Como Funciona a Maquina Fotografica

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Rui Tomás Monteiro

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Rui Tomás Monteiro

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�  1. Fotografia e a vista humana �  2. Filme, sensores e sensibilidade �  3. A câmara ‒ principais modelos �  4. Objectivas 4.1. Principais características 4.2. Principais modelos 4.3. Tipos de lentes

�  5. Admissão de luz 5.1. Diafragma 5.2. Profundidade de campo

�  6. Tempos de exposição ‒ obturador �  7. Exposição 7.1. EV, Recta de igual exposição 7.2. Medir e interpretar a luz

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A luz na forma como a conhecemos é uma gama de comprimentos de onda a que o olho humano é sensível, produzida pela deslocação dos fotões.

Trata-se de uma radiação electromagnética pulsante ou dito de outra forma, qualquer radiação electromagnética que se situa entre as radiações infravermelhas e as ultravioletas. As três grandezas físicas básicas da luz (e de toda a radiação elec-tromagnética) são:

•  brilho (ou amplitude); •  cor (ou frequência); •  polarização (ou ângulo de vibração).

Um raio de luz é a representação da trajetória da luz num determinado espaço, e sua representação indica de onde a luz sai (fonte) e para onde ela se dirige.

A luz ‒ sua definição

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Brilho (ou amplitude) ‒ É a intensidade da radia-ção de uma fonte luminosa. Essa intensidade é me-dida pela amplitude da oscilação da sua onda, em Watts/cm2.

Cores do espectro visível

Cor Comprimento de onda Freqüência

vermelho ~ 625-740 nm ~ 480-405 THz laranja ~ 590-625 nm ~ 510-480 THz amarelo ~ 565-590 nm ~ 530-510 THz verde ~ 500-565 nm ~ 600-530 THz ciano ~ 485-500 nm ~ 620-600 THz azul ~ 440-485 nm ~ 680-620 THz violeta ~ 380-440 nm ~ 790-680 THz

Cor (ou frequência) ‒ É a frequência do comprimento de onda dos raios lumi-nosos perceptíveis pelo olho humano. Essa frequência é medida pelo número de vezes que o comprimento da onda se repete em cada unidade de tempo, em Hertz. Os comprimentos de onda da luz visível variam entre 0,8 mícrones (vermelho) e 0,4 mícrones (violeta).

Polarização (ou ângulo de vibração) ‒ Modificação do plano de vibração dos raios luminosos.

A luz ‒ grandezas físicas básicas

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A luz propaga-se em linha recta

A luz pode ser desviada

A luz pode ser reflectida

A luz pode ser difundida

As propriedades da luz

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Câmara obscura

A luz e a formação de imagem

Como a luz se propaga em linha recta, os raios luminosos da parte superior do objecto só podem incidir na parte inferior da superfície receptora (por-que têm de passar pelo orifício), e vice versa, dando lugar à formação de uma imagem invertida menos brilhante. As imagens assim produzidas são bas-tante escuras e mal definidas porque o orifício é muito pequeno. Para se conseguir uma imagem nítida e brilhante é necessário fazer con-vergir os raios luminosos, isto é, focar a imagem ‒ o que exige uma lente.

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A luz e a formação de imagem Como funcionam as lentes

Se fizermos um disco de vidro com as faces curvas e mais estreitas na periferia do que no centro, podemos utilizar o princípio da refracção para fazer convergir os raios luminosos até se encontrarem num ponto.

Quando um raio luminoso incide num material transparente, tal como o vidro, segundo um ângulo oblíquo, é desviado ou “refractado”.

É neste princípio que se baseia a lente convergente.

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Tipos de lentes As lentes mais grossas no centro fazem convergir a luz.

Se for mais grossa na periferia faz divergir os raios luminosos.

Nas boas máquinas fotográficas, utilizam-se lentes divergentes fracas em combinação com lentes muito convergentes, para corrogir aberrações da imagem. O poder de convergência e de divergência de uma lente depende da sua espessura e do tipo de vidro utilizado.

Convergente Divergente

A luz e a formação de imagem

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Câmara obscura Uma lente convergente permite substi-tuir o orifício da câmara obscura com vantagem. A luz incidente é trazida ao foco, de modo que todas as partes do objecto são reproduzidas com grande clareza. A lente tem de ser colocada à distância correcta da superfície receptora (focada), por forma que a superfície coincida com a imagem nítida. Uma lente poderá ser muito mais larga do que o orifício e assim a imagem será muito mais brilhante e fácil de ver.

A luz e a formação de imagem

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A vegetação é sensível à luz As folhas usam a energia solar para fabricar os produtos químicos essenciais (fotossíntese) incluindo o pigmento verde (clorofila).

Quando expostas à luz do Sol, algumas tintas e pigmentos começam a branquear e os papéis baratos ficam descorados. Se colocar um objecto em cima de uma folha de jornal exposta ao sol. O papel ficará amarelo, excepto na parte protegida da acção do Sol.

Imprimir com a luz do Sol Bronzeamento A pele é sensível aos raios solares. Tanto as radiações visíveis como as ultra violetas estimulam-na para produzir um pigmento es-curo o “bronzeado”. Objectos que protejam a pele do sol deixam uma marca de tona-lidade mais clara.

Sensibilidade à luz

Se cobrirmos parte de uma folha verde durante semanas, a cobertura deixará uma marca de um verde mais pálido.

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Nos princípios do século XVIII descobriu-se que certos produtos químicos ‒ em especial os sais de prata ‒ escureciam rapidamente quando expostos à luz. Na década de 1820, fizeram-se tentativas para utilizar estes compostos de prata na gravação de uma imagem formada na câmara escura. A imagem obtida era no entanto imprecisa e instável. Só no século XIX se chega a uma solução viável de registo inalterável no tempo de uma imagem fotográfica, que consistia:

•  Filme impregnado de sais de prata que é exposto à luz através de uma lente, o tempo estritamente necessário para se iniciar o processo de escurecimento.

•  Processamento químico do filme, em ambiente escurecido, que desenvolve e acelera o escurecimento dos sais de prata, até aparecer uma imagem perfeitamente visível de prata escurecida.

•  Novo processamento químico, em ambiente escurecido, que dessensibiliza os cristais de prata não afectados pela luz e os dissolve e elimina pela lavagem.

Sensibilidade à luz

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O resultado foi o filme negativo para fotografia a preto e branco. Transformar o negativo numa imagem positiva reconhecível passa por fazer passar a luz através do negativo sobre uma folha de papel fotossensível. Depois de revelado e fixado, tem-se por fim, uma imagem positiva em que as partes claras e escuras do original se apresentam correctamente reproduzidas.

Sensibilidade à luz

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Retina

Filme

Feixe luminoso

Córnea

Lente

Iris

Diafragma

Obturador

Sob vários aspectos, a câma-ra fotográfica e o olho huma-no têm muitas semelhanças.

A luz entra através de uma lente (córnea nos olhos) e p a s s a a t r a v é s d e um diafragma (íris, nos olhos) que se abre e fecha para a regular. Já focada, a luz atinge o filme (retina nos olhos). No caso da câmara o controlo da duração da exposição de luz recebida é feito através do obturador (no homem esse controlo é feito pelo cérebro).

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Entre a vista e a fotografia existem diferenças básicas que deveremos considerar ‒ de outro modo, as fotografias ficarão com um aspecto muito diferente das cenas que vimos:

Visão selectiva A visão humana é controlada em parte pelo olho e em parte pelo cérebro. Esta disposição permite uma visão selectiva: podemos dirigir a nossa atenção em imagens importantes formadas na retina e não fazer caso de outras. A visão selectiva elimina os elementos acessórios. A máquina não pode fazer isso: regista o que está, aparecendo os objectos que estão a igual distância todos igualmente nítidos. A cena fotografada Quando olhamos pelo visor da máquina vemos uma imagem limitada por linhas e ângulos rectos. Mas a vista do que nos cerca é limitada apenas pela atenção, pois o olhar move-se constantemente. A fotografia é tirada de um ponto de vista fixo, que determina o que ficará incluído. As proporções da moldura do visor afectam o modo como os elementos da imagem se relacionam uns com os outros.

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A fotografia é bidimensional A máquina fotográfica reduz o mundo tridimensional a uma imagem bidimensional. A imagem formada no olho humano é também bidimensional, embora a vejamos a três dimensões. Isto só acontece porque temos dois olhos e vemos tudo de dois pontos de vista ligeiramente diferentes. O cérebro interpreta esta diferença para avaliar o espaço, a distância e a profundidade. Numa fotografia para comunicar profundidade tem de se criar a perspectiva, sobrepondo objectos próximos e afastados e escolhendo uma iluminação que denuncie uma forma tridimensional. Sensibilidade do olho e do filme Os olhos modificam bastante a resposta à luz quando as condições variam. Quando está muito escuro, habituamo-nos gradualmente à escuridão à medida que a retina aumenta a sua sensibilidade centenas de vezes. A sensibilidade do filme (ou do sensor digital) é menos elástica. O filme não possui a mesma sensibilidade à luz que a retina nem a capacidade que o cérebro tem de interpretar o que vê. Não existe filme capaz de competir com uma gama de intensidades luminosas tão extensa como a da visão. Por isso os filmes fabricam-se com várias velocidades ‒ a velocidade exprime a sensibilidade do filme à luz.

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Um factor importante na escolha do filme é a sensibilidade ou velocidade expressa em valores ASA, DIN ou ISO e medem a capacidade química do filme de reagir à luz.

•  Filmes de 25, 32, 50 ou 64 são lentos e têm a particularidade de possuírem um grão muito fino. A sua escolha é acertada quando se pretende alta qualidade, ampliações sem grão e com muito pormenor; a sua baixa sensibilidade exige, porém, uma iluminação muito intensa. •  Filmes de 100 ou 200 têm ainda grão fino e uma utilização mais generalizada. São ideais para fotografias de exteriores e interiores fortemente iluminados. •  Filmes mais rápidos, de 400 ou de 800, já têm o grão muito pronunciado, mas são suficientemente rápidos para uma vasta gama de assuntos, interiores e exteriores. •  Filmes ultra-rápidos de 1000, 1600 ou 3200, são fabricados para satisfazer condições de iluminação muito fracas, ou para produzirem deliberadamente imagens com muito grão, ou para “congelar” uma acção muito rápida com grandes velocidades de obturação.

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Sinarp3

Grande formato

As máquinas de grande formato, com negativos geralmente de 10 x 13 cm, (podendo ir até formatos de 20 x 25 cm) têm quase sempre uma estrutura muito simples. São constituídas por uma objectiva com obturador central, montada num painel, numa das extremidades do fole. Na outra extremidade há um painel de focagem de vidro despolido.

Shen-Hao-HZX45

Ideais para fotografia de estúdio em que se utiliza planeamento prévio. Também é muito utilizada em fotografia de Arquitectura. Há dois tipos principais: A máquina com base de dupla calha, construída em madeira; A máquina do tipo banca óptica, constituída por peças em metal que se alinham ao longo de uma calha.

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Médio formato

As máquinas de médio formato, usa negativos geralmente de 6 x 7 cm ou de 6 x 4,5cm, existem dois modelos:

“SLR” ou Reflex monobjectiva

Utiliza apenas uma objectiva que

simultaneamente forma a imagem no visor e forma a

imagem que vai impressionar o filme. Esta

máquina possui um obturador central.

“TLR” ou de objectivas gémeas - Utiliza duas objectivas de igual distância focal. Uma forma a imagem no vidro despolido do mesmo tamanho que o formato do fotograma. A outra dispõe de um obtu- rador central e forma a imagem que vai impressionar o filme.

Hasselblad 1600 F Mamiya C330

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Reflex monobjectiva ou “SLR” de 35mm - representa o projecto mais versátil e bem sucedido de todos. Basta apenas uma objectiva para tirar a fotografia e fazer de visor. Como o visor mostra automa-ticamente a imagem exacta como será registada, torna-se muito fácil trocar as objectivas. Usa filmes de 24 x 36 mm em cassetes. Possui um corpo robusto, de pequeno formato, com grande capacidade de portabilidade .

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O mecanismo reflex compõe-se de um espelho colocado num ângulo de 45º exactamente atrás da objectiva que envia a luz para cima para o visor. No caso da reflex monobjectiva de 35 mm, a luz vinda do espelho atravessa um pentaprisma que a dirige para o visor situado no lado posterior da máquina.

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É normalmente formada por elementos dispos-tos em grupos, por vezes com seis ou mais lentes de vidro. Esta complexidade é necessária para corrigir os defeitos e as aberrações das lentes simples. A focagem consiste em afastar ou aproximar a objectiva do plano do filme de maneira a que o tema que pretendemos fotografar nos apareça nítido (ou não!)

Objectiva e um sistema de lentes que serve para formar imagens nítidas, luminosas e perfeitamente correctas

Distância focal ‒ quando os raios paralelos de luz penetram numa lente biconvexa (positiva), encontram-se num ponto situado atrás dela. A distância desse ponto até ao centro da lente é a distância focal dessa lente.

Distância focal

Ou seja, a distância que vai do plano do filme à objectiva, quando à câmara está focada para infinito.

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Exemplo: Lente de 1:2 - 50 mm 1. Luminosidade: É expressa pelo símbolo 1:2 ou f/2 2. Distância focal: Representada pelo valor f=50 mm

O nº 2 indica quantas vezes foi dividida a distância focal para se obter o diâmetro de abertura da própria lente. Neste exemplo 1:2 significa 50:2 = 25 mm. Ou seja, a abertura máxima (o diâmetro máximo) para a passagem da luz é igual a 25 mm.

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•  Lente padrão ‒ tem um ângulo de visão de 45º - 50º e uma distância focal quase idêntica à diagonal do formato do negativo.

•  Objectiva zoom ‒ é aquela cuja distância focal pode ser mudada sem qualquer alteração no foco. Isso é conseguido através da movimentação de alguns dos seus elementos, uns em relação aos outros.

•  Objectiva de foco longo ou tele-objectiva ‒ tem um ângulo de visão mais curto que o normal e uma distância focal mais longa.

•  Lente grande angular ‒ tem um ângulo de visão mais amplo e uma distância focal mais curta que o “normal”

•  Objectiva macro ‒ é aquela cuja distância focal é mínima. É especialmente construída para fotografia de muito curta distância.

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Lentes zoom’s versus lentes fixas Muito se fala da diferença entre usar uma lente zoom ou uma lente fixa; quais as vantagens e desvantagens de umas e outras?

Nas zoom’s modernas a qualidade óptica conseguida é pelos menos tão boa como nas das suas parceiras fixas. Isto é verdade quando se fala em zoom’s “normais” ‒ lentes com um “ratio” de 1:3 ou 1:4, uma 28/80 ou uma 17/35 ou mesmo uma 80/200. Presentemente assiste-se ao aparecimento das novas superzoom como por exemplo a 28/300, das quais tenho ainda algumas dúvidas, se bem que todos os testes demonstram que mesmo estas novas lentes são muito superiores às suas parceiras com apenas 2 anos!

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Outro factor a ter em conta é a luminosidade normalmente menor nos zoom’s em relação às objectivas fixas. Isto é um compromisso a ter em conta na escolha entre uma lente zoom ou fixa. A favor das zoom temos a sua versatilidade; é realmente mais fácil tentar enquadrar exactamente o que queremos quando temos um sem numero de distâncias focais numa só lente! Isto implica também uma redução no peso e no preço a pagar por tal versatilidade. Imagine que tem 3 zoom’s, por exemplo, uma 18/35 uma 35/70 e uma 80/200. Para ter uma versatilidade parecida com lentes fixas teria que adquirir pelo menos 8 lentes: 18, 20, 24, 35, 50, 85, 135, 200 mm e mesmo assim se precisasse de enquadrar com uma distancia focal de, por exemplo, 153 mm não conseguiria!

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Em relação a luminosidade das lentes penso que existem algumas considerações sobre o assunto:

Grande angulares ‒ Se não precisar de muita luminosidade na lente, não tem muito interesse (devido essencialmente ao preço) ter por exemplo uma lente de 18 mm F2.8. Embora concorde que para outro género de fotografia seja necessário adquirir lentes deste tipo. Lentes padrão ‒ As lentes de 50 mm. A regra é simples e é igual para qual-quer tipo de lente: Quando mais luminosas mais caras são. Normalmente não necessitamos de uma 50mm a f1.4. O mais certo é usa-la a pelo menos f4 ou f 5.6. Por outro lado, e isso aplica-se a todas as lentes, tendo em conta que a luminosidade da lente determina a luminosidade da imagem do visor e a velocidade do AF, não há mal nenhum em as ter luminosas (é tudo uma questão de preço) e se de qualquer modo precisarmos de as usar mais “abertas” os f Stop’s estão lá.

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Teleobjectivas ‒ São mais usadas para fotografia de natureza: animais tímidos e furtivos, ou para grandes planos de pessoas e de apanhados. Aí quanto mais luminosa for uma lente maior será a taxa de sucesso: temos imagens mais nítidas no visor, maior velocidade de AF, e acima de tudo possibilidade de fotografar com menos luz (ou posto de outra maneira, conseguir uma maior velocidade de obturação para maior nitidez de imagem). Por exemplo, para fotografar animais, se usarmos uma 75/300 f5.6 ela não é muito eficaz, porque é relativamente curta em termos de distancia focal e acima de tudo não é muito luminosa. Deveríamos ter uma tele “grande” e luminosa. Isso também é um compromisso de peso e acima de tudo de PREÇO! Uma 300mm fixa f4 é já uma grande vantagem, porque é melhor desenhada, mais nítida e já permite o uso de um TeleConversor. Um TeleZoom’s 400mm f5.6 também é uma opção. Esta lente fixa não é tão cara como se imagina (especialmente das marcas independentes ‒ Tokina, Tamrom, Sigma).

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De qualquer modo toda esta conversa em torno das aberturas das lentes será sempre relativa; uma 200mm f2 é relativamente rápida, ao passo que uma 50mm f2 é perfeitamente “vulgar” (para não dizer lenta), uma 400mm f2 (se alguém fizesse uma!) seria considerada supersónica. O pior é que teria sensivelmente o tamanho de um carro. Importante: qualquer lente maior que uma 135 mm (ou 80/200 mm) deverá ter um suporte para tripé, devido ao agravamento da trepidação proporcional ao nº de vezes que se consegue aproximar o tema à câmara.

400-1200mm ‒ Dimensões, peso, DOF; maior aproximação; 85-300mm - maior compressão das perspectivas, pouca DOF; + portáteis; 50mm ‒ Lentes ditas padrão as mais luminosas; 18-35mm ‒ Quanto menor a distância focal maior distorção nas margens da imagem; maior DOF, indicadas para espaços pequenos; 6-8mm ‒ “Olho de peixe” Ângulo de visão muito superior ao do olho humano; Grande deformação das linhas horizontais e verticais (excepto no centro da imagem).

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O diafragma da máquina fotográfica, à semelhança da íris do olho, tem a função de restringir ou aumentar a entrada de luz. É composto por um conjunto de lâminas que se movem em círculo deixando passar mais ou menos luz.

A abertura do diafragma está calibrada em “números-f”, “pontos” ou “f-Stop”, geralmente assinalados no anel existente em torno da armação da objectiva. Esses números obedecem a uma sequência padrão 1, 1.4, 2, 2.8, 4, 5.6, 11, 16, 22, 32 e assim por diante.

Quanto maior for o número, menor é a abertura. A passagem de um f-stop para outro constitui um “ponto” e indica que a luminosidade da imagem foi duplicada ou reduzida na proporção duma progressão geométrica de razão raiz quadrada de 2.

F 2 F 2.8 F 4 F 5.6 F 8 F 11 F 16

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Uma lente de 28mm, por exemplo a f8, quer dizer que o diâmetro da abertura é 1/8 de 28 mm (3,5mm). Uma lente de 135mm, também a f8, quer dizer que o diâmetro da abertura é 1/8 de 135 mm (16,8 mm). Quando nos referimos, ao diafragma f8, significa que a sua abertura corresponde a 1/8 da distância focal. Por exemplo: Numa câmara de 35 mm a distância focal é de 50 mm. Logo se colocássemos 8 círculos contínuos iríamos obter a distância focal em questão. Se tivermos um quadrado A com 4 cm de lado e outro B com 2 cm de lado, verificamos que a área do quadrado A corresponde a 4 vezes a área do quadrado B. Por comparação, se tivermos uma lente A com 4 cm de diâmetro e outra, B, só com 2 cm de diâmetro, mas com a mesma distância focal, ao contrário do que se poderia supor, a luz que atravessa a lente A não corresponde ao dobro da que entra pela lente B, mas sim a 4 vezes.

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Assim uma lente para deixar passar metade da luz de uma f4 deverá ter uma abertura de raiz de 2 (1,4142) vezes mais pequena, ou uma distância focal 1,4142 vezes mais comprida. No caso de f4 a próxima abertura mais pequena seria de f/5,6568 ou seja f5,6 (= 4 x raiz 2). Os f stops variam segundo uma progressão geométrica de

razão raiz quadrada de 2. Conclusão: As objectivas reguladas com o mesmo valor f, registam o mesmo objecto com igual intensidade de luz. Vantagem: Mudando de câmara ou de objectiva garantimos que a exposição não se altera se utilizarmos o mesmo valor de f stop.

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Quando se foca uma objectiva num ponto razoavelmente distante, observa-se uma zona, estendendo-se tanto para a frente como para trás desse ponto, que também aparece no fim com razoável nitidez, a essa zona chama-se profundidade de campo. Quanto maior for a profundidade de campo mais área da fotografia parece nítida, por outro lado uma menor profundidade de campo concentra a atenção apenas no objecto focado ao “desfocar” todo o resto da imagem. É portanto importante perceber que uma grande parte do impacto visual da imagem é-nos dado pela profundidade de campo (DOF ‒ do original Depht Of Field), logo pela abertura escolhida.

A profundidade de campo é afectada pela distância do objecto à máquina fotográfica ‒ quanto maior for a distância maior será a profundidade de campo. A profundidade de campo também é afectada pela abertura do diafragma ‒ quanto maior for a abertura (menor número f) menor será a profundidade de campo. A profundidade de campo é também afectada pelo modelo de objectiva utilizada ‒ quanto menor distância focal da objectiva, maior será a profundidade de campo.

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Com uma objectiva de 50mm focada a 2 metros no garoto do centro, uma abertura de f 2 proporcionou uma profun-didade de campo de 1,9 a 2,1 metros, deixando os outros meninos fora de foco.

Com a máquina colocada na mesma posição e focada no mesmo ponto. a abertura foi então reduzida para f 16. A foto assim obtida mostra todos os garotos em foco. A profundidade de campo aumentou para 1,3 a 4,5 metros.

A profundidade de campo é afectada pela distância do objecto à máquina fotográfica ‒ quanto maior for a distância maior será a profundidade de campo.

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Com o mesmo diafragma, uma objectiva de menor distância focal dá uma profundidade de campo maior do que uma objectiva de maior distância focal. Isso deve-se em parte ao diâmetro menor do diafragma nas objectivas de curta distância focal.

Na fotografia de cima, feita com uma objectiva de 28mm, a zona de nitidez vai de 1,8m até ao infinito. Na fotografia do meio, com uma objectiva de 50mm, a profundidade de campo já é menor. A nitidez abrange uma extensão menor do fundo e dos primeiros planos ‒ de 2,4m a 3,9m. A fotografia ao fundo mostra a reduzida pro-fundidade de campo produzida por uma objectiva de 135mm ‒ de 2,9m a 3,2m.

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O obturador determina não só o momento exacto em que o filme é exposto à luz mas também a duração da exposição. O lapso de tempo que o obturador permanece aberto regula a quantidade de luz que atinge o filme. As velocidades de obturação obedecem a uma sequência determinada e, à semelhança dos números-f do diafragma, baseia-se na redução da exposição pela metade a cada ponto: 1 segundo, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000. Muitas câmaras também têm um modo B (Bulb) em que o obturador permanece aberto até ser “manualmente” fechado, normalmente premindo o obturador de novo. Nalgumas máquinas, é possível escolher valores intermédios. Por exemplo 1/45 é meio caminho entre 1/30 e 1/60 ou nas máquinas mais modernas 1/20 é um terço de stop mais rápido que 1/15. Assim é possível medir a luz até um terço de f stop. Quando se usam velocidades rápidas (1/250; 1/500; 1/1000,etc…) a acção parece que congela, todo o movimento é parado ao passo que nas velocidade lentas acontece exactamente o contrário; há uma fluidez de movimentos; de cores; de formas. As velocidades rápidas são usadas, por exemplo em desporto onde se tenta captar a acção e as lentas são usadas em fotografias que impliquem movimento ‒ água, por exemplo, cascatas, rios, ondas...

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A velocidade de obturação afecta a forma como os objectos em movimento ficam registados na imagem. As três fotografias mostram a mesma cena fotografada. À velocidade de 1/15s o movimento do objecto deu uma imagem tremida. As velocidades mais rápidas, 1/60 e 1/250, eliminaram progressivamente o tremido mostrando mais pormenor mas reduzindo a sensação de movimento.

Existem dois tipos de obturadores:

Obturadores concêntricos ‒ Formados por lâminas de metal concên-tricas semelhantes às do diafragma, que são abertas ou fechadas por meio de uma mola accionada pelo mecanismo de transporte do filme. São colocados exactamente atrás da lente (no caso de uma objectiva simples) ou no seu interior (no caso de uma lente composta)

Obturadores de plano focal ‒ Funciona através de um siste-ma de duas cortinas divididas por uma abertura em forma de fenda que passa sobre o filme. A duração da exposição é deter-minada pela largura da fenda: quanto mais estreita ela for, mais rápida será a exposição. São colocados exactamente na frente do filme e o seu uso restringe-se, quase por completo, às câmaras reflex monobjectivas. Cortina primária Cortina

secundária

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As combinações dos valores da abertura e obturação mostram que a mesma exposição pode ser dada de várias maneiras. Desde que a cada alteração do diafragma corresponda uma alteração equivalente na velocidade de obturação, o filme receberá sempre a mesma quantidade de luz.

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Da escolha da relação diafragma/obturador, para a mesma entrada de luz na máquina, para a mesma objectiva e para a mesma distância do objecto à máquina vai depender a profundidade de campo obtida.

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Tabela de EV para ISSO 100 de sensibilidade

Valor estipulado de EV: 1 EV = f/stop de 1.4 e velocidade de 1 seg.

Fórmula para cálculo de EV independentemente do ISO. f: abertura; t: tempo de exposição; ISO: é autoexplicativo; fc: iluminância da cena em foot-candels.

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Caso 1: Para uma sensibilidade de ISO100 e uma velocidade de 1/125s, o fotómetro pede uma abertura de f8.

Assim temos: s: ISO100; v: 125; f: 8 Se se pretende alterar a velocidade para “congelar” melhor o tema - v: 250 terá de se compensar a abertura ou a sensibilidade para manter a mesma exposição:

s: ISO100; v: 250; f: 5.6 ou s: ISO200; v: 250; f: 8 Ou se perde DOF ou se perde resolução - Ganha-se: “congelamento”

Caso 2: Para uma sensibilidade de ISO100 e uma velocidade de 1/125s, o fotómetro pede uma abertura de f8.

Assim temos: s: ISO100; v: 125; f: 8 Se se pretende alterar a abertura para ganhar DOF - f: 11 terá de se compensar a velocidade ou a sensibilidade para manter a mesma exposição:

s: ISO100; v: 60; f: 11 ou s: ISO200; v: 125; f: 11 Ou se perde “congelamento” ou se perde resolução - Ganha-se: DOF

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Caso 3: Para uma sensibilidade de ISO100 e uma velocidade a 1/125s, o fotómetro pede uma abertura de f8.

Assim temos: s: ISO100; v: 125; f: 8 Se se pretende alterar a sensibilidade para fazer ampliações maiores -> s: ISO50 terá de se compensar a velocidade ou a abertura para manter a mesma exposição:

s: ISO200; v: 60; f: 8 ou s: ISO200; v: 125; f: 5.6 Ou se perde “congelamento” ou se se perde DOF - Ganha-se: “resolução”

+ 1EV

Dar mais 1 EV quer dizer cortar 1 f stop de luz.

Este corte na luz (de 1 f stop) pode ser conseguido de 3 maneiras diferentes: l  s: Passar de ISO100 para ISO50 (menor sensibilidade)

l  v: Passar de 125 para 250 (obturador mais rápido)

l  f: Passar de f8 para f11 (diafragma mais fechado)

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Uma exposição correcta é um dos maiores problemas de todos os fotógrafos, quer profissionais, quer, especialmente, amadores. Por outro lado deverá ser um dos factores que devemos conhecer, compreender, e controlar de modo a manter sempre a mesma qualidade em termos de imagens. Não quero com isto, dizer que SÓ uma boa exposição chega para fazer boas fotografias... uma fotografia aborrecida bem exposta será sempre uma fotografia... Aborrecida! Uma boa exposição pode-se definir quando se consegue detalhe quer nas altas luzes quer nas sombras, mantendo uma imagem equilibrada entre estes extremos. Bom, pelo menos é mais ou menos isto que vem nos livros. Acho que somos nós que devemos definir o que é uma exposição correcta. Uma exposição correcta é conseguirmos uma fotografia exactamente como a imaginámos, ponto final. Se queremos que o céu saia azul claro e na fotografia o céu está azul claro, isso é uma exposição correcta!

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Para medir a quantidade de luz incidente num motivo ou que por ele é reflectida utiliza-se um instrumento denominado fotómetro. O Fotómetro é um dispositivo destinado a medir a lumino-sidade da cena a ser fotografada com exactidão e pode ser independente da câmara fotográfica ou incorporado no corpo das câmaras fotográficas. A maioria dos fotómetros têm uma superfície sensível à luz - célula fotoeléctrica - que mede rigorosamente a luz reflectida pelos objectos em todas as condições. Possuem também uma escala de leitura dos valores luminosos com uma agulha indicadora e uma escala que converte aqueles valores em números-f e velocidades de obturação. Existem dois grandes grupos de fotómetros: os de luz incidente, que medem a quantidade de luz que neles incide directamente, e os de luz reflectida, que, como o nome indica, medem a luz reflectida pelo motivo, sendo por isso influenciados pelas características deste (cor, textura, orientação relativamente à fonte luminosa, etc.). Todos os fotómetros incorporados nas máquinas são deste último tipo.

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Por muito avançados, que sejam os fotómetros ao nosso dispor, a medição de luz é um processo de envolve dois instrumentos: o fotómetro e o nosso cérebro. Assumir que o que a máquina nos diz é correcto é um convite à sorte - e por vezes à desgraça.

Todos os fotómetros (independentemente de a máquina ter custado 5 Euros ou 1500 Euros) baseiam-se no mesmo princípio: o que lêem será representado como cinzento médio.

Cinzento médio nem é branco nem é preto; nem é claro nem é escuro: está exactamente no meio - é médio.

Na fotografia a cores podemos chamar também de encarnado médio, verde médio, etc.

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Leitura média ‒ Duas células fotos-sensíveis medem a luz sobre quase toda a área da reticula de focagem. A leitura pode dar margem a erros, nos casos em que o tema principal ocupa apenas parte do quadro.

Acção central ‒ A leitura é predisposta em relação à intensidade da luz do centro do visor. À semelhança de outros sis-temas de foto metragem, o fotómetro de acção directa também requer uma utiliza-ção sensata, a fim de indicar exposições perfeitas para qualquer fotografia.

Acção restritiva ‒ Dispõe de um mecanismo que divide o raio de luz incidente e permite que apenas uma parte desse raio atinja o fotómetro com o mínimo de interferência sobre a imagem vista pelo fotógrafo. Embora apresente resultados mais exactos, lê apenas uma área limitada no centro do quadro.

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Leitura geral O cálculo da exposição ‒ para uma cena como a da imagem ‒ pode ser feito com exactidão com uma única leitura geral frontal. Luzes e sombras têm uma área mais ou menos equivalente e o fotómetro dá uma leitura intermédia.

Nas duas imagens maiores (foto 3 e 4), as leituras abrangeram apenas o ros-to, de modo que a iluminação de fundo não domina a imagem resultante.

1 3

2 4

O erro da leitura geral A leitura geral induz em erro quando o ele-mento importante tem pequenas dimensões. Quando o fundo é brilhante (foto 1), a leitura sub-expôe o rosto, de maneira que a imagem fica muito escura. Um fundo escuro (foto 2) produz o efeito contrário ‒ o rosto fica esbranquiçado (sobreposto).

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A leitura selectiva Para ultrapassar o tipo de dificuldades atrás referidas, tem de se certificar de que o fotómetro incide apenas na zona mais importante do objecto. Se a máquina possui um fotómetro que só faz leituras gerais, então tem de se aproximar a máquina até que a zona ou elemento principal encha o visor. Pode então, fazer-se o cálculo da exposição sem que o fundo afecte a leitura. Se a máquina possui um fotómetro de leitura pontual

tem de se apontar a área assinalada no visor para a zona ou elemento principal. Dado que o fotómetro ignora as outras partes da imagem, a leitura será correcta para a parte principal do objecto.

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A leitura dos extremos Por vezes é preciso registar o máximo possível de pormenores numa cena com iluminação fortemente desigual e contrastada, como é o caso da fotografia embaixo. Nestes casos devem-se fazer duas leituras extremadas com o fotómetro.

A leitura da zona mais escura sugere uma abertura de f2.8; a leitura da zo-na mais brilhante sugere uma aber-tura de f11 (com o mesmo temo de exposição).

Fazendo a média destes valores, acha-se o valor f5.6 ‒ talvez o mais conveniente.

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A leitura suplectiva É frequente que as cenas de movimento não dêem tempo para leituras muito elaboradas. Acontece também que, em certas ocasiões, há interesse em que a máquina passe despercebida... Uma maneira de resolver o problema é fazer uma leitura de um objecto substituto.

A imagem ao lado é paradig-mática daquele tipo de fotogra-fias que só po-dem ser tiradas com a exposição previamente calculada a partir de um substituto.

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O importante é perceber que o fotómetro tentará fazer tudo médio, ele não sabe se estamos a fotografar um gato branco ou um gato preto. E acima de tudo tentará transformar qualquer um desses gatos num gato cinzento... Por isso temos que trabalhar sempre sobre a informação que nos é dada pelo fotómetro. É aí que teremos de decidir. Se vamos fotografar um gato branco temos que “dar” mais exposição; “dar” mais luz, de modo que o gato branco fique realmente branco. Agora quanta mais luz devemos dar é uma coisa que só se adquire com a experiência... mas regra geral: o branco é 2 f stop’s mais claro que o médio. Cor de rosa, amarelo, azul claro são 1 f stop. Vermelho “benfica”, azul “Royal”, dourado, verde, laranja e púrpura são médio. Castanho escuro, azul “navy”, verde floresta, e chocolate são 1 f stop mais escuro que médio. Isto serve só como pequeno guia, pois na verdade dentro da escala de cada cor podemos ter muito claro, claro, médio, escuro e muito escuro. Pela parte “mecânica” são 3 os factores que determinam e permitem controlar a exposição: Abertura do diafragma, velocidade do obturador e sensibilidade. Todos estes valores medem-se em f stop’s. Quanto mais pensarmos em f stop’s melhor, mais fácil se torna o controlo da fotografia.

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Regra Sunny 16 Esta regra muito simples e eficaz, diz-nos que num dia de céu descoberto para qualquer objecto de tonalidade média (ou seja nem muito escuro nem muito claro), maior que um saco fotográfico e desde que fotografado com a luz por cima do nosso ombro (ou seja frontal ou próximo disso) pode ser correctamente exposto a f16 e 1/ISO. Ou seja, com a velocidade de obturação que mais se aproximar da sensibilidade do filme (por exemplo ‒ f16 a 1/125 com ISO 100 ou f16 a 1/500 com ISO 400). É também uma excelente maneira de verificar se o nosso fotómetro está a funcionar correctamente. Em muitos casos podemos guiar-nos, exclusivamente, por esta regra fazendo apenas uns pequenos ajustes para corrigir tonalidades ou quando o objecto não é de tonalidade média. Por exemplo: Quando o objecto é muito claro convém “dar” sempre mais um f/stop portanto a regra passa a “Sunny 22”.