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TEMA: COMO SER UM BOM OBREIRO E MANEJAR BEM A PALAVRA DA VERDADE TÍTULO: CLERO, APROFUNDAMENTO BÍBLICO, PECADO, LINGUÍSTICA, IGREJA E SUAS MISSÕES. INTRODUÇÃO: Nenhum impedimento pode subsistir contra um bom obreiro, que maneja bem a Palavra da Verdade. Porque a sua postura e ética é o seu escudo e a Palavra da Verdade é a sua infalível arma. Este conteúdo é imprescindível, visto que, são milhares de obreiros que não conseguem ter um bom desempenho ministerial e nem manejam bem a Bíblia Sagrada. A falta de ser um bom obreiro e não manejar bem a Palavra da Verdade causa: a) Cansaço psicológico; b) Estresse; c) Grande detrimento na Obra de Deus; d) E grande perda de tempo. Estas catástrofes ministeriais acontecem pelos seguintes fatores: a) Líderes omissos enviam obreiros incapacitados; b) Obreiros sem entendimento, não preocupam em se preparar; c) Pessoas exaltadas julgam já saber tudo e não estudam; Mas após o cuidadoso estudo desta parte do curso, esperamos que os nossos respeitosos acadêmicos, venham-se: desempenhar muito bem no clero da igreja e que venha manjar, com muita habilidade a Palavra da Verdade. Ensinamos várias linhas teológicas, mas, principalmente, a Luterana. O escritor destas matérias é pastor nas Assembleias de Deus desde 1997 e Doutor em Educação Cristã. Abordar-me-ei, os seguintes pontos, nesta 2ª fase do Curso de Bacharelado em Teologia: 1) ÉTICA MINISTERIAL 2 2) EXEGESE BÍBLICA 7 3) FILOSOFIA DA RELIGIÃO 11 4) GEOGRAFIA BÍBLICA 14 5) HAMARTIOLOGIA 25 6) HERMENÊUTICA 29 7) HISTÓRIA DA IGREJA 34 8) LÍNGUA PORTUGUESA 53 9) LITURGIA 66 10) MISSÕES 73 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 76

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TEMA:

COMO SER UM BOM OBREIRO E MANEJAR BEM A PALAVRA DA VERDADE

TÍTULO:

CLERO, APROFUNDAMENTO BÍBLICO, PECADO, LINGUÍSTICA, IGREJA E SUAS MISSÕES.

INTRODUÇÃO: Nenhum impedimento pode subsistir contra um bom obreiro, que maneja bem a

Palavra da Verdade. Porque a sua postura e ética é o seu escudo e a Palavra da Verdade é a sua infalível arma.

Este conteúdo é imprescindível, visto que, são milhares de obreiros que não conseguem ter um bom desempenho ministerial e nem manejam bem a Bíblia Sagrada.

A falta de ser um bom obreiro e não manejar bem a Palavra da Verdade causa: a) Cansaço psicológico; b) Estresse; c) Grande detrimento na Obra de Deus; d) E grande perda de tempo. Estas catástrofes ministeriais acontecem pelos seguintes fatores: a) Líderes omissos enviam obreiros incapacitados; b) Obreiros sem entendimento, não preocupam em se preparar; c) Pessoas exaltadas julgam já saber tudo e não estudam; Mas após o cuidadoso estudo desta parte do curso, esperamos que os nossos

respeitosos acadêmicos, venham-se: desempenhar muito bem no clero da igreja e que venha manjar, com muita habilidade a Palavra da Verdade.

Ensinamos várias linhas teológicas, mas, principalmente, a Luterana. O escritor destas matérias é pastor nas Assembleias de Deus desde 1997 e Doutor em Educação Cristã.

Abordar-me-ei, os seguintes pontos, nesta 2ª fase do Curso de Bacharelado em Teologia:

1) ÉTICA MINISTERIAL 2 2) EXEGESE BÍBLICA 7 3) FILOSOFIA DA RELIGIÃO 11 4) GEOGRAFIA BÍBLICA 14 5) HAMARTIOLOGIA 25 6) HERMENÊUTICA 29 7) HISTÓRIA DA IGREJA 34 8) LÍNGUA PORTUGUESA 53 9) LITURGIA 66 10) MISSÕES 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 76

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I. ÉTICA MINISTERIAL

Veja o que ensinou o apóstolo Paulo “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja”, (1ª Timóteo 3: 1). Com esta imprescindível Matéria iremos instruir, ao seminarista, a luz da Bíblia Sagrada, com respeito à Ética Ministerial. Para que o respeitoso estudante de Teologia esteja plenamente inteirado relativo às tarefas, às responsabilidades, aos caracteres e às posições de um ministro eclesiástico. Iremos analisar a Bíblia, relativo à hierarquia ministerial eclesiástica.

Bem aventurado é aquele que tem obediência, humildade, fé e aptidão para viver as Santas Escrituras como ela é. Porque uma teologia que não tem base e respaldo bíblico, não tem veracidade e consequentemente, ela não é digna de confiança. Mas, todavia, a Palavra de Deus, é a base principal dos nossos materiais didáticos.

1 ÉTICA A ética consiste no estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do

ponto de vista do bem e do mal. Podemos ainda definir a ética no conjunto de normas e princípios que norteiam a boa conduta do ser humano.

2 MINISTÉRIO Ministério do original grego é diakonia e consiste em um cargo, ou um trabalho

exercido por uma pessoa, em uma instituição, no nosso caso, na igreja. O ministério são as genuínas colunas da igreja (Gálatas 2 v 9). Todas as responsabilidades na casa de Deus são depositadas sobre o ministério da mesma.

Um ministério é um grupo de pessoas capazes e instituídas para uma importante missão. Estas pessoas são os ministros. Ministro [do original grego é (diakonos)]. Diácono, no sentido literal fala-se a respeito de um criado, um servo; é um auxiliar. Confira: Marcos 10 v 43; Romanos 13 v 4; 15 v 8; 1ª Coríntios 3 v 5; 2ª Coríntios 3 v 6; 6 v 4; 11 v 15.

Exemplos de ministros na Bíblia: Cristo, ministro do santuário, nos céus (Hebreus 8 v 2); O apostolo Paulo, no seu ministério evangelístico (Romanos 15 v 16); Os anjos e outros homens (Hebreus 1 v 7; Salmos 104 v 4). 3 A POSTURA DE UM COOPERADOR DE CRISTO 1ª Tim 1 v 18, 19. Somos militares no Reino de Deus. Precisamos ser continentes (2ª Tim 3 v 3;).

Continência é um cumprimento militar. Isto é, reconhecer e respeitar a autoridade ministerial com companheiro.

4 A IGREJA SÓ FUNCIONA COM HIERARQUIA (Hebr 7 v 7); Os dirigentes dos cultos precisam ter a autorização e a bênção do seu líder Na hora de iniciar o culto não estando o responsável pela igreja, um dirigente

autorizado pode iniciá-lo na hora exata; Mas ao chegar o responsável pela igreja, a direção do culto deve ser passado para ele imediatamente; Não somente deva passar a direção do culto ao responsável pela igreja, mas também a um membro do ministério da igreja que tenha maior grau ministerial, relativo a quem tiver dirigindo o culto.

A humildade precede a honra (Provr 15 v 33) Mas na maioria das vezes, o mais responsável deixa o dirigente continuar dirigindo o

culto. Quem estar dirigindo precisa da autorização e da benção do seu líder

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5 QUEM ESTAR À FRENTE DOS TRABALHOS É UM REFERENCIAL PARA O POVO Ele precisa ter sabedoria; Ele precisa ter Discernimentos de Deus Ele precisa ter ética; Nunca cumprimentar um superior assentado; Sempre quem faz as apresentações dos visitantes no culto é o superior; Mesmo que a pessoa estar escalada para dirigir certo culto estando lá o seu superior,

nunca ele inicia o culto sem a autorização do seu líder. 6 O OBREIRO Um obreiro eclesiástico é o mesmo que um ministro da igreja. Primeiramente,

esta pessoa precisa ser membro da igreja. É muito importante que esta pessoa faça parte da referida igreja, desde seus primeiros passos. Porque Jesus Cristo, depois de passar uma noite em oração, escolheu os apóstolos dentre seus discípulos (Lucas 6 v 12 -16).

Discípulos quer dizer alunos, aprendiz e diz a respeito aos membros da igreja; mas quanto aos apóstolos, diz a respeito aos obreiros, os ministros, da mesma. Mas não estamos falando de todos os membros da igreja, de uma forma geral, visto que um candidato ao ministério precisa preencher rigorosamente certos requisitos, a saber:

Ter sua escolha e chamada diretamente de Deus (Jeremias 1 v 5; Ezequiel 2 v 1 – 3; Lucas 6 v 12 -16; Atos 13 v 2 -4);

Conhecer, concordar, e viver, todos os ensinamentos e dogmas da igreja (2ª Timóteo 3 v 14 -17);

Ser humilde e manso de coração (Mateus 11 v 29); Ser APROVADO: preparado por Deus e pelo o ministério da igreja (2ª Timóteo 2 v 15); Precisa ser: homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborrecem a

avareza, varões de boa reputação, cheios de fé, cheios de sabedoria e do Espírito Santo (Êxodo 18 v 21; Atos 6 v 3, 5);

Precisa ser muito obediente, ter submissão e saber trabalhar em equipe (Mateus 8 v 9 – 10).

7 A VIDA DO OBREIRO O obreiro tem que ser uma referencia para a igreja. O povo de Deus

precisa imitá-lo para ser salvo e vitorioso (1ª Coríntios 4 v 16; 11 v 1; Filipenses 3 v 17). Não é fácil ser um verdadeiro obreiro. Impostores, ou melhor, obreiros falsos são inúmeros por ai a fora, mas quando se trata de um obreiro, um homem de Deus, fala se a respeito de um representante do todo Poderoso aqui na terra (2ª Coríntios 5 v 20).

“As críticas machucam e doem muito, mas elas fazem parte da vida de um líder”. 8 A VIDA MORAL DE UM OBREIRO: O ponto principal a ser visto na vida de um obreiro, é a vida moral dele. Porque não faz

sentido uma pessoa ser fervorosa e portadora de sinais sobrenaturais e ter uma vida vergonhosa. Confira: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que pratica a iniquidade.”

Os escândalos não podem fazer parte da vida de um obreiro, como: o adultério, qualquer tipo de sexo ilícito, o roubo, a injustiça, a infâmia, a corrupção, o mau testemunho, a cobiça, a murmuração, a soberba, em fim, o obreiro tem que ser irrepreensível (1ª Timóteo 3 v 1 – 13).

9 A VIDA ESPIRITUAL DE UM OBREIRO O obreiro não só precisa ser um exemplo espiritual para a igreja, mas ele

também depende deste bom desempenho, o espiritual, para sobreviver se espiritualmente.

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Veja os fatores espirituais que não podem faltar na vida de um cristão, principalmente, na vida de um obreiro cristão:

Adoração, devoção e intimidade com Deus (João 4 v 23. 24). Oração, jejum e leitura bíblica (1ª Tessalonicenses 5 v 17; Mateus 17 v 21; 2ª Coríntios

6 v 5; Josué 1 v 8; 1ª Timóteo 4 v 13). Viver o sobrenatural: Ser portador dos sinais e prodígios (Marcos 17 v 20). Ser produtor do fruto do Espírito: “caridade (AMOR), gozo, paz, longanimidade,

benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança”, (Gálatas 5 v 22). “Ser cheio de fé e do Espírito Santo” (Atos 6 v 5). Ter realmente um compromisso com: “a oração e o ministério da Palavra” (Ato 6 v 4) Ser portadores dos dons Espirituais (1ª Coríntios 12 v 6 – 11): “poder sobrenaturais”. Ser portadores dos dons Ministeriais (Efésios 4 v 8 -13): “capacidade para administrar

e servir a igreja”. Ser portadores dos dons da Graça: os dons Espirituais e os dons Ministeriais ao mesmo

tempo (Romanos 12 v 6 – 8). Ter uma vida espiritual a altura, de até sofrer pelo o amor de Cristo e do Evangelho (2ª

Coríntios 6 v 5). Tudo isso são evidencias de quem tem uma vida espiritual ativa com Deus. 10 A VIDA INTELECTUAL DE UM OBREIRO Além da grande responsabilidade de um obreiro, ele precisa está nas condições de um

bom professor, principalmente, na área teológica. Na verdade um obreiro é um grande professor. Ensinar é uma das principais, missão de um ministro do Evangelho. Nós já aprendemos que Espírito Santo tem também a função de ensinar a igreja (João 14 v 26; 1ª João 2 v 27). Mas para realizar esta importantíssima missão, o Espírito Santo, usa o santo ministério da igreja. Ou melhor, o ministério de ensinar os discípulos de Cristo é feito através dos obreiros. Confira: Efésio 4 v 11, 12; 1ª Timóteo 4 v 13). Assim, é dada continuidade no Ministério de Cristo na ária da educação cristã (Mateus 4 v 23).

Mas em uma sala de aula, quem mais estuda é o professor. O dia que um professor parar de estudar ele não tem mais condições de ensinar. Portanto, o obreiro, jamais pode conformar com o que já sabe. Ele sempre precisa sentir a necessidade de saber mais um pouco.

Mas o que o obreiro precisa estudar? A Bíblia: escola dominical, livros teológicos; Teologia: básico, médio, bacharel, mestrado, doutorado e etc. Ensino fundamental e Médio; Universidades e etc. Jesus Cristo cresceu na graça e no conhecimento. Confira: Lucas 2 v 40, 52. Quer ter

também sucesso? Faça o mesmo. 11 PARA QUE O MINISTÉRIO DA IGREJA? Neste tópico explicamos o objetivo da existência do Ministério da igreja. A igreja é

como uma construção (Mateus 16 v 18). Toda construção precisa de colunas, além da base. Enquanto Cristo é esta Base, os ministros são estas colunas (Gálatas 2 v 9). Preste atenção nos objetivos as existência dos obreiros, os membros do ministério:

Cuidar da igreja: responsabilizando pelos integrantes, da mesma (João 21 v 15-17; Hebreus 13 v 17).

Ser exemplo para a igreja (1ª Pedro 5 v 2,3). Trabalhar na obra de Deus: pastoreando igrejas, dirigindo cultos, visitando os

membros da igreja, evangelizando, abrindo novos trabalhos, etc. (Atos 13 v 2).

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12 HIERARQUIA Uma hierarquia consiste na ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis, e

militares. Fala também de uma da série contínua de graus ou escalões em ordem crescentes ou decrescentes.

Na área eclesiástica os nomes de um mesmo cargo eclesiásticos podem mudar de igreja para igreja. Exemplo: “padre, pastor, ancião, bispo, reverendo, etc.”. Estes cargos podem referir ao mesmo em sua respectiva denominação.

Segundo uma analise bíblica salientaremos sobre uma ordem decrescente: Pastor: “é um ministério geral”: ele é o principal responsável pela igreja, além de Deus

(João 21 v 15 – 17; Hebreus 13 v 17); Evangelista: “é ministério geral”: e fala a respeito de um pastor que trabalha

subordinado a outro pastor responsável pela região. Assim como Timóteo que pastoreava a igreja em Creta, subordinado ao Apóstolo Paulo (2ª Timóteo 4 v 5). Evangelista é o primeiro grau do pastorado e refere - se a um ministério voltado aos evangelismos, exemplo: Filipe (Atos 21 v 8).

Presbítero: (ancião e bispo podem também referir – se a presbítero). “Ministério local”: fala de um superintendente, uma pessoa idônea que trabalha sob a subordinação dos pastores e dos evangelistas. O presbítero dirige igrejas (1ª Pedro 5 v 1-4); unge com óleo (Tiago 5 v 14) e auxilia ao ministério geral, tudo segundo o que for tratado em reuniões.

7.4. Diácono: nos tempos bíblicos havia dois tipos de servos: o primeiro era: Duros: Este tipo de servo, ou escravo não podia entrar, sem autorização, da portaria

do pátio para dentro, da casa do seu senhor. Ele atuava da portaria do pátio para fora. Suas funções eram nos campos. E o segundo era o

Diácono suas funções eram da portaria do pátio para dentro, da casa do seu senhor: ele lavava os pés dos que ali chegavam e cuidava de tudo, do pátio para dentro da casa.

Quando a obra de Deus cresceu, consequentemente apareceram murmurações entre

os discípulos, os apóstolos necessitaram de auxiliares para servir as mesas e dar fim com as murmurações. A este cargo deram – lhe o nome de Diaconato e os membros do diaconato, os Diáconos (Atos 6 v 1-7). Eles trabalham na subordinação dos pastores, ou dos evangelistas, ou dos presbíteros.

Suas funções são: visitas; assistências sociais; cuidar das áreas materiais, físicas e geográficas da igreja, todo conforme as ordens de sues superiores.

Pastorado contemporâneo: os pastores são divididos em classes, a saber: 1º, pastor presidente de convenção geral; 2º, pastor presidente de convenção estadual, ou regional; 3º, pastor regional; 4º, pastor local, 5º, coo - pastor (2º pastor).

8- Dons Ministeriais Dons falam de capacidade. Mas quanto aos dons ministeriais fala de uma

competência natural, que uma pessoa tem para fazer a obra de Deus. Conforme está registrado em Efésios 4 v 11:

APÓSTOLOS: Apostolo fala de um Ministro desbravador, que abre trabalho. Eles são dotados de

muita fé, coragem e ânimo. Eles são muitos avivados. PROFETAS: O profeta se trata de alguém muito avivado que tem mensagens diretas de Deus, a

qual “edifica, exorta e consola” aos ouvintes (1ª Coríntios 14 v 3). Eles são enviados após os apóstolos, para fortalecer os novos convertidos.

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EVANGELISTAS: O evangelista fala de um obreiro voltado aos evangelismos, a fim de fazer crescer a

igreja do Senhor. PASTORES: Os Pastores são ministros voltados à administração da igreja e aos ensinamentos da

mesma. DOUTORES Doutor aqui são obreiros com capacidade celestial para interpretar os mistérios da

Bíblia, e com a mesma capacidade eles aplicam estas descobertas na igreja. No intuito de que a igreja esteja bem fundamentada na Palavra de Deus.

OBSERVAÇÃO: Todos estes dons e ministérios nós os veremos continuar se cumprindo na vida dos

obreiros, exceto um. O apostolo. É obvio que muitos homens de Deus têm este Don. Mas quanto ao ministério de apóstolo, biblicamente, só cumpriu na vida doze homens. Os doze apóstolos: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu”. (Mateus 10:2-4). Com a morte de Judas, foi eleito Matias em seu lugar (Atos 1 v 15 – 26). Só é que, Matias não teve sucesso, nunca mais se ouviu falar, dele. Matias foi da vontade dos homens. Mas Deus já tinha preparado Paulo, para sucedê-lo: “Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos)” (Gálatas 1v1). Certo é, homem algum pode ter autoridade como os doze apóstolos. Eles tinham poder para elaborar um mandamento. Confira: “Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar com ele, não a deixe” (1ª Coríntios 7 v 12). Mais ninguém pode fazer isso: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele às pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” (Apocalipse 22 v18-19). Antes de houver terra, já havia o Céu, e no céu, há a Nova Jerusalém, que, o seu muro, tem doze fundamentos, os quais têm os nomes dos doze apóstolos: “E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro” (Apocalipse 21 v 14). Os doze apóstolos, se trata de doze homens, insubstituíveis, que nasceram neste mundo para um propósito muito específico. Tome muito cuidado com os apóstolos por aí.

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II. EXEGESE BÍBLICA

Para, Claudio – Klaus:

Ler e Compreender, atos necessários à exegese bíblica. O termo “exegese” procede do grego eksēgēsis, isto é, “narrativa”, “explicação” ou

“interpretação”. O substantivo deriva-se do verbo eksēgēomai, palavra de significado elástico nas páginas do Novo Testamento cujo sentido e tradução nos textos de Lucas 24.35, João 1.18; Atos 10.8; 15.12,14 e 21.19, abrange os vocábulos “contar”, “explicar”, “interpretar”, “descrever”, “relatar” e “revelar”. O significante eksēgēsis é constituído pelo tema verbal composto “ek”, “fora de” e “hēgeomai”, que se traduz primariamente por “liderar”, “guiar”, “conduzir”, e pelo sufixo “sis”, que indica ação. Literalmente quer dizer “conduzo para fora”, “extraio”. Segundo o uso mais remoto, o eksēgētes era o “expositor”, “narrador”, "ledor" ou “intérprete” das leis, seja divina ou não, ou simplesmente um “escriba”, “escritor” ou “sábio”.

De acordo com as seis ocorrências do termo nas páginas neotestamentárias, conforme o contexto, traduz-se por “narrativa”, “explicação” e “interpretação”. Exegese, segundo o étimo, significa a ciência que narra, explica, traduz e interpreta textos quer sacro ou profano. A exegese bíblica, portanto, é a extração, explicação, narração ou interpretação dos textos bíblicos. Todavia, o comentário da perícope bíblica, tradicionalmente chamado de exegese, somente é realizado pelo exegeta após a leitura e compreensão do texto em análise. Portanto, antes de explicar o texto é necessário ler e compreendê-lo. Essa dimensão da interpretação foi captada maestricamente pelo filósofo do sentido, Paul Ricoeur, quando afirmou que “a exegese se propõe a compreender um texto a partir de sua intenção, sobre o fundamento daquilo que esse texto significa”. Logo, a exegese quanto ciência da interpretação, se ocupa da compreensão e explicação do texto; isto é, do entendimento, elucidação do cuntextum, de sua trama, contextura e das conexões lógicas que existem entre as diferentes partes do texto a fim de torná-lo coerente. De acordo com James R. White, a exegese é o processo de compreender o texto da Bíblia em seu próprio contexto. Logo, dois binômios são necessários à tarefa da exegese: compreender e explicar. O primeiro procede da investigação metódica e conscienciosa do exegeta, enquanto o segundo, do resultado derivado da análise.

Ao afirmarmos que a Exegese é a ciência da compreensão e explicação de textos, isto quer dizer que devemos acima de tudo entender que na prática existe um abismo entre “ler” e “compreender”, embora no grego neotestamentário as duas palavras estejam etimologicamente relacionadas. É possível ler um texto das Escrituras e não compreender o sentido ou a mensagem do mesmo. O eunuco de Atos 8.30-35 lia mas não compreendia. Vejamos rapidamente esse pormenor. Embora não perceptível na língua portuguesa, no grego do Novo Testamento, Filipe usa dois verbos cognatos: ginōskeis, traduzido pela ARA e TEB por “compreender”, pela NVI por “entender”, mas por extensão “ter ou tomar conhecimento”; e, anaginōskeis, procedente da preposição ana que em composição inclui o sentido de “sobre”, e ginōskō , traduzido em diversas passagens por “saber”, “conhecer”, “vir a conhecer”, “entender”, “compreender” (Mt 13.11; Mc 4.13; Jo 8.32, 43; 14.7). O significado primário de anaginōskeis é “lendo em voz alta” e, o uso do verbo no imperfeito no versículo 28 (aneginosken), descreve uma ação inacabada, que está em curso ou duração. Por essa razão, Filipe ouvi-o lendo o profeta Isaías (v.30) – não é sem razão que os gregos ainda hoje usam o termo anagnostikós como referência ao gosto pela leitura.

À semelhança da leitura orante da Bíblia, à maneira de Carlos Mesters, Filipe interroga o eunuco: “Compreendes o que vens lendo?” Em que, o termo que define o sentido de “compreender”, participa do mesmo campo semântico do vocábulo que determina o significado de “leitura”; pressupondo que a leitura deve nos conduzir a uma compreensão do

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texto, e que o próprio ato de ler leva-nos ao de compreender. Compreender, portanto, é alcançar por meio da inteligência o significado daquilo que se está lendo. Quando compreendemos o que estamos lendo, percebemos as intenções de quem escreveu e entendemos aquilo que está contido no texto.

A resposta do etíope não deixa de ser menos esclarecedora. Principalmente pelo vocábulo que o historiador usa para descrever a resposta do leitor interessado. O termo grego, traduzido por “explicar” na ARA, e “ensinar” na ARC, é hodēgēsei, procedente do verbo hodēgeō, que significa “guiar”, “liderar”. O texto ipsis litteris quer dizer: “Como posso entender se alguém não me guiar”. “Guiar” na compreensão do texto. “Guiar” na exata interpretação do conteúdo, tal qual traduziu a TEB: “E como poderia eu compreender, se não tenho guia?”. Nunca é demais repisar que a leitura de um texto é o primeiro passo para compreendê-lo.

Por conseguinte, a leitura exegética do texto bíblico é, inicialmente, diacrônica, pois está interessada no desenvolvimento histórico do texto, depois, sincrônica, pois situa-se no centro de origem linguística, histórica e social a que está inserido. Por fim, apresenta ao homem e a igreja contemporânea a mensagem das Escrituras conforme as suas interrogações e dilemas. Filipe explica o texto ao eunuco etíope e, a partir do contexto do profeta Isaías, “anunciou-lhe a Jesus” (At 8.34,35).

A explicação e narração do texto sagrado foram além do invólucro dos sinais semânticos e das sínteses culturais, que às vezes estão longe da cultura e dos problemas daquele que ouve. Essa superação interpretativa na prática da evangelização mostra-nos que uma leitura significativa das Escrituras não é apenas documental e acadêmica, mas também, e, principalmente, evangelística e pastoral.

A leitura e compreensão das Sagradas Escrituras devem conduzir o homem a Deus, por meio de Cristo, o Logos encarnado. Qualquer leitura crítica da Bíblia que afaste o homem de Cristo ou da fé apostólica não cumpre os propósitos pelo qual o Verbo de Deus se manifestou (Jo 1.14). Shökel sabiamente afirma que "a Palavra de Deus não é apenas uma informação religiosa, uma informação sobre Deus; é Deus mesmo se auto comunicando, mais ainda se auto revelando". Deus revela-se por meio do Verbo Encarnado, o LogoV tou Qeou, como também mediante a Sagrada Escritura, a Revelação Epistemológica.

Filipe, a partir das Escrituras, anunciou o nosso Senhor Jesus ao etíope (At 8.35). O propósito pelo qual interpretou a Palavra de Deus segue-se imediatamente ao fechamento da narrativa lucana: "desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou" (At 8.38). A interpretação das Escrituras nessa perícope cumpriu certos propósitos evangelísticos e poemênicos. Isto não quer dizer que a exegese e hermenêutica bíblica limitam-se à evangelização e ao pastoreado, pelo contrário, mas que a ciência bíblica de análise e interpretação do texto sagrado não deve omitir-se na tarefa de conduzir o homem a Deus, por meio de Cristo, pois a Palavra de Deus não é conceito para a mente, mas vida para o coração.

A exegese, como metodologia da ciência bíblica, deve promover, por meio da interpretação, o encontro entre o homem e Deus. No dizer de Weiller, "a dialética da distância e da proximidade" devem ser aproximadas:

O texto escrito só produz seu verdadeiro sentido como Palavra do Deus vivo no encontro e na tensão destes dois polos históricos. Uma releitura fiel e engajada da Bíblia, a partir do Espírito que a anima (cf. Jo 14.26), faz explodir o potencial criador da Palavra de Deus, fonte geradora da verdadeira vida.

Uma leitura bíblica que podemos chamar de eficaz ou científica é aquela que usa uma metodologia capaz de conduzir o leitor ao correto significado do texto. Assim sendo, tal qual Filipe, a exegese se propõe a conduzir, liderar, ou guiar o estudante das Escrituras na compreensão ou entendimento do texto bíblico. Conforme a concepção de Schnelle, a exegese é um processo de leitura, aprendizado e compreensão dirigido metodologicamente, cujo objetivo é realizar um inventário das dimensões históricas e teológicas dos textos.

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Portanto, a primeira função da exegese bíblica é entender a tessitura do texto, compreender a trama que dá azo (motivo) a mensagem do hagiógrafo.

A exegese envolve uma leitura técnica das Escrituras, nem sempre acessível a um

grande número de leitores. Há um hiato entre leitura e compreensão. É possível ler e não entender. A necessidade que todos nós temos, conhecedores do texto bíblico ou iniciantes, de

levar a sério o que fazemos com a leitura do texto bíblico. Não podemos mais, depois do conhecimento que se firmou do “mundo bíblico”, ficar alienados dos fatos e continuar a ler a Bíblia sem recolocá-la no seu contexto cultural, linguístico, etc. "A Sagrada Escritura é a configuração categorial do que foi a percepção da presença e revelação de Deus e se quisermos que a Bíblia fale aos homens, seja qual for a cultura, a língua e o tempo em que vivem, precisamos, cada vez mais, recolocar esta mesma Bíblia na cultura, na língua e no tempo em que surgiu”.

Então temos que observar algumas noções: v Não podemos fazer trabalho sério em exegese ou em teologia bíblica se não

partirmos do texto 'original v Delimitar um texto, portanto, significa estabelecer os limites para cima e para

baixo, ou seja, onde ele começa e onde ele termina. v Podemos estudar o texto em sua condição atual, ou procurar explicar como se

formou a redação que chegou até nós. No primeiro caso, dá-se uma leitura chamada sincrônica, no segundo, a leitura é do tipo diacrônica

Na análise estilística, nossa preocupação se volta para a maneira pela qual ele (o

autor) procura dar maior expressividade, maior colorido, maior vivacidade a seu texto Lembremos que a leitura se ocupa do momento de investigarmos as etapas pelas

quais passou o texto, desde sua primeira elaboração até a versão que temos em nossas edições críticas.

Faz-se, portanto, importante uma aproximação ao texto analisado de forma mais

existencial e mediada, fazendo-o falar, na medida em que recupera sua função de luz para a vida da comunidade.

As abordagens examinam não só a literatura e a realidade social de Israel, mas

também as forças sociais subjacentes à produção da literatura bíblica, onde se distingue a sociedade que está por trás do texto da sociedade que aparece dentro do texto.

18.1 - Processos envolvidos na exegese Bíblica 18.1.1 Análise Histórico-Cultural e Contextual Determinar o meio ambiente histórico e cultural do escritor e seus leitores Determinar as circunstâncias históricas gerais. Estar atento às circunstâncias e normas culturais que acrescentam significado a

determinadas ações. Discernir o nível de compromisso espiritual dos leitores. Determinar o(s) propósito(s) do autor ao escrever o livro Notar as declarações explícitas ou frases repetidas. Observar os discursos morais, próprios para exortar.

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Observar os problemas omitidos ou focalizados. Entender como a passagem se enquadra em seu contexto imediato Apontar os principais blocos de assuntos no livro e mostrar de que modo se

encaixam num todo coerente. Mostrar como o texto em consideração se ajusta ao fluxo de argumentos do autor. Determinar a perspectiva que o escritor tenciona comunicar – numenológica (o

modo como as coisas são realmente) ou fenomenológica ( o modo como as coisas parecem). Distinguir uma verdade descritiva e uma verdade prescritiva. Diferençar entre os detalhes incidentais e o núcleo de ensino do texto. Identificar a pessoa ou grupos de pessoas as quais se dirige o texto. 18.1.2 Análise léxico-sintática Léxico = conjunto de todas as palavras (dicionário da época). Sintática = construção das frases. Apontar a forma literária geral Investigar o desenvolvimento do tema e mostrar como o texto se encaixa no

contexto Indicar as divisões naturais (parágrafos e sentenças do texto). Apontar os conectivos dentro dos parágrafos e sentenças e mostrar como auxiliam

na compreensão do pensamento do escritor. Determinar o significado isolado das palavras Analisar a sintaxe a fim de demonstrar de que modo ela contribui para a

compreensão de um texto. Colocar os resultados da análise em palavras não-técnicas e fáceis que comuniquem

com clareza ao leitor de hoje o significado que o escritor tinha em mente. 18.1.3 Análise Literária Procurar referências explicitas que indiquem a intenção do escritor com referência

ao método que ele adotava. Se o texto não exibe explicitamente a forma literária, estudar as características da

passagem dedutivamente para averiguar sua forma. Aplicar os princípios dos artifícios literários com cuidado, mas não de modo rígido

(símile, metáfora, provérbio, parábola, alegoria, tipo, interpretação, ...) 18.1.4 Análise Teológica Determinar seu próprio ponto de vista sobre o relacionamento de Deus com o

homem Anotar as implicações deste ponto de vista sobre o texto que você está estudando. Avaliar a extensão do conhecimento teológico disponível ao povo daquela época

(analogia da Escritura) Identificar o conhecimento adicional acerca deste tópico que hoje está ao nosso

alcance em virtude de posterior revelação (analogia da fé). 18.1.5 Aplicação Dedução de princípios: Baseado numa análise histórico-cultural, contextual, léxico-

sintática e teológica, do texto, verificar mediante estudo dedutivo. Transmissão cultural de mandamentos bíblicos. Discernir tão exatamente quanto possível o princípio por trás da ordem. Discernir se o princípio é transcultural ou cultural, mediante exame do motivo dado

para o princípio. Se um princípio é transcultural, determinar se a mesma aplicação comportamental

expressa ou não adequada e exatamente quanto o bíblico. Se a expressão comportamental de um princípio deve ser mudada, proponha um equivalente cultural que expresse o princípio divino por trás do mandamento primitivo.

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III. FILOSOFIA DA RELIGIÃO

Como escreveu Rogério de Sousa:

Filosofia da Religião é a matéria que se dedica à investigação racional da relação que o homem procura manter com o supranatural e que se denomina por religião. Por definição, filosofia é o amor que se devota à sabedoria, ou seja, um apreço pela compreensão mais pura das coisas. Acontece que o mundo humano está imbricado com muita coisa desconhecida e o nível de ignorância é muito maior que o do conhecimento. O mito (que é uma explicação folclórica dos fenômenos inexplicáveis) ocupa muito do imaginário das pessoas, assim como o senso comum (que é a opinião da maioria sobre um assunto). Quando as verdades que nos ensinam não passam de rasteiros pontos de vista e preconceitos infantis nosso mundo fica estreito e raso. Somente quando nos damos conta de existe um universo lá fora, bem maior que nosso quintal existencial é que passamos a investigar as coisas e a buscarmos melhores explicações para elas. É assim que nasce a filosofia, o amor ao saber.

Dentre todas as investigações que os filósofos fazem, não poderia ficar de fora a

religião, que por definição significa o serviço que o homem presta á divindade com o fim de reatar os laços que foram quebrados entre eles. Na religião o devoto, o fiel ou o sacerdote está sempre em dívida com a divindade, por que na relação entre ambos o homem ofendeu o deus e provocou sua ira e consequente castigo. Para apaziguar o ofendido, o sacerdote faz oferendas que vão desde a simples reza (palavras secretas que só o deus entende) até o sacrifício de vítimas (animais ou pessoas). Para o filósofo, as explicações que os religiosos oferecem para tais rituais e sacrifícios pertencem à categoria do mito, e não passam de emblemas humanos para resolver os conflitos existenciais dos homens que não querem buscar numa compreensão mais racional das coisas.

Segue-se que a religião (para a filosofia), é somente uma forma mais simplista de

enxergar a vida e a morte, tendo o mundo com suas complicações no meio. A defesa por excelência que os filósofos fazem da razão não é contrária à religião, mas é um grito agudo que chama o homem para destruir os ídolos e os andores e elevar a compreensão religiosa a um nível mais espiritual e metafísico. Um exemplo desta defesa filosófica está em Sócrates (469-399 a.C.), que foi acusado de ateísmo por seus compatriotas devido sua crítica aos atenienses que praticavam a religião mas não entendiam sequer o significado dos sacrifícios e rituais. De fato, Sócrates não era ateu, pois como ele mesmo afirmava “ele seguia sua vocação filosófica por causa de um oráculo que recebera no templo de Delfos”.

Outro exemplo de filósofo que defendia uma compreensão mais pura das verdades

religiosas chamava-se Platão (428-347 a.C.) Ele mesmo era um místico, muito devotado à religiosidade grega, mas ao mesmo tempo muito distante dela. Para Platão existiriam dois mundos, sendo este terreno um mundo de sombras ou réplicas do original. O mundo original seria o verdadeiro, onde as coisas existem na forma ideal e única. Assim, no mundo das ideias existiria o verdadeiro Homem, o verdadeiro Cavalo, o verdadeiro Bem, a verdadeira Justiça e assim por diante. Neste mundo em que vivemos estaríamos tão somente reproduzindo em escala menor o que se passaria na dimensão do mundo original.

Por fim surgiu um terceiro filósofo chamado Aristóteles (384-322 a.C) que deu

prosseguimento à filosofia de Platão e chegou por fim à compreensão de que não seria possível a existência de muitos deuses, a não ser que houvesse um primeiro deus, anterior a tudo e a todos e que teria dado origem a tudo e a tudo depois dele. Seria o primeiro motor. Ainda não é a fé na existência de um único Deus, mas sim, a percepção de que seria necessário

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a existência de um primeiro momento que sobrepujasse a coexistência de outros momentos. Enquanto esse primeiro motor existisse, tudo continuaria acontecendo. Caso ele fosse extinto, tudo desapareceria com ele. Daí Aristóteles chegou à compreensão de que o mundo é tão eterno quanto esse primeiro deus.

Anúncios Google Contudo, não foi somente na Grécia que os pensadores passaram a investigar o

fenômeno religioso e sua forma bruta de ser praticada. Também na Índia, no Japão, na Pérsia, na China, no Egito e na Palestina se levantaram pensadores da religião, sendo alguns chamados de brâmanes, outros de iluminados, outros de sacerdotes, outros de mestres e outros de profetas. Cada um dentro de sua própria tradição religiosa: Hinduísmo, Masdeímo, Taoísmo, Zooteísmo e Javismo. Eles alegavam que a religião estava em demérito na sociedade tanto por culpa das castas sacerdotais quanto por corrupção do Estado, além da ignorância do povo. Era preciso reformar a religião dando-lhe uma função mais humana e social, socorrendo os necessitados e fazendo justiça aos injustiçados.

Esta vanguarda reformista imprimiu à religião um vigor que lhe faltava em tempos

passados, por que doravante ela iria servir não somente como satisfação ao deus ofendido como também de tribunal dos homens injustiçados. Todo aprofundamento racional que os reformadores (sábios) prestaram à religião aproximou o deus de seus adoradores. Os fiéis voltaram aos templos e os sacerdotes além de falar aos deuses também transmitiam mensagens deles aos devotos. Os rituais se tornaram mais compreensíveis e acessíveis a quem quisesse. As principais contribuições dos sábios para a religião foram as escolas cuja linha pedagógica tinha por fim fazer dos alunos os novos transmissores da religião. Embora seja interessante investigarmos essas escolas em outras culturas, vamos nos prender um pouco mais na versão judaica: a sinagoga!

Os judeus vinham dentro de uma tradição religiosa bastante antiga (desde os tempos

do patriarca Abraão - 1950 a.C.). Este patriarca abandonara a terra dos caldeus na Mesopotâmia onde se adoravam milhares de deuses para dedicar-se ao culto de um só deus a quem chamava de Eloim (o Deus dos deuses). Daí para frente, seus descendentes mantiveram-se dentro desta tradição a que chamamos de henoteímo, crença em um único deus. (No henoteísmo não se nega que existam outros deuses, tão somente não se presta culto a nenhum deles). Essa tradição henoteísta esteve entre os descendentes de Abraão até os dias de Moisés (1500 a.C), o primeiro reformador do culto judaico. Ele escreveu cinco livros conhecidos como torá onde estão os ensinamentos do deus de Abraão, Isaque e Jacó. O nome desse deus é Javé (ou Jeová) e não era um deus entre outros, mas o único deus, portanto, os judeus não deviam mais continuarem no henoteísmo mas converterem-se ao monoteímo. À partir de Moisés o nome de deus não mais seria “tomado em vão” e deveria der tratado com toda a reverência.

Passaram-se mil anos desde Moisés até Ezequiel. Embora muitos profetas

houvessem se levantado para defender o monoteísmo entre os judeus, nem os sacerdotes, nem os governantes e nem o povo abandonou a forma antiga da religião. Os filhos de Abraão ainda continuavam crendo na existência de muitos deuses, e os adoravam em conformidade de seus interesses. Devido às mudanças políticas na região dos judeus, muitas guerras aconteceram e os sobreviventes foram deportados para a Babilônia. Foi então que se levantou Ezequiel (622-573 a.C.) e deu início à segunda reforma na religião de Abraão. Reunindo-se regularmente com os anciãos para momentos de orações e meditações Ezequiel passava por momentos de êxtase e tinha visões. Devido sua aplicação à religião o profeta ajuntou em torno de si alguns seguidores do monoteísmo e após algum tempo organizou o judaísmo.

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Dentro do judaísmo o prestígio que se devia aos sacerdotes flutuou para os chefes de sinagogas, os líderes dos judeus que liam os oráculos e possuíam compreensão mais profunda da religião. Esses organizavam a vida religiosa do povo e ensinavam aos filhos deles sobre as doutrinas dos profetas. Todo o ciclo de doutrinas girava em torno da rebelião que as criaturas mantinham em relação ao Criador e a consequente prática da religião para alcançar a misericórdia de Javé. Consistia essa religião em obedecer aos mandamentos de Deus e guardar as tradições dos anciãos. Com o passar dos anos, o judaísmo tornou-se um sistema religioso complicado de se compreender e pesado para se praticar.

Voltando ao aspecto filosófico da religião, agora com um subsídio histórico a mais

para a compreensão, podemos perceber que a religiosidade humana se manifesta muito de acordo com sua compreensão teológica, ou seja, aquilo que lhe foi transmitido como verdade sobre Deus. Em geral, ensina-se que Deus está contrariado com os homens (ofendido é melhor) e por esta razão, desaba sua ira em forma de castigos que causam dor e sofrimento aos impenitentes. Quando arrependidos (ou amedrontados), os pecadores buscam o perdão (ou favor) de Deus oferecendo-lhe dádivas (rezas, rituais e sacrifícios). Fazem votos (promessas) e se tornam devotos (escravos) dele. Agora que alcançaram seu favor, passam a ensinar sua religião aos outros para que também se convertam.

A grande contrariedade da religião está no fatalismo, ou seja, as coisas ruins que

acontecem irremediavelmente. Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Por que Deus pune o justo como se fosse um injusto? Que mais deve ser feito para se aplacar a indignação de um Deus vingativo? Novamente surgem os sábios (profetas) e reformam a religião, dando novas fórmulas teológicas para auxiliar os homens na sua compreensão sobre Deus. Eles revelam que o mal não é obra de Deus, e sim de seus adversários, os demônios. Esses demônios são chefiados por um anjo caído chamado Lúcifer e estão em constante rebelião contra Deus e seus filhos. Está armada uma guerra cósmica onde Deus e Lúcifer combatem na conquista das almas humanas. Nesta forma dualista de entender as coisas, o homem deverá escolher a quem seguir, sabendo que será recompensado de acordo com suas decisões. Deus dará vida eterna aos bons e punirá com o inferno a Satanás e seus aliados.

Embora todo o poder esteja nas mãos de Deus, seu adversário covardemente seduz a

humanidade com propostas terrenas suficientemente eloquentes para enganá-los. Ainda que o Bem seja preferível ao mal, a grande maioria dos homens é presa fácil da maldade demoníaca. Mesmo na prática da religião, os devotos continuam “dando lugar ao diabo” e aumentando o prestígio do reino das trevas. A religião se presta ao luxo dos sacerdotes e explora a credulidade dos devotos. Esses ficam convencidos de estarem agradando a Deus e se divorciam da vida real, sonhando com o Reino dos céus e entregando este mundo aos filhos das trevas. Política, Ciência, Tecnologia, Comércio, Educação e Cultura ficam aos cuidados dos ímpios enquanto os piedosos oram e cultuam a Deus...

É necessário um despertar da religião cristã no mundo, e não se trata de uma

reforma simplória. Trata-se de despertarmos de um sono dogmático surrealista para uma realidade abrangente que inclua Deus não somente na vida e na morte dos indivíduos, como também dos povos e nações. Retiramos a religião da escala privada e a tornarmos matéria de Estado. Gritarmos a plenos pulmões que “temos algo a dizer sobre Política, Ciência, Tecnologia, Comércio, Educação e Cultura”. Temos uma proposta existencial que se inspira na Cruz de nosso Senhor e que faz sombra a qualquer ideologia terrena. Estamos prontos para o diálogo com qualquer religioso, político, cientista, comerciante ou educador do mundo. Também fazemos parte da raça humana e também vivemos na sociedade dos homens. Que se nos deem ouvidos e se faça valer nossa filosofia.

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IV. GEOGRAFIA BÍBLICA

A geografia é uma ciência que tem por objetivo o estudo da superfície terrestre e a distribuição espacial de fenômenos significativos na paisagem. Também estuda a relação recíproca entre o homem e o meio ambiente (Geografia Humana). Para alguns a Geografia também pode ser uma prática humana de conhecer onde se vive para compreender e planejar o espaço onde se vive. Um dos temas centrais da geografia é a relação homem-natureza. A natureza é entendida aqui como as forças que geraram ou contribuem para moldar o espaço geográfico, isto é, a dinâmica e interações que existem entre a atmosfera, litosfera, hidrosfera e biosfera. O homem é entendido como um organismo capaz de modificar consideravelmente as forças da natureza através da tecnologia.

O profissional que estuda a geografia é chamado de geógrafo. Mas no intuito de compreendermos melhor a Bíblia Sagrada, vamos estudar a Geografia Bíblia. 1 ESTADO SE ISRAEL

Após a morte de Alexandre, a comunidade judaica leva o nome oficial de ethnos tôn Iudaiôn. O território dessa “nação dos judeus” se estende até o Jordão e o Mar Morto a leste. Limitado pela Iduméia ao sul, não vai além de Betsur, no caminho de Hebron a Jerusalém. A oeste, não alcança a costa, mas para além de Lida. Ao norte, o limite entre a Judéia e a Sarnaria começa pouco depois de Modin, a aldeia dos macabeus, Betel e Jericó. Trata-se, pois, de um território de dimensões modestas, que quase não ultrapassa o da cidade de Jerusalém.

Com o tempo, a política de anexação dos hasmoneus teve por efeito dar a esse território uma extensão considerável. Por ocasião da morte de Alexandre Janeu, em 76 a.C., o reino hasmoneu comporta, além da Judéia, a Sarnaria, a Galiléia, a Iduméia, o litoral do monte Carmelo até Rafia, e além do Jordão e do Mar Morto uma faixa de território que se estende da Gaulanítide ao norte até o país de Moab ao sul.

Depois da intervenção romana e da dominação da Judéia, sob o controle de Roma, o reino de Herodes Magno, “amigo e aliado do povo romano”, volta a ter as dimensões do tempo de Alexandre Janeu. São acrescentadas a Batanéia, a Traconítide e a Auranitide, a leste do lago de Genesaré.

Essa expansão territorial foi acompanhada de uma política de judaização das regiões anexadas. Vêm agregar-se à Judéia regiões mais ou menos recentemente judaizadas: assim a Iduméia na época de João Hircano (134-104); o norte da Galiléia na época de Aristóbulo I (104-103), ou muito mais recentemente, na época herodiana, as regiões situadas a leste do lago de Tiberíades. Aparecem, pois, no interior do país judaico, disparidades regionais, históricas, acompanhadas muitas vezes de particularidades halákhicas. Em suma, um território de limites flutuantes, de estatutos políticos múltiplos e cambiantes, de regionalismos fortemente marcados 2 GRUPOS RELIGIOSOS E POLÍTICA

Vejamos agora, quais os grupos religiosos e políticas da época de Jesus. SADUCEUS: Eram integrantes de um partido constituído por grandes proprietários de

terras e membros da elite sacerdotal. O famoso historiador judeu Flávio Josefo (35 d.C.- 111 d.C.) escreveu que os saduceus representavam o poder, a nobreza e a riqueza. Conciliadores em relação ao domínio romano, eles controlavam o Sinédrio (o senado de Israel) e o Templo de Jerusalém. Negavam a imortalidade da alma, rejeitavam o Talmud (conjunto de opiniões e comentários dos antigos rabinos) e aceitavam apenas o que estava escrito na Torá (as Sagradas Escrituras judaicas, constituídas pelos cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cuja redação era atribuída a Moisés.

Mais do que qualquer outro grupo, foram os saduceus os principais responsáveis pela condenação de Jesus.

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ESCRIBAS: Já os Escribas não estavam ligados a um segmento social específico, nem constituíam uma seita ou partido, na acepção estrita das palavras, porém desfrutavam de enorme autoridade, como intérpretes abalizados das Sagradas Escrituras. Homens de grande erudição, eram consultados em assuntos polêmicos e influenciavam as decisões do Sinédrio, onde estavam representados - por isso, tiveram também sua parte na condenação de Jesus.

Ao contrário dos saduceus, cuja atividade religiosa se exercia somente no Templo de Jerusalém, os doutores atuavam também nas sinagogas e escolas rabínicas. Reverenciavam mais do que ninguém a Torá, mas não se prendiam a uma leitura literal do texto sagrado, reconhecendo nele toda uma dimensão esotérica. Muitos doutores pertenciam ao grupo dos fariseus.

FARISEUS: Estes faziam parte de um movimento com ramificações em todas as camadas sociais, principalmente nas classes dos artesãos e pequenos comerciantes. Muito religiosos e extremamente formalistas, os fariseus se separavam do resto da comunidade judaica pelo cumprimento ultraminucioso de todas as regras de pureza prescritas na Torá, em especial no livro do Levítico. Daí seu nome, fariseus, que deriva da palavra hebraica perishut ("separação"). Eram ativos nas sinagogas e, em várias ocasiões, foram admoestados por Jesus, que os criticava por se apegarem aos detalhes superficiais da Torá, enquanto negligenciavam seu conteúdo profundo. Dirigindo-se a eles e aos doutores, o mestre os chamou de "condutores cegos, que coais o mosquito e tragais o camelo!"

Não se pode negar que a doutrina farisaica exerceu forte influência sobre o futuro pensamento cristão, principalmente no que diz respeito à crença na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo. Em política, os fariseus eram nacionalistas, e aguardavam a vinda do Messias, que deveria libertar Israel da dominação romana.

ZELOTES: Os Zelotes por sua vez eram radicais egressos da seita dos fariseus. Tinha a pretensão de expulsar pelas armas os dominadores pagãos, e cometiam atentados terroristas contra os representantes do Império.

Por isso, eram cruelmente perseguidos pelo poder romano. A base social do partido dos zelotes era formada pelo pequeno grupo de agricultores e outros segmentos pobres da sociedade. Sua doutrina era um misto de religiosidade extremada e ultranacionalismo político. Entre os 12 discípulos mais íntimos de Jesus, havia pelo menos dois zelotes: Simão, o Zelote (não confundir com o outro Simão, que o mestre denominou Pedro), e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. O termo Iscariotes, acrescentado ao nome de Judas, tanto pode significar que ele fosse originário da cidade de Kariot, foco da rebelião zelota, como derivar da expressão aramaica ish kariot ("aquele que porta um punhal"), alusão ao fato de os membros dessa seita andarem armados.

Os zelotes parecem ter depositado grandes esperanças na liderança política de Jesus. Porém a amplitude, a profundidade e o longo alcance da mensagem do Mestre se chocaram com o caráter restrito e imediatista de uma revolução preconizada por eles.

ESSÊNIOS: Alguns querem crer que Jesus pertencesse à seita dos Essênios. Mas a especulação não encontra respaldo em estudos contemporâneos. Basta frisar que um essênio jamais se sentaria à mesa de um cobrador de impostos ou perdoaria uma mulher adúltera, como fez Jesus. Apegados aos preceitos de pureza e ao seu próprio orgulho, os essênios se afastavam de um mundo supostamente corrompido para não se contaminarem. Jesus, ao contrário, transgredia deliberadamente essas mesmas regras. E mergulhava no mundo para transformá-lo.

PURITANOS: Eles viviam os essênios em comunidades ultrafechadas, como a que se desenvolveu na região de Qumran, às margens do Mar Morto. Muitos deles eram sacerdotes dissidentes do clero de Jerusalém. Segundo eles, nem mesmo os fariseus e os zelotas eram suficientemente rigorosos no cumprimento da Lei judaica. Acreditavam serem os únicos remanescentes puros de Israel. Opunham-se à propriedade privada e ao comércio, valorizavam o trabalho na lavoura e levavam uma vida comunal extremamente austera. Praticavam o celibato ou se casavam somente para perpetuar a espécie. Sua doutrina previa

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que os aspirantes deviam passar por um período de iniciação, que durava três anos e culminava no ritual do batismo.

Combatiam intransigentemente tanto os romanos quanto o poder concentrado no Templo de Jerusalém, opondo-se ao sacrifício de animais. E aguardavam a vinda do Messias, que deveria liderar uma guerra santa para eliminar os pecadores e instaurar o reino dos justos.

3 O TEMPLO JUDAICO

Esse templo refere-se ao espaço físico, o prédio, onde os israelitas cultuavam a Deus. Neste estudo apresentaremos a sua localidade, as suas três divisões, e suas sete fases.

3.1. LOCALIDADE DO TEMPLO A localidade do templo era exatamente no lugar onde Abraão foi sacrificar a

Isaque, no monte Moriá (Gên 22 v 1 – 24). Mas os árabes a segura que Abraão ia sacrificar era Ismael nesse lugar. Lugar que mais tarde fora comprado por Davi (2º Sam 24 v 15 – 25; 2º Crô 3 v 1). 3.2. AS TRÊS DIVISÕES DO TEMPLO

A primeira parte do Templo era o Átrio, ou pátio (Êxo 37 v 9 – 31); que era parte

exterior, e era iluminado pela a luz solar. Onde que todos os israelitas, em geral, tinham acesso. O átrio ainda sofria três divisões, a saber: a área dos homens israelitas, a das mulheres hebreias e a dos gentios.

A segunda parte era o Lugar Santo, onde somente os sacerdotes tinham acesso. Eles lá se adentravam todos os sábados. Este lugar era iluminado pelo candelabro, uma candeia de sete chamas.

E no último lugar, o Santuário, ou Lugar Santíssimo, ou Santo dos santos, tão somente, os sumos sacerdotes, tinham acesso, uma vez por ano. Esse lugar é iluminado pela Glória de Deus (Hebr 10 v 19). 3.3. AS SETE FASES DO TEMPLO

1) TABERNÁCOLO: O tabernácolo fala a respeito do templo portátil. Que foi

construído no deserto por Moisés e permaneceu até os dias do rei Davi, que quis erigir um templo ao Senhor, o qual rejeitou. (2º Sm 7: 1-13).

2) TEMPLO DE SALOMÃO: O primeiro templo que fora erigido foi o de Salomão, em acerca de do ano 1000 aC. (1º Rei 6). Que foi destruído por Nabucodonosor, em cerca do ano 587 aC. (2º Rei 25 8 – 16).

3) TEMPLO DE ZOROMBABEL: O segundo templo foi construído no mesmo local no comando de Zorombabel em cerca do ano 520 a. C.

4) TEMPLO DE HERODES: É o terceiro templo. O mesmo fala de uma reforma, que foi praticamente, uma nova construção, efetuada por Herodes em 19 a. C. Este templo era ainda mais majestoso do que o de Salomão (Mat 24 v 1). E fora destruído no ano 70 dC, por Tito, general romano (Mat 24 v 2).

5) TEMPLO MULÇUMANO: Com a dispersão judaica, no ano 70 dC, a região foi habitada pelos árabes. Acerca de trezentos anos após, foi fundado Islamismo, por Maomé, na Arábia. E posteriormente, foi erigido na localidade dos escombros do templo judaico a Mesquita de Omar.

6) TEMPLO DO ANTICRISTO: A nação de Israel que tinha sido dispersa da sua pátria no ano 70 dC, a retornou em 1948, três anos após a 2ª Guerra Mundial. E na grande tribulação, aparecerá o anticristo que fará uma aliança com essa nação, o qual os construirá o templo. (Dan 9 v 27; Mat 24 v 15).

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7) TEMPLO DE CRISTO: Após a grande tribulação, no Milênio, Cristo destruirá, totalmente, o tal templo e Construirá o mais perfeito e majestoso templo. O Santuário do Milênio.

Espiritualmente, somos comparados com esse templo: nosso corso, o átrio; nossa

alma, o lugar santo; e o nosso espírito, o Santo dos santos.

4 ISRAEL ATUAL Atualmente, Israel tem 14 cidades polos sua população ultrapassa os 100.000

habitantes. Somente a população de Jerusalém, é mais de 500.000 e Tel Aviv, que é considerada uma cidade globalizada. No total, existem 78 municípios israelenses que possuem o estatuto de “cidade” pelo Ministério do Interior, a adição mais recente é o assentamento árabe-israelense de Kfar Qasim.

São também incluídas quatro cidades da Cisjordânia, uma região, a qual, Israel não estendeu seu domínio. Para a lei internacional, a Cisjordânia é avaliada, de jure, uma região que não pertence a nenhum Estado. A ONU, o Tribunal Internacional de Justiça e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha se mencionam à região como uma área ocupada por Israel.

O limite e a população de Jerusalém abrange a de Jerusalém Oriental, que está agrupada dentro dos seus termos municipais e é entendido um ajuntamento de jure ao amparo da Lei de Jerusalém e não é reconhecido pela comunidade internacional. 1

5 LUGARES BÍBLICOS: 5.1 PATMOS

Trata de uma pequena ilha da Grécia 55 km da costa SO da Turquia, no mar Egeu. É uma das ilhas do Dodecaneso, e possui uma área total de 34,6 km² e uma população de 2700 habitantes.

Constitui uma municipalidade grega com capital em Hora (ou Chora), às vezes erroneamente chamada Patmos. Skala é o único porto. A ilha é dividida em duas partes quase iguais, uma do norte e outra do sul, unidas por um estreito istmo. A vegetação é limitada, e o relevo, formado de montes relativamente baixos, cujo pico mais alto é o Profitis Ilias (269 m). BETSAIDA

Betsaida (casa da pesca, em hebraico) era uma povoação piscatória a nordeste do Mar da Galileia, situada a alguns quilômetros de Cafarnaum. Um cataclismo, entretanto, erguendo-a, afastou-a do lago.

De acordo com o Evangelho de João, os apóstolos Pedro, André e Filipe eram naturais desta povoação (João1:44). A investigação arqueológica em Betsaida é recente. Não foi fácil encontrar a povoação onde ela não devia estar.

Deixada de parte a história antiga da cidade, em que se chega a falar do rei David e do seu filho Absalão, ao tempo da idade adulta do apóstolo Pedro ocorreu lá um facto muito significativo: Herodes Filipe, irmão de Herodes Antipas que mandou decapitar João Baptista, ergueu aí um templo pagão em honra de Lívia, a mãe do imperador reinante (Tibério) e esposa do falecido Octávio Augusto. É mais um caso da penetração profunda do paganismo em terras palestinas.

1 Wikipédia (2013).

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Curioso é saber que foi descoberto um incensário nas escavações. Este instrumento tinha função semelhante à do turíbulo – servia para queimar incenso -, mas era apenas uma espécie de pá comprida onde se punham brasas. O incenso queimava-se sobre elas. Este objeto é um documento histórico relevante. 5.2. SAMARIA

A Cidade construída por Onri, pai de Acabe, encontra-se a 60 Km ao norte de Jerusalém. Situa-se a 400 metros acima do Mediterrâneo Após o cisma israelita, Samaria passou a ser a capital do Reino de Israel. Posteriormente, eles foram transportados ao cativeiro, então o rei da Assíria enviou para lá povos estranhos que juntamente com alguns hebreus, deram origem aos samaritanos. Mais tarde, estes causaram muitos embaraços a Esdras e a Neemias. No tempo de Jesus, ainda era grande a rivalidade entre as comunidades hebraicas e samaritana. 5.3 CAFARNAUM

É uma cidade bíblica que ficava na margem norte do Mar da Galiléia, próxima de Betsaida (terra natal de Simão Pedro) e Corozaim. Muito perto passava a importante Via Maris (Estrada do Mar), que ligava o Egito à Síria e ao Líbano e que passava por Cesareia Marítima.

O fato de possuir uma alfândega (Mt 9:9) e uma guarnição romana sugere que se tratava de uma cidade fronteiriça entre os estados de Filipe e Herodes Antipas. O capitão da guarnição mostrou-se particularmente amistoso para com os judeus, construindo-lhes a sinagoga (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10).

Jesus realizou vários milagres em Cafarnaum (Mt 8:5-17; Mc 1:21-28; Mc 2:1-13; Jo 4:46-54; etc.) e aí ensinou frequentemente (cf. João 6:24-71; Mc 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o seu quartel-general e foi chamada a sua cidade (Mt 9:1; cf. Mc 2:1). Contudo, apesar do real impacto do seu ministério entre o povo, este acabará por se afastar; por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mt 11:23-24; Lc 10:15). 5.4 NAZARÉ

"No sexto mês foi o anjo Gabriel enviado da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré..." (S. Lucas 1:26)

Situada em um grande monte, a aproximadamente 400 metros acima do nível do mar, Nazaré encontra-se a 170 km de Jerusalém. Jesus Cristo foi criado nesta cidade, por isso mesmo Ele é chamado de Nazareno. Até 1948, Nazaré era controlada por muçulmanos. Mas em 16 de Julho de 1948 passou ao domínio dos israelenses. 5.5. JOPE

Bom, aqui estou novamente. Ano novo, vida nova, graças a Deus por tudo. Como combinei, a próxima cidade seria Jope, então vamos lá, viajar sobre as asas da imaginação.

Jaffa, Jafa, Jafo ou Jope (hebraico Yafó, árabe Yafa) é uma cidade de Israel, vinculada ao município de Tel Aviv, famosa pelo porto antigo e pelo centro histórico, de qual o profeta Jonas saiu para Társis de barco e foi engolido pelo peixe grande. Jafa e Tel Aviv formam uma única região metropolitana.

O nome significa, em língua hebraica, "bela". As tradições dizem-nos que esse nome foi dado a essa cidade por causa do brilho do sol que refletia nos edifícios. Porto natural de Jerusalém (dista 56 km) quando da construção do templo, Hirao trazia do Líbano, toras de madeira que eram descarregadas neste porto e levadas para a construção do templo e do

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palácio do rei Salomão. No novo testamento (Atos 9:36-42) registra-se a obra assistencial de TABITA (Dorcas), a morte da mesma e sua ressurreição por intermédio de Pedro. Nesta cidade o apóstolo Pedro estando hospedado na casa de um amigo chamado, Simão (o curtidor), teve a visão de um lençol que desceu do céu por três vezes, onde uma voz disse-lhe "Pedro, mata e come" ao que respondeu: "nunca coloquei na minha boca nada imundo ou impuro". Pedro entendeu posteriormente que esta ordem era na realidade uma lição, onde ele não deveria considerar "impuro ou imundo aquilo que Deus tinha santificado", ou seja, o Evangelho também deveria ser levado a outros povos, aos gentios. Em seguida ele recebe a visita de homens enviados por um centurião romano de nome Cornélio que o esperava em Cesaréia (60km ao norte) para que lhe falasse das coisas de Deus. Ele obedeceu ao chamado, levando consigo uma comitiva e encontraram em Cesaréia, Cornélio e toda a sua parentela ávidos em saber as boas novas de salvação em Cristo Jesus. 5.6. HEBRON

Vamos viajar um pouco com as asas da imaginação sobre a cidade Hebron, no passado e presente.

Encontra-se a 32 quilômetros ao Sul de Jerusalém e a mil metros acima do mar Mediterrâneo. O seu nome original era Kiriath-Arba (Gn 23:2; Js 20:7, etc). A cidade existia já no tempo de Abraão, que durante algum tempo viveu nos seus arredores e onde comprou um campo para instalar as sepulturas da sua família (a cova de Macpela Gn 13:18; Gn 23:2-20). Isaque e Jacó também residiram em Hebron durante algum tempo (Gn 35:27; Gn 37:13,14). Os seus habitantes originais eram os gigantes Enaquins (Nm 13:22; Js 11:21, etc) mas os hititas são também mencionados como tendo estado estabelecidos ali (Gn 23:3-16).

Hebron era a sede da revolta de Absalão contra David (2Sm 15:7-10). Hebron é mencionada uma vez mais na Bíblia, como uma das cidades que Roboão fortificou (2Cr 11:5, 10). Mais tarde Hebron caiu nas mãos dos edomitas, e não é mencionada como uma das cidades de Judá reocupada depois do exílio. Judas Macabeus recapturou a cidade, que estava grandemente fortificada, aos edomitas (1 Mac 5:65). A cidade é agora chamada elKhalîl, que significa "o amigo (de Deus)", uma referência a Abraão. Situa-se parcialmente num vale, e outra porção na colina adjacente a uma elevação de 927 m. acima do nível das águas do mar, cerca de 30 km. sul - sudoeste de Jerusalém na estrada principal de Jerusalém para Beer-sheba. A sua principal atração é a Haram, que inclui uma mesquita construída sobre a gruta de Macpela, onde se julga existirem os túmulos de vários patriarcas juntamente com as suas mulheres. Algumas escavações foram conduzidas sob a direcção de P.C. Hammond de 1964 a 1966 em Djebel erRumeith, um local adjacente à moderna Hebron, e identificado pelo escavador com a antiga Hebron. As escavações demonstraram que o local tinha sido ocupado a partir tos tempos patriarcais. 5.7 BELÉM

A exuberância dessa Cidade está no fato de que foi ela o berço do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Encontra-se aproximadamente 10 quilômetros ao Sul de Jerusalém, é a cidade do rei Davi. Casa de pão é o que significa Belém. Pela sua posição geográfica, é uma fortaleza natural. Fica a quase 800 metros acima do nível do mar.

Nessa cidade nasceram dois importantíssimos personagens: Davi e Jesus Cristo o Salvador. Apesar de sua importância histórica, Belém sempre foi uma aldeia insignificante. Não obstante, seus campos, conservam a mesma fertilidade dos tempos bíblicos. 5.8 JERICÓ

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Localiza-se no Vale do Jordão, no território entregue à tribo Benjamim. Encontra-se a 28 quilômetros de Jerusalém. O nome dessa cidade significa segundo alguns autores, lugar de perfumes ou fragrâncias.

Jericó foi à primeira cidade conquistada pelos filhos de Israel. Era famosa por suas fortificações. É considerada, ainda, uma das metrópoles mais antigas do mundo. No Novo Testamento bíblico, na época do domínio romano, a cidade é novamente mencionada durante o ministério de Jesus, em que se tem a menção à cura de dois cegos.

Pode-se dizer que Jericó sobreviveu a vários impérios que dominaram a região da Palestina. Após os romanos e os bizantinos, a cidade foi alvo do expansionismo árabe, bem como das cruzadas. Fez parte do Império Otomano até 1917, depois esteve sob o controle do Coroa Britânica, passando para o controle Jordaniano entre 1948 e 1967 e logo foi conquistada por Israel na guerra dos seis dias.

Atualmente a Jericó é controlada pela Autoridade Palestina, depois de passar quase três décadas (1967 – 1994) sob controle israelense, sendo então a primeira cidade entregue ao controle palestino, após os acordos de Oslo (1993). Próxima postagem: Será sobre Belém. 5.9 JERUSALÉM

Jerusalém (em hebraico moderno: Yerushaláyim); é a capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional) de Israel e sua maior cidade tanto em população quanto área, com 732 100 residentes em uma área de 125,1 km² ou 49 milhas quadradas (incluindo a área disputada de Jerusalém Oriental). Localizada nas Montanhas Judeias, entre o mar mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a Jerusalém moderna tem crescido aos arredores da cidade antiga.

A cidade tem uma história que data do IV milênio a.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o centro espiritual desde o século X a.C. contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão. Apesar de possuir uma área de apenas 0,9 quilômetros quadrados (0,35 milhas quadradas), a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa. A cidade antigamente murada, um patrimônio mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram introduzidos por volta do século XIX. a Cidade Velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela Jordânia em 1982.[10] No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.

Hoje, o status de Jerusalém continua um dos maiores problemas no Conflito israelo-palestino. A anexação, por Israel, do leste de Jerusalém, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, tem sido repetidamente condenada pelas Nações Unidas e órgãos relacionados, e o povo palestino vislumbra o leste de Jerusalém como a capital do seu futuro Estado. Após a Resolução 478 do Conselho de Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas estrangeiras de Jerusalém. 5.10 DECAPOLIS

Decapolis, do grego: deka (dez) + polis (cidade), era um grupo de dez cidades na fronteira oriental do Império Romano na Judéia e Síria (fronteira oriental do Império Romano). As dez cidades não constituiam uma liga oficial ou unidade política, mas foram agrupadas por causa de sua língua, cultura, localização e status político. Elas foram fundadas por comerciantes gregos e imigrantes, tornando-se centros de cultura helênica, em uma região predominantemente semita (Nabateus, Sírios e Judeus), e cada uma delas tinha um certo grau de autogoverno.

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Com exceção de Damasco, a "região de Decápolis" está localizada no que hoje é o moderno país da Jordânia.

Os livros do Novo Testamento referem-se às Dez Cidades, situando-as no lado leste do Mar da Galiléia. Uma dessas cidades - Gadara - teria sido visitada por Jesus (Mt 8:28-34; Mc 5:1-20; Lc 8:26-39). 6 A HIDROGRAFIA DA PALESTINA (ISRAEL BÍBLICO) A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda as águas do planeta, abrangendo, portanto rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da atmosfera. Na Palestina (Israel Bíblico) elas se encontram entre: Mares ,Lagos e Rios. MARES "Mar é uma larga extensão de água salgada conectada com um oceano. O termo também é usado para grandes lagos salinos que não tem saída natural. Na Palestina encontramos três mares, são eles: Mar Mediterrâneo Mar da Galiléia (água doce) Mar Morto. MAR MEDITERRÂNEO O Mar Mediterrâneo é reconhecido como o maior mar interior do mundo com 2,5 milhões de km². Ele banha 25 países entre os continente europeu, asiático e africano. Na Bíblia Sagrada este mar recebe outros nomes, entre eles: O Grande Mar (Js 1.4; 9.1; 23.4) Mar Ocidental (Nm 34.6,7; Dt 11.24; 34.2) Mar dos filisteus (Êx 23.31) Mare Nostrum (chamado pelos Romanos quer dizer Mar Nosso) Grandes arrecifes e bancos de areia serviam como uma grande defesa natural para os habitantes das várias épocas da palestina permitindo segurança contra os invasores. Na Bíblia sagrada registra-se os seguintes eventos relacionados a este mar: Servia como rota dos cedros provenientes do Líbano para a construção do Templo de Salomão; O profeta Jonas foi lançado da boca do "grande peixe" neste mar; Serviu de "estradas" para as viagens do apóstolo Paulo, inclusive a viagem à Roma o barco veio a naufragar; Da Ilha de Chipre, localizada neste mar, nasceu Barnabé MAR MORTO

O Mar Morto possui este nome devido as suas águas que por serem as mais densas da terra, com cerca de 33% de salinidade, não permite que haja vida marítima nelas, devido a este fator os níveis de evaporação são muito elevadas (6 a 8 toneladas a cada 24 horas), se não fosse isto haveria constantes inundações nas regiões costeiras. Só pra se ter uma ideia a proporção de sal em suas águas é sete vezes maior do que em qualquer outro mar do mundo. Com 75 km de comprimento na direção norte-sul por 17 km de largura, o Mar Morto está localizado a cerca de 426 m abaixo do nível do mar e sua profundidade é de aproximadamente 400 m. Além de receber o nome de Mar Morto (que não existe referência deste nome na Bíblia) possui vários outros nomes, alguns deles registrados na Bíblia Sagrada, entre eles estão os citados abaixo:

Mar salgado (Js 14.5) Mar Oriental (Jl 2.20; Gn 14.3) Mar de Ló (Talmude)

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Asfaltite ou Lago de Asfalto (chamado por Flavio Josefo) Mar do Arabá (Devido a região - Js 11.2) Mar da Planície (Dt 3.17; Jl 2.20; II Rs 14.25) Mar das Campinas (Js. 3.16) MAR DA GALILÉIA

O Mar da Galileia, também dito Mar de Tiberíadese Sinicoou lago de Genezaré (do hebraico Kinneret = harpa) é um extenso "lago" de água doce, o maior de Israel, com comprimento máximo de cerca de dezenove quilómetros e largura máxima de cerca de treze. Na moderna língua hebraica é conhecido por Yam Kinneret. Desagua nele o rio Jordão, que vem do monte Hérmon e de Cesareia de Filipe, e que depois segue para o Mar Morto.

O Mar da Galileia fica a 213 metros abaixo do nível do Mediterrâneo. Nos tempos do Novo Testamento, ficavam nas suas costas a cidade de Tiberíades fundada por Herodes Antipas ao tempo da infância de Jesus, Cafarnaum, Betsaida e Genesaré.

A nascente (L) do Mar da Galileia, ficam os montes Golã. Grande parte do ministério de Jesus Cristo decorreu nas margens do lago de Genesaré. Naqueles tempos, havia uma faixa de povoamentos à volta do lago e muito comércio e transporte por barco. No entanto, sabe-se que a Galiléia era uma região mais pobre do que a Judéia, de modo que a população do local atravessava momentos difíceis durante o primeiro século da era comum.

O evangelho segundo Marcos (1:14-20) e o evangelho segundo Mateus (4:18-22) descrevem como Jesus recrutou quatro dos seus apóstolos nas margens do lago de Genesaré: o pescador Pedro e seu irmão André, e os irmãos João e Tiago.Um famoso episódio evangélico, o Sermão da Montanha, teve lugar numa colina com vista para o lago e muitos dos milagres de Jesus também aconteceram aqui: caminhada pela água, acalmar uma tempestade, alimentar cinco mil pessoas e muitos outros.

Com as invasões dos árabes e a longa ocupação dos turcos otomanos na região que durou até o término da 1ª Guerra Mundial, a Galiléia bíblica foi praticamente toda destruída, de modo que restaram apenas algumas ruínas das antigas cidades que ficavam nas proximidades do lago, hoje muito visitadas pelos turistas em Israel. MAR VERMELHO Embora não pertença à Terra Santa, encontra-se o mar Vermelho estreitamente ligado à história do povo israelita. Ele é conhecido nas Sagradas Escrituras como "Yam Suph", que significa plantas marinhas. O mar Vermelho separa os territórios egípcio e saudita. Na parte setentrional, divide-se em dois braços pela península do Sinai, ü braço ocidental é conhecido como golfo de Suez. O oriental, golfo de Akaba.

Acerca do golfo de Suez, informa Buckland: "O golfo de Suez gradualmente se tem estreitado desde a era cristã (Is 11.15 e 19.5), secando-se a língua do mar Vermelho em uma distância de 50 milhas. Por isso vai-se tornando maior a dificuldade de determinar onde atravessaram os israelitas o mar Vermelho; mas provavelmente devia ter sido perto dos atuais lagos Amargos. A entrada do Golfo de Akaba estavam os dois únicos portos do mar Vermelho, mencionados na Bíblia: - Elate e Eziam-geber. A parte mais larga do mar Vermelho, até o sítio onde se tende em dois Golfos, é de 200 milhas, e a parte mais estreita é de 100 milhas, pouco mais ou menos. A largura do golfo de Suez é. em média, de 18 milhas, sendo a do golfo de Akaba consideravelmente menor, ü primeiro comunica com o mar Mediterrâneo, pelo ('anal de Suez. É provável que os israelitas tivessem atravessado o mar Vermelho, num ponto que fica cerca de 30 milhas ao norte da atual entrada do golfo do Suez, isto é, na extremidade setentrional do mar Vermelho, como ele então era. Como todo o exército egípcio pereceu nas águas, devia neste lugar o mar Vermelho ter tido pelo menos a largura de 12 milhas. O

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livramento dos israelitas, na travessia do mar Vermelho, tornou-se, no espírito da nação judaica, o maior fato da sua história."

LAGOS O único Lago que era encontrado no território Palestínico era o lago de Meron, Heb. Merôm, “elevação”, “lugar alto”. também conhecido como águas de Meron (Josué 11.5,7) e modernamente como Lago de Hulé, ou Huleh ( nome árabe). Este lago também era alimentado pelas águas do Jordão e fica a 16 km ao norte do Mar da Galileia, tinha cerca de 5 km de extensão e 3 km de largura na sua parte norte, com uma profundidade máxima de 5 metros e uma superfície de cerca de 210 metros acima do Mar da Galileia, que se situava somente cerca de 16 km ao sul do lago. Esta identificação com o Lago Huleh foi tão geralmente aceita pelos intérpretes, que alguns mapas passaram a conter o nome de Merom como uma referência ao Lago Huleh. Contudo, em anos recentes, muitos eruditos puseram de lado esta identificação. Eles declararam que Merom, que surge na lista de cidades palestinianas conquistadas por Thutmose III (nessa lista surge com o nome de Mrm), é uma forma arcaica de Meron (LXX Maron), um local atualmente conhecido por Meirôn, no Wâdi Meirôn, 17 km a noroeste de Cafarnaum. Uma nascente provê água abundante que flui através do Wâdi Meirôn até ao Mar da Galileia. Isto identificaria o campo da batalha de Josué com a planície que se situa nas proximidades destas águas de Meirôn. RIOS DA BACIA DO JORDÃO. A bacia do Jordão é formada pelos seguintes rios: Jordão, Querite, Cedrom, Iarmuque, Jaboque e Arnom.

RIO JORDÃO “Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre”. (Salmos 133:3). O monte Hermom, lugar deserto, onde que a temperatura desce a graus negativos pelas madrugadas, assim ele se cobre de neve, o que a Bíblia chama de orvalho. Essa neve funde-se durante o dia e vai corendo de forma liquida assim nasce o rio Jordão. O monte Hermom é localizado na Síria. O rio Jordão tem três fontes: Banias, Dan e Hasbani. Elas não nascem em território israelense; começam a correr no monte Hermom, localizado na Síria. Em hebraico, "Jordão" significa declive ou o que desce, por causa de seu vertiginoso curso: do cume do Monte Hermom a mais profunda depressão do planeta - o mar Morto que está a -400 metros altitude ao nível do Mediterrâneo. Primeiramente, o Jordão forma o lago de Merom, depois o Mar da Galiléia em seguida o Mar Morto e deságua no Mar Vermelho. RIO QUERITE Perseguido pela diabólica Jezabel, o profeta Elias recebeu do Senhor a seguinte ordem: "Vai-te daqui, e vira-te para o Oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser que beberás do ribeiro: e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Foi pois, e fez conforme a palavra do Senhor: porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão" (1 Rs 17.3-5).

O Querite, também não é propriamente um rio. Trata-se de mais um dos numerosos wadis existentes na Terra Santa. Para alguns autores, aliás, não passa de um filete de água que, a maior parte do ano constitui-se em um vale seco.

Tendo sua nascente nos montes de Efraim, o Querite deságua no rio Jordão. Esse ribeiro fica na Transjordânia. RIO CEDROM

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O monte das Oliveiras é separado do Moriá por um rio. Eis o seu nome: Cedrom. Essa designação significa em hebraico escuro. Nascendo a dois quilômetros e meio de Jerusalém, corre para o sudoeste. Em seu curso, acompanha os muros da cidade Santa. Antes de vomitar suas á-guas, no mar Morto, vagueia durante 40 quilômetros. Pelo ribeiro do Cedrom passou o rei Davi, quando fugia de seu demagogo e ambicioso filho: "E toda a terra chorava a grandes vozes, passando todo o povo: também o rei passou o ribeiro de Cedrom, e passou todo o povo na direção do caminho do deserto" (2 Sm 15.23). Absalão desejava a morte de seu pai para reinar sobre Israel. Séculos mais tarde, Jesus, o maior descendente do rei Davi, passou por essa região: "Tendo Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos" (Jo 18.1). RIO IARMUQUE Constituindo-se no maior afluente oriental do Jordão, o rio Iarmuque é formado por três braços. Quando da conquista de Canaã, serviu de fronteira entre a tribo de Manasses e a região de Basã. Após escorregar-se pelos montes, o Iarmuque penetra no rio Jordão, a 200 metros abaixo do nível do mar. Esse rio não é mencionado nas Sagradas Escrituras. Os gregos o conhecem como Ieromax. Atualmente, é chamado de Sheriat-el-Man-jur. RIO JABOQUE O Jaboque nasce ao sul da montanha de Gileade. Tributário oriental do Jordão, esse rio corre em três destintas direções: leste, norte e Noroeste. Antes de desembocar no Jordão, descreve, entre o mar da Galiléia e o mar Morto, uma semi-elipse. Seu curso tem aproximadamente 130 quilômetros. O rio Jaboque é perene e, no passado, servia de fronteira entre as tribos de Rubem e Gade. Em suas imediações, o patriarca Jacó lutou contra o Anjo do Senhor. Foi um combate acirrado. Mas, no final, o piedoso hebreu recebeu inefável bênção do Senhor. No Vale do Jaboque, portanto, a semente de Abraão recebeu sua designação nacional: Israel. Jaboque significa o que derrama. Os árabes, entretanto, chamam-no de Nahar ez-Zerka - rio azul. RIO ARNOM Em 1868, o missionário alemão, F.A. Klein, encontrou em Dibom, nas imediações do rio Arnom, a famosa Pedra Moabita, que contém uma inscrição em hebraico e fenício. Essa escritura bilíngue confirma a historicidade do trecho bíblico de segundo Reis 3.4-27. A descoberta arqueológica de Klein mostra quão importante é o rio Arnom (que significa rápido e tumultuoso) para a história da Terra Santa. O rio Arnom nasce nos montes de Moabe e desemboca no mar Morto. Durante séculos, esse afluente serviu de fronteira natural entre os moabitas e amorreus. Mais tarde, com a conquista de Canaã, separou os israelitas dos moabitas. Isaías e Jeremias falaram acerca do Arnom. Profetizou o primeiro: "Doutro modo sucederá que serão as filhas de Moabe junto aos vaus de Arnom como o pássaro va-gueante, lançado fora do ninho" (Is 16.2).

Atualmente, o Arnom é conhecido como Wadi el-Modjibe. Nas épocas de chuva, esse rio é volumoso. Entretanto, depois da primavera, começa a secar.

V. HAMARTIOLOGIA

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Definição da nomenclatura, Hamartiologia:hamartia, do grego é pecado;logia, na

mesma língua, é estudo, ciência, ou tratado, então, Hamartiologia, é o estudo, a ciência, ou

tratado acerca do pecado.

I - A origem do pecado O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos

problemas da filosofia e da Teologia. É um problema que se impõe naturalmente à atenção do homem, visto que o poder do mal é forte e universal, é uma doença sempre presente na vida em todas as manifestações desta, e é matéria da experiência diária na vida de todos os homens. Outros, porém estão convictos, de que o mal teve uma origem voluntária isto é , que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual, quer numa existência anterior. Estes acham se bem mais perto da verdade revelada na Palavra de Deus.

· Dados bíblicos a respeito da origem do pecado. Na escritura , o mal moral existente no mundo, transparece claramente no pecado isto

é, como transgressão da lei de Deus. 1 - Não se pode considerar Deus como o seu Autor. O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do pecado no

mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta ideia é claramente excluída pela Escritura. Longe de Deus o praticar ele a perversidade e do Todo-poderoso o cometer injustiça.. (Jó 34:10). Ele é o Santo Deus .(Is 6:3), e absolutamente não há retidão nele. (Dt 32:4); (Sl 92:16) .Ele não pode ser tentado pelo mal e ele próprio não tenta a ninguém, (Tg 1:13) . Quando criou o homem, criou-o bom e à sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado , (Dt25:16 , Sl 5:4 , 11:5 , Zc 8:17 , Lc 16:15) e em Cristo fez provisão para libertar do pecado do homem.

2- O Pecado se originou no Mundo Angélico. A Bíblia nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos

retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador ,(Gn 1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico , queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em ( Jo 8:44 ). Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio e em (1 Jo 3:8 ) diz João que o Diabo peca desde o princípio.

3 - A origem do pecado na raça humana. Com respeito à origem do pecado na história da humanidade a Bíblia ensina que ele

teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí,pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão , mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos pósteros. Dessa fonte não Santa o pecado fluí numa corrente impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó .Quem da imundície poderá tirar cousa pura ? Ninguém, (Jó 14:4) . Mas ainda isso não é tudo : Adão pecou somente com o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes , e , portanto , a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são possíveis de punição e morte. É primariamente nesse sentido que o Pecado de Adão é o pecado de todos. É o que Paulo ensina em (Rm 5:12) .Portanto,assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a

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todos os homens, porque todos pecaram. Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma:Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação , assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque ,como pela desobediência de um só homem muitos se tornarampecadores, assim também por meio da obediência de um só ,muitos se tornarão justos., ( Rm 5:18,19).

II - A Natureza do Primeiro pecado ou da Queda do Homem. 1 - Seu caráter Formal : Pode-se dizer que numa perspectiva puramente formal , o

primeiro pecado do homem consistiu em comer ele dá arvore do conhecimento do bem e do mal. Quer dizer que não seria pecaminoso, se Deus não tivesse dito : .Da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás.. A ordem dada por Deus para não se comer do fruto da árvore serviu simplesmente ao propósito de por à prova a obediência do homem. Foi um teste de pura obediência desde que Deus de modo nenhum procurou justificar ou explicar a proibição.

2- Seu caráter essencial e material: O primeiro pecado do homem foi um pecado típico, isto é , um pecado no qual a essência real do pedaço se revela claramente. A essência desse pecado está no fato de que Adão se colocou em oposição a Deus, recusou-se a sujeitar a sua vontade à vontade de Deus de modo que Deus determinasse o curso da sua vida , e tentou ativamente tomar a coisa toda das mãos de Deus e determinar ele próprio o futuro. Naturalmente podem distinguir-se diferentes elementos do seu primeiro pecado. No intelecto, revelou-se como incredulidade e orgulho na vontade como o desejo de ser como Deus, e nos sentimentos como uma ímpia satisfação ao comer do fruto proibido.

· O primeiro pecado ou a queda como ocasionada pela tentação. A escritura dá a entender claramente que a serpente foi apenas um instrumento de

Satanás , e que Satanás foi o real tentador que agiu na serpente e por meio dela , como posteriormente agiu em homens e em porcos ( Jo 8:44 , Rm 16:20 , 2 Co 11:3 , Ap12:9 ) . A serpente foi um instrumento próprio para Satanás, pois ele é a personificação do pecado, e a serpente simboliza o pecado(a) em sua natureza astuta e enganosa e (b) em sua picada venenosa com a qual mata o homem.

III - A ideia Bíblica do pecado. O pecado é o resultado de uma escolha livre porém má, do homem. Este é o ensino claro da Palavra de Deus , (Gn 3:1 - 6) , ( Is 48:8) , (Rm 1:18-32) , ( 1 Jo

3:4).O homem está do lado certo ou do lado errado ( Mt 10: 32,33 , 12:30 , Lc 11:23 , Tg2;10) .A escritura vê o pecado em relação a Deus e sua lei, quer como lei escrita nas tábuas do coração , quer como dada por meio de Moisés , (Rm 1:32 , 2:12-14 , 4:15 , Tg 2:9 , 1 Jo 3:4 ). Embora muitos neguem que o pecado inclui culpa, essa negação não se harmoniza com o fato de que o pecado é ameaçado com castigo e de fato o recebe, e evidentemente contradiz claras afirmações da Escritura, ( Mt 6:12 , Rm 3:19 , 5:18 , Ef 2:3) . Por corrupção entendemos a corrosiva contaminação inerente, a que todo pecador está sujeito. É uma realidade na vida de todos os indivíduos. Ë inconcebível sem a culpa, embora a culpa,como incluída numa relação penal seja concebível sem a corrupção imediata. Mas é sempre seguida pela corrupção. Todo aquele que é culpado em Adão, também nasce com uma natureza corrupta, em consequência. Ensina-se claramente a doutrina da corrupção do pecado em passagens como, ( Jó 14:4 , Jr 17:9 ,Mt 7: 15-20, Rm 8:5-8 , Ef 4:17-19). A questão sobre se os pensamentos e os sentimentos do homem natural, chamado .carne. na Escritura, devam ser considerado como constituindo pecado , poder-se-ia responder indicando passagens como as seguintes : ( Mt 5:22,28 ; Rm 7:7 ; Gl5:17,24 e outras. Em conclusão pode-se dizer que se pode definir o pecado como falta de conformidade com a lei moral de Deus, em ato, disposição ou estado. Há inequívocas declarações como a Escritura que indicam a pecaminosidade universal do homem como nas seguintes passagens : ( 1 Rs 8:46 , Sl 143:2 , Pv20:9, Ec 7:20, Rm 3: 1-12,19,20,23, Gl 3:22 , Tg 3:2 , 1 Jo1:8,10). Várias passagens da Escritura ensinam que o pecado é herança do homem

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desde a hora do seu nascimento e, portanto ,está presente na natureza humana tão cedo que não há possibilidade de ser considerado como resultado de imitação (Sl 51:5,Jó 14 : 4, Jo 3:6) . Em (Ef 2:3 ) diz o Apóstolo Paulo que os efésios eram .por natureza. indica uma coisa inata e original em distinção daquilo que é adquirido. Então, o pecado é uma coisa original , daquela , participam todos os homens e que as faz culpados diante de Deus. Além disso de acordo com a Escritura, a morte sobrevém mesmo aos que nunca exerceram uma escolha pessoal e consciente ( Rm 5:12-14) . Finalmente a escritura ensina também que todos os homens se acham sob condenação e portanto necessitam da redenção que há em Cristo Jesus , nunca se declarava que as crianças constituem exceção a essa regra , conforme as passagens recém-criadas e também (Jo 3:35 ,1 Jo 5:12) , não contradizem isto as passagens que atribuem certa justiça ao homem como ( Mt 9:12,13, At 10:35 , Rm 2:14 ,.Fp 3:6 , 1 Co 1:30 ) , pois esta pode ser a justiça civil , cerimonial ou pactual , a justiça da lei ou a justiça que há em Cristo Jesus.

V - O Pecado na Vida da Raça Humana A - Pecado Original - O estado e condição de pecado em que os homens nascem é designado na Teologia

pelo nome de peccatum originale , literalmente traduzido por pecado original.. Chama-se.Pecado Original. (1) porque é derivado da raiz original da raça humana (2) porque está presente na vida de todo e qualquer indivíduo, desde a hora do seu nascimento e , portanto, não pode ser considerado como resultado de imitação e (3) porque é a raiz interna de todos os pecados concretizados que corrompem a vida do homem.

B - Os dois elementos do Pecado Original 1 - A culpa original: A palavra culpaExpressa a relação que há entre o pecado e a

justiça,ou, como o colocam os teólogos mais antigos, e a penalidade da lei. Quem é culpado está numa relação penal com a lei. Podemos falar da culpa em dois sentidos, a saber, como reatus culpae (réu convicto) e como reatus poenae ( réu passível de condenação).O sentido habitual,porém , em que falamos de culpa na teologia , é o de reatus poenae. Com isto se quer dizer merecimento de punição, ou obrigação de prestar satisfação à justiça de Deus pela violação da lei, feita por determinação pessoal. Isso é evidenciado pelo fato de que, como a Bíblia ensina a morte, como castigo do pecado, passou de Adão a todos os seus descendentes: (Rm 5:12 - 19, Ef 2:3 , 1 Co 15:22 ) .

C - Depravação Total Em vista do seu caráter impregnante, a corrupção herdada toma o nome de

depravação total; muitas vezes esta frase é mal compreendida, e, portanto requer cuidados discriminação. Esta depravação total é negada pelos pelagianos, pelos socinianos e pelos arminianos do século dezessete, mas é ensinada claramente na Escritura. ( Jo 5:42 , Rm 7:18,23 , 8:7 , Ef 4:18 , 2Tm 3: 2-4 ,Tt 1:15 , Hb 3:12).

V - O Pecado Fatual Os católicos Romanos e os arminianos menosprezaram a ideia do pecado original e ,

depois, desenvolveram doutrinas como a da purificação do pecado original (se bem que não só desse) pelo batismo e pela graça suficiente , pelo que fica muito obscurecida a sua gravidade. A ênfase é dada clara e completamente aos pecados atuais. Os pelagianos, os socinianos, os teólogos modernistas- e, por estranho que pareça - também a Teologia da Crise, só reconhecem os pecados atuais. Deve-se dizer, porém,que esta teologia fala do pecado igualmente no singular e no plural, isto é , ela reconhece a solidariedade no pecado, não reconhecida por alguns dos outros. A teologia reformada (calvinista) sempre reconheceu devidamente o pecado original e sua relação com os pecados atuais. Quando falamos do pecado fatual ou peccatum actuale, empregamos a palavra – fatual - ou factuale - num sentido compreensivo. A expressão -pecados fatuais- não indica apenas as ações externas praticadas por meio do corpo, mas também todos os pensamentos e violações conscientes que decorrem do pecado original.São os pecados individuais expressos em atos diversamente da natureza e inclinação herdada. O pecado original é somente um, o pecado fatual é múltiplo. Os pecados

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fatuais podem ser interiores, como no caso de uma dúvida consciente e particular, ou de um mau desígnio, sediado na mente ou de uma cobiça consciente e particular, ou de um mau desígnio sediado na mente, ou de uma cobiça consciente e particular do coração, mas também podem ser exteriores, como a fraude, o furto, o adultério, o assassínio etc. Enquanto que a existência do pecado original tem-se defrontado com a sua negação amplamente generalizada a presença do pecado fatual na vida do homem geralmente é admitida. Contudo isso não quer dizer que as pessoas sempre tiveram consciência igualmente profunda de pecado. Afirmações como de Paulo em(Gl 5:21) e de passagens de texto comprovam os pecados fatuais . (Nm 15:29-31, Gl 6:1 , Ef 4:18, 1 Tm 1:13 , 5:24, Mt10;15, Lc 12:47 , 48 ; 23:34 , Jo 19:11, At 17:30 , Rm 1:32 ;2:12 , 1 Tm 1:13,15,16).

VI - O Pecado Imperdoável Diversas passagens da escritura falam de um pecado que não pode ser perdoado, após

o qual é impossível a mudança do coração e pelo qual não é necessário orar.É geralmente conhecido como pecado ou blasfêmia contra o Espírito Santo. O Salvador fala explicitamente dele em ( Mt 12:31,32) e passagens paralelas, e em geral se pensa que ( Hb 6:4-6 , 10:26,27 e 1 Jo 5:16 ) ,também se referem a esse pecado.

VII - A Punição do Pecado O pecado é coisa muito séria, e é levado a sério por Deus, embora os homens muitas

vezes o tratem ligeiramente. Não é somente uma transgressão da lei de Deus, é também um ataque ao grande Legislador, uma revolta contra Deus. Ë uma infração da inviolável justiça de Deus, que é o fundamento do seu trono (Sl 97:2) , e uma afronta à imaculada santidade de Deus, que requer que sejamos santos em toda a nossa maneira de punição numa palavra de fundamental significação, diz Ele: .Eu sou o Senhor teu Deus, Deus Zeloso , que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira , à Quarta geração daqueles que me aborrecem.. (Êx 20:5 ) . A Bíblia atesta abundantemente o fato de que Deus pune o pecado, nesta vida e na vida por vir. A Bíblia fala de penalidades que em nenhum sentido são resultados ou consequências naturais do pecado, por exemplo, em(Êx.32:33, Lv 26:21 , Nm 15;31 , 1 Cr 10:13, Sl 11:6 , 75:8 , Is1:24,28, Mt 3:10 , 24:51) .Todas estas passagens falam de uma punição do pecado por um ato Direto de Deus. A palavra – punição - vem do termo latino põena , significando punição, expiação ou pena. A Bíblia nos ensina, por um lado, que Deus ama e castiga o seu povo ( Jó 5:17, Sl 6:1 , 94:12, 118:18, Pv 3:11, Is 26:16, Hb12:5-8, Ap 3:19 , e , por outro lado, que ele aborrece e pune os que praticam o mal ( Sl 5:5 , 7:11, Na 1:2 , Rm 1:18 ; 2:5,6 , 2Ts 1:6 , Hb 10:26,27.)

VIII - Morte Espiritual O pecado separa de Deus o homem, e isso quer dizer morte, pois é só na comunhão

com o Deus vivo que o homem pode viver de verdade. A morte entrou no mundo por meio do pecado ( Rm 5:120 , e que o salário do pecado é a morte ( Rm 6:23). A penalidade do pecado certamente inclui a morte física , mas inclui muito mais que isso.

VI. HERMENEUTICA

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A Hermenêutica consiste na ciência que estuda a arte de interpretar os textos de um livro antigo. No âmbito evangélico a Hermética se trata da arte de interpretação da Bíblia Sagrada. Esta Disciplina é importantíssima e imprescindível, visto que, a nossa única regra de fé, a Bíblia Sagrada, é um livro escrito em uma época muito diferente da nossa (milênios nos separam), por um povo com culturas muito distintas na nossa. É neste particular que se aplicada a Hermenêutica.

Todos os líderes religiosos deveriam olhar para esta Ciência com mais esmero. Porque se eles têm a responsabilidade de ensinar ao povo os ensinos contidos na Bíblia Sagrada; então, a arte de interpretá-la, seria indispensável.

Vejam as últimas recomendações de Jesus Cristo, registradas pelo Apóstolo João “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”.(Apocalipse 22 v 18,19). Com base no texto que acabamos de ler a pessoa perde a sua salvação, por subtrair ou adicionar quais quer mandamentos bíblicos.

E, todavia, a Bíblia Sagrada composta pelo Velho e o Novo Testamento, foi traduzida em português, pelo Padre João Ferreira d’Almeida Londres: impresso na oficina de R. e A. Taylor, 1819.

Neste áureo seminário, aproveitaremos a oportunidade para cooperar com os nossos acadêmicos, aplicando-lhes esta importante ciência, a qual pode consolidar, ou dizimar a salvação das nossas almas.

Trataremos a respeito de três fatores. A saber: Uma visão geral das diferentes escolas de interpretação da Bíblia; Uma explicação do método alegórico; Uma explicação do método histórico-gramatical. OBJETIVOS Uma visão geral das diferentes escolas de interpretação da Bíblia: Neste capítulo, o

seminarista aprenderá a visão e a teoria de cada escola de interpretação. Uma explicação do método alegórico: No segundo capítulo, você verá como interpreta

a Bíblia sagrada usando a alegoria. Uma explicação do método histórico-gramatical: No último capítulo, trataremos da

teoria de interpretação da Bíblia usando a sua história e gramática. ESCOLAS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA Conheça o perfil de cada uma das escolas que elaboraram métodos para interpretar

os textos das Santas Escrituras: ESCOLA PRETERISTA Essa escola elabora os seus métodos Com base na exegese. Entre os eruditos críticos, o

preterismo é a metodologia mais comum para o exame do Livro do Apocalipse. Conhece-se esta escola, também, por: “contemporâneo-históricas”.

Segundo os seus escritores, as principais profecias do livro do Apocalipse cumpriram-se no ano 70 AD, na destruição de Jerusalém e na queda do Império Romano.

A ESCOLA DO FUTURISMO Assim como o norte ocupa uma posição com relação ao sul, e vice-versa; é a

interpretação do futurismo com a interpretação da preterismo. Segundo, o futurismo o Livro do Apocalipse estar literalmente, relacionado ao futuro, excetuando o primeiro e o segundo capítulo.

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E que as perseguições contemporâneas contra a igreja, não têm nada haver com a Grande Tribulação que será futura.

Veja o que Todd ensinou sobre o Apocalipse: Não devemos, destarte, procurar o cumprimento de suas predições nem nas

primeiras perseguições e heresias da igreja nem na longa série de séculos desde a primeira pregação do Evangelho até agora, mas nos eventos que devem imediatamente preceder, acompanhar e seguir-se ao Segundo Advento de nosso Senhor e Salvador.

A ESCOLA DO HISTORISMO Segundo o método dos defensores do Historismo o livro do Apocalipse se trata de um

livro de caráter histórico e profético, tanto do mundo como da igreja, que iniciou nos dias de João e que se estenderá até o segundo advento.

Conforme declara o Historismo os prognósticos encontrados no livro do Apocalipse não se trata obviamente, de movimentos gerais. Visto que são preditos os acontecimentos. O que possibilita distinguir as datas dos eventos.

Atualmente, é encontrado um pequeno número de teólogos protestantes considerados como historicistas. Eles atuam isoladamente e são adventistas do Sétimo Dia.

ESCOLA DO IDEALISMO Segundo a escola idealista de interpretação, o livro de Apocalipse é um acervo de

princípios em figuras. Não tendo o objetivo tratar-se do porvir. O seu proposto é revelar fatores espirituais que podem ser aplicadas a todas as situações.

Definição: Não se trata de tarefa fácil encontrar em Apocalipse um proposto. Os princípios não se tornam até mais impressionantes quando incorporados em eventos que o autor viu, e em eventos ainda mais momentosos que nas visões proféticas ele contemplou no horizonte de uma era mais luminosa que deveria ainda raia.

AS DIFERENTES VISÕES EM SUAS INTERPRETAÇÕES ESCOLAS Grande parte das distintas escolas de interpretação da Bíblia Sagrada pode ser

compreendida da maneira em que a sua teoria visa o tempo. Veja:

OS PRETERITAS Pretérito quer dizer passado. Segundo a esta teoria, O Livro do Apocalipse já se

cumprido a sua maior parte. Eles se baseiam, literalmente, na gramática. E se asseguram nos verbos utilizados por João: “E vi, saiam, prostravam, desciam, etc.”

OS FUTURISTAS Os adeptos desta teoria ensinam que a maior parte do Apocalipse ainda cumprir-se-á. OS HISTORICISTAS Baseados no capítulo um, versículo dezenove, do Livro, em apreço: “Escreve as coisas

que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer”; eles ensinam que já se cumpriu uma parte, outra parte estar cumprindo e a outra cumprirá futuramente.

OS IDEALISTAS Há, porém, por parte dos defensores do idealismo uma discrepância relativa a essas

três escolas. Segundo o idealista essas três escolas são especialistas ao interpretar os símbolos proféticos. Método de interpretação do idealista busca um mais espiritual, filosófico ou poético.

GRAÇAS A DEUS POR TODAS AS ESCOLAS

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Apesar de que nenhuma destas escolas serem donas da verdade, elas contribuíram para a interpretação das Sagradas Escrituras. Todas elas foram importastes.

Mas como devemos interpretar a Bíblia? Veja alguns exemplos: Há textos na Bíblia que exige a interpretação alegórica. Quando o texto é alegórico, ele

mesmo afirma. Exemplos: “assemelhá-lo-ei; Escutai vós, pois, a parábola do semeador; Propôs-lhes outra parábola, dizendo” e etc.

Há textos que são históricos. Como por exemplo: os Livros Históricos e Atos dos Apóstolos.

Mas a maioria dos textos bíblicos é literal, como por exemplo: as Epistolas e outros. Textos literais quando interpretados, denigre a autoridade da Bíblia.

MÉTODO ALEGÓRICO Este método consiste em ser utilizada a matéria para facilitar a compreensão de um

fator espiritual, ou um acontecimento escatológico. Mas esta metodologia só é segura quando a própria Bíblia interpreta a se própria. Lembrando que excetuando os livros proféticos, os textos que precisam ser interpretado são minoria.

Exemplo da Bíblia interpretando a se própria: Gêneses 28 v 12: “E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos

céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela” Pergunta sobre o texto: Mas, quem, ou o que representa esta escada? Evangelho de João 1 v 51: “E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em

diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” Com base no versículo acima, a escada do sonho de Jacó representa a JESUS, O

CRISTO. E segundo Joel Leitão de Melo, o fato dos anjos primeiramente, subirem, em vez de

descerem, é porque primeiramente, eles sobem conduzindo as orações dos santos e em segundo eles descem trazendo as respostas.

O MÉTODO DE INTERPRETAÇÃO HISTÓRICO-GRAMATICAL HISTÓRICO: Este método de interpretação consiste em estudarmos a história contemporânea ao

fato, em apreço, para entendermos o texto bíblico a ser interpretado. E com base na história, o interprete precisa selecionar e analisar 7 fatores

imprescindíveis. A saber: Quem escreveu. (Assim, definiremos se o escritor era ou não representante de Deus na

Terra. Se ele poderia falar em nome de Deus ou não. Como Por exemplo: Davi, Salomão, Moises, Josué, ou um dos profetas do AT). Aproveitando a analise, é de suma importância saber a função ministerial do escritor, para assim poder discernir qual era a sua intenção, ou o seu objetivo.

Para quem escreveu. (Os Filhos de Israel, ou a Igreja, ou alguém relacionados a eles). Saiba onde eles estavam o que eles estavam vivendo (o destinatário).

Para onde fora destinada a escrita; Porque escreveu; Quando escreveu; Em que língua escreveu; Como era a cultura e os costumes na época da escrita. GRAMATICAL:

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Trata-se em interpretar um texto bíblico com base na gramática. Utilizar os recursos da gramática para compreender um texto bíblico, isto é fantástico. Assim, o interprete precisa observar 7 fatores indispensáveis. A saber:

Os sujeitos dos períodos; Os artigos; Os tempos dos verbos; As pessoas dos pronomes; Saber o objetivo dos sinais: o agudo, a crase, o circunflexo, o til, Saber o objetivo dos pontos: o ponto final, a vírgula, o ponto e vírgula, dois pontos,

interrogação e exclamação, as aspas, parentes, etc. Saber definir o parágrafo da Bíblia; EXEMPLO: Romanos 12 v 20 “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver

sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça” Pergunta com respeito ao texto: “É na cabeça de quem que serão amontoadas as brasas de fogo?” A primeira parte de este versículo estar na segunda pessoa: Se o “teu” inimigo. O pronome “Teu” refere-se: “tu, você”. Isto é com quem se fala. A última parte do versículo, em apreço estar na terceira pessoa: Sobre a “sua” cabeça. O pronome “Sua” refere-se: dela. Isto é de quem se fala. Definição: As brasas de fogo serão amontoadas na cabeça do inimigo. Mas o que serão estas brasas de fogo? Analisando o fato: “se o teu inimigo tiver fome,

dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber”. Isto quer dizer: fazendo o bem para o inimigo. Estas brasas podem significar um peso na consciência do inimigo. Pelo fato de ser contra alguém que quer o seu bem

ESTUDANDO AS FIGURAS DE LINGUAGEM Ocorre quando uma palavra ou expressão é usada em sentido diferente daquele que

lhe é próprio. Baseiam-se em certas semelhanças ou em relações definidas. 5.1. METÁFORA – é uma figura de linguagem em que um objeto é assemelhado a

outro, afirmando ser o outro, o falando de si mesmo como se fosse o outro. Exemplo: Salmo 18:2. – Lucas. 13: 32 Existem dois tipos de metáforas na Bíblia. Antropopatismo – atribui-se a Deus emoções, paixões e desejos humanos (Gênesis

6v6; Deuteronômio 13v17; Efésios 4v30). Antropomorfismo - Atribui-se a Deus membros corporais e atividades físicas (Êxodos

15:16; Salmos. 34:16; Lamentações 3v56; Zacarias 14:4; Tiago. 5:4).e parábolas. ALEGORIAS E PARÁBOLAS – a alegoria se caracteriza pelo uso de alguma história ou

fato que se admite. Salmo 80 v 8-15; João 10.1-18. Diferencia-se da parábola devido ao fato de que, a parábola é em si mesma a suposta história ou fato. As parábolas usam palavras em sentido literal, e sua narrativa nunca ultrapassa os limites daquilo que poderia ter acontecido. A alegoria usa palavras no sentido metafórico, e sua narrativa, ainda que em si mesma seja possível, é manifestamente fictícia. EUFEMISMO – Consiste numa linguagem light (branda), para evitar impacto (At. 7.60) “e quando disse isto, adormeceu”. HIPÉRBOLE – de uso vasto, consiste no uso de um exagero retórico (Gênese 22v17; Deuteronômio 1v28; 2º Crônicas 28:4). IRÔNIA – Contém censura ou ridículo camuflado de louvor ou elogio (Jó. 12v2; I Reis 22v15; I Coríntios 4:6 ... I Coríntios 4v8; I Reis 18v27.

USAMOS FÉ OU RAZÃO COM RELAÇÃO À BÍBLIA?

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FÉ: Com respeito às promessas e aos ensinamentos bíblicos, usamos a fé. Lembramo-

nos de que a própria Bíblia ensina que a veracidade sobre quaisquer assuntos é necessária ser dito por no mínimo, duas pessoas (Numero 35 v 30; Deuteronômio 17 v 6; 19 v 15; Mateus 18 v 16; João 8 v 17; 2ª Coríntios 13 v 1). Isto quer dizer que um só versículo contendo um assunto não consiste em uma doutrina. Uma Doutrina bíblica, precisa de no mínimo, dois fatores: Ter no mínimo dois escritores sacros citando o assunto; Ter pleno respaldo nas Epístolas. Isto é pelo fato do Novo Testamento ter se iniciado com a Morte, e a Ressurreição de Cristo e o Dia de Pentecostes. Então para vivermos uma Doutrina Bíblica para os dias de hoje, é necessário um respaldo nas Epístolas.

RAZÃO: Quando se tange a escrita da Bíblia deve ser utilizada a razão. O leitor da Bíblia

na sua leitura precisa colocar em prática as regras da gramática. Se não levar em conta as pessoas do pronome, as concordâncias, as pontuações, os sinais, não tem como interpretar a Bíblia corretamente. Com uma vírgula um juiz pode prender um réu, e por uma vírgula um advogado pode tirar um réu da prisão. É imprescindível que os cristãos venham a se esmerar nesta matéria, visto que a má interpretação da Bíblia pode comprometer a salvação.

CONCLUSÃO Todos estes métodos têm as suas importâncias. Mas é de suma importância deixar que

a Bíblia interprete a si própria. Às vezes é preciso ler todo um versículo para entender uma palavra. Ou, ler todo um capítulo para compreender um versículo, ou uma palavra. Há passagem, que é necessário ler todo um livro para que se possa saber o significado de um versículo, ou de uma palavra. Conheço um texto de mais, ou menos dois versículos que nos exige uma visão geral de toda Bíblia para compreendê-los.

É muito importante tomarmos muito cuidado com as interpretações da Bíblia. É muito perigoso nós nos responsabilizarmos por um assunto que pode comprometer na salvação das almas.

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VII. HISTÓRIA DA IGREJA

História quer dizer passado. Então, estudaremos nesta matéria, os fatores que puderam ser apurados relacionados à Igreja. A História da Igreja, em si, é derivada de cinco fontes infalíveis e confiantes, a saber, 1) da Bíblia Sagrada, 2) das Crônicas de Imperadores, 3) das Literaturas de Flavio Josefo, 4) das Crônicas Papais (ou dos papas), 5) das Arqueologias.

FLAVIO JOSEFO Flavio Josefo era um judeu nascido em Jerusalém, descendente de uma linhagem de

importantes sacerdotes e reis. Josefo se tornou em um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo. Ele registrou a destruição de Jerusalém, em 70 d. C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. Foi através dele é que vários judeus puderam ser salvos desta grande destruição. As Obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo e do Cristianismo no século I. Josefo nasceu no ano 37, aproximadamente, e morreu por volta do ano 100 d. C., os seus dias de vida foram, mais ou menos 63 anos.

OBRAS: GRANDE REVOLTA JUDAICA (em aramaico), GUERRA DOS JUDEUS (em grego), AS

ANTIGUIDADES JUDAICAS (em grego), A HISTÓRIA DOS HEBREUS (nesta Obra há uma das referências mais antigas de Jesus), CONTRA APIÃO (Apologia ao judaísmo), VIDA DE FLÁVIO JOSEFO (Sua última obra, foi uma autobiografia), Ora que nos revela o nome do adversário ("Justo de Tiberíades", filho de Pistos), ao qual essa obra vem responder e as censuras que lhe faz Josefo. Ela traz sobre a vida de Josefo informações preciosas, que não encontramos em nenhum outro historiador da antiguidade.

PERÍODOS DA IGREJA A Igreja é composta por sete Períodos, a saber, Igreja Primitiva, ou Apostólica (33-100

d. C.); Igreja Perseguida (100 – 313 d. C.); Igreja Imperial (313 - 476 d. C); Igreja Medieval (476-1453 d. D.); Igreja Reformada (1453- 1648) Igreja Moderna (1648 – 2000) e Igreja Pós – moderna (2000 – arrebatamento da igreja). E segundo historiadores e teólogos as sete Cartas de Cristo, aos anjos das sete igrejas da Ásia Menor, registradas nos capítulos dois e três do Livro do Apocalipse, são compostas de descrições importantes desses períodos. E que cada carta representa cada um dos períodos da Igreja.

IGREJA PRIMITIVA A Igreja Primitiva é o primeiro Período da Igreja. E chama-se também de Igreja

Apostólica. Ele iniciou-se em, acerca, de 33 d. C. com a Morte, a Ressurreição e a Ascensão (de Jesus Cristo) e o Dia de Pentecostes, e encerrou no ano 100 d. C., aproximadamente, com a morte do último apóstolo, João Evangelista. Foram acerca de sessenta e sete anos. Esta é a igreja mãe a sua sede era em Jerusalém. Este período teve várias fases, a saber, boa, média e ruim. Apesar de que era a igreja mãe, mas também, era uma religião recém-nascida. A Igreja Primitiva era Monoteísta. Isto significa que ela acreditava, servia e adorava em um Único Deus. Este Deus é o mesmo Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de Israel. Para termos a sua mesma origem, ou fazer parte desta igreja, é preciso professar a mesma fé e ser também monoteístas. Caso contrário, se trata de outra religião.

POR QUE A IGREJA PRIMITIVA? O mundo estava em trevas densas. Mesmo em Israel que o povo tinha a proteção

divina, os quatro Evangelhos e o livro de Atos dos Apóstolos nos revelam que era inúmera a

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quantidade de pessoas: Sem salvação, possessas de demônios, enfermas, doentes, deficientes e problemáticas.

E além da igreja ir de encontro com cada um dos fatores acima explícitos, ela veio para cumprir as profecias efetuadas no Antigo Testamento.

Para as trevas espirituais, a igreja tem a luz do mundo; para a carnalidade, a igreja é o sal da terra; para perdição no pecado, a igreja tem a bússola que conduz para o Céu; para o desespero, a igreja tem Esperança; para a morte, a igreja tem a vida; para a doença, a igreja tem a cura; para os problemas, a igreja tem a solução; para a tristeza, a igreja tem a alegria; para o fraco, a igreja tem Força. Em fim, a igreja templo, é a embaixada dos céus, e os membros da igreja, são embaixadores de Cristo.

QUAL É O PERFIL DA IGREJA PRIMITIVA? A igreja Primitiva, ou, Apostólica, era Santa (ela não se misturava), e Monoteísta (ela

servia, adorava e ensinava Um Só Deus. O mesmo Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de Israel).

Esta igreja orava, jejuava, cultuava o seu Deus (nos primeiros dias da semana, aos domingos), evangelizava e defendia a sua Religião. Os membros da igreja apostólica foram chamados, pela primeira vez, de cristãos em Antiorquia (Atos 11: 26). Cristão que quer dizer os de Cristo. Eles chamavam-se também de seguidos de Cristo.

Este período é representado pela a carta de Cristo ao anjo da Igreja de Éfeso:Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus (Apocalipse 2:1-7).

APLICAÇÃO Neste tópico analisaremos a Carta de Cristo ao anjo da Igreja Éfeso. E com esta análise

tiraremos algo importante para a nossa vida individual nos dias de hoje. QUALIDADES A igreja Primitiva tinha sete qualidades importantes, e aprovadas pelo próprio Jesus,

veja: AS TUAS OBRAS: Os testemunhos; E O TEU TRABALHO, E TRABALHASTE PELO MEU NOME: Os membros desta igreja

Estavam sempre ocupados com a Obra de Deus e trabalhavam com muita alegria; E NÃO TE CANSASTE: Os cristãos de Éfeso não reclamavam do trabalho na Obra do

Senhor e nem diminuía a produção; E A TUA PACIÊNCIA, E TENS PACIÊNCIA: Eles não se precipitavam e eram

perseverantes; E QUE NÃO PODES SOFRER OS MAUS: Os efésios não suportavam os malvados,

exemplo: os falsos profetas e os falsos apóstolos; E PUSESTE À PROVA OS QUE DIZEM SER APÓSTOLOS, E NÃO O SÃO; E TU OS ACHASTE

MENTIROSOS: Eles resistiam ferrenhamente essa classe de pessoas; E SOFRESTE: Eles sofriam com várias perseguições, a saber: com o judaísmo, com os

governantes e com os falsos profetas, e etc., mas não negavam o Santo Nome de Jesus Cristo. FALHA

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Com tantas qualidades, mesmo assim, Cristo disse: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”.

Se o Senhor tinha algo contra a Igreja de Éfeso, já imaginou o que Ele tem contra mim, que estou muito longe de fazer, pelo menos, a metade do que os efésios faziam? No meu caso, é fazer o que fez o profeta Habacuque, apelar pela misericórdia de Deus. Habacuque 3: 2 (d): na tua ira lembra-te da misericórdia. E procurar melhorar.

CONSELHO DIVINO: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando

não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres”. Isto serve para nós nos refletirmos e ver como estamos diante de Deus. Após uma

séria reflexão, não vamos ficar de braços cruzados, vamos nos agir, vamos nos levantar espiritualmente e ministerialmente na Presença Daquele que Tudo Pode.

NICOLAÍTAS “Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”.

Segundo os historiadores, isto se trata uma seita herética funda por Nicolau. Esse era um homem que outrora era cristão, cheio do Espírito Santo, de fé e de sabedoria e que teve o privilégio de ser um dos sete primeiros diáconos do mundo (Atos 6: 5). Mas que se desviou dos caminhos do Senhor e fundou a perigosa seita dos nicolaítas. Não sabemos com precisão como era a sua doutrina, mas sabemos que, mesmo que ela ensinava a respeito de Jesus, era reprovada por Cristo e pela igreja de Éfeso.

Com base neste fato, concluímos que não é todo caminho que leva a Deus, e não é todo lugar em que se fala o nome Deus que é bom.

IGREJA PERSEGUIDA Este Período da Igreja, também é denominado “Era das Perseguições”, e se iniciou, por

volta, do ano 100 d. C., a partir da morte do apóstolo João, e prosseguiu até o ano 113, aproximadamente, da era do nosso Senhor. Foram longos, mais ou menos, duzentos e treze anos.

Esse Período é representado pela Carta de Cristo ao anjo da Igreja de Esmirna, registrada no capítulo dois e versos oito a onze do Livro do Apocalipse.

A Igreja Perseguida era Monoteísta. Isto significa que ela acreditava, servia e adorava em um Único Deus. Este Deus é o mesmo Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de Israel. Para termos a sua mesma origem, ou fazer parte desta igreja, é preciso professar a mesma fé e ser também monoteístas. Caso contrário, se trata de outra religião.

COMO FOI O PERÍODO DA IGREJA PERSEGUIDA? Com respeito a este Período, Cristo já advertiu “Nada temas das coisas que há

de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Mas ser fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (v 10).

Isto se deu, pelo fato, dos imperadores romanos ter se declarado desses e eram considerados hereges todos os que não o adorasse. E com a morte do evangelista João fora desencadeada uma severa pena de morte para quem se declarasse cristão. E quanto à “tribulação de dez dias”, profetizada no Livro Sagrado, coincidiu com as campanhas de perseguições ao Cristianismo, efetuadas pelos imperadores, a saber:

Primeira: as perseguições sob NERO, em 67 d. C.; Segunda: os massacres sob DOMICIANO, em 81 d. C.; Terceira: as torturas contra o Cristianismo sob TRAJANO, em 108 d.C.; Quarta: a guerra contra os cristãos sob MARCO AURÉLIO, em 165 d.C.;

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Quinta: as perseguições sob SEVERO, em 192 d. C.; Sexta: os massacres dos cristãos sob MAXIMINO, em 235 d. C.; Sétima: as torturas aos cristãos sob DÉCIO, em 249 d.C.; Oitava: as guerras ferrenhas sob VALERIANO, em 257 d.C.; Nona: as perseguições ao Cristianismo sob AURELIANO, em 274 d.C.; A Décima: os massacres aos cristãos sob DIOCLECIANO, em 303 d.C. Eles fabricavam várias máquinas de torturas, que somente uma mente diabólica

poderia inventar. Estes imperadores mandavam Fundir chumbos e entornavam nas narinas, ou nos ouvidos dos cristãos e eles saiam correndo trombando nas paredes, nas árvores com a força das últimas batidas do coração.

Amarravam-nos no deserto com arame farpado. Famílias inteiras pais, mães e filhos eram arrastados ao deserto e ali amarrados com arames farpados, os quais eram abrasados durante ao dia, devido à alta temperatura do deserto, e se congelavam durante a madrugada, através da intensa baixa da temperatura. Na maioria das vezes, havia crianças, as quais eram amarradas próximas suas mães, eles demoravam dias para morrerem e as aves de rapinas e os cães começavam os comê-los ainda com vida. Fabricavam caixões de ferro, com dezenas de punhais soldados horizontalmente em sua tampa. Então era colocado neles cristãos vivos, e ao fechar a tampa, os cristãos eram cravejados com aqueles punhais. Enquanto tudo isto aconteciam os romanos se divertiam. O Goliseu de Roma, superlotado de pessoas a procura de diversão, e, todavia, ali eram lançados os cristãos em sua arena: homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças. Em número de dezenas e até de centenas de pessoas. Com os cristãos ali, eram soltos no meio deles leões famintos e ferozes, os quais os estraçalhavam.

Sempre acontecia de ter no meio dos cristãos alguns ladrões e assassinos, que também, eram mortos. Segundo a história, os leões comiam - os com demasiada ferocidade (isto pelo fato de que eles eram deixados vários dias sem comer para este evento), mas as cabeças dos condenados eram preservadas. E o pessoal admirava-se, porque as cabeças dos ladrões e dos assassinos tinham suas faces tristes e muito feias; bem diferente das faces dos cristãos, que eram alegres e bonitas, parecia que até estavam dormindo.

E um menino da família real, por nome Constantino, também observava isto e ficava perplexo. Os cristãos eram mortos com todos os tipos de assassinatos, eles eram: custodiados; queimados; decapitados; fervidos em azeite; crucificados; açoitados; amarrados os seus membros inferiores em dois animais como burros, ou cavalos bravos, os quais cada um corria para sua direção e o cristão era rasgado ao meio; Nero assentava estacas em sua praça, e a noite ele mandava amarrar nelas os cristãos, que estavam presos, e os aspergir, com abundancia de ceras inflamáveis e ateavam neles fogos, simplesmente, para iluminar sua praça.

Mas nada disto os impediam de ser cristão: os imperadores matavam dez, levantavam cem; matavam cem, levantavam mil e sucessivamente. Cada vez mais, eles matavam muito mais se multiplicavam o número dos discípulos de Cristo, de maneira, que havia cristão: nos campos, nas cidades, dentre os comerciantes, no exercito, na corte e etc.

Este Período foi muito feio e terrível, mas foi um dos melhores Períodos da Igreja, todos cristãos eram fieis de verdade. Seus amores para com Cristo e o Evangelho excediam os amores para com seus filhos, seus companheiros conjugais e para com suas próprias vidas.

POR QUE A IGREJA PERSEGUIDA? Como Deus provou para satanás a autenticidade da fidelidade de Jó, para com Ele,

através de longas e doloridas provas; assim, o Senhor, provou para o adversário das nossas almas, a fidelidade da Igreja da Era das Perseguições, em meio provas de fogo.

Este Período da Igreja contribuiu, também, para mostrar a todos os fieis da terra que as perseguições, as provações e a morte não são para fazer parar o povo de Deus, mas para

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fazê-lo abundar e melhorar. Veja o que escreveu Moises: Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel (Êxodo 1: 12).

QUAL É O PERFIL DA IGREJA PERSEGUIDA? O Período da Igreja Perseguida consiste, na Era da Igreja dos extremos. Eram vários

extremos, a saber, cinco: um: Perseguição extrema, por parte dos imperadores; dois: Nunca morreu tantos cristãos na história; três: Era ímpar a fidelidade de cada crente, para com Deus; quatro: Era extrema a quantidade de cristãos; cinco: Foi o Período em que mais salvos entraram nos céus.

Havia cristão em todas as partes. Tinha cristão no palácio, no exército, no comércio, no campo, nas grandes, médias e pequenas cidades. Eles reuniam em casas residenciais, nas catacumbas, e etc., em pequenos grupos, para cultuar a Deus.

Eles identificavam onde havia outros cristãos e eram realizados os cultos por meio de, pelo menos, seis símbolos, a saber:

O principal símbolo do cristianismo é a CRUZ, que representa o alto preço pago por Cristo para salvar a humanidade.

Outro símbolo adotado pelos cristãos é o PEIXE. Isto pode ter dado, pelo fato, de que sempre quando Cristo serviu alimentação ao povo havia peixe no cardápio.

Vindo em seguida, o PÃO. Ele representava o Próprio Cristo, o pão da Vida. Outros símbolos do cristianismo eram o ALFA e o ÓMEGA (primeira e última letra do

alfabeto grego, em referência a Cristo como princípio e fim de todas as coisas). E a ÂNCORA, representando a salvação da alma que alcançou o bom porto e o "Bom

Pastor", a representação de Cristo como o dedicado pastor de suas ovelhas. CARTA DE CRISTO AO ANJO DA IGREJA DE ESMIRNA E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi

morto, e reviveu: Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que

se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás. Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na

prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte. (Apocalipse 2: 8-11)

ELOGIO DE CRISTO Cristo elogiou a igreja Esmirna, por quatro fatores, a saber: CONHEÇO AS TUAS OBRAS: Bom testemunho como cristão; E TRIBULAÇÃO: Sofrimentos por amor a Cristo; E POBREZA (MAS TU ÉS RICO): Eles tinham necessidades, mas não negava a Cristo; E A BLASFÊMIA DOS QUE SE DIZEM JUDEUS, E NÃO O SÃO, MAS SÃO A SINAGOGA DE

SATANÁS: Discriminação, Perseguição e Maltrato por parte dos falsos judeus. ENCORAJAMENTO “Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na

prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”.

Os membros desta igreja foram salvos por intermédio do martírio. Precisamos de uma fé, pelo menos, perto da fé dessa igreja. Porque nós também precisamos ser salvos.

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A IGREJA IMPERIAL Este Período da Igreja, denominado “Igreja Imperial”, e se iniciou, por volta, do ano

313 d. C., com o “Edito de Constantino”, e prosseguiu até a Queda de Constantinopla, em 476 d. C. Foram “Cento, sessenta e três” anos.

A Igreja Imperial passou ser Politeísta. Isto significa que ela acreditava, servia e adorava a muitos deuses. Adorava o mesmo Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de Israel, mas também adorava Maria a mãe de Jesus, os apóstolos que também já tinham falecidos. O número dos integrantes desta igreja aumentou, mas nunca mais se ouviram falar de milagres, curas divinas e batismo com o Espírito Santo. E seu nível espiritual e moral foram praticamente, a zero. Individualmente, eu não quero fazer parte de uma igreja assim.

COMO INICIOU O PERÍODO DA IGREJA IMPERIAL? Por volta de 305 D.C., Roma já tinha conquistado no mundo todos os países que ela

queria. Com isto, não havia quase nada para os seus milhares de legiões de soldados fazer. Manter tantos exércitos parado não se trata de tarefa fácil. O império estava um caus. Era muitas guerras civis e desordem.

Assim, Diocleciano, o imperador romano na época, efetuou várias reuniões, pediu inúmeros conselhos aos seus conselheiros, consultou os espíritas e os astrólogos e chegou a uma conclusão “Abdicar o Império”. Isto é, abrir mão do reino, por livre e espontânea vontade. Na sua gestão o Cristianismo era definitivamente proibido.

Com a desistência de Diocleciano, quatro aspirantes ao reino guerrearam-se, para que o vencedor sucedesse-o.

Os dois rivais mais importantes eram Constantino e Maxêncio. Todavia, Constantino era favorável ao Cristianismo. Nesta guerra os dois rivais menos importantes, logo saíram de cena.

Constantino tinha efetuado um voto: “Que se o Deus do Cristianismo ajudasse-o a vencer a guerra, ele aderiria ao mesmo”. Com isto, Constantino afirma ter visto um sinal no céu: “Era uma cruz luminosa e a seguinte inscrição: “IN HOC SIGNO VINCES” (por este sinal vencerás)”. Enquanto isto, a vitória já pertencia a Constantino, visto que, enquanto isso, Maxêncio executava uma manobra às margens do rio Tibre, no mesmo instante, sobreveio uma grande enchente, a qual o levou com seu exército.

Pouco tempo após, Constantino promulgou o edito de tolerância plena ao Cristianismo. Estas são as atitudes governamentais em favor do Cristianismo:

Fim de todas as perseguições; Todos os templos da igreja foram restaurados e abertos. Cessou os sacrifícios oficias e vários templos pagãos foram dedicados aos cultos

cristãos; As finanças que eram dedicadas às manutenções dos templos e dos sacerdotes pagãos,

passaram a ser destinada a igreja e ao clero da mesma. Todo cargo da igreja era pago pelo império.

Ao clero foram concedidos muitos privilégios, a saber: Os deveres cívicos não exigiam do clero; Ele estava insetos dos impostos públicos; Eram julgados por cortes eclesiásticas. O primeiro dia da semana foi proclamado como o dia de descanso e adoração. Os

judeus se descansam aos sábados, os pagãos às sextas feiras. Então, Constantino consultou ao Ministério da Igreja, sobre que dia era mais favorável para a adoração cristã. Assim, os Líderes da Igreja relataram:

Cristo Ressuscitou no Primeiro dia da semana;

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Após a Sua Ressurreição Ele nos apareceu durante quarenta dias, sempre nos, respectivos, primeiros dias da semana. Onde eram realizados os cultos mais inesquecíveis da história;

No primeiro dia da semana, cumpriu em nós, os primeiros Batismos no Espírito Santo, na face da terra;

Nós nos aprendemos a cultuar, nos respectivos, primeiros dias da semana; E então, Constantino estabeleceu o Primeiro Dia da Semana, para ser o dia de

descanso e de adoração. E o denominou: “Domingo”. Que em latim é “Dia Do Senhor”. A crucificação foi abolida; O infanticídio foi reprimido; Foram outorgados direitos legais aos escravos e suas condições foram melhoradas e a

escravidão fora abolida gradativamente. As lutas de gladiadores foram proibidas. Contudo os combatentes ainda continuavam

no anfiteatro romano até que no ano 404 quando o Monge Telêmaco invadiu a arena e tentou apartar os gladiadores. O monge foi morto assassinado, porém, desde então, cessou a matança de homens para o prazer dos espectadores.

Quanto ao fim das perseguições contra o Cristianismo, constituiu-se em uma grande benção; mas, porém, ter feito da igreja religião oficial do reino, foi uma tremenda maldição. Porque todos queriam ser membro da igreja, visto que, era a igreja da moda, e ninguém era inibido de fazer parte da mesma. As pessoas boas eram a pequena minoria, quanto aos demais membros eram compostos por adúlteros, viciados, criminosos, idólatras e etc.. De maneira que, o níveo espiritual e moral da igreja passaram a ser muito baixos. O número de pessoas nos cultos aumentou, mas não tinha sinceridade e nem tampouco espiritualidade, muito ao contrario do que era antes. E aos poucos, as imagens de esculturas foram fazendo parte dos cultos. A santidade da Igreja Primitiva e da Igreja Perseguida fora substituída pela ambição e pelo pecado.

Novo Estatuto da Igreja: As festas pagãs foram aceitas na igreja com nomes diferentes; As imagens dos santos e dos Mártires começaram aparecer nos templos e eram

reverenciadas; A adoração a Maria substituiu a adoração a Vênus e a Diana; A ceia do senhor tornou-se sacrifício; O presbítero, o ancião, evoluiu de pregador a sacerdote. Assim, a Igreja Assembleia Universal, passou a ser chamada de “Igreja Católica

Romana”. Este Período da Igreja é representado pela Carta de Cristo ao anjo da igreja de

Pérgamo: “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada

aguda de dois fios: Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”. (Apocalipse 2:12-17).

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IGREJA MEDIEVAL Este Período da Igreja, denominado “Igreja Medieval”, se iniciou, por volta, do ano 476

d. C., com a “queda de Constantinopla”, e prosseguiu até ao ano 1453, na “Reforma Protestante”. Depois do Edito de Constantino este foi o período mais importante pata a Igreja Católica Romana. Foram “novecentos e setenta e sete anos” anos.

A Igreja Medieval continuou a ser Politeísta. Isto significa que ela acreditava, servia e adorava a muitos deuses.

QUEDA DO IMPERIO ROMANO Durante a Era Imperial, estava preste a acontecer um grande marco no mundo, a

queda do Império Romano Ocidental. Um império que prevaleceu por mais de mil anos, com apenas 140 anos deixou de existir.

Causas que contribuiu para a queda do império: 1º) As suas grandes riquezas eram cobiçadas pelos Bárbaros, seus vizinhos. 2º) O império estava enfraquecido, devido as constantes guerras cíveis, pelos

pretendentes ao reino. 3º) O exercito estava muito indisciplinado por consequências dos últimos imperadores. Roma, por volta do ano 476, estava sendo governada pelo imperador Augusto, o

Pequeno, ou Augústulo. E no referido ano, 476, uma tribo de Germânicos, aparentemente pequena, liderada pelo rei Odoacro, sitiou Roma, apossou da mesma e destronou o pequeno Augusto. Odoacro tomou o título de rei da Itália. Com isto, o reino Romano Ocidental deixou de existir no ano 476, reino qual, que prevaleceu durante 1500 anos.

O PODER PAPAL O período da Igreja Medieval foi o mais extenso, até hoje, durou quase mil anos. A

partir do ano 476, o nosso interesse dirigirá para Igreja Ocidental ou latina, a qual tinha sua sede em Roma.

O que chama mais a atenção no inicio deste Período, foi o desenvolvimento do poder papal. Odoacro aderiu-se a igreja, então o papa aproveitou o ensejo, e reclamou poder de governantes acima de reis e imperadores. Surgiu, até mesmo, certo documento, o qual fora datilografado por Constantino e assinado, pelo mesmo, que atribuía ao papa autoridade acima de reis e imperadores. Mas no século doze, ao examinar o tal documento, foi comprovado que era fraude. Constantino nunca tinha feito isto.

Esse desenvolvimento do poderio do papa teve início com o pontificado de Gregório I, “o grande” e teve o seu apogeu com o pontificado de Gregório VIII (1073 – 1085). O progresso da autoridade papal teve três fases, a saber: crescimento, culminância e decadência.

A população era obrigada a ser integrante da igreja. Levantavam muitos com ansiedade da reforma, mas estes movimentos eram severamente abafados.

A VIDA NA GREJA A Igreja se precipitou em um abismo de conduta moral. Principalmente, dentro do

clero a condição moral era um verdadeiro caos. Não somente a ignorância, o abandono dos deveres de rotina, mas também a vida luxuriosa, grandes imoralidades, roubo e simonia. O alto clero era talvez pior. Simonia era a maneira regular e reconhecida de se obter um bispado, e para alguns deles havia preço fixo.

A partir de 890 o papado tornou se vil e vergonhoso ao ultimo grau. O oficio que tinha se elevado por Gregório I e Nicolau passou por toda sorte de desgraças.

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AS CRUZADAS Chama-se cruzada a qualquer um dos movimentos militares de inspiração cristã que

partiram da Europa Ocidental em direção à Terra Santa (nome pelo qual os cristãos denominavam a Palestina) e à cidade de Jerusalém com o intuito de conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão. Estes movimentos estenderam-se entre os séculos XI e XIII, época em que a Palestina estava sob controle dos turcos muçulmanos. No médio oriente, as cruzadas foram chamadas de "invasões francas", já que os povos locais viam estes movimentos armados como invasões e por que a maioria dos cruzados vinha dos territórios do antigo Império Carolíngio e se autodenominavam francos.

Os ricos e poderosos cavaleiros da Ordem de São João de Jerusalém (Hospitalários) e dos Cavaleiros Templários foram criados durante as Cruzadas. O termo é também usado, por extensão, para descrever, de forma acrítica, qualquer guerra religiosa ou mesmo um movimento político ou moral.

CRUZADA POPULAR OU DOS MENDIGOS (1096) A Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) foi um acontecimento extraoficial que

consistiu em um movimento popular que bem caracteriza o misticismo da época e começou antes da Primeira Cruzada oficial. O monge Pedro, o Eremita, graças a suas pregações comoventes, conseguiu reunir uma multidão. Entre os guerreiros, havia uma multidão de mulheres, velhos e crianças.

Na busca de recursos financeiros para a longa viagem até a Palestina, estes cruzados buscaram infiéis ricos mais próximos de suas casas. Assim, começaram a atacar judeus europeus. As primeiras vítimas foram os judeus da Renânia. Inspirado por Pedro o Eremita, o conde Emich de Leisengen marcou a própria testa com queimadura em forma de cruz e liderou um grupo de peregrinos para atacar os judeus da cidade de Spier. Apesar da oposição do bispo católico da cidade, os peregrinos mataram muitos judeus que se recusaram a abraçar a fé cristã. O mesmo bando seguiu depois até Worms, atacou a Judengasse e matou mais de mil judeus. O grupo prosseguiu até Mainz, onde mais 990 judeus foram mortos.

PRIMEIRA CRUZADA (1096-1099) Rota dos líderes da primeira cruzada, por William Shepherd, Atlas Histórico, 1911. Foi

chamada também de Cruzada dos Nobres ou dos Cavaleiros. Ao pregar e prometer a salvação a todos os que morressem em combate contra os pagãos (leia-se, muçulmanos) em 1095, o papa Urbano II estava a criar um novo ciclo. É certo que a ideia não era totalmente nova: parece que já no século IX se declarara que os guerreiros mortos em combate contra os muçulmanos na Sicília mereciam a salvação.

As várias versões que nos restam do seu apelo mostram que Urbano relatou também os infortúnios dos cristãos do oriente, e sublinhou que se até então os cavaleiros do ocidente habitualmente combatiam entre si perturbando a paz, poderiam agora lutar contra os verdadeiros inimigos da fé, colocando-se ao serviço de uma boa causa. O apelo foi feito a todos sem distinção, pobres ou ricos. E foi, de fato, o que sucedeu. Mas os ricos e pobres rapidamente formaram cruzadas separadas.

Por volta de 1097, um exército de 30 mil homens, dentre eles muitos peregrinos, cruzou a Ásia Menor, partindo de Constantinopla. A cruzada dos cavaleiros, possuindo recursos, embora progredindo devagar, fizera um acordo com o imperador de Bizâncio de lhe devolver os territórios conquistados aos turcos. Liderada por grandes senhores, levava quer proprietários, quer filhos segundos da nobreza. Esse acordo seria desrespeitado, à medida que o mal-entendido entre as duas partes cresceria.

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SEGUNDA CRUZADA (1147-1149) Em 1145, foi pregada uma nova cruzada por Eugênio III e São Bernardo. A perda do

Condado de Edessa provocou a organização dessa cruzada. Desta vez foram reis que responderam ao apelo: Luís VII da França e Conrado III do Sacro Império, para nomear os mais importantes. Curiosamente, os contingentes flamengos e ingleses acabaram por conquistar Lisboa e voltar para as suas terras na sua maioria, uma vez que eram concedidas indulgências para quem combatia na Península Ibérica.

O exército de Conrado acabou esmagado pelos turcos num momento de repouso. O que sobrou juntou-se aos franceses, com o apoio dos templários. Com algumas dificuldades de transporte, mais uma vez uma parte do exército teve de ser abandonada para trás (sobretudo os plebeus a pé), e estes tiveram de abrir caminho contra os turcos.

Luís VII e Conrado em Jerusalém, depois de algumas discussões, acabaram por ser convencidos a atacar Damasco, mas ao fim de poucos dias tiveram que se retirar perante a ameaça de uma parte dos nobres fazê-lo por conta própria. O resultado desta cruzada foi miserável (se excetuarmos a conquista de Lisboa), tendo sucesso apenas em azedar as relações entre os reinos cruzados, os bizantinos e os governantes muçulmanos amigáveis. Nenhuma nova cruzada foi lançada até a um novo acontecimento: a conquista de Jerusalém pelos muçulmanos em 1187. Os cristãos enfrentavam um adversário decidido, Saladino.

TERCEIRA CRUZADA (1189-1192) A Terceira Cruzada, pregada pelo Papa Gregório VIII após a tomada de Jerusalém pelo

sultão Saladino em 1187, foi denominada Cruzada dos Reis. É assim denominada pela participação dos três principais soberanos europeus da época: Filipe Augusto (França), Frederico Barba-Ruiva (Sacro Império Romano-Germânico) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra).

O imperador Frederico Barba-Ruiva, atendendo os apelos do papa, partiu com um contingente alemão de Ratisbona e tomou o itinerário danubiano atravessando com sucesso a Ásia Menor, porém afogou-se na Cilícia ao atravessar o Sélef (atual rio Göksu). A sua morte representou o fim prático desse núcleo. Os reis de França e Inglaterra passaram o tempo todo a querelar-se, até que aquele se retirou.

Se Ricardo Coração de Leão conseguiu alguns atos notáveis (a conquista de Chipre, Acre, Jaffa e uma série de vitórias contra efetivos superiores) também não teve pejo em massacrar prisioneiros (incluindo mulheres e crianças). Com Saladino, teve um adversário à altura, combatendo e travando um subtil táctico. Em 1192, acabou-se por chegar a um acordo: os cristãos mantinham o que tinham conquistado e obtinham o direito de peregrinação, desde que desarmados, a Jerusalém (que ficava em mãos muçulmanas).

Se esse objetivo principal falhara, alguns resultados tinham sido obtidos: Saladino vira a sua carreira de vitórias iniciais entrar num certo impasse e o território de Outremer (o nome que era dado aos reinos cruzados no oriente) sobrevivera.

QUARTA CRUZADA (1202-1204) O doge Dandolo, de Veneza, pregando à cruzada (Gustave Doré). A Quarta Cruzada foi

denominada também de Cruzada Comercial, por ter sido desviada de seu intuito original pelo doge (duque) Enrico Dandolo, de Veneza, que levou os cristãos a saquear Zara e Constantinopla, onde foi fundado o Reino Latino de Constantinopla, fazendo com que o abismo entre as igrejas Ocidental e Oriental se estabelecesse definitivamente.

O Papa Inocêncio III apelou a uma cruzada em 1198 para conquistar Jerusalém (o objetivo falhado da Terceira Cruzada), mas os preparativos começariam dois anos depois. Vários grandes senhores trouxeram exércitos e estipularam um acordo com Veneza que transportaria essas tropas na sua frota em troca de uma quantia. O problema é que muitos dos senhores acabaram por não ir, e os que foram não tinham condições para pagar o valor estipulado (que era fixo).

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A entrada dos cruzados em Constantinopla, de Eugène Delacroix. Foi criado um novo acordo então: os cruzados conquistariam Zara, uma cidade veneziana na Dalmácia que se revoltara, em troca de um adiamento do pagamento. Entretanto chegaram notícias de Bizâncio. O Imperador Isaac II fora derrubado pelo seu irmão Aleixo III e fora cegado. O filho de Isaac II, de nome Aleixo IV, conseguira fugir e apelara aos cruzados para o ajudarem: em troca de o colocarem no trono prometia-lhes dinheiro e os recursos do império para a conquista de Jerusalém. Ainda hoje os historiadores discutem se as coisas se passaram assim ou se foi uma justificação para o que se iria suceder.

Os cruzados aceitaram imediatamente uma vez que isso parecia resolver os seus problemas. Partiram em 1202. O Papa considerou que se atacassem território cristão (nomeadamente Zara) ficariam excomungados. A cidade foi conquistada e depois de deixarem passar o Inverno atacaram Constantinopla. A cidade resistiu, mas o imperador Aleixo III acabou por fugir com o tesouro da cidade.

Depois da Quarta Cruzada: Império Latino, Império de Niceia, Império de Trebizonda e o Despotado do Épiro. As fronteiras são incertas. Com novos impostos a ser lançados para pagar as promessas feitas aos cruzados, rapidamente à população ficou à beira da revolta. Aleixo V, um parente afastado fez um golpe matando Aleixo IV e colocando novamente na prisão Isaac II que fora libertado pelos cruzados e governara com o filho.

Os cruzados decidiram então conquistar em proveito próprio o império, nomear um imperador latino e dividir os territórios. Aleixo fugiu com algum tesouro e a cidade foi saqueada pelos latinos durante três dias. Estátuas, mosaicos, relíquias, riquezas acumuladas durante quase um milênio foram pilhadas ou destruídas durante os incêndios. A cidade sofreu um golpe tão terrível que nunca mais conseguiu se recompor, mesmo depois de voltar a ser grega em 1261. E assim terminou a Quarta Cruzada, pois ninguém pensou mais em dirigir-se para Jerusalém: a maioria regressou com o que roubara, alguns ficaram com feudos no oriente. (WIKIPÉDIA, 2012).

CRUZADA ALBIGENSE Geralmente é aceito pela maioria dos estudiosos que o catarismo surgiu em meados

de 1143, quando surgiram os primeiros relatos de um grupo defendendo crenças similares em Colónia pela clérigo Eberwin de Steinfeld, o catarismo acreditava no dualismo, professando a existência de um deus do Bem e outro do Mal, Cristo seria o deus do bem enviado para salvar as almas humanas, após a morte as almas boas iriam para o céu, enquanto as más iriam praticar metempsicose. Os cátaros eram especialmente numerosos em Occitânia (sul da atual França), e sua liderança era protegida por nobres poderosos, e também por alguns bispos, que se ressentiam da autoridade papal em suas dioceses. Em 1178 Henri de Marcy, legado do papa, qualificou as populações de implantação cátara com a alcunha em latim de sedes Satanae, sedes de Satã.

Quando as tentativas diplomáticas do Papa Inocêncio III para reverter o catarismo falharam, mais proeminentemente o suposto assassinato do legado papal Pierre de Castelnau, Inocêncio III declarou uma cruzada contra o Languedoc em 1208. A Inquisição foi criada em 1229 para erradicar os cátaros remanescentes, operando no sul de Toulouse, Albi, Carcassonne e outras cidades durante todo o século XIII, e uma grande parte do século XIV, extirpando definitivamente o movimento.

CRUZADA DAS CRIANÇAS (1212) A Cruzada das Crianças, por Gustave Doré (1832-1883). A Cruzada das Crianças, é um

misto de fantasia e fatos. A lenda baseia-se em duas movimentações separadas com origem na França e na Alemanha, no ano de 1212. Esta cruzada teria ocorrido entre a Terceira e a Quarta Cruzada e seria um movimento extraoficial, baseado na crença que apenas as almas puras (no caso as crianças) poderiam libertar Jerusalém. A ideia teria surgido após a notícia de que Constantinopla, uma cidade cristã, tinha sido saqueada pelos cruzados, fazendo cristãos

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crerem que não se poderia confiar em adultos. 50 mil crianças teriam sido colocadas em navios, saindo do porto de Marselha (França) rumo a Jerusalém. O resultado foi um desastre, pois a maioria das crianças morreu no caminho, de fome ou de frio. As que sobreviveram foram vendidas como escravas pelos turcos no Norte da África. Alguns chegaram somente até a Itália, outros se dispersaram, e houve aqueles que foram sequestrados e escravizados pelos muçulmanos.

QUINTA CRUZADA (1217-1221) Também pregada por Inocêncio III, partiu em 1217 e foi liderada por André II, rei da

Hungria, e por Leopoldo VI, duque da Áustria. Decidiu-se que para se conquistar Jerusalém era necessário conquistar o Egito primeiro, uma vez que este controlava esse território. Desembarcados em São João D'Acre, decidiram atacar Damietta, cidade que servia de acesso ao Cairo, a capital. Depois de conquistar uma pequena fortaleza de acesso aguardaram reforços e meteram-se a caminho. Depois de alguns combates, e quando tudo parecia perdido, uma série de crises na liderança egípcia permitiu aos cruzados ocupar o campo inimigo. O sultão acabou por oferecer o reino de Jerusalém e uma enorme quantia se os cristãos retirassem; o cardeal Pelágio, que se tornara num dos chefes da expedição, acabou por convencer os restantes a recusar.

Começaram a cercar Damietta e depois de algumas batalhas sofreram uma derrota. O sultão renovou a proposta, mas foi novamente recusada. Depois de um longo cerco, que durou de fevereiro a novembro, a cidade caiu. Os conflitos entre os cruzados agudizaram-se e perdeu-se tanto tempo que os egípcios recuperaram forças. Reforços até 1221 chegaram aos cristãos. Lançaram-se numa ofensiva, mas os muçulmanos foram retirando-se e levaram os cruzados a uma armadilha; sem comida e cercados acabaram por ter de chegar a um acordo: retiravam-se do Egito e tinham suas vidas salvas.

SEXTA CRUZADA (1228-1229) Foi liderada pelo imperador do Sacro Império Frederico II de Hohenstauffen, que tinha

sido excomungado pelo Papa. Ele partiu com um exército que foi diminuindo com as deserções, e uma semi-hostilidade das forças cristãs locais devido à sua excomunhão. Aproveitando-se das discórdias entre os muçulmanos, Frederico II conseguiu, por intermédio da diplomacia, um tratado com o sultão aiúbida al-Kamil que lhe concedia a posse de Jerusalém, Belém e Nazaré por dez anos. Mas a derrota dos cristãos em Gaza fê-los perder os Santos Lugares em 1244.

SÉTIMA CRUZADA (1248-1250) Dirham cunhado por cristãos com legendas em árabe entre 1216-1241. Foi liderada

pelo rei da França Luís IX, posteriormente canonizado como São Luís. Ele desembarcou diretamente no Egito e, depois de alguns combates, conquistou Damietta. Novamente o sultão ofereceu Jerusalém e novamente foi recusado. Em Mansurá, depois de quase terem vencido, os cruzados são derrotados pela imprudência do irmão do rei, Roberto de Artois. Depois de uma retirada desastrosa, o exército rendeu-se. Luís IX caiu prisioneiro e os cristãos tiveram de pagar um pesado resgate pela sua libertação. Somente a resistência da rainha francesa em Damietta permitiu que se conseguisse negociar com os egípcios. Luís ficou mais algum tempo e conseguiu salvar o território de Outremer (indiretamente, as invasões mongóis deram o seu contributo).

OITAVA CRUZADA (1270) Os egípcios da dinastia mameluca Em 1265, tomaram Cesareia, Haifa e Arsuf; Em 1266, ocuparam a Galileia e parte da Armênia e, Em 1268, conquistaram Antioquia.

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O Oriente Médio vivia uma época de anarquia entre as ordens religiosas que deveriam defendê-lo, bem como entre comerciantes genoveses e venezianos.

O rei francês Luís IX retomou então o espírito das cruzadas e lançou novo empreendimento armado, a Oitava Cruzada, em 1270, embora sem grande percussão na Europa. Os objetivos eram agora diferentes dos projetos anteriores: geograficamente, o teatro de operações não era o Levante, mas antes Túnis, e o propósito, mais que militar, era a conversão do emir da mesma cidade norte-africana.

Luís IX partiu inicialmente para o Egito, que estava sendo devastado pelo sultão Baibars. Dirigiu-se depois para Túnis, na esperança de converter o emir da cidade e o sultão ao cristianismo. O sultão Maomé recebeu-o de armas nas mãos. A expedição de São Luís redundou como quase todas as outras expedições, numa tragédia. Não chegaram sequer a ter oportunidade de combater: mal desembarcaram as forças francesas em Túnis, logo foram acometidas por uma peste que assolava a região, ceifando inúmeras vidas entre os cristãos, nomeadamente São Luís e um dos seus filhos. O outro filho do rei, Filipe, o Audaz, ainda em 1270, firmou um tratado de paz com o sultão e voltou à Europa. Chegou a Paris em maio de 1271 e foi coroado rei, em Reims, em agosto do mesmo ano.

NONA CRUZADA (1271 - 1272) A Nona Cruzada é, muitas vezes, considerada como parte da Oitava. Em 1268, Baibars,

sultão mameluco de Egito, havia reduzido o Reino Latino de Jerusalém, o mais importante Estado cristão estabelecido pelos cruzados, a uma pequena faixa de terra entre Sídon e Acre.

Alguns meses após a morte de Luís IX, na Oitava Cruzada, o príncipe Eduardo da Inglaterra, depois Eduardo I, comandou os seus seguidores até Acre. Em 1271 e inícios de 1272, conseguiu combater Baibars, após firmar alianças com alguns governantes da região, adversários dele. Em 1272, estabeleceu contatos para firmar uma trégua, mas Baibars tentou assassiná-lo, enviando homens que fingiram buscar o batismo como cristãos. Eduardo, então, começou os preparativos para atacar Jerusalém, quando chegaram notícias da morte de seu pai, Henrique III. Eduardo, como herdeiro ao trono, decidiu retornar à Inglaterra e assinou um tratado com Baibars, que possibilitou seu retorno e, assim, terminou a Nona Cruzada.

A INSATISFAÇÃO DAS POPULAÇÕES A igreja declinava-se espiritualmente e moralmente desde o período imperial, agravou

ruinosamente, na era medieval. A santidade, o amor e a retidão da igreja Primitiva e Perseguida foram substituídos pelas luxurias, pelos poderes e pelos escândalos. O clero falhou vergonhosamente. O papa tinha autoridade quase absoluta do mundo cristão, era incalculável a riqueza da igreja. A cobiça, a extorsão, a violência dos bispos era um escândalo notórios. A imoralidade era generalizada, a embriaguez, a glutonaria, e os mais baixos escândalos sexuais, eram comuns dentro do clero. Esta vida baixa e escandalosa do clero degradou ainda mais a partir do século XIV – XV, até que a Europa explodiu de indignação e ódio contra os falsos representantes de Deus. Até mesmo os monges e as freiras tornaram-se objeto de escárnio publico por causa dos seus próprios vícios.

PRÉ-REFORMA Nas últimas décadas da Idade Média, a igreja ocidental viveu um período de

decadência que favoreceu o desenvolvimento do grande cisma do Ocidente, registrado entre 1378 e 1417, e que teve entre suas principais causas a transferência da sede papal para a cidade francesa de Avignon e a eleição simultânea de dois e até de três pontífices.

O surgimento do "conciliarismo" - doutrina decorrente do cisma, que subordinava a autoridade do papa à comunidade dos fiéis representada pelo concílio - bem como o nepotismo e a imoralidade de alguns pontífices demonstraram a necessidade de uma reforma

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radical no seio da igreja. Por outro lado, já haviam surgido no interior da igreja movimentos reformistas que pregavam uma vida cristã mais consentânea com o Evangelho.

No século XIII surgiram as ordens mendicantes, com a figura de são Francisco de Assis. Outros movimentos reformistas surgiram em aberta oposição à hierarquia eclesiástica.

VALDENSES No século XII os valdenses, conhecidos como "os pobres de Lyon" ou "os

pobres de Cristo", questionaram a autoridade eclesiástica papal, a doutrina do purgatório e as indulgências.

CÁTAROS Os cátaros ou albigenses defenderam nos séculos XII e XIII um ascetismo

exacerbado, considerando a si mesmos os únicos puros e perfeitos. PETROBRUSSIANOS Os Petrobrussianos rejeitavam a missa e defendiam o casamento dos padres. JOHN WYCLIFFE No século XIV, na Inglaterra, John Wycliffe defendeu ideias que seriam

reconhecidas pelo movimento protestante, como a posse do mundo por Deus, a secularização dos bens eclesiásticos, o fortalecimento do poder temporal do rei como vigário de Cristo e a negação da presença corpórea de Cristo na eucaristia.

JOÃO HUSS As ideias de Wycliffe exerceram influência sobre o reformador tcheco João Huss e

seus seguidores no território da Boêmia, os hussitas e os taboritas, nos séculos XIV e XV. Entre essas vozes protestantes estava também a do monge dominicano Girolamo Savanarola o qual, a mando do papa, foi preso, torturado e enforcado.

Veja o que Boyer escreveu a esse respeito: No cárcere, sentenciado pelo Papa a ser queimado vivo, João Huss disse: “Podem

matar um ganso (na sua língua, 'huss' é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar”. Enquanto caía a neve, e o vento frio uivava como fera em redor da casa nasceu esse “cisne”, em Eisbelen, Alemanha. No dia seguinte, o recém-nascido era batizado na Igreja de São Pedro e São Paulo. Sendo dia de São Martinho, recebeu o nome de Martinho Lutero. Cento e dois anos depois de João Huss expirar na fogueira, o “cisne” afixou, na porta da Igreja em Wittenberg, as suas noventa e cinco teses contra as indulgências, ato que gerou a Grande Reforma.

ERASMO DE ROTTERDAM Em posição intermediária entre a fidelidade e a crítica à igreja romana situou-se

Erasmo de Rotterdam. Seu profundo humanismo, conciliatório e radicalmente oposto à violência, embora não isento de ambiguidade, levou-o a dar passos importantes em direção à Reforma, como a tradução latina do Novo Testamento, afastando-se da versão oficial da Vulgata; ou a sátira contra o papa Júlio II, de 1513.

Este Período da Igreja é representado pela a Carta de Cristo a igreja de Tiatira:“E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras. Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas

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obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras. Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei. Mas o que tendes, retende-o até que eu venha. E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:18-29).

IGREJA REFORMADA Este Período da Igreja, denominado “Igreja Reformada”, se iniciou no ano 1453, com a

“A Reforma Protestante”, e prosseguiu até ao ano 1648, ao “fim da Guerra dos Trinta Anos”. Foram “cento, noventa e cinco” anos.

Até que fim raiou uma luz. Com a Reforma, a maior parte da igreja voltou a ser Monoteísta. Isto significa que ela voltou ao primeiro amor e passou a servir, adorar e seguir o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Único e Verdadeiro Deus da Igreja. Assim com era no Período Primitivo, nos anos 33-100 d. C. e no Período da Igreja Perseguida nos anos 100-313 d. C. a Igreja voltou a ser como era antes.

Na Alemanha, nos tempos de Carlos V, nasceu Martinho Lutero no ano 1483, em Eislebem, na Saxônica, descendente de família de camponeses. Lutero, aos dezoito anos ingressou na mais famosa Universidade Alemã, a de Erfurt, com o propósito de estudar direito conforme a vontade do seu pai. Estudando quatro anos nos estudos preliminares de sua carreira profissional aprofundou-se em filosofia medieval. Já estava para formar, quando repentinamente tornou monge entrando para o convento dos Agostinho em Erfurt. Para o homem medieval o caminho correto para salvação era a vida monástica. Tinha entrado ali a procura de salvação, mas não encontrou a pás e a segurança de está no caminho de Deus. Excedeu-se em jejuns, vigílias e flagelações e procurava o seu confessor para pedir absorverão dos mais leves pecados. Tentou o caminho da salvação segundo o ensino da igreja medieval e sentiu que tal ensino era totalmente ineficaz para o que sua desejava.

Findando- se o ano de 1512, ao inicio de 1513, quando Lutero lia a Epístola do Apóstolo Paulo aos Romanos, o qual, leu em 1v17: “mas o justo viverá da fé”. E a partir daquele momento sua vida foi mudada. Transformado espiritualmente, ele foi a Winttemberg onde permaneceu durante quatro anos sem romper com a igreja católica romana. No ano 1517, numa localidade próxima a Winttemberg, apareceu um homem chamado Tetzel, enviado pelo arcebispo de Monguncia para vender as indulgencias emitida pelo papa. “óbolo de São Pedro”, as quais ofereciam diminuição das penas no purgatório. Esta ação muito contrariou a Lutero, pois o trafico das indulgencias desfiava o povo do ensino a respeito de Deus. Com isso, Martinho Lutero decidiu a enfrentar este grande erro absurdo e em 31 de outubro de 1517, fixou as 95 teses na porta da catedral de Winttemberg. Houve reação da parte da igreja católica através do papa Leão V que primeiro intimou Lutero a Roma, o que significa morte certa. Mas Lutero apelou para Alemanha. Enquanto isto, as cópias da sua tese eram vendidas por tida parte da Alemanha. Em agosto de 1520 a Alemanha publicava a excomunhão de Lutero. Dez de dezembro do mesmo ano, Lutero queimou a bula como os livros heréticos católicos romanos numa fogueira diante de uma grande multidão, com isso, ele recebeu a sentença final, Então teve que ir a dieta em Worms em 1521, no qual com muita ousadia defendeu a reforma. Depois do ferrenho debate, seus adversários quiseram levá-lo para fogueira da inquisição, mas os alemães cercaram-se dele e o levou para o Castelo em Wartzburg na Turingia, ali permanecendo durante um ano. Neste período, Lutero traduziu o Novo Testamento para o alemão e começou traduzir também o Antigo Testamento, o qual fora terminado mais tarde.

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OS PRIMEIROS ANOS DA IGREJA REFORMADA Na Alemanha a partir de 1520, a reforma se desenvolveu rapidamente. Seus Monges

abriam mão dos Claustros para pregarem o Evangelho do Novo Testamento. A Igreja Luterana prosperou grandemente, como um poderoso avivamento espiritual, produzindo no povo uma nova esperança e uma nova vida espiritual.

A Doutrina central da Igreja Luterana era o sacerdócio de todos os cristãos. Que cada cristão tinha liberdade para ter acesso a Deus individualmente.

Eram libertos do temor todos quantos faziam uma aliança com Cristo. CONQUISTAS DE LUTERO NA ALEMANHA Preparou grande número de pregadores através do seu grande número de livros e

escritos. Traduziu a Bíblia das línguas Originais para o alemão. Conseguiu reunir homens poderosos e fez com que esse grande movimento

prosseguisse sem desfalecer. Compôs vários hinos, que eram cantados nas igrejas por toda a parte, dentre eles,

“Castelo Forte é o nosso Deus”. Foram organizadas Escolas onde existia uma igreja. O governo a igreja foi organizado novamente, cada príncipe superintendia a igreja nos

seus territórios. DISCRIÇÃO DA IGREJA REFORMADA A igreja era spiritual. Ela tinha a Bíblia como à única regra de fé. Cultuava a um único Deus com raciocínio e devoção. Ela sabia que Cristo é o único que pode perdoar os pecados. Pregava que a salvação só era adquirida em vida. Ela abominava a doutrina do

purgatório. Pregava o amor, a fé, a santidade, o perdão dos pecados, a justiça e a 2ª Vinda de

Cristo. REFORMAS PARALELAS Com a Reforma Luterana, surgiram outros movimentos reformadores, a saber: Reforma na Escandinávia. Reforma na Suíça – Zurique. Reforma na Escócia. A igreja reformada da Alemanha. Igreja reformada na Hungria. Reforma na Inglaterra. CONTRA REFORMA Mas a Igreja Católica Romana, não ficou assistindo tudo isto de braços cruzados. Ela

reagiu fortemente com a contra reforma: Defendendo suas teses, enviando os jesuítas (padres) por todos os lugares, no intuito de evangelizar. Porque com a Reforma protestante, cerca setenta por cento (70%) dos cristãos passaram a serem protestantes.

A GUERRA DOS TRINTA ANOS A Contra Reforma foi à principal responsável por uma das guerras mais cruéis, que o

mundo já viu: “a Guerra dos Trinta Anos”. Esta guerra iniciou em 1616 e se prolongou até ao ano 1648. Esta infernal crueldade causou através da união dos governadores, católicos, alemães para destruir todos os protestantes da Alemanha.

Milhares de protestantes foram cruelmente mortos por longos trinta anos na Alemanha. Neste período só a igreja Católica cuidou dos trabalhos evangelísticos. Além da

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oposição da contra reforma e a atitude selvagem dos governos alemães, surgiu uma discrepância teológica entre o luteranismo e o calvinismo, com isto a igreja Reformada sofreu um terrível declínio. Em 1648 foi confirmada a paz de Ausgsburg onde os protestantes foram colocados no mesmo pé de igualdade com os católicos em todos os negócios do Império.

Este período da igreja é representado pela Carta de Cristo ao anjo da Igreja de Sardes “E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso. O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 3:1-6).

IGREJA MODERNA Este Período da Igreja, denominado “Igreja Moderna”, se iniciou no ano, 1648 com “o

fim da Guerra dos Trintas Anos”, e estendeu até ao ano 2000, a inclusão do novo Milênio. Todavia, a Igreja protestante, permanecia Monoteísta. Este período durou 352 anos. Neste período os cientistas já efetuavam pesquisas cientificas bastante avançadas. Então, eles descobriram como manusear a energia elétrica. E o resultado disto foi o grande avanço na área industrial. Nesta época começaram a surgir às máquinas, os motores, tratores, veículos, eletrodomésticos e etc. por esta causa, o referido período, foi denominado, “PERIODO MODERNO”.

A igreja Católica Romana continuou a marchar separadamente da Igreja Protestante. A igreja a após a reforma, foi denominada, “Protestante”, pelo fato, de quase todos os dias os seus membros estavam ante o palácio do Imperador, reivindicando a legalidade da igreja reformada, o qual a legalizou, mas com uma condição: que eles permanecessem na região onde que já estavam. Mas, posteriormente, a igreja teve a permissão e liberdade para pregar o Evangelho em todos os lugares do mundo.

Este foi o período mais próspero e mais brilhante da igreja, até hoje. A IGREJA NA INGLATERRA. Na igreja inglesa sugiram três grupos: 1º, OS ELEMENTOS ROMANISTA: este grupo queria reatar o vínculo com a igreja

romana. 2º ANGLICANISMO: este, já era satisfeito com as reformas moderadas constituídas

pelo rei Henrique VIII e da rainha Elizabete. 3º PROTESTANTE RADICAL: grupo o qual, almejava uma reforma igual as da igreja de

Genebra e Escócia. Este último grupo ficou conhecido como “OS PURITANOS”. Em 1654, os Puritanos refutavam-se rigorosamente aos sistemas anglicanos no reino de Elizabete e

consequentemente, muitos de seus líderes foram exilados. DIVISÃO NA IGREJA PURITANA Os Puritanos estavam divididos entre si. Dois grupos derivaram-se do puritanismo, a

saber: 1º, uma parte mais radical com a teoria formaram a igreja PRESBITERIANA. 2º, E a outra parte tinha pensamento e teoria democrática. Esta parte queria

independência. Este grupo almejava a independência de igreja local. Ele foi denominado como “INDEPENDENTE”. Apesar destas diferenças eles continuavam sendo membros da igreja da Inglaterra.

Os Puritanos defendiam ferrenhamente, os direitos populares.

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No ano 1643, ocorreu um concilio, com os líderes puritanos, por ordem do Parlamento em Westminster. Onde foi estabelecida “Confissão de Westminster” e os dois Catecismos, considerados como regra de fé para PRESBITERIANOS E CONGREGACIONAIS, por muito tempo. Da igreja Inglesa, do movimento iniciado pelos Puritanos sugiram três grandes Igrejas, a saber: PRESBITERIANA; GONGREGACIONAL; E BATISTA.

Nos primeiros cinquenta anos do século dezoito, as igrejas inglesas decaíram muito. Eles tinham uma crença puramente intelectual e formalista, mas sem autoridade sobre o povo.

A INGLATERRA DESPERTADA Na Inglaterra, foi despertado um grande grupo de pregadores sinceros e usados por

Deus. Com isso, houve ali, um grande avivamento espiritual. Missionários foram enviados por todas as partes do mundo. Houve muitas uniões de igrejas, principalmente, na América do Norte. E o mundo ouviu a Palavra de Deus.

Dentre estes pregadores, os que mais se destacaram nos últimos três séculos foram: Ricardo Hooker (1554-1600). Ele era pastor de Londres, escritor e pregador; Tomás Cartwright (1535 – 1603). Presbiteriano, calvinista, e passou muito tempo exilado na prisão;

Jonathan Edwads (1703 – 1758). Ele era um dos maiores teólogos do século dezoito, investigador teológico, escrito do livro “A Vontade Livre”, piedoso, muito espiritual e morreu aos 55 anos; João Wesley ((1703-1791). Ele era inglês; uniu um grupo de estudantes de Oxford, os quais almejavam uma vida santa, este fora denominado posteriormente de “Metodista” e anos mais tarde, passaram a serem seguidores de Wesley.

Conforme fora constatado na Introdução deste capítulo, que as cartas destinadas às igrejas da Ásia Menor, as quais estão registradas nos capítulos dois e três de Apocalipse, representam os períodos da igreja. Cada carta representa um período. A igreja do “Tempo Moderno” iniciou e marchou muito bem, ela era composta por muito êxodo espiritual, moral, intelectual e ministerial. Era a igreja do primeiro amor. Isto pelo fato de ela ser representada pela carta destinada à igreja de Filadélfia.

Mas conforme foi aproximando do século vinte, ou melhor, do ano dois mil, esta espiritualidade, até mesmo, a moralidade foram regredindo. A intelectualidade foi quase à zero. Até mesmo hoje, muitos fundadores e responsáveis por muitas igrejas, pequenas e grandes, não conhecem a teologia. Eles ensinam o que acham e que aprenderam com seus superiores, sendo que a maioria deles é até analfabeto. Mas no principio nunca foi assim: Cristo Preparou muito bem os apóstolos, o apostolo Paulo para ser o grande responsável pelo o Novo Testamento, ele tinha que ser um grande doutor e poliglota; os líderes da igreja eram rigorosamente preparados; até mesmo a igreja Medieval para se responsabilizar por uma igreja nesta época a pessoa tinha que ser um doutor em teologia; Martinho Lutero o grande Reformador, era um doutor, em teologia, um grande escritor e o primeiro tradutor da Bíblia a partir da reforma protestante; em todos os demais períodos da igreja seus lideres eram teólogos só a partir do final da era moderna são que leigos e analfabetos passaram a ser responsáveis por igrejas.

Com isto não estamos combatendo os analfabetos. Mas o que nós podemos fazer Deus não faz, e estudar é algo que está no alcance de todos. A Bíblia Sagrada é o livro mais complexo que existe no mundo. Interpretar a Bíblia não é tarefa fácil nem para os diplomatas, quanto menos para os analfabetos. Certo é se hoje formos comparar os ensinamentos genuínos bíblicos com o que é ensinada em inúmeras igrejas a diferença é muito grande.

Não só a espiritualidade, a moralidade, a intelectualidade e a área ministerial que foram regredindo ao aproximar do século XX, mas também o primeiro amor.

Igreja da era Moderna, representada pela Carta de Cristo ao anjo da Igreja de Filadélfia: E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos

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da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas (Apocalipse 3:7-13).

O SÉTIMO PERIODO DA IGREJA A partir do ano 2000, ou melhor, com a entrada do novo milênio, foi introduzida na

face da terra nova fase da igreja, a saber, a Igreja Pós-moderna. E segundo os estudiosos da Bíblia, este período se findará com o Arrebatamento da Igreja. E para honra e gloria do Santo Nome de Jesus, a Igreja continua marchando Monoteísta. Mas se trata de uma igreja morna, conformada e que perdeu o primeiro amor. Na verdade estamos vivendo este triste e difícil período da Igreja. Onde que as igrejas de âmbito geral, não têm o amor, a justiça e fé como a missão moral mais importante. Este período que iniciou por volta do ano 2000, e não sabemos quando ele irá terminar. Os defensores desta tese asseguram que este período terminar-se-á no Arrebatamento da Igreja. Caríssimo leitor, este é o período da igreja na atualidade, o período da igreja Laodicéia. Mas aqueles que pretendem se salvar precisa ser Filadélfia. Isto não é motivo para ninguém venha a se conformar com a mornidão e com o conformismo espiritual. Nem tampouco com a falta do amor. Continua fervoroso no espírito, preocupando com a santidade e a Obra missionária, não conforme só com o que tu já sabes, continua estudando. Se o teu amor está esfriando, ore, e pedi a Deus que venha aumentar o seu amor. O seu AMOR para com Deus, para com aqueles que te rodeia e para com o seu semelhante. Como já sabe, este período é representado pela a Carta destinada ao anjo da igreja de Laodicéia: E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Apocalipse 3:14-22).

CONCLUSÃO Então, vamos nos preparar mais, para sermos arrebatados por Cristo, no Dia do

Arrebatamento da Igreja. Porque estamos vivendo o último período da igreja na terra.

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VIII. LÍNGUA PORTUGUESA

A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um

padrão de escrita e de fala baseado em diversos critérios. A Gramática brasileira é dividida em fonologia, Morfologia e Sintaxe.

1. FONOLOGIA Em linguística, um fonema é a menor unidade sonora (fonética) de uma língua que

estabelece contraste de significado para diferenciar palavras. Por exemplo, a diferença entre as palavras PRATO e TRATO, quando faladas, está apenas no primeiro fonema: /P/ na primeira e /t/ na segunda.

O fonema não pode ser confundido com letra. Enquanto o fonema é o som em si mesmo, a letra é a representação gráfica desse som. É bastante comum que um mesmo fonema seja representado por diferentes letras, como o caso do fonema /z/ que no português pode ser representado pelas letras S (CASA), Z (ZERO) ou X (EXAME). Também acontece de uma mesma letra representar mais de um fonema, isso acontece, por exemplo, com a letra X que no português pode ter o som (fonema) de /z/ (EXEMPLO), /chê/ (ENXAME), /s/ (APROXIMAR) e /ks/ (FIXO).

Obs.: na escrita os fonemas devem sempre ser representados entre barras. Isto é o que os distingue das letras. Ao se escrever uma letra sem barras, está se referindo a letra em si mesmo, e não ao fonema.

Nem sempre há coincidência entre o número de letras e o número de fonemas em uma palavra. Exemplos: TAXI - letras T A X I = 4 fonemas /t/ /a/ /k/ /s/ /i/ = 5 MANHÃ - letras M A N H Ã = 4 fonemas /m/ /a/ /nh/ /a/

Algumas letras, em determinadas palavras, não representam fonemas. Por exemplo, o N e o M nas palavras "VENDO" e "BOMBA" não representam um som isolado, mas servem para indicar a nasalização da letra que lhes precede. Algumas palavras são escritas com letras que não possuem qualquer som, e portanto não representam nenhum fonema, como o caso do H em palavras como "HARMONIA" ou "HOJE", s em palavras como "NASCER" ou "DISCÍPULO" ou u nos grupos gu e qu seguidos de e ou i, em palavras como "GUERRA" e "QUERO" e o x em palavras como "EXCEÇÃO" ou "EXCEDER". Essas letras são conservadas na escrita, embora não apareçam na oralidade por razões etimológicas.

Alofone: são as várias possibilidades de pronúncia de um mesmo fonema. Exemplo: o fonema final /l/ da palavra "SOL" pode ser pronunciado como /l, /w/ ou /r/. Isto ocorre por causa de diferenças regionais, sociais ou individuais.

1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes: 1.1.1. VOGAIS Vogal é o fonema produzido pelo ar que, expelido dos pulmões, faz vibrar as cordas

vocais e não encontra nenhum obstáculo na sua passagem pelo aparelho fonador. Classificam-se em:

1.1.1.1. QUANTO À INTENSIDADE • Vogal tônica: é a vogal onde se encontra o acento principal da palavra. • Vogal subtônica: é a vogal onde se encontra o acento secundário da palavra. • Vogal átona: é uma vogal onde não existe qualquer acento da palavra.

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Exemplo: Na palavra automaticamente, o primeiro "a" é a vogal tônica, o segundo "a" é a vogal subtônica, e as demais vogais são átonas.

Nota 1: Em alguns idiomas como o chinês não existe o conceito de intensidade da vogal. Em seu lugar, existe o conceito de tom, em que as sílabas são distinguidas pela maneira como são entonadas. Em português, o conceito de "tom" existe quando se diferencia uma pergunta de uma afirmação (ex.: "o açúcar é branco."; "o açúcar é branco?") ou em uma frase exclamativa: "(ex.: "como o açúcar é branco!"). Então percebemos que realmente o açúcar é branco, porque isso é uma parte dos fonemas.

Nota 2: Em nenhuma palavra de até três sílabas existem vogais subtônicas em português. E em algumas preposições, artigos, pronomes e conjunções com uma ou duas sílabas (ex.: por, em, para, um, o, pelo), não existem vogais tônicas.

1.1.1.2. QUANTO AO TIMBRE • Vogais abertas: São as vogais articuladas ao se abrir o máximo a boca. Por

exemplo: no Brasil, nas palavras "amora" e "café", todas as vogais são abertas. • Vogais fechadas: São as vogais articuladas ao se abrir o mínimo a boca. Por

exemplo: nas palavras "êxodo" e "fôlego", todas as vogais são fechadas. Alguns gramáticos da língua portuguesa ainda classificam as vogais "e" e "o" na

categoria de vogais reduzidas quando são átonas no fim de uma palavra, que em geral são pronunciadas como "i" e "u". Por exemplo, nas palavras "análise" e "camelo".

1.1.1.3. QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO • Vogais orais: São as vogais pronunciadas completamente através da cavidade

oral. Em português, existem de sete a nove vogais orais, de acordo com o dialeto, a saber: "á" [ä], "â" [ ], "ê" [e], "é" [ɛ], "i" [ ], "í" [i], "ô" [o], "ó" [ɔ] e "u" [u] (as vogais representadas pelos símbolos [ , ] são comumente representados por [ɨ, ɐ] por sua proximidade e também por sua semelhança gráfica).

• Vogais nasais: São as vogais pronunciadas em que uma parte do ar usado para a pronúncia escapa pela cavidade nasal. Em português, existem cinco vogais nasais. Nas palavras: "maçã", "sempre", "capim", "bondade", e "fundo", os grafemas assinalados em negrito representam vogais nasais. Também são nasais os ditongos "ão", "ãe", "õe" e o ditongo "ui" da palavra "muito".

1.1.1.4. QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO • Vogais posteriores: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no

fundo da boca, entre o dorso da língua e o véu palatino. Em português, são posteriores as vogais "ô", "ó" e "u".

• Vogais anteriores: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada na frente da boca entre o dorso da língua e o palato duro. Em português, são anteriores as vogais "ê", "é" e "í".

• Vogais centrais: São as vogais pronunciadas com a língua posicionada no centro da boca. Em português, são centrais as vogais "á", "â", e em alguns dialetos também têm o "i" átono, pronunciado ora central ora quase posterior.

1.1.2. SEMIVOGAIS As semivogais são fonemas que não ocupam a posição de núcleo da sílaba, devendo,

portanto, associar-se a uma vogal para formarem uma sílaba. Em português, somente os fonemas representados pelas letras "i" e "u" em ditongos e tritongos são considerados

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semivogais. Um ditongo é sempre formado por uma vogal mais uma Semivogal. Quando a semivogal vem antes da vogal, o ditongo é dito "crescente" (como em "jaguar"). Quando a semivogal vem depois, o ditongo é dito "decrescente" (como em "demais"). Nos ditongos "ui" e "iu", uma das letras é sempre considerada vogal e a outra é semivogal. No caso dos tritongos, todos eles são formados por uma vogal intercalada entre duas semivogais.

1.1.3. CONSOANTES Consoantes são fonemas assilábicos que se produzem após ultrapassar um obstáculo

que se opõe à corrente de ar no aparelho fonador. Estes obstáculos incluem os lábios, os dentes, a língua, o palato, o véu palatino e a úvula.

1.1.3.1. QUANTO AO PAPEL DAS CORDAS VOCAIS • Consoantes surdas (ou desvozeadas): São as consoantes pronunciadas sem que

as cordas vocais sejam postas em vibração. São surdas as seguintes consoantes em português: f, k, p, c, s, t, x, ch.

• Consoantes sonoras (ou vozeadas): São as consoantes pronunciadas com a vibração das cordas vocais. São sonoras as seguintes consoantes em português: b, d, g, j, l, lh, m, n, nh, r, v, z.

1.1.3.2. QUANTO AO MODO DE ARTICULAÇÃO • Consoantes oclusivas: São as consoantes pronunciadas fechando-se

totalmente o aparelho fonador, sem dar espaço para o ar sair. São oclusivas as seguintes consoantes: p, t, k, b, d, g.

• Consoantes fricativas: São as consoantes pronunciadas através de uma corrente de ar que se fricciona em um obstáculo. São fricativas as seguintes consoantes em português: f, j, s, ch, v, z.

• Consoantes laterais: São as consoantes pronunciadas ao fazer passar a corrente de ar nos dois cantos da boca ao lado da língua. Em português, são laterais apenas as consoantes "l" e "lh".

• Consoantes vibrantes: São as consoantes pronunciadas através da vibração de algum elemento do aparelho fonador, em geral a língua ou o véu palatino. Em português, são vibrantes apenas as duas variedades do "r", como em "carro" e em "caro".

• Consoantes nasais: São as consoantes em que o ar sai pelas fossas nasais, em vez da boca. Em português, são nasais as consoantes "m", "n" e "nh".

1.1.3.2. QUANTO AO PONTO DE ARTICULAÇÃO • Consoantes bilabiais: São as consoantes pronunciadas com o contato dos dois

lábios. Em português, são bilabiais as consoantes: p, b, m. • Consoantes dentais: São as consoantes pronunciadas com a língua entre os

dentes. Em português são dentais as consoantes: t, d e n. • Consoantes alveolares: São as consoantes pronunciadas com o contato da

língua nos alvéolos dos dentes. Em português, são alveolares as consoantes: s, z, l e o "r" fraco. • Consoantes labiodentais: São as consoantes pronunciadas com o contato dos

lábios na arcada superior dos dentes. Em português, são labiodentais as consoantes "f" e "v". • Consoantes palatais: São as consoantes pronunciadas com o contato da língua

com o palato. Em português, são palatais as seguintes consoantes: j, ch, lh e nh, e, em alguns dialetos, também as consoantes "t" e "d" antes de "i".

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• Consoantes retroflexivas: São as consoantes pronunciadas com a língua curvada. Em português, somente alguns dialetos do Brasil têm uma consoante retroflexiva, o chamado "r" caipira.

• Consoantes velares: São as consoantes pronunciadas com a parte traseira da língua no véu palatino. Em português, são velares as consoantes: k, g e rr (em alguns dialetos brasileiros).

• Consoantes uvulares: São as consoantes pronunciadas através da vibração da úvula. Em português, existem na variedade europeia e no dialeto fluminense; no caso, o "r" forte.

• Consoantes glotais: São as consoantes pronunciadas através da vibração da glote. Não há consoantes glotais em português e em praticamente nenhum dos idiomas ocidentais. Exemplos de idiomas com consoantes glotais são o hebraico e o árabe.

Nota: No Brasil, é perceptível a diferença de pronúncia da palavra tia entre pessoas do Rio de Janeiro e Nordeste, por exemplo. De modo geral, para os primeiros, a letra "t" é um fonema palatal (pronunciado mais ou menos como "txia", enquanto para os segundos representa um fonema alveolar. Ainda que — assim como em prato e trato — os sons correspondentes à letra t de tia sejam diferentes (isto é, letras iguais e sons diferentes), o fonema é um só, visto que, na língua, não se estabelece distinção de significado ao pronunciar-se /tia/ ou /txia/. As letras do alfabeto representam os sons recebem o nome de FONEMA.

2. MORFOLOGIA Resumindo, a Morfologia é o estudo da palavra e sua função na nossa língua. 2.1. SUBSTANTIVO Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. A palavra que indica o nome dos

seres pertence a uma classe chamada substantivo. O substantivo é a palavra que dá nome ao ser.

Além de objeto, pessoa e fenômeno, o substantivo dá nome a outros seres, como: lugares, sentimentos, qualidades, ações e etc.

2.1.1. CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO -Comum - é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie. -Coletivos - entre os substantivos comuns encontram-se os coletivos, que, embora no

singular, indicam uma multiplicidade de seres da mesma espécie -Próprio - é aquele que particulariza um ser da espécie. -Concreto - é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente

de outros seres. -Abstrato - é aquele que indica seres dependentes de outros seres. 2.2. ARTIGO Na frase, há muitas palavras que se relacionam ao substantivo. Uma delas é o artigo. Artigo é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo. 2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DO ARTIGO O artigo se classifica de acordo com a ideia que atribui ao ser em relação a outros da

mesma espécie. Definido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma definida: o, as, os,

as. Indefinido - é aquele usado para determinar o substantivo de forma indefinida: um,

uma, uns, umas.

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2.3. ADJETIVO Outra palavra que, na frase, se relaciona ao substantivo, é o adjetivo. Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo. 2.3.1 FORMAÇÃO DO ADJETIVO Como o substantivo, o adjetivo pode ser: -Primitivo - é aquele que não deriva de outra palavra. -Derivado - é aquele que deriva de outra palavra (geralmente de substantivos ou

verbos). -Simples - é aquele formado de apenas um radical. -Composto - é aquele formado com mais de um radical. 2.3.2 LOCUÇÃO ADJETIVA Para caracterizar o substantivo, em lugar de um adjetivo pode aparecer uma locução

adjetiva, ou seja, uma expressão formada com mais de uma palavra e com valor de adjetivo. 2.4. NUMERAL Entre as palavras que se relacionam, na frase, ao substantivo há também o numeral. Numeral é a palavra que se refere ao substantivo dando a ideia de número. O numeral pode indicar: -Quantidade - Choveu durante quatro semanas. -Ordem - O terceiro aluno da fileira era o mais alto. -Multiplicação - O operário pediu o dobro do salário. -Fração - Comeu meia maça. 2.4.1 CLASSIFICAÇÃO DO NUMERAL -Cardinal - Indica uma quantidade determinada de seres. -Ordinal - Indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série. -Multiplicativo - Expressa a ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a

quantidade foi aumentada. -Fracionário - Expressa a ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade

foi dividida. 2.5. PRONOME Além do artigo, adjetivo e numeral há ainda outra palavra que, na frase, se relaciona

ao substantivo: é o pronome. Pronome é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à

pessoa do discurso. As pessoas do discurso são três: -Primeira pessoa - a pessoa que fala. Exemplos: eu, nós me, mim; meu, minha, etc. -Segunda pessoa - a pessoa com quem se fala. Exemplos: te, tu, você, vós, vos, teu, tua

etc. -Terceira pessoa - a pessoa de quem se fala. Exemplos: ele, ela, seu sua, dele, dela, lhe,

etc. 5.1 Classificação do Pronome Há seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos,

interrogativos e relativos. -Pronomes pessoais: Os pronomes pessoais substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso.

São eles: retos, oblíquos e de tratamento. -Pronomes Possessivos:

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São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).

-Pronomes Demonstrativos: São palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às

pessoas do discurso. -Pronomes Indefinidos: Pronomes Indefinidos são palavras que se referem a Terceira pessoa do discurso,

dando-lhe sentido vago ou expressando quantidade indeterminada. -Pronomes Interrogativos: Pronomes Interrogativos são aqueles usados na formulação de perguntas diretas ou

indiretas. Assim como os indefinidos, referem-se a Terceira Pessoa do Discurso. -Pronomes Relativos: São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados

anteriormente e com os quais se relacionam. 2.6. VERBO Quando se pratica uma ação, a palavra que representa essa ação, indicando o

momento que ela ocorre, é o verbo. Uma ação ocorrida num determinado tempo também pode constituir-se num fenômeno da natureza expresso por um verbo.

Verbo é a palavra que expressa ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.

2.6.1 CONJUGAÇÕES DO VERBO Na língua portuguesa, três vogais antecedem o “r” na formação do infinitivo: a-e-i.

Essas vogais caracterizam a conjugação do verbo. Os verbos estão agrupados, então, em três conjugações: a primeira conjugação (terminados em ar), a segunda conjugação (terminados em er) e a terceira conjugação (terminados em ir).

2.6.2 FLEXÃO DO VERBO O verbo é constituído, basicamente, de duas partes: radical e terminações. As terminações do verbo variam para indicar a pessoa, o número, o tempo, o modo. 2.6.3 TEMPO E MODO DO VERBO O fato expresso pelo verbo aparece sempre situado nos tempos: -Presente - Ele anuncia o fim da chuva. -Passado - Ele anunciou o fim da chuva. -Futuro - Ele anunciará o fim da chuva. Além de o fato estar situado no tempo, ele também pode indicar: -Fato certo - Ele partirá amanhã. -Fato duvidoso - Se ele partisse amanhã... -Ordem - Não partas amanhã. As indicações de certeza, dúvida e ordem são determinadas pelos modos verbais. São,

portanto três modos verbais: Indicativo (fato certo), Subjuntivo (fato duvidoso), Imperativo (ordem).

2.6.4 VOZES DO VERBO Voz é a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.

São três as vozes verbais: -Ativa - o sujeito é o agente da ação, ou seja, é ele quem pratica a ação. -Passiva - o sujeito é paciente, isto é, sofre a ação expressa pelo verbo. -Reflexiva - o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação verbal, isto é,

pratica e sofre a ação expressa pelo verbo 2.7. ADVÉRBIO Há palavras que são usadas para indicar as circunstâncias em que ocorre a ação verbal:

são os advérbios. Advérbio é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.

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2.7.1 CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO De acordo com as circunstâncias que exprime, o advérbio pode ser de: -Tempo (ontem, hoje, logo, antes, depois) -Lugar (aqui, ali, acolá, atrás, além) -Modo (bem, mal, depressa, assim, devagar) -Afirmação (sim, deveras, certamente, realmente) -Negação (não, absolutamente, tampouco) -Dúvida (talvez, quiçá, porventura, provavelmente) -Intensidade (muito, pouco, mais, bastante). 2.7.2 LOCUÇÃO ADVERBIAL É um conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio. 2.7.3 ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS São advérbios interrogativos: quando (de tempo), como (de modo), onde (de lugar),

por que (causa). Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas. 2.8. PREPOSIÇÃO Há palavras que, na frase, são usadas como elementos de ligação: uma delas é a

preposição. Preposição é a palavra invariável que liga dois termos. Nessa ligação entre os dois termos, cria-se uma relação de subordinação em que o

segundo termo se subordina ao primeiro. 2.8.1 LOCUÇÃO PREPOSITIVA É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma preposição. 2.9. CONJUNÇÃO Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de

ligação: a conjunção. Conjunção é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.

9.1 Classificação das conjunções As conjunções podem ser coordenativas e subordinativas. 2.10. INTERJEIÇÃO Há palavras que expressam surpresa, alegria, aplauso, emoções. Essas palavras são as

interjeições. Interjeição é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento. 2.10.1 CLASSIFICAÇÃO DE INTERJEIÇÃO As interjeições classificam-se segundo as emoções ou sentimentos que exprimem: -Aclamação: Viva! -Advertência: Atenção! -Agradecimento: Grato! -Afugentamento: Arreda! -Alegria: Ah! -Animação: Coragem! -Pena: Oh! 2.10.2. LOCUÇÃO INTERJETIVA São duas ou mais palavras com valor de interjeição. 3. SINTAXE Porque estudar Sintaxe. Frase, oração, período. 1 – TEMA: Noções de Sintaxe. Frase, oração, período. Importância do estudo da

sintaxe. 2 – PRÉ-REQUISITO: Ler com compreensão. Ter noções de morfologia. 3 – META: Este roteiro foi elaborado com o objetivo de:

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. Desenvolver habilidades de interpretar textos

. Conscientizar o aluno da importância do estudo da Sintaxe da Língua Portuguesa

. Proporcionar condições para estabelecimento dos conceitos de frase, oração e período.

4 – PRÉ-AVALIAÇÃO: O objetivo da pré-avaliação é diagnosticar o quanto se tem conhecimento de um assunto. Para isso, basta que você responda à Auto avaliação que está no final deste Roteiro, antes de ler qualquer texto existente nele. Se você alcançar um resultado igual ou superior a 80 pontos, não precisa estudar o assunto, pois você já o domina suficientemente. Caso contrário, vá direto para as Atividades de Estudo.

5 – ATIVIDADES DE ESTUDO: Ler com entendimento é pré-requisito para se aprender qualquer coisa através da leitura. Por isso, leia o texto do Anexo A para treinar sua interpretação. Embora a leitura dos anexos em si seja também interpretação de texto, ela é voltada para uma finalidade mais específica que é a aprendizagem dos conceitos gramaticais. O texto do Anexo A é mais genérico e serve de treinamento para a compreensão geral da língua. Portanto, faça o seguinte:

a) Tenha um dicionário de Português ao seu alcance, para consultá-lo sobre as palavras que você desconhece o significado;

b) Procure um lugar sossegado para os textos e fazer os exercícios; c) Leia primeiro o texto; faça em seguida os exercícios; compare suas respostas com o

gabarito e veja o que errou; retorne ao texto para verificar o porquê do erro. 6 – PÓS-AVALIAÇÃO: Após ter feito o estudo dos textos e os exercícios, responda às

questões propostas na Auto avaliação. Creio que você agora, acertará todas. Caso isso não aconteça, consulte as orientações dadas nas Atividades Suplementares.

7 – ATIVIDADES SUPLEMENTARES: Se você não conseguiu alcançar 80 pontos na Pós-avaliação, volte à leitura dos textos, agora com mais atenção. Sem pressa. A leitura com compreensão é à base da aprendizagem.

ANEXO A – INTERPRETAÇÃO DE TEXTO A FUGA (Fernando Sabino) 1. Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma

cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal. 2. – Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar. 3. Com três anos já sábia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças

paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira. 4. – Pois então para de empurrar a cadeira. 5. – Eu vou embora – foi à resposta. 6. Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar

do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.

7. A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até ao portão:

8. – Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.

9. – Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele. 10. Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo

ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia à distância.

11. – Meu filho, cuidado!

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12. O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:

13. – Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito, comovido.

14. – Deixa eu descer, papai. Você está me machucando. 15. Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas: 16. – Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai. 17. – Me larga. Eu quero ir embora. 18. Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de

fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa. 19. – Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando. 20. – Fico, mas vou empurrar está cadeira. 21. E o barulho recomeçou. “– Fique aí, quietinho, está ouvindo?” Papai está trabalhando. - Fico, mas vou empurrar está cadeira. E o barulho recomeçou. Isso significa que tudo iria começar novamente, pois a criança queria mesmo era

chamar a atenção do pai. Há, no entanto, uma ação na história que não se repetirá. Qual é essa ação e por que não se repetirá?

III – Reescreva as frases abaixo, substituindo as palavras grifadas por outras de sentido equivalente (escolha entre as que estão no quadro), fazendo as modificações, se necessário.

Reuniu – uniu – economizou – associou – reduziu – apressou –Espremeu – ajustou –

abraçou – recobrou – observou – consertou 1. O pai não reparou que o menino juntou ação às palavras. 2. O menino juntou as suas coisinhas. 3. Ele juntou duas cadeiras para formar uma cama. 4. O menino juntou um dinheirinho para comprar uma bola. 5. O menino apertou o passinho. 6. A costureira apertou várias roupas para mim. 7. Quando ele apertou a fruta, o caldo escorreu no copo. 8. Ele apertou as despesas porque estava em dificuldades. 9. O pai apertou o filho contra o peito, comovido. 10. O pai reparou que o menino havia ficado triste. 11. O pedreiro já reparou o muro. 12. Ele só reparou as forças porque parou um pouco. ANEXO B – A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA SINTAXE Alguns alunos, às vezes, questionam os professores sobre gastar tempo estudando

alguns assuntos que, segundo eles, não vão usar no dia-a-dia da vida profissional. Um desses assuntos é a SINTAXE. Mas, o que é mesmo isso? Do que trata? Qual o seu valor para o exercício profissional, qualquer que seja ele?

Primeiro temos que saber que a língua constitui-se de um todo quando a usamos para nos comunicar. É verdade que, ao falarmos com alguém, não vamos nos “ ligar ” se estamos usando um substantivo, verbo, se a palavra é masculina ou se está no plural. Não nos preocupamos com a classificação gramatical. O que nos preocupa, no momento da comunicação, é se aquele que nos ouve ou lê, entende o que estamos informando. Mas, de repente, o nosso ouvinte ou leitor pode ficar bravo conosco, porque entendeu diferente o que foi informado. É o que costumamos classificar como “ruído na comunicação”.

Às vezes, esses “ruídos” acontecem porque o comunicador da mensagem não a construiu dentro dos padrões da língua, por pura falta de conhecimento desta língua. E naturalmente, quanto mais se conhece um instrumento, mais sucesso teremos em manejá-lo.

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Assim também acontece com a Língua Portuguesa. Quanto mais você souber a respeito dela, mais sucesso você terá, ao usá-la.

Não há nenhuma área da vida profissional que dispense o uso da língua. Em qualquer situação de sua profissão você a usará, seja para escrever um relatório, para ler ou dar uma informação, para escrever uma receita médica ou uma receita culinária, a língua vai estar presente, falada ou escrita.

ANEXO B – A DIVISÃO SISTEMÁTICA PARA SE ESTUDAR A LÍNGUA PORTUGUESA Para melhor estudarmos o Português, os estudiosos desta língua (os gramáticos)

estabeleceram como estudar sistematicamente os elementos que a constituem: é o que chamamos de GRAMÁTICA.

A Gramática classifica e sistematiza os fenômenos da língua, fixando regras que, de acordo com a época, representam o ideal da expressão correta. Quando dizemos “de acordo com a época”, queremos dizer que, por a língua ser dinâmica, ela evolui, altera-se, muda. É por isso que, de vez em quando, ouvimos falar em reforma ortográfica da língua.

O estudo da Gramática se divide em três grandes partes: a Fonética, a Morfologia e a Sintaxe.

A Fonética ocupa-se dos sons da língua. Descreve e classifica os sons produzidos e usados na fala, fixando a pronúncia correta das palavras.

A Morfologia se ocupa da estrutura e classificação das palavras e do tipo de relacionamento entre o ser e a palavra que o representa.

A Sintaxe trata do arranjo das palavras e da construção das frases. É o estudo do valor que uma palavra tem em relação às outras que a acompanham. A Sintaxe procura verificar qual é a importância que cada palavra tem dentro da frase e o melhor lugar em que cada uma deve ficar para melhor expressar nosso pensamento.

Portanto, estudar Sintaxe nos habilita a usar a língua portuguesa de maneira correta, eficaz e elegante. Um dos pré-requisitos para estudar Sintaxe é sabermos distinguir bem as classes das palavras. Para isso você precisa estudar Morfologia.

O estudo da Sintaxe também nos ajuda a interpretar melhor os textos. Por isso, se você tem algumas dificuldades na interpretação de textos, você precisa se esforçar e deixar de lado a indisposição para o estudo da Sintaxe. Você verá que o estudo desta área da língua só lhe trará benefícios e não vai gastar tempo à toa.

ANEXO C – FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO. DIFERENÇAS. Você já deve ter ouvido muito falar em frase, oração e período. Mas você sabe qual é a

diferença entre elas? Vamos começar nosso estudo fazendo uma pergunta: o que é frase? Observe os exemplos abaixo:

1 – Tenha cuidado com os espinhos, meu filho! 2 – Cuidado com os espinhos! 3 – Cuidado! Nos exemplos, há uma mesma mensagem estruturada de várias maneiras, o que não

impede que cada uma delas transmita a ideia completa, ou seja, que cada uma delas comunique alguma coisa. Pois bem, cada um dos exemplos acima é uma frase. Então, nossa resposta à pergunta é:

Frase é todo enunciado suficiente em si mesmo para estabelecer comunicação. É a expressão de um pensamento, por meio de uma ou várias palavras. A frase sempre

tem um sentido completo. Então, todos os exemplos acima são frases, porque transmitem uma mensagem de sentido completo.

A frase tem sempre um sentido intencional, isto é, exprime aquilo que temos intenção de dizer. O sentido intencional que damos a nossas palavras, faz com que as pronunciemos com um determinado tom de voz, isto é, com uma certa entoação ou melodia. Assim, cada

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frase possui uma entoação própria. Considerando a entoação das frases, podemos classificá-las em:

DECLARATIVAS – quando declaram alguma coisa. Ex.: Eles vão ao cinema. EXCLAMATIVAS – indicam surpresa, alegria, tristeza. Ex.: Eles vão ao cinema! INTERROGATIVAS – indicam uma pergunta. Ex.: Eles vão ao cinema? Você percebeu a diferença existente entre as frases acima? Elas estão compostas das

mesmas palavras, mas, por causa da entoação da voz que deve ser usada, a mensagem não é a mesma.

Também, pela simples entoação, podemos diferenciar a fala de um português da de um brasileiro e entre os brasileiros, a de um carioca, nordestino, gaúcho ou mineiro. Entretanto, na escrita, essas marcas melódicas não podem ser distinguidas a não ser através do uso da linguagem usada pelos falantes e os sinais gráficos usados para indicá-los. Mas, mesmo assim, só ouvindo os falantes é que vamos distingui-los.

Vamos, agora, analisar as frases quanto a sua estrutura. 1º exemplo: Tenha cuidado com os espinhos, meu filho! Aqui, a frase é formada por um grupo de palavras entre as quais há um verbo. Você

sabe: verbo é a palavra que exprime ação, estado ou fenômeno. 2º exemplo: Cuidado com os espinhos! Aqui, retiramos algumas palavras (o verbo) que apareciam na primeira frase,

entretanto a mensagem continua sendo transmitida. 3º exemplo: Cuidado! Aqui, há apenas uma palavra que expressa a ideia contida nas duas primeiras frases,

mas não é um verbo. Na primeira frase, a ideia é que alguém: meu filho; faz uma ação: ter; que resulta

em algo: cuidado com os espinhos. Nessa estrutura, a ideia está expressa por palavras que apresenta alguém que faz a

ação (sujeito) mais o verbo indicativo da ação e seus complementos (predicado). Quando a estrutura da frase aparece assim, dizemos que esta frase é uma oração.

Portanto, a oração é uma frase que obrigatoriamente apresenta um verbo na sua estrutura em volta do qual gravitam outras palavras que lhe completam o sentido.

Já as frase 2 e 3, embora expressem ideias completas, não apresentam verbo na sua estrutura.

A oração é a frase onde encontramos um sujeito e um predicado que podem ser claramente separados ou identificados. O exemplo abaixo é uma oração:

A sala está suja. Pois temos o sujeito (a sala) e o predicado (está suja). Mas, se dissermos: Que sala suja! - é apenas uma frase e não uma oração, porque

não podemos distinguir ou identificar claramente o sujeito e o predicado. Há certas orações que podem não apresentar o sujeito Ex.: Chove lá fora. Assim, o fator indispensável para que haja uma oração é a presença do verbo na frase.

É por isso que afirmamos: Toda oração é uma frase, mas nem frase é uma oração. E o que é um período? Período é uma frase organizada com uma ou mais orações. O

período termina sempre por uma pausa bem definida, que se marca, na escrita com um ponto, ponto de interrogação, ponto de exclamação, reticências e, às vezes, com dois pontos.

Ex.: 1. A excursão durou cerca de meia hora. 2. Lia comentou o ocorrido e calou-se em seguida. O sentido das frases apresentadas é completo. Mas observe que existem verbos

(durou, comentou, calou-se). Na frase 1 temos apenas um verbo: durou. Já na frase 2 temos dois verbos: comentou e calou. No primeiro exemplo temos um período simples: é formado

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apenas por uma oração. No segundo exemplo, temos um período composto: é formado por duas orações.

RESUMINDO: FRASE – é um enunciado de sentido completo com ou sem verbo. ORAÇÃO – é um enunciado de sentido completo onde deve aparecer obrigatoriamente

um verbo. PERÍODO – é um enunciado com sentido completo formado por uma ou mais orações. LEITURA REFLEXIVA PÁ, PÁ, PÁ A americana estava há pouco tempo no Brasil. Queria aprender o português depressa,

por isto prestava muita atenção em tudo que os outros diziam. Era daquelas americanas que prestam muita atenção.

Achava curioso, por exemplo, o “pois é”. Volta e meia, quando falava com brasileiros, ouvia o “pois é”.

Era uma maneira tipicamente brasileira de não ficar quieto e ao mesmo tempo não dizer nada. Quando não sabia o que dizer, ou sabia, mas tinha preguiça, o brasileiro dizia “pois é”. Ela não aguentava mais o “pois é”.

Também tinha dificuldades com o “pois sim” e o “pois não”. Uma vez quis saber se podia me perguntar uma coisa.

- Pois não – disse eu, polidamente. - É exatamente isso! O que quer dizer “pois não”? - Bom. Você me perguntou se podia fazer uma pergunta. Eu disse “pois não”. Quer

dizer, “pode, esteja à vontade, estou ouvindo, estou às suas ordens…” - Em outras palavras, quer dizer “sim”. - É. - Então por que não se diz “pois sim”? - Porque “pois sim” quer dizer “não”. - O quê?! - Se você disser alguma coisa que não é verdade, com a qual eu não concordo, ou acho

difícil de acreditar, eu digo “pois sim”. - Por quê? - Porque o “pois”, no caso, dá o sentido contrário, entende? Quando se diz “pois não”,

está-se dizendo que seria impossível, no caso, dizer “não”. Seria inconcebível dizer “não”. Eu dizer não? Aqui, ó.

- Onde? - Nada. Esquece. Já o “pois sim” quer dizer “ora, sim!”. “Ora, se eu vou aceitar isso.”

“Ora, não me faça rir. Rá, rá, rá.” - “Pois” quer dizer “ora”? - Ahn… Mais ou menos. - Que língua! Eu quase disse: “E vocês, que escrevem ‘tough’ e dizem ‘tâf’?”, mas me contive. Afinal,

as intenções dela eram boas. Queria aprender. Ela insistiu: - Seria mais fácil não dizer o “pois”. Eu já estava com preguiça. - Pois é. - Não me diz “pois é”! Mas o que ela não entendia mesmo era o “pá, pá, pá”. - Qual o significado exato de “pá, pá, pá”. - Como é? - “Pá, pá, pá”. - “Pá” é pá. “Shovel”, Aquele negócio que a gente pega assim e… - “Pá” eu sei o que é. Mas “pá” três vezes?

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- Onde foi que você ouviu isso? - É a coisa que eu mais ouço. Quando brasileiro começa a contar história, sempre entra

o “pá,pá,pá”. Como que para ilustrar nossa conversa, chegou-se a nós, providencialmente, outro

brasileiro. E um brasileiro com história: - Eu estava ali agora mesmo, tomando um cafezinho, quando chega o Túlio. Conversa

vai, conversa vem e coisa e tal e pá, pá, pá… Eu e a americana nos entreolhamos. - Funciona como reticências – sugeri eu. – Significa, na verdade, três pontinhos.

“Ponto, ponto, ponto.” - Mas por que “pá” e não “pó”? Ou “pi” ou “pu”? Ou “etcétera”? Me controlei para não dizer – “E o problema dos negros nos Estados Unidos?”. Ela continuou: - E por que tem que ser três vezes? - Por causa do ritmo. “Pá, pá, pá.” Só “pá, pá” não dá. - E por que “pá”? - Porque sei lá – disse, didaticamente. O outro continuava sua história. História de brasileiro não se interrompe facilmente. - E aí o Túlio com uma lengalenga que vou te contar. Porque pá, pá, pá… - É uma expressão utilitária – intervim. – Substitui várias palavras (no caso toda a

estranha história do Túlio, que levaria muito tempo para contar) por apenas três. É um símbolo de garrulice vazia, que não merece ser reproduzida. São palavras que…

- Mas não são palavras. São só barulhos. “Pá, pá, pá.” - Pois é – disse eu. Ela foi embora, com a cabeça alta. Obviamente desistira dos brasileiros. Eu fui para o

outro lado. Deixamos o amigo do Túlio papeando sozinho.

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IX. LITURGIA

Resumidamente “liturgia” consiste em o conjunto de regras que regulamenta um culto, ou um ofício eclesiástico. Exemplos: Como iniciar, desenvolver e concluir um culto, ou outro trabalho eclesiástico; Horários estabelecidos para cada fator que compõe um culto, ou outros afazeres pertencente à igreja; A administração de um culto, ou de outro ofício relativo à igreja.

A palavra liturgia (do gregoλειτουργία, "serviço" ou "trabalho público") pebinha compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado (como a MissaCatólica) ou uma atividade diária como as salatsmuçulmanas

A liturgia é considerada por várias denominações cristãs, nomeadamente o Catolicismo, a Igreja Ortodoxa e alguns ramos (Igrejas Altas) do Anglicanismo e do Luteranismo, como um ofício ou serviço indispensável e obrigatório. Isto porque estas Igrejas cristãs prestam essencialmente o seu culto de adoração a Deus (a latria) através da liturgia. Para elas, a liturgia tornou-se, em suma, no seu culto oficial e público.

A igreja primitiva considerava a leitura das Sagradas Escrituras uma maneira eficaz de entrar em contato com Deus. Essa postura determinou a disseminação de traduções, que acompanharam o crescimento da igreja, desde a Judéia e Samaria, até a Anatólia -- Éfeso, Pérgamo, Laodicéia, Filadélfia --, Grécia, e finalmente Roma, onde são Pedro estabeleceu sua sé. Os papas sempre aconselharam a leitura privada da Bíblia, como fonte de vida espiritual, pregação e catequese.

No rito católico, a liturgia da palavra e a celebração da eucaristia sempre estiveram juntas. Com as mudanças introduzidas na liturgia, a partir do papa João XXIII, a leitura de trechos do Antigo Testamento, de uma epístola e do Evangelho passaram a ser feitas não mais em latim, pelo texto da Vulgata -- tradução latina oficial da Igreja Católica -- mas na língua do lugar onde se celebra o culto. No entanto, a proliferação de traduções, nem sempre confiáveis, já havia levado a Santa Sé a estabelecer normas e limitar a leitura às edições devidamente revistas e aprovadas.

No rito oriental, sobretudo após as grandes controvérsias teológicas dos quatro primeiros séculos, incorporou-se a prática de compor textos de orações, hinos e cantos corais alusivos a diversas passagens da Bíblia, que funcionavam como pequenos sermões. A Igreja Ortodoxa oriental adota muitos textos nessa linha, como orações que proclamam a teologia ortodoxa, o canto diário de salmos, com maior ênfase no culto do domingo. Na tradição grega adotam-se hinos de composição livre, baseados em personagens ou episódios bíblicos, ou paráfrases de passagens das Escrituras.

A liturgia do judaísmo é a da sinagoga, que começou ao tempo do exílio da Babilônia, no século VI a.C. e substituiu aos poucos o culto do templo. Como a sinagoga estava separada do templo de Jerusalém, cada instituição adotava sua própria liturgia. A congregação dos rabinos prestava culto à parte, em certos dias festivos prescritos pela Bíblia; o povo prescindia de sacerdote, mas mantinha um estreito sentido de comunidade, que agia segundo a palavra de Deus, expressa nas Escrituras. Obedecia aos dias, semanas, meses e anos prescritos, o que dava uma ordem à vida comunitária. A leitura em voz alta, nas sinagogas, era o ponto alto do culto, e muito concorreu para que o texto bíblico se tornasse familiar aos judeus.

A fé protestante está dividida em tão grande número de grupos culturais e religiosos, com perspectivas teológicas tão diversas, que não há como generalizar sobre as relações entre o culto e a Bíblia. Para os anglicanos, como também para a maioria dos luteranos, no século XX, prevalecem as mesmas orientações vigentes para os católicos, com a composição de orações, hinos e cânticos inspirados na Bíblia. Certas correntes protestantes de orientação fundamentalista, que mantêm uma interpretação mais radicalmente literal, nada além da Bíblia

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deve servir como texto de culto. A liturgia protestante das demais confissões situa-se entre esses dois extremos.

Textos originais. De nenhum livro bíblico possui-se o manuscrito original. Existem, porém, numerosas

cópias manuscritas de séculos posteriores que, comparadas entre si e com as mais antigas traduções, permitem uma reconstrução bastante fidedigna dos textos. Do Antigo Testamento hebraico e aramaico, foi elaborada uma versão definitiva pelos massoretas (de massora, tradição), entre os anos 750 e 1000. Na base de um grande número de manuscritos, praticamente uniformes desde o século II da era cristã, e da tradição oral, os massoretas estabeleceram um texto munido de um complexo sistema de sinais de vocalização e pronúncia, texto esse que sempre foi usado como base principal para todas as edições e traduções posteriores.

LITURGIA CAPELANA Os pontos que abordarei neste trabalho de liturgia, parece serem administrativos. E na

verdade são. Mas todas as funções de um Capelão, ou de um ministro devem ser efetuadas como se fosse um culto, ao Todo Poderoso. Porque tudo o que nos façamos, deve ser feito para adorar e honrar a Deus. Cada uma das nossas atitudes precisa ser realizada para que o Nome de Jesus Cristo seja glorificado.

As responsabilidades de um Capelão, ou de um ministro são muito mais, mas em esta matéria apresentaremos apenas dezoito, a saber: Assistências aos flagelados; Assistências aos necessitados; Assistências aos viciados (em drogas lícitas, ou ilícitas); Conscientização as crianças; aos adolescentes, aos jovens e aos adultos; Evangelismos; Festividades; Trabalhos evangélicos em ar livre; Trabalhos em as casas; Trabalhos em as escolas; Trabalhos em os hospitais; Trabalhos em os presídios; Trabalhos em os templos nos fins das semanas (domingo); Trabalhos em os templos nos meios das semanas; Vizitas aos descrentes; Vizitas aos enfermos; Vizitas aos integrantes da igreja (membros e congregantes); expulsar demônios e unção com óleo.

1. ASSISTÊNCIAS AOS FLAGELADOS Um Capelão, ou um ministro não pode ficar estático, de ante de pessoas individuais,

ou de um povo, vítimas de enchentes, terremotos, maremotos, ciclones, tufões, acidentes, guerras, e etc.. Ele precisa de antemão, ter um projeto de como mobilizar a política publica, a sociedade, as igrejas e etc. para socorrê-los. E jamais o Capelão utilizará o vocábulo, “eu”, fiz. Este pronome é muito feio. Usa-se: “Nós fizemos”.

Existem muitas pessoas abalizadas nas facções. Em seus corações, tem as pessoas e os povos certos que goste. Gente assim não tem o amor ágape e nem o amor filantrópico. Elas não servem para ser nem membro da igreja, quanto menos, ser um capelão.

Um capelão, ou um ministro é movido pelo amor ágape, primeiramente. O amor incondicional, o amor divino. Em segundo plano ele é movido pelo o amor filantrópico. O amor social. Ele ama a sociedade sem fazer distinção de pessoas, ou de povos.

E ao ver alguém em situação calamitosa o Capelão age com amor, rapidez, destreza e esmero. Tudo isto precisa ser feito sem esperar nenhuma recompensa, ou reconhecimento humano. Deve ser efetuado como um Culto de adoração, ao Verdadeiro Deus. Perder a oportunidade de socorrer a alguém, é perder a oportunidade de adorar, honrar e cultuar o Criador dos céus e da terra.

Jamais ande sem os telefones: do Corpo de Bombeiro, do SAMU, da Polícia Militar e das demais unidades de equipes de socorros. Sempre dê uma estudada nos Manuais de Prevenção de Acidentes Domésticos e de Primeiros Socorros.

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2. ASSISTÊNCIAS AOS NECESSITADOS Os homens deste mundo só pensam em si mesmos. Mas esta vida é realmente a sua

porção. Se eles fossem um pouco mais humanos, dava até para acabar com a fome na África. Mas as coisas não funcionam assim. Os homens deste mundo, só pensam em si mesmos, não são unidos e não tem amor, para com o seu semelhante.

Mas a igreja de Cristo não é de este mundo. Somos cidadãos do Céu de Gloria. Portanto, não podemos só pensar em nós mesmos, precisamos ser unidos e amar o nosso semelhante como a nós mesmos.

Igreja do Senhor, vamos fazer algo em prol dos necessitados enquanto há tempo. Precisamos nos preocupar com os outros com sinceridade. É obvio que sozinhos, não conseguimos, mas se envolver a todos em esta brilhante tarefa nós vamos conseguir.

É de suma importância que um capelão já tenha, de antemão, uma Assistência Social. Porque quando encontramos alguém em dificuldade, seria uma grande inabilidade ir ainda prover algo. Na maioria das vezes não dar para esperar. Então as coisas, principalmente, sextas básicas, e agasalhos, já precisam estar providos.

Quando temos uma assistência social e prestamos conta, com clareza, para os contribuintes, a probabilidade de ela é só crescer.

3. ASSISTÊNCIAS AOS VICIADOS (EM DROGAS LÍCITAS, OU ILÍCITAS) Um dos fatores mais preocupantes, principalmente, no Brasil é o uso das drogas. Fator

que se agravou, grandemente, com a chegada do crack (um meio inventado para fumar a cocaína).

Não importa a classificação das drogas, seja ela lícita: tabaco, bebidas alcoólicas e etc.; ou ilícita: maconha, cocaína, crack, heroína, LSD, e etc.. O capelão precisa de um projeto para resgatar este povo de esta escravidão diabólica.

É preciso de uma iluminação divina para tal projeto. Nem todos os projetos dão certos em qualquer lugar. Veja os projetos que tem dado certos, uns em lugar e outros em outro:

CASA DE RECUPERAÇÃO. Para este meio o capelão, ou um ministro precisa ter um bom projeto, de um grupo de pessoas sinceras, destemidas e de confiança. Depois ele depende do aval e das orientações: da Prefeitura, do Corpo de Bombeiro e da Defensoria Pública. Estando tudo aprovado é necessário na equipe, Missionários aptos na área, psicólogos, psicanalistas, médicos, nutricionistas e etc..

EVANGELISMOS SISTEMÁTICOS. Ter um dia e um horário para aplicar estudos bíblicos, para pessoas individuais. Estudos que precisam ser cautelosos, estratégicos e inspirados. Estes estudos precisam portar de quatro características, a saber: Bíblico; Não podem ir de encontro, ou atacar diretamente, o seu vício; Não pode ser muito demorado; Não pode ser enfadonho; Precisa ter a inspiração do Espírito Santo.

PALESTRAS. Para estas palestras pode ser utilizado: um banquete, sorvetes e etc. para atrair os participantes. E ela pode ser efetuada através de filmes, slides, data show e outros equipamentos. Este evento deve ser agradável e bonito.

4. CONSCIENTIZAÇÃO AS CRIANÇAS, AOS ADOLESCENTES, AOS JOVENS E AOS

ADULTOS. Conscientizar é tornar o indivíduo convicto, ou convencido acerca de algo. Então, não

basta só falar. Uma pessoa conscientizada ela muda de certa forma. Não havendo uma mudança, não ouve conscientização.

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Portanto, o capelão precisa fazer muitas pesquisas e estudar a fundo os seguintes pontos: Gravidez na adolescência; Drogas; Aborto; Criminalidade; Analfabetismo; Os fatores responsáveis por um casamento feliz; As causas de um casamento infeliz; Divórcios; Os filhos após o divórcio; Tabagismo; Alcoolismo; Namoro; Noivado; Casamento; Endividamentos; A responsabilidade de ter um filho; Como se preparar para ter um filho; E etc.. Porque estes pontos são os assuntos mais comuns tratados pelos capelães.

5. EVANGELISMOS Todo obreiro sabe que neste mundo não há uma tarefa tão importante e precisa como

a evangelização. E quando um evangelismo é bem feito acontecem benefícios morais, espirituais, psicológicos, em pelo menos cinco áreas, a saber: No Reino de Deus, Na Igreja, Nas famílias; Na sociedade, E em o indivíduo.

Conheça os 24 mandamentos de uma equipe de evangelismo bem organizada: 1) CAPACITAÇÃO: Treinar os integrantes da equipe de evangelismo,

antecipadamente. 2) APRIMORAÇÃO: Sempre marcar com os integrantes da equipe, oração e

estudos bíblicos. 3) DIÁLOGO: Conversar com os integrantes antecipadamente. 4) VIGILÂNCIA: Sair pelo menos duas pessoas juntas. 5) RECURSO E REFORÇO: A presença de uma mulher é fundamental em um grupo

de pessoas que saem juntas para evangelizar. 6) LIDERANÇA: Cada equipe precisa de um líder capacitado. 7) PRUDÊNCIA: Combine, antecipadamente, quem irá fazer a frente ao chegar

duas pessoas em uma casa. 8) PROCEDIMENTOS DO LÍDER: O líder da equipe, ou quem irá fazer a frente,

precisa seguir 7 regras, imprescindíveis ao chegar em uma casa: 1: Cumprimentar o pessoal; 2: Apresenta a si mesmo ao pessoal; 3: Perguntar o nome da pessoa (não pode esquecer esse nome, pelo menos, enquanto estiver ali). Pergunte uma só vez. 4: Apresenta quem estiver com ele (a); 5: Diz o objetivo da vizita; 6: Estipula quem irá falar. Sugestão: escolhe pessoas do mesmo sexo e da mesma faixa etária para pregar para a pessoa. 7: Fazer o apelo.

9) EDUCAÇÃO: Jamais fale duas pessoas ao mesmo tempo. 10) ESTRATÉGIA: Sempre tenha um assunto introdutório. Assim como Jesus fez ao

evangelizar a mulher samaritana. Ela ia pegar água, então, Ele lhe pediu água. 11) TESTEMUNHO: Nunca conte derrotas, ou fracassos. Algo que ainda não foi

realizado por Cristo, não é para ser contado. Ele nos chamou para sermos testemunhas. Então só podemos falar acerca de aquilo que o Senhor já fez.

12) SABEDORIA: Não seja cansativo, fale muito em poucas palavras. 13) MALEÁVEL: Pergunte as pessoas se elas têm alguns minutos para vos ouvir. 14) PRESTATIVO: Preocupe com os problemas do povo com sinceridade. 15) ORGANIZAÇÃO: Não ultrapasse o número de quatro as pessoas do grupo ao

evangelizar em uma casa. 16) GANHE TEMPO: Não perda tempo discutindo, com os contras, sobre religião. 17) ALEGRIA: Sorrir para as pessoas. Mas sorrir com alegria, não só mostra os

dentes. 18) ELEGÂNCIA: Saiam bem trajados, com roupas adequadas com o tempo (se

estiver calor roupas pretas, ou brancas não dão muito certo), (a), cheiroso (a) e limpo (a). 19) BONDOSO: Mostre-te longânime e pacífico. 20) PREPARO 1: Cada integrante precisa dominar bem a Palavra de Deus. Não

pode perder tempo procurando onde irá ler. Os textos bíblicos relativos a cada faixa etária precisam já estar marcados.

21) PREPARO 2: Procure falar de acordo com a cultura e a faixa etária da pessoa.

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22) PREPARO 3: Tenha um caderno, ou ficha de inscrição, para notar os nomes das pessoas que se convertem ao evangelho. Anotem o seu: nome, endereço, telefone, email, e o melhor dia e horário para receber vizitas.

23) PREPARO 4: Estipula um grupo treinado e capacitado para fazer as vizitas aos novos convertidos.

24) PREPARO 5: Tenha uma assistência social. 6. FESTIVIDADES Uma festividade cristã tem, pelo menos, sete objetivos, veja: Sair da Monotonia,

Inovação, Uma ação de graça especial para com Deus, Reunir um número maior de pessoas, O pessoal ter a oportunidade de conhecer gente diferente, Ouvir mensagens diferentes e Ouvir louvores diferentes.

7. TRABALHOS EM AR LIVRE O trabalho real em ar livre seria a evangelização. Mas quando reunimos para cultuar a

Deus em ar livre, o objetivo deve ser mostrar ao povo o que temos de bonito. Não de bom. Porque muitas das vezes, quem prega, canta e ler feio, é melhor, do que quem faz isto bonito. Portanto, como uma espécie de isca, em ar livre vamos apresentar: o melhor pregador, o melhor cantor, o melhor dirigente, melhor leitor e os demais oram em espírito. É importante salientar que se o pregador demorar muito com a mensagem, muitos vão embora antes de terminar o culto.

8. TRABALHOS EM AS CASAS Cultos em lares são comumente, de ação de graças, ou de caráter evangelísticos. Não

seria bom arrecadar contribuições financeiras. Exceto, se o lar é um ponto fixo de culto. Havendo visitantes em este culto, é importante também, ouvir e que temos de mais bonito.

9. TRABALHOS EM AS ESCOLAS Este tipo de trabalho, comumente, é autorizado pela a liderança da instituição, é

obvio. É importante conhecer e obedecer às normas da mesma. Este trabalho inclui também as faculdades. O responsável, pelo mesmo, precisa saber, com antecedência, qual é faixa etária que vai falar. Todos os participantes da equipe devem treinar, antecipadamente, o que vai falar e como. A palestra precisa ser agradável. É de suma importância utilizar os equipamentos modernos para tal atividade. Os quais devem ser testados antes de iniciar a palestra.

10. TRABALHOS EM OS HOSPITAIS Para efetuar trabalhos evangelísticos e fazer visitas (para pessoas que não são da

família) em hospitais, o ministro precisa observar quatro fatores importantes, a saber: Ter a autorização da direção do hospital, Ter a autorização do paciente, Ser breve, Só contar bênção e Falar baixo.

11. TRABALHOS EM OS PRESÍDIOS Para ministrar em presídios é necessário observar, pelo menos, cinco fatores

importantes, a saber: 1, Ter a autorização do delegado responsável pela detenção, 2, Submeter as regulamentações da detenção (exemplo: revista), para que depois se um detento chegar a fugir, ou apresentar com algo ilícito, o ministro, nem a sua equipe ser suspeito de ter contribuído para tal. 3, Evitar ler certas referências bíblicas, exemplos: João 10:10; episódios que narram suicídios, homicídios, ou guerras. É preciso transformar aquele período em um momento de paz. E se for lido algum texto que faz com que os detentos venham a se lembrar do que tens praticado, não haverá paz. 4, Respeitar o horário. 5, Estar bem preparado espiritualmente e teologicamente.

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12. TRABALHOS EM OS TEMPLOS NOS FINS DAS SEMANAS (DOMINGO) Este culto deve se seguir quase da mesma forma, dos trabalhos em ar livre, a diferença

é que o pregador tem mais liberdade para pregar o tempo normal. 13. TRABALHOS EM OS TEMPLOS NOS MEIOS DAS SEMANAS Em este trabalho o ministro tem como ouvir aqueles irmãos que não cantam e nem

pregam tão bem. É importante que o membro de uma igreja, seja ouvido. Se ele é membro é preciso fazer a sua participação.

Quando um crente sabe que irá falar, ou cantar na igreja, ele é incentivado a treinar em casa. Quando a pessoa sabe que não irá ter oportunidade para falar ou cantar, na igreja, ele não irá ler a Bíblia e quase nem se lembrar das coisas de Deus em sua casa. O que seria muito prejudicial. Tanto para ele, como para a igreja.

O ministro precisa respeitar o horário, tanto para iniciar, como para terminar o culto. Para isso ele precisa ter sabedoria e saber como distribuir as oportunidades. É preciso saber quando ouvir aquela pessoa que demora em sua fala. É necessário movimentar com todos os membros da igreja, deixando o período normal para o pregador e não ultrapassar os horários de terminar os cultos.

14. VIZITAS AOS DESCRENTES Visita, em este caso, se trata, de uma visita com fins evangelísticos. Mas não em

campanha evangelísticas. Isto, comumente, acontece quando a pessoa adoece, ou estiver acidentado, ou passando por grande problema.

Isto é muito importante e benéfico para a igreja. Mesmo assim, há algumas regras importes, veja: Não vai de encontro com suas imagens de escultura; Não vai de encontro com um vício, ou uma prática desproporcional que ele pratica; (refutar os vícios, ou más práticas de alguém só vai causar discussão). Tente perceber se a pessoa tem tempo e condições para te receber; Não seja ingênuo, tem perspicácia. Não seja cansativo.

15. VIZITAS AOS ENFERMOS Este tipo de visita também tem as suas regulamentações, veja: Na maioria das vezes,

precisa ser breve. Deve mostrar muito otimismo e confiante. Só contar benção. Estar preparado em oração e jejum. Um homem nunca visite uma mulher estando sozinho. Uma mulher nunca visite um homem estando sozinha. É em este particular que o pastor precisa ser casado, com a mulher que Deus tem preparado para ele. Há muitos casamentos com as pessoas erradas.

16. VIZITAS AOS INTEGRANTES DA IGREJA (MEMBROS E CONGREGANTES) Não é fácil estar sempre visitando os membros da igreja. Mas é preciso. Isto ajuda

muito. Porque somente nas visitas que o ministro tem a oportunidade de conversar com tempo com os fieis. A visita do obreiro em se é muito benéfica.

17. EXPULSAR DEMÔNIOS Para ministrar a libertação dos possessos (endemoniados), é importante observar doze

fatores, importantes, a saber: 1) Viver em: santidade, oração e jejum. 2) Ser cheio do Espírito Santo. 3) Ter fé em Deus. 4) Não procurar demônios para expulsá-lo. É preciso ser chamado, ou ver a

necessidade. Mas nunca sair a procura de demônio. 5) Não ouvir os domínios. Esta não é a doutrina dos apóstolos. Eles não

permitiam que os espíritos das trevas falassem. Pode procurar na Bíblia. Nem Cristo deixava que

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os anjos caídos falassem. Só foi uma vez, que Jesus permitiu que os demônios que estavam no Gadareno falassem, porque Ele queria mostrar ao mundo como agem as hostes do mal. Agora já sabemos. A Palavra de Deus ensina que bem aventurado é quem tem ouvido para ouvir a voz do Espírito Santo, não a voz dos demônios. Ela é prejudicial e mata.

6) Estes seres devem ser expulsos, unicamente na autoridade do NOME DE JESUS.

7) Tomar cuidado, com os bêbados, que acostuma imitar demoniados, ou meio possesso. Eles caem na igreja, e alguns obreiros neófitos, ficam ali tentando repreender, mas não se repreende embriagues. E isto só contribui para atrapalhar o bom andamento do culto. Quando isso acontecer, pede os obreiros que conduza a tal pessoa a um lugar reservado, para solucionar o problema. Não deixe que nada atrapalhe o bom andamento do culto.

8) Tome cuidado com a gravata ao expulsar demônios. Pois pode acontecer de eles segurar a gravata e enforcar a pessoa. Tire a grava antes.

9) Não bata na pessoa. Nem precisa tocá-la. Basta tão somente, estender as mãos.

10) Não fazer barulho. Gritaria não expulsa demônios. 11) Não deixe o possesso, seguro, ou amarrado. Você precisa ter fé para libertá-lo.

Estando ele seguro, peça para soltá-lo; estando amarrado, peça para desamarrá-lo. 12) Tendo como retirar o possesso da presença do público, não repreenda

demônios na presença do povo. Pede ao povo licença, com educação, para se retirar, ou leve o possesso para um lugar reservado.

18. UNÇÃO COM ÓLEO Ungir com óleo, segue aquele mesmo processo de unção do Antigo Testamento: Ao

ungir o levita da família de Arão, ele passava a ser sacerdote. Ao ungir o homem comum, ele passava a ser rei. E no Novo Testamento, ao ungi-se o doente e ele passa a ser são, ou curado. Não era qualquer pessoa que poderia ungir aqueles homens. Era o profeta principal, o representante de Deus na terra. Exemplo: Moises, Samuel, Elias. As unções de qualquer outra pessoa não funcionavam e não eram aceitas. Eles nem se atreviam a fazer isso.

Segundo Tiago (5:14), a unção com óleo aos enfermos, também não pode ser efetuada por qualquer pessoa, é preciso ser ministrada por pessoas, a parti do presbitério.

Antigamente, quando alguém era ungida com óleo era proibido tomar remédios. Atualmente, não se faz mais isto, mas pelo menos, vamos continuar com a unção como a Bíblia ensina.

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X. MISSÕES

A Missão tem sentido diferente do Evangelismo. Enquanto o Evangelismo consiste na transmissão do Evangelho, a Missão implica em sete tarefas imprescindíveis, por parte da igreja missionária.

Veja: 1) preparação teórica de missionários; 2) no treinamento prático, dos mesmos; 3) nas provisões de recursos financeiros, para mantê-los; 4) em enviá-los; 5) sustentá-los; 6) interceder por eles, através das orações e dos jejuns; 7) e apoiar, esses enviados por Deus, em todos os sentidos.

Uma igreja não erra, em um ponto, por não fazer missões. Simplesmente, ela deixa de ser igreja. Missões é a única causa, pela qual, Deus a deixou neste mundo.

5. A IDENTIDADE DE UM MISSIONÁRIO O número nove é um número abençoadíssimo por Deus. Confira: Há 9 bens aventuranças (Mateus 5 v 3 – 12); Há 9 frutos do Espírito (1ª Tessalonicenses 5 v 23); Há 9 dons espirituais (1ª Coríntios 12 v 7 – 11); Na Bíblia Corrigida há 7 versículos (João 20 v 27; Atos 16 v 1; 1ª Coríntios 1 v 21;

Gálatas 3 v 9, 22; 1ª Timóteo 5 v 16; 6 v 2) que contem 9 vezes a palavra “crente”. Assim constatamos que o número 9 é um número positivo, abençoado e bom. E a identidade de um autêntico missionário é composta por 9 virtudes. Portanto,

veja os 9 fatores que se identificam um verdadeiro missionário: 1) Chamado por Deus: Este chamado deve continuar sendo feito pelo próprio

Deus. E Ele sempre faz esse chamado no meio dos seus escolhidos (Lucas 6 v 13 – 16; Atos 13 v 2). Os afazeres divinos sempre correm atrás desta pessoa. E quem já não tem a chamada sagrada, procuram as tarefas santas e não as encontram. Além destas evidências, Deus acostuma falar com os candidatos ao oficio missionários através de visões, sonhos, ou profecia. Certo é: eles sentem uma chama arder em seus corações e não tem nem uma dúvida, quanto à chamada.

2) Preparado: Esta preparação consiste em teorias. Isto fala de cursos teológicos e em cursos em geral (1ª Timóteo 4 v 13). Ele precisa ser bem preparado. Cristo muito preparou os seus apóstolos. Ele precisa manejar bem a Palavra da verdade e ter outras virtudes para melhor servir e atrair o povo para Cristo.

3) Capacitado: Esta capacitação consiste na prática (Mateus 10 v 5). Você já imaginou alguém comprar um ônibus e o encher de pessoas e só explicar a alguém como dirigir e entregá-lo essa direção? Assim também é a obra missionária. A igreja precisa aplicar os cursos para os candidatos a mesma, e dar-lhes oportunidades para treinar, antes de enviá-los.

4) Servo: (Romanos 1 v 1) Um servo é para servir. O próprio Cristo disse que não veio para ser servido, mas para servir. E as principais características de servo são: humildade, submissão e ação. Ele sabe trabalhar em equipe e não tem dificuldade para obedecer ao seu superior.

5) Visão: Um missionário precisa ter visão como as águias (Ezequiel 8 v 6, 13, 15). Ele deve focalizar novos horizontes. As pessoas que precisam alguém estar lhes mostrando, mandando e incentivando; isto significa que ela não tem a chamada para ser enviada ao campo missionário. Um missionário, logo ele já ver o que precisa ser feito, e age. Ele já contempla a necessidade e logo consulta ao seu líder e entra em ação.

6) Hábil: (2ª Timóteo 2 v 15) Um missionário tem habilidade para trabalhar com o povo. Ele não tem dificuldade para receber e ouvir o pobre e o rico, o doente e o são, o triste e o alegre, o feio e o bonito, o mendigo e o abrigado, o desesperado e cheio de esperança. Ele é longânime.

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7) Benção: (Gênesis 12 v 2) Um missionário não é só abençoado, ele é também uma benção. Abençoado é que tem bens (material e espiritual) para si. E a Bênção consiste em alguém ter bens (material e espiritual) para si e para os outros. Quem é uma bênção, não vive com necessidades e, além disso, ele consegue ajudar as pessoas materialmente e espiritualmente. Ele prover cestas básicas, ou um dinheiro para os, realmente, necessitado. Ele tem curas, solução de problemas e uma mensagem de Deus para as pessoas.

8) Ungido: (Isaias 61 v 1, 2). Um missionário precisa ser ungido com o Espírito Santo. E o Espírito de Deus proporciona cinco reações na vida de uma pessoa: Alegria, Força, Fé, Coragem e Autoridade.

9) Amor: (João 13 v 34, 35) Através deste amor ele: ora, jejua e chora em prol das almas. Ele abre mão de profissão, lugar, família, para ir à busca das almas, pelas quais, Cristo morreu. O missionário sacrifica a sua própria vida pelo amor das almas perdidas.

2. MISSÕES DEVEM OCUPAR UM LUGAR CENTRAL NO CURRÍCULO DAS ESCOLAS

TEOLÓGICAS (ASSIM COMO NA BÍBLIA) No NT O PROPÓSITO CENTRAL DE DEUS COMEÇA A SE CUMPRIR.

Jesus veio como o Missionário por Excelência. Jesus preparou os Seus seguidores para alcançar as nações. A obra do Espírito Santo é levar a Igreja a fazer missões. O livro de Atos é a história de como o Espírito Santo começou a fazer missões na

prática. As Epístolas em grande parte são escritas para as igrejas que foram o resultado de

missões, exortando-as a continuar vivendo para a glória de Deus no mundo e trabalhando para a expansão da Sua Igreja.

O Apocalipse é uma visão do resultado final--pessoas de todas as tribos e nações diante do Trono de Deus, louvando-O e engrandecendo-O.

2.3. ONDE DEVE FICAR O CURRÍCULO DE MISSÕES? A. A infiltração de missiologia em todos os departamentos? (Campo Grande) B. Um departamento separado? (FTBSP) C. Ambos? (CEM) 2.4. O PREPARO MISSIONÁRIO DEVE SE BASEAR EM CONSIDERAÇÕES QUE INCLUEM

BASES BÍBLICAS, AS EXIGÊNCIAS DOS CAMPOS MISSIONÁRIOS E A REALIDADE BRASILEIRA. A. A Bíblia é a base da filosofia do preparo missionário a) A Bíblia dá modelos de preparo missionário b) Jesus preparou missionários transculturais c) Jesus iniciou o Seu ministério ensinando sobre missões (Marcos 1v35-39) e) O ensinamento dEle culminou na Grande Comissão f) Paulo e Barnabé foram preparados 2.5. Nas Escrituras a) Na vida e na experiência do ministério b) Na compreensão transcultural c) A Bíblia nos exorta relativo à necessidade e à estratégia missionária. d) Conhecimento profundo da Bíblia Sagrada é a bagagem fundamental do

missionário. 2.5. O TRABALHO TRANSCULTURAL EXIGE EXCELÊNCIA NO PREPARO. a) Em primeiro lugar, a convicção da chamada e do tempo de Deus, b) Manejar bem a Palavra da Verdade, c) Ter cursos teológicos e estar aptos em seus conteúdos, d) Ter um curso técnico, ou superior que é a estratégia para o contato pessoal do

missionário e o povo.

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e) Estar acostumado com as alimentações diferentes e até exótica. 2.6. ONDE É O TRABALHO? (em seu país, ou Em outras culturas, línguas, regiões) 6 MISSIÓLOGO E MISSIOLOGIA Missiólogo é doutor em Missiologia. O seu oficio não é fazer missões, mas preparar o

campo para o missionário. No Protestantismo Missiologia é ciência que estuda o campo Missionário.

BREVE HISTÓRIA: A missiologia é uma disciplina jovem. Ela nasceu em ambiente protestante do século

XIX. A primeira cátedra referente a este saber foi criada na Universidade de Edimburgo, em 1867. No campo católico, o primeiro a abordar este estudo foi Joseph Schmidlin (1876-1944).Como resultado de seu trabalho, a Universidade de Münster resolveu a erigir a cátedra de missiologia em 1911. Depois da I Guerra Mundial várias universidades protestantes abriram suas cátedras. De 1916 a 1974, a Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma publicou a Bibliotheca Missionum, uma coleção contendo vários volumes de estudos sobre missiologia.

OBJETIVO: Estudar e preparar o campo missionário para se fazer missões. Pois como sairá um

missionário para um lugar sem que ele conheça a sua cultura e os seus costumes; sem que haja uma Bíblia escrita em sua própria língua? Portanto, a Missiologia estuda as culturas e os costumes do lugar, alvo de missões, e prepara uma Bíblia na sua respectiva língua. E há lugar que não tem nem uma escrita para o seu dialeto. Então, o Missiólogo precisa aprender a essa língua, elaborar uma escrita para a mesma, convencer a liderança desse lugar da importância da escrita, fazer com que ele aceita a essa escrita, fazer que com ele convença o seu povo a aceitar essa escrita, ensinar este povo a respectiva escrita, e em fim, escrever uma Versão da Bíblia Sagrada na escrita, em apreço. É uma missão que parece impossível, portanto, ore pela Missiologia, pelos Missiólogos, pelas Missões e pelos Missionários.

7 JANELA 10 X 40 No centro do nosso mundo vive um expressivo número de povos não alcançados

pelo evangelho, num espaço comparado a uma janela retangular, identificado como “Janela 10/40”.

Antes era conhecido como “Cinturão de Resistência”. Essa janela se estende desde o oeste da África até o leste da Ásia, sendo 10 a 40 graus ao norte do Equador. Essa região especifica começa a ser conhecida como “Janela 10/40”. É um ajuntamento do mundo muçulmano, hindu e budista, onde vivem bilhões de almas empobrecidas no seu espírito. Ao nos aproximarmos ao final dos tempos, é imperativo que nossos recursos estejam focalizados sobre os povos que habitam a “Janela 10/40”.

A “Janela 10/40” nos confronta a importantes considerações: O significado histórico e bíblico; Os países menos evangelizados; O domínio de três blocos religiosos; A predominância da pobreza; Os grupos étnicos - linguísticos não alcançados; As cidades (megalópoles) menos evangelizadas; As fortalezas de Satanás estão concentradas na “Janela 10/40”.

A primeira e fundamental razão porque os cristãos devem focalizar a “Janela 10/40” é por causa dos significados bíblico e histórico dessa área. Realmente, a Bíblia começa com a explicação de que Adão e Eva foram colocados por Deus no “coração” do que agora é a “Janela 10/40”. O plano de Deus expresso em Gênesis 1.26, é que os seres humanos teriam domínio sobre a terra e deveriam preenchê-la. E quando Adão e Eva pecaram perante Deus, perderam seu domínio sobre a terra.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Educação. In: FERNANDES, Francisco; LUFT, Celso Pedro; GUIMARÃES, F. Marques. Dicionário Brasileiro Globo, 52 ed. São Paulo: Editora Globo S.A., 1999. RAMOS, Pr: Elias, Escola Bíblica Permanente Sião, 1ed. BH: EBPS, 2003. FOX, Johon. O Livro dos Mártires, 9 ed. Rio de janeiro: CPAD, 2006, p. 449. KESSER, Nemuel; SAMUEL, C., Administração Eclesiástica. Rio de janeiro: CPAD, 1996. GABY, Wagner Tadeu Santos; Relações Públicas e humanas para Líderes Cristãos, 3ed. Rio de janeiro: CPAD, 1997. DANTAS, Anísio Batista. O pastor e seu Ministério. São Paulo: KESSER, Nemuel, Ética Pastoral, 2ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1989