Como Se Escreve Uma Carta

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COMO SE ESCREVE UMA CARTA

COMO SE ESCREVE UMA CARTA

poderemos escrever bem. H cartas de lndvldualldades clebres, que so modelos de estilo e tambm o podiam ser de ortografia, se no apresentassem alguns imperdoveis atropelos de gramtica. Eis porque aconselhamos os que, porventura, no estejam muito seguros dessas elementares noes gramaticais, a elaborar primeiramente um rascunho, e s depois de verificar que ele no contm qualquer erro ortogrfico, transcrever o rascunho para o papel de carta. A caligrafia, ou seja a arte de escrever com boa letra, tambm no deve ser desprezada. No necessrio ter bonita letra, cheia de floreados; o Indispensvel que ela seja legvel, que toda a gente quesalba .ler a compreenda. Sendo o gnero epistolar o que melhor define a Individualidade, a reilacOCluma carta tem muito mais importncia do que aquela que parece ter primeira vista. A carta uma conversa que se estabelece com a pessoa a quem dlrlglda e, por Isso, devemos prever as respostas; ser claros na exposio, concretos no desenoololmento do assunto e cuidadosos na concluso. Destes trs predlcados essenciais, depender a clareza da resposta. H trs espcies de cartas: de amizade, d~ negcios ou de simples delicadeza. t.s primeiras devem ser afectuosas e de IIn ~agem slmples-;" evitando repetio de .vocbulos, perodos fastidiosos e perguntas' ndlscretasj, as segundas, escritas com a mxima dreza. e tritettg'ncla, separando os assuntos a tratar por perodos distintos e evitando palavras ~prfluas,i as tercelra~ comeando por ter em vista a nossa situao em relao pessoa a quem nos dirigimos, e podem ser de parabns, Ielcitao, psames, boas-festas, convite ou simples agradecimento. Depois de escrita qualquer destas cartas, ela deve ser lida em voz alta, a fim de nos certificarmos le Que no se trata de algum assunto diferente

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do que a motivou, e de que no tem' coisa algnrna comprometedora. A carta deve ser terminada dum modo breve e elegante e no dever ter linhas cruzadas. Desde o aparecimento da mquina de escrever, peca-se um pouco por no destrinar a coriespondncla que deve ser manuscrita da que deve ser dactilografada. Uma carta de negcios est bem que seja escrita mquina, por a letra desta ser sempre mais legvel e tambm por mais facilmente poder ficar uma cpia; porm, uma carta de amor ou de amizade dever ser sempre manuscrita. Uma carta, no sendo a responder, no se deve deixar sem resposta, o que apresenta m educao da pessoa que a recebeu. Manda a delicadeza que a resposta no demore mais de oito dias, no se tratando de uma pessoa de elevada posio social, a quem dever responder-se na volta do correio. S s senhoras dado e admlssvel perfumar ~ papel de carta; nos homens, esse uso ridculo ~ detestvel. As crianas podero escrever em papel de fantasia, pois que a elas nada fica mal. uma vez que no manifeste falta de educao. Para assuntos de pouca Importncia, usa-se tambm a carta.postal e o postal. mas que somente devem servir para escrever a pessoas de Intimidade. , E distncia de trs dedos, aproximadamente, da margem superior, que a carta deve ser comeada a escrever. Se pouco houver a dizer, poder escrever-se somente na primeira e terceira pginas; se a carta tiver de ser extensa, escrever-se- em todas e a seguir. ' .;s A data Indispensvel em qualquer espcie de correspondncia e dever ser escrita no alto da primeira pgina, tratando-se de assunto comercial, e no final, se a carta ou postal for dirigido a pessoa de Intimidade. Dever ser por extenso e nunca em abreviatura, o que significa falta de gosto e ... pregula de escrever. .,,'

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-- ..._.COMO SE ESCREVE UMA' CARTAfi/I:fi assinatura, que dever ser bastante legvel. Uma outra vantagem do rascunho, que no princfplo deste capftulo recomendamos em certos casos, evitar o post-scriptum, habitualmente Indicado somente pelas letras P. S., e que representa um esquecimento do que pretendamos dizer. Alm disso, o post-scriptum s admlssvel em cartas familiares; nas de cerlmnla ou negcios no per.lpJ!Lc19. Jl~ fQr~.::.. :l seu uso. Um dos principais factores da escrita li pontuao, da qual depende o sentido da frase. Os sinais mais empregados para esse efeito, so: Vrgula (,) - divide as diferentes partes da frase. Ponto e vrgula (;) - divide Igualmente a frase, colocando-se entre duas partes Importantes. Dois pontos (:) ...:-Indlca o desenvolvimento de assunto antecedente e uma continuidade. Reticncias ( ... ) - deixam uma frase em suspenso ou convidam a adivinhar a sua sequncia. As pas () ) - servem apenas para colocar no comeo .ou no fim dum perodo ou Indicar citao de outrem. Parnteses () - Isola numa frase qualquer palavra ou ideia. Ponto de exclamao (I) - Indica surpresa. espanto. Ponto de .lnterrogao (?) - deve colocar-se no fim de qualquer frase nterrogatva. ' Ponto final (.) - G remate da frase. H ainda os .sublnhados, que multa gente costuma empregar para melhor chamar a ateno de quem l, os quais so sempre dispensveis se o estilo em Que a carta for escrita se apresentar claro, Se certo que numa carta de cerlmnla ou familiar no uso ~pre'yj~ as D1dav:{Pl1.e. aem mesmo li

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data, das cartas comerciais, que devem ser escritas somente numa folha de formato grande e das quais deve sempre ficar cpia, frequente e at mesmo bastante prtico usar de abreviaturas. A finalizar este captulo, vamos Indicar as mais usadas. Mem. - memorandum p. p. - prximo passado p. f. - prximo futuro N. B. - note bemP. S. - post-scrlptum

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ex. - exemplo n,- -nmero Sr. - senhor Sr. - senhora ou senhoria l/C - sua conta Rs. -reis In f.o - in fllo a R. .: 'espero resposta

P. E. F. - por espectal fineza ou por especlal favor. P. M. P. - por mt1oprprla P. c. - por conta P. s. - por saldo m. - metro . kg. - quilo 1. -litro Esc. - Escudos Cv. ou ctv. - centavo M/ d - meu dbito M/c - meu crdito

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Nesta obra no nos ocuparemos de modelos 6e cartas comerciais; apenas daremos alguns exemplos que, embora se refiram a negcio, silo de carcter particular. Veja (Cartas Comerciais) por A/dade Aseoedo,

Protocolo eplstolar - Cartes de 01sita - Frmulas para principio e fecho de cartas - Conselhos" O

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carto de visita perdeu um pouco a moda

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com o uso do telegrama e do telefone; todavia. ainda se usa em determinados casos: quando samos em viagem e no podemos avisar as pessoas amigas nem apresentar-lhes de outro modo as nossas despedidas; num luto, paraenvarmos psames ou acom-' panhar um ramo ou coroa de flores (e neste caso no lhe devemos escreve' cosa alguma); para anunciar,

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COMO SE ESCREVE

UMA CARTA

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\,' 'l )(ministros, dignitrios e eclesisticos, etc.), manda o protocolo que no se entregue o carto de visita, mas que se escreva o nome no registo dos visitantes; porm, tratando-se duma senhora, poder deixar carto, dando assim a entender que no se apeou do automvel. As senhoras devem usar os seus cartes de visita mais pequenos que os dos homens, no indicando neles a sua morada, quando ainda solteiras. Para os cavalheiros, os cartes devero ser simples, somente com o nome e apelido, localidade e nmero do telefone. Caiu um pouco em desuso o sobrescrito pequeno .para carto de visita; o mais moderno o uso do envelope grande, mais comprido do que largo, com cola para fechar. Nos envelopes a direco deve ser legfvel, a fim de facilitar ti servio dos empregados dos correios; o nome do destaatrio dever ocupar uma linha so, escrevendo-se por baixo desta o nome da rua e (\ nmero da porta e. imediatamente abaixo, o nome da terra. Antes do nome, deve escrever-se Ex.- Sr. ou Bx . Sr. /J, sendo mais dstlnto, quando a carta ou carto seja dirigido a pessoa de alta categoria, escrever por extenso: Excelenttsstmo Senhor ou Excelenttssima Senhora Dona, etc. Tambm uso e manda 8 delicadeza escrever sob o nome a categoria do Indivduo a quem 8 correspondncia dirigida. Por exemplo: Ex."o Sr. Fulano, e em baixo: Digntssimo juiz, Ilustre Escritor"):;.

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enviar presentes a um recm-casado ou felicitar os pais do mesmo; para agradecer ou recusar um convite para almoo, jantar ou ceia; para felicitar noivos e responder carta de participao do casamento e oferecimento de casa; e para anunciar uma visita. Quando, pela primeira vez, visitamos algum, devemos entregar um carto de visita criada ou porteiro que venha atender-nos porta. O carto de visita serve ainda para deIxar cumprimentos quando no encontramos em casa a pessoa que desejvamos visitar e solicitar Informes sobre o , estado de qualquer doente. Nestes dois ltimos casos, o carto deve ser ligeiramente dobrado ao meio. Ns devemos desprezar este protocolo qae nos 6 rnpostd pela cortesia ou amizade. Aos eclesisticos no dado enviar um carto de visita; escreve-se uma carta. Vo passando de uso as antigas frmulas empregadas nos cartes de visita; algumas em abrevia . tura a. a. (a agradecer), s. p. (sentidos psames), a.c. (a cumprimentar), a. d. (a despedir-se) e p. n, (pedindo notcias). Actualmente, mais gentil escrever algumas palavras de cortesia: , que o novo ano lhe seja cheio de felicidades. . Com o mais profundo reconhecimento, subscre-

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vo-me.

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De V. Ex. At.o V .. : e Obr.o . P .. De um empregado3D

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Mezinha multo querida

seu chefe~:

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Sempre saudosa de ti, mais se me avlvarn a. saudades neste dia de festa. Quanto lamento no estar junto da minha mezlnha l Apesar de longe, o meu corao est contigo e eu lao votos para que passes este dia com tanta alegris quanto te deseja a tua filha multo amiga.

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F ..De um discpulo

a uma professora

Desculpe V. Ex.' a liberdade de lhe escrever, mas no quis deixar passar o primeiro dia do ano sem lhe enviar os meus votos de felicidade, desejando-lhe umas festas felizes. Aproveito a oportunidade para manifestar a minha gratido por todas as atenes que V. EX,8 tem tido para comigo e apresentar-lhe o meu sincero reconhecimento, de quem At. v e Obr.o F .

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')( Dum noivo sua noiva Mlnha querida professora Ao apresentar-lhe os meus melhores cumpri. rnentcs, nesta data festiva do Ano Novo, eu no cumpro s um dever de .cortesla, mas tambm o' desejo. de manifestar minha professora e amiga a gl'tido de que lhe estou devedor, pela forma car!-I.. No supes, querida, que mgoa sinto por no poder estar hoje junto de tl. Conto, porm, que, daqui a um ano, j teremos a ventura Imensa de festejarmos este dia lado a lado. Envio-te, com toda a ternura do meu corao, urna pequena lembrana.

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1COMO SE ESCREVE UM.A CARTARecebe-e com a certeza do multo que te quero, e pe~I':]'".:j

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a sua filhaquerida filha

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Minha

ManuelPraa do Brasil,

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Fiquei contente ao saber que vocs esto bem de sade e que o Leonardo est muito crescido. Este ano no pude passar a Festa de fim de ano em vossa companhia, mas, na Pscoa, tenciono passar alguns dias convosco. O Leonardo bom estudante? Deus assim o permita. D cumprimentos a teu marido e recebe a bno de teu paJ

222. - Lisboa

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Ao dono duma casa Ex.mo Sr.')0\

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Antes de viajarmos, e quando nao conncemos a terra onde vamos estar, um dos nossos primeiros cuidados deve ser procurar, num guia, o caminho de ferro, um hotel que julguemos agradar-nos e escrever ao hoteleiro, pedindo informaes sobre a diria, conforto, tratamento e beleza da terra. O mesmo devemos fazer quando pretendemos alugar uma casao

Tendo lido ontem, no , \Irseu anncio, rogo se digne informar-me em que condies me pode alugar a casa anunciada. Alm do preo de aluguer por 3 meses, desejo saber se tem gua corrente, luz e casa de banho. Servindo-me e estando bem mobilada, com um relativo conforto, no deixarei de me apresentar para: o contrato da mesma. Esperando o favor da sua resposta, subscre-] vo-rne De V. S.a At.o v e Obg.v (',

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Jlio de SousaRua das Chagas,'i

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SE ESCREVE

UMA

CARTA

'COMO SE ESCREVE - 1as mais sinceras

UMA

CARTA

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Esperando que, brevemente, ocupes um dos mais elevados postos na nosso exrcito, apresenta-te at mais expressivas provas de amizade o teu Multo amigo

abrzco.-

felicitaes,

e ainda um grande

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'Pera minha me, muitos beijos

do seu filho

Ioo Fonseca Jl um amigo que ganhou uma questo comer@ial .Meu excelentssimo amigo tive hoje conhecimento de que tinhas ganho aquela questo Que, h um ano, trazias em litgio, e foi somente devido tua perseverana e s fortes razes que tinhas, Que os tribunais te fizeram justia. Quando lemos a noticia, eu e a minha mulher, ficmos alegres por poder felicitar o nosso velho amigo. Cumprimentos nossos e um abrao do teu 1000 Rosarf

( Dumi; menina a sU3.meQuerida mezinha

Jorge.

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Pelas notcias dos Tribunais,

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LauraMilhares de beijos da tua me

Ermelinda FerreiraMil felicitaes e um grande abrao da tua

Luf.saQ 'e seja repetido, anos IJ~.sejc: a tua

para ti, este dia, por muitos

com um certa temor d~ lhe desagradar que venho confessar-lhe quanto interesse me merece, Perdoe a ousadia desta carta, onde ponho toda 11 esperana duma grande Ielicidade. No sei quais as sedues que encerra em si, para que uma pessoa se prenda to rpidamente, pelos sentimentos do corao, a V.; porm" eu senti por V. esse sentimento cego que se chama amor. Talvez tivesse sido a sua doce e suave linguagem ou esses nebrlantes olhares, que me fizeram sentir .esse belo sentimento do corao que me no pertence j, e s por si vive. Venho rogar-lhe que o acertepelo que muito grato lhe caFO(J@

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Llsete .D'~clh.raes amor. - Corresponde dncia relativa ao casaniento.Pedidcs e recusas, - Pedidos de inform.aes. - Conselhos, ete, Depois das clssicas declaraes de amor e quando os noivos, ou melhor, quando os interessados [ esto enamorados e dispostos ao casamento, (' use entre as famlias dos pretendentes tratarem o caso pessoalmente, iniciando assim:a familiaridade to necessria a estes casos. Est claro que os assuntos melindrosos, tais como dotes, ganhos, teres, ete., so tratados pessoalmente e confidencialmente. A seguir, encotttraro os leitores alguns modelos de cartas, que muito auxiliaro os que delas precisarem, alm de muitas declaraes de amor, ..!';

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outra Jovern a quem se eso,.evepela primeiral'\

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Ex.ma Senhora primeira vez que tive a ventura de a ver senti por V. uma deliciosa emoo, o que me resolveu a escrever-lhe. , facto que mal me conhece e no poder Julgar-me, pois num simples olhar no fcll conhecer com verdade quais os sentimentos que professo a seu respeito; no entanto, afirmo-lhe, co~ leal~ade, que sou um cavalheiro e que com a continuao de uma mtua convivncia encontrar abertamente a sinceridade das minhas expresses. ,,;j" . A profunda impresso causada por V. no meu, esprito fez com que eu, no podendo conter ~o meu corao este impulso da minha alma, lhe Iizesse, nesta modesta dectaraco de amor, uma confisso dos sentimentos que experlmentel ao v-ia.,~

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