COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

27
CLIP Centro Literário de Piracicaba PEQUENA COLÊTANEA PEQUENA COLÊTANEA PEQUENA COLÊTANEA PEQUENA COLÊTANEA VIRTUAL VIRTUAL VIRTUAL VIRTUAL “CLIPOETAS” “CLIPOETAS” “CLIPOETAS” “CLIPOETAS” NATAL NATAL NATAL NATAL CLIP CLIP CLIP CLIP CENTRO LITERÁRIO DE PIRACICABA ENTRO LITERÁRIO DE PIRACICABA ENTRO LITERÁRIO DE PIRACICABA ENTRO LITERÁRIO DE PIRACICABA

description

poesias de Natal de vários poetas do Centro Literário de Piracicaba

Transcript of COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

Page 1: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

CLIP – Centro L iterário de P iracicaba

PE Q U E N A CO L Ê TA N E A PE Q U E N A CO L Ê TA N E A PE Q U E N A CO L Ê TA N E A PE Q U E N A CO L Ê TA N E A V IR TU A L V IR TU A L V IR TU A L V IR TU A L “CL IPO E TA S”“CL IPO E TA S”“CL IPO E TA S”“CL IPO E TA S”

N A TA LN A TA LN A TA LN A TA L

CL IPCL IPCL IPCL IP CCCC E N TR O L ITE R Á R IO D E PIR A CICA B A E N TR O L ITE R Á R IO D E PIR A CICA B A E N TR O L ITE R Á R IO D E PIR A CICA B A E N TR O L ITE R Á R IO D E PIR A CICA B A

Page 2: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

2

I

A ENCARNAÇÃO DO VERBO

Maria Cecilia Graner Fessel

Depois de brincar o dia inteiro, deslizando no arco-íris,

pulando de nuvem em nuvem ou nos celestes canteiros, os anjinhos se cansaram.

Então, para o imenso berçário da cor da neve brilhante, o bando alado e confiante

de mil anjinhos, voou.

Nos bercinhos alinhados nada de nomes marcados

e mesmo assim nenhum anjo seu destino lá errou.

Page 3: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

3

É que os berços e os anjinhos, e as asas frágeis, etéreas, combinavam suas cores,

claras, mescladas ou sérias.

E foi-se o anjinho rosa de asinhas do mesmo tom deitar-se num berço rosa e dormiu um sono bom.

Voando meio dormente o anjinho azul-celeste, com suas asas azuis,

suspirando de contente, gordinho como um barril aconchegou-se quentinho num bercinho cor de anil.

De verde em tons bem variados, com clorofila nas penas,

entram anjinhos cansados, pois que atrás de beija-flores

de ágeis asas pequenas rodopiaram todo o dia.

Em seus berços matizados, cor de musgo ou de relvados, dormem eles sem temores.

Com suas cores vibrantes, do rico amarelo ouro

aos matizes menos quentes, em berços de caramelo,

com asas da cor da gema, deitam-se anjinhos louros lindos como um poema.

E chegam ainda, em bandos, em suas peles reluzentes, anjinhos negros roliços

mostrando alvíssimos dentes, e também roxos, lilases, outros da cor do carmim, risonhos, alegres, vivazes, de todas as cores, enfim.

Page 4: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

4

De repente, no berçário

de fofas nuvens-caminhas, com seus lençóis de mil cores, extingue-se a doce algazarra, desce uma paz de sacrário.

Chega o arcanjo Gabriel que, com um dedo nos lábios,

faz um furinho no céu e com gestos muito sábios,

aponta Jesus Bambino dormindo, bem pequenino

no seio da Virgem Mãe..

E a imensidão do mistério que os fez assim presenciar

encheu-lhes a alma de espanto e de tão grande alegria,

que a mais linda melodia, o mais suave acalanto,

ao som de harpa e saltério começaram a cantar.

E assim gerou-se A Criança fonte de toda a esperança

até que um dia, afinal, veio ao mundo, despojado, o Menininho abençoado

inaugurando o Natal!

Page 5: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

5

II

A ESTRELA, O BOI, O BURRINHO...

Maria Cecilia Graner Fessel

Perdeu-se um lindo cometa Correndo no negro espaço, Pois que recebera a ordem

- No Céu traçada a compasso - De iluminar certa greta Que ficava muito além:

Meteoritos em desordem O afastaram de Belém.

Indagou pelo caminho, Às estrelas e asteróides,

E até a um mago adivinho Pelo palco de um evento, Um divino nascimento

Que a História mudaria.

Page 6: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

6

Foi então que um planetóide Indicou a estrebaria.

Eis que lá, findando a lida, Um velho boi e um jumento

Na palha dessa guarida Conversavam um momento...

Viu você, burrinho amigo, Essa luz dourada e estranha Que invadiu o nosso abrigo Com claridade tamanha? Parece que a própria lua Ficou empalidecida, Ou quem sabe pactua

Com alguma força escondida...

Indo ao redor espiar, De onde vinha tal brilho O burro viu, na campina, Envolto em alva neblina, Um casal se aproximar: Ela quase a ter um filho, Ao relento, no caminho,

Sem ter quem a confortar!

(Vaga-lumes aos milhares Voavam à sua volta

Feito uma etérea escolta Em cintilantes colares!)

No telhado empoleirada

A velha coruja grita: Abriguem-se aqui, depressa, Pois estou ficando aflita, Que a esfriar logo começa, Escapem da ventania! A noite vai ser gelada E aqui há palha macia.

Logo estavam bem juntinhos

Burrinho, boi e casal E a coruja do beiral,

Num aconchego de ninho. Nas paredes da caverna, Cintilando feito lumes,

Piscavam verdes lanternas Do bando de vaga-lumes.

Assim que o exausto casal

Page 7: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

7

Instalou-se num recanto Deitou-se a Mulher no manto

E entregou-se à natureza Do ato de dar à luz.

Logo um coro angelical Cantava com singeleza: Vinde ver, nasceu Jesus!

A Mãe deitou o Menino

Numa simples manjedoura, Envolto em fino merino, De rara elegância moura.

A radiância da cena Atraiu boi e burrinho, Cujo hálito morninho

Tinha cheiro de açucena.

De olhos arregalados, Ovelhas e seu pastor,

Viram surgir lá nos ares, Multidão de anjos alados

Anunciando em seus cantares: Já nasceu o Salvador!

Como também Deus as ama, Brotaram flores da lama!

(E os grilos, antes calados,

Vendo o esplendor desse quadro Trinaram quais rouxinóis

Que estivessem encantados!)

Estrela, boi e burrinho, Pedras, palha e o carinho

De um Deus que se humanizou, Carne e sangue suportou,

Para ensinar a lição: Só há no mundo Esperança Se a gente virar criança

E escolher semear o Amor!

Page 8: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

8

III

A VISITA DOS REIS MAGOS

Maria Cecilia Graner Fessel

III

A VISITA DOS REIS MAGOS

Maria Cecilia Graner Fessel

Do mais remoto Oriente Três sábios foram chamados

Por uma estrela guiados A encontrar um deus nascente

Não tinham bem consciência

Do que iam encontrar: “Como pode a Onipotência Em carne humana ficar?!”

Palmilharam muito chão Escaparam de ameaças Partilharam muito pão,

Nem eram da mesma raça.

Page 9: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

9

Baltasar, Gaspar, Belchior, Buscando O Conhecimento,

Foram então premiados Com o Anúncio Maior.

Que grande rei era Aquele, Tão pobremente nascido?!

Estavam ao lado Dele Um burrinho muito manso,

E um boi que, já no descanso, O mantinham aquecido...

Naquele recinto havia

Uma jovem mãe radiante Um velho pai confiante

E um menino que dormia. Que rei poderia ser,

Tão frágil, tão sem poder?

De súbito, grande luz Fulgurou na manjedoura!

José, Maria e Jesus, Transfigurados por ela,

- Feito uma divina umbela - Tinham anjos ao redor!

E nos olhos da Criança

- O próprio Deus encarnado - Vislumbraram os três sábios

Da Criação a pujança Que nenhum dos alfarrábios Jamais tinha lhes mostrado.

Viram galáxias nascentes

Milhões de flores se abrindo O nascimento dos sóis

O mar azul mais infindo Chuvas de estrelas cadentes

E os primeiros arrebóis!

Emanava da Criança A mais completa ternura

A mais profunda esperança E uma espécie de loucura

Que no entanto era sublime Como febre que redime.

Ajoelhados, então,

Tudo os Magos compreenderam E naquele humilde chão

Page 10: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

10

Seus presentes estenderam: Ouro e mirra, mais incenso, Para aquele Deus imenso!

Sobre o destino dos três

Nada mais nos diz a história... Talvez, entregues de vez

A compreender o que encerra Um Deus que quis vir à Terra Despido da própria Glória.

Page 11: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

11

NATAL

Leda Coletti

Natal é viver o alvorecer das manhãs ensolaradas

o aconchego das alegrias puras, o brilho das noites de lua

com ou sem estrelas. Natal é testemunhar

a sábia lição do Deus- Menino, saber “partir, repartir o pão.” É não ter medo de ser gente que acerta, que erra muito, mas se equilibra no tripé:

Amor, perdão e Fé.

Page 12: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

12

É SEMPRE NATAL

Leda Coletti

Natal, bater de asas sem medo da imensidão, desapego do que é terreno,

ter o olhar fixo numa só direção, e como os reis magos seguir sempre

em direção à luminosa estrela. Não importam os empecilhos na caminhada,

locais, pessoas desconhecidas, labirintos que obrigam a retroceder.

O caminho é longo, mas ter certeza da chegada é um renovar de forças cíclicas,

fazendo-nos crer que o Natal acontece a cada dia!

Page 13: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

13

ECOS NATALINOS

Aracy Duarte Ferrari

Deixei o planeta Terra Adentrei nuvens arquitetônicas

Invadi o espaço sideral Transcendi...

Na velocidade do vento

Pensamento enriquecido Sensibilidade exposta

Divaguei...

Do centro do Universo Compus poemas dourados

Salpicados de raios convergentes Com pontículos de cristal Irradiando ecos natalinos Amor-Fraternidade-Paz.

Page 14: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

14

NATAL

Vilma Lara Ducatti

Nos templos ao bailar o sino

frente à humilde manjedoura olhos repletos de fé

contemplam o Deus menino filho da Virgem Maria filho do homem José

Nos lares

os pequeninos dormem olhos tranqüilos, felizes com direito de sonhar

Nas ruas

brilham luzes coloridas pisca-pisca na vitrine...

dança alegre ao luar

Na face de meninos sem raízes

olhos escondem gemidos e se agarram ao vitral.

Triste cena...

que sonhos esses vencidos podem ainda sonhar?

É Natal!

Page 15: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

15

SONETO DE NATAL

André Bueno de Oliveira

Raríssimo perfume do sudeste: alecrim debandando o matagal.

Cigarras em corais. Que canto é este? - Cantiga mais antiga de Natal.

Campina a se enfeitar de flor agreste,

nascida sem pecado original. Que céu é este céu azul-celeste?

- É céu de Sol-Verão! Céu de Natal!

Vitrines luzes coloridas, barzinhos agitando as avenidas

fulgentes, a brilhar num mar de luz.

Brindemos o Natal todas as raças! Ergamos efusivos nossas taças,

saudando o nascimento de Jesus.

Page 16: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

16

ESPÍRITO DE NATAL

Antonia Martins L Segatto

Nascido em Belém da Judéia, Terra distante, no Oriente, O Deus-Menino, nosso guia

Filho da Virgem Maria Com um jovem de nome José,

Foi pelo mundo todo conhecido por seus feitos,

Pregando o amor, a Justiça, A Paz, a vida e a Fé

É por isso que o Natal

Festa de grande alegria De tanta solidariedade

Faz-nos pensar nos fracos Humildes e desprezados

Deixa os corações magoados Se a paz não se faz verdade!

Que uma luz celestial Se acenda e diminue

A pobreza, a injustiça. Que se valorize a vida

Nas casas haja respeito Que as mesas fartas, nos lares

Não tire do pobre o direito De também saber que é Natal!

Page 17: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

17

SONHOS DE NATAL

Ivana Maria França de Negri

Os olhinhos ansiosos perscrutam o vasto céu no ensejo de vislumbrar alguns sinais luminosos do trenó de Papai Noel

Faz parte do mundo infantil

a fantasia e o sonho e a inocência pueril

de afastar para bem longe tudo de ruim e medonho

O ancião de olhos baços

ombros vergados pelo cansaço há muito não sonha mais.

Mas guarda ainda tênue esperança de um dia o mundo ter Paz...

Page 18: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

18

SONHOS DE NATAL II

Ivana Maria França de Negri

Que saudade dos sonhos recheados, fartos de creme ou goiabada,

cobertos de fina película de açúcar, que deixavam nossos dedos melados.

Sonhos dourados, quentinhos, crocantes,

que minha mãe fazia no Natal e davam água na boca.

Eram tantas alegrias nesta data

e mais doces ficaram meus natais, plenos de carinho e mel de mãe,

certamente, a lembrança mais grata...

Page 19: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

19

ORAÇÃO DE NATAL

Lídia Sendin

Uma estrela cadente cortava os céus, aos pastores, o alegre evento anuncia:

o nascer do menino que é Filho de Deus, e cumpre no Mundo Real profecia.

Manso e suave, enquanto dormia

em rústica gruta, na noite em Belém, velava Seu sono a meiga Maria

e um anjo do céu vigiava também.

Repousa serena, ó doce criança, alheia às dores do mundo ao redor, um dia Teu sangue será a esperança

pr’a homens que esperam uma vida melhor.

Dorme menino, no berço, entre palhas, vieste remir desta vida o pecado.

Perdoa, Senhor, esta lista de falhas, dos homens que querem a paz ao Teu lado.

Recebe os presentes que os reis Te ofertam,

ouve agora o galo que na noite canta. Acolhe as preces que os homens Te entregam,

estende Tua mão que com dó nos levanta.

Foge, Jesus, Herodes só quer o Teu mal. Vá embora pro Egito e deixe Belém. Mas fica conosco em mais este Natal,

e abençoa e perdoa este mundo. Amém!

Page 20: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

20

NATAL

Elda Nympha Cobra Silveira

A luz, como cristal lapidado, faísca na negritude da noite parecendo pingos raiados

pendentes em árvores natalinas, que, como falsas neves, trazem o amor, a alegria do irreal momentâneo

do falso brilhante.

Todos querem perdurar naquele instante

a emoção da fraternidade, que, como uma estrela cadente,

passa veloz, coriscando o céu,

levando desejos sinceros, mas, etéreos, tão voláteis,

que se dispersam até o ano vindouro,

numa nova esperança.

Page 21: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

21

NATAL NO ORIENTE

Elda Nympha Cobra Silveira

Olho para o céu, Que tristeza!

Papai Noel não vem aqui Ele não dá mais presentes? Ele não ouve meus pedidos?

Implorei o ano inteiro Apenas um pai e uma mãe

Que me ame, Água e comida.

De brinquedos não preciso!

Brinco de pular minas escondidas Anseio apenas poder viver,

Sem levar um tiro entre as ruínas.

Page 22: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

22

RECICLAGEM DE NATAL

Carmen M.S.F.Pilotto

Amigos criam artesanatos no carinho de lares perfeitos

afagam com especiais lembranças os quatro cantos da cidade:

bordados em cores vibrantes biscoitos elaborados em afeto poemas-calendário inspirados

cartões multicores de vida.

Nas vitrines do consumo os presentes perdem o efeito

diante da humanidade revitalizada na fraternidade cristã do advento.

Page 23: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

23

SONETO DE NATAL I

Ésio Antonio Pezzato

Natal! Na terra há um hino de alegria Anunciando a chegada de Jesus.

Em Belém, uma pobre estrebaria, Envolve-se no brilho que seduz.

Tudo vibra de encanto e de harmonia,

A salvação do mundo jorra a flux. Humilde serva – a celestial Maria! – Sabe que a um Deus Divino deu a luz.

Num instante o Menino aflito chora, E, Maria nos braços, sem demora,

Acolhe-O com carinho divinal.

Dá-Lhe o peito e, nos braços ela O aquece. Logo após em silêncio Ele adormece

Inocente no colo maternal.

Page 24: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

24

É NATAL

Irineu Volpato

É Natal. Gozado esse mundo da gente todo ano, trás ano a cadência dos dias, das datas, das luas não destoa sequer variar. É Natal tal outro que foi

só a gente é rendido mudar. Nós perdemos do riso sorrir nossos olhos caíram no chão

a sombra se alongou contra o sol e a graça dos gestos criança... proibiram da gente sonhar! É Natal como um eco que dói e a gente não ter como estar - porque foi de ir, de passar. Se encova o real de se ser, se calça o sorriso nos olhos

se revoga capricho do tempo e se veste o alvoroço da vida pra se ter a ilusão de ficar.

Mas nas dobras que atamos o eu, quando a festa deixar-se acabar,

mais de dor será o silêncio mais de oco será nossa está!

Page 25: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

25

AS DUAS VISÕES

Francisco de A. Ferraz de Mello

Lá vai cansado o burrinho Para onde o burrinho vai?

Ele vai para Belém. Leva a menina Maria

Para brincar de casinha Com o Menino Jesus.

Um pouco atrás o escudeiro

Enviado pelo Senhor: “ – Vai direitinho, José,

- Cuidado com as crianças”. Caminham pelo deserto Em passadas sonolentas O burrinho camarada

Levando Nossa Senhora Para o parto de Jesus.

E, atrás deles, São José,

O Santo humilde e obediente - Escudeiro do Senhor.

Page 26: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

26

NATAL

João Baptista de Souza Negreiros Athayde

Era a estrela enorme, que anunciava aos pastores errantes, que nascera a esperança sublime para os povos

pr’á toda crença, enfim, que se perdera

Era um coro de anjos exaltando O “natus est” de Deus humanizado E o céu, e o mar, o Universo inteiro

Aos pés do leito Seu prostrou-se ajoelhado

Era o Natal! Raio de luz na treva escura Fio de esperança, p’rá sustentar os povos

Nascera o Salvador na manjedoura P’rá nos trazer tantos exemplos novos

Foi Deus, meu Deus, que se fez homem!

(Sublime alternativa outorgada) P’rá que O recebêssemos de toda a alma,

E ter por prêmio a culpa perdoada

Era Deus aquele infante adormecido A quem os sábios reis vieram louvar

Eram sábios, de inspiração divina plenos, Que a Estrela de Davi pode guiar.

Ali estava a cena majestosa

à frouxa luz do frágil castiçal: Os Reis, a palha, o Pai, a Mãe e os Anjos

a adorarem a Deus...Era o Natal.

Page 27: COLETÂNEA DE POESIAS DE NATAL DO CLIP

27

Contato : [email protected] -

Blog: http://centroliterariopiracicaba-clip.blogspot.com

®Todos os Direitos Reservados para Centro Literário de Piracicaba – CLIP Nenhuma parte dessa coletânea pode ser copiada ou reproduzida sem

autorização. Violação de Direitos Autorais constitui crime.

*By Art: Scrapee.net – Walldesk.net – Alan Avers.

Algumas imagens desconhecemos a autoria, se você é o autor, entre em contato para os devidos créditos.

Criação: Mara Bombo Quadros