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Projeto FEUP
2016/2017
MIEMM & LCEEMG
COMO PRODUZIR UM NANOMATERIAL
Como produzir uma multicamada
Equipa 3:
Diogo Magalhães MIEMM
João Martins MIEMM
João Eusébio MIEMM
Henrique Veloso MIEMM
Pedro Silva MIEMM
Nuno Dias LCEEMG
Ricardo Silva LCEEMG
Professora: Sónia Simões
Monitora: Tatiana Padrão
03/11/2016
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ÍNDICE
ÍNDICE ............................................................................................................... 2
RESUMO............................................................................................................ 3
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
EXTRAÇÃO DO COBRE.................................................................................... 5
NANOMATERIAS ............................................................................................... 6
O QUE É UMA MULTICAMADA ....................................................................... 7
MÉTODOS DE PRODUÇÃO .............................................................................. 8
PROCESSO DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA SEVERA – ARB ......................... 9
APLICAÇÕES MULTICAMADAS ..................................................................... 10
CONCLUSÃO ................................................................................................... 11
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 12
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RESUMO
Neste trabalho, temos como principal objetivo investigar e compreender os
processos de produção das multicamadas.
Dentro dos diferentes processos de produção das multicamadas, vamos nos
centrar na deformação plástica severa (ARB), obtendo uma multicamada de
alumínio (Al) e cobre (Cu) em que cada um dos filmes tem uma espessura de
0,5 mm e 0,07 mm, respetivamente, obtendo assim uma multicamada
composta por alumínio e cobre.
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INTRODUÇÃO
O conceito de multicamada já é utilizado pela humanidade desde a era do
bronze, quando o homem aprendeu que unir dois metais diferentes num
mesmo composto poderia gerar um novo composto com a junção de
características dos elementos nele contido.
O campo de estudos que envolve essa matéria tem crescido nos últimos anos,
conforme avançamos no nosso entendimento sobre o mundo dos materiais de
configuração nanométrica, sendo que a junção nanométrica de metais (por
exemplo), pode resultar em novos compostos resistentes e de alta entropia,
como a liga nano cristalina de lítio, magnésio, titânio, alumínio e escândio, ou
ligas cristalinas de grafeno com fibras de vidro que geram nanotubos de alta
capacidade de transmição de internet.
Em suma, o exponencial aumento da importância do estudo sobre
multicamadas permite nos estudar aprofundadamente o tema em questão, e
assim investigar as diversas aplicações e modos de produção de tais
estruturas.
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EXTRAÇÃO DO COBRE
O cobre é um elemento frequentemente utilizado na criação de multicamadas,
pelo facto de se tratar de um metal pouco corrosivo e muito moldável. Estas
características, tal como várias outras, tornam a sua extração essencial para a
utilização de multicamadas.
O cobre é frequentemente encontrado em minérios de calcopirita. É
concentrado e aquecido com silica, carbonato de cálcio e ar/oxigénio numa
fornalha a elevadas temperaturas. Este processo provoca uma redução (ganho
de eletrões) aos iões de cobre no calcopirita, originando um cobre com uma
pureza de 98%-99,5%.
Nos casos em que o cobre se encontre noutro minério, deve recorrer-se à
reação do mesmo com um ácido diluído, o que resultará na formação de sulfato
cúprico. Posteriormente, a solução perde os seus iões de cobre, através do
contacto com um solvente orgânico. E a última etapa consiste na eletrólise da
solução.
As características altamente desejáveis do cobre, como elevada condutividade
elétrica, ductibilidade e resistência, tornam-na particularmente ideal para a
produção de multicamadas de semicondutores. Depois da prata é o melhor
condutor de eletricidade e de calor.
O facto de este material apresentar elevada resistência à corrosão torna-o
também ideal para sistemas de tubagem, apresentando o cobre uma vida útil
de aproximadamente um século.
É um material resistente ao fogo, reciclável, não magnético.
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NANOMATERIAS
Nanomateriais são o objeto de estudo da nanotecnologia e da nanociência e
possuem graus estrururais na oredem dos 10−9 metros. São conhecidos por
terem propiedades especiais, visto a sua escala nanométrica, daí a sua
utilização na nanotecnologia.
Este materiais aprareceram por volta do séc.XX, tendo começado a ser
explorados no séc XXI.
A produção de nanomateriais pode ser dividida em duas áreas:
Top-down (cima para baixo): fabricação, a partir de estruturas de maoir
tamanho, de estruturas em nanoescala, nogeral, por processos físicos.
Bottom-up (baixo para cima): o material é sintetizado quae como um
“puzzle”, montando átomo por átomo, ou até mesmo molécula por molécula.
Normalmente é um processo químico, mas pode ser também físico aquando da
utilização de microscópios potentes.
Os nanomaterias assumem relevância para a comunidade industrial e ciêntifíca
por terem diversas aplicações em variados campos, desde a mecânica e
eletrónica à ótica e à química.
Para além das nanopartículas e nanoesferas, os nanocompósitos são outro tipo
de nanomateriais. Os nanocompósitos são formados por dois ou mais
componentes, em que um dos componentes tem dimensões na escala
nanométrica, o que provoca o aumento da interação entre a partícula e o meio,
melhorando consideralvelmente certas propriedades do nanocompósito face ao
componente puro.
Para finalizar, os nanomateriais oferecem possibilidades técnicas e comerciais
únicas, mas podem apresentar riscos para o ambiente e suscitar preocupações
de saúde.
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O QUE É UMA MULTICAMADA
Estruturas com multicamadas (Multilayer structures) é um conceito imposto a
materiais e estruturas que contenham dois ou mais elementos, e ou
substâncias, dispostas de maneira intercalada em camadas sobrepostas entre
si, de forma a gerar novos compostos, como ligas metálicas.
O termo também é desposto a ser utilizado no âmbito dos nanomateriais já que
a junção de duas nanoestruturas pode criar uma estrutura com multicamadas,
tal como as ligas metálicas que utilizam o grafeno como base, tendo o objetivo
de gerar novos compostos que tenham a boa relação peso/resistência do
grafeno e ao mesmo tempo tenham características desejáveis do outro material
que é posto em conjunção com o grafeno.
Há diversos elementos utilizados para se produzir uma estrutura multicamada,
mas entre eles o alumínio é um dos mais amplamente explorados. O cobre
pode formar uma multicamada com o alumínio, o que até tem as suas
vantagens, visto que as suas propriedades combinadas com o seu baixo custo
de extração permitem que haja uma cresente utilização deste elemento para os
interesses da sociedade e meios académicos. Tanto o cobre como o alumínio
têm boa condutividade elétrica, porém, existem características que acabam por
enriquecer a liga resultante (CuAl) quando postos de maneira a formar uma
estrutura com multicamadas, com características e propriedades de ambos os
elementos.
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MÉTODOS DE PRODUÇÃO
As multicamadas podem ser produzidas através de diferentes processos, assim
como:
Deformação plástica severa (ARB): O fenómeno chamado
de deformação plástica severa modifica a estrutura interna do metal
ou liga metálica.
As principais vantagens são a simplicidade da técnica, a tecnologia
associada, a produção de peças de grande dimensão, a inexistência
de problemas associados à porosidade e a quase nula contaminação
das peças por impurezas.
Pulverização catódica: Esta é uma das técnicas mais
versáteis, podendo ser utilizadas tanto em laboratório como
industrialmente.
Esta técnica pode ser definida como sendo um processo que se dá
quando são ejetados átomos e moléculas de uma superfície, como
resultado do impacto de partículas de alta energia, que se depositam
nas superfícies circundantes.
Eletrodeposição: A eletrodeposição define-se como um
processo de deposição de um filme no substrato, utilizando-se uma
corrente elétrica.
Este processo é relativamente barato, tendo aplicabilidade industrial.
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PROCESSO DE DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA SEVERA – ARB
Para o método arb é necessário:
2 chapas dos materiais a processar
Lixa
Laminadora
Álcool
Pano
Luvas (epi)
Primeiro lixa-se as superfícies de contacto das chapas, de forma a promover
atrito entre as peças e consequente união (sem a qual as chapas separam-se
após a laminagem).
A seguir, limpa-se com o pano embebido em álcool.
Depois, junta-se as chapas pela superfície lixada e procede-se à laminação.
Após a laminação, corta-se a parte do material não conforme, e, com a parte
conforme, corta-se ao meio e reproduz-se de novo o processo.
De reparar que cada vez que se executa a laminagem, o numero de camadas
multiplica por dois, portanto, à 10ª vez o processo já reproduziu 1024 camadas
alternadas de material.
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APLICAÇÕES MULTICAMADAS
Nos dias de hoje, existe por parte da comunidade industrial e científica , uma
procura incessante por revestimentos protetores mais resistentes a ambientes
cada vez mais agressivos. Aqui surgem as multicamadas para responder a
estas necessidades .
As multicamadas podem ter vastas aplicações, dependendo apenas, das
espessuras dos filmes e do número de ciclos que constituem a multicamada.
Um exemplo duma multicamada é o TI/Al. A produção desta multicamada tem
com objetivo principal a absorção seletiva da radiação solar. Deste modo, com
os materiais utilizados é possível a criacão de um mecanismo em que a
abrsorção da radiação seja concretizada devido à absorção intrínseca dos
materiais.
Outro exemplo são as camadas de Ni/Al que, ao produzirem elevadas
quantidades de calor na reação localizada entre as camadas são utilizadas na
indústria eletrónica e setores aeroespacial, aeronáutico e automóvel.
As multicamadas podem ser também aplicadas em centrais térmicas,
radiadores, células fotovoltaicas, semicondutores, absorventes de choque.
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CONCLUSÃO
Com base nos resultados obtidos no processo experimental e, com a pesquisa
realizada, podemos concluir que a produção de um material com multicamadas
por ARB não é de todo fácil por ter algum rigor, mas que, com a prática torna-
se bastante simples. Para pôr em marcha a execução do processo de
deformação plástica severa é necessário somente os materiais, neste caso
cobre e alumínio, lâminas de corte e laminação e uma lixa.
Com a junção de cobre/alumínio, obtém-se uma liga metálica que apresenta
características de ambos os elementos, mantendo uma boa condução elétrica
(característica pertencente a ambos os metais) e apesar do alumínio não ter
uma boa resistência mecânica o material resultante apresenta tal característica,
já que há em sua composição o cobre.
Foi necessário, a diminuição da espessura das quantidades de cobre e
alumínio fornecidas, já que para se unir duas camadas de materiais diferentes
pelo processo mecânico/físico, que passa pela laminadora, são necessários
que ambos os materiais base tenham o menor número de camadas de átomos
possível, de forma a beirar a exaustão do material.
Notou-se uma diminuição de aproximadamente 75% na espessura do alumínio
e 65% para o cobre, tendo ambos iniciando o experimento com 2mm, com o
primeiro começando a junção dos elementos após a primeira laminagem, com
0,5mm; enquanto o Cu reduziu-se até obter 0,7mm.
Em seguida foi feita a raspagem dos materiais para que haja maior adesão
entre os dois, para que imperfeições como gordura, fossem retiradas do
material, um algodão embebedado de álcool foi utilizado para realizar uma
limpeza nas áreas lixadas; por fim ambos os elementos foram postos com suas
faces raspadas em contato uma com a outra e dessa forma passaram por 10
ciclos de compressão na laminadora, obtendo assim como resultado um filme
de cobre/alumínio com espessura de 0,3 mm (milímetros), com uma camada
de Cu e uma de Al.
Concluindo-se; o processo, apesar de relativamente demorado, é menos
custoso, pois não há necessidade de se ter um operador muito especializado,
além do baixo custo benefício das máquinas utilizadas, o item mais custoso de
todo o processo é a própria obtenção do cobre, porém este acaba por ser o
benefício de se produzir um material com multicamadas, já que poupa-se
capital sem perder muito das características do material desejado quando se
utiliza o cobre com o alumínio, que é um material muito mais barato e leve do
que o Cu.
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BIBLIOGRAFIA
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tinto.jpg?1292246852
25/10/2016-
http://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_10111/p_fornecedor-
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