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Como foi a luta de trincheiras na primeira
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Como foi a luta de trincheiras na Primeira Guerra Mundial?
BURACO APERTADO Uma trincheira típica tinha pouco mais de
2 m de profundidade e cerca de 1,80 m de largura. À frente e atrás, largas fileiras de sacos de areia, com quase 1 m de altura, aumentavam a proteção. Havia ainda um degrau de tiro, 0,5 m acima do chão. Ele era usado por sentinelas de vigia e na hora de atirar contra o inimigo
Depoimentos de soldados sobreviventes da Primeira Guerra
Mundial
"Pela manhã, quando ainda está escuro, há um momento de emoção: pela entrada do nosso
abrigo precipita-se uma turba de ratos fugitivos, que trepam por toda a parte a longo das
paredes. As lâmpadas de algibeira alumiam este túmulo. Toda a gente grita, pragueja e bate nos
ratos. Descarregam-se, assim, a raiva e o desespero acumulados durante numerosas horas. As caras estão crispadas, os braços
ferem, os animais dão gritos penetrantes e temos dificuldades em parar, pois estávamos prestes a
assaltar-nos mutuamente." E. M. Remarque, pág. 113.
"Perdemos todo o sentimento de solidariedade. Mal nos reconhecemos quando a nossa imagem de outrora cai
debaixo do nosso olhar de fera perseguida. Somos mortos insensíveis
que, por um estratagema e um encantamento perigoso, podemos
ainda correr e matar."
- E. M. Remarque, pág. 121.
Algumas curiosidades...
SEM DESCARGA
• Os "banheiros" eram buracos no chão com 1,5 m de profundidade. Quando estavam quase preenchidas, eram cobertas com terra e escavavam-se novos buracos - trabalho feito em geral por soldados que levavam alguma punição. Quando não dava tempo de chegar até a latrina, o jeito era mandar ver na cratera de bomba mais próxima...
FOLGA BEM GOZADA
• Nos períodos de calmaria, cada soldado ficava oito dias em trincheiras da linha de frente. Depois, passava quatro dias nas trincheiras da retaguarda, mais tranqüilas. Aí finalmente vinham quatro dias de folga, gozados em acampamentos militares a quilômetros do campo de batalha - muitas vezes com bordéis cheios de prostitutas na vizinhança
DE SACO CHEIO
Proteção barata e eficiente, os sacos de areia eram capazes de barrar os tiros inimigos. As balas dos fuzis da época só penetravam cerca de 40 cm neles. Eram tão úteis que cada soldado sempre carregava dois sacos vazios, que podia encher rapidamente para se proteger
Noite feliz na terra de ninguém: Natal de 1914
“A Pequena Paz na Grande Guerra” –Alemães, Franceses e Britânicos
Celebraram Juntos o Natal.
No Natal de 1914, em plena Primeira Guerra Mundial, soldados ingleses e
alemães deixaram as trincheiras e fizeram uma trégua. Durante seis dias, eles enterraram seus mortos, trocaram
presentes e jogaram futebol
No calor da batalha!
• Durante as ofensivas, os soldados eram instruídos a não parar para atender colegas atingidos. Cada um levava um kit de emergência e deveria cuidar de si até a chegada dos padioleiros, que retiravam os feridos em macas. Por causa do fogo cruzado e da lama que atrapalhava o deslocamento, era um trabalho super arriscado
TERRITÓRIO SELVAGEM
• Para conquistar uma trincheira inimiga era preciso atravessar a terra de ninguém, o espaço entre as duas linhas que se enfrentavam. A distância entre as linhas variava de 100 m a 1 km, num terreno enlameado e cheio de crateras de bombas. No ataque, os soldados corriam em ziguezague para tentar escapar dos tiros
TOCHA HUMANA
• O lança-chamas foi usado pela primeira vez em combate na Primeira Guerra. Dois homens operavam o equipamento, lançando jatos com um alcance de 25 a 40 m. Seus operadores corriam grande perigo: um único tiro no tanque de combustível e eles iam pelos ares!
TÁTICA VENENOSA • Na Primeira Guerra, mais de
91 mil soldados foram mortos por gases venenosos e outras armas químicas. Esses produtos podiam ser lançados por projéteis da artilharia ou por granadas carregadas pelos soldados. Eram usadas substâncias como o gás de cloro, que provocava asfixia nas vítimas