Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LUIS OTÁVIO PALANDI RELATÓRIO DE ESTÁGIO: ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-FINANCEIRO PARA TOMADA DE DECISÃO ENTRE EXECUÇÃO DE LAJE PRÉ-MOLDADA E LAJE CONVENCIONAL CAXIAS DO SUL 2014

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Comparativo de custo e tempo de dois sistemas construtivos de lajes.

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUIS OTÁVIO PALANDI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO:

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-FINANCEIRO PARA TOMADA DE DECISÃO

ENTRE EXECUÇÃO DE LAJE PRÉ-MOLDADA E LAJE CONVENCIONAL

CAXIAS DO SUL

2014

Page 2: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

LUIS OTÁVIO PALANDI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO:

ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO-FINANCEIRO PARA TOMADA DE DECISÃO

ENTRE EXECUÇÃO DE LAJE PRÉ-MOLDADA E LAJE CONVENCIONAL

Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na Disciplina Estágio Supervisionado em Engenharia Civil

CAXIAS DO SUL

2014

Page 3: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

RESUMO

Devido ao grande número de sistemas estruturais encontrados no mercado da construção civil, os profissionais encontram dificuldades para optar por um determinado tipo. Este estudo tem como objetivo analisar, comparativamente, os custos entre o sistema estrutural de lajes no modelo convencional e o sistema de lajes pré-moldada com vigotas protendidas em concreto armado. Com o intuito de aferir a viabilidade econômica das soluções proposta para um determinado edifício, foram feitas a estruturações em concreto armado com laje maciça e com laje pré-moldada, obtendo-se a consideração de: material, mão-de-obra, recursos necessários e tempo de construção.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Laje pré-moldada com vigotas em concreto protendido ............................. 9

Figura 2 – Fachada edifício Residencial Sant Angeli ................................................ 11

Figura 3 – Custo material e mão de obra .................................................................. 15

Figura 4 – Custo por atividade laje convencional ...................................................... 16

Figura 5 – Custo por atividade laje pré-moldada ....................................................... 16

Figura 6 – Índice de produtividade Hh/pavimento ..................................................... 17

Figura 7 – Número de trabalhadores para ciclo de 10 dias ....................................... 17

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Consumo laje convencional ..................................................................... 12

Tabela 2 – Consumo laje pré-moldada ...................................................................... 12

Tabela 3 – Quadro Duração-Recursos laje convencional ......................................... 13

Tabela 4 - Quadro Duração-Recursos laje pré-moldada ........................................... 13

Tabela 3 – Composição custo material laje convencional ......................................... 14

Tabela 4 – Composição custo mão de obra laje convencional .................................. 14

Tabela 5 - Composição custo material laje pré-moldada ........................................... 14

Tabela 6 – Composição custo mão de obra laje pré-moldada .................................. 14

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO SISTEMA CONSTRUTIVO DE LAJES CONVECIONAL E PRÉ-MOLDADA .............................................................. 8

2.1 CARACTERÍSTICAS DAS LAJES CONVENCIONAIS E PRÉ-MOLDADA........ 8

2.2 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA ....................................................................... 9

3 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS DE LAJES ............................. 10

3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS .......................................................................... 10

3.2. CAMPO DO ESTÁGIO.................................................................................... 10

3.3. APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO .................................................................... 10

3.4 MÉTODO ......................................................................................................... 12

3.4.1 Verificação dos consumos ......................................................................... 12

3.4.2 Equipe básica e duração das atividades ................................................... 13

3.4.3 Cálculo dos custos .................................................................................... 13

4 – RESULTADOS .................................................................................................... 15

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 18

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19

Page 7: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

7

1 INTRODUÇÃO

No âmbito da construção civil existem diversas metodologias construtivas. A

tomada de decisão, ao buscar pela melhor opção, deve levar em conta vantagens,

desvantagens, disponibilidade de recursos, o contexto socioambiental, a viabilidade

técnica e a viabilidade econômico-financeira de cada alternativa.

O método construtivo para a execução das lajes pode ser escolhido levando

em conta estes fatores. Um estudo técnico-financeiro se mostra importante a fim de

obter subsídios para tomada de decisão quanto ao método construtivo de lajes,

comparando o sistema de laje convencional e o sistema de laje pré-moldada com

vigotas protendidas.

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8

2 PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DO SISTEMA CONSTRUTIVO DE

LAJES CONVECIONAL E PRÉ-MOLDADA

Segundo a TCPO (Tabela de Composição de Preços e Orçamentos) a estrutura

é um dos principais subsistemas de um edifício, tendo grande importância técnica, por

responder pela estabilidade da obra e representar significativamente grande parte do

custo de construção. Para a constituição de estruturas convencionais podemos dividir

a modelagem do concreto em três serviços principais: o de fôrmas; o de amarração e

o de concretagem.

Para entender os custos relativos a estrutura em concreto é necessário

conhecer a demanda relativa a cada um destes serviços pela unidade de estrutura

que se pretende executar. As quantidades de serviço podem variar em função da

escolha e concepção da estrutura escolhida.

2.1 CARACTERÍSTICAS DAS LAJES CONVENCIONAIS E PRÉ-MOLDADA

Lajes convencionais consiste em um sistema, moldado in loco, e executado

sobre fôrmas que dão forma a geometria pretendida, para o qual os cimbramentos

são os responsáveis pela sustentação das mesmas, até que estas adquirem a

resistência necessária. Este sistema é muito empregado, e oferece mão de obra

bastante capacitada, mas devido à sua pequena capacidade portante, demanda uma

grande quantidade de vigas, o que contribui para um aumento na quantidade total de

concreto utilizado (ARAUJO, 2008).

Para aumentar a produtividade e reduzir custos pode ser empregado o uso de

nervuras pré-moldadas, compostas geralmente por trilhos ou treliças, nas edificações

de pequeno e médio porte, ao invés de outras tipologias como a laje maciça

(CARVALHO & FIGUEIREDO FILHO, 2004).

Melo (2004) afirma que os sistemas estruturais baseados em lajes pré-

fabricadas visam principalmente minimizar o uso de fôrmas de madeira na obra, com

grandes vantagens como: redução das perdas de concreto, racionalização do uso da

armadura, melhor compatibilização e soluções construtivas de projeto, melhor sistema

de vibração das peças, rapidez na montagem, redução no ciclo dos pavimentos, maior

segurança no canteiro e diminuição da mão-de-obra.

Page 9: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

9

Melo (2004) entende que as lajes nervuradas são um avanço da laje maciça,

pois se elimina o concreto excedente abaixo da linha neutra, reduzindo drasticamente

seu peso. De acordo com a NBR 14859-1:2002 as vigotas pré-fabricadas podem ser

de: concreto armado (VC), concreto protendido (VP) e treliçadas (VT). Para o estudo

serão utilizadas vigotas pré-moldadas com elementos de enchimento entre as

mesmas, podendo ser compostos de blocos cerâmicos (lajotas), solidarizados por

uma capa de concreto com armadura de distribuição (Figura 1).

Figura 1 – Laje pré-moldada com vigotas em concreto protendido

Fonte: Construhorh (2000)

2.2 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA

Segundo Silva (2002) quando se deseja avaliar mais de uma alternativa

estrutural, engenheiros devem relacionar os custos destas alternativas não somente

aos insumos ligados a estrutura propriamente dita, que além de concreto, do peso de

aço e da área de formas, ainda devemos levar em conta tempo despendido na

execução e mão-de-obra e materiais específicos do sistema estrutural a adotar.

(MATTOS, 2010) nos mostra que toda atividade do cronograma de obra precisa

ter uma duração associada e para tal atividade existe uma alocação de recursos

necessárias para executá-la A duração depende da quantidade de serviço, da

produtividade da equipe e da quantidade de recursos alocados e está totalmente

ligada ao prazo final da obra.

Page 10: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

10

3 ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS ESTRUTURAIS DE LAJES

3.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

Neste presente trabalho desenvolveu-se uma análise comparativa entre os

sistemas estruturais de laje convencional e laje pré-fabricadas, um edifício foi utilizado

como base para as concepções estruturais de cada um dos sistemas em análise. Fez-

se o lançamento e análise da estrutura para os dois sistemas escolhidos, obtendo-se

os quantitativos de materiais, os quais vêem a formar os índices definidos para

comparação. Foram comparados os custos totais da obra obtidos por meio de

composições de preços chegando-se a um valor global para cada tipologia adotada.

Tendo como serviços e insumos principais concreto, aço e formas.

3.2. CAMPO DO ESTÁGIO

O estágio foi desenvolvido na 3A Construtora e Incorporadora, uma empresa

localizada em Caxias do Sul, que atua na construção e incorporação de imóveis. O

supervisor do estágio foi o engenheiro civil Sérgio Antonio De Pizzol, engenheiro

responsável pela empresa.

3.3. APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO

O estudo tem como base o Residencial Sant Angeli, sendo o projeto

arquitetônico de autoria do arquiteto Rafael Dalzzochio e projeto estrutural e execução

do engenheiro Sérgio A. De Pizzol. O empreendimento é de propriedade da empresa

3A Construtora e Incorporadora, situada na cidade de Caxias do Sul/RS.

O empreendimento situa-se no bairro Jardim Eldorado, na cidade de Caxias do

Sul, trata-se de um edifício residencial, com sete pavimentos, sendo um subsolo,

térreo, 5 pavimentos tipo e cobertura. O presente trabalho ficou restrito ao estudo do

pavimento tipo, este é constituído por dois apartamentos de dois dormitórios, além de

áreas condominiais totalizando uma área de 199,77 m² por pavimento, a seguir a

fachada e em anexo a planta baixa do pavimento tipo do edifico de estudo.

Page 11: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

11

Figura 2 – Fachada edifício Residencial Sant Angeli

Fonte: 3A Construtora e Incorporadora (2013)

Page 12: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

12

3.4 MÉTODO

Tendo como base a planta de formas e dos resumos dos quantitativos

disponibilizados pelo calculista para ambas as lajes foram feitas as verificações de

consumo e posteriormente o cálculo de mão-de-obra e custo de cada alternativa.

3.4.1 Verificação dos consumos

Para levantar os custos relativos a cada estrutura, primeiramente temos de

conhecer a demanda relativa a cada um dos três serviços (fôrmas, aço e concreto),

portanto foram mensurados os volumes de concreto em metro cúbico, massa de aço

em quilograma e área de forma em metro quadrado, apresentados a seguir.

Tabela 1 – Consumo laje convencional

Tabela 2 – Consumo laje pré-moldada

Ø 6.3 0 0 1165,3 317 317

Ø 8 282,7 122 278,8 120 242

Ø 10 19,5 13 0 0 13

TOTAL 572

TOTAL 152,29

TOTAL 16

Área total de formas [m²]

Concreto

Consumo de concreto [m³]

Formas

CA 50 - Ø Comprimento

Total (m)

Peso Total

+ 10% [Kg]

Comprimento

Total (m)

Peso

Total [Kg]

Total em

Kg

Aço

Armadura negativa Armadura positiva

Ø 5.0 0 0 1888 485 485

TOTAL 485

TOTAL 165

TOTAL TOTAL

TOTAL 10

Aço

CA 60 - Ø

Armadura negativa Armadura positiva

Formas

Concreto

Consumo de concreto [m³]

Total em KgComprimento

Total (m)

Peso Total

+ 10% [Kg]

Compriment

o Total (m)

Peso Total

[Kg]

Vigota protendida (m) Tavelas/blocos cerâmicos (30*20*8) (un)

2100444,25

Área total de formas [m²]

Page 13: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

13

3.4.2 Equipe básica e duração das atividades

Para cada tipologia foi elaborado o quadro de durações-recurso apresentado a

seguir, os dados de entrada dependem das informações provenientes dos consumos

apresentados anteriormente e também do índice da equipe. O índice representa a

incidência de cada insumo na execução de uma unidade de serviço, a TCPO nos

mostra o índice para cada função relacionada a uma atividade. Foi definido um ciclo

de produção de 10 dias úteis para execução da estrutura do pavimento, sendo 6 dias

para serviços de fôrma, 3 dias para serviço de corte, dobra e amarração e 1 dia para

a concretagem. Definida a duração e os índices foi possível calcular o efetivo (equipe)

necessária para execução das atividades.

Tabela 3 – Quadro Duração-Recursos laje convencional

Tabela 4 - Quadro Duração-Recursos laje pré-moldada

3.4.3 Cálculo dos custos

A comparação de custos é uma tarefa que pode ser influenciado por inúmeras

variáveis complexas e de difícil caracterização. Optou-se por utilizar as composições

usuais para os serviços considerados, tais composições são apresentadas nas

“Tabelas para Composições de Preços para Orçamentos” e consideram apenas os

serviços propriamente ditos. O TCPO nos traz a relação dos insumos para execução

dos serviços, assim foi feita a estimativa dos valores dos materiais com base no valor

de mercado na cidade de Caxias do Sul. Os valores de mão de obra foram obtidos

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

Unidade

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

Fabricação 1,2 0,3 05.005.000051.SER 8 23 6

Montagem 0,297 0,074 05.005.000055.SER 8 6 2

Desforma 0,127 0,032 05.005.000056.SER 8 3 1

152,29 h/m² 6 4

ATIVIDADE Unidade QTDADE

INDICE DA FUNÇÃO

Código da tabela

TCPO

JOR

NA

DA

(h

/dia

)

ConcretoLançamento e

adesamentom³ 16 1,65

0,051

91 4

3Corte dobra e

montagemkg 572

4,5 h/m³ 05.004.000099.SER 8 4 9

Armação 4 70,089 h/kg 05.001._.SER 8 2 3

1

DIAS DA EQUIPE DURAÇÃO

ADOTADO

DA

ATIVIDADE

(dias)

QUANTIDADE DE RECURSOS

Fôrma m²

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

Unidade

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

PED

REI

RO

CA

RP

INTE

IRO

AR

MA

DO

R

AJU

DA

NTE

SER

VEN

TE

ATIVIDADE Unidade QTDADE

INDICE DA FUNÇÃO

Código da tabela

TCPO

JOR

NA

DA

(h

/dia

)

DIAS DA EQUIPE DURAÇÃO

ADOTADO

DA

ATIVIDADE

(dias)

QUANTIDADE DE RECURSOS

3m² 165 h/m² 605.006_SER0,73 168

0,150 h/kgm² 165

05.004.000099.SER 8 3

305.006_SER 8 4

Fôrma, escoramento e

montagem da laje. Desforma

e retirada do escoramento.

Preparo, montagem e

colocação da armadura

Concreto Lançamento e

Adensamento3 66 1

2

m³ 10 1,65 4,5 h/m³

Page 14: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

14

através de informações disponibilizadas pelo Sinduscon-RS (Sindicato das Indústrias

da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul).

Tabela 3 – Composição custo material laje convencional

Tabela 4 – Composição custo mão de obra laje convencional

Tabela 5 - Composição custo material laje pré-moldada

Tabela 6 – Composição custo mão de obra laje pré-moldada

m² 1,25 190,36 R$ 18,67 R$ 710,81

m 2,6 395,95 R$ 10,00 R$ 791,91

m 1,3 197,98 R$ 24,00 R$ 950,29l 0,02 3,05 R$ 10,00 R$ 30,46

kg 0,3 45,69 R$ 5,70 R$ 260,42

kg 1,1 348,7 R$ 3,23 R$ 1.126,30

kg 1,1 266,2 R$ 3,23 R$ 859,83

kg 1,1 14,3 R$ 3,05 R$ 43,62

kg 0,02 11,44 R$ 5,80 R$ 66,35

un 11,4 6520,8 R$ 0,12 R$ 749,89

Concreto m³ m³ 1,05 16,8 R$ 310,00 R$ 5.208,00

Total R$ 10.797,87

Desmoldante de formas para concreto

Prego com cabeça 15*15 (comprimento: 34,5mm / diametro: 2,40mm)

ATIVIDADE UNIDADE

Fôrma

QUANTIDADE

152,29

COMPONENTES UNIDADE CONSUMO QUANTIDADE

Barra de Aço CA-50 (bi tola 6,3 mm)

Chapa de madeira compesada, espessura 12mm

Pontalete (seção transversa l :3x3'' / a l tura: 75 mm / largura: 75 mm)

Tábua de cedrinho (espessura: 25mm / largura:200mm / seção transversa l :1x8'')

Barra de Aço CA-50 (bi tola 8 mm)

Barra de Aço CA-50 (bi tola 10 mm)Armação kg

Concreto FCK 30

Arame recozido nº 18

Espaçador

317

13

242

-

-

VALOR

UNITÁRIO

VALOR

TOTAL

16

Valores com reaproveitamento dividido entre as 5 lajes

Função Duração

(Dias)

Jornada

(h/dia)

Total

horas

Valor

HoraValor Total

Carpinteiro 24 8 192 R$ 5,56 R$ 1.067,52

Ajudante de Carpinteiro 6 8 48 R$ 4,09 R$ 196,32

Armador 6 8 48 R$ 5,55 R$ 266,40

Ajudante de Armador 9 8 72 R$ 4,09 R$ 294,48

Pedreiro 4 8 32 R$ 5,44 R$ 174,08

Servente 9 8 72 R$ 4,09 R$ 294,48

Total R$ 2.293,28

Fabricação, mongem e

desforma

Atividade

Fôrma

Armação

ConcretoConcreto Lançamento

e Adensamento

Corte dobra e

montagem

m² 1 165,00 R$ 28,50 R$ 4.702,50

m 1,71 282,15 R$ 2,50 R$ 141,08

m 0,56 92,40 R$ 24,00 R$ 443,52

l 0,97 160,05 R$ 10,00 R$ 1.600,50

kg 0,03 4,95 R$ 4,57 R$ 22,62

Armação kg kg 1 485 R$ 3,23 R$ 1.566,55

Concreto m³ m³ 1,05 10,5 R$ 310,00 R$ 3.255,00

Total R$ 11.731,77

VALOR

UNITÁRIO

Fôrma m² 165

Laje pré-fabricada convencional

Pontalete de cedro 3ª construção (seção transversal : 3x3'')

Tábua de cedrinho (seção transversal : 1x12'')

Sarrafo (seção transversal : 1x4'' / a l tura: 100mm / espessura: 25mm)

Prego com cabeça 18*27 (Diametro: 3,40 mm/comprimento: 62,1mm)

Barra de Aço CA-60 (bi tola: 5.0 mm)

VALOR

TOTALATIVIDADE UNIDADE QUANTIDADE COMPONENTES

10 Concreto FCK 30

485

UNIDADE CONSUMO QUANTIDADE

3 8 24 R$ 5,44 R$ 130,56

6 8 48 R$ 4,09 R$ 196,32

Total R$ 1.393,92

144 R$ 5,56

R$ 5,5548

R$ 800,64

R$ 266,40

Carpinteiro

Armador

18 8

6 8

ConcretoConcreto Lançamento e

Adensamento

Pedreiro

Servente

FôrmaFabricação, mongem e

desforma

ArmaçãoCorte dobra e

montagem

Page 15: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

15

4 – RESULTADOS

Se somada a composição de material e mão de obra para as duas tipologias

obtemos valores muito próximos, observamos que a mão de obra da laje convencional

custa 60% a mais que a pré-moldada, enquanto o custo de material da laje pré-

moldada é cerca de 9% maior que a convencional.

Figura 3 – Custo material e mão de obra

Fonte: do autor

R$ 53.985,00

R$ 58.955,00

R$ 11.465,00

R$ 6.965,00

R$ 0,00

R$ 10.000,00

R$ 20.000,00

R$ 30.000,00

R$ 40.000,00

R$ 50.000,00

R$ 60.000,00

R$ 70.000,00

CONVENCIONAL PRÉ-MOLDADA

MATERIAL MO

Page 16: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

16

Na análise de custo ainda podemos observar que a laje convencional tem seu

principal gasto na parte de concreto, enquanto na laje pré-moldada a forma custa mais

da metade do custo total.

Figura 4 – Custo por atividade laje convencional

Fonte: do autor

Figura 5 – Custo por atividade laje pré-moldada

Fonte: do autor

Forma 31%

Armação26%

Concreto 43%

Forma Armação Concreto

Forma 59%

Armação14%

Concreto 27%

Forma Armação Concreto

Page 17: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

17

O melhor índice de produtividade é aquele que despende de menos homem-

hora por pavimento, ou seja, os que tem menos número de trabalhadores para o ciclo

de 10 dias definido inicialmente. Abaixo os gráficos mostram o número de

trabalhadores para ambas tipologias e a horas desprendidas para execução do

pavimento.

Figura 6 – Índice de produtividade Hh/pavimento

Fonte: do autor

Figura 7 – Número de trabalhadores para ciclo de 10 dias

Fonte: do autor

0

100

200

300

400

500

600

Convencional Pré-moldada

0

5

10

15

20

25

Convencional Pré-moldada

Page 18: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

18

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se observar a importância de um estudo para a determinação da

alternativa estrutural adequada para o pavimento tipo do edifico de estudo. Ao avaliar

os custos de um sistema estrutural, não se deve levar em conta apenas o consumo

de materiais, mas todos os aspectos que envolvem o processo construtivo.

A solução estrutural em lajes maciças teve o menor custo, porém a diferença

se mostrou muito pequena em relação ao modelo de lajes pré-moldada. Optou-se por

estipularmos uma mesma duração para o serviço em ambas as lajes, a laje pré-

moldada necessitou de 40% a menos de mão de obra, se observamos somente o

custo de mão-de-obra a laje maciça custou 60% a mais que a pré-moldada.

A solução em lajes pré-moldadas se mostrou mais interessante, pois embora a

laje maciça teve menor custo ela também obteve a menor produtividade, a laje pré-

moldada ainda possibilitaria reduzir a ciclo e ainda assim desprenderia menos mão-

de-obra do que a convencional.

A escolha de um sistema estrutural está sujeita a muitos fatores, no trabalho

foram apresentados parâmetros que podem auxiliar na escolha da tipologia estrutural

de lajes para edifícios semelhantes ao estudado.

;

Page 19: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

19

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Anderson da Rosa. Estudo Técnico comparativo entre pavimentos executados com lajes nervuradas e lajes convencionais. 2008. 150 f. Trabalho de Conclusão de Curso(Bacharelado em Engenharia Civil) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-1: Laje pré-fabricada – Requisitos. Parte 1: Lajes Unidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14859-2: Laje pré-fabricada – Requisitos. Parte 2: Lajes Bidirecionais. Rio de Janeiro, 2002.

CARVALHO, R.C. e FIGUEIREDO FILHO, J.R. Cálculo e Detalhamento de estruturas

Usuais de Concreto Armado. São Carlos, EdUFSCar – 2º Edição, 2004.

MATTOS, Aldo Dórea. Planejamento e controle de obras. São Paulo : Pini, 2010.

MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamentos de obras: dicas para orçamentistas, estudos de caso, exemplos. São Paulo : Editora Pini, 2006.

MELO, C.E.E.. Manual Munte de Projetos em Pré-fabricados de Concreto / Munte Construções Industrializadas. São Paulo: Editora Pini, 2004.

SILVA, A. R. Anáilise Comparativa de custos de sistemas estruturais para pavimentos em concreto armado. Minas Gerais, 2002.

TCPO, Tabela de Composição de Preços Para Orçamentos. São Paulo: Pini, 2012.

Page 20: Comparativo laje pré-moldada e laje convencional

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ANEXO A – PAVIMENTO TIPO DO EDIFÍCIO DE ESTUDO