Coloquio: Jornada Pedagógica 2010 - Quijijngue
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José Ginvaldo Abreu de Araújo
COLÓQUIO:
Avaliação e Registro de
desempenho do aluno na
organização em ciclos
ERA UMA VEZ uma rainha que vivia em um
grande castelo.
Ela tinha uma varinha mágica que fazia as
pessoas bonitas ou feias, alegres ou tristes,
vitoriosas ou fracassadas. Como todas as
rainhas, ela também tinha um espelho.
Um dia, querendo avaliar
sua beleza, ela perguntou
ao espelho:
- Espelho, espelho meu,
existe alguém mais bonita
do que eu?
Atônita, a rainha não sabia o que dizer. Só
lhe ocorreu perguntar:
- Como assim?
Minha rainha, os tempos estão
mudados. Esta não é mais uma
resposta assim tão simples.
Hoje em dia, para responder a
sua pergunta eu preciso de
alguns elementos mais claros.
O espelho olhou bem para ela e respondeu:
Veja bem, respondeu o espelho. Em primeiro
lugar eu preciso saber por que Vossa Majestade
fez essa pergunta, ou seja, o que pretende fazer
com a minha resposta. Pretende apenas
levantar dados sobre o seu ibope no palácio?
Pretende examinar o seu nível de beleza,
comparando-o com o de outras pessoas ou a
sua avaliação visa ao desenvolvimento de sua
própria beleza, sem nenhum critério externo?
É uma avaliação que considera normas ou
critérios pré-determinados?
De toda forma, é preciso, ainda, que Vossa
Majestade me diga se pretende fazer uma
classificação dos resultados.
E continuou o espelho:
Além disso, eu preciso que Vossa Majestade me
defina em que bases devo fazer essa avaliação.
Devo considerar o peso, a altura, a cor dos
olhos, o conjunto? Quem devo consultar para
fazer esta análise?
Por exemplo: se consultar somente os
moradores do castelo, vou ter uma resposta;
por outro lado, se utilizar parâmetros
nacionais, terei uma outra resposta. Entre a
turma da copa ou mesmo entre os anões, a
Branca de Neve ganha estourado. Mas se
perguntar aos seus conselheiros, acho que a
minha rainha terá o primeiro lugar.
Depois, ainda tem o seguinte, continuou o espelho, como vou fazer essa avaliação?
Devo utilizar análises continuadas?
Posso utilizar alguma prova para verificar o grau dessa beleza?
Utilizo a observação?
Finalmente, concluiu o espelho, será que estarei sendo justo? São tantos pontos a considerar...
A rainha ficou, então, muito confusa e sem saber o que iria responder...
Clarilza Prado de Souza
Problematização: Função Social
da Avaliação
Qual o papel da avaliação no processo
ensino e aprendizagem?
O que consideramos na avaliação?
Quais os parâmetros utilizados?
O que se pretende com a avaliação?
O que embasa a avaliação?
Problematização: Função Social
da Avaliação
Qual a concepção que temos sobre
avaliação?
Por que avaliar?
Para que avaliar?
Como avaliar?
Quando avaliar?
Avaliação da aprendizagem
Processo que determina até que ponto foram
atingidos os objetivos educacionais;
Tem a função de alimentar, sustentar e orientar a
intervenção pedagógica;
Estimula e valoriza as aprendizagens dos/as
educandos/as;
Não se caracteriza por um acerto de contas ou
penalização do fracasso mas pelo estímulo e
valorização das expectativas atingidas.
Formas de Avaliação no
cotidiano escolar Avaliação inicial
Instrumentaliza o(a) professor(a) para que possa pôr
em prática seu planejamento de forma adequada;
Atende às características dos educandos/as;
Considera os conhecimentos prévios dos educandos
sobre determinados conteúdos, para possibilitar ao/a
professor/a estruturar seu planejamento;
Serve para gerar novos conhecimentos e para os/as
educandos/as tomar consciência do que já conhece
e compreende;
Pode ocorrer no início ano letivo, no início de novas
abordagens ou sempre que for necessário.
Formas de Avaliação no cotidiano
escolar
Avaliação Formativa
Acontece ao longo do processo, de forma
contínua;
Fornece dados para criar condições de
melhoria de ensino e aprendizagens,
considerando que o processo não foi
concluído;
Acompanha o processo, considerando o
contexto, a faixa etária e o desenvolvimento
pessoal do(a) educado(a).
Formas de Avaliação no cotidiano
escolar
Avaliação somativa
Verifica o nível de aprendizagem e dos
objetivos propostos;
Refere-se a classificação dos(as)
educandos(as);
Diz respeito aos aspectos: quando e para
que se avalia.
Por que avaliar?
A finalidade básica da avaliação é que sirva
para intervir, para tomar decisões educativas,
para observar a evolução e o
desenvolvimento dos(as) educandos(as),
para planejar e intervir ou modificar
determinadas situações, relações ou práticas
educativas.
Para que avaliar?
Para aprovar ou reprovar?
Direito e estímulo ao conhecimento e a
formação.
Conhecer os(as) educandos(as),
considerando suas características e o
contexto extra-escolar;
Conhecer e potencializar a identidade dos
educandos(as);
Conhecer e acompanhar o seu
desenvolvimento.
Para que avaliar?
Verificar se houve aprendizagem e se é
necessário retomar os conteúdos;
Saber se as estratégias de ensino estão
sendo eficientes e modificá-las quando
necessário.
Para que avaliar?
Identificar os conhecimentos prévios dos(as)
educandos(as), nas diferentes áreas do
conhecimento e trabalhar a partir deles;
Identificar os avanços e encorajá-las a
continuar construindo conhecimentos e
desenvolvendo as capacidades;
Conhecer as dificuldades e planejar
atividades que os ajudem a superá-las.
Quando avaliar?
A dinâmica da avaliação é processual e contínua;
Portanto não há interrupções, nem
estabelecimentos de períodos com “data” marcada
se considerarmos que a avaliação é uma
constante em nossa prática pedagógica;
Ela é o termômetro para avaliar as práticas
pedagógicas e aprendizagens dos(as)
educandos(as);
Daí surge a necessidade de termos conteúdos
significativos que conduzam a mudanças de
práticas e a transformação dos(as) educandos(as).
Como avaliar
Observando;
Promovendo debates, seminários, trabalho em
grupo e individual;
Estimulando a pesquisa para ampliar os
conhecimentos;
Estabelecendo espaços de interlocução entre
professor(a) e educandos(as);
Dentre outras possibilidades avaliação exige
postura do(a) educador - um ato “ amoroso”
como diz Luckesi;
Jamais deve ser um “acerto de conta” entre
educador(a) e educando(a).
Como o professor poderá superar os
desafios pedagógicos
Avaliando sistematicamente o ensino e
aprendizagem do(a) educando(a);
Avaliando suas práticas, inclusiva e não
excludente;
Percebendo que a escola tem um papel
fundamental na formação dos(as)
educandos(as), pois possibilita a promoção
de aprendizagens e o sucesso e avanço
escolar.
Olhares sobre a avaliação
“Ninguém escapa da avaliação e de suas
consequências. Ela está para nossa vida
assim como o ar que respiramos e o sol que
nos ilumina. Em nossa vida tudo é
avaliável: o belo dia de sol, as manhãs
tristonhas de inverno, os bens móveis e
imóveis e até mesmo a gente.”
Junot C. Matos
Olhares sobre a avaliação
“ A avaliação deve verificar
a aprendizagem não só a partir
dos mínimos possíveis, mas
a partir dos mínimos necessários” .
Luckesi.
A Aprendizagem
A aprendizagem mecânica é a aprendizagem de novas informações, com pouca ou nenhuma associação com conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva do aprendiz. Ele simplesmente recebe a informação e a armazena de forma que ela permanece disponível por um certo intervalo de tempo. Mas, na ausência de outras informações que lhes sirvam de combinação, permanece na estrutura cognitiva de forma estática.
Aprendizagem significativa
A aprendizagem significativa tem como base
as informações já existentes na estrutura
cognitiva. As novas informações podem
interagir contribuindo para a transformação
do conhecimento em novos conhecimentos,
de forma dinâmica, não aleatória, mas
relacionada entre a nova informação e os
aspectos relevantes da estrutura cognitiva.
Avaliação da aprendizagem.
Elemento pedagógico utilizado para compreender
até que ponto os objetivos traçados foram
alcançados.
Instrumento de compreensão do estágio de
aprendizagem em que se encontra o aluno para
uma tomada de decisão.
Exercício de reflexão sobre a prática docente.
Avaliação em larga escala.
É um procedimento avaliativo aplicado a um
grande contingente de alunos.
Serve para fazer inferência de um determinado
conteúdo através de testes padronizados.
Dentre seus objetivos destaca-se a definição de
subsídios para a formulação de políticas
educacionais.
Matriz de referência
É um documento que se organiza em subconjuntos
de habilidades correspondentes ao nível da série
dos alunos a serem avaliados.
As habilidades são decompostas em descritores,
que têm a função de avaliar as unidades mínimas
de cada habilidade.