CombustíveisFosseis_1516_1.pdf

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Manuela Carvalho ISEP

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Manuela CarvalhoISEP

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Actualmente, cerca de 82 % da energia consumida no mundo Actualmente, cerca de 82 % da energia consumida no mundo Actualmente, cerca de 82 % da energia consumida no mundo Actualmente, cerca de 82 % da energia consumida no mundo tem origem em combustíveis fósseis.tem origem em combustíveis fósseis.tem origem em combustíveis fósseis.tem origem em combustíveis fósseis.

EEEEstimastimastimastima----se se se se que o consumo global de energia que o consumo global de energia que o consumo global de energia que o consumo global de energia cresça cerca cresça cerca cresça cerca cresça cerca de de de de 60% nos próximos 20 60% nos próximos 20 60% nos próximos 20 60% nos próximos 20 anos.anos.anos.anos.

Continuará a procura galopante de energia a serContinuará a procura galopante de energia a serContinuará a procura galopante de energia a serContinuará a procura galopante de energia a sersuportada pelos combustíveis fósseis?suportada pelos combustíveis fósseis?suportada pelos combustíveis fósseis?suportada pelos combustíveis fósseis?

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Rochas que contendo carbono livre ou sob a forma de compostos

orgânicos (na maioria hidrocarbonetos).

Podem ser utilizados como fontes de energia por combustão, seja

no seu estado natural ou após transformação.

OOOO quequequeque sãosãosãosão combustíveiscombustíveiscombustíveiscombustíveis fósseisfósseisfósseisfósseis ?

TempoTempoTempoTempo médiomédiomédiomédio dededede formaçãoformaçãoformaçãoformação::::

10 milhões a 500 milhões de anos.

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CombustiveisCombustiveisCombustiveisCombustiveis fósseis derivados do petróleo:fósseis derivados do petróleo:fósseis derivados do petróleo:fósseis derivados do petróleo:

Gás Gás Gás Gás naturalnaturalnaturalnatural: 1ª fracção de destilados (compostos com ponto de ebulição menor que 40°C), o metano (CH4) é o principal componente. Nesta mesma faixa de temperatura é possível ainda obter o gás GLP gás GLP gás GLP gás GLP (gás liquefeito) cujos componentes são: Propano (C3H8) e butano (C4H10).

Gasolina naturalGasolina naturalGasolina naturalGasolina natural: corresponde à 2ª fracção da torre de fraccionamento com ponto de ebulição abaixo de 200°C. É composta dos hidrocarbonetos com cinco a dez átomos de carbono, ou seja, pentano (C5H12) a dodecano (C12H26).

Querosene / Jet FuelQuerosene / Jet FuelQuerosene / Jet FuelQuerosene / Jet Fuel: obtidos na 3ª fracção, cujo ponto de ebulição está entre 150 e 275 graus Celsius, composto geralmente por hidrocarbonetos de 12 a 16 átomos de carbono.

DieseDieseDieseDiesellll: Entram em ebulição na faixa de 250-400 °C, são hidrocarbonetos com 12 a 20 átomos de carbonos.

Parafinas e óleos lubrificantesParafinas e óleos lubrificantesParafinas e óleos lubrificantesParafinas e óleos lubrificantes: a fracção correspondente à faixa de temperatura de 350-550 °C. Estes hidrocarbonetos comportam de 20 a 36 átomos de carbono.

Asfalto Asfalto Asfalto Asfalto e pichee pichee pichee piche: os compostos de carbono que possuem temperatura de ebulição acima de 550 °C, encontram-se no estado sólido. Esta fracção é destinada à produção de asfalto e piche.

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http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Destila%C3%A7%C3%A3o

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Utilização dos Combustíveis FósseisUtilização dos Combustíveis FósseisUtilização dos Combustíveis FósseisUtilização dos Combustíveis Fósseis:

� BetumesBetumesBetumesBetumes - Sumérios (3800 a 2500 a.C.), em jazidas nos vales dos rios

Tigre e Eufrates.

� Betumes Betumes Betumes Betumes ---- Egípcios e assírios.

� “Carvões “Carvões “Carvões “Carvões de pedrade pedrade pedrade pedra”””” - Civilização chinesa antiga .

� CarvãoCarvãoCarvãoCarvão - Europa a partir do século XII.

Um pouco de história …Um pouco de história …Um pouco de história …Um pouco de história …

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A industria petrolífera surge em 1859 na Pensilvânia. A industria petrolífera surge em 1859 na Pensilvânia. A industria petrolífera surge em 1859 na Pensilvânia. A industria petrolífera surge em 1859 na Pensilvânia.

Nos primórdios:Nos primórdios:Nos primórdios:Nos primórdios:

• pensava-se que o petróleo era uma espécie de resíduo líquido dos

depósitos de carvão que abundavam na região;

• extraía-se apenas o querosene para a iluminação.

No entantoNo entantoNo entantoNo entanto

• o advento da indústria automobilística indústria automobilística indústria automobilística indústria automobilística (1896 Henry Ford fabricou o

seu primeiro modelo);

• O surgimento da aviaçãoaviaçãoaviaçãoaviação (os irmãos Wright voaram em 1903);

• as guerrasguerrasguerrasguerras.

Um pouco de história …Um pouco de história …Um pouco de história …Um pouco de história …

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No início do No início do No início do No início do SecSecSecSec. XX, o Petróleo torna. XX, o Petróleo torna. XX, o Petróleo torna. XX, o Petróleo torna----se no principal produto se no principal produto se no principal produto se no principal produto estratégico estratégico estratégico estratégico

do mundo do mundo do mundo do mundo moderno:moderno:moderno:moderno:

• Churchill, em 1911, substitui o carvão pelo petróleo como combustível

nos navios;

• Entre 1914 e 1917 a frota motorizada dos exércitos (Inglês, Francês,

Americano, p ex.) aumentou muito significativamente ( 100 a 1000×);

• A II Guerra Mundial foi travada com petróleo e pelo petróleo (Alemanha

e Japão);

• As 100 maiores empresas do Sec. XX estão quase todas ligadas ao

automóvel ou ao Petróleo.

• Nas sociedades modernas os combustíveis fósseis, nomeadamente os

hidrocarbonetos, são a principal fonte de energia.

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� As principais fontes de energia.

� Matérias-primas utilizadas em inúmeras aplicações na industria petroquímica.

OOOO combustíveiscombustíveiscombustíveiscombustíveis fósseisfósseisfósseisfósseis sãosãosãosão::::

� Um indiscutível contributo civilizacional.

� Enorme influência na qualidade de vida das populações.

� Enorme influência na economia e na política mundial.

OsOsOsOs combustíveiscombustíveiscombustíveiscombustíveis fósseisfósseisfósseisfósseis apresentamapresentamapresentamapresentam::::

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“Fossil fuels remain at the heart of global energy use. Despite

heightened efforts made around the world to shift energy

consumption towards low carbon sources of energy, today’s share share share share

of fossil fuels in the global primary energy mix of fossil fuels in the global primary energy mix of fossil fuels in the global primary energy mix of fossil fuels in the global primary energy mix –––– 82 % according 82 % according 82 % according 82 % according

IEA data IEA data IEA data IEA data –––– is exactly as it was 25 years ago.is exactly as it was 25 years ago.is exactly as it was 25 years ago.is exactly as it was 25 years ago.

The share of oil has fallen steadily over the years to 31% in 2012,

but it remains the largest single fuel in the global mix. Coal, with Coal, with Coal, with Coal, with

29%, has met the biggest share of energy consumption growth 29%, has met the biggest share of energy consumption growth 29%, has met the biggest share of energy consumption growth 29%, has met the biggest share of energy consumption growth

since 2000since 2000since 2000since 2000, playing a pivotal role in fuelling the economic rise of

Asia.

The share of natural gas, The share of natural gas, The share of natural gas, The share of natural gas, the least carbon-intensive of the fossil,

has risen less dramatically than coal, has risen less dramatically than coal, has risen less dramatically than coal, has risen less dramatically than coal, but nonetheless accounts for

22 % of the world’s primary energy consumption.”

In “World Energy Investment In “World Energy Investment In “World Energy Investment In “World Energy Investment –––– Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014

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The world remains heavily dependent on fossil fuels; The world remains heavily dependent on fossil fuels; The world remains heavily dependent on fossil fuels; The world remains heavily dependent on fossil fuels; their share in global

energy mix falls to around 75 % in 2035 75 % in 2035 75 % in 2035 75 % in 2035 (from 82 %), but this nonetheless

involves an increase in the world's annual consumption of fossil fuels, by an increase in the world's annual consumption of fossil fuels, by an increase in the world's annual consumption of fossil fuels, by an increase in the world's annual consumption of fossil fuels, by

around 2300 million around 2300 million around 2300 million around 2300 million tones tones tones tones of equivalent, over today's levels.of equivalent, over today's levels.of equivalent, over today's levels.of equivalent, over today's levels.

In “World Energy Investment In “World Energy Investment In “World Energy Investment In “World Energy Investment –––– Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014Outlook”, OECD/IEA, 2014

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≈ 8125 Mtoe

≈ 11 555 Mtoe

≈ 13 078 Mtoe

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� Global oil consumption grew by 1.4 million barrels per day Global oil consumption grew by 1.4 million barrels per day Global oil consumption grew by 1.4 million barrels per day Global oil consumption grew by 1.4 million barrels per day (1.4% ) –

this is just above the historical average.

� Countries Countries Countries Countries outside the OECD now account for the majority outside the OECD now account for the majority outside the OECD now account for the majority outside the OECD now account for the majority of of of of global global global global

oil consumption (51%) oil consumption (51%) oil consumption (51%) oil consumption (51%) and they accounted for all of the net growth

in global consumption.

� OECD OECD OECD OECD consumption declined by 0.4%, consumption declined by 0.4%, consumption declined by 0.4%, consumption declined by 0.4%, the seventh decrease in the

past eight years.

� Global oil production did not keep pace with the growth in global Global oil production did not keep pace with the growth in global Global oil production did not keep pace with the growth in global Global oil production did not keep pace with the growth in global

consumptionconsumptionconsumptionconsumption, rising by just 550,000 b/d (0.6%).

� Global oil trade in 2013 grew by Global oil trade in 2013 grew by Global oil trade in 2013 grew by Global oil trade in 2013 grew by 0.9 0.9 0.9 0.9 million b/d (1.7% million b/d (1.7% million b/d (1.7% million b/d (1.7% ) ) ) ) – growth in

Europe and emerging economies more than offset declines in the US

and Japan.

Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 ---- Petróleo:Petróleo:Petróleo:Petróleo:

In “BP In “BP In “BP In “BP StatisticalStatisticalStatisticalStatistical ReviewReviewReviewReview ofofofof WorldWorldWorldWorld EnergyEnergyEnergyEnergy, , , , JuneJuneJuneJune 2014201420142014

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� World natural gas consumption grew by 1.4%, World natural gas consumption grew by 1.4%, World natural gas consumption grew by 1.4%, World natural gas consumption grew by 1.4%, below the historical

average of 2.6%.

� Consumption Consumption Consumption Consumption growth was above average in the OECD countries growth was above average in the OECD countries growth was above average in the OECD countries growth was above average in the OECD countries

(+1.8%) and below average outside the OECD (+1.1%). (+1.8%) and below average outside the OECD (+1.1%). (+1.8%) and below average outside the OECD (+1.1%). (+1.8%) and below average outside the OECD (+1.1%).

� Global Global Global Global natural gas production grew by 1.1%, natural gas production grew by 1.1%, natural gas production grew by 1.1%, natural gas production grew by 1.1%, which was well below

the 10-year average of 2.5%. Growth was below average in all

regions except Europe and Eurasia.

� Global natural gas trade grew by 1.8% in 2013, well below the Global natural gas trade grew by 1.8% in 2013, well below the Global natural gas trade grew by 1.8% in 2013, well below the Global natural gas trade grew by 1.8% in 2013, well below the

historical average of 5.2%.historical average of 5.2%.historical average of 5.2%.historical average of 5.2%.

Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 –––– Gás natural:Gás natural:Gás natural:Gás natural:

In “BP In “BP In “BP In “BP StatisticalStatisticalStatisticalStatistical ReviewReviewReviewReview ofofofof WorldWorldWorldWorld EnergyEnergyEnergyEnergy, , , , JuneJuneJuneJune 2014201420142014

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� Coal consumption grew by 3% grew by 3% grew by 3% grew by 3% in 2013, well below the 10well below the 10well below the 10well below the 10----year year year year

average of 3.9% average of 3.9% average of 3.9% average of 3.9% but it is still the fastestit is still the fastestit is still the fastestit is still the fastest----growing fossil fuel. growing fossil fuel. growing fossil fuel. growing fossil fuel.

� Coal’s Coal’s Coal’s Coal’s share of global primary energy consumption reached 30.1%, share of global primary energy consumption reached 30.1%, share of global primary energy consumption reached 30.1%, share of global primary energy consumption reached 30.1%,

the highest since the highest since the highest since the highest since 1970.1970.1970.1970.

� ChinaChinaChinaChina recorded the weakest absolute growth since 2008 but the

country still accounted for 67% of global growth67% of global growth67% of global growth67% of global growth. IndiaIndiaIndiaIndia experienced

its second largest volumetric increase on record and accounted for

21% of global 21% of global 21% of global 21% of global growth.growth.growth.growth.

� Global Global Global Global coal production grew by 0.8%, the weakest growth since coal production grew by 0.8%, the weakest growth since coal production grew by 0.8%, the weakest growth since coal production grew by 0.8%, the weakest growth since

2002. 2002. 2002. 2002. Indonesia (+9.4%) and Australia (+7.3%) offset a decline in the

US (-3.1%), while China (+1.2%) recorded the weakest volumetric

growth in production since 2000.

Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 Estatísticas 2013 –––– Carvão:Carvão:Carvão:Carvão:

In “BP In “BP In “BP In “BP StatisticalStatisticalStatisticalStatistical ReviewReviewReviewReview ofofofof WorldWorldWorldWorld EnergyEnergyEnergyEnergy, , , , JuneJuneJuneJune 2014201420142014

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World Oil Outlook, OCDE 2012

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World Oil Outlook, OCDE 2012

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TEORIA BIOGÉNICATEORIA BIOGÉNICATEORIA BIOGÉNICATEORIA BIOGÉNICA

Explica a origem dos combustíveis fósseis a partir de substâncias

orgânicas provenientes da superfície terrestre que foram soterradas e

transformadas.

TEORIA ABIOGÉNICATEORIA ABIOGÉNICATEORIA ABIOGÉNICATEORIA ABIOGÉNICA

Explica a origem dos combustíveis fósseis a partir de depósitos de

hidrocarbonetos, estáveis a altas pressões e temperaturas, existentes

no manto desde a formação do planeta; ao migrarem do manto para a

crosta verificam-se transformações moleculares.

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São rochas cuja origem está relacionada com a acção de organismos.

São normalmente divididos em dois tipos:� Acaustobiólitos Acaustobiólitos Acaustobiólitos Acaustobiólitos

Não combustíveisEx.: diatomitos, radiolaritos, corais, calcário

organogénico

� CaustobiólitosCaustobiólitosCaustobiólitosCaustobiólitosCombustíveisEx.: carvão e petróleo

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A origem e formação dos caustobiólitos coloca três

problemas principais:

1. Como se dá a acumulação da matéria orgânica?

2. Qual a natureza e composição dos

microorganismos que lhes deram origem?

3. Quais as reacções mediante as quais a matéria

orgânica se transformou nos produtos que hoje

se conhecem?

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Está presente em praticamente todos os sedimentos

modernos e nas rochas sedimentares.

Pode ser de dois tipos:

� QuerogénioQuerogénioQuerogénioQuerogénio

Fracção de matéria orgânica insolúvel nos solventes orgânicos comuns � BetumesBetumesBetumesBetumes

Fracção de matéria orgânica solúvel nos solventes orgânicos comuns.

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� São produtos orgânicos secundários resultantes da transformação

do querogénio.

� Esta transformação ocorrem normalmente por acção da temperatura

e pressão em bacias de sedimentares devido a processos de

subsidência.

� As características da matéria orgânica percursora (composição

química, qualidade e quantidade) estão intimamente relacionadas

com o tipo de ambientes sedimentares onde se acumulam e vão

condicionar a formação dos betumes.

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A decomposição da matéria orgânica pode ocorrer:

� ConsumiçãoConsumiçãoConsumiçãoConsumiçãoEm ambiente rico em oxigénio por oxidação com libertação de CO2 e H2O.Normalmente à superfície e em solo seco.

� HumificaçãoHumificaçãoHumificaçãoHumificação ou turfeiçãoturfeiçãoturfeiçãoturfeição ou incarbonizaçãoincarbonizaçãoincarbonizaçãoincarbonizaçãoEm ambiente pobre em oxigénio. Inicia por oxidação sendo posteriormente completada por acção de bactérias.P. ex. sob uma fina camada de água.

� PutrefacçãoPutrefacçãoPutrefacçãoPutrefacção ou betumizaçãobetumizaçãobetumizaçãobetumização ou sapropelizaçãosapropelizaçãosapropelizaçãosapropelizaçãoEm ambiente com ausência total de oxigénio por acção de bactérias anaeróbias. P. ex. em bacias profundas e lamas.

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TurfaTurfaTurfaTurfaC

AU

STO

BIÓ

LIT

OS

CA

UST

OBIÓ

LIT

OS

CA

UST

OBIÓ

LIT

OS

CA

UST

OBIÓ

LIT

OS

CarvõesCarvõesCarvõesCarvões

Insolúveis nos solventes orgânicos

HúmicosHúmicosHúmicosHúmicos

LignitoLignitoLignitoLignito

Carvão Carvão Carvão Carvão betuminoso betuminoso betuminoso betuminoso (Hulha)(Hulha)(Hulha)(Hulha)

AntracitoAntracitoAntracitoAntracito

Sapropélicos

Carvão de algas

Carvão de esporos

Cerabetumes

Húmus

Gyttja

Sapropel

Sapropelito

Cerogénio

Betumes de transição entre cerabetumes e naftabetumes (parcialmente solúveis nos solventes orgânicos)

Resinas fósseis

Pez fóssil

Asfaltóides

NaftabetumesNaftabetumesNaftabetumesNaftabetumesSolúveis nos solventes

orgânicos

Gás naturalGás naturalGás naturalGás natural

Petróleo brutoPetróleo brutoPetróleo brutoPetróleo bruto

Malte

Asfalto natural

Asfaltito

Ceras fósseis

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São rochas sedimentares combustíveis, essencialmente

constituídas por restos vegetais em diferentes fases de

evolução.

São geradas em bacias sedimentares pouco profundas, mais ou

menos confinadas, ao abrigo do ar e sob acção de bactérias

anaeróbias (ICCP_International Committe for Coal Petrology).

Têm mais de 50%, em peso, e de 70%, em volume, de matéria

carbonosa (o que em sentido estrito, segundo alguns

especialistas, exclui a turfa deste grupo).

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CARVÕES HÚMICOS CARVÕES HÚMICOS CARVÕES HÚMICOS CARVÕES HÚMICOS

Formados por humificaçãohumificaçãohumificaçãohumificação (incarbonização)

Ocorre enriquecimento progressivo em carbono a partir dos

hidratos de carbono dos tecidos hidratos de carbono dos tecidos hidratos de carbono dos tecidos hidratos de carbono dos tecidos vegetaisvegetaisvegetaisvegetais , com perda relativa de

oxigénio e hidrogénio.

CARVÕES SAPROPÉLICOS CARVÕES SAPROPÉLICOS CARVÕES SAPROPÉLICOS CARVÕES SAPROPÉLICOS

Formados por sapropelizaçãosapropelizaçãosapropelizaçãosapropelização (betumização)

Formam-se hidrocarbonetos a partir da matéria orgânica rica em matéria orgânica rica em matéria orgânica rica em matéria orgânica rica em

lípidos e proteínaslípidos e proteínaslípidos e proteínaslípidos e proteínas (p.ex. plâncton), com enriquecimento relativo

em carbono e hidrogénio.

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C (%)C (%)C (%)C (%) H (%)H (%)H (%)H (%) O (%)O (%)O (%)O (%) N (%)N (%)N (%)N (%)

MadeiraMadeiraMadeiraMadeira 49,65 6,23 43,20 0,92

TurfaTurfaTurfaTurfa 55,44 6,28 36,56 1,72

LignitoLignitoLignitoLignito 72,95 5,24 20,50 1,31

Carvão betuminoso Carvão betuminoso Carvão betuminoso Carvão betuminoso (hulha)(hulha)(hulha)(hulha)

84,24 5,55 8,69 1,52

AntracitoAntracitoAntracitoAntracito 93,50 2,81 2,72 0,97

Pensa-se que o teor em carbono dos carvões teor em carbono dos carvões teor em carbono dos carvões teor em carbono dos carvões depende:

� da quantidade de dióxido de carbono atmosférico que as plantas que lhe

deram origem tinham fixado,

� das condições de pressão e temperatura a que o depósito ficou sujeito,

� da sua idade (os carvões mais antigos são normalmente mais ricos em

carbono).

Composição média elementar

Fonte: Galopim de Carvalho (2006)

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Betuminoso

Turfa

AntraciteLenhite

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É o mais pobre e menos evolucionado caustobiólito, 50 –60% de Carbono.

Forma-se por humificação de plantas herbáceas (especialmente musgos e juncos)

em ambientes mal drenados e pantanosos (turfeiras).

Há vários tipos de turfa (fibrosa ou branca, húmica ou escura e preta).

Tem o aspecto de musgo e ervas secas, mais ou menos compactadas e terrosas,

sempre com bastante água (normalmente > 50%).

Tem poder calorifico calorífico inferior (PCI) de 7,8 a 13,8 MJ/kg

Em Portugal existiam jazidas

holocénicas que foram exploradas

nos anos 40 do Século XX.

Nos anos 80, foram prospectadas,

para a industria dos fertilizantes,

jazidas em: Alpiarça, Melides, Monte

Redondo, Rio Liz, a Norte do Cabo

Mondego, Foz do Rio Minho e Lagoa

Comprida.

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Carvão lenho-celulósico castanho a negro com humidade elevada (25 a 45%).

Possui estrutura francamente lenhosa, forma-se por humificação.

Carvão de grau inferior (ISO), 65 – 75% de Carbono.

Combustível pobre, arde facilmente mas produz pouco calor, não produz coque

quando calcinado ao abrigo do ar.

Com poder calorifico calorífico inferior (PCI) de 5,6 a 10,5 MJ/kg no lignito

castanho e 10,0 a 21 MJ/kg no lignito negro.

Em Portugal são conhecidas

jazidas nos distritos de

Coimbra, Leiria, rio Maior e

Setúbal.

A ocorrência de leitos

lignitosos é frequente nas

formações do Mesozóico e

Cenozóico.

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Carvão negro, apresenta-se frequentemente estratificado e com aspecto

bandeado (leitos brilhantes alternados com leitos baços.

Carvão de grau médio (ISO), 80 – 90% de Carbono.

Arde facilmente emitindo pouco fumo e muito calor.

Tem elevado poder calorífico inferior (PCI) compreendido entre 17,2 a 30,7

MJ/kg.

Foi muito utilizado nos Séc.

XIX e XX.

Em Portugal foi explorado na

zona de Grândola (Paleozóico).

Ainda há ocorrências na zona

do Buçaco mas sem interesse

económico

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Carvão negro com brilho submetálico a metálico, não suja as mãos ao ser

manuseado.

Carvão de grau superior (ISO), 90 – 95% de Carbono e menos de 7% de voláteis.

Arde lentamente com chama azul e quase sem fumos.

Tem elevado poder calorífico inferior (PCI), média de 26,7 MJ/kg.

Foi muito utilizado nos Séc.

XIX e XX.

Continua a ser utilizado na

actualidade.

Em Portugal ocorre e foi

explorado na faixa Dúrico-

Beirã (Paleozóico).

A última mina - Pejão.

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A turfa e a lenhite ocorrem normalmente a céu aberto.

São de extracção fácil e pouco dispendiosa.

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� Os carvões duros (betuminoso e antracite) são normalmente de

exploração subterrânea (abatimento, poços e galerias).

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Mina do Mina do Mina do Mina do PejãoPejãoPejãoPejão

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� A turfa e a lenhite necessitam apenas de

homogeneização.

� Nos carvões duros (betuminoso e antracite)

realizam-se fundamentalmente duas operações:

◦ Fragmentação do “tout-venant” obtido no desmonte até

ser obtido o calibre de libertação da substância útil;

◦ Purificação do carvão através de processos de

concentração gravíticos ou com uso de flutuação em

espumas.

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Tipo de CarvãoTipo de CarvãoTipo de CarvãoTipo de Carvão AplicaçõesAplicaçõesAplicaçõesAplicações

TurfaTurfaTurfaTurfaAquecimento domésticoAbsorção e encapsulamento de hidrocarbonetosIndustria dos fertilizantes

Lenhite, Lenhite, Lenhite, Lenhite, Betuminoso e Betuminoso e Betuminoso e Betuminoso e AntraciteAntraciteAntraciteAntracite

Produção de energia em caldeirasProdução de energia (calorífica ou eléctrica)

BetuminosoBetuminosoBetuminosoBetuminoso eeee AntraciteAntraciteAntraciteAntraciteProdução de coque (principalmente para fornos desiderurgia)

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Produção de carvão por países e anos (milhões de toneladas)

PaísPaísPaísPaís 2003200320032003 2004200420042004 2005200520052005 2006200620062006 2007200720072007 2008200820082008 2009200920092009 2010201020102010 %%%%ReservaReservaReservaReservas (anos)s (anos)s (anos)s (anos)

ChinaChinaChinaChina 1834.9 2122.6 2349.5 2528.6 2691.6 2802.0 2973.0 3240.0 48.3 % 35

Estados Estados Estados Estados UnidosUnidosUnidosUnidos

972.3 1008.9 1026.5 1054.8 1040.2 1063.0 975.2 984.6 14.8 % 241

União União União União EuropeiaEuropeiaEuropeiaEuropeia 637.2 627.6 607.4 595.1 592.3 563.6 538.4 535.7 4.3 % 105

AustráliaAustráliaAustráliaAustrália 350.4 364.3 375.4 382.2 392.7 399.2 413.2 423.9 6.3 % 180

RússiaRússiaRússiaRússia 276.7 281.7 298.3 309.9 313.5 328.6 301.3 316.9 4.7 % 495

IndonésiaIndonésiaIndonésiaIndonésia 114.3 132.4 152.7 193.8 216.9 240.2 256.2 305.9 5.0 % 18

África do África do África do África do SulSulSulSul

237.9 243.4 244.4 244.8 247.7 252.6 250.6 253.8 3.8 % 119

AlemanhaAlemanhaAlemanhaAlemanha 204.9 207.8 202.8 197.1 201.9 192.4 183.7 182.3 1.2 % 223

PolóniaPolóniaPolóniaPolónia 163.8 162.4 159.5 156.1 145.9 144.0 135.2 133.2 1.5 % 43

CazaquistãCazaquistãCazaquistãCazaquistãoooo

84.9 86.9 86.6 96.2 97.8 111.1 100.9 110.8 1.5 % 303

Total Total Total Total mundialmundialmundialmundial

5,301.3 5,716.0 6,035.3 6,342.0 6,573.3 6,795.0 6,880.8 7,273.3 100 % 119

O principal produtor de lenhite é a Alemanha, seguida dos EUA e China.

O principal produtor de carvões duros (betuninoso e antracite) é a China,

seguindo-se os EUA, Índia, Austrália e Rússia.

Actualmente Portugal tem produção nula de carvão fóssil.

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Vantagens:Vantagens:Vantagens:Vantagens:

� Distribuição geográfica ampla

� Custos estáveis e previsíveis

� Novas tecnologias para melhorar a eficiência do carvão e o

desempenho ambiental

DesvantagensDesvantagensDesvantagensDesvantagens::::

� Elevadas emissões de CO2, partículas e outros poluentes

� Não é adequado para as novas unidades de geração

� Captura de carbono na utilização e armazenamento têm impacto

negativo sobre a eficiência da planta térmica

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O carvão explorado, é processado e transformado em pó, o que permitirá um

melhor aproveitamento térmico ao ser colocado para queima em fornos de

caldeiras.

O calor libertado pela queima é transformado em vapor ao ser transferido para a

água que circula nas tubagens que envolvem as os fornos.

A energia térmica contida no vapor é transformada em energia mecânica que

movimentará a turbina do gerador de energia eléctrica.

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GERAÇÃO DE ENERGIA ELETRICA_ TERMELETRICA A CARVÃO MINERAL_(480p).mp4

How Do They Do It__ Coal Mining Video.flv_(360p).mp4

Inside Germany's coal-mining operation_(360p).mp4

http://sopasdepedra.blogspot.pt/2012/07/das-rochas-sedimentares-67.html

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