Como como Arte
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Como Como Arte
Entradas
Pratos Principais
Individuais
Sempre Ocupado
Arte Restrita
Demarcação de Território
Etiqueta
Alienação
Trote
Sociais
Estilingue
Dinamite
Benjamin
Tanque
Sobremesas
Referências
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COMO COMO ARTE
Sumário
Entradas
1. Coloco a cebola na tábua, e com uma faca, corto-a em cubos bem pequenos.
1. Pego 2 m de cano de PVC, e corto em 8 partes de 13 cm e em 4 partes de 15 cm com uma serra.
2. Ponho a cebola em uma panela, adiciono uma colher de sopa de manteiga e frito a cebola em fogo alto até dourar, mexendo algumas vezes com uma colher de pau.
2. Junto duas partes do cano de 13 cm com uma de 15 cm, formando um “Y” e com �ta crepe, uno as partes �rmemente, envolvendo todo o “Y”.
3. Despejo o molho de tomate enlatado na panela e com uma colher de café de açúcar, mexo até ferver. Como com pão e queijo ralado.
3. Faço quatro “Y”, perfuro as 8 pontas, passo uma borracha elástica entre os furos, amarro duas das pontas num papelão grosso, e nas outras duas faço um nó para que a borracha não passe pelo furo. Uso o estilingue com mais três amigos.
Produzo minha comida, separo os materiais, lavo, corto, ralo, bato, soco, amasso, misturo, aqueço, esfrio, compondo um prato. Preparo arte, seleciono os ingredientes, corto, colo, lavo, amasso, aperto, misturo, bato, componho um objeto. Utilizo meus sentidos para melhor adequar sabor, cor, textura, temperos, temperaturas, consistências, sensação, diversão, recordação e experimentação. Processo os alimentos, junto os materiais, uso ferramentas e talheres.
COMO COMO ARTE 04
ENT�DAS
Estimulo meus sentidos com o perfume da cebola fritando na manteiga, o cheiro químico da �ta crepe que envolve o meu estilingue, a cor do spray, a tinta do açafrão, o apito da panela de pressão, o rugido da furadeira. Tem arte pra ver, comer, fungar, congelar, suar, mexer. Tem alimento para olhar, pegar, provar, tornear, emulsionar.
Ponho música para seguir o ritmo do martelo. Bato bife, bato prego, bato ovo, serro madeira, bato no liquidi�cador. Misturo pichadores e intelectuais com artistas e cozinheiros, arroz com feijão e palito de churrasco com �ta crepe. Arroz sem feijão é uma mistura, tela sem tinta é arte.
Sal a gosto, pimenta a gosto, açúcar a gosto. Tinta a gosto, �ta a gosto. Batatas ao forno com azeite, alho, sal e alecrim. Na falta de alecrim, improviso com durex, experimento com orégano. Procuro similares. Cebola, alho, cobertor, azeite, lixa, moedor, azeite ou manteiga dão sabor.
Corto em pedaços o cano de PVC, a cebola, o barbante, o pão. O tamanho não se iguala devido a rebarba do cano, a forma da cebola, o barbante des�ado, a borda do pão. Vejo o tempo modi�car, a carne vermelha escurece, a �ta crepe am, o pão mofado esverdeia, a pixação é apagada.
Uso a mesa para apoiar, cortar, separar, mexer, amassar, grudar, compor. No espaço, necessito de lixo, pia e ventilação. Sujo a mão, a camisa, o chão. Uso pano, avental, escovão.
05
ENT�DAS
COMO COMO ARTE
Esculpo batatas, descasco lápis. Deixo dourar, a torta de frango, a matriz de metal, o pão na chapa, a cerâmica. Experimento minha experiência. Vejo a falta de uma pitada de amarelo, um tom amargo, um sabor plástico. Degusto o pincel, restauro o arroz, esquento a cera, dou forma pro bolo.
Aperfeiçôo cada desenho do meu pé, cada omelete. Quando corto a madeira, costuro a carne. Uso as mãos, amasso, aperto, estico, espalho, seguro. Uso instrumentos, tesoura, faca, colher, pincel, recipientes.
Junto materiais e ingredientes de acordo com minha intuição e conhecimentos, crio combinações diferentes para cada vez que os produzo. Registro os elementos, procedimentos, observações. Crio um projeto, uma maquete. Sugiro montagens, componho receitas. Produzo comida e preparo arte.
Bom Apetite!
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ENT�DAS
COMO COMO ARTE
Pratos Principais
Pratos Individuais
Sempre Ocupado
1 rolo de faixa de isola-mento
1 tesoura
1 sacola plásticaDi�culdadeCustoRisco
BaixaBaixoMédio
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SEMPRE OCUPADO
Coloque o rolo de faixa de isolamento, (Fig. 1), e a tesoura, (Fig. 2), em uma sacola plástica, (Fig. 3). Saia de casa e ande pela calçada, parando em telefones públicos e conferindo o funcionamento do aparelho, (Fig. 4). Após o teste de funcionamento, pegue a �ta e a tesoura de dentro da sacola. Com a �ta, dê um nó na base de sustentação do telefone e cubra-o por inteiro, (Fig. 5). Corte a �ta com a tesoura, e aplique outro nó na mesma base de sustentação. Para fazer esta receita pense em objetos funcionais que perdem a funcionalidade. Os telefones que estiverem com problemas de sinal, tecla, linha cruzada, �o elétrico ou retenção de cartão telefônico, são os que não tem funcionalidade.
COMO COMO ARTE
Ingredientes
Modo de Preparo
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1
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SEMPRE OCUPADO
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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SEMPRE OCUPADO
5
COMO COMO ARTE
Arte Restrita
1 sacola plástica;
1 rolo de faixa de isola-mento
1 tesouraDi�culdadeCustoRisco
BaixaBaixoMédio
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Ingredientes ARTE RESTRITA
Pegue o rolo de faixa de isolamento, (Fig. 1), e a tesoura, (Fig. 2) e coloque numa sacola plástica, (Fig. 3). Saia para rua procurando calçadas movimentadas com muitos postes, lixos públicos, caixas de correio, e telefones públicos. Dê um nó com a �ta em uma das estruturas verticalizadas da rua, (Fig. 4). Vá até o segundo ponto vertical e envolvo a �ta de isolamento duas vezes, (Fig. 5). Leve a �ta até o terceiro ponto, (Fig. 6), e envolva na estrutura duas vezes, (Fig. 7). Dirija-se novamente até o primeiro ponto, fazendo mais um nó para cercar o território (Fig. 8). Tente construir formas geométricas a partir das linhas traçadas pela faixa. Antes de sair pra rua, veja o vídeo Arte/Pare de Paulo Bruscky e procure companhia para efetuar a ação. É sempre bom estar acompanhado na rua.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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ARTE RESTRITA
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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ARTE RESTRITA
COMO COMO ARTE
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ARTE RESTRITA
COMO COMO ARTE
Demarcação de Território
1 sacola plástica
1 spray de tinta
1 bico (cap)Di�culdadeCustoRisco
AltaBaixoAlto
19
Ingredientes DEMARCAÇÃO DE TERRITÓRIO
Veja �lmes de fuga e vista roupas velhas, para não sujar as novas. Coloque o spray e o bico, (Fig. 1), na sacola plástica, (Fig. 2) e espere anoitecer. Enquanto a cidade dorme e os gatos fazem a festa, saia para rua e procure muros. Pare em frente a uma das paredes da cidade e repare se não tem nenhuma demarcação, se não há movimento ao redor, se não tem guaritas, pessoas estranhas, carros da polícia. Espere o movimento de carros e pessoas baixar e encaixe o bico no spray, (Fig. 3), escrevendo com letra de forma legível no muro, EU, (Fig. 4). Procure espalhar pelos muros da cidade, iniciando o processo pelo seu bairro. Realize esta receita em diferentes dias, evitando as sextas-feiras e os sábados. Quando o spray acabar, utilize sprays de outras cores, para diferenciar as escrituras visualmente. Antes de realizar este ato, faça esboços das letras utilizadas. Chame um amigo para ajudar a ver o movimento enquanto realiza a pixação. Caso haja algum problema no processo de realização, como pessoas interferindo no ato de pixar ou policiais se aproximando, corra o mais rápido que puder e tente despistá-los para continuar o ato.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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1
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DEMARCAÇÃO DE TERRITÓRIO
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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4
DEMARCAÇÃO DE TERRITÓRIO
COMO COMO ARTE
Etiqueta
1 caneta esferográ�tca preta
100 etiquetas de 10,6 x 13,8 cm Di�culdade
CustoRisco
MédioBaixoMédio
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Ingredientes ETIQUETA
Pinte todas as etiquetas brancas (Fig. 1) com a caneta esferográ�ca preta (Fig. 2). Preenchendo-as por inteiro (Fig. 3). Dirija-se a bares e botecos com as etiquetas escondidas nos bolsos. Sente em uma das mesas, peça uma cerveja e após beber o primeiro copo vá discretamente ao banheiro. Entre em uma das cabines vazias para colar uma das etiquetas em sua porta (Fig. 4). Volte para a mesa, tome a cerveja, pague a conta e dirija-se a outro bar ou boteco para repetir a ação. Procure consumir algo nestes locais para que os donos dos estabelecimentos não �quem descon�ados e, de preferência, comece colando as etiquetas nos lugares em que costume freqüentar.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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ETIQUETA
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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ETIQUETA
COMO COMO ARTE
Alienação
12 gravatas de preferência vermelhas
1 terno completo
2 canudos
1 linha de costura da cor da gravata
1 agulha para costura
Di�culdadeCustoRisco
AltoMédioMédio
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Ingredientes ALIENAÇÃO
Modo de Preparo
Pegue as 12 gravatas(Fig. 1) e com a linha e a agulha(Fig. 2) junte-as, fazendo um ponto de costura entre uma e outra, (Fig. 3). Costure uma a uma, formando uma grande gravata com 12 unidades (Fig. 4). Vista o terno completo composto por sapato, meia �na, calça social, cinto, camisa social e paletó (Fig. 5). Vá até uma calçada com uma grande circulação de pessoas, aplique o nó na gravata (Fig. 6) e vista-a (Fig. 7). Corte um canudo(Fig. 8) ao meio com a tesoura (Fig. 9), e coloque um pedaço em cada narina (Fig. 10) para facilitar a respiração. Enrole as doze gravatas em volta da cabeça sem deixar a mostra o rosto (Fig. 11). Fique no meio da multidão, na posição do movimento de andar, (Fig. 12), parado por 10 minutos. Depois vá à outras calçadas movimentadas e repita a ação. Para realizar esta receita, faça alongamentos e exercícios físicos durante 3 semanas. Mantenha-se informado de todos os acontecimentos sociais e políticos diários, a partir de jornais, televisão, internet e amigos.
COMO COMO ARTE
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ALIENAÇÃO
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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ALIENAÇÃO
COMO COMO ARTE
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ALIENAÇÃO
COMO COMO ARTE
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ALIENAÇÃO
COMO COMO ARTE
Trote
1 lista telefônica
1 caneta
1 gravador de somDi�culdadeCustoRisco
MédioBaixoBaixo
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Ingredientes TROTE
Adquira uma lista telefônica do ano atual, (Fig. 1). Escolha alguns números de telefones residenciais na lista e grife-os com a caneta, (Fig. 2). Dirija-se até um telefone público, (Fig. 3), em funcionamento, com a lista telefônica grifada. Retire o telefone do gancho e faça ligações à cobrar (9090 + 8 dígitos) para um dos números selecionados. Se não atenderem, continue fazendo ligações a cobrar para os outros números grifados. Se atenderem a ligação, chame pelo responsável da linha, presente na lista telefônica, conforme a indicação: - Olá, gostaria de falar com ____________. Quando a pessoa responder, pergunte: - Tudo bem? Eu sou artista, quer participar do meu trabalho de arte? Grave a resposta da pessoa com o gravador, (Fig. 4), e coloque o telefone no gancho. Continue ligando em outros telefones públicos (Fig. 5) para obter diferentes respostas e junte-as usando como registro. Utilize coragem e seriedade para esta ação e altere o uso dos telefones públicos.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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TROTE
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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TROTE
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COMO COMO ARTE
Pratos Sociais
Estilingue
2 canos de PVC de 1,2 m x 3 cm
1 serra
1 régua de 30 cm
1 �ta crepe de 5 cm x 50 m
1 furadeira
1 tripa de mico
1 pedaço de papelão de 5 cm x 5 cm
Di�culdadeCustoRisco
MédiaMédioAlto
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Ingredientes ESTILINGUE
Pegue os dois canos de PVC (Fig. 1). Meça com a régua (Fig. 2), os tamanhos a serem cortados. Com a serra (Fig. 3), corte 8 pedaços de 13 cm (Fig. 4) e 4 pedaços de 15 cm (Fig. 5). Grude 1 pedaço de 15 cm com a �ta crepe (Fig. 6), em 2 pedaços de 13 cm, formando a letra Y, e repita esta operação mais 3 vezes (Fig. 7). Envolva a �ta crepe em toda a estrutura construída. Perfure as 2 extremidades superiores com a furadeira (Fig. 8), fazendo com que o furo tenha o mesmo diâmetro da tripa de mico (Fig. 9). Passe a tripa por entre os furos e amarre duas das pontas três vezes, não permitindo a passagem dela pelas perfurações (Fig. 10). Corte o elástico ao meio e grude com bastante �ta crepe o papelão (Fig. 11) entre estas duas novas extremidades da tripa (Fig. 12). Junte-se com mais 3 amigos e acerte seus alvo dividindo a ação de atirar. Divida seu sentimento de culpa.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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1
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ESTILINGUE
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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ESTILINGUE
COMO COMO ARTE
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9 10
ESTILINGUE
11 12
COMO COMO ARTE
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13
ESTILINGUE
COMO COMO ARTE
Dinamite
1 �ta crepe de 5 cm x 50 m
6 rojões
1 rolo de barbante
1 tesouraDi�culdadeCustoRisco
BaixaMédioAlto
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Ingredientes DINAMITE
Envolva a �ta crepe de 0,05m x 50m (Fig. 1) nos 6 rojões (Fig. 2), deixando os acendedores descobertos (Fig 3). Junte os rojões de forma alinhada e construa um triângulo, empilhando-os (Fig. 4). Passe �ta crepe em volta deles (Fig. 5), lembrando de não cobrir os acendedores. Pegue o rolo de barbante (Fig. 6) e com a tesoura (Fig. 7), corte 4 pedaços de mais ou menos a sua altura (Fig. 8). Enrole-os nos acendedores de sua escolha e estique-os quando for acende-los, para não causar danos ao acendedor. Utilize a dinamite junto a 3 amigos (Fig. 9). Lembre-se, que cada pedaço de barbante deve ser aceso por uma pessoa, ao mesmo tempo. Não se esqueça de se afastar da dinamite depois de acender o pavil e muito cuidado com a aplicação desta receita, ela pode ferir pessoas. Divida seu sentimento de culpa.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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1
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DINAMITE
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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DINAMITE
5
7
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COMO COMO ARTE
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DINAMITE
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COMO COMO ARTE
Benjamin
1 vinho tinto Benjamin
1 saca rolhas
4 copos de vidro
1 mesa
4 cadeirasDi�culdadeCustoRisco
BaixaBaixoMédio
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Ingredientes BENJAMIN
Pegue uma garrafa de vinho tinto Benjamin e um saca rolhas (Fig. 1). Insira o saca rolhas na garrafa (Fig. 2) e retire a rolha (Fig. 3) puxando-o com força. Pegue 4 copos de vidro (Fig. 4). Chame 3 amigos próximos para beber, discutir e se divertir em volta de uma mesa com 4 cadeiras (Fig. 5). Peça para seus amigos levarem uma garrafa de vinho Benjamin e alguns petiscos para beliscar. Discutam sobre assuntos do interesse de todos. Tente se reunir com essas pessoas semanalmente para trocar conhecimento.
Modo de Preparo
COMO COMO ARTE
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1
3
2
4
BENJAMIN
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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BENJAMIN
COMO COMO ARTE
Tanque
30 sacos de 50 palitos de churrasco
15 �tas crepe de 25 mm x 50 m
15 �tas crepe de 19 mm x 50 m
4 canos de PVC de 1,3 m x 5 cm
Di�culdadeCustoRisco
AltaAltoAlto
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Ingredientes TANQUE
Pegue 2 palitos de churrasco (Fig. 1) e com �ta crepe (Fig. 2), junte as duas extremidades. Construa algumas varetas com 2 e outras com 4 palitos (Fig. 3). A partir dessas varetas, monte 7 formas de 12 quadrados (Fig. 4) e 28 formas de 8 quadrados (Fig. 5). Unindo as extremidades com �ta crepe. Apóie 14 destas formas construídas em uma base horizontal. Com �ta crepe insira palitos no plano vertical (Fig. 6) e as outras 14 formas construídas sobre a superfície dos palitos verticalizados (Fig. 7).
Modo de Preparo
Primeiro Passo
COMO COMO ARTE
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TANQUE
Para construção, grude 3 das formas construídas (Fig. 8). Repita esse processo 2 vezes. Nas pontas das estruturas adicione mais 2 formas construídas (Fig. 9). Pegue os 4 canos de PVC (Fig. 10) e grude-os na parte interna do tanque. Deixe espaço para que caiba uma pessoa entre eles (Fig. 11). Agora, use as 7 formas de 12 quadrados (Fig. 4). Prenda 2 delas na parte superior das estruturas (Fig. 12). Com as outras 5 formas una as partes da frente e as de trás da estrutura, formando o teto do tanque (Fig. 13). Grude mais 2 das formas construídas (Fig. 8) no topo de toda construção já realizada. Uma ao centro (Fig. 14) e outra junto a ela (Fig. 15), formando o canhão. Pegue as últimas 4 formas e grude-as em pares. Incorpore-as a estrutura, compondo as 2 rodas (Fig. 16).
Segundo Passo
COMO COMO ARTE
55
TANQUE
Após a construção da estrutura do tanque, pegue a �ta crepe (Fig. 17) e a envolva por toda a parte externa do tanque. Utilize bem a largura da �ta para não deixar nenhum espaço vazado (Fig. 18). Faça um corte de 40 cm de largura por 15 cm de altura com a tesoura (Fig. 19). Este corte deve ser feito na �ta crepe, conformea altura do condutor do tanque na �ta crepe (Fig. 20). Junte-se com mais 3 amigos e enfrente as ruas da sua cidade, procurando respeitar as sinalizações de trânsito (Fig. 21). Percorra vias movimentadas evitando os dias de chuva.
Toque Final
COMO COMO ARTE
56
1
3
2
4
TANQUE
COMO COMO ARTE
Passo a Passo
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5
7
6
8
TANQUE
COMO COMO ARTE
58
9
11
10
12
TANQUE
COMO COMO ARTE
59
13
15
14
16
TANQUE
COMO COMO ARTE
60
17
19
18
20
TANQUE
COMO COMO ARTE
61
21
TANQUE
COMO COMO ARTE
Sobremesas
Como e minhas experiências se multiplicam. Provocam sentidos, processam informações, mudam percepções. Faço arte para questionar, transmitir, instigar, sentir.
Sinto o cheiro da pamonha, nas pinturas do Volpi, o sabor seco da carne de sol com farinha, nos retirantes de Portinari. Vejo Botero na culinária napolitana, as mamas cozinhando molhos suculentos, de um vermelho intenso, generosos e volumosos. No corte preciso, na simplicidade da forma, na serialidade, degusto sashimis feitos por Donald Judd.
Peço de entrada, torradas ao molho Monet, no prato principal risoto de rococó, e na sobremesa, chocolate com detalhes barrocos. Uma feijoada feita por Debret, com pés, focinho, orelha de porco, misturadas com damas junto a negros que dançam, bebem e comem feijoada.
Vou a exposições e restaurantes, como e vejo arte. Se forem bons volto e a experiência nunca é a mesma. Mudo a cada passo, vomito arte, engulo comida, peço sem açúcar, não mexo na obra interativa.
Como em lugares que o prato branco é o suporte para a organização da comida. Vejo a forma subordinada à borda da superfície de cerâmica. Visito exposições em que a tela branca é o espaço para a pintura. Observo que a tinta se limita ao �nal suporte.
Produzo e bebo a partir da história da arte, da receita da minha avó, de amigos assassinados, do que como, vejo, bebo, penso, percebo, conheço, arrisco, vivo.
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SOBREMESAS
COMO COMO ARTE
Crio uma regra sem regra, um instrumento, pensamento, alimento, objeto. Faço como já �zeram, refaço. Passo a passo, proponho a recriação.
Leio, escrevo, penso, faço como todos. Cozinho, como, crio, contemplo, provo, transmito. Relaciono disciplinas, eu, o outro, o mundo. Planto pensamento, rego experiências.
Relaciono-me com a forma de fazer, priorizando as cores, odores, formas, temperos. Deformo paradigmas. Adiciono idéias, processos, procedimentos. Registro pensamentos, elaboro modos, formulo maneiras.
Vejo a arte como comida, como comida como arte. Possuo ou sou possuído, crio e aprendo construindo. Uso, aproprio, compreendo. Manifesto, integro, questiono. Re�ito, interrogo, continuo.
Exploro áreas, reconheço fronteiras, transgrido formas. Desconstruo, construo, reprocesso. Procuro e sugiro a criatividade.
Caso faça e registre alguma destas receitas, mande para:[email protected].
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SOBREMESAS
COMO COMO ARTE
BARBOSA, Luiz Rodrigues. Sabor & Saber. Rio de Janeiro: Livros TwoCan Ltda, 1ª edição, 1997. BENJAMIM, Walter. A Obra de Arte na Época de Sua Reprodutibilidade Técnica. In:Teoria da Cultura de Massa. Costa Lima, Luís (Org.). Paz e Terra: Brasil, 1978. DARDOT, Marilá; PI�A, Matheus Rocha. Coleção Duda Miranda. Belo Horizonte: Rona Editora, 2007. GADAMER, Hans-Georg. A atualidade do belo: a arte como jogo, símbolo e festa. Tradução: Celeste Aida Galvão. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1985. HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. São Paulo: Edições Loyola, 6ª edição, 1996. K�USS, Rosalind. A voyage on the North Sea: art in the age of the post-medium condition. London: �ames & Hudson, 2000. NOVERO, Cecilia. Antidiets of the Avant-Garde: From Futurist Cooking to Eat Art. Minneapolis and London: U of Minneapolis P, 2010. OBRIST, Hans Ulrich (ed.). Do It. New York: Independent Curators Incorporated, 1997.
Referências
65COMO COMO ARTE