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8/16/2019 Competitividade Sist Agroind
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CENTRO UNIVERSITARIO UNIVATES
CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE
EMBUTIDOS
Cristiane Teresinha Barkert
Lajeado, novembro de 2014
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Cristiane Teresinha Barkert
IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE
EMBUTIDOS
Artigo apresentado na disciplina
de Estagio Supervisionado do
curso Técnico em Química do
Centro Universitário Univates,
como exigência para a obtenção
do título de Técnico em Química.
Orientadora: Ruthinéia da Luz.
Lajeado, novembro de 2014.
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IMPLANTAÇÃO DE MANUAL DE QUALIDADE EM UMA AGROINDUSTRIA DE
EMBUTIDOS
Cristiane T. Barkert1
Ruthineia da Luz2
Resumo: O objetivo deste artigo é a implantação de um Manual De Autocontrole (MA) baseado nosprogramas de qualidade em uma agroindústria familiar localizada no município de Marques deSouza/RS. Com as exigências legais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)que torna obrigatória a implantação dos Programas de Autocontrole (PAC) emmatadouros/frigoríficos, bem como a finalidade de obter produtos com maior qualidade para forneceraos seus clientes, a agroindústria necessita-se aperfeiçoar-se nas mesmas condições que os grandesfrigoríficos. Com a implantação de um dos métodos de qualidade e como forma de possibilitar maiorcompetitividade no mercado, realizou-se na Agroindústria Angel a implantação dos Programas deAutocontrole (PAC), bem como a aplicação da Lista de Verificação para avaliação das Boas Práticasde Fabricação, mais conhecido como checklist de área.
Palavras-chaves: Programa de Autocontrole. Agroindústria. Qualidade. Lingüiça.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta a implantação de um Manual da Qualidade através
dos Autocontroles implantados na Agroindústria Angel, localizada no município de
Marques de Souza, que produz lingüiças e salame embutidos de carne suína.Optou-se por essa implantação para que se obtenham produtos de qualidade nos
requisitos microbiológicos, qualidade na higienização dos colaboradores,
equipamentos, utensílios, preparação e manipulação, embalagem e transporte sob
condições sanitárias adequadas e dentro da legislação vigente.
1
Acadêmica do Curso Técnico em Química, Centro Universitário – UNIVATES, Lajeado/[email protected]
2 Química Industrial, Professora Centro Universitário – UNIVATES, Lajeado/RS. [email protected]
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Segundo a definição de Mior (2005, p. 191):
“A agroindústria familiar rural é uma forma de organização em
que a família rural produz, processa e\ou transforma parte de
sua produção agrícola e\ou pecuária, visando sobre tudo àprodução de valor de troca que se realiza na comercialização.
Enquanto o processamento e a transformação de alimentos
ocorre geralmente na cozinha das agricultoras, a agroindústria
familiar rural se constitui num novo espaço e num novo
empreendimento social e econômico.”
Nos últimos anos, a “agroindústria rural” obteve crescente reconhecimento
nos estudos rurais e no âmbito político-institucional, em decorrência da importânciadesta atividade enquanto alternativa econômica aos estabelecimentos rurais. A
necessidade de novas experiências, como na diversificação dos meios de vida das
famílias nas zonas rurais que desenvolvem produtos coloniais (Perondi, 2007 e
Shneider e Niederle, 2010), bem como a criação de linhas específicas de
financiamento público, sobretudo por meio do PRONAF/Agroindústria (Wesz Junior,
2009; Raupp, 2005), ressaltam esta como sendo um dos pilares estratégicos à
novas dinâmicas de desenvolvimento rural e regional.
De acordo com a Instrução Normativa nº 4, de 31 de março de 2000, do
Ministério da Agricultura, define-se lingüiça como sendo um produto cárneo
industrializado, obtido de carnes de animais de açougue, adicionados ou não de
tecidos gordurosos, aditivos, embutido em envoltório natural ou artificial, e submetido
ao processo tecnológico adequado (MAPA, 2000).
Segundo o MAPA (2000), as lingüiças são classificadas em produto fresco,
produto seco, curado e/ou maturado, produto cozido entre outros. De acordo com a
composição da matéria-prima e das técnicas de fabricação, a lingüiça pode ser
classificada como: Lingüiça Calabresa um produto obtido apenas de carnes suína,
curado, adicionado de ingredientes, devendo ter o sabor picante característico da
pimenta calabresa submetidas ou não ao processo de estufagem ou similar para
desidratação e ou cozimento, sendo o processo de defumação opcional. Lingüiça
Portuguesa um produto obtido exclusivamente de carne suína, curado, adicionado
de ingredientes, submetido a ação do calor com defumação. Sua forma de
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apresentação é de uma "ferradura", e com sabor marcante de alho. A Lingüiça
Toscana é um produto cru e curado obtido de carnes suína, adicionada de gordura
suína e ingredientes. A Lingüiça Paio é obtido de carnes suína e de no máximo 20%
de bovina, embutida em tripas natural ou artificial comestível, curado e acrescentado
de ingredientes, submetida à ação do calor com defumação.
Na Tabela 1, são apontados os parâmetros físico-químicos das diferentes
espécies de lingüiças, como as frescais, cozidas e dessecadas.
TABELA 1: Características Físico-Químicas
Fonte: MAPA, 2000.
Segundo normas do Codex Alimentarius (1994), as práticas de higiene para
a elaboração do produto recomenda-se estar de acordo com o estabelecido no:
"Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para os Produtos
Cárnicos Elaborados".
Conforme o Decreto nº 30.691, de 29/03/1952 do MAPA, toda a carne usada
na elaboração de linguiças deverá ter sido submetida aos processos de inspeção
prescritos no RIISPOA - "Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal" e tratadas termicamente conforme as normas
estabelecidas pelo "Código Internacional Recomendado de Práticas de Higiene para
Alimentos pouco ácidos e Alimentos acidificados envasados" (MAPA, 1952).
As carnes para produção de linguiças e após produto acabado deverão ser
manipuladas, armazenadas e transportadas em locais adequados de forma que as
mesmas estejam protegidas contra contaminação e deterioração. As linguiças
curadas e dessecadas, defumadas ou não, poderão apresentar em sua superfície
PARÂMETRO FRESCAIS COZIDAS DESSECADAS Umidade (Max.) 70% 60% 55%Gordura (Max.) 30% 35% 30%Proteína (Mín.) 12% 14% 15%Cálcio (base seca) (Max.) 0,1% 0,3% 0,1%
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externa "mofos", que deverão ser de gênero, não nocivos a saúde humana (MAPA,
2000).
Há algum tempo, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal, através do acompanhamento das atividades rotineiras de inspeção nas
indústrias, inseriu nas suas tarefas rotineiras a avaliação da implantação e da
execução, por parte da indústria inspecionada, dos chamados programas de
Autocontrole. As modernas legislações dirigidas ao controle sanitário de alimentos
tratam esses programas como requisitos básicos para a garantia da inocuidade dos
produtos (MAPA, 2005).
2. PROGRAMAS DE AUTOCONTROLE
Segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA), optou por um modelo de inspeção sanitária, baseado no que atualmente,
denomina-se de Controle de Processo. Em resumo, esse procedimento fundamenta-
se na inspeção contínua e sistemática de todos os fatores que, de alguma forma,podem interferir na qualidade higiênico-sanitária dos produtos expostos ao consumo
da população (MAPA, 2005).
Segundo Capiotto & Lorenzani (2006), na grande maioria dos países, os
organismos reguladores, como agências de proteção à saúde, blocos econômicos,
entidades mundiais, entre outros, editam leis, normas e padrões, visando assegurar
a qualidade do produto final e forçar a observância de requisitos de higiene esanitização. As ferramentas de qualidade mais utilizadas para garantir um alto
padrão de qualidade e confiabilidade dos alimentos são as Boas Práticas de
Fabricação (BPFs) e a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC).
Segundo o MAPA (2005), está estabelecido que as empresas devem
implantar os programas de Autocontrole conforme sua necessidade ou modelo. Para
isso são existentes os seguintes Programas de Autocontrole:
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PAC de Manutenção das Instalações e Equipamentos Industriais tem como
objetivo preservar as características originais das instalações e equipamentos, tanto
no que se refere à estrutura, como acabamento e à funcionalidade.
O PAC sobre Sanitários e Barreiras Sanitárias mantém o funcionamento
eficiente e condições higiênicas dos sanitários e barreiras sanitárias.
PAC que trata sobre Águas de Abastecimento garante a qualidade da água
utilizada durante todo o processo de industrialização. A norma que rege os padrões
para água, é a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.914, de 12 de dezembro de
2011, a mesma dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância daqualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
PAC que trata sobre Águas Residuais evita o cruzamento de fluxo ou
contaminação da água de abastecimento.
PAC sobre Procedimento Padrão de Higiene Operacional – PPHO garante a
elaboração de produtos alimentícios de alta qualidade, ostentando completasegurança sanitária, em prol da saúde de nossos consumidores.
PAC Higiene, Hábitos higiênicos e Saúde dos Colaboradores objetiva-se na
realização de uma higiene pessoal adequada a todos os colaboradores afim de
evitar a contaminação dos alimentos.
PAC Procedimentos Sanitários Operacionais trata sobre estabelecer e
divulgar entre os funcionários, os procedimentos e normas internas da agroindústria
com relação aos Procedimentos Sanitários Operacionais assegurando, assim, que
os produtos cheguem aos clientes e consumidores com a qualidade requerida e livre
de qualquer tipo de contaminação.
PAC Controle de Matéria-prima, ingredientes e material de embalagens trata
de proteger os produtos e embalagens contra contaminações causadas por agentesfísicos, químicos ou microbiológicos.
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PAC Controle de Temperatura tem o objetivo de garantir a inocuidade e
qualidade dos produtos.
PAC Calibração de Instrumentos de Controle de Processo possui a
finalidade de evitar que a produção, incluindo todas as etapas do processo, sejam
monitoradas de forma imprecisa.
PAC Análises Laboratoriais tem por finalidade adotar as precauções
necessárias para evitar a contaminação dos produtos através das superfícies de
contato.
3. LEGISLAÇÕES APLICADAS PARA AGROINDÚSTRIAS
Na Portaria nº 368 publicada em 04/09/97, do MAPA, sob Regulamento
Técnico determina as ideais condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de
elaboração para estabelecimentos elaboradores/industrializadores de Alimentos.Portanto todas empresas que trabalham com produtos de origem animal, devem
basear-se nestas normas de qualidade.
A Circular Nº 175/2005/CGPE/DIPOA publicada em 16 de maio de 2005, do
MAPA, determina os Procedimentos de Verificação dos Programas de Autocontrole.
Para que as empresas que trabalham com produtos de origem animal possam
basear-se nestes Programas de Autocontrole, com o intuito de melhorar o processoprodutivo desde o início até a sua elaboração final, para oferecer um produto com
maior qualidade aos seus clientes.
Segundo a ANVISA, através da Portaria n º 1004, publicada em 11 de
dezembro de 1998, trata exclusivamente sobre o Regulamento Técnico Atribuição
de Função de Aditivos, Aditivos e seus Limites Máximo de uso para a Categoria 8 –
Carne e Produtos Cárneos, ou seja para o uso dos aditivos adequados, a
agroindústria deve basear-se nesta norma.
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Já o MAPA determina em seu RIISPOA - Regulamento da Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, sob Decreto nº 30.691,
publicado em 29 de março de 1952, que todo produto de origem animal deve
atender as especificações técnicas determinadas perante regulamento.
4. METODOLOGIA
O presente trabalho foi realizado baseando-se nas normas técnicas
estabelecidas pelos órgãos fiscalizadores de produtos de origem animal o MAPA,bem como utilizando o suporte das normas determinadas pela ANVISA - Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Inicialmente realizou-se uma avaliação técnica, para conhecer melhor o
processo de produção da agroindústria, aplicando um checklist (conforme figura 01),
elaborado exclusivamente para esta agroindústria, baseado Resolução RDC nº 275,
do Ministério da Saúde (2002), que trata sobre a verificação das Boas Práticas DeFabricação em estabelecimentos produtores/industrializadores de alimentos. O
presente checklist tem por objetivo avaliar as questões relacionadas à avaliação da
Edificação e Instalações, Equipamentos, Móveis e Utensílios, Manipuladores e
Produção e Transporte do Alimento.
Na Figura 01, evidencia-se o modelo da lista de verificação elaborada para
aplicar na auditoria de verificação nas instalações da agroindústria.
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Figura 01: Itens de Avaliação do Checklist
Fonte: Do Autor, 2014
Os itens da lista de verificação foram pontuados como Conforme (C) para
todos os parâmetros que encontravam-se de acordo com as normas de qualidade.
Não Conforme (NC), para os itens que não respeitavam as regras e especificações
segundo a legislação e Não Aplicável (NA) para todos aqueles que não são
aplicáveis para a agroindústria. Para compor a lista de verificação, foram adotados
92 itens de controles, os mesmos fizeram-se necessários para que as normas de
qualidade pudessem ser estabelecidas e atendidas.
O MA - Manual de Autocontrole, foi implantado conforme Procedimentos de
Verificação dos Programas de Autocontrole (Figura 02), segundo Circular Nº
175/2005/CGPE/DIPOA (MAPA, 2005) e necessidades da agroindústria. Avaliou-se
individualmente cada Programa de Autocontrole segundo a legislação e adaptou-se
a realidade da agroindústria, mas atendendo as normas técnicas determinadas pelos
órgãos fiscalizadores.
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Figura 02 – Manual de Autocontrole elaborado para a Agroindústria Angel
Fonte: Do Autor, 2014
O Manual de Autocontrole contendo todos os PAC, Registros de Qualidade
(RQ) e a Instrução de Trabalho (IT), estão disponíveis na Agroindústria Angel, paraque os colaboradores possam consultar e realizar os registros de monitoramento
necessários.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a aplicação do checklist através da auditoria percebeu-se que aagroindústria apesar de ser de pequeno porte, obteve resultado positivo na maioria
dos 92 itens avaliados, resultando em 88,04% de itens “Conformes (C)”. Já para a
questão de itens “Não conformes (NC)”, o índice foi menor, com aproximadamente
10,87% e 1,09% para itens “Não Aplicáveis”.
Para os itens não-conforme, houve a necessidade de elaborar alguns
documentos que complementasse a ação corretiva, para isso elaborou-se os RQ,considerados Registros de Qualidade, bem como a elaboração de INS – Instruções
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de Trabalho, com a finalidade de orientar os colaboradores sobre alguns
procedimentos. Para os itens não-conformes, foram verificados que:
a) Piso:
Item Não conforme : Material que permite fácil e apropriada higienização (liso,
resistente, drenados com declive, impermeável e outros). Em adequado estado de
conservação (livre de defeitos, rachaduras, trincas, buracos e outros).
Justificativa: Verificou-se que o piso não era de fácil higienização, pois não
apresentava-se liso, com presença de rachaduras e pequenos buracos. Isso
possibilita a aglomeração de sujidades e possível presença de micro-organismos.
Ação corretiva: Avaliar o piso de toda estrutura e substituí-lo por material liso,resistente de fácil higienização. Segundo a agroindústria, será realizado um
orçamento e avaliado para possível troca.
b) Instalações Sanitárias para os Manipuladores:
Item Não conforme : Quando localizados isolados da área de produção, acesso
realizado por passagens cobertas e calçadas.
Justificativa: Não evidenciou-se a presença de passagens cobertas e com calçadas,para acessos a outras áreas. Verificou-se que neste local havia passagens de chão
batido.
Ação corretiva: Sugere-se para a agroindústria que seja construída uma passagem
com cobertura e calçada de fácil higienização.
Item Não conforme : Instalações sanitárias servidas de água corrente, dotadas
preferencialmente de torneira com acionamento automático e conectadas à rede deesgoto ou fossa séptica. Portas com fechamento automático (mola, sistema
eletrônico ou outro).
Justificativa: Não evidenciou-se a presença de torneiras com acionamento
automático nas instalações sanitárias, bem como não verificou-se a presença de
portas com acionamento automático nas instalações. Esta necessidade é importante
para evitar a contaminação humana com o utensílio (torneira) e ou com as portas, e
vice-versa.
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Ação corretiva: Realizar a substituição da torneira manual para acionamento
automático, bem como a necessidade de instalar portas com fechamento
automático, para que não haja o contato do manipulador com a porta.
c) Ventilação e Climatização:
Item Não conforme : Existência de registro periódico dos procedimentos de limpeza e
manutenção dos componentes do sistema de climatização (conforme legislação
específica) afixado em local visível.
Justificativa: Não há a presença de registros que evidenciem os procedimentos de
limpeza e manutenção. É necessário documentar todas as ações realizadas durante
a rotina de processo, para justificar e rastrear possíveis falhas. Ação corretiva: Implantação da RQ001, evidenciando, a data, climatizador, janelas,
portas, paredes, teto, forro, ação corretiva e responsável pela ação, conforme Anexo
01.
d) Higienização Das Instalações:
Item Não conforme : Existência de registro da higienização.
Justificativa: Não evidenciado a presença de registros que justifiquem osprocedimentos de higienização das instalações. O documento de controle de
higienização das instalações são necessárias, para evidenciar o controle sanitário da
indústria.
Ação corretiva: Implantação da RQ001, evidenciando, a data, climatizador, janelas,
portas, paredes, teto, forro, ação corretiva e responsável pela ação, conforme Anexo
01.
e) Equipamentos, Móveis e Utensílio
Item Não conforme : Existência de planilhas de registro da temperatura, conservadas
durante período adequado.
Justificativa: Não verificado a presença de registros de controle das temperaturas da
câmara fria. Este registro é necessário para ter a evidência do controle diário da
temperatura de conservação dos produtos no sistema de refrigeração, para que não
haja proliferação de micro-organismos indesejáveis.
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Ação corretiva: Implantação da RQ005, evidenciando, a data, temperatura, ação
corretiva, responsável pela ação, conforme Anexo 02.
Item Não conforme : Existência de registros que comprovem que os equipamentos e
maquinários passam por manutenção preventiva.
Justificativa: Não há a presença de registro que comprove a manutenção preventiva
de equipamentos e maquinários utilizados no processo. Faz-se necessária a
manutenção preventiva, para que o equipamento não pare durante a elaboração dos
produtos e interfira na qualidade do mesmo.
Ação corretiva: A agroindústria não tem condições de realizar um trabalho junto à
empresa terceirizada, portanto a mesma realiza manutenções corretivas quandonecessárias.
f) Hábitos Higiênicos:
Item Não conforme : Cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta
lavagem das mãos e demais hábitos de higiene, afixados em locais apropriados.
Justificativa: Não verificada a presença de cartazes de orientação aos
manipuladores quanto às instruções de higienização das mãos, fixados em locaisapropriados. Esse folhetim faz-se necessário, para instruir os colaboradores quanto
às normas de boas práticas de fabricação.
Ação corretiva: Elaboração do cartaz de orientação aos manipuladores, denominado
de INS – Instrução de Trabalho, conforme Anexo 03.
Segundo Oliveira & Silva (2006), ao elaborar o Manual de Procedimento
para o setor de expedição da Editora Ultimato, a empresa criou a possibilidade demelhorar a visualização de seus processos e definir claramente as atividades. Bem
como agilizar a tomada de decisões em relação as modificações dos processos,
padronizando de forma a atender as exigências do mercado.
Já segundo Veloso & Pizo (2006), durante a adequação da organização as
normas estabelecidas, o mesmo salienta que o período de implantação acaba sendo
turbulento, em decorrência das mudanças, que são necessárias, mas possibilita um
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período enriquecedor e benéfico alcançando todos os setores, desde quem fiscaliza,
passando por quem fábrica e principalmente chegando até quem recebe.
No estudo realizado por Silva et al (2012), informa que a implantação de
sistema de qualidade do produto no processo produtivo industrial, serve de
instrumento multiplicador na área empresarial, para elaborar produtos com melhor
qualidade, menores custos e incrementar a inovação tecnológica. O processo de
implantação desses sistemas, agregam maior valor à cultura da empresa,
desenvolve competências relacionadas com o planejamento, atuação pró-ativa,
capacidade de trabalho em equipe, melhoria da confiabilidade dos sistemas
produtivos.
6. CONCLUSÃO
O Manual da Qualidade é o primeiro passo para se garantir o cumprimento
das tarefas de forma prevista e padronizada, sendo de fundamental importância para
o funcionamento da agroindústria. A padronização dos processos torna mais fácil ogerenciamento das rotinas e é de grande importância para garantir a estabilidade e a
regularidade do processo e produto final. A atribuição de funções e as formas
adequadas de exercê-las serão sempre asseguradas pelo Manual de Autocontrole,
RQ e INS. Sendo todos disponíveis na Agroindústria Angel para garantir que as
tarefas serão de responsabilidade do (s) funcionário (s).
Apesar da elaboração de todos os documentos, serem realizados em
conjunto com a direção da agroindústria, verifica-se a necessidade da implantação
de treinamentos específicos para as áreas de Controle de Qualidade, abordando
detalhadamente todos os PAC implantados, bem como todos os processos que
envolvam cuidados específicos quanto a conhecimentos técnicos dos assuntos
abordados no manual, para melhorar o conhecimento com ênfase na segurança
alimentar. Para isso faz-se necessário à continuidade deste trabalho junto à
agroindústria.
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Ao término do trabalho, mesmo sendo uma agroindústria, de pequeno porte,
situada em um município pequeno, demonstrou-se ser bem ministrada, pois nos 92
itens avaliados entre Edificação e Instalações, Equipamentos, Móveis e Utensílios,
Manipuladores e Produção e Transporte do Alimento no checklist, 88,04% dos itens
foram “Conformes (C)”, atendendo satisfatoriamente os requisitos de qualidade.
Junto com as implantações dos PAC, RQ e INS e avaliando as Ações Corretivas a
agroindústria tem possibilidade de ser um grande exemplo a ser seguido na região.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Dissertação (Mestrado) – Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Universidade
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Alimentarias, Comisión del Codex Alimentarius, Roma, 1994, Volume 10.
MAPA – Ministério da Agricultura e Pecuária: RIISPOA - Regulamento da
Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal, Decreto nº
30.691, de 29 de março de 1952.
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Verificação dos Programas de Autocontrole, publicada em 16 de maio de 2005.
CAPIOTTO, Gisele.; LOURENZANI, Wagner. Sistema de gestão de
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22.000:2006, UNESP, TUPÃ - SP - BRASIL.
MAPA, Portaria nº 368, de 04 de setembro de 1997 – Regulamento
Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
Elaboração para Estabelecimentos Elaboradores/Industrializadores de
Alimentos - Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Brasil.
ANVISA, Portaria n º 1004 de 11 de dezembro de 1998 – RegulamentoTécnico Atribuição de Função de Aditivos, Aditivos e seus Limites Máximo de
uso para a Categoria 8 – Carne e Produtos Cárneos – Ministério da Saúde, Brasil
ANVISA, Resolução RDC nº 275, Dispõe sobre o Regulamento Técnico
de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas
Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de
Alimentos, de 21 de outubro de 2002.
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OLIVEIRA, Elmo Pereira.; SILVA, Henrique Dione. Elaboração de normas e
procedimentos operacionais no setor de expedição da Editora Ultimato,
VIÇOSA MINAS GERAIS - BRASIL 2006
VELOSO, Elizangela.; PIZO, Carlos Antonio. Elaboração do manual da
qualidade: Experiência em uma indústria de produtos de limpeza, BAURU, SP,
BRASIL, 06 A 08 DE NOVEMBRO DE 2006.
SILVA, ET AL. Gestão da qualidade do produto no processo de
produção industrial: um estudo de caso em uma indústria de bebidas, Abril de2012.
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ANEXOS
Anexo 01
PRODUTOS ANGELRQ 001
Revisão: Minuta
LIMPEZA PREDIAL– PAC 01Página 1 de1
Data: 07/10/14
Periodicidade: Mensal
C: Conforme NC: Não conforme
Ação Corretiva: Agendar a limpeza do mesmo para que seja feita o mais breve
possível.
Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer
D a t a
Climatizador
Janelas Portas Parede TetoForro
AçãoCorretiva
V i s t o
C NC C NC C NC C NC C NC C NC
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Anexo 02
PRODUTOS ANGELRQ 005
Revisão: Minuta
VERIFICAÇÃODA TEMPERATURA DACÂMARA FRIA – PAC09
Página 1 de1
Data: 07/10/14
Data Temperatura Ação Corretiva Visto
C NC
Periodicidade: Diário Padrão: 0 a 8°C
C: Conforme (0 a 8°C) NC: Não conforme ( 8°C)
Ação Corretiva: Ajustar a temperatura para ficar dentro do padrão estabelecido.
Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer
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Anexo 03
PRODUTOS ANGEL INS 02
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EANTEBRAÇOS
Página 1 de 1Data: 07/10/14
Fonte: dc365.4shared.com/doc/Tw0evrwn/preview.html
Elaborado: Cristiane Barkert Aprovado: Darcy Irani Maurer