieles; fabricación de artículos de piel

231 Fabricación de productos de hornos de coque

233 Elaboración de combustible nuclear

333 Fabricación de relojes

742 Actividades de arquitectura e ingeniería y otras actividades tecnicas

221 Actividades de edicion

401 Generacion, capitacion y distribucion de energía eléctrica

Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil

296

Caso E. Argentina es deficitaria o muy deficitaria pero Brasil posee relevancia comercial baja o media baja

Caso E

171 Hilatura, tejeduria y acabado de productos textiles

172 Fabricación de otros productos textiles

17 Hilatura, tejeduria y acabado de productos textiles y otros productos textiles

241 Fabricación de sustancias quimicas básicas

251 Fabricación de productos de caucho

271 Industrias básicas de hierro y acero

272 Fabricación de productos primarios de metales preciosos y metales no ferrosos

289Fabricación de otros productos elaborados de metal; actividades de servicios de trabajo de metales

291 Fabricación de maquinaria de uso general

319 Fabricación de otros tipos de equipo electrico N.C.P

323Fabricación de receptores de radio y television, aparatos de grabacion y reproduccion de sonido y video, y productos conexos

331Fabricación de aparatos e instrumentos medicos y de aparatos para medir, verificar, ensayar, navegar y otros fines, excepto instrumentos de optica

343 Fabricación de partes, piezas y accesorios para vehiculos automotores y sus motores

210 Fabricación de papel y de productos de papel

Caso F. Comercio equilibrado y relevancia comercial si

Caso F

242 Fabricación de otros productos químicos

252 Fabricación de productos de plástico

341 Fabricación de vehiculos automotores

Anex

os

297

Caso H. Poco o nulo intercambio y Brasil no posee gran relevancia comercial relativa

Caso H

12 Cria de animales

20 Silvicultura, extraccion de madera y actividades de servicios conexas

50Pesca, explotación de criaderos de peces y granjas piscicolas; actividades de servicios relacionadas con la pesca

111 Extraccion de petróleo crudo y gas natural

132 Extraccion de minerales metaliferos no ferrosos, excepto los minerales de uranio y torio

142 Explotación de minas y canteras N.C.P

160 Elaboración de productos de tabaco

173 Fabricación de tejidos y artículos de punto y ganchillo

181 Fabricación de prendas de vestir, excepto prendas de piel

191Curtido y terminación de cueros; fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de talabartería

202 Fabricación de productos de madera, corcho, paja y materiales trenzables

222 Actividades de impresion y actividades de servicios conexas

243 Fabricación de fibras manufacturadas

261 Fabricación de vidrio y productos de vidrio

269 Fabricación de productos minerales no metálicos N.C.P.

281Fabricación de productos metálicos para uso estructural, tanques, depositos y generadores de vapor

312 Bricacion de aparatos de distribucion y control de la energía eléctrica

313 Fabricación de hilos y cables aislados

315 Fabricación de lamparas electricas y equipo de iluminacion

332 Fabricación de instrumentos de optica y equipo fotografico

921 Actividades de cinematografia, radio y television y otras actividades de entretenimiento

Complementaridade Produtivaentre Brasil e Argentina:

Oportunidades de negócios conjuntospara promover a integração

Complementariedad Productiva entre Argentina y BrasilDetección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos

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SÉRIE CADERNOS DA INDÚSTRIA ABDI

Ministério doDesenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior