Compêndio Da Atividade Interdisciplinar 1 Período

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    COMPNDIO DAS ATIVIDADES

    INTERDISCIPLINARES DO

    CURSO DE DIREITO:

    1 PERODO

    2014.1

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    COMPNDIO DAS ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES

    DO CURSO DE DIREITO:

    1 PERODO

    Comisso Cientfica

    Tatiana Mareto da Silva

    Tau Lima Verdan Rangel

    Editorao, padronizao e formatao de texto

    Tatiana Mareto da Silva

    Tau Lima Verdan Rangel

    Contedo, citaes e referncias bibliogrficas

    Os autores

    de inteira responsabilidade dos autores os conceitos aqui apresentados.

    Reproduo dos textos autorizada mediante citao da fonte.

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    APRESENTAO

    Tradicionalmente, o Direito reproduzido por meio de doutrinas, que

    constituem o pensamento de pessoas reconhecidas pela comunidade jurdica em

    trabalhar, academicamente, determinados assuntos. Assim, o saber jurdico sempre foi

    concebido como algo dogmtico. possvel, luz da tradicional viso empregada,

    afirmar que o Direito um campo no qual no se incluem somente as instituies

    legais, as ordens legais, as decises legais; mas, ainda, so computados tudo aquilo que

    os especialistas em leis dizem acerca das mencionadas instituies, ordens e decises,

    materializando, comumente, um meta direito. No Direito, a construo doconhecimento advm da interpretao de leis e as pessoas autorizadas a interpretar as

    leis so os juristas.

    Objetivando inaugurar um novo paradigma jurdico regional, o Centro

    Universitrio So Camilo-ES reafirma seu compromisso em propiciar aos discentes a

    possibilidade da construo do conhecimento de maneira prtica, utilizando as

    experincias empricas e o contorno regional como elementos indissociveis para a

    compreenso do Direito. Ultrapassa-se a tradicional viso do conhecimento jurdico

    como algo dogmtico, buscando conferir molduras acadmicas, por meio do emprego

    de mtodos cientficos.

    Neste cenrio, o Compndio das Atividades Interdisciplinares do Curso de

    Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES materializa instrumento acadmico

    importante para a divulgao cientfica interdisciplinar produzida pelos discentes

    camilianos, tal como retratar, a partir de uma tica metodologicamente estruturada, as

    peculiaridades e singularidades caracterizadoras do Esprito Santo, sobretudo a

    realidade da mesorregio sul.

    Tatiana Mareto Silva

    Coordenadora do Curso de Direito

    Tau Lima Verdan Rangel

    Coordenador do Ncleo de Trabalho de Curso e Pesquisa do Curso de Direito

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    N D I C E

    1 Perodo Noturno (Turma A) ............................................................................... 07A Complexidade da Independncia Poltica: Voto Facultativo X Voto Obrigatrio ...................... 08

    O Pensamento do Povo Cachoeirense em relao ao aborto proveniente de violncia sexual ...... 12

    Uso da lngua portuguesa na internet ................................................................................................. 16

    A opinio dos moradores da Cidade de AlegreES sobre os atuais representantes polticos ........ 20

    Viso da populao cachoeirense acerca de violncia nos protestos de rua .................................... 24

    A contribuio de Jernimo Monteiro para o desenvolvimento de Cachoeiro Itapemirim e do

    Estado do Esprito Santo .................................................................................................................... 28Bernardo Horta de Arajo: Figura Pblica Ilustre de Cachoeiro de Itapemirim ............................ 32

    O Direito de Famlia e a Psicologia. Um estudo sobre o aspecto familiar das crianas acolhidas

    pela Casa Lar Amanda Alves de Souza no Municpio de Itapemirim-ES no ano de 2013 ......... 37

    Breve anlise da influncia da Psicologia na composio das lides pelo Direito ............................. 40

    Cotas Raciais em Debate: A perspectiva do cidado cachoeirense sobre o tema ........................... 44

    Referente atual situao das empregadas domsticas no Brasil: A lei veio para incluir ou

    aumentar a excluso deste grupo social? ........................................................................................... 48

    1 Perodo Noturno (Turma B) ............................................................................... 52

    Instituies de Controle Social: Pequenas Igrejas Grandes Negcios! ............................................ 53

    O financiamento privado de campanhas eleitorais em Cachoeiro de Itapemirim ocorrido no

    ano de 2012......................................................................................................................................... 58

    Adultrio na contemporaneidade? A tica dos cachoeirenses sobre o tema .................................. 62

    O cachoeirense e o gosto pela leitura ................................................................................................ 66

    O controle social da populao cachoeirense na gesto pblica de Cachoeiro de Itapemirim ...... 71

    Uma anlise da percepo do cachoeirense sobre a vontade de participar de manifestaes

    populares ............................................................................................................................................. 76

    A violncia sofrida por crianas no mbito familiar em Cachoeiro de Itapemirim ......................... 80

    A percepo do cachoeirense sobre a funo do Estado perante a segurana pblica ................... 84

    Imigrao Italiana: Influenciando a cultura cachoeirense ................................................................. 89

    Pena de morte: Voc acha cabvel no Brasil? ................................................................................... 93

    Os crimes, a juventude e a idade ideal para se condenar um cidado ............................................. 97

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    A populao diminuiu seu preconceito com relao aos homossexuais a partir do momento

    que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a unio homo afetiva como famlia? ...................... 101

    O Palcio Bernardino Monteiro: A salvaguarda da memria do Municpio de Cachoeiro de

    Itapemirim .......................................................................................................................................... 105

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    TRABALHOS DO 1 PERODO NOTURNO:

    TURMA A

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    poltica. Assim, um dos meios de exigir e lutar por melhorias na sociedade o voto. Ao votar o

    indivduo tem o poder de controlar os mandatos polticos dos escolhidos para represent-los

    no sistema poltico.

    Historicamente, o voto tornou-se obrigatrio aps a Revoluo de 1930 para homens

    ou mulheres alfabetizados e maiores de dezoito anos. S em 1935 que os analfabetos

    conquistaram o direito de votar, e atualmente segundo a Constituio Federal vigente, o voto

    facultativo para os cidados entre dezesseis e dezoito anos. Dessa maneira, torna-se obrigatrio

    participar das eleies sendo punidos aqueles que no votarem com sanes aplicadas pelo

    Estado, geralmente mediante a uma multa que equivale a R$ 3,50 (trs reais e cinquenta

    centavos).

    Entretanto, o senador Srgio Cabral props uma Emenda Constitucional a PEC 039de 2004 que impe o Voto Facultativo ou Voto Livre no sistema eleitoral brasileiro. A

    proposta do Voto Facultativo se baseia no fato do voto ser um direito e no uma obrigao e

    deve ser exercido por eleitores conscientes, para que haja um aprimoramento da democracia e

    eleies com resultados mais verdadeiros, como ocorre nos pases desenvolvidos.

    Os adeptos defendem que o livre arbtrio eleitoral produziria eleitores mais

    conscientes, trazendo vantagens para as eleies, pois diminuiria os votos nulos e brancos e

    auxiliaria na definio da verdade eleitoral. Proporcionaria campanhas estratgicas que teriam apreocupao de alcanar somente aqueles que iriam s urnas, isto , seria uma eleio

    seletiva, afastando quem no quer votar e aproximando os reais interessados.

    O voto facultativo significa a plena aplicao do direito ou da liberdade de expresso.Caracteriza-se mais como um direito subjetivo do cidado do que um dever cvico e,para ser pleno, esse direito deve compreender tanto a possibilidade de se votar comoa conscincia determina, quanto liberdade de abster-se de votar sem sofrer qualquersano do Estado. (SOARES, 2004, s. p.)

    J os que no aderem defendem que o voto um dever e, portanto deve ser obrigatrio

    para que o povo exera sua cidadania, sua soberania e autonomia diante a responsabilidade de

    escolha dos representantes. A obrigatoriedade do voto seria uma forma de representao de

    todos, principalmente das classes baixas, pois so as que mais precisam de melhorias sociais,

    sendo o voto uma maneira de garantir a luta pelos direitos. Tambm auxilia na aproximao do

    povo em relao poltica e evita uma eleio elitizada junto a campanhas carssimas, pois

    no seria necessrio o incentivo a votar j que o voto obrigatrio, apenas objetivaria a

    conscientizar os eleitores das propostas dos candidatos.

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    Para muitos doutrinadores, o ato de votar constitui um dever, e no um merodireito. A essncia desse dever est na ideia da responsabilidade que cadacidado tem para com a coletividade ao escolher seus mandatrios. Aparticipao constante do eleitor no processo eleitoral torna-o ativo nadeterminao do destino da coletividade a que pertence, influindo, desse

    modo, nas prioridades da administrao pblica [...] a omisso do eleitor podetornar ainda mais grave o atraso scio econmico das reas pobres do pais;(SOARES, 2004, s. p.)

    Outro aspecto importante o fato de que enquanto os favorveis defendem o fato de

    que pases desenvolvidos adotam o voto facultativo, os contrrios afirmam que caso o voto fosse

    facultativo haveria a possibilidade de crise de legitimidade, j que historicamente a cultura do

    pas no valoriza a poltica. Na pesquisa elaborada, 76% dos entrevistados sabiam o que era o

    voto facultativo, apenas 18% foram a favor do voto obrigatrio, 48% deixaria de votar se fosse

    opcional e 52% no sabiam o valor da multa aplicada caso no comparecesse s urnas e no

    apresentasse uma justificativa, como mostra o grfico abaixo:

    Fonte:Pesquisa elaborada no dia 31.05.2015, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim ES

    notrio que a maioria da populao contrria ao voto obrigatrio. Porm, vale

    ressaltar que muitos ainda no tm um conhecimento sobre o que o sistema poltico do

    Brasil. Estruturalmente, o pas ainda no possui uma democracia completa ao ponto de no

    correr riscos de provocar desigualdades adaptando-se ao voto facultativo. Entretanto, o eleitor

    que vota obrigatoriamente quando sua vontade no votar, s participa da eleio para fugir

    das sanes uma multa baixssima que contradiz a obrigatoriedade do voto e no por

    conscincia poltica.

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    CONCLUSO

    A obrigatoriedade do voto um tema recorrente, principalmente no meio poltico

    devido ao aumento dos votos brancos e nulos. O voto uma expresso da voz do povo, mas de

    nada adianta votar sem conscincia poltica. Do mesmo jeito que no adianta ter eleies se elas

    no atingirem a todos. Assim, cabe ressaltar que independente do voto ser facultativo ou

    obrigatrio, para que uma eleio justa acontea e traga benefcios para todos, necessrio

    superar a cultura brasileira que prega a desvalorizao da poltica, pois qualquer indivduo s ir

    exercer sua cidadania corretamente por meio do voto quando, primeiramente, houver uma

    preocupao em proporcionar uma educao poltica antes da preocupao em promover

    campanhas milionrias.

    REFERNCIAS:

    ALMEIDA, Natlia Droichi de. Voto Facultativo: Histrico, aspectos jurdicos, vantagens edesvantagens, projetos de emendas constitucionais e ndices. Disponvel em:. Acesso em 27 jun. 2014.

    BRASIL. Constituio da Repblica Federativa do Brasil.Braslia: Senado Federal, 1988.Disponvel em: . Acesso em 19 jun. 2014.

    SOARES, Paulo Henrique. Vantagense Desvantagens do Voto Obrigatrio e do VotoFacultativo. Disponvel em: . Acesso em 13 jun. 2014.

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    O PENSAMENTO DO POVO CACHOEIRENSE EM RELAO AO

    ABORTO PROVENIENTE DE VIOLNCIA SEXUAL

    CATTEM, Cristyane Silva 6ROSSETO, Mirely Fagundes7

    BAYERL, Paula Bahiense 8RANGEL, Tau Lima Verdan9SILVA, Cssia Bertassone da10

    INTRODUO

    fato que o crime de estupro uma das condutas criminalizadas que tem condo de

    causar grande repulsa e afetar, de maneira geral, a populao, seja pela violncia empregada,seja pelas conseqncias danosas que afetam a vtima e sua clula familiar. Assim, trata o

    presente acerca da viso da populao do Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES, por meio

    da tcnica de amostragem, acerca da realizao do aborto, em casos especficos de vtimas de

    violncia sexual. Busca-se, ainda, demonstrar, por meio da percepo refletida na pesquisa

    realizada, o pensamento de tal populao em relao temtica ora mencionada.

    MATERIAL E METODOS

    Trata-se de uma pesquisa quantitativa realizada no dia 31 de maio de 2014, no centro da

    cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no estado do Espirito Santo, por meio de amostragem aos

    entrevistados pela forma de coleta de dados, no qual se pode entrevistar cerca de 80 pessoas.

    DESENVOLVIMENTO

    A pessoa que sofrer a violncia sexual e esta resultar na gravidez pode optar pela retirada

    do feto conforme previsto no art. 128 do Cdigo Penal Brasileiro: Art. 128 - No se pune o

    aborto praticado por mdico: [omissis] II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto

    6Aluna do 1 perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] do 1 perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] do 1 perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso

    Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e PesquisaConstitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Professor Orientador. Ps-Graduada em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdencirio pelaUniversidade Anhanguera UNIDERP, [email protected]

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    precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

    (BRASIL, 2014a). Na realidade, a possibilidade de haver este aborto devido ao estupro uma

    forma de preservar o psicolgico da mulher, em que por muitas vezes se sente abalada e no

    quer levar adiante uma gravidez que a leva pensar neste terrvel ato que sofreu, conforme

    preleciona Rogerio Greco este (...)o chamado aborto sentimental ou humanitrio, quando a

    gravidez resultante de estupro (GRECO, 2009, p. 253). Se a vtima for menor e optar por

    continuar a gestao ela ter esse direito mesmo que o seu representante legal no aprove,

    Rogerio Greco elucida que havendo divergncia de posies, deve prevalecer o raciocnio pela

    vida do feto, no importando a incapacidade da gestante (GRECO, 2009, p. 258)

    muito comum que a mulher opte por ter seu filho como tambm por no continuar a

    gravidez, isso tudo depende do fator psicolgico de com ela ir reagir a tal agresso, pelo qualmuitas vezes o filho pode ser uma forma de amenizar o passado ou fazer com que esse passado

    no acabe em sua memria. Pode ocorrer, e no raro acontece, que a gestante, mesmo tendo

    sido violentada, leve a termo a sua gravidez e d a luz ao seu filho (GRECO, 2009, p.257), e

    tambm Entretanto, tambm no incomum que a gestante, por outro lado, queira se

    submeter ao aborto, nos casos de gravidez que tenha sido fruto de violncia sexual (GRECO,

    2009, p.257).

    No Brasil as gestantes que sofrem essa agresso podem ter acesso a este procedimentocirrgico de forma gratuita pelo SUS. A populao de Cachoeiro de Itapemirim quando

    questionada acerca do aborto em relao ao abuso sexual ficou dividida, muitos relataram suas

    opinies influenciados por suas convices religiosas ou por divergncias entre o sexo oposto.

    Um dos questionamentos era sobre o que facilitaria o estupro, onde houve divergncia nas

    respostas, mas a populao em sua maioria optou por definir como causa maior de facilitao

    do estupro a questo do distrbio psicolgico do agressor; e em sua minoria como causa o

    comportamento da vtima.

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    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES

    As repostas dos cachoeirenses sobre ser a favor ou no do aborto proveniente de

    estupro, surpreendeu muito em questo ao grupo, pois as mulheres aceitavam ter o filho

    mesmo com o trauma sofrido decorrente da violncia, mas os homens em sua maioria foram

    contra ao aborto devido a este tal ato. Veja o grfico abaixo:

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES

    CONSIDERAES FINAIS

    Em relao a tal ato, temos como resposta que 50% dos entrevistados eram mulheres

    logo outros 50% homens, tendo em vista que maioria da populao j tinha conhecimento queuma gravidez proveniente de abuso sexual pode ser interrompida, sendo que 77,5% tinham

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    ideia da regulamentao e 22,5% no conheciam. A luz destes dados, possvel, ento, afirmar

    que a populao cachoeirense est consciente sobre o tema abordado, h discordncias de

    opinies, nos temas sobre ser a favor ou no ao aborto, o que leva um indivduo a efetuar tal

    violncia e outras, contribuindo assim para a obteno de dados respondendo o tema

    abordado.

    REFERNCIAS

    BRASIL. Decreto-Lei n 2.848, de 07 de Dezembro de 1940. Institui o Cdigo Penal.Disponvel em:. Acesso 25 de jun. 2014a.

    _____________. Tribunal Regional Federal da Segunda Regio. Disponvel: . Acesso em 25 de jun. 2014b.

    GRECO, Rogrio. Curso de Direito Penal. 6 ed. Niteri: Impetus, 2009.

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    USO DA LNGUA PORTUGUESA NA INTERNET

    DIAS, Welton de Assis11

    BORNELLI, Donatello Fernandes Soares12

    RANGEL, Tau Lima Verdan13

    INTRODUO

    O mundo atual vive a chamada era da globalizao. Nesse cenrio, um dos maiores

    meios utilizados para qualquer contato a internet, que uma rede mundial de comunicao

    capaz de interligar computadores do mundo inteiro, conforme ensina Marcelo Alves da Silva.

    No Brasil, os primeiros provedores de internet comearam a surgir em 1995. S ento o Brasil

    comeou a se conectar com o resto do mundo, ensina Gilmar Grespan (1998). Continua,

    ainda, tratando sobre o tema, e diz que nesse momento teve incio a uma nova comunidade no

    meio social, quer seja, a comunidade dos internautas, ou, mais chamados, usurios da internet.

    Atualmente, explica Grespan (1998), o mundo est diante de mais uma mudana, sendo

    chamada por alguns tericos de Revoluo da Comunicao. Com relao linguagem, a

    histria pode ser dividida em trs fases: pictrica, ideogrfica e alfabtica. A primeira

    caracterizada pela escrita por meio de desenhos ou pictogramas. A segunda fase caracterizada

    por meio dos desenhos. J a terceira fase, se caracteriza pelo uso das letras, a adotada at osdias atuais.

    Necessrio se faz realizar uma anlise a respeito do uso da lngua portuguesa na

    internet. Isto, pois, a preocupao anteriormente existente com relao ao uso correto da

    lngua, no mais existe em grandes propores no cenrio virtual. As pessoas no possuem

    mais a ateno ao escrever determinadas palavras, utilizando, alm das abreviaes, erros de

    grafia clarssimos. Portanto, o presente trabalho visou realizar uma pesquisa junto a usurios da

    rede social Facebook, questionando-os acerca de determinados hbitos e preferncias pessoaiscom relao a erros de grafia encontrados no mundo virtual.

    METODOLOGIA

    11Graduando do Curso de Direito, Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected]. Cachoeiro deItapemirim ES, Junho de 2014.12 Graduando do Curso de Direito, Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected]. Cachoeiro deItapemirim ES, Junho de 201413Professor Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia e

    Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e PesquisaConstitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo,[email protected],Cachoeiro deItapemirim ES, Junho de 2014.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    O mtodo utilizado foi de pesquisa quantitativa, por meio de pesquisa de campo.

    Utilizou-se, portanto, um questionrio contendo 08 (oito) questes, o qual foi enviado para 35

    usurios da rede social Facebook, e os mesmos responderam de acordo com suas preferncias.

    A partir de tais dados, foi confeccionado grfico demonstrativo que melhor demonstram os

    dados obtidos por esta pesquisa.

    DESENVOLVIMENTO

    A preocupao com a escrita, apesar de no ser unnime entre todos os indivduos,

    ainda algo muito respeitado e levado a rigor. Isto, porque, a grafia correta demonstraconhecimento por parte daquele que escreve e permite um entendimento melhor por parte

    daquele que o l. Contudo, tem-se que a preocupao com o uso da linguagem correta no

    mundo virtual, deixou de ser uma causa atenciosa de todos e se tornou um hbito de poucos.

    Para se ter cincia de tais dados, basta um acesso rpido a qualquer site de

    relacionamento, redes sociais, salas virtuais de bate papo online, entre outros meios utilizados

    para interao entre os usurios na internet, para verificar a presena de erros gravssimos da

    lngua portuguesa em sua forma escrita, como a falta de conjugao correta dos verbos, noconsonncia entre plural e singular entre palavras de uma mesma frase, ausncia de acentos,

    entre outros.Tendo em vista ser esta uma realidade frequente e de acesso e considerao de

    todos, tornou-se a necessidade da presente pesquisa, de forma a demonstrar que, de fato,

    algumas pessoas no possuem qualquer interesse ou preocupao com o uso da lngua

    portuguesa em sua forma correta.

    Em contrapartida, outras pessoas alm de utilizarem do portugus correto, ainda se

    incomodam com os erros cometidos por terceiros, o que influencia at mesmo no vnculo de

    relacionamento que existe entre os dois. A partir do questionrio devidamente respondido pelos

    usurios da rede social, tonrou-se possvela coleta de dados que demonstram a preocupao dos

    mesmos com o uso correto do portugus.

    Foi possvel perceber que algumas pessoas ainda se preocupam com o uso correto da

    grafia, correspondendo a 30 pessoas, enquanto 5 responderam que no se preocupam em

    escrever da forma correta. Em contrapartida, apesar da preocupao, as mesmas no deixam

    de manter vnculo com outra pessoa, casos estas nodominem a lngua portuguesa da forma

    correta, correspondendo a 30 pessoas, enquanto 3 disseram que deixariam de conversar e 2no souberam responder. Ao serem questionados se eles entendiam que deveria haver uma

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    reformulao do ensino bsico, de forma a cobrar com mais efetividades o uso da lngua

    portuguesa na forma correta, 29 pessoas responderam que sim, enquanto 2 disseram que no e

    4 no souberam responder. Segue abaixo o grfico com as respostas coletadas.

    Fonte: Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES

    CONSIDERAES FINAIS

    A partir dos dados coletados, possvel averiguar que o uso da lngua portuguesa em

    sua forma escrita correta deve ser melhor observada, de forma a no permitir que os erros

    sejam comuns no mundo virtual.Apesar da despreocupao de alguns indivduos, por

    acreditarem que em sendo somente uma rede social, ou um meio virtual diverso sem qualquer

    importncia, h um leviano engano, tendo em vista que o hbito gerado pela escrita incorreta

    pode refletir em demais reas de sua atuao, alm de possveis prejuzos em momentos

    posteriores, como por exemplo, na busca por um emprego. As pessoas precisam estar cientes

    de que o uso correto do portugus no um luxo ou uma exceo para poucos, mas, sim,

    uma obrigao pessoal e intuitiva de cada um de forma individual.

    REFERNCIAS

    GRESPAN, Gilmar. O uso da lngua portuguesa escrita em tempo real na internet.So Paulo:Pereira Barreto, dezembro de 1998. Disponvel em Acesso em 28

    jun.2014.

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    A OPINIO DOS MORADORES DA CIDADE DE ALEGRE

    ES SOBRE

    OS ATUAIS REPRESENTANTES POLTICOS

    PEREIRA, Carlos Tadeu Decot 14

    NETTO, Jos Carlos Zapolla 15COSTA, Marco Aurlio Borges16

    RANGEL, Tau Lima Verdan17

    INTRODUO

    Este presente resumo aborda as percepes do indivduo sobre representao poltica, o

    qual foi elaborado a partir de pesquisa de campo diretamente com os cidados da cidade de

    Alegre - ES por meio de questionrio com pesquisa quantitativa. No decorrer deste processo

    possvel perceber qual a viso dos moradores de Alegre sobre os atuais representantes polticos,

    e se eles esto cientes das funes exercidas por estes mesmos lderes como a instituio a qual

    estes esto vinculados.

    MATERIAL E MTODOS

    Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada no dia 31 de junho de 2014 na cidadede Alegre-ES, por meio da tcnica de amostragem e resposta de questionrios entregue de

    modo aleatrio a exatamente sessenta cidados desta cidade para assim ser possvel extrair um

    percentual sobre as demais opinies e ainda elaborar grficos acerca deste tema.

    DESENVOLVIMENTO

    A importncia do representante poltico de fato algo que tem grande impacto nasociedade, pois desde sempre possvel observar a conscientizao que a sociedade passa

    sobre voto consciente. Entretanto, a partir de um questionrio aplicado aos cidados da cidade

    14Graduando do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected];15Graduando do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected];16Professor Orientador. Doutorando em Cincias Humanas / Sociologia pelo Programa de Ps Graduao emSociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro; professor e pesquisador no CentroUniversitrio So Camilo ES, [email protected];17Professor Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia e

    Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e PesquisaConstitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected];

    [email protected];

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    de Alegre no estado do Esprito Santo possvel observar com o resultado da pesquisa que

    muitas pessoas ainda no esto cientes das funes que um vereador exerce na cidade, e, com o

    aprofundamento desta pesquisa, verifica-se uma situao ainda mais lamentvel, porque as

    estatsticas analisadas a partir do questionrio mostram que o nmero de pessoas que

    desconhecem o papel da cmara municipal na cidade supera os que sabem a sua real funo.

    Outro nmero assustador possvel observar quando foi questionado se os

    entrevistados costumavam participar das audincias da cmara dos vereadores, o qual se obteve

    como resultado foi, que de acordo com as sessenta pessoas que receberam os questionrios,

    apenas duas pessoas confirmaram que participam das audincias. importante lembrar que o

    voto um direito pblico, assim como a natureza deste se caracteriza por escolha livre do

    cidado como se pode observar no trecho abaixo do livro de Moraes:

    O voto um direito pblico subjetivo, sem, contudo, deixar de ser uma funopoltica e social de soberania popular na democracia representativa. Alm disso, aosmaiores de 18 e menores de 70 anos um dever; portanto, obrigatrio. Assim, anatureza do voto tambm se caracteriza por ser um dever sociopoltico, pois ocidado tem o dever de manifestar sua vontade, por meio do voto, para a escolha degovernantes em um regime representativo. (MORAES, 2002, p.236)

    Moraes de fato confirma que o voto de livre escolha do cidado, mas pouco adianta a

    sociedade impor grande conscientizao sobre os representantes polticos se poucas pessoassabem a real funo destes mesmos, ou at mesmo como possvel observar, no frequentam

    as instituies em que estes mesmos atuam e se olhar por um lado ainda mais crtico que fica

    explicito que a maioria no sabe nem sequer para que servem estes institutos. O autor

    CHIAVEGATTI escreveu um artigo interessante no site do planalto o que exprime boa parte

    da ideia exposta neste trabalho:

    Os eleitores so indivduos, que por sua histria, experincia, situao econmica,profisso ou outros fatores diversos, definem um perfil de um sistema de crenas,preferncias ou ideologias, mesmo que de maneira simplista. Estas influenciamconsideravelmente na escolha de um candidato ou de um partido num processoeleitoral (CHIAVEGATI, 2007, p. 136)

    possvel extrair deste trecho que todos os eleitores impactam nos momentos das

    eleies de forma positiva ou negativa, desde os mais cientes sobre as atuaes destes

    representantes at os mais leigos. Como podemos observar nos grficos gerados a partir dos

    dados coletados. A partir da analise destes grficos podemos confirmar a afirmativa a acima a

    cerca da falta de conhecimento da real atuao do poltico por parte dos cidados entrevistados.

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    Tambm possvel observar que a grande maioria dos entrevistados no costuma frequentar as

    audincias da cmara dos vereadores, como se pode observar no seguinte grfico.

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Alegre-ES.

    Esse desinteresse em acompanhar os projetos propostos pelo vereador eleito pode

    acabar por prejudicar a viso que mesmo possui sobre o vereador que o representa, uma vez

    que o mesmo no faz o acompanhamento de suas propostas, ento se deduz que o mesmo no

    possui um conhecimento sobre as reais intenes do mesmo.

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Alegre-ES.

    Tambm se pode notar que os cidados entrevistados mesmo sem acompanharem os

    projetos de lei aprovados pelo vereador eleito o consideram um bom poltico e que o mesmo

    representa bem o seu municpio.

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    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Alegre-ES.

    CONSIDERAES FINAIS

    A partir dos dados obtidos atravs desta pesquisa podemos observar que grande parte

    dos eleitores possui pouco ou nenhum conhecimento da real atuao de seu representante

    poltico. Os entrevistados tambm atravs dos dados coletados demonstram grande afeio pela

    atuao poltica do vereador eleito, mesmo no fazendo um acompanhamento das audincias

    realizadas na cmara dos vereadores, como podemos concluir com os dados obtidos na

    pesquisa e expressos em grfico, os entrevistados tambm demonstraram estar satisfeitos com a

    atuao do vereador eleito mesmo sem terem conhecimento dos projetos aprovados pelo

    mesmo.

    REFERNCIAS

    BONAVIDES, Paulo. Cincia Poltica. 10 ed. So Paulo: Malheiros Editores, 1994.

    CHIAVEGATTI, Gabriel Espndola. A Racionalidade no Processo Eleitoral. Revista Jurdica.Braslia, v. 8, n. 2, dez-jan. 2007, p. 133-140. Disponvel em:. Acessoem 26 jun. 2014

    MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 11 ed. So Paulo: Editora Atlas. 2002.

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    VISO DA POPULAO CACHOEIRENSE ACERCA DE VIOLNCIA

    NOS PROTESTOS DE RUA

    SILVA, Silvia Estcio18ASSIS JUNIOR, Paulo Roberto de19

    PEREIRA, Caroliny Louzada20RANGEL, Tau Lima Verdan21

    COSTA, Marco Aurlio Borges22

    INTRODUO

    fato que as manifestaes que o ano de 2013 ficou fortemente caracterizado pela

    sucesso de manifestaes populares, ocorridas no ms de junho, tendo como gatilhoacionador a elevao das tarifas de nibus no estado de So Paulo. Em um intervalo curto de

    tempo, as manifestaes populares ganharam vultuosas propores, passando a refletir os mais

    diversificados anseios e descontentamentos do povo brasileiro. Tratava-se, aps perodo

    superior a duas dcadas, vivenciou-se o retorno da populao insatisfeita, protestando por

    melhorias nos mais distintos setores. Verificou-se, ainda, concomitantemente com tais

    manifestaes, uma crescente onda de vandalismo, impulsionada por aqueles que, ao invs da

    utilizao de tal mecanismo para substancializar suas insatisfaes, desencadeada pela ausnciade objetivo, assentando-se apenas na destruio de patrimnio pblico-privado pela destruio.

    Neste cenrio, pretendeu o presente em colher as impresses da populao cachoeirense

    acerca da violncia verificada nos protestos de ruas.

    MATERIAL E MTODOS

    Trata-se de pesquisa quantitativa, realizada na regio central de Cachoeiro de

    Itapemirim-ES no dia 31 de maio de 2014, por meio de respostas no questionrio, onde foram

    entrevistadas sessenta pessoas.

    18 Graduanda do 1 Perodo do Curso de Direito do Centro Universitrio So [email protected] Graduando do 1 Perodo do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES. [email protected] Graduanda do 1 Perodo do Curso de Direito do Centro Universitrio So [email protected] Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso

    Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e PesquisaConstitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Professor Orientador. Doutorando em Cincias Humanas/Sociologia pelo Programa de Ps Graduao emSociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    DESENVOLVIMENTO

    O direito manifestao est previsto na Constituio Federal, em seu art. 5, inciso IV,em especial quando dita que livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o

    anonimato. Os protestos de rua so reflexo das falta de oportunidades com que os cidados

    vivem nos pases, devido a essas falhas, os cidados insatisfeitos buscam melhorias atravs de

    protestos, com cartazes, faixas, apitos e outros meios de chamar a ateno das autoridades

    pblicas. A mdia, por sua vez desempenha um grande papel na funo de informar e mobilizar

    a populao por meio das redes sociais, rdio e TV. A princpio, as manifestaes de junho de

    2013 tinha como objetivo a reduo da tarifa dos transportes pblicos, entretanto a reduo da

    tarifa foi apenas a gota dgua para tantas outras necessidades do pas.

    Entretanto, o modo de se pedir melhorias transforma-se em violncia, quando perde-se

    o objetivo principal, que a luta pelo reconhecimento de seus direitos. Sabe- se que em meio

    aos cidados que buscam seus direitos de forma pacfica, existem entre eles pessoas que

    objetivam o quebra-quebra, e a desordem. Os protestos de rua tm por finalidade

    demonstrar claramente a indignao, da populao com algo que no est em seus devidos fins.

    Os protestos ocorrem para que haja mudanas claras, notadamente em decorrncia da falta

    desenvolvimento e planejamento para a populao, a fim de beneficiar trabalhadores,

    estudantes e classes menos favorecida, em que so primordiais para um bem comum e,

    tambm, para a dignidade humana, transporte, sade, educao, e segurana de qualidade. Por

    esses problemas e a falta de comprometimento do governo com a sociedade, com o dinheiro

    pblico, e tambm com desenvolvimento de nosso pas, a violncia por parte dos manifestantes

    percebida atravs do vandalismo, depredao de patrimnios pblicos e privados, violncia

    contras as autoridades, imprensa e tambm contra os prprios manifestantes. Em contra partida

    encontra-se policiais despreparados para lidar com situaes grandes como as manifestaes epercebe-se tambm o abuso de poder por parte alguns militares.

    Os confrontos com a PM se intensificaram , sobretudo, pela ao das foras desegurana , que usaram gs lacrimogneo, spray de pimenta, bombas e balas deborracha contra cidados e a imprensa . Centenas de pessoas ficaram feridas ouforam detidas.

    As imagens do uso abusivo da fora foram capitadas pelos veculos de comunicao,manifestantes individuais com seus celulares e por coletivos independentes, como omdia Ninja e o PosTV , que transmitiram os eventos em tempo real via streaming.(CARDOSO; FTIMA, 2013, p. 159)

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    Por fim, sero exposto grficos mediante pesquisas de campo realizadas no dia 31 de

    maio de 2014, onde a populao foi entrevista e foram obtidos os seguintes resultados para as

    perguntas abaixo:

    Grfico 1: Voc acredita que fazer manifestaes provoca mudanas no governo?

    Grfico 2: Na sua opinio, a polcia exerceu sua funo de modo exagerado nas manifestaes

    de junho de 2013?

    Fonte: Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

    CONSIDERAES FINAIS

    Mediante o que foi exposto no decorrer da pesquisa, conclui-se que as manifestaes

    populares de 2013, representaram um importante momento histrico, refletindo os anseios da

    populao. Contudo, no possvel esquecer que os protestos de ruas tambm trouxeram

    consequncias danosas, eis que resultaram em destruio de patrimnio pblico-privado,

    fomentado por grupos dentro das manifestaes voltados para a destruio e para o

    vandalismo, maculando o legtimo interesse da populao em se manifestar acerca do

    descontentamento com a situao ftica existente

    REFERNCIAS

    CARDOSO, Gustavo; FTIMA, Brando di. Movimento em rede e protesto no Brasil. Qualgigante acordou? Revista Eco Pos . Rio de Janeiro , v.16, n.2, p.159, mai.- ago. 2013.

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    MARADEI, Anelisa. Folha de S. Paulo e cobertura dos protestos de MPL. So Paulo.Disponvel em : < http://amaradei.com.br /v2/wp-content/uploads/2013/09/ARTIGO-PROTESTOSFinal.pdf1> Acesso em 30 jun.2014.

    SINGER, Andr. Brasil, junho de 2013: Classes e ideologias cruzadas. Novos Estudos.-CEBRAP. n.97. So Paulo. Nov. 2013. Disponvel em: . Acesso em :28 jun.2014.

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    A CONTRIBUIO DE JERNIMO MONTEIRO PARA O

    DESENVOLVIMENTO DE CACHOEIRO ITAPEMIRIM E DO ESTADO

    DO ESPRITO SANTO

    GONALVES, Debora de Souza23CRUZ, Cluves Silva Victrio da24

    OLIVEIRA, Geiziane Lima Bauduino25RANGEL, Tau Lima Verdan26

    LUBE, Diogo Pereira27

    INTRODUO

    Foi atravs de Jernimo Monteiro que Cachoeiro de Itapemirim ganhou destaque e que

    o Espirito Santo cresceu em urbanizao. O grande desenvolvimento que o Espirito Santo

    sofreu foi devido aos trabalhos rduos de governo. Se formos perguntar a maioria da

    populao quem foi esse homem muitos no saberiam responder. atravs deste trabalho que

    vamos falar um pouco da vida desse homem que viveu no tempo do coronelismo que foi o

    precursor do desenvolvimento industrial e urbano no Estado.

    MATERIAL E MTODOS

    O presente estudo foi estruturado a partir de pesquisas qualitativas bibliogrficas. Tendo

    como principal fonte de informao os livros A Repblica e o Esprito Santo dos autores

    Regina Rodrigues Hees e Sebastio Pimentel Franco e A inveno do Coronel de Joo

    Gualberto M. Vasconcelos.

    DESENVOLVIMENTO

    23Graduando do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo - ES, [email protected] do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo - ES, [email protected] do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo - ES, [email protected] Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Minerao e Meio

    Ambiente e Coordenador da sublinha Meio ambiente, Constituioe Tutela do Patrimnio Cultural, do Grupode Estudo e Pesquisa Constitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo,

    [email protected]; [email protected] de Itapemirim ES, julho de 2014.27 Especialista em Hitria Moderna e Contepornea pelo Centro Universitrio So Camilo,[email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    Jernimo Monteiro retorna poltica em 1908, tornando-se governador do Estado.

    Quando assumiu o mandato o Estado se encontrava desorganizado no setor financeiro. A partir

    da Jernimo Monteiro comeou a se destacar com suas benfeitorias para o Estado. Entrou

    com uma forte processo de urbanizao investiu em saneamento, praas, iluminao pblica,

    novas linhas de bondes e ainda reconstruiu a Santa Casa de Misericrdia em 1910. J na

    industrializao Jernimo assinou numerosos contratos para a construo de fbricas no Estado

    localizadas em Cachoeiro de Itapemirim, sendo essas de cimento, tecidos, acar, papel, leo

    vegetal, serraria industrial e outras. Jernimo Monteiro concluiu, tambm, a estrada de Ferro

    Sul do Esprito Santo, ligando a cidade do Rio de Janeiro a Vitria e tinha como ponte de

    conexo Cachoeiro de Itapemirim. Ainda no mesmo ano colocou os trilhos da FerroviaDiamantina que ligava Vitria a Minas Gerais. Estimulou, tambm, a agricultura, alm de

    construir cerca de 150 escolas no Estado com uma excelente reforma na educao. Uma de

    suas principais conquista que ficou registrado foi a criao da Bandeira do Estado com o lema:

    Trabalha e Confia com as cores azul e rosa que representam as cores do manto de Nossa

    Senhora da Vitria, as mesmas cores tambm pertenciam ao tema de um clube abolicionista da

    poca.

    Jernimo de Souza Monteiro deixou o governo no dia 23 de maio de 1912. Dedicou-se advocacia e depois ao comrcio, com uma papelaria, e a tipografia Santa Helena (HEES,

    2005; FRANCO, 2005). Jernimo Monteiro faleceu no Rio de Janeiro no dia 23 de outubro

    de 1933 no mesmo ano em que se elegeu para deputado federal.

    CONSIDERAES FINAIS

    notvel que o governo de Jernimo foi essencial para a grande avano de Cachoeiro

    de Itapemirim e o Estado. Embora muitos desconheam sua importncia, atravs desses

    estudos sobre sua vida e obra, pode-se concluir que apesar de ter sido criado em meio ao

    coronelismo, sofreu pouca influncia, pois possua seus prprios ideais devido aos

    conhecimentos acadmicos adquiridos o tornando destaque na poltica fazendo com que suas

    obras perdurem durante anos.

    REFERNCIAS

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    HEES, Regina Rodrigues; FRANCO, Sebastio Pimentel. A Repblica e o Esprito Santo.2ed. Vitria: Multiplicidade, 2005.

    VASCONCELOS, Joo Gualberto M.. A inveno do coronel. Ensaio sobre as razes doimaginrio poltico brasileiro. Vitria: SPDC UFES, 1995.

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    BERNARDO HORTA DE ARAJO FIGURA PBLICA ILUSTRE DE

    CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

    ASSINI, Alana 28

    DEBONA, Glauber Lunz 29SANTOS, Thais Ferreira dos30RANGEL, Tau Lino Verdan4

    LUBE, Diogo Pereira5

    INTRODUO

    O presente trabalho tem o intuito de discorrer a cerca de Bernardo Horta Arajo, e suas

    contribuies para com o progresso da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, cujo objetivo

    buscar saber se hoje em dia a populao de Cachoeiro de Itapemirim tem o devido

    conhecimento e reconhecimento em relao s tais contribuies.

    MATERIAL E MTODOS

    O presente trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa qualitativa e quantitativa.

    Usamos referencias bibliogrfica e foi realizada uma pesquisa no dia 31 de maro de 2014 na

    Praa Jernimo Monteiro da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, onde 42 pessoasresponderam a um questionrio.

    DESENVOLVIMENTO

    Bernardo Horta de Arajo fez grandes coisas para a cidade de Cachoeiro de Itapemirim,

    como intendente da cidade na poca em que o pas passava a ser repblica, ele se mostrou um

    homem idealista e comprometido com o seu trabalho no municpio visando sempre noprogresso da cidade. Tal grande empenho para com o municpio naquela poca teve o seu

    reconhecimento mesmo depois de muitos anos. No dia 10 de abril de 2012 entra em vigor a

    28Graduanda do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected];29Graduando do Curso de Direito do Centro Universitrio so Camilo-ES, [email protected];30Graduanda do Curso de Direito do Centro Universitrio so Camilo-ES, [email protected];4Professor orientador: Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso

    Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e Pesquisa

    Constitucionalizao de Direito, Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected]. Cachoeiro

    de Itapemirim ES, julho de 2014.5Professor orientador: Especialista em historia moderna e contempornea, Centro Universitrio So Camilo-ES,[email protected]. Cachoeiro de Itapemirim ES, julho de 2014.

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    Comenda criada que leva o seu nome, que se destina a homenagear tambm aquelas pessoas

    no meio pblico ou privado que se dedicam a contribuir com o crescimento da cidade de

    Cachoeiro de Itapemirim, a cada ano ser proposto nomes onde os vereadores sero

    convocados para analisar essas propostas e assim homenagearem tais pessoas.

    Passa-se, agora, a relatar algumas das grandes contribuies de Bernardo Horta de

    Arajo para com o municpio de Cachoeiro de Itapemirim. Ele se destacou em 1900 quando

    foi efetivada a instalao do hospital Santa Casa de Misericrdia de Cachoeiro de Itapemirim,

    que tanto naquela poca como hoje serve para atender a populao da cidade e at mesmo ao

    redor do sul do estado. Tambm neste mesmo ano, d-se o inicio do calamento da cidade, as

    condies das ruas na cidade em tempos de chuvas eram consideradas precrias, em especial

    no interior, foi um grande empreendimento para a cidade que teve por parte dele tal iniciativa.

    Mas, no h nem como no mencionar um grande ato que ele realizou em seu governo

    municipal, a criao de uma usina hidreltrica, como sabido por muitos a cidade de

    Cachoeiro de Itapemirim foi primeira do Estado a ter energia eltrica. Ele sempre esteve

    frente nesta obra com sua mxima dedicao, o local escolhido foi onde havia uma excelente

    queda d gua, o local foi batizado de ilha da luz, nome que at hoje identifica o bairro

    localizado onde, na poca, foi construda a usina(SANTOS, Adilson Silva, 2012).

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    E, no ano de 1903, que foi marcado por essa conquista de produzir energia eltrica e

    inaugurao da usina. Tambm foi neste mesmo ano a inaugurao do palcio do governomunicipal cujo foi adquirido por Bernardo Horta de Arajo que j naquela poca no era mais

    o governante municipal, mas seu nome foi lembrado e muito prestigiado por tais conquistas.

    Entretanto antes de fato se ingressar no governo municipal ele j contribua muito, no ano de

    1888 ele passou a ser chefe-redator do Jornal O Cachoeirano, jornal o qual foi um dos

    principais responsveis em propagar as ideias republicanas da poca, e neste mesmo perodo

    ele e mais alguns que no se simpatizava com o as condies de imprio na cidade foram os

    responsveis por fundar o primeiro clube republicano. Tambm um dos responsveis ecolaborador nos anos de 1898 em contribuir para a criao da loja Manica Fraternidade

    Luz, que nos anos de 1900 teve funcionalidade como uma biblioteca pblica.

    Vale destacar que tudo ou quase tudo o que se sabe sobre Bernardo Horta de Arajoreside no ambiente da vida pblica: o poltico combativo, energtico defensor daRepblica, orador perspicaz, jornalista arguto, farmacutico habilidoso, exmioconhecedor das leis e do direito, alm de tantas outras caractersticas que marcam seucarter pblico. Contudo, pouco se sabe sobre sua vida privada. (SANTOS, 2012.)

    Bernardo Horta de Arajo formado em farmcia foi casado com Angelina Ayres com quem

    teve cinco filhos, a relao deles era marcada pelo afeto e a distancia. Esteve doente por longos

    perodos e teve gastos com sua sade e com a situao financeira cada vez mais sendo

    arruinado com os golpes que recebia, ele preferiu no continuar a viver e suicidou-se no dia em

    que completaria seu quinquagsimo primeiro ano.

    Tendo expostos tais fatos at aqui podemos observar o que nos revela a pesquisa feita de

    forma bibliogrfica nos mostra Bernardo Horta de Arajo como realmente uma figura pblica

    que se mostrou ativa em Cachoeiro de Itapemirim, mas tivemos tambm o interesse emestudar a populao da cidade, com a finalidade de saber se eles obtm essas informaes em

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    relao a Bernardo Horta de Arajo e para ir alm se eles sabem reconhecer todos os seus

    rduos trabalhos feitos para contribuir com o progresso da cidade.

    Fonte: Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES.

    Diante dos dados expostos no grfico a concluso que temos que a populao conhece

    Bernardo Horta de Arajo apenas por ouvir falar, mas definitivamente no sabem dizer quem

    foi e muito menos alguma de suas tantas contribuies para com o municpio. Provavelmente

    com o passar de tantos anos e por muitos nem mesmo terem nascido em tal poca em que o

    municpio contava com a participao ativa dele para o seu desenvolvimento, a figura to ilustre

    desse homem est repousando no esquecimento da populao cachoeirense.

    CONSIDERAES FINAIS

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    Levando em considerao todos os aspectos abordados e estudados podemos notar que

    Bernardo Horta de Arajo enquanto esteve presente no municpio de Cachoeiro de

    Itapemirim foi uma figura pblica de extrema importncia que contribuiu para crescimento na

    cidade na poca e que hoje em dia ainda podemos notar a presena de suas contribuies na

    cidade.

    O legado dele est presente at hoje e suas grandes conquistas para a cidade serve como

    incentivo para continuarmos a querer promover esse progresso cada vez mais, tanto pelo meio

    pblico como no ramo privado. Talvez caia no esquecimento de alguns ou at mesmo da

    maioria a importncia deste homem para com o municpio de Cachoeiro, mas que possamos

    buscar transmitir tais coisas grandiosas e benficas feitas por ele para geraes futuras e com a

    esperana em ns de cada vez mais buscar o melhor para Cachoeiro de Itapemirim em todassuas reas.

    REFERNCIAS

    MANSUR, Higner (org.) Bernardo Horta de Arajo: 150 anos. Cachoeiro de Itapemirim:Instituto Newton Braga, 2012.

    SANTOS, Adilson Silva. Bernardo Horta de Arajo e a poltica de Cachoeiro de Itapemirim

    (1887-1913). 1. Ed. Cachoeiro de Itapemirim: Cachoeiro Cult, 2012.

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    O DIREITO DE FAMLIA E A PSICOLOGIA. UM ESTUDO SOBRE O

    ASPECTO FAMILIAR DAS CRIANAS ACOLHIDAS PELA CASA LAR

    AMANDA ALVES DE SOUZA NO MUNICPIO DE ITAPEMIRIM

    - ES

    NO ANO DE 2013

    RIBEIRO, Rodrigo Zigoni de Oliveira 31

    PEREIRA, Victor da Silva 32PEDRUZZI, Josiane Seraphim 33RANGEL, Tau Lima Verdan34

    INTRODUO

    O presente artigo tem por escopo traar o perfil familiar das crianas e adolescentes

    acolhidos pela Casa Lar Amanda Alves de Souza, no municpio de Itapemirim ES, luz da

    legislao de proteo infncia e adolescncia, bem como, da cincia da Psicologia. Prima

    registrar que o ambiente pesquisado trata-se de uma modalidade de acolhimento institucional

    que se refere medida de proteo que ampara crianas e adolescentes em situao de

    vulnerabilidade social, ou seja, ambiente que acolhe crianas vtimas de abandono, maus tratos

    ou negligncia familiar. cedio que a famlia desempenha um papel de vital importncia para

    o desenvolvimento da sociedade. No seio familiar se constroem os valores que serviro de base

    para o desenvolvimento do indivduo. Este trabalho abordar o tema atravs da anlise do perfil

    das crianas acolhidas pela Casa Lar, a fim de traar um paralelo entre a realidade vivenciada

    por elas e seu contexto familiar. Alm disso, abordar o modo como o trabalho psicolgico

    vem sendo desenvolvido dentro da instituio, atravs da ao do profissional psiclogo.

    MATERIAL E MTODOS

    A metodologia desta pesquisa consiste em entrevista realizada diretamente instituio,

    atravs da psicloga Carla Bittencourt Felcio, em que foram argidas questes acerca da

    composio familiar das crianas e adolescentes acolhidas pela Casa Lar, perfil scio-

    31Graduando do Curso de Direito do Centro Universitrio so Camilo-ES, [email protected] do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected] do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo-ES, [email protected];34Professor Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia e

    Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Di reito Processual e Acesso Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e PesquisaConstitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected];

    [email protected]

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    econmico das famlias, bem como questes afetas ao trabalho desenvolvido pela entrevistada

    junto s crianas.

    DESENVOLVIMENTO

    A Carta Constitucional, em seu artigo 227, assegura a crianas, adolescentes e jovens

    direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura,

    dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, sendo que todo esse

    leque de direitos e garantias encontra-se estatudo, ainda, no Estatuto da Criana e do

    Adolescente. Contudo, v-se que, na realidade, muitas crianas e adolescentes no vem seus

    direitos sendo respeitados, sendo este um dever no somente do Estado e da sociedade, mas,tambm, e principalmente, das famlias.

    Em face da garantia convivncia familiar, h toda uma tendncia de buscar o

    fortalecimento dos vnculos familiares e a manuteno de crianas no seio da famlia natural.

    No entanto, por vezes, para melhor atender as necessidades da criana ou adolescente, faz-se

    necessrio a destituio do poder familiar (DIAS, 2010, p. 68). neste sentido, que as

    instituies de acolhimento apresentam-se de vital importncia para estes menores que tiveram

    seus direitos violados por suas famlias. Faz-se mister, pois, analisar o perfil familiar destascrianas e trabalhar psicologicamente e socialmente os problemas enfrentados por elas a fim de

    minimizar seus impactos.

    Analisando sucintamente o objeto no presente artigo, atravs dos resultados obtidos

    pela pesquisa realizada, v-se que a Casa Lar Amanda Alves de Souza abrigou no ano de

    2013 o nmero de 17 (dezessete) crianas e adolescentes, sendo que a composio familiar

    nuclear destas mostrou-se diferente das tradicionais composies, em que figuram o

    elemento paterno e materno no cerne familiar. Grande parte das crianas acolhidas pela

    instituio possui como ncleo familiar apenas irmo(s) ou, ainda, companheiro. Segundo

    Carla Bittencourt Felcio, psicloga entrevistada, um dos principais motivos da chegada dessas

    crianas instituio a negligncia familiar, constatando-se, outrossim, serem estas famlias de

    condies scio-econmicas de extrema pobreza e misria.

    Quando questionada com relao ao trabalho desenvolvido na instituio, afirmou que

    as crianas recebem atendimento psicolgico, individual, semanalmente, com o objetivo de

    trabalhar os traumas, a rejeio e os desajustes comportamentais, sociais e escolares. Com

    relao ao atendimento s famlias a entrevistada relata que estas recebem visitas psicossociais

    peridicas e em sendo constatado a necessidade de apoio ou tratamento psicolgico, so

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    encaminhadas rede de atendimento municipal, de acordo com a demanda identificada.

    Assim, em casos de dependncia qumica, por exemplo, o(s) membro(s) da famlia (so)

    encaminhado para a unidade de sade municipal.

    A entrevistada finaliza, afirmando a importncia da Casa Lar para o municpio de

    Itapemirim, por prestar um servio de alta complexidade, minimizando o sofrimento de

    dezenas de crianas e adolescentes que tiveram seus direitos violados, conforme palavras da

    entrevistada.

    CONSIDERAES FINAIS

    O tema apresentado de extrema relevncia atual, por consistir numa problemtica quepe em questo o papel da famlia no desenvolvimento das crianas e dos adolescentes e na

    proteo dos seus direitos. Em suma, o aspecto familiar das crianas e adolescentes acolhidos

    pela Casa Lar Amanda Alves de Souza caracteriza-se pela negligncia dos entes familiares,

    pela precria condio econmica e financeira das famlias, bem como pelos diferentes arranjos

    familiares. Este trabalho trouxe, ainda, um paralelo entre o Direito de Famlia e a Psicologia na

    medida em que apresentou superficialmente o trabalho desenvolvido pelo profissional

    psiclogo na referida instituio.

    REFERNCIAS

    DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famlias. 7.ed.So Paulo: Editora Revista dosTribunais, 2010.

    FARIAS, Letcia Coimbra. O Fazer Psicolgico na Casa Lar. Porto Alegre: UFRGS, 2012.Disponvel em: . Acesso em: 27 jun. 2014.

    http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/40228http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/40228
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    BREVE ANLISE DA INFLUNCIA DA PSICOLOGIA NA

    COMPOSIO DAS LIDES PELO DIREITO

    GALVO, Amanda das Neves35,ALMEIDA, Maria Flr de Carvalho36,

    MELO, Thais Vantil37,RANGEL, Tau Lima Verdan38,

    SANTOS, Elissandra da Silva Mendona39

    INTRODUO

    Cada indivduo diferente e interage no meio social de acordo com os valores que em

    suas almas foram agregados sejam por seus pais, sejam por aqueles os quais tinham o encargode guarda e responsabilidade sobre os mesmos, sejam por suas prprias escolhas. A sociologia,

    pautada em seus estudos empricos concluiu que todo ser humano fruto do meio em que

    vive, salvo obviamente rarssimas excees. Mas a alma humana, aquela dimenso onde ficam

    alojados sentimentos, vontades e desejos, at mesmo os no manifestos e obscuros so

    analisados pela cincia tambm humana denominada Psicologia.

    O desenvolvimento sentimental do homem forjado num processo dinmico ao longo

    de um interregno do tempo de sua vida, cujo resultado varia em cada indivduo, at porque,naturalmente somos diferentes um do outro. Cada indivduo encara e reagem as situaes

    influenciadas culturalmente e socialmente observando-se as etapas da vida que nem sempre so

    comuns as pessoas dos grupos a que pertence. O Estado chamou para si, o direito/dever de

    resolver os mais diversos conflitos de interesse, entretanto, por meio do Direito, por mais

    completa que parea ser essa cincia humana aplicada, no lograria xito no seu encargo sem a

    contribuio da completude das demais cincias.

    Sendo assim, a Psicologia, como outras cincias, foram convocadas pelo Direito para

    auxili-lo na elucidao de situaes problemas, na explicao da diversidade do

    35Graduanda em Direito do Centro Universitrio So Camilo, 201436Graduanda em Direito do Centro Universitrio So Camilo, 201437Graduanda em Direito do Centro Universitrio So Camilo, 201438Professor Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso

    Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e Pesquisa

    Constitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Professora orientadora Especialista em Direito Pblico com nfase em Direito Penal e Processo Penal,

    Graduanda em Sociologia e Pedagogia, Ps Graduanda em Docncia do Ensino Superior, ps-Graduanda emFilosofia e Direitos Humanos. Advogada do Ncleo de Prtica Jurdicas do Centro Universitrio So Camilo,[email protected] de Itapemirim ES, junho de 2014.

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    comportamento humano diante de determinadas situaes problemas, que aquela cincia por

    si, no lograria xito e contrariaria a busca mais prxima de seu objetivo: fazer JUSTIA!.

    MATERIAL E MTODOS

    O presente estudo foi estruturado a partir de reviso bibliogrfica, lanando mo dos

    posicionamentos doutrinrios acerca da temtica debatida, tal como dados oficiais vinculados

    pelos sites eletrnicos governamentais.

    DESENVOLVIMENTO

    Aliada ao Direito, a Psicologia assume a nomenclatura de Psicologia Jurdica e na

    Medicina Legal assume a alcunha de Psicologia Forense, mas, em suma, incumbida

    presente cincia humana a aplicao de conhecimentos psicolgicos s questes das mais

    diversas reas jurdicas. Em apertada sntese, pode-se atribuir como responsabilidade do

    psiclogo jurdico a anlise de conflitos que embasam as lides nas esferas do Direito Penal,

    Direito da Criana e Adolescente e Direito do Idoso. possvel, ainda, identificar a aplicao

    dos conhecimentos especficos da Psicologia Jurdica em sede de Direito Civil, quando

    necessria aferio acerca da capacidade para os atos da vida civil, bem como no Direito de

    Famlia, nos casos de guarda e deteco de alienao parental. De igual modo, aplicvel no

    Direito do Trabalho para identificar a existncia de assdio moral ou sndrome de Bournout

    dentre outros. O entendimento do funcionamento psquico, de comportamentos patolgicos,

    transtornos de personalidade e estados psquicos anormais que em regra no detectvel de

    forma perita pelo profissional do Direito, assumido por aquele que tem habilitao tcnica

    para o encargo, como um psiclogo.

    Atualmente, o Poder Judicirio buscou se aparelhar de comisses tcnicas de

    avaliao das quais fazem parte psiclogos e assistentes sociais que tm a incumbncia de,

    contribuir com a anlise humana da lei a ser aplicvel ao conflito de interesse sub judice,

    obviamente, com a observncia das regras tcnicas que tais profissionais devem ter para

    contriburem com um julgamento justo e sem mcula. A psicologia jurdica fica incumbida de

    fazer a anlise das psicopatologias. Mas como toda cincia, ela sujeita a princpios que

    respaldam e explicam todos os diagnsticos. Pode-se citar, a ttulo informativo, que a psicologia

    jurdica se sujeita s seguintes teorias:

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    Abordagem Psicanalticas defendidas por Sigmund Freud, Donald Winnicott,

    Jacques Lacan, Melanie Klein e WilfredBion, o quais defendiam que o desenvolvimento da

    personalidade dava-se em estgios psicossexuais que so motivadores inconscientes da conduta

    humana, que dividia-se em id, ego, superego e mecanismos de defesa. Abordagem

    Comportamental referenciada por B.F. Skinner, que teorizava que a personalidade d-se por

    esforo positivo a comportamento. E seu estudo se dava por meio da interao do indivduo ao

    ambiente, respondidas por situaes estmulos. Abordagem Humanstica representada por

    Carls Rogers, pressupunha que o homem livre e se apresenta como um projeto

    permanentemente inacabado, em um constante vir a ser, tendo tendncia inata

    autorrealizao, estando aberto ao desenvolvimento impulsivo e aprendizagem positiva.

    Abordagem Cognitiva delineada por Albert Ellis e Aaron Beck, os quais defendemque o significado das vivncias estabelecido cognitivamente, manifestado pelas crenas,

    comportamentos e reaes dos indivduos. A psicologia jurdica ou forense contribui com o

    Direito quando, por meio de percia designadas pelo juzo ou requerida pela parte interessada

    conseguem detectar patologias como: transtornos de personalidade, transtornos psquicos,

    condutas de assdio moral, sndromes de Bournout dentre outras, que a olho nu pelos juristas

    ou profissional do direito no poderiam ser detectveis. O professor Hlio Gomes (1997, p.

    07), ao analisar a importncia do perito, como auxiliar do Direito, sabiamente prefaciou: Amoderna renovao, mdico-legal est sempre a exigir uma renovao constantes de seus

    conhecimentos. O referido doutrinador, ainda em suaobra delineia a psicologia jurdica sob

    dois aspectos no mbito jurdico, os quais d o nome de:

    Psicologia forense cujo alvo de estudo os limites modificadores daresponsabilidade e da capacidade, as doenas mentais e suas aplicaes forenses, apericulosidade e ligeiras referncias Medicina Legal nas prises.

    J a Psicologia Judiciria foi desmembrada para acentuar sua grande importnciapara o jurista tambm devido peculiaridade das suas investigaes. Versa aformao, conservao, reproduo e deformao do testemunho, examina acontribuio da psicologia experimental, estuda o depoimento dos menores, dos

    velhos, dos psicopatas, dos emocionados, das mulheres, aprecia a inquirio, odepoimento oral e escrito, a confisso, a acareao, a reduo do termo, os tipos detestemunhas, o julgamento pblico, singular e coletivo, a fadiga de juzes e ainda apercia da credibilidade (GOMES, 1997, p. 16).

    Nisso que a cincia como a Psicologia, independente das reas que explica, se completa

    o Direito, e seu amplo conhecimento pelo profissional que a explora facilita na exata

    compreenso de tudo que norteia a lide que por meio da atuao jurisdicional busca solucionar

    sem ser vencida por tudo que o resiste, na medida da mais perfeita JUSTIA.

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    CONSIDERAES FINAIS

    Para que haja diminuio da demanda de processos judiciais so necessrias inmeras

    aes, mas a principal destas aes talvez seja a preveno de conflitos, pois isto resultaria na

    diminuio de abertura de processos e consequentemente a reduo dos custos processuais.

    Outra ao seria restringir a gratuidade da justia somente a casos comprovadamente de

    ausncia de recursos financeiros ou mesmo falta de bens a serem penhorveis, promovendo

    uma justia social ao cidado que de fato dela necessite. Os demais casos deveria haver um

    reembolso das despesas processuais, pois evidente que com isto haveria uma diminuio na

    busca para resolues de conflitos de pequena relevncia, impondo maior responsabilidade o

    juridicamente necessitado.Muito mais que a democratizao da justia e da divulgao do conhecimento dos

    direitos adquiridos, necessrio que o Estado atue por meio de campanhas disciplinares e de

    conscientizao outras formas de resolues de conflitos, pois a partir do instante que os

    anseios sociais forem acolhidos e solucionados o demandismo diminuir, os gastos pblicos

    sero reduzidos e o comportamento conflituoso dar lugar a solues mais efetivas.

    REFERNCIAS

    GOMES, Hlio. Medicina Legal.31 ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 1997.

    MESSA, Alcione Aparecida. Psicologia Jurdica. So Paulo: Editora Atlas, 2010.

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    COTAS RACIAIS EM DEBATE: A PERSPECTIVA DO CIDADO

    CACHOEIRENSE SOBRE O TEMA

    CACHOLI, Matheus De Almeida40SOARES, Rahone Martins41

    VIANA, Lara Alice Carvalho42RANGEL, Tau Lima Verdan43

    INTRODUO

    No presente trabalho, procura-se demonstrar um pouco do pensamento dos cidados

    de Cachoeiro de Itapemirim a respeito da lei de cotas raciais, o estudo aborda o principio da

    igualdade relatando opinies sobre o tema, bem como se as cotas raciais seriam uma boa

    politica para minimizar a discriminao racial. O trabalho proporciona um conhecimento mais

    amplo das pessoas sobre o tema, que atual e retrata polmicas e opinies diversas, abordando

    argumentos contrrios e favorveis em respeito a cotas raciais no sistema jurdico Brasileiro.

    MATERIAL E MTODO

    Como procedimento metodolgico para a realizao deste estudo, utilizou-se a pesquisa

    quantitativa, desenvolvida no dia 31 de maio de 2014, na Praa Jernimo Monteiro, na regio

    central do municpio de Cachoeiro de Itapemirim, oportunidade em que foram entrevistadas

    60 (sessenta) pessoas, utilizando-se da tcnica de amostragem e resposta de questionrios

    contendo dez perguntas entregues aos entrevistados.

    DESENVOLVIMENTO

    No Brasil as cotas raciais comearam a ganhar visibilidade a partir do ano de2000,quando universidades comearam a adotar vestibulares e concursos, e assim o primeiro

    sistema de cotas foi aplicado em 2004 em uma universidade em Braslia (UnB). J em 2012 a

    40 Aluno do primeiro perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo,[email protected] do primeiro perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Aluna do primeiro perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo,[email protected] Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia e

    Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Minerao e MeioAmbiente eCoordenador da sublinha Meio ambiente, Constituio e Tutela do Patrimnio Cultural, do Grupode Estudo e Pesquisa Constitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo,

    [email protected]; [email protected]

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    Presidenta Da Repblica sancionou a lei N. 12.711/2012, que instituiu no BRASIL o sistema

    de cotas no qual as instituies federais de educao superior, e as instituies federais de

    ensino tcnico de nvel mdio, vinculadas ao ministrio da educao, reservaro em cada

    concurso seletivo para ingresso nos cursos de graduao, por curso e turno, no mnimo 50%

    (cinquenta por cento) de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino

    mdio em escolas pblicas, e estas vagas sero preenchidas pelas pessoas autodeclarados

    pretos, pardos e indgenas.

    De acordo com o IBGE (instituto brasileiro de geografia e estatsticas) existem

    oficialmente cinco termos aceitos para classificar a cor da pele dos Brasileiros: branco, preto,

    pardo, amarelo e indgena. O grfico a seguir representa a cor dos entrevistados para ter uma

    melhor resoluo a respeito da pesquisa, no qual 42% se autodeclararam como sendo branco:28%; como pardo: 22%; como negro: 5%; amarelo e 3% como indgena.

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014 em Cachoeiro de Itapemirim.

    Como pode ser observado no grfico abaixo, o cidado cachoeirense quando

    questionado em uma pergunta objetiva sobre qual o objetivo das cotas raciais responderam

    em sua grande maioria (41%) que o objetivo era aumentar a probabilidade de ingresso nas

    faculdades; e nenhum dos entrevistados acredita que o objetivo gerar preconceito entre as

    pessoas.

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    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014 em Cachoeiro de Itapemirim.

    O racismo e uma forma de discriminar pessoas baseado na diferena de raas, cor da

    pele e outras caractersticas fsicas, de tal forma que umas se consideram superiores as demais.

    Ento as cotas raciais seria um racismo? O grfico abaixo representa a opinio do cidado

    cachoeirense ao responder tal pergunta onde 62% dos entrevistados responderam que sim e

    38% responderam que no.

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014 em Cachoeiro de Itapemirim.

    CONCLUSO

    O sistema de cotas raciais no Brasil, introduzido pela Lei N. 12.711/2012, apesar de

    beneficiar a populao autodeclarada como negros e indgenas um tema muito polmico, pois

    retrata opinies diferentes sobre qual e o objetivo das cotas raciais existem tambm pessoas que

    consideram que o sistema de cotas raciaiscomo uma poltica racista, assim o que seria uma

    soluo, acaba se tornando um problema. O sistema de cotas atender apenas uma parcela danumerosa populao brasileira negra e parda, podendo no trazer efeitos que fomentasse a

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    discriminaocontra a populao negra, beneficiando apenas alguns, que podem ainda sofrer

    discriminao por ingressarem em faculdades em virtude de vagas destinadas cota racial.

    necessrio tambm, observar que uma politica de cotas raciais, por se basear apenas

    na raa, pode favorecer quem no precisaria de auxlio para ingressar nas faculdades, como

    estudantes negros de famlia rica, com maior possibilidade de acesso a um ensino de qualidade

    e, portanto, com maior poder competitivo, e desfavorecendo pessoas brancas e pobres que no

    possuem condies financeiras para acessarem um ensino de qualidade.

    A tentativa de promover a igualdade social partindo-se destes princpios pode resultar,

    na realidade, em uma desigualdade entre as raas, para combater o racismo seria necessrio

    combater distines entre negros e brancos, e no criar oportunidades para a incluso da

    populao negra no ensino superior baseando-se na diferenciao racial.

    REFERNCIAS

    BARBOSA, Jorge Fernandes dos Santos.A desigualdade inconstitucional da Lei n12.990/2014, que estabelece cotas raciais em concursos pblicos federais. Revista JusNavigandi, Teresina, a. 19, n. 4.002, jun. 2014. Disponvel em: . Acesso em 30 jun. 2014.

    BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE). Disponvel em:. Acesso em 30 jun. 2014.

    ____________. Lei N. 12. 711, de 29 de agosto de 2012. Dispe sobre o ingresso nasuniversidades federais nas instituies federais de ensino tcnico de nvel mdio e d outrasprovidncias. Disponvel em: . Acesso em 30 jun. 2014.

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    REFERENTE ATUAL SITUAO DAS EMPREGADAS DOMSTICAS

    NO BRASIL: A LEI VEIO PARA INCLUIR OU AUMENTAR A

    EXCLUSO DESTE GRUPO SOCIAL?

    OINHOS, Brunela Cansi 44CASSA, Isabela de Souza45

    REZENDE, Hanna Gonalves de 46RANGEL, Tau Lima Verdan47

    SILVA, Cssia Bertassone da48

    INTRODUO

    A PEC 66/2102 - PEC das domsticas - est alterando a realidade do Brasil, pois

    regulamenta e amplia os direitos trabalhistas para uma grande parcela da populao.

    Entretanto, apesar de as conquistas trabalhistas constiturem um grande avano para a nao

    brasileira, o pas ainda no possui estrutura fsica e financeira para passar por esta drstica

    mudana. O trabalho objetiva ento, baseado em dados coletados na cidade de Cachoeiro de

    Itapemirim e pesquisas, traar um paralelo comparativo sobre as mudanas trabalhistas

    conquistadas, seus objetivos e os reais efeitos gerados. Obtendo assim a concluso se o Direito,

    neste caso, foi inibidor, ou causador de uma grave excluso social brasileira.

    MATERIAL E MTODOS

    Trata-se de uma pesquisa quantitativa realizada no dia 31 do ms maio de 2014, na regio

    central da cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no qual foram entrevistadas 60 pessoas. Esta

    pesquisa foi desenvolvida com o intuito de fundamentar de forma cientfica as mudanas

    trazidas pela PEC das empregadas domsticas para os cidados da cidade pesquisada.

    44Aluna do 1 perodo do Curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo;[email protected] do 1 perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] do 1 perodo do curso de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Orientador. Bolsista CAPES. Mestrando vinculado ao Programa de Ps-Graduao em Sociologia eDireito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrante da Linha de Pesquisa Direito Processual e Acesso Justia e Coordenador da sublinha Direito Fraterno e Mediao, do Grupo de Estudo e Pesquisa

    Constitucionalizao de Direito do Centro Universitrio So Camilo, [email protected] Professor Orientador. Ps-Graduada em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdencirio pelaUniversidade Anhanguera UNIDERP, [email protected] de Itapemirim-ES, junho de 2014.

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    DESENVOLVIMENTO

    No dia 3 de abril de 2013 entrou em vigor no Brasil a PEC 66/2102 com o intuito de

    regulamentar as condies trabalhistas das pessoas que exercem a funo de empregados

    domsticos, entre os quais esto as empregadas, jardineiros, motoristas, cuidadores, babs,

    entre outros empregados que tenham vnculo empregatcio dessa natureza, e garantir a este

    grupo direitos trabalhistas mais amplos. Atravs desta PEC, o pas passa a incluir um

    contingente de cerca de 6,6 milhes de pessoas nas garantias legais que preveem o

    estabelecimento de uma jornada de trabalho, o pagamento de horas extras, recolhimento do

    Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS) pelo empregador e o reconhecimento do

    seguro-desemprego. Tambm devero ser criadas normas especficas para a reduo dos riscos

    de trabalho e reconhecimento de convenes e acordos coletivos.

    Esses direitos trabalhistas foram promulgados pelo presidente do Congresso, senador

    Renan Calheiros e so garantidos pela Emenda Constitucional n 72, de 2 de abril de 2013:

    So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos previstos nos incisos IV,

    VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI

    e XXXIII e, atendidas as condies estabelecidas em lei e observada a simplificao do

    cumprimento das obrigaes tributrias, principais e acessrias, decorrentes da relao de

    trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem

    como a sua integrao previdncia social. (NR)(BRASIL, 2014). A Emenda altera a redao

    do pargrafo nico do art. 7 da Constituio Federal para estabelecer a igualdade de direitos

    trabalhistas entre os trabalhadores domsticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais.

    Os dados coletados pela pesquisa de campo realizada na cidade de Cachoeiro de

    Itapemirim demonstram que o nmero de pessoas que possuem empregada domstica

    inferior aos que possuem diarista. Com as novas mudanas do direito trabalhista, muitospatres alegaram no possuir condies financeiras para arcar com os gatos exigidos por lei e

    acabaram optando por demitir a empregada domstica e contratar uma diarista.

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    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES

    Contraposto ao baixo ndice de domesticas contratadas, a maior parte dos entrevistados se

    manifestam a favor da PEC das domsticas, pois acreditam que foi gerado mudanas positivas.

    As melhores condies de trabalho asseguradas pelas leis trabalhistas as quais os domsticosforam inseridos, so responsveis, de acordo com a opinio dos entrevistados, por

    modificaes boas para a classe de trabalhadores atingida.

    Fonte:Pesquisa realizada no dia 31.05.2014, no Municpio de Cachoeiro de Itapemirim-ES

    0%

    20%

    40%

    60%

    80%

    100%

    SIM NO

    Voc acredita que a PEC das

    domsticas gerou mudanas

    positivas para esta classe de

    trabalhadores?

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    POSSUI DIARISTA NO SIM

    Voc possui empregada domstica?

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    CONSIDERAES FINAIS

    Apesar da anlise feita de que as condies trabalhistas asseguradas esto gerando um

    alto ndice de desemprego, a maior parte dos entrevistados posicionaram-se a favor das

    consequncias da PEC. Este resultado causa divergncia entre o material coletado, pois

    demonstra que os direitos assegurados para os domsticos, em vista da populao, trazem

    mudanas positivas pois proporciona a est classe melhores condies empregatcias, porm a

    fata de preparo fsico e econmico do pas para esta mudana repentina e drstica, acarretou no

    desemprego de grande parte dos domsticos. Sendo assim, neste caso, o Direito est gerando a

    excluso social de uma grande parcela dos brasileiros. Isso porque, atravs da PEC 66/2102

    muitos brasileiros esto sendo assegurados por lei, direitos trabalhistas mais amplos, quegarante melhores condies de trabalho, porm a gravidade da excluso se encontra no alto

    ndice de demisso dos domsticos aps a efetivao da PEC. A conquista dos direitos

    trabalhistas, sem que haja trabalho, no pode ser honroso para quem os conquistou.

    REFERNCIAS

    BRASIL. Emenda Constitucional n 72, de 2 de abril de 2013. Institui a Constituio Federal.Disponvel em: .Acesso em 20 jun.2014.

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    DESENVOLVIMENTO

    O presente texto se debrua sobre o direito constitucional de exerccio de credo e o

    crescente aumento do nmero de igrejas, buscando-se, para tanto, uma proposta de

    regulamentao do surgimento de sobreditas entidades religiosas. Mais que isso, o presente

    busca alinhar o desenvolvimento de um discurso voltado para a percepo da populao local.

    De incio, cuida assinalar que "todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer

    natureza, garantindo-se a todos residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida,

    liberdade, igualdade, segurana e propriedade, consoante consagrado no caput do artigo

    5 da Constituio de 1988. Em mesma linha garantista, o inciso VI do sobredito dispositivo

    salvaguarda a inviolabilidade da liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livreexerccio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a

    suas liturgias.

    Por meio de pesquisa realizada no municpio de Cachoeiro de Itapemirim, no dia

    31.05.2014, na regio central do municpio, com um total de cem pesquisados, pode se obter

    estticas de que aproximadamente 63% da populao cachoeirense no tm conhecimento do

    destino de sua oferta, e somente 37% da populao demonstrou conhecimento a respeito do

    destino de suas contribuies, utilizando-se de tcnica de amostragem, a qual culminou nosreferidos dados. Tais dados foram coletados por meio de um questionrio, de moldura

    quantitativa e qualitativa, oportunidade em que pode se compreender atravs desta coleta de

    dados, que a grande maioria da populao esta alheia de conhecimento acerca do destino de

    suas contribuies para as entidades religiosas que esto vinculadas.

    Tecidos estes comentrios, ao iniciar-se a pesquisa, verificou-se que o Texto

    Constitucional consagra, expressamente, a imunidade tributria sobre templos de qualquer

    culto, consoante dico do artigo 150, inciso VI, alnea b. A imunidade conferida possibilita

    assentar questionamento acerca do crescimento desordenado de entidades religiosas, as quais,

    por vezes, recobrem-se com tal vu para serem distorcidas e utilizadas por lderes religiosos

    como meio de aumento na arrecadao de oferta. A imunidade tributria concedida aos

    templos de qualquer culto, totalizando-se sobre a renda. Sem prejuzo de outras garantias

    asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos

    Municpios instituir impostos sobre os templos de qualquer culto. Nenhum imposto incide

    sobre os templos de qualquer culto. Templo no significa apenas a edificao, mas tudo quanto

    seja ligado ao exerccio da atividade religiosa (MACHADO, 2010, p. 304). No pode haver

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    impostos sobre missas, batizados ou qualquer outro ato religioso. Nem sobre qualquer bem

    que esteja a servio do culto.

    Com efeito, o 4 do artigo 150 da Carta Magna traz baila as vedaes expressas no

    inciso VI, alneas b e c, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas

    mencionadas. Referentes aos templos e dependncias congregacionais, entendera legtima a

    cobrana de IPTU a lotes vagos e prdios comerciai