Como escolher uma creche?

Por Isabel Carvalho

Face às diferentes ofertas do mercado, escolher a cresce ideal para o nosso bebé não se

revela numa tarefa fácil. Alguns pontos devem ser tomados em atenção.

São objectivos específicos das creches/jardins-de-infância proporcionar o atendimento

individualizado criança num clima de segurança afectiva e física que contribua para o seu

desenvolvimento global; colaborar estreitamente com a família numa partilha de cuidados e

responsabilidades em todo o processo evolutivo de cada criança; colaborar na detecção

precoce qualquer inadaptação ou deficiência, encaminhando adequadamente as situações

detectadas.

O licenciamento, o acompanhamento e a fiscalização das creches competem aos Centros

Regionais de Solidariedade e Segurança Social, devendo estes solicitar, quando se justifique,

a intervenção dos Serviços competentes de outros ministérios para a avaliação

designadamente das condições de salubridade e segurança, alimentação e cuidados saúde.

As normas aplicadas são as mesmas quer se tratem de creches particulares inseridas em

instituições particulares de solidariedade social (IPSS).

Áreas diferenciadas para cada actividade e idade são essenciais numa creche, jardim de

infância ou colegio.

O custo, a segurança das instalações e o serviço são outros factores a ter em conta.

Na creche

Para um melhor crescimento da criança, e para que a rotina diária não seja passada entre

quatro paredes, a concepção de espaços diferenciados é fundamental.

A creche, para crianças entre os 4 meses e os 3 anos, deve ter uma copa de leites e salas

distintas, equipadas de acordo com a idade.

O berçário, espaço destinado à permanência das crianças entre os 3 meses e a aquisição da

marcha; capacidade máxima de 8 crianças e área mínima 4 m 2/criança inclui a sala de

berços e a sala-parque.

Berçário:

Na hora de dormir, a sala escurecida deve proporcionar um ambiente de tranquilidade. Deve

haver comunicação visual com a sala parque.

Duas salas de actividades são o mínimo exigível numa creche. Destinam-se ao

desenvolvimento de actividades lúdicas, área mínima 2 m2/criança.

SA1: crianças entre a aquisição da marcha e os 24 meses; capacidade máxima 10 crianças.

SA2: crianças entre os 24 e 36 meses; capacidade máxima 15 crianças.

Boas condições de higiene e de segurança, além de adequada iluminação e ventilação, são

critérios a verificar e a não descurar.

As instalações sanitárias da creche diferem das do jardim-de-infância e do colegio, o que

está associado à transição do bacio para a sanita. Alguns chuveiros de água quente e fria são

essenciais.

Para evitar choques entre crianças em fases distintas de desenvolvimento físico, o espaço

exterior da creche diferencia-se do concebido para o jardim-de-infância. Em ambos, o

equipamento (baloiços, escorregas, etc.), bem concebido e conservado, deve estar montado

sobre areia ou gravilha fina, e não sobre cimento, ladrilho ou piso empedrado. A zona

circundante pode ser de terra batida ou relva. Uma horta é um extra importante.

Pessoal:

Educadores de Infância: um educador para cada grupo de crianças a partir da

idade da marcha.

Auxiliares: um auxiliar para grupo de 10 crianças

Áreas comuns interiores

Na falta de espaço exterior coberto, a sala polivalente pode substituí-lo, estando apta para

várias actividades (ginástica, teatro, jogos, etc.). Por esse motivo, não necessita de muito

equipamento. É também nesta sala que as crianças mais pequenas podem dormir a sesta.

A sala de refeições é imprescindível. A cozinha, onde a higiene é crucial, deve estar bem

equipada.

Como obter informações?

Recolher impressões de outros pais é um bom ponto de partida para fazer uma lista de

estabelecimentos a visitar. Se possível, leve o seu filho consigo. Conversar com a direcção e

com a educadora que, em princípio, ficará com a criança, é fundamental. Caso lhe dificultem

o acesso a diferentes espaços, exclua esse colegio. É importante sentir-se confiante com a

selecção da creche ou colegio e assegurar-se de que as crianças passam o dia num ambiente

saudável e equilibrado.

Devem certificar-se se o estabelecimento possui alvará da Segurança Social (Creches) e das

Direcções Regionais de Educação (para Jardins de Infância).

Algumas perguntas a fazer…

• O Infantário está licenciado? • O estabelecimento é limpo e seguro? • Todos os funcionários dão atenção à segurança das crianças? • Existe uma preocupação com a boa qualidade dos alimentos? • Enquanto pais, gostariam de permanecer lá? • Podem aparecer em qualquer altura sem se fazer anunciar? • Qual a forma como a Educadora os aconselha a separarem-se da criança? • Autorizam os pais a ficar lá durante a primeira semana? • Quando as crianças adoecem, que medidas tomam? • É dada a possibilidade aos pais de explicarem de manhã quaisquer necessidades

especiais da criança e obter ao fim do dia um relato do que se passou? • Há indício de uma atenção individual a cada criança? • Quais os ritmos de alimentação, de sono e de mudança de fraldas? Parece-lhes que

estes se baseiam nas necessidades das crianças ou num horário rígido? • O ambiente é alegre, divertido e agradável? • As situações de emergência estão previstas e são bem solucionadas? • As pessoas que prestam cuidados são calorosas, sensíveis, responsivas, afectuosas e

aceitantes? Revelam autoridade mas não são demasiadamente restritivas, controladoras nem apenas figuras de guarda das crianças?

• O infantário proporciona um equilíbrio entre actividades estruturadas e o jogo livre? • As crianças têm acesso a brinquedos e materiais educativos que estimulem a mestria

competências cognitivas e de comunicação ao ritmo individual de cada uma

Legislação regulamentdora:

Para Creches e ATL:

http://www.cartasocial.pt/

http://www.cartasocial.pt/index2.php

DL nº. 248, de 27-10-1989.

Para J. Infância e níveis superios de ensino:

http://www.drel.min-edu.pt/

http://www.drelvt.min-edu.pt/pesquisa/pesquisa.asp

Fonte:

http://www.deco.proteste.pt/educacao/visita-guiada-a-creche-s487641.html