Como Ir para o Céu · o Diabo e o Mundo Por Silvio Dutra ... temos um desafio ... sempre por meio...
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Como Ir para o Céu
ou
Como Escapar do Inferno
ou
Como Ter Vida Eterna
ou
Como Vencer o Pecado,
o Diabo e o Mundo
Por
Silvio Dutra
Jul/2018
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A474 Alves, Silvio Dutra Como ir para o céu / Silvio Dutra Alves Tradução e adaptação Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2018. 52p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Salvação. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252
3
Quando vemos uma pessoa de idade madura
para avançada, vivendo por tanto anos seguidos sob a escravidão de vícios os mais diversos,
como o de álcool ou de drogas ilícitas, por exemplo, ou então, pelo lado oposto, julgando-
se tão boa entre seus semelhantes, e tão cheia de virtudes, que julga nada precisar ser feito para ir
para o céu depois desta vida, temos um desafio diante de nós, quanto ao modo de alcançar tanto a um e a outro com a verdade divina sobre a
condição respectiva de ambos, que é a mesma, no tocante à necessidade de salvação.
Por mais incrível que possa parecer, a pessoa que exemplifica o primeiro grupo é mais facilmente convencida pela verdade do que a do
segundo, conforme a experiência tem demonstrado ao longo da história da
humanidade, e apresentaremos algumas das razões para isto.
Segundo o modo comum de se julgar, a maioria de nós pensa que o pecador contumaz e aberto é um caso irremediavelmente perdido, e que
aqueles que estão cheios de virtudes morais estão mais próximos do reino de Deus do que os
primeiros, e que seria portanto muito mais fácil alcançarem a salvação em Cristo do que os
grandes pecadores.
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Todavia, não se pode medir a possibilidade de salvação de alguém por este meio de avaliação,
e ainda que não pretendamos dizer que é melhor ser um pecador contumaz do que
alguém virtuoso, Deus nos livre disto! Senão apenas afirmar que seria mais fácil para o
primeiro ser salvo do que o segundo, conforme o próprio Jesus disse aos escribas e fariseus, que eram religiosos virtuosos externamente, que
publicanos e meretrizes entravam no reino de Deus antes deles. Não porque eram ladrões e
prostitutas, mas porque era mais fácil para eles reconhecerem que são de fato pecadores, do
que aqueles que são justos a seus próprios olhos.
Por que as coisas são dispostas por Deus desta forma?
Há uma razão para isto?
Sim. E é esta razão que devemos sempre e unicamente considerar no assunto relativo à
nossa salvação, conforme veremos adiante.
Por estarmos acostumados à ideia de mérito pessoal, de capacidade, de dons, talentos,
fortuna, poder, e outros atributos semelhantes, como o meio de nos tornar distintos e
superiores a outros, é comum que transportemos estas noções para o campo da
salvação espiritual, para a nossa aceitação por
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Deus e a consequente obtenção da vida eterna e o direito de ir para o céu depois desta vida.
Todavia, nenhuma destas coisas é levada em conta por Deus para nos salvar, porque o
principal fator relativo à salvação tem a ver com o próprio Deus, e nem tanto conosco. Eu explico:
O atributo da justiça e santidade divinos são perfeitos e exigem de todas as criaturas morais,
que para serem aceitas por Ele e poderem viver juntamente com Ele, elas necessitam também
de uma justiça e uma santidade perfeitas.
Olhemos para nós. E se houver sinceridade, o melhor de nós há de admitir que ninguém possui o que é exigido pela justiça de Deus, que
é conformação absoluta e perfeita da nossa parte à Sua santidade.
O pior de tudo. Não tendo esta perfeição de
justiça e santidade, todos somos devedores em completo estado de miséria e condenação
perante Deus, nosso Criador. Ele não poderá deixar de executar a sentença de condenação
sobre todos aqueles que não tiverem sido justificados por Ele.
É desta condenação e desta nossa condição de miséria que Deus se propõe a nos salvar por
meio de Cristo.
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Chegamos agora a uma palavra muito importante no assunto da salvação:
JUSTIFICAÇÃO.
Ela se encontra na Bíblia, especialmente no Novo Testamento, em que somos ensinados
direta e claramente que ela significa o fato de sermos perdoados por Deus, e considerados
perfeitamente justos por Ele, de forma que possa nos aceitar como seus filhos amados. Veja
bem, não que já sejamos feitos por ele, por meio da justificação, real e perfeitamente justos,
enquanto neste mundo, mas que somos assim considerados por ele por causa de Jesus, quando
nele cremos.
Esta JUSTIFICAÇÃO pela fé em Cristo é o único bilhete que temos para ir para o céu e para obter
a vida eterna. Não há outro designado para tal, e nem mesmo poderia haver, pois o plano de
salvação de Deus é perfeito e único.
É pela justificação que somos reconciliados com
Deus, pois sendo pecadores, naturalmente, por melhor que sejamos, por nós mesmos, estamos
separados dele, e na verdade, não apenas separados, mas debaixo da maldição da Lei e da condenação eterna.
Poucos conhecem a verdade que Deus tem amaldiçoado para sempre a todo aquele que
descumprir um só mandamento da Sua Lei,
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ainda que fosse por uma única vez em toda a sua vida. A conclusão então é que todos chegamos a
este mundo e permanecemos amaldiçoados e destinados a uma condenação eterna, a menos
que sejamos livrados desta maldição para sempre por meio da fé em Jesus, que é o único
que pode nos remover de debaixo dela, porque se fez maldição em nosso lugar na cruz.
“Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar
(porque está escrito: Maldito todo aquele que
for pendurado em madeiro),” (Gálatas 3.13).
“Justificados pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1).
Esta paz com Deus se refere à reconciliação. À
reaproximação dele por meio da fé que temos
em Jesus.
Então alguém dirá: “É muito fácil. Basta dizer,
portanto, que creio em Jesus e já estou salvo
para sempre.” Sim, e não, pois algumas coisas
devem acompanhar a nossa fé. Uma delas é o
arrependimento sincero por reconhecermos
que somos pecadores, transgressores da lei de
Deus e da Sua vontade, e lamentarmos isto, e
buscarmos a Cristo para que possamos ser
lavados e perdoados de nossos pecados, com a
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firme decisão de que o teremos como o Senhor
da nossa vida, para nos transformar, ensinar e
guiar na verdade e na justiça.
Assim, embora o bêbado e o moralista sincero,
não necessitem dar o seu caso como perdido, o
primeiro por sua imundície, e o segundo por seu
orgulho espiritual, pois há esperança para
ambos, de igual modo, em Cristo, já que se
requer apenas um reconhecimento verdadeiro
de sua real condição quanto a não terem tido no
decorrer de suas vidas tributado a devida
adoração ao Senhor e obediência à Sua Palavra.
Quando pedimos a Cristo para entrar no nosso
coração e mudar a nossa vida, passamos a ter o
desejo de orar a ele, sentimos amor a Deus e aos
demais que também o amam verdadeiramente,
e que muito daquelas coisas que antes nos
dominavam começam a bater em retirada, na
medida em que caminhamos em obediência à
Sua vontade.
O que furtava não mais furtará.
O que era adúltero se tornará fiel.
O bêbado deixará as más companhias e a bebida.
O boca suja receberá uma boca limpa.
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Ainda que não sejamos salvos pela remoção
absoluta e total de tudo isto e de todos os demais
pecados a que estamos sujeitos, caminhamos
para a total libertação deles, e nossa salvação
não pode ser anulada por Deus, porque ele
decidiu nos salvar por meio da justificação e não
por nossas boas obras, até porque por boas
obras, jamais poderíamos liquidar a dívida
imensa e total de pecados que temos diante de
Deus. Em boas obras é o modo consequente de
se viver depois que somos salvos, mas não para
sermos salvos por meio disto.
É porque Jesus se tornou o nosso Fiador, que não
somos considerados mais como sendo
devedores de Deus, pois ele, e somente ele,
quitou completamente a nossa dívida de
pecados. Ele sofreu a pena devida aos nossos
pecados morrendo em nosso lugar na cruz, pois
a pena determinada para o pecado é a morte.
De modo que a aliança que Deus fez para nos
salvar foi antes de tudo e em primeiro lugar com
o próprio Filho Unigênito, com Jesus Cristo, de
maneira que a capacidade de permanecermos
salvos foi colocada sobre os ombros dele, e não
sobre os nossos, pois somos imperfeitos e
falhos, e assim, a aliança seria considerada
anulada toda vez que a violássemos com algum
pecado que pratiquemos.
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Ai de nós! Estaríamos perdidos para sempre,
sem qualquer esperança, não fosse pelo grande
amor e pela grande misericórdia e bondade de
Deus para conosco, demonstrados no ato de
Jesus ter escolhido voluntariamente, sofrer em
nosso lugar, o castigo que nos era devido e não a
ele, pois não tinha qualquer pecado, e isto, para
que pudéssemos ser reconciliados em amizade
com Deus para sempre.
Assim, podemos retornar à comunhão da
aliança com Deus, simplesmente pela confissão
de nossos pecados, isto é, de dizermos a Deus
que fizemos o que é contrário à Sua vontade,
pedindo-lhe que nos livre de viver pecando.
Com isto seremos aceitos, porque, como
dissemos, Jesus é o nosso Fiador na Aliança, e
intercederá em nosso favor junto a Deus Pai.
Jesus se ofereceu como Sacrifício eterno por
nós, morrendo por nós, carregando a nossa
culpa, para que pudéssemos ser considerados
livres por Deus Pai para sempre. Sem o seu
sacrifício a justiça de Deus jamais poderia ser
satisfeita, quanto à sua ira em relação aos nossos
pecados. É aqui que entra a razão de tanto o
bêbado quanto o religioso necessitarem
igualmente da mesma Justiça, a de Cristo, para
poderem ser salvos da condenação eterna.
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A nossa culpa é infinita e exige uma penalidade,
um castigo, infinitos, de modo, que somente
aquele que é infinito poderia ter morrido por
nós, para nos obter uma salvação e um perdão
infinitos.
Desta forma, nem todos os anjos do céu, sendo
criaturas, poderiam fazer este trabalho por nós,
senão somente nosso Senhor Jesus Cristo, pois
ele é Deus, e se fez homem para que pudesse
oferecer o seu corpo humano como sacrifício na
cruz.
A ele então toda a nossa gratidão, e toda a honra,
glória e louvor!
Além do Sacrifício, necessitávamos também de
um Sacerdote, de um Mediador para nos
conduzir à presença de Deus, porque sendo
pecador, o homem não pode dirigir-se
diretamente a Deus, não pode se apresentar a
ele e ser aceito por ele, porque a justiça divina
não o permite. Assim, é por meio de Jesus que
somos aceitos. Sem ele ninguém pode ir à
presença de Deus e ser aceito por ele, sem ser
destruído. Nenhum anjo, nenhum homem, por
mais santo que seja, pode ocupar esta posição de
Sacerdote e Mediador, para nós, para nos ligar a
Deus. Somente aquele que é também Rei do céu
– Jesus, tem honra e dignidade suficientes para
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nos conduzir para lá. Somente aquele que é
onipresente, onisciente e onipotente, com
capacidade para se comunicar com todos ao
mesmo tempo, e para dirigir seus corações e
mentes, é competente para tal trabalho. Em
suma, somente quem é Deus pode ser o salvador
do pecador.
No entanto, não importa que você saiba tudo
sobre justificação, santificação, regeneração,
glorificação, para que seja salvo. Deus o salvará
se simplesmente crer em Jesus e se arrepender
de seus pecados.
É importante saber também que temos em nós
uma resistência natural a Deus e às coisas de
Deus, de modo, que somos muito afeitos à vida
natural e às coisas visíveis, e pouco afeitos à vida
espiritual e às coisas invisíveis do céu, até que
sejamos habitados pelo Espírito Santo, a partir
da nossa conversão.
Por sermos pecadores, temos uma natureza que
se inclina para o mal, em suma, para o pecado, e
não para Deus e sua vontade, e isto pode ser
somente tratado pelo recebimento de uma nova
natureza celestial, espiritual e divina, que nos
incline para o bem, conforme ele se encontra na
natureza de Deus.
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Para isso Deus prometeu a todo o que crer em
Cristo, o recebimento da habitação do Espírito
Santo, para ser transformado, instruído e guiado
durante toda a sua jornada terrena.
É somente pela operação do Espírito Santo em
nós, que podemos ser convencidos de que
somos pecadores e concordarmos com esta
verdade, sabendo exatamente qual é o
significado real da nossa culpa diante de Deus e
dos homens.
Por que é tão essencial esta operação de
convencimento realizada pelo Espírito Santo no
sentido de nos levar a reconhecer que somos
pecadores?
A própria experiência real o comprova.
Alguém já viu algum alcoólatra reconhecer que
é alcoólatra com facilidade?
E mais do que isso, quem não acha que já seja tão
bom para o céu, como outro qualquer?
Alguém considera a verdade espiritual de que
todos estão debaixo do pecado, da maldição e
condenação de Deus?
Muito ao contrário, a maioria acha que Deus é
devedor a eles pela bondade que praticam.
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O mal que fizeram está sendo coberto pelo bem
que têm feito. É o que pensam, sem saber que
não há como cobrir um mal praticado, com
alguma coisa boa que façamos. Um assassino
poderia ser livrado da culpa do seu ato, pela
simples razão de ter matado a fome de alguém
que estava morrendo? Ou terá que responder
pelo crime que cometeu independentemente
da boa ação que realizou?
Mas o grande problema para o pecador é que o
céu é um lugar de perfeição absoluta que não
pode receber nada e ninguém que não seja
também perfeito. Além disso, ninguém pode ir
para lá carregando uma sentença de
condenação em suas costas, mesmo que esta
tenha sido suspensa aqui na terra, quanto à sua
execução.
Mas alguém objetará: “então ninguém pode ir
para o céu, pois afinal, não há quem seja
perfeito.” Entretanto, o que se exige não é
perfeição absoluta na terra, mas a busca sincera
da perfeição, porque somos salvos na esperança
de que seremos perfeitos assim como Jesus é
perfeito, quando deixarmos o corpo pela morte.
O fato de não sermos transformados em pessoas
absolutamente perfeitas quando nos
convertemos tem muito a ver com o trabalho de
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aprendizado da nossa dependência total de
Deus, à medida que somos chamados a confiar
nele para que, pela fé e arrependimento,
sejamos gradualmente santificados,
aprendendo a reconhecer a Sua mão em tudo, e
a em tudo lhe dar graças e louvor,
independentemente das circunstâncias em que
vivamos.
Além disso, para resumir este assunto, a coisa
toda está em que Jesus mesmo é a nossa
perfeição. Tanto que, é a sua presença,
especialmente manifestada nos crentes
durante os cultos de adoração, que comprova
que de fato é somente nestes momentos que nos
sentimos completamente puros, alegres,
contentes, fortes, santos, amáveis, enfim,
exultantes com um coração firmado pela
presença de Deus que nele se manifesta, pelo
Espírito Santo.
Esta é a razão de os crentes serem chamados a
estarem sempre congregados quanto lhes for
possível, para que este poder e graça da vida de
Jesus se manifeste neles, de modo que aqueles
que hão de se converter, sejam convencidos da
presença real de Deus, e deste modo terem
facilitada a sua conversão, por se entregarem a
Cristo sob o poder da ação do Espírito Santo, que
observam nos crentes, e em si mesmos.
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Não é sem motivo então que o crente é chamado
por Jesus a vigiar o seu coração para se manter
puro, e a orar em todo o tempo, para esta vida no
espírito, porque não há outro modo de se vencer
a carne que é fraca, ou seja, esta inclinação
natural que todos têm para o pecado.
Como há esta luta da carne contra o Espírito, e
do Espírito contra a carne, Deus determinou que
nesta dispensação da graça, ou da sua paciência,
usará de toda a longanimidade para com os
pecadores, ou seja, não julgará de imediato as
suas faltas, na maioria dos casos, enquanto
viverem neste mundo, adiando tudo para o dia
do Juízo Final.
Na verdade, como todo juízo de Deus, para a
condenação eterna, será executado naquele
Grande Dia do Seu Juízo Final, muitos se
equivocam com esta bondade e paciência de
Deus, dando-lhes tempo para se arrependerem,
pensando que não há nenhum juízo a ser
executado no final das contas.
Mas a Bíblia está cheia de exemplos de juízos
que Deus executou na Terra, como no dilúvio,
no fogo sobre Sodoma e Gomorra, e sobre as
nações poderosas do passado, como um sinal de
que haverá de fato um Juízo Final, em que até
mesmo aqueles que foram julgados com juízos
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locais no passado, serão levantados para serem
julgados com este juízo terrível final.
Por isso precisamos ser justificados e lavados
enquanto ainda nos encontramos neste mundo,
pois uma vez chegada a morte nada mais há a
esperar senão o terrível juízo de Deus, caso não
tenhamos sido justificados por ele em Cristo.
Sem este convencimento anterior e
reconhecimento de que somos pecadores, é
impossível que sejamos justificados por Deus,
pois ele não pode dizer que está perdoado,
alguém que não buscou o perdão; que é santo,
quem não buscou a santidade; que é justo, quem
não buscou a justiça; que é limpo, quem não
buscou se purificar.
O sangue que Jesus derramou na cruz, quando
ali morreu no nosso lugar, é o meio que Deus
aceitou para que fôssemos considerados
limpos, perdoados, justificados, santos, quando
nele cremos, desde a primeira vez, e para
sempre.
Foi para isto que a Bíblia foi escrita por pessoas
que Deus inspirou pelo Espírito Santo, para nos
ensinar sobre o modo e a necessidade da nossa
salvação.
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Foi para isto que Jesus veio a este mundo morrer
naquela cruz, e depois ressuscitar e subir ao céu,
de onde continua salvando pessoas e
santificando suas vidas.
Esta é a oferta, o convite da salvação que agora
está sendo feito pelo Evangelho, desde que ele
morreu e ressuscitou, e feliz é todo aquele que
atende a este convite e se volta para Deus,
arrependido de seus pecados.
Aqueles que não derem a devida consideração
ao convite, e continuarem rejeitando a Deus Pai,
a Jesus, ao Espírito Santo, ao Evangelho,
continuarão debaixo da sentença de
condenação eterna no inferno, e jamais poderão
sair de lá, depois que deixarem este mundo pela
morte.
Devemos a todo o custo evitar ser convencidos
pelo nosso próprio pensamento que tendo já
vivido bastante aqui neste mundo, não importa
o que possa suceder depois. Este é um maldito
pensamento que procede do nosso coração
enganoso, que é o nosso pior inimigo, pois
estando sujeito ao pecado é mentiroso e nos
engana dizendo que tudo estará bem, sem que
saibamos que nos aguarda um terrível e eterno
castigo que jamais cessará.
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Se depois da morte do corpo houvesse a
aniquilação total do nosso ser, do nosso espírito,
certamente não haveria muito com que se
preocupar com o futuro quanto ao aspecto da
condenação eterna. Mas, como o espírito
humano não pode ser aniquilado, assim como
os dos próprios anjos que se transformaram em
demônios, bem faremos em nos desviar deste
juízo eterno fugindo para os braços de Cristo.
Se fosse possível extinguir a existência de
espíritos, Deus o teria feito em ralação aos
demônios, ou pelo menos quanto a uma boa
parte deles, mas aí eles estão e por toda a
eternidade sujeitos a um castigo eterno. Por
enquanto é permitido a muitos deles, tanto
quanto a nós neste mundo, ficarem fora do
abismo de fogo atormentador, mas chegará o
dia em que Deus os enviará a todos para lá, para
se juntarem àqueles que lá já se encontram, pela
determinação da Sua vontade divina.
Este pensamento de aniquilação de espíritos
rebeldes depois da morte seria um grande
prêmio para o viver pecaminoso, porque não
faria nenhuma diferença, quanto à aplicação da
justiça, ser justo ou injusto aqui na Terra. Mas, a
justiça divina, perfeita que é, não permitiria que
tal coisa ocorresse, de modo que aquele que não
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foi justificado do pecado, deverá pagar por suas
transgressões por toda a eternidade.
Uma das razões de ser este castigo eterno, é que
não tendo sido justificado e santificado, o
pecador continuará nesta condição pecaminosa
e sempre transgredindo em pensamentos de
ódio e blasfêmias contra Deus, mesmo no
inferno, e daí, que a sua culpa nunca cessará,
exigindo uma penalidade que seja também
eterna.
Deveríamos dar a devida consideração de que o
ódio da justiça de Deus ao pecado é tão grande,
tão infinito, que o próprio Deus, na pessoa de
seu Filho, visitou e castigou o pecado em Si
mesmo, para que tendo sofrido a pena em nosso
lugar, pudesse nos livrar de toda a culpa e nos
perdoar, por reconhecermos que Ele de fato
morreu no nosso lugar, e assim, nos
considerarmos também mortos para o pecado,
de maneira a não mais viver na sua prática.
Precisamos portanto, vigiar contra o nosso
próprio coração enganoso, para não pensarmos
que depois da morte não mais existiremos, ou
então, que poderemos ir para o céu sem sermos
salvos e santificados por Jesus.
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Jesus mesmo nos alertou sobre a malignidade
do nosso coração, do qual procede todo o tipo de
pecado e má obra, de modo que o trabalho de
salvação é operado sobretudo no coração, na
raiz, na fonte de todo o mal.
Se o coração for feito bom, todo o corpo o será.
Somente Deus conhece os recônditos mais
ocultos do coração humano, e somente ele pode
transformá-lo num coração santo e precioso.
Nada e ninguém mais poderá fazê-lo, nem
mesmo nós.
Por isso toda a nossa salvação depende da nossa
união com Cristo em espirito. Do nosso retorno
à comunhão espiritual com Deus. Pois é a sua
própria vida em nós, a fonte de toda a nossa
transformação e santificação.
Uma vez convertidos a Cristo, esta
transformação será processada gradualmente,
até que atinjamos a confirmação e
aperfeiçoamento da nossa fé, alcançando assim
a maturidade espiritual esperada por Deus.
Para obter tudo isto, volte-se a Jesus,
simplesmente pela fé nele, pois a justificação é
somente pela fé, e ele fará com que você nasça
de novo pelo Espírito Santo, que será o agente de
toda a santificação que for realizada em sua vida.
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Deus mesmo já providenciou tudo o que é
necessário para lhe conduzir para o céu, e ele
mesmo tudo realizará em sua vida. Tão somente
creia e não duvide.
Junte-se a outros verdadeiros crentes em Jesus,
para que ore por eles e eles por você. Para
compartilhar a Palavra de Deus e aprendê-la
para ser aplicada em sua vida.
Persevere na fé, vencendo toda oposição,
perseguição ou tribulação que possam vir sobre
a sua vida, pois afinal, você já não morrerá mais
espiritualmente, pois será reavivado em espirito
pelo poderoso Senhor Jesus Cristo, a partir do
momento em que se entregar a ele.
Se você não pode fazer a si mesmo um filho de
Deus, Ele não somente pode, como o deseja
fazer, e isto somente por você crer em Jesus
como seu Senhor e Salvador.
Não dê ouvidos ao que lhe diz a carne, o diabo e
o mundo. Creia no testemunho que Deus dá de
Jesus na Bíblia. Não creia em outro Jesus, senão
apenas no único e verdadeiro, que é o que está
na Bíblia.
Para lhe ajudar neste reconhecimento do que é
verdadeiro, estamos destacando a seguir alguns
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textos bíblicos que tratam deste tão importante
assunto da nossa salvação.
“Romanos – 3
9 Que se conclui? Temos nós qualquer
vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já
temos demonstrado que todos, tanto judeus
como gregos, estão debaixo do pecado;
10 como está escrito: Não há justo, nem um
sequer,
11 não há quem entenda, não há quem busque a
Deus;
12 todos se extraviaram, à uma se fizeram
inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um
sequer.
13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a
língua, urdem engano, veneno de víbora está
nos seus lábios,
14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de
amargura;
15 são os seus pés velozes para derramar sangue,
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16 nos seus caminhos, há destruição e miséria;
17 desconheceram o caminho da paz.
18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.
19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que
vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e
todo o mundo seja culpável perante Deus,
20 visto que ninguém será justificado diante
dele por obras da lei, em razão de que pela lei
vem o pleno conhecimento do pecado.
21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de
Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;
22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo,
para todos [e sobre todos] os que creem; porque
não há distinção,
23 pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus,
24 sendo justificados gratuitamente, por sua
graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus,
25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a
sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância,
25
deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos;
26 tendo em vista a manifestação da sua justiça
no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.
27 Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída.
Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela
lei da fé.
28 Concluímos, pois, que o homem é justificado
pela fé, independentemente das obras da lei.
29 É, porventura, Deus somente dos judeus?
Não o é também dos gentios? Sim, também dos
gentios,
30 visto que Deus é um só, o qual justificará, por
fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso.
31 Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira
nenhuma! Antes, confirmamos a lei.
Romanos – 4
1 Que, pois, diremos ter alcançado Abraão,
nosso pai segundo a carne?
2 Porque, se Abraão foi justificado por obras,
tem de que se gloriar, porém não diante de Deus.
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3 Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus,
e isso lhe foi imputado para justiça.
4 Ora, ao que trabalha, o salário não é
considerado como favor, e sim como dívida.
5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele
que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída
como justiça.
6 E é assim também que Davi declara ser bem-
aventurado o homem a quem Deus atribui
justiça, independentemente de obras:
7 Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades
são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;
8 bem-aventurado o homem a quem o Senhor
jamais imputará pecado.
9 Vem, pois, esta bem-aventurança
exclusivamente sobre os circuncisos ou
também sobre os incircuncisos? Visto que
dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça.
10 Como, pois, lhe foi atribuída? Estando ele já
circuncidado ou ainda incircunciso? Não no
regime da circuncisão, e sim quando
incircunciso.
27
11 E recebeu o sinal da circuncisão como selo da
justiça da fé que teve quando ainda incircunciso;
para vir a ser o pai de todos os que creem,
embora não circuncidados, a fim de que lhes
fosse imputada a justiça,
12 e pai da circuncisão, isto é, daqueles que não
são apenas circuncisos, mas também andam
nas pisadas da fé que teve Abraão, nosso pai,
antes de ser circuncidado.
13 Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou
a sua descendência coube a promessa de ser
herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da
fé.
14 Pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-
se a fé e cancela-se a promessa,
15 porque a lei suscita a ira; mas onde não há lei,
também não há transgressão.
16 Essa é a razão por que provém da fé, para que
seja segundo a graça, a fim de que seja firme a
promessa para toda a descendência, não
somente ao que está no regime da lei, mas
também ao que é da fé que teve Abraão (porque
Abraão é pai de todos nós,
17 como está escrito: Por pai de muitas nações te
constituí.), perante aquele no qual creu, o Deus
28
que vivifica os mortos e chama à existência as
coisas que não existem.
18 Abraão, esperando contra a esperança, creu,
para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe
fora dito: Assim será a tua descendência.
19 E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em
conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já
de cem anos, e a idade avançada de Sara,
20 não duvidou, por incredulidade, da promessa
de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória
a Deus,
21 estando plenamente convicto de que ele era
poderoso para cumprir o que prometera.
22 Pelo que isso lhe foi também imputado para
justiça.
23 E não somente por causa dele está escrito que
lhe foi levado em conta,
24 mas também por nossa causa, posto que a nós
igualmente nos será imputado, a saber, a nós
que cremos naquele que ressuscitou dentre os
mortos a Jesus, nosso Senhor,
29
25 o qual foi entregue por causa das nossas
transgressões e ressuscitou por causa da nossa
justificação.
Romanos – 5
1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus
Cristo;
2 por intermédio de quem obtivemos
igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual
estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da
glória de Deus.
3 E não somente isto, mas também nos
gloriamos nas próprias tribulações, sabendo
que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência,
esperança.
5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor
de Deus é derramado em nosso coração pelo
Espírito Santo, que nos foi outorgado.
6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos
fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
30
7 Dificilmente, alguém morreria por um justo;
pois poderá ser que pelo bom alguém se anime
a morrer.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores.
9 Logo, muito mais agora, sendo justificados
pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos
reconciliados com Deus mediante a morte do
seu Filho, muito mais, estando já reconciliados,
seremos salvos pela sua vida;
11 e não apenas isto, mas também nos gloriamos
em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por
intermédio de quem recebemos, agora, a
reconciliação.
12 Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram.
13 Porque até ao regime da lei havia pecado no
mundo, mas o pecado não é levado em conta
quando não há lei.
31
14 Entretanto, reinou a morte desde Adão até
Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram
à semelhança da transgressão de Adão, o qual
prefigurava aquele que havia de vir.
15 Todavia, não é assim o dom gratuito como a
ofensa; porque, se, pela ofensa de um só,
morreram muitos, muito mais a graça de Deus e
o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo,
foram abundantes sobre muitos.
16 O dom, entretanto, não é como no caso em
que somente um pecou; porque o julgamento
derivou de uma só ofensa, para a condenação;
mas a graça transcorre de muitas ofensas, para
a justificação.
17 Se, pela ofensa de um e por meio de um só,
reinou a morte, muito mais os que recebem a
abundância da graça e o dom da justiça reinarão
em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.
18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o
juízo sobre todos os homens para condenação,
assim também, por um só ato de justiça, veio a
graça sobre todos os homens para a justificação
que dá vida.
19 Porque, como, pela desobediência de um só
homem, muitos se tornaram pecadores, assim
32
também, por meio da obediência de um só,
muitos se tornarão justos.
20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa;
mas onde abundou o pecado, superabundou a
graça,
21 a fim de que, como o pecado reinou pela
morte, assim também reinasse a graça pela
justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo,
nosso Senhor.
Romanos – 6
1 Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que seja a graça mais abundante?
2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no
pecado, nós os que para ele morremos?
3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que
fomos batizados em Cristo Jesus fomos
batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo
batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado
dentre os mortos pela glória do Pai, assim
também andemos nós em novidade de vida.
5 Porque, se fomos unidos com ele na
semelhança da sua morte, certamente, o
33
seremos também na semelhança da sua
ressurreição,
6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o
nosso velho homem, para que o corpo do pecado
seja destruído, e não sirvamos o pecado como
escravos;
7 porquanto quem morreu está justificado do
pecado.
8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que
também com ele viveremos,
9 sabedores de que, havendo Cristo
ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a
morte já não tem domínio sobre ele.
10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para
sempre morreu para o pecado; mas, quanto a
viver, vive para Deus.
11 Assim também vós considerai-vos mortos
para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo
Jesus.
12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo
mortal, de maneira que obedeçais às suas
paixões;
34
13 nem ofereçais cada um os membros do seu
corpo ao pecado, como instrumentos de
iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como
ressurretos dentre os mortos, e os vossos
membros, a Deus, como instrumentos de
justiça.
14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós;
pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.
15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos
debaixo da lei, e sim da graça? De modo
nenhum!
16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis
como servos para obediência, desse mesmo a
quem obedeceis sois servos, seja do pecado para
a morte ou da obediência para a justiça?
17 Mas graças a Deus porque, outrora, escravos
do pecado, contudo, viestes a obedecer de
coração à forma de doutrina a que fostes
entregues;
18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos
servos da justiça.
19 Falo como homem, por causa da fraqueza da
vossa carne. Assim como oferecestes os vossos
membros para a escravidão da impureza e da
maldade para a maldade, assim oferecei, agora,
35
os vossos membros para servirem à justiça para
a santificação.
20 Porque, quando éreis escravos do pecado,
estáveis isentos em relação à justiça.
21 Naquele tempo, que resultados colhestes?
Somente as coisas de que, agora, vos
envergonhais; porque o fim delas é morte.
22 Agora, porém, libertados do pecado,
transformados em servos de Deus, tendes o
vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida
eterna;
23 porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor.”
“Romanos – 8
1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para
os que estão em Cristo Jesus.
2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.
3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que
estava enferma pela carne, isso fez Deus
enviando o seu próprio Filho em semelhança de
36
carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e,
com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado,
4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em
nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito.
5 Porque os que se inclinam para a carne
cogitam das coisas da carne; mas os que se
inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.
6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas
o do Espírito, para a vida e paz.
7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra
Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem
mesmo pode estar.
8 Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus.
9 Vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em
vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo,
esse tal não é dele.
10 Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na
verdade, está morto por causa do pecado, mas o
espírito é vida, por causa da justiça.
37
11 Se habita em vós o Espírito daquele que
ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse
mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os
mortos vivificará também o vosso corpo mortal,
por meio do seu Espírito, que em vós habita.
12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à
carne como se constrangidos a viver segundo a
carne.
13 Porque, se viverdes segundo a carne,
caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito,
mortificardes os feitos do corpo, certamente,
vivereis.
14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus.
15 Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de
adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.
16 O próprio Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus.
17 Ora, se somos filhos, somos também
herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros
com Cristo; se com ele sofremos, também com
ele seremos glorificados.
38
18 Porque para mim tenho por certo que os
sofrimentos do tempo presente não podem ser
comparados com a glória a ser revelada em nós.
19 A ardente expectativa da criação aguarda a
revelação dos filhos de Deus.
20 Pois a criação está sujeita à vaidade, não
voluntariamente, mas por causa daquele que a
sujeitou,
21 na esperança de que a própria criação será
redimida do cativeiro da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus.
22 Porque sabemos que toda a criação, a um só
tempo, geme e suporta angústias até agora.
23 E não somente ela, mas também nós, que
temos as primícias do Espírito, igualmente
gememos em nosso íntimo, aguardando a
adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.
24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora,
esperança que se vê não é esperança; pois o que
alguém vê, como o espera?
25 Mas, se esperamos o que não vemos, com
paciência o aguardamos.
39
26 Também o Espírito, semelhantemente, nos
assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos
orar como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis.
27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a
mente do Espírito, porque segundo a vontade de
Deus é que ele intercede pelos santos.
28 Sabemos que todas as coisas cooperam para
o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito.
29 Porquanto aos que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes
à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.
30 E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou.
31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós?
32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura, não
nos dará graciosamente com ele todas as coisas?
40
33 Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica.
34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem
morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está
à direita de Deus e também intercede por nós.
35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será
tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou
fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos
entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro.
37 Em todas estas coisas, porém, somos mais
que vencedores, por meio daquele que nos
amou.
38 Porque eu estou bem certo de que nem a
morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do
porvir, nem os poderes,
39 nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separar-nos do
amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso
Senhor.”
41
“8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti,
na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da
fé que pregamos.
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
10 Porque com o coração se crê para justiça e
com a boca se confessa a respeito da salvação.
11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que
nele crê não será confundido.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego,
uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico
para com todos os que o invocam.
13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo.
14 Como, porém, invocarão aquele em quem
não creram? E como crerão naquele de quem
nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue?
15 E como pregarão, se não forem enviados?
Como está escrito: Quão formosos são os pés dos
que anunciam coisas boas!
42
16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho;
pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa
pregação?
17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação,
pela palavra de Cristo.” (Romanos 10.8-17)
Efésios – 1
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de
Deus, aos santos que vivem em Éfeso e fiéis em
Cristo Jesus,
2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus,
nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte
de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo,
4 assim como nos escolheu, nele, antes da
fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o
beneplácito de sua vontade,
43
6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos
concedeu gratuitamente no Amado,
7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a
remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua
graça,
8 que Deus derramou abundantemente sobre
nós em toda a sabedoria e prudência,
9 desvendando-nos o mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito que propusera em
Cristo,
10 de fazer convergir nele, na dispensação da
plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as
do céu como as da terra;
11 nele, digo, no qual fomos também feitos
herança, predestinados segundo o propósito
daquele que faz todas as coisas conforme o
conselho da sua vontade,
12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós,
os que de antemão esperamos em Cristo;
13 em quem também vós, depois que ouvistes a
palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes
selados com o Santo Espírito da promessa;
44
14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao
resgate da sua propriedade, em louvor da sua
glória.
15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há
entre vós no Senhor Jesus e o amor para com
todos os santos,
16 não cesso de dar graças por vós, fazendo
menção de vós nas minhas orações,
17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo,
o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria
e de revelação no pleno conhecimento dele,
18 iluminados os olhos do vosso coração, para
saberdes qual é a esperança do seu
chamamento, qual a riqueza da glória da sua
herança nos santos
19 e qual a suprema grandeza do seu poder para
com os que cremos, segundo a eficácia da força
do seu poder;
20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-
o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais,
21 acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio, e de todo nome que se possa
45
referir não só no presente século, mas também
no vindouro.
22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para
ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja,
23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que
a tudo enche em todas as coisas.
Efésios – 2
1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados,
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso
deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência;
3 entre os quais também todos nós andamos
outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos;
e éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais.
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por
causa do grande amor com que nos amou,
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos
deu vida juntamente com Cristo, – pela graça
sois salvos,
46
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos
fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus;
7 para mostrar, nos séculos vindouros, a
suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus.
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se glorie.
10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo
Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão
preparou para que andássemos nelas.
11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós,
gentios na carne, chamados incircuncisão por
aqueles que se intitulam circuncisos, na carne,
por mãos humanas,
12 naquele tempo, estáveis sem Cristo,
separados da comunidade de Israel e estranhos
às alianças da promessa, não tendo esperança e
sem Deus no mundo.
13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes
estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue
de Cristo.
47
14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez
um; e, tendo derribado a parede da separação
que estava no meio, a inimizade,
15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos
na forma de ordenanças, para que dos dois
criasse, em si mesmo, um novo homem,
fazendo a paz,
16 e reconciliasse ambos em um só corpo com
Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela
a inimizade.
17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que
estáveis longe e paz também aos que estavam
perto;
18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai
em um Espírito.
19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos,
mas concidadãos dos santos, e sois da família de
Deus,
20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos
e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a
pedra angular;
21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce
para santuário dedicado ao Senhor,
48
22 no qual também vós juntamente estais sendo
edificados para habitação de Deus no Espírito.”
Colos – 1
1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de
Deus, e o irmão Timóteo,
2 aos santos e fiéis irmãos em Cristo que se
encontram em Colossos, graça e paz a vós
outros, da parte de Deus, nosso Pai.
3 Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, quando oramos por vós,
4 desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus
e do amor que tendes para com todos os santos;
5 por causa da esperança que vos está
preservada nos céus, da qual antes ouvistes pela
palavra da verdade do evangelho,
6 que chegou até vós; como também, em todo o
mundo, está produzindo fruto e crescendo, tal
acontece entre vós, desde o dia em que ouvistes
e entendestes a graça de Deus na verdade;
49
7 segundo fostes instruídos por Epafras, nosso
amado conservo e, quanto a vós outros, fiel
ministro de Cristo,
8 o qual também nos relatou do vosso amor no
Espírito.
9 Por esta razão, também nós, desde o dia em
que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e
de pedir que transbordeis de pleno
conhecimento da sua vontade, em toda a
sabedoria e entendimento espiritual;
10 a fim de viverdes de modo digno do Senhor,
para o seu inteiro agrado, frutificando em toda
boa obra e crescendo no pleno conhecimento de
Deus;
11 sendo fortalecidos com todo o poder, segundo
a força da sua glória, em toda a perseverança e
longanimidade; com alegria,
12 dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à
parte que vos cabe da herança dos santos na luz.
13 Ele nos libertou do império das trevas e nos
transportou para o reino do Filho do seu amor,
14 no qual temos a redenção, a remissão dos
pecados.
50
15 Este é a imagem do Deus invisível, o
primogênito de toda a criação;
16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos
céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis,
sejam tronos, sejam soberanias, quer
principados, quer potestades. Tudo foi criado
por meio dele e para ele.
17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo
subsiste.
18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o
princípio, o primogênito de entre os mortos,
para em todas as coisas ter a primazia,
19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse
toda a plenitude
20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua
cruz, por meio dele, reconciliasse consigo
mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
nos céus.
21 E a vós outros também que, outrora, éreis
estranhos e inimigos no entendimento pelas
vossas obras malignas,
22 agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua
carne, mediante a sua morte, para apresentar-
51
vos perante ele santos, inculpáveis e
irrepreensíveis,
23 se é que permaneceis na fé, alicerçados e
firmes, não vos deixando afastar da esperança
do evangelho que ouvistes e que foi pregado a
toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo,
me tornei ministro.
24 Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por
vós; e preencho o que resta das aflições de
Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que
é a igreja;
25 da qual me tornei ministro de acordo com a
dispensação da parte de Deus, que me foi
confiada a vosso favor, para dar pleno
cumprimento à palavra de Deus:
26 o mistério que estivera oculto dos séculos e
das gerações; agora, todavia, se manifestou aos
seus santos;
27 aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a
riqueza da glória deste mistério entre os
gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da
glória;
28 o qual nós anunciamos, advertindo a todo
homem e ensinando a todo homem em toda a