Coletânea de Atualidades -...

37
Coletânea de Atualidades Profº Daniel Augusto 2018

Transcript of Coletânea de Atualidades -...

Coletânea de Atualidades

Profº Daniel Augusto

2018

Acidente em Mariana (MG) e

seus impactos ambientais

Em 05 novembro de 2015, ocorreu o pior

acidente da mineração brasileira no

município de Mariana, em Minas Gerais. A

tragédia ocorreu após o rompimento de

uma barragem (Fundão) da mineradora

Samarco, que é controlada pela Vale e pela

BHP Billiton.

O rompimento da barragem provocou

uma enxurrada de lama que devastou o

distrito de Bento Rodrigues, deixando um

rastro de destruição à medida que avança

pelo Rio Doce. Várias pessoas estão

desabrigadas, com pouca água disponível,

sem contar aqueles que perderam a vida

na tragédia. Além disso, há os impactos

ambientais, que são incalculáveis e,

provavelmente, irreversíveis.

→ Principais impactos ambientais

O acidente em Mariana liberou cerca de 62

milhões de metros cúbicos de rejeitos de

mineração, que eram formados,

principalmente, por óxido de ferro, água e

lama. Apesar de não possuir, segundo a

Samarco, nenhum produto que causa

intoxicação no homem, esses rejeitos

podem devastar grandes ecossistemas.

A lama que atingiu as regiões próximas à

barragem formou uma espécie de

cobertura no local. Essa cobertura, quando

secar, formará uma espécie de cimento,

que impedirá o desenvolvimento de muitas

espécies. Essa pavimentação, no entanto,

demorará certo tempo, pois, em virtude da

quantidade de rejeitos, especialistas

acreditam que a lama demorará anos para

secar. Enquanto o solo não seca, também é

impossível realizar qualquer construção no

local.

A cobertura de lama também impedirá o

desenvolvimento de espécies vegetais,

uma vez que é pobre em matéria orgânica,

o que tornará, portanto, a região

infértil.Além disso, em virtude da

composição dos rejeitos, ao passar por um

local, afetarão o pH da terra e causarão a

desestruturação química do solo. Todos

esses fatores levarão à extinção total do

ambiente presente antes do acidente.

O rompimento da barragem afetou o rio

Gualaxo, que é afluente do rio Carmo, o

qual deságua no Rio Doce, um rio que

abastece uma grande quantidade de

cidades. À medida que a lama atinge os

ambientes aquáticos, causa a morte de

todos os organismos ali encontrados,

como algas e peixes. Após o acidente,

vários peixes morreram em razão da falta

de oxigênio dissolvido na água e também

em consequência da obstrução das

brânquias. O ecossistema aquático desses

rios foi completamente afetado e,

consequentemente, os moradores que se

beneficiavam da pesca.

A grande quantidade de lama lançada no

ambiente afeta os rios não apenas no que

diz respeito à vida aquática. Muitos desses

rios sofrerão com assoreamento,

mudanças nos cursos, diminuição da

profundidade e até mesmo soterramento

de nascentes. A lama, além de causar a

morte dos rios, destruiu uma grande região

ao redor desses locais. A força dos rejeitos

arrancou a mata ciliar e o que restou foi

coberto pelo material.

Por fim, espera-se que a lama, ao atingir o

mar, afete diretamente a vida marinha na

região do Espírito Santo onde o rio Doce

encontra o oceano. Biólogos temem os

efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de

Abrolhos, um local com grande variedade

de espécies marinhas.

Fonte: Brasil escola

Tarefa Mínima

1- Em novembro de 2015 ocorreu um dos maiores desastres ambientais do nosso país: O acidente em Mariana (MG). Sobre esse acidente, marque a alternativa correta:

a) O acidente em Mariana ocorreu em virtude da liberação de uma grande quantidade de petróleo no mar, o que causou a morte de várias espécies.

b) O acidente em Mariana ocorreu porque vários produtos radioativos foram liberados no local sem a devida proteção.

c) O acidente em Mariana refere-se ao desmatamento de uma grande área de floresta nesse local, o que causou a morte de várias espécies.

d) O acidente em Mariana ocorreu em razão do rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração.

e) O acidente em Mariana ocorreu por causa da explosão de uma usina nuclear no local.

2- O acidente em Mariana (MG), em 2015, provocou uma série de impactos negativos no meio ambiente. O rompimento da barragem de rejeitos de mineração levou lama, por exemplo, aos rios, afetando diretamente a cadeia alimentar. Sobre esse assunto, marque a alternativa incorreta:

a) O acidente de Mariana, apesar de causar grades danos a outras áreas, causou pouco prejuízo no que diz respeito ao ambiente aquático, uma vez que a lama liberada não possuía produtos tóxicos, não afetando, portanto, os peixes no local.

b) A lama que chegou aos rios provocou a morte de peixes, pois o produto obstruía a brânquia desses organismos. Com a morte de várias espécies, a cadeia alimentar ficou prejudicada.

c) A cadeia alimentar ficou prejudicada porque muitos indivíduos de diferentes espécies morreram tanto em terra quanto nos ambientes aquáticos atingidos pela lama da mineradora.

d) Algas e plantas aquáticas também morreram nos rios atingidos pela lama que foi liberada com o rompimento da barragem, o que afetou diretamente a cadeia alimentar dos ambientes aquáticos.

e) A lama diminuiu o oxigênio dos rios atingidos, o que causou a morte dos organismos aquáticos.

3- O homem, frequentemente, provoca danos ao meio ambiente. Um dos mais recentes e também mais devastadores foi o acidente em Mariana, em 2015. Entre os pontos listados abaixo, marque um problema que não pode ser atribuído ao rompimento da barragem de rejeitos.

a) Modificação da cadeia alimentar dos rios da região.

b) Assoreamento dos rios da região.

c) Alteração do pH do solo da região.

d) Alteração da fertilidade do solo da região.

e) Aumento de oxigênio disponível nos rios da região.

Tarefa Complementar

1- O acidente em Mariana foi considerado um dos maiores desastres ambientais da nossa história. Segundo alguns estudiosos, serão necessários mais de 10 anos para recuperar os danos causados, por exemplo,

ao rio Doce. Sobre o tema, marque o item correto:

a) O rio Doce foi afetado apenas em sua fauna, uma vez que apenas peixes morreram em decorrência do desastre.

b) A oxigenação da água do rio Doce não foi alterada, uma vez que a grande quantidade de lama sedimentou-se logo após o acidente.

c) A recuperação do rio Doce depende, principalmente, da recuperação da oxigenação da água, pois só assim organismos poderão voltar ao rio.

d) A destruição de algas e plantas aquáticas presentes no rio Doce não afeta a vida aquática e, portanto, o foco da recuperação deve ser o restabelecimento dos peixes no local.

e) O rio Doce, após o acidente, morreu completamente, não havendo a menor chance de recuperação daquelas águas.

2- O rompimento de barragem em

Mariana causou mortes em Minas Gerais,

e a lama atingiu o Rio Doce até o Espírito

Santo e chegou ao oceano. Sobre a

tragédia em Mariana, analise as

afirmações abaixo e identifique a(s)

correta(s):

I- Mais de 10 pessoas morreram em razão desse rompimento, considerado um dos maiores desastres ambientais do país, resultado de uma combinação de negligência e descaso. II- Um dos prejuízos desse rompimento se refere à remoção e ao comprometimento de trechos significativos da vegetação ciliar, associados a rios, córregos e solos saturados. III- A Samarco é a empresa que opera o complexo de barragens na região de Mariana (MG), e suas acionistas são a

brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. IV- Não se trata de um desastre natural, mas, sim, de um desastre provocado por uma atividade econômica e, nesse caso, cabe reparação de danos, além das multas decorrentes.

a) Apenas a afirmação II estão corretas.

b) Apenas as afirmações I e II estão corretas.

c) Apenas as afirmações II e IV. d) Apenas as afirmações I e III. e) Todas as afirmativas estão

corretas.

Gabarito

TM

1-D

2-A

3-E

TC

1-C

2-E

Como a crise de refugiados

pode aparecer nos

vestibulares e Enem

O mundo vive atualmente a mais grave

crise de refugiados desde a Segunda

Guerra Mundial. A Organização das Nações

Unidas (ONU) estima que mais de 300 mil

pessoas tentaram cruzar o Mar

Mediterrâneo para chegar à Europa em

2015. A maioria dos migrantes vem da

África e do Oriente Médio, fugindo de

perseguições políticas e guerras, como a

que castiga a Síria desde 2011. Mas nem

todos conseguem chegar ao seu destino

final. A travessia é perigosa, feita em

embarcações precárias geralmente

superlotadas. Em 2015, cerca de 2,5 mil

pessoas já morreram afogadas no Mar

Mediterrâneo. Entre as vítimas está o

garoto sírio Aylan Kurdi. A imagem de seu

corpo estendido na praia turca de Bodrum

comoveu o mundo e chamou a atenção

para o drama dos refugiados.

Os países europeus têm dificuldade em

lidar com este enorme fluxo de

estrangeiros e tentam estabelecer uma

ação coordenada para receber os

refugiados. Os migrantes geralmente

aportam na Europa pela Grécia ou pela

Itália e, de lá, muitos tentam chegar à

Alemanha. O país mais próspero da União

Europeia prometeu abrigar 800 mil

refugiados em 2015, a maioria sírios. No

entanto, para chegar até a Alemanha, os

migrantes precisam atravessar diversos

países, onde nem sempre são bem

recebidos. Em nações como Hungria,

Eslovênia e Áustria, os governos resistem

em deixar que os estrangeiros cruzem as

fronteiras e dificultam sua movimentação

pelo continente, agravando a crise.

Como você pode perceber, a migração

internacional é um dos temas mais quentes

da atualidade. Na verdade, a crise que

afeta a Europa já se desenvolve há alguns

anos e tem sido explorado com alguma

frequência por vestibulares como a Fuvest

e pelo Enem. Com a exposição que ganhou

na mídia em 2015, o tema não deve passar

em branco pelos exames mais importantes

do país.

Além de se tratar de um assunto urgente, a

atual crise migratória é um fenômeno

bastante complexo, que se entrelaça com

diversas questões contemporâneas. Os

examinadores podem formular questões

que relacionem o drama dos refugiados

com alguns dos seguintes temas:

Geopolítica: A maioria dos migrantes que

chegam atualmente na Europa são sírios

que fogem da guerra. O conflito envolve

diversos interesses geopolíticos no Oriente

Médio entre os países que apoiam o

regime do ditador sírio Bashar al-Assad e as

nações que querem derrubá-lo. Além disso,

o cenário caótico na Síria e no Iraque

permitiu o fortalecimento de organizações

extremistas como o chamado Estado

Islâmico (EI).

Demografia: A taxa de natalidade em

muitos países na Europa está entre as mais

baixas do mundo, o que deve gerar

pressões demográficas no futuro. Com o

envelhecimento da população e o baixo

índice de fecundidade, a perspectiva é que,

em países como a Alemanha, haja uma

diminuição da população, o que também

afetaria o número de trabalhadores ativos

para manter a produção e sustentar a

previdência. Diante dessa perspectiva, a

chegada dos migrantes pode ajudar a

reverter a queda populacional e manter a

economia girando nos próximos anos.

Crise econômica: Muitos países europeus

ainda não se recuperaram da crise

econômica que atingiu o continente em

2008. A taxa de desemprego em países

como Grécia e Espanha supera os 20%.

Neste cenário, os migrantes são vistos

pelos setores mais xenófobos da sociedade

como concorrentes na disputa pelas

poucas vagas no mercado de trabalho.

Muitos partidos de extrema-direita vêm se

apoiando neste discurso para ganhar

eleitores insatisfeitos com a crise.

Choque cultural: A adaptação dos

migrantes muçulmanos na sociedade

europeia é outro tema relacionado à atual

crise. Na França, o uso do véu islâmico em

lugares públicos é vetado e a Suíça proíbe

os minaretes (torres no alto das mesquitas

para chamar os fieis para as orações). Sem

conseguir integrar-se entre os europeus,

muitos migrantes acabam vivendo de

forma segregada, na periferia de grandes

cidades como Paris. Além disso, o governo

de países como a Hungria resiste em

permitir o ingresso maciço de refugiados

muçulmanos, alegando que é preciso

defender as raízes e os valores cristãos da

Europa.

Globalização e tecnologia: O tema da

migração também pode ser explorado nos

vestibulares a partir da ótica da

globalização. O desenvolvimento

tecnológico permitiu avanços nos meios de

transporte e de comunicação que ajudou a

intensificar os movimentos migratórios. A

facilidade das transferências bancárias, por

exemplo, permite a um imigrante africano

que mora na Europa enviar parte de seu

salário mensalmente para ajudar os

familiares que vivem em sua terra natal.

História: Os movimentos migratórios fazem

parte da história da humanidade desde que

o homo erectus deixou a África rumo à

Europa e à Ásia há 1,8 milhão de anos. Com

as grandes navegações, nos séculos XV e

XVI, o fenômeno se intensificou e no

período entre o final do século XIX e início

do século XX ocorreu a maior migração em

massa da história. Os examinadores podem

cobrar nas provas as principais relações

entre os fluxos migratórios históricos e

atuais.

Brasil: O Brasil é uma nação formada por

imigrantes – dos portugueses, que

chegaram aqui a partir de 1500, passando

pelos africanos trazidos como mão de obra

escrava, até a onda de europeus, japoneses

e árabes que chegou ao país entre o final

do século XIX e início do século XX.

Atualmente, o país vem recebendo

imigrantes de países vizinhos como Bolívia

e Paraguai, além de africanos e haitianos.

O governo também está concedendo asilo

a milhares de sírios que chegam aqui desde

2013. Durante seus estudos, vale a pena

estabelecer comparações entre a situação

dos refugiados no Brasil e na Europa.

*Texto Fábio Sasaki

Tarefa mínima

1) (UFG-GO/2010)

Um dos principais traços da dinâmica demográfica mundial é a migração internacional, que recria conflitos espaciais de diferentes ordens. Esse tipo de migração é explicado

a) pela incorporação de valores ocidentais no Oriente e de valores orientais no Ocidente, diminuindo as fronteiras simbólicas.

b) pela facilidade do fluxo de trabalhadores condicionados pelos novos meios de comunicação e transportes.

c) pela aprendizagem de idiomas dos países ricos como forma de incorporação às novas demandas da indústria.

d) pelo livre acesso dos indivíduos no interior dos países signatários de acordos de livre comércio e cooperação.

e) pelo aumento global do desemprego, que gera miséria nas nações de baixo índice de desenvolvimento humano.

2) (UEPA) Leia o texto para responder a questão.

“As pessoas tendem a fugir quando sentem que suas vidas e comunidades estão sob risco. Assim, uma grande movimentação de

populações pode ser um sinal de alerta para a ameaça ou a concretização de um genocídio”.

United States Holocaust Memorial Museum, Washington, D.C. Os Refugiados Hoje. IN: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/ article.php. Acesso em 14/09/2013.

A partir da análise do Texto e a compreensão de como a globalização tem gerado transformações econômicas, políticas, sociais e culturais que alteram a dinâmica espacial das diferentes regiões do mundo contemporâneo, afirma-se que:

a) o sucesso moral quanto à ajuda aos judeus e a outros grupos étnicos e religiosos que já fugiam da perseguição nazista antes da Segunda Guerra e a necessidade de lidar com as muitas pessoas deslocadas, sem ter para onde retornar, após a Guerra, explicam a expansão dos campos de refugiados no atual contexto de globalização mundial.

b) a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados classifica a situação desse grupo como responsabilidade dos governos locais, daí as organizações dos direitos humanos serem desfavoráveis à determinação de políticas internacionais para resolver os problemas gerados pelos refugiados.

c)no contexto da globalização, refugiados são todas as pessoas que vivem em áreas periféricas de seus países e temem serem perseguidas por motivos étnicos, religiosos, de nacionalidade, de grupos sociais ou opiniões políticas e, por isso, temem valer-se da proteção de seu país de origem, necessitando da ajuda das organizações internacionais.

d) a quantidade e a magnitude das crises de refugiados em todo o mundo – assim como a expectativa por ajuda – geralmente são menores do que a capacidade da comunidade internacional em auxiliar, o que explica o crescente número de refugiados concentrados em diversos locais do espaço geográfico mundial.

e) sempre que as populações correm risco, existem aqueles que tentam fugir para países mais seguros, porém os problemas relativos às respostas adequadas quanto à proteção dos direitos dos refugiados, tais como lugares seguros para viver e o fornecimento de ajuda em momentos de grande desordem mundial, são sempre garantidos.

3) (UNIOESTE) Sobre o fenômeno migratório, leia as afirmativas abaixo:

I. Os movimentos migratórios podem ser espontâneos ou forçados; um exemplo deste último tipo de migração é a dos refugiados de guerra.

II. Pode-se chamar de refugiados ambientais aos migrantes que deixam lugares por problemas ambientais que dificultam as condições de vida, como a seca, a desertificação, enchentes, etc

III. O fator trabalho é uma das razões centrais para os movimentos migratórios. É motivo, por exemplo, para a emigração de brasileiros para os EUA.

IV. A Europa foi um importante foco de imigração a partir do século XV até aproximadamente a metade do século XX, recebendo imigrantes das colônias e ex-colônias, que buscavam as boas condições de vida nas cidades européias. Atualmente, este continente transformou-se em área de emigração, com pessoas que se dirigem em busca de novas oportunidades em outros continentes, como o americano, o africano e o asiático.

V. O Brasil, no século XIX, foi área de atração de imigrantes que buscavam novas oportunidades, sendo o maior grupo o de origem latino-americana (paraguaios, argentinos, bolivianos, etc.).

Assinale a opção que contem as afirmações corretas.

a) I, II e III.

b) II, III e IV.

c) III, IV e V.

d) IV e V.

e) V e I.

4) (Unifesp) Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, os refugiados chegaram a 9,9 milhões em meados de 2007. O país assinalado no mapa. Observe o mapa-múndi. Trata-se

a) da Síria, que abriga refugiados da Palestina e do Líbano.

b) do Paquistão, que abriga refugiados da Índia e da China

c) do Irã, que abriga refugiados do Iraque e do Afeganistão.

d) do Iraque, que abriga refugiados da Síria e do Afeganistão.

e) da Turquia, que abriga refugiados do Iraque e do Irã.

Tarefa Complementar

1) (U.E.SANTA CRUZ) Aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem hoje fora de seu país de origem. Esse número engloba tanto os que deixam sua terra natal por vontade própria e decidem viver no exterior — de forma legal ou ilegal —, quanto os refugiados. IMIGRANTES e refugiados.

Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2009. Adaptado.

Considerando-se as informações contidas no texto, é correto afirmar:

(A) O aumento da imigração ilegal da África subsaariana para a Europa está relacionado aos conflitos étnicos naquele continente e à expansão da economia europeia, registrada nos últimos cinco anos.

(B) O Brasil se tornou um país receptor de imigrantes sul-americanos devido ao bom

desempenho de sua economia e da pobreza verificada nos países emigrantes vizinhos.

(C) A China, na última década, teve a emigração vetada à população, em consequência do desenvolvimento econômico alcançado, que determinou um aumento, cada vez maior, da necessidade de mão de obra.

(D) A Austrália vem tomando duras medidas contra refugiados e imigrantes ilegais, em função da exiguidade de seu território e da concorrência no mercado de trabalho.

(E) Os Estados Unidos, nos dias atuais, devido à crise econômica, apresentam-se como o país de maior emigração do globo.

2) (UFSCAR) Leia o texto seguinte, sobre a questão das migrações internacionais e dos refugiados.

Em relação ao passado, há pelo menos três fatores que modificaram a abordagem sobre a temática dos refugiados: o fim da guerra fria, os atentados de 11 de setembro e o acirramento dos fluxos migratórios internacionais (...) A queda do Muro de Berlim reduziu as razões ideológicas que estavam na origem do compromisso de alguns países em abrigar refugiados e refugiadas. Por sua vez, os atentados das Torres Gêmeas de Nova York provocaram um endurecimento das políticas imigratórias, inclusive aos solicitantes de proteção internacional. Finalmente, a intensificação dos fluxos migratórios, além de exarcebar medos e preconceitos xenófobos, contribui para dificultar os procedimentos de determinação da condição de refugiados.

O texto faz referência à questão dos refugiados e das migrações internacionais. Sua leitura permite-nos afirmar que:

(A) a queda do muro de Berlim e o atentado das Torres Gêmeas de Nova Iorque, por terem a mesma motivação

ideológica, provocaram o endurecimento na concessão de asilo a refugiados.

(B) o compromisso de alguns países em abrigar refugiados durante a Guerra Fria decorria da orientação ideológica, por isso as concessões de abrigo ocorriam entre os países de um mesmo bloco político-ideológico.

(C) os preconceitos xenófobos contra refugiados decorrem do fato de que estes têm sido responsabilizados por ataques terroristas recentes, ocorridos em países receptores de migrantes.

(D) o aumento do fluxo migratório, baseado, sobretudo em razões de ordem econômica, fez endurecer as políticas de recepção, o que acaba se refletindo na redução de concessões de asilo a refugiados.

(E) com o fim da Guerra Fria e a redução dos conflitos armados, quase não há populações na condição de refugiados e sim migrantes econômicos que se “disfarçam” de refugiados para entrarem legalmente em outros países.

7) (UEPA) Leia o texto para responder a questão.

“As pessoas tendem a fugir quando sentem que suas vidas e comunidades estão sob risco. Assim, uma grande movimentação de populações pode ser um sinal de alerta para a ameaça ou a concretização de um genocídio”.

United States Holocaust Memorial Museum, Washington, D.C. Os Refugiados Hoje. IN: http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/ article.php. Acesso em 14/09/2013.

A partir da análise do Texto e a compreensão de como a globalização tem gerado transformações econômicas, políticas, sociais e culturais que alteram a dinâmica espacial das diferentes regiões do mundo contemporâneo, afirma-se que:

(A) O sucesso moral quanto à ajuda aos judeus e a outros grupos étnicos e

religiosos que já fugiam da perseguição nazista antes da Segunda Guerra e a necessidade de lidar com as muitas pessoas deslocadas, sem ter para onde retornar, após a Guerra, explicam a expansão dos campos de refugiados no atual contexto de globalização mundial.

(B) A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados classifica a situação desse grupo como responsabilidade dos governos locais, daí as organizações dos direitos humanos serem desfavoráveis à determinação de políticas internacionais para resolver os problemas gerados pelos refugiados.

(C) No contexto da globalização, refugiados são todas as pessoas que vivem em áreas periféricas de seus países e temem serem perseguidas por motivos étnicos, religiosos, de nacionalidade, de grupos sociais ou opiniões políticas e, por isso, temem valer-se da proteção de seu país de origem, necessitando da ajuda das organizações internacionais.

(D) A quantidade e a magnitude das crises de refugiados em todo o mundo – assim como a expectativa por ajuda – geralmente são menores do que a capacidade da comunidade internacional em auxiliar, o que explica o crescente número de refugiados concentrados em diversos locais do espaço geográfico mundial.

(E) Sempre que as populações correm risco, existem aqueles que tentam fugir para países mais seguros, porém os problemas relativos às respostas adequadas quanto à proteção dos direitos dos refugiados, tais como lugares seguros para viver e o fornecimento de ajuda em momentos de grande desordem mundial, são sempre garantidos.

8) (FUVEST) Tendo em vista a dinâmica mundial dos movimentos migratórios na atualidade, qual das afirmações a seguir pode ser considerada correta?

a) As graves crises econômicas e políticas que estão ocorrendo na África, têm feito com que as fronteiras de alguns países sejam palco de afluxo de milhares de refugiados, produzindo o que podemos chamar de "fronteiras em caos".

b) A fronteira que separa a Europa do Noroeste da África mantém a mesma abertura da década de 50 e essa situação é de suma importância para o fluxo migratório em direção à Europa.

c) Na África, as migrações entre países pobres não encontram impedimentos por parte dos Estados, fato que provoca uma grande mobilidade da população em todo o território africano.

d) As migrações oriundas da região do Caribe, em direção à América do Norte, não conhecem nenhum tipo de obstáculo, fato que tem contribuído para o aumento dos fluxos migratórios.

e) As "fronteiras abertas" dos países da Europa Ocidental têm permitido o livre fluxo de imigrantes oriundos, principalmente, dos países do Caribe e da África que apresentam graves problemas econômicos.

Gabarito:

TM-

1-E

2- C

3- A

4- C

TC-

1-B

2-D

3-C

4- A

Guerra na Síria

A Guerra na Síria começou em 2011,

dentro do contexto da Primavera Árabe

quando houve uma série de protestos

contra o governo de Bashar al-Assad (1965-

).

A guerra afetou 23 milhões de pessoas nos

primeiros cinco anos e ainda não terminou.

Motivo

A Guerra na Síria foi deflagrada quando um

grupo de cidadãos se indignou com as

denúncias de corrupção reveladas pelo

WikiLeaks.

Em março de 2011 são realizados protestos

ao sul de Derra em favor da democracia. A

população revoltou-se contra a prisão de

adolescentes que escreveram palavras

revolucionárias nas paredes de uma escola.

Como resposta ao protesto, o governo

ordenou às forças de segurança que

abrissem fogo contra os manifestantes

causando várias mortes. A população

revoltou-se contra a repressão e exigiu a

renúncia do presidente Bashar al-Assad.

A região do Oriente Médio e Norte da

África era sacudida por uma onda de

protestos contra o governo que ficaram

conhecidas como Primavera Árabe.

Em alguns casos, como o da Líbia, o

dirigente máximo do país foi afastado.

Entretanto, o presidente sírio respondeu

com violência e usou o Exército para se

reprimir os manifestantes.

Por sua vez, a oposição começa a se armar

e lutar contra as forças de segurança.

Brigadas formadas por rebeldes começam

a controlar cidades, o campo e as vilas,

apoiados por países ocidentais como

Estados Unidos, França, Canadá, etc.

Milhares de pessoas deixam a Síria e se

refugiam na Turquia

Os dois lados do conflito começam a impor

o bloqueio de alimentos aos civis. Também

é interrompido ou limitado o acesso à

água. Por diversas vezes, as forças

humanitárias são impedidas de entrar na

zona de conflito.

Além disso, o Estado Islâmico aproveita a

fragilidade do país e se lança a conquistar

cidades importantes em território sírio.

Sobreviventes relatam que são impostos

duros castigos para quem não aceita suas

regras. Entre eles estão espancamentos,

estupros coletivos, execuções públicas e

mutilações.

Forças Beligerantes

É preciso entender que quatro forças

distintas atuam no conflito:

República Árabe Síria – liderados pelo

presidente Bashar al-Assad, as Forças

Armadas sírias tentam manter o presidente

no poder e enfrentam três inimigos

distintos. Tem o suporte do Iraque, Irã,

Hezbollah libanês e Rússia.

Exército Síria Livre – está formado por

vários grupos que se rebelaram contra Al-

Assad após o começo do conflito em 2011.

Recebem apoio da Turquia, Arábia Saudita

e Quatar.

Partido da União Democrática – formado

pelos curdos, este grupo armado reivindica

a autonomia do povo curdo dentro da Síria.

Desta maneira, curdos iraquianos e turcos

se envolveram nesta luta. Tanto o Exército

Síria Livre quanto os curdos recebem o

apoio de Estados Unidos, União Europeia,

Austrália, Canadá, etc. No entanto, o

presidente Barack Obama e seu sucessor,

Trump, se recusam a intervir militarmente

na região.

Estado Islâmico – seu principal objetivo é

declarar um califado na região. Apesar de

terem capturados cidades importantes

foram derrotados pelas potências

ocidentais.

Além disso, o conflito é alimentado pela

diferença sectária de sunitas e xiitas.

Números do Conflito

4,8 milhões de refugiados. A maior parte se

dirige ao Líbano, Jordânia e Turquia.

10% dos refugiados foi à Europa.

6,5 milhões de pessoas foram deslocadas

internamente.

1,2 milhão de sírios foram obrigados a

deixar suas casas somente em 2015.

70% da população não têm acesso à água

potável.

2 milhões de crianças estão fora da escola.

Antes da guerra, a população síria era de

24,5 milhões. Agora, calcula-se que seja de

17,9 milhões.

Antes de 2011, o desemprego chegava a

11% da população. Em 2016, 50% da

população estava desempregada.

A pobreza atinge 80% a população, que

não têm condições de acesso a alimentos

básicos.

A inflação dificulta o acesso aos alimentos,

o leite ficou 20 mil vezes mais caro, o pão 3

mil vezes e os ovos 6,5 mil vezes.

15 mil militares de 80 nações estão na

linha de frente do conflito.

Mais de 2 mil pessoas morreram afogadas

no Mar Mediterrâneo, tentando chegar à

Europa. Entre os mortos no mar, 30% eram

crianças.

Fonte: BBC

Tarefa Mínima

1. (UNIOESTE) Desde março de 2011,

estima-se que o conflito na Síria tenha

causado a morte de 100 mil pessoas,

segundo o Alto Comissariado das

Nações Unidas para os Direitos

Humanos (ACNUDH).

Estima-se que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).

Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA. a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano. b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe. c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da população síria, portanto, garantem

amplo apoio ao seu governo democrático. d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio. e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares, resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria alauíta.

2. (UEL) Recentemente, o mundo

assistiu a uma série de revoltas

populares nos países árabes. A

imprensa internacional destacou o

papel das redes sociais nessas

mobilizações contra os ditadores e a

repressão dos governos sobre a

população civil.

Sobre esses conflitos, assinale a alternativa correta. a) A Jordânia viu seu rei ser deposto devido ao apoio dos países ocidentais e de Israel aos movimentos revoltosos. b) Na Tunísia, o processo revoltoso de setores populares foi sufocado por empréstimos vultosos da União Europeia. c) No Marrocos, a permanência da violência deve-se aos conflitos entre cristãos, muçulmanos e membros de religiões tribais. d) O Egito manteve Hosni Mubarak no poder devido à intervenção da Liga Árabe, com apoio norte-americano. e) O governo da Síria, apesar dos protestos internacionais, atacou os revoltosos com a anuência do Irã, da Rússia e da China.

(UFSJ) Observe o mapa abaixo.

http://www.infoescola.com/wp-

content/uploads/2010/07/mapa- siria.gif. (Adaptado).

Assinale a alternativa que apresenta fatos sobre a região em destaque que ocuparam os noticiários dos jornais ao longo de 2012. a) O governo de Israel apoia a formação de um governo xiita na Síria como alternativa à radicalização do terrorismo. b) Desde o começo da revolta contra o presidente Sírio Bashar al Assad, milhares de sírios se refugiaram em países vizinhos. c) China e Rússia encaminharam ao Conselho de Segurança da ONU pedido de apoio para uma intervenção militar na Síria. d)Síria,Israel,Líbano,JordâniaeIraquefazemparteda“PrimaveraÁrabe”,quese caracteriza por manifestações populares contra governos ditatoriais.

Tarefa Complementar

1. (Ufrgs 2016) Desde 2011, a Síria tem

sido palco de uma guerra civil entre o

governo de Bashar al-Assad e vários grupos

armados de oposição, com motivações

ideológicas e políticas diversas.

Entre essas agrupações, uma das principais

é o Estado Islâmico do Iraque e do Levante

(EIIL), cuja meta é

a) a formação de repúblicas democráticas e

seculares na Síria e no Iraque.

b) a instauração de um califado mundial

com autoridade sobre todos os

muçulmanos.

c) a unificação do Iraque e da Síria sob um

regime socialista e laico.

d) o auxílio às forças ocidentais no

combate ao fundamentalismo islâmico, no

Oriente Médio.

e) o apoio militar e político à ocupação

norte-americana do Iraque e da Síria.

2. De acordo com a Organização das

Nações Unidas, a população global

submetida a deslocamentos forçados

cresceu substancialmente durante os

últimos decênios, passando de 37,3

milhões para 65,3 milhões em 2015. Desse

total, os refugiados representam 16,1

milhões de pessoas, 1,7 milhão a mais que

o total registrado 12 meses antes. Mais da

metade dos atuais refugiados do mundo

(54%) procede de três países afetados por

conflitos armados. (Adaptado de Agência

da ONU para Refugiados – ACNUR –

Documento Tendencias Globales, 2015.)

Indique quais são esses três países.

a) Myanmar, Síria, Somália.

b) Afeganistão, Síria, Somália.

C) Afeganistão, Grécia, Macedônia.

d) Grécia, Macedônia, Myanmar.

Gabarito

TM

1- E

2- E

3- B

TC

1- B

2- B

ISIS – Estado Islâmico

Em 29 de agosto de 2014, o grupo

terrorista sunita Estado Islâmico (EI) – que

já foi denominado também como Estado

Islâmico no Iraque e na Síria (EIIS) e Estado

Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) –

anunciou que seu líder, Abu Bakr al-

Baghdadi, autoproclamou-se califa da

região situada ao noroeste do Iraque e em

parte da região central da Síria.

O título de califa era dado aos antigos

sucessores de Maomé, que possuíam

autoridade política legitimada pela religião

islâmica. O Estado Islâmico, desde então,

está sendo largamente abordado pela

mídia ocidental, sobretudo por causa de

suas ações extremas contra a população

civil da Síria e do Iraque, como estupros e

massacres de cristãos, xiitas e outras

minorias religiosas e étnicas. Além disso,

esse grupo está por trás de uma série de

ataques terroristas na Europa e em outras

partes do mundo. Um dos mais recentes

ataques aconteceu na cidade inglesa de

Manchester, no dia 22 de maio de 2017,

com saldo de 22 mortos.

Origens do Estado Islâmico

A história do grupo terrorista Estado

Islâmico está relacionada com o processo

de crise política que se desencadeou no

Iraque após a guerra iniciada em 2003. A

Guerra do Iraque ocorreu dois anos após

os atentados terroristas de 11 de setembro

de 2001, chefiados por membros da

organização Al-Qaeda, então liderada por

Osama Bin Laden. A Al-Qaeda possuía

grande espaço de atuação no território

iraquiano e em parte da Síria.

O grupo Estado Islâmico nasceu como uma

derivação da Al-Qaeda (os dois grupos

romperam relações em fevereiro de 2014)

e fundamenta-se nos mesmos princípios

dessa organização, que remontam à

ideologia pan-islâmica de Sayyid Qutb,

antigo líder da Irmandade Muçulmana. No

entanto, além da influência do

fundamentalismo de Sayyid Qutb, o EI tem

suas raízes ideológicas relacionadas com o

wahabismo.

O movimento wahabista surgiu na Arábia

Saudita no século XVIII a partir das

pregações de Muhammad ibn ‘Abd al-

Wahhab e defendia a “purificação da fé”

islâmica com o retorno de práticas do

islamismo do século VII. O principal ponto

da ideologia wahabista é a interpretação

literal dos preceitos do Corão. Hoje o

wahabismo é a raiz ideológica para grande

parte dos grupos fundamentalistas

islâmicos existentes.

Objetivos e alvos do Estado Islâmico

O objetivo principal do Estado Islâmico é

expandir o seu califado por todo o Oriente

Médio, que se pautaria pela sharia, a Lei

Islâmica interpretada a partir do Corão.

Além disso, o EI busca estabelecer

conexões na Europa e outras regiões do

mundo, com o propósito de realizar

atentados que lhe possam conferir

autoridade por meio do terror.

A concepção de Jihad, ou Guerra Santa

para o Islã, que o EI possui é a mesma de

outras organizações terroristas, como a Al-

Qaeda ou o Boko Haram: expandir o

modelo teocrático radical islâmico de

governo pelo mundo por meio dos

métodos terroristas, sobretudo contra

alvos civis.

É curiosa a grande adesão de simpatizantes

não islâmicos e, frequentemente, de

origem europeia às causas do EI. Muitos

jovens do Ocidente ofereceram-se para

integrar o grupo e servir ao seu propósito

jihadista. Recentemente, o caso que mais

chamou a atenção foi a adesão de muitos

jovens nascidos na ilha caribenha de

Trinidad e Tobago ao EI.

Esse tipo de comportamento preocupa

vários chefes de Estado de todo o mundo,

sobretudo pela possibilidade de infiltração

que tais jovens, treinados como terroristas,

possam realizar em diferentes partes do

mundo, principalmente na Europa. A

adesão de grande número de jovens pode

estar relacionada à sua marginalização na

sociedade, aliada à alienação que estão

sujeitos no contato com ideologias

fundamentalistas presentes em algumas

comunidades islâmicas.

Domínio e enfraquecimento do Estado

Islâmico

O Estado Islâmico chegou a dominar

grandes e importantes cidades iraquianas,

como Mossul, Tal Afar, Kirkuk e Tikrit. Um

grande contingente populacional migrou

dessas cidades para cidades ou vilas

vizinhas, fugindo da expansão brutal do

Estado Islâmico. Entretanto, algumas

dessas cidades foram retomadas pelo

exército iraquiano ou por outras milícias

paramilitares. Segue abaixo o status de

cada uma dessas cidades atualmente:

Mossul: atacada pelas forças iraquianas. O

EI perdeu controle sobre quase toda a

cidade, mas ainda concentra resistência em

uma zona de Mossul. A resistência do

grupo pode estar prestes a ser derrotada;

Tal Afar: dominada pelo EI;

Kirkuk: controlada pelos curdos desde

março de 2017;

Tikrit: controlada por um grupo paramilitar

xiita, conhecido como Rede Khazali.

Atualmente, estima-se que o EI tenha

perdido cerca de 14% do território que

controlava ao final de 2015. Tanto forças

iraquianas e sírias quanto outras milícias

têm, aos poucos, retomado territórios

desse grupo. Além disso, há a atuação

estrangeira na luta contra o EI, como a

coalizão liderada pelos EUA, que, desde

2014, conduziram mais de 11 mil ataques

aéreos contra o grupo no Iraque e mais de

9 mil ataques aéreos na Síria|1|.

O enfraquecimento do Estado Islâmico

também afetou as suas formas de

financiamento. Acredita-se que o EI tenha

sofrido um empobrecimento em relação a

2014 e 2015, porém, o orçamento desse

grupo terrorista ainda está acima de dois

bilhões de dólares, obtidos,

principalmente, a partir da venda de

petróleo|2|.

Fonte: historiadomundo.uol.br

Tarefa Mínima 1- (FALM) “O terrorismo é o grande assunto do momento. Ele afetou as bolsas de valores e as perspectivas de crescimento das economias, a começar pela norte-americana - a mais poderosa do globo - e vem suscitando uma série de discussões sobre como evitá-lo, com algumas propostas que, se adotadas, vão certamente alterar algumas de nossas rotinas do dia a dia. E também a ordenação geopolítica mundial começa a sofrer significativas modificações em função do desenrolar dos acontecimentos, em especial da luta contra o terrorismo”.

VESENTINI, José William. Terrorismo e Nova Ordem Mundial, 2002.

O terrorismo, assim, é uma ação desesperada e violenta, feita por grupos (ou eventualmente por um indivíduo) que almejam determinados ideais. De acordo com as alternativas abaixo, assinale qual NÃO corresponde aos ideais terroristas. a) Mudar alguma coisa na vida política e social, derrubar um regime, lutar contra uma potência colonialista ou imperialista. b) Lutar pela união dos povos, com objetivos de liberdade mundial, evitando atingir inocentes. c) Alterar radicalmente os valores de uma sociedade. d) Alcançar uma independência nacional ou controlar um território. e) Semear o pânico, desestabilizar as instituições e com isso suscitar mudanças radicais.

2- A pretensão do Islã de criar Estados islâmicos e tornar-se uma nova força mundial, exigindo uma unidade entre religião e política nos países por ele governados, pode ser designada como b) fundamentalismo. e) laicização. a) racionalismo. d) modernismo. c) positivismo.

3- O Estado Islâmico aspira tomar o controle de muitas regiões de maioria islâmica, a começar

pelo território da região do Levante, que inclui, exceto: a) Jordânia b) Israel c) Palestina d) Irã e) Líbano

4. O Estado Islâmico: a) é um grupo jihadista no Oriente Médio b) é um Estado da província da Turquia c) é um grupo cristão de Israel d) é um grupo muçulmano do Líbano e) é um grupo terrorista do Ocidente

5 Leia: I. O Estado Islâmico tem atualmente ligações estreitas com a Al-Qaeda. II. Aqueles que se recusam a seguir a religião do Estado Islâmico podem sofrer torturas e mutilações, ou serem condenados a pena de morte. III. O Estado Islâmico cresceu significativamente pela sua participação na Guerra Civil Síria e ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. a) apenas a I está correta b) a I e a II estão corretas c) a I, a II e a III estão corretas d) a II e a III estão corretas e) Nenhuma está correta.

Gabarito:

TM

1-B

2-A

3-D

4-A

5-D

Tarefa Complementar

Assistir o documentário: O financiamento do Estado Islâmico (nº18)

BREXIT

Ao virar as costas para a UE, os britânicos

anunciam que a participação no maior

bloco econômico do planeta não lhes traz

benefícios, em um sonoro “não” ao

processo de globalização. Por trás da

decisão dos britânicos está a insatisfação

com os mecanismos de integração da UE,

que, segundo seus críticos, impõem

restrições à autonomia e ferem a soberania

das nações. Os eurocéticos britânicos são

contra a imigração por achar que os

estrangeiros representam uma

concorrência em um mercado de trabalho

saturado. E questionam os repasses

financeiros que os países-membros devem

fazer à UE. Por isso, não surpreende que o

perfil demográfico dos britânicos que

votaram a favor do Brexit seja bem

parecido com o dos eleitores de Trump. Ou

seja, de modo geral, trata-se de cidadãos

britânicos mais velhos, do sexo masculino,

sem nível superior e de renda média.

Entre operários e desempregados, o voto

também foi majoritariamente pela saída do

bloco – novamente, extratos da população

mais afetados pela crise econômica (veja

infográfico acima).

Eleitores do Brexit criticam a União

=Europeia por impor restrições à

autonomia do Reino Unido Interessante

também é notar como a distribuição do

voto variou geograficamente. O Reino

Unido é composto de quatro unidades

políticas. Na Inglaterra e no País de Gales

prevaleceram o voto pelo Brexit. Já a

Escócia e a Irlanda do Norte votaram

expressivamente a favor da permanência

na UE. Esse resultado expôs a forte divisão

política no país. Desapontado com o Brexit,

o governolocal da Escócia cogita realizar

um novo plebiscito, desta vez para decidir

se deve permanecer ou deixar o Reino

Unido. Em 2014, os escoceses já haviam

ido às urnas e decidiram ficar no Reino

Unido. Mas, desta vez, a insatisfação com a

saída da União Europeia pode estimular

uma debandada escocesa.

Logo após o plebiscito, o primeiro ministro

conservador David Cameron, que fez

campanha pela permanência na UE,

renunciou e foi substituído pela ex-ministra

do Interior, Theresa May, que ficou

responsável por encaminha a retirada do

bloco. O início da separação está previsto

para março, quando o Reino Unido deverá

acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa da

UE, dando início formal à saída. De acordo

com as regras do bloco, o processo deve

durar até dois anos.

Não por acaso, Trump comparou sua

vitória ao Brexit, por terem o mesmo

sentido de defesa nacionalista dos

interesses do país. Num primeiro

momento, tanto no Reino Unido quanto

nos EUA, os eleitores responsáveis pelos

resultados surpreendentes foram

considerados xenófobos, racistas ou

simplesmente ignorantes. Mas há também

algo mais profundo: um recado do homem

comum, que não se vê representado pelos

políticos e instituições atuais. São pessoas

que acham que há algo de errado na

globalização, e deixaram isso evidente por

meio de seu voto.

Fonte: Guia do estudante

Tarefa Mínima 1- “Em 23 de junho de 2016, os cidadãos do Reino Unido votaram sobre a permanência ou a saída do país da União Europeia. Na madrugada do dia seguinte, o Brexit foi confirmado. Isto se tornou algo inédito na UE, que até agora falava de um maior alargamento. Várias podem ser as reações internacionais e nacionais desse processo.” (Disponível em: https://br.sputniknews.com/trend/brexit_2016/.) Dentre as principais consequências do Brexit, tanto para a Inglaterra quanto para a Europa, está: a) A separação política entre a Inglaterra, Reino Unido, Escócia e Irlanda, devido à discordância dessas nações com o Brexit. b) O endurecimento da política de imigração inglesa. Com a saída da UE aumentariam as barreiras migratórias. c) O fim do conflito entre Inglaterra e Alemanha, gerado pela disputa dessas duas nações pela hegemonia entre os países membros da União. d)A volta, na Inglaterra, do uso da Libra Esterlina, moeda tradicional, substituída

pelo euro no período em que a Inglaterra fazia parte da União Europeia.

2- Em plebiscito histórico, os britânicos

decidem deixar a União Europeia, abrindo

um período de incertezas para o país e

para o maior bloco econômico do planeta.

O resultado final foi apertado, com uma

diferença de menos de 4% em favor do

Brexit, uma contração das palavras

“Britain” e “exit”, algo como “saída

britânica” em inglês. Sobre a conjuntura

atual da União Europeia e a saída britânica

do bloco é CORRETO afirmar que:

a) A saída de um país membro do bloco

não é um fato inédito, já tendo ocorrido

com a Sérvia em um processo de ruptura

que durou dois anos.

b) Com a saída britânica o bloco passará a

contar com 27 países, dos quais 8

compondo a zona do Euro, ou seja,

compartilhando a moeda única.

c)Para os partidários da saída do Reino

Unido os imigrantes representam uma

concorrência em um mercado de trabalho

saturado.

d)Os eurocéticos, composto basicamente

por líderes sindicais e demais movimentos

sociais, configuraram o principal grupo de

oposição ao Brexit.

3- “Do ponto de vista internacional, a integração europeia, tão desacreditada no início, acabou servindo de exemplo para o resto do mundo. Com o seu sucesso, associações semelhantes – pelo menos em parte, pois em nenhum outro lugar a unificação avançou tanto quanto na Europa – surgiram em vários continentes: o Nafta, na América do Norte; o Mercosul, na América do Sul; a Apec, na Ásia e no Pacífico, etc. O processo de unificação europeia mostrou ao mundo a importância de associações desse tipo”.

Vesentini, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Editora Ática, 2012. p.372.

O sucesso da União Europeia em níveis de integração mencionado pelo autor deve-se ao fato de esse bloco econômico, diferentemente dos demais, apresentar:

a) uma política alfandegária que permite a redução ou isenção de impostos sobre produtos negociados entre os países-membros.

b) uma Tarifa Externa Comum, que representa a coesão do bloco em taxar os produtos advindos de outras regiões do mundo.

c) a livre circulação de pessoas, capitais e mercadorias entre os países-membros, demonstrando o elevado grau de unificação que os países europeus conseguiram alcançar.

d) uma política de controle produtivo, em que as empresas – em maioria estatais – são fortemente controladas pelas ações do Estado Europeu.

Tarefa Complementar

1- As origens da oposição dos britânicos à União Europeia (UE), que estão na justificativa do Brexit, remontam ao fato de que, historicamente, eles nunca abraçaram uma identidade europeia. O Brexit representa um duro golpe ao projeto de integração europeu cujas origens datam do pós Segunda Guerra Mundial. BBC Brasil, junho de 2016. Adaptado.

a) Aponte e explique o contexto geopolítico relacionado à origem do projeto de integração europeia.

b) Aponte um motivo de ordem econômica e outro de ordem social relacionados ao interesse dos britânicos na saída da UE.

Gabarito

TM

1-B

2-C

3-C

TC

1- a) O contexto geopolítico é entre o final da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, momento em que a Europa necessitava de um projeto de integração para que pudesse se reconstruir mais rapidamente. Podemos citar também a pretensão de se integrar devido à ascensão dos EUA e da URSS e a diminuição das rivalidades nacionais para se evitar uma terceira guerra mundial.

b) Os britânicos aprovaram em referendo a saída do Reino Unido da União Europeia com o objetivo de diminuir a interferência de Bruxelas (sede da organização) nas políticas econô- micas britânicas. Com relação ao fator de ordem social, a população atribuía o aumento do desemprego e a queda do padrão de vida local ao crescimento da entrada e permanência de estrangeiros.

Notícias falsas e pós-verdade: o

mundo das fake news e da

(des)informação

Notícias falsas sempre existiram, não é

mesmo? Principalmente no ramo da

política, onde não é novidade um

candidato plantar uma informação sobre

seu adversário para que ele perca votos ou

que boatos sobre a vida privada dessas

figuras sejam espalhados. Historicamente,

diversas fake news foram disseminadas

com determinados objetivos. Mas fiquem

tranquilos, não estamos deduzindo isso:

tiramos essa informação de uma entrevista

do historiador Robert Darnton para a Folha

de São Paulo.

O historiador Robert Darnton, que

é professor emérito da Universidade

Harvard , conta que as notícias falsas são

relatadas pelo menos desde a Idade

Antiga, do século 6: “Procópio foi um

historiador bizantino do século 6 famoso

por escrever a história do império de

Justiniano. Mas ele também escreveu um

texto secreto, chamado “Anekdota”, e ali

ele espalhou “fake news”, arruinando

completamente a reputação do imperador

Justiniano e de outros. Era bem similar ao

que aconteceu na campanha eleitoral

americana”, diz Robert Darnton ao jornal

Folha de São Paulo.

Notícias que aparentam ser verdadeiras,

que em algum grau poderiam ser verdade

ou que remontam situações para tentar se

mostrar confiáveis: isso são as fake

news que vemos atualmente. Por isso há

de ser ter cuidado: as notícias falsas não

são apenas aquelas extremamente

irônicas, que têm o intuito de serem

engraçadas e provocar o leitor. As notícias

falsas atualmente buscam disseminar

boatos e inverdades com informações que

não estão 100% corretas sobre pessoas,

partidos políticos, países, políticas

públicas… Elas não vão aparentar ser

mentira, ainda mais se nós acreditamos

que elas podem ser verdadeiras – mas não

são.

Pós-verdade foi eleita a palavra do ano em

2016 pelo Dicionário Oxford. De acordo

com o Dicionário Oxford, pós-verdade

é: um adjetivo “que se relaciona ou denota

circunstâncias nas quais fatos objetivos

têm menos influência em moldar a opinião

pública do que apelos à emoção e crenças

pessoais”. Um mundo com a pós-verdade é

uma realidade em que acreditar, ter crença

e fé de que algo é verdade é mais

importante do que isso ser um fato

realmente.

A explicação da palavra pós-verdade de

acordo com o Oxford é de que o composto

do prefixo “pós” não se refere apenas ao

tempo seguinte a alguma situação ou

evento – como pós-guerra, por exemplo –,

mas sim a “pertencer a um momento em

que o conceito específico se tornou

irrelevante ou não é mais importante”.

Neste caso, a verdade. Portanto, pós-

verdade se refere ao momento em que a

verdade já não é mais importante como já

foi.

O termo pós-verdade já existe desde a

última década, mas as avaliações do

Dicionário Oxford perceberam um pico de

uso da palavra exatamente no ano de

2016, no contexto do referendo de saída

do Reino Unido da União Europeia – o

Brexit – e das eleições estadunidenses.

Além disso, é bastante usado com o termo

política depois, então, pós-verdade

política. Seu uso foi destacado durante

esses eventos pois diversas notícias falsas

foram publicadas em sites na internet, em

páginas de Facebook, vídeos no Youtube e

o público as absorveu como verdadeiras

exatamente porque gostariam que fossem

verdadeiras.

Dois acontecimentos que tiveram

relevância internacional em 2016 foram o

Brexit – saída do Reino Unido da União

Europeia – e as eleições presidenciais

estadunidenses. Além de serem os

principais motivos do crescente uso da

palavra pós-verdade, também foram onde

o próprio fenômeno das notícias falsas foi

muito intenso.

Em se tratando de política e da polarização

ideológica generalizada, as notícias falsas

foram usadas para causar tumulto e

reforçar posicionamentos – ou mesmo,

acentuá-los. No caso do Brexit e das

eleições, os nervos estavam ainda mais à

flor da pele por serem assuntos

determinantes ao futuro daqueles países.

Há de se considerar também que as redes

sociais e seus algoritmos formam bolhas

sociais – e também ideológicas. Esses

algoritmos reúnem no seu painel de

notícias do Facebook, por exemplo, as

pessoas com que você mais interage e os

assuntos mais pertinentes ao que você

publica ou curte, assim como notícias,

reportagens, vídeos e histórias sobre

posicionamentos que você já endossa,

também politicamente. O algoritmo,

portanto, não dá lugar ao contraditório. A

sua visão de mundo é confirmada

repetidamente e, se um amigo seu

compartilha uma “notícia”, mesmo que

falsa, você pode acreditar. Esse fenômeno

une a notícia falsa à pós-verdade e foi um

episódio recorrente no Reino Unido e nos

Estados Unidos em 2016.

Em 2016, 33 das 50 notícias falsas mais

disseminadas no Facebook eram sobre a

política nos Estados Unidos, muitas delas

envolvendo as eleições e os candidatos à

presidência. Durante a campanha

presidencial, notícias falsas foram

espalhadas sobre os dois candidatos: o

republicano Donald Trump – depois eleito

– e a democrata Hillary Clinton. No

monitoramento de 115 notícias falsas pró-

Trump e 41 pró-Hillary, os economistas

Hunt Allcott e Matthew Gentzkow

concluíram que as postagens pró-Trump

foram compartilhadas 30 milhões de vezes,

enquanto as pró-Hillary 8 milhões.

Sobre Trump, a “notícia” de que o Papa

Francisco havia apoiado sua candidatura e

lançado um memorando a respeito foi a

segunda maior notícia falsa sobre política

mais republicada, comentada e a qual as

pessoas reagiram no Facebook em 2016.

Outra notícia falsa, diretamente

relacionada com Trump, afirmava que ele

oferecia uma passagem de ida à África e ao

México para quem queria sair dos Estados

Unidos – a postagem obteve 802 mil

interações no Facebook. Quando à Hillary

Clinton, uma notícia falsa com alta

interação no Facebook – 567 mil – foi de

que um agente do FBI (órgão de

investigação federal) que trabalhava no

caso do vazamento de e-mails da candidata

foi supostamente achado morto por causa

de um possível suicídio.

Quanto ao Brexit, houve diversas

informações truncadas disseminadas pela

campanha Vote Leave – em tradução livre,

“vote para sair” – para a saída do Reino

Unido da União Europeia. As questões

envolviam principalmente as políticas de

imigração da UE e questões econômicas.

O jornal The Independentreporta que um

dos líderes da campanha pelo Brexit

afirmou que mais 5 milhões de imigrantes

iriam ao Reino Unido até 2030 por conta

de uma licença dada a 88 milhões de

pessoas para viver e trabalhar lá – uma

informação que não tem fundo de

verdade. Um dos pôsteres da campanha

clamava: “Turquia (população de 76

milhões) está entrando na UE” – quando,

na verdade, o pedido de entrada na UE

pela Turquia é antigo e não mostra sinal de

evolução.

Para as eleições de 2018, não se acredita

que as notícias falsas poderão de

fato mudar o resultado da eleição, como

discutido num evento da Revista ÉPOCA.

Mas é claro que os boatos enfraquecem e

distraem a população do assunto que

realmente importa: os planos de governo,

as ideias de políticas públicas, o modelo de

gestão… Essa questão é tão latente que até

órgãos de defesa do governo federal, como

o Ministério da Defesa e a Agência

Brasileira de Inteligência (Abin), junto ao

Tribunal Superior Eleitoral, preparam uma

força-tarefa para combater as notícias

falsas no período eleitoral em 2018.

Em um estudo da USP sobre as “Eleições

2018 – Perspectivas da comunicação

organizacional”, conclui-se que metade das

empresas brasileiras não acredita que a

imprensa está preparada para a cobertura

das eleições de 2018. Por outro lado, a

metade que acredita na capacidade da

imprensa de cobrir as eleições do ano que

vem o faz porque enxerga competência e

tradição da mídia brasileira nesse tipo de

cobertura.

7 tipos de notícias falsas que podemos

identificar

Para sanar o primeiro item é

identificar que tipo de conteúdos estão

sendo criados e compartilhados, a

jornalista Claire Wandle criou uma lista de

7 tipos de notícias falsas que podemos

identificar e combater nas redes:

1. Sátira ou paródia: sem intenção

de causar mal, mas tem potencial de

enganar;

2. Falsa conexão: quando

manchetes, imagens ou legendas dão

falsas dicas do que é o conteúdo

realmente;

3. Conteúdo enganoso: uso

enganoso de uma informação para

usá-la contra um assunto ou uma

pessoa;

4. Falso contexto: quando um

conteúdo genuíno é compartilhado

com um contexto falso;

5. Conteúdo impostor: quando

fontes (pessoas, organizações,

entidades) têm seus nomes usados,

mas com afirmações que não são

suas;

6. Conteúdo manipulado: quando

uma informação ou ideia verdadeira é

manipulada para enganar o público;

7. Conteúdo fabricado: feito do

zero, é 100% falso e construído com

intuito de desinformar o público e

causar algum mal.

Dicas para verificar se uma notícia é ou

não falsa

A Federação Internacional das Associações

e Instituições de bibliotecária

(IFLA) publicou dicas para ajudar as

pessoas a identificarem notícias falas. Elas

são:

Considere a fonte da

informação: tente entender sua missão

e propósito olhando para outras

publicações do site;

Leia além do título: títulos

chamam atenção, mas não contam a

história completa;

Cheque os autores: verifique se

eles realmente existem e são

confiáveis;

Procure fontes de apoio: ache

outras fontes que confirmem as

notícias;

Cheque a data da publicação: veja

se a história ainda é relevante e está

atualizada;

Questione se é uma piada: o texto

pode ser uma sátira;

Revise seus preconceitos: seus

ideais podem estar afetando seu

julgamento;

Consulte especialistas: procure

uma confirmação de pessoas

independentes com conhecimento;

Fonte: politize.com.br

Tarefa Mínima

1- “A tecnologia não é apenas um canal

para se comunicar, cuja comunicação traz

o significado de ação recíproca que ocorre entre emissor e receptor da mensagem, mas sim faz parte do ato comunicativo, estando integrada a ele. É uma nova maneira de aprender e agir, é construir novos alicerces na forma de comunicar e conhecer. Com isso, a lógica da atual sociedade consolida-se para a lógica das redes”.

FORESTI, A. A era digital: apropriação tecnológica e inclusão digital. Oficina da Net, ago. 2013. Disponível em: <http://www.oficinadanet.com.br>. Acesso em: 12 jun. 2015.

A integração da tenologia com a construção das sociedades e do espaço geográfico, no momento atual da história, assinala o conceito de:

a) espaço digital

b) espacialidade em rede

c) territórios virtuais

d) meio técnico-científico informacional

e) espaço físico-virtual

2- (UNEB) O século XX passou para a

História como um dos mais importantes

no processo de desenvolvimento dos

meios de comunicação e de

informação. A “revolução” ocorrida foi

extraordinária, sem precedentes, e

mudou radicalmente o estilo de vida

das pessoas.

Em relação aos efeitos desse fenômeno, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.

( ) O exercício da liberdade, as ações sociais e as atividades comerciais se modificaram de forma homogênea nos continentes. ( ) O sistema de comunicação se tornou um valioso instrumento político.

( ) O Estado, que, inicialmente, via a internet como um “templo para amadores”, passou a considerá-la um serviço de utilidade pública. ( ) A importância e a diversificação dos meios de comunicação impuseram uma única legislação, dirigida aos crimes virtuais, para todos os países. ( ) A banalização da violência, na sociedade atual, se constitui uma das consequências do “mundo de fantasia” criado pela televisão. A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a A) FVFVV B) FVVFV C) VFVFF D) FFVFV E) VFFVF

3- (ACAFE) Assinale a alternativa correta.

a) As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) aumentaram exponencialmente a quantidade de informação ao mesmo tempo em que não significou aumento do conhecimento. b) As redes sociais, como o facebook, possibilitam a aproximação das pessoas, eliminando, assim, o isolamento que estas teriam sem a presença dessas redes. c) O desenvolvimento tecnológico pouco alterou a relação das sociedades com seus espaços geográficos. d) A produção de bens materiais pela atividade industrial sofreu alteração com as novas tecnologias, mas não alterou a relação de trabalho.

4- (UFAM) “Como dispositivo de

múltiplos usos, o telefone celular tem

servido cada vez mais de suporte para

convergência de mídia, potencialidade

que o tem tornado alvo de

investimentos por parte da indústria.

Há previsões de que, em 2020, os

dispositivos móveis serão o maior meio

de acesso à internet.”

(RODRIGUES, Carla. Revista Galáxia, São Paulo,

n. 20, 2010).

O contexto da citação acima se refere a uma das principais características do:

a) Capitalismo industrial. b) Capitalismo financeiro. c) Capitalismo informacional. d) Capitalismo comercial. e) Capitalismo da exploração.

Tarefa Complementar –

Assistir: O mercado de notícias (Nº12)

Assistir: Wikileaks (Nº25)

Gabarito

TM 1-D

2-B

3-A

4-C

Atlas da Violência 2017

mapeia os homicídios no

Brasil

Estudo realizado pelo Ipea e pelo Fórum

Brasileiro de Segurança Pública mostra que

jovens e negros são as principais vítimas de

violência no país

O Brasil registrou, em 2015, 59.080

homicídios. Isso significa 28,9 mortes a

cada 100 mil habitantes. Os números

representam uma mudança de patamar

nesse indicador em relação a 2005, quando

ocorreram 48.136 homicídios. As

informações estão no Atlas da Violência

2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (Ipea) em parceria

com o Fórum Brasileiro de Segurança

Pública (FBSP). O estudo analisa os

números e as taxas de homicídio no país

entre 2005 e 2015 e detalha os dados por

regiões, Unidades da Federação e

municípios com mais de 100 mil

habitantes. Apenas 2% dos municípios

brasileiros (111) respondiam, em 2015, por

metade dos casos de homicídio no país, e

10% dos municípios (557) concentraram

76,5% do total de mortes.

Os estados que apresentaram crescimento

superior a 100% nas taxas de homicídio no

período analisado estão localizados nas

regiões Norte e Nordeste. O destaque é o

Rio Grande do Norte, com um crescimento

de 232%. Em 2005, a taxa de homicídios no

estado era de 13,5 para cada 100 mil

habitantes. Em 2015, esse número passou

para 44,9. Em seguida estão Sergipe

(134,7%) e Maranhão (130,5). Pernambuco

e Espírito Santo, por sua vez, reduziram a

taxa de homicídios em 20% e 21,5%,

respectivamente. Porém, as reduções mais

significativas ficaram em estados do

Sudeste: em São Paulo, a taxa caiu 44,3%

(de 21,9 para 12,2), e, no Rio de Janeiro,

36,4% (de 48,2 para 30,6).

Houve um aumento no número de

Unidades da Federação que diminuíram a

taxa de homicídios depois de 2010.

Especificamente nesse período, as maiores

quedas ocorreram no Espírito Santo

(27,6%), Paraná (23,4%) e Alagoas (21,8%).

No sentido contrário, houve crescimento

intenso das taxas entre 2010 e 2015 nos

estados de Sergipe (77,7%), Rio Grande do

Norte (75,5%), Piauí (54,0%) e Maranhão

(52,8%). A pesquisa também aponta uma

difusão dos homicídios para municípios do

interior do país.

Municípios mais pacíficos e mais violentos

O Atlas da Violência 2017 analisou dados

do Sistema de Informação sobre

Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde,

referentes ao intervalo de 2005 a 2015, e

utilizou também informações dos registros

policiais publicadas no 10º Anuário

Brasileiro de Segurança Pública, do FBSP.

Para listar os 30 municípios

potencialmente mais violentos e menos

violentos do Brasil em 2015, o estudo

considerou as mortes por agressão

(homicídio) e as mortes violentas por causa

indeterminada (MVCI).

Altamira, no Pará, lidera a relação dos

municípios mais violentos, com uma taxa

de homicídio somada a MVCI de 107. Em

seguida, aparecem Lauro de Freitas, na

Bahia (97,7); Nossa Senhora do Socorro,

em Sergipe (96,4); São José de Ribamar, no

Maranhão (96,4); e Simões Filho, também

na Bahia (92,3). As regiões Norte e

Nordeste somam 22 municípios no ranking

dos 30 mais violentos em 2015.

Entre os 30 mais pacíficos, 24 são

municípios da região Sudeste. No entanto,

os dois primeiros da lista ficam em Santa

Catarina: Jaraguá do Sul (3,7) e Brusque

(4,1). Em seguida, aparecem Americana

(4,8) e Jaú (6,3), ambos em São Paulo,

Araxá, em Minas Gerais (6,8), e Botucatu

(7,2), também em São Paulo. A lista

completa dos 30 municípios mais e menos

violentos está nas tabelas 2.1 e 2.2 da

pesquisa.

A análise isolada das taxas de homicídio

pode ocultar o verdadeiro nível de

agressão letal por terceiros em um

município. Exemplo disso é Barreiras (BA),

onde foi registrado apenas um homicídio

em 2015. Isso colocaria a cidade entre as

mais pacíficas do país. No entanto,

ocorreram em Barreiras, naquele ano, 119

MVCI, uma taxa de 77,3 por 100 mil

habitantes, o que eleva o município para a

relação dos municípios mais violentos.

Perfil das vítimas

Mais de 318 mil jovens foram assassinados

no Brasil entre 2005 e 2015. Apenas em

2015, foram 31.264 homicídios de pessoas

com idade entre 15 e 29 anos, uma

redução de 3,3% na taxa em relação a

2014. No que diz respeito às Unidades da

Federação, é possível notar uma grande

disparidade: enquanto em São Paulo houve

uma redução de 49,4%, nesses onze anos,

no Rio Grande do Norte o aumento da taxa

de homicídios de jovens foi de 292,3%.

Os homens jovens continuam sendo as

principais vítimas: mais de 92% dos

homicídios acometem essa parcela da

população. Em Alagoas e Sergipe a taxa de

homicídios de homens jovens atingiu,

respectivamente, 233 e 230,4 mortes por

100 mil homens jovens em 2015.

A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil,

71 são negras. De acordo com informações

do Atlas, os negros possuem chances

23,5% maiores de serem assassinados em

relação a brasileiros de outras raças, já

descontado o efeito da idade,

escolaridade, do sexo, estado civil e bairro

de residência.

Os dados sobre mortes decorrentes de

intervenção policial apresentam duas

variações: as analisadas por números do

SIM na categoria “intervenções legais e

operações de guerra” (942) e os números

reunidos pelo FBSP (3.320) em todo o país.

Os estados que mais registraram

homicídios desse tipo pelo SIM em 2015

foram Rio de Janeiro (281), São Paulo (277)

e Bahia (225). Pelos dados do FBSP, foram

registrados em São Paulo 848 mortes

decorrentes de intervenção policial, 645 no

Rio de Janeiro 645 e 299 na Bahia.

Violência contra a mulher

Em apenas uma semana, três casos de

crimes passionais tendo como vítimas

mulheres foram registrados na Baixada

Santista. Dois deles, um em Praia Grande e

outro em Bertioga, resultaram na morte

das vítimas. Já em Santos, uma doméstica

sobreviveu ao ataque do ex-marido, que a

esfaqueou na garganta.

As histórias em um período tão curto de

tempo reacendem a necessidade de mais

debates sobre o tema, uma vez que os

índices de violência contra a mulher,

mesmo com a criação das leis do

Feminicídio, em 2015, e Maria da Penha,

há dez anos, para punir os autores da

violência no ambiente familiar, ainda são

alarmantes no País.

Para se ter uma ideia, pelo menos sete

mulheres morrem todos os dias vítimas de

violência no Brasil, estatística que coloca o

País em quinto lugar no ranking entre os

que mais cometem feminicídio no mundo.

Um número altíssimo, mas ainda assim

ignorado.

Mesmo com alguns avanços na legislação e

com o maior esclarecimento da sociedade

a respeito do assunto, ainda há desafios,

como o atendimento especializado às

vítimas, ainda muito deficitário, e a

necessidade de aumentar a

conscientização sobre o que é violência

doméstica.

Integrante do Núcleo de Estudos de

Gênero da Unicamp e do Núcleo de

Estudos sobre Marcadores Sociais da

Diferença da USP, a antropóloga Isabela

Venturoza colabora desde 2013 com a

ONG Coletivo Feminista Sexualidade e

Saúde, onde, recentemente, também

conduziu um estudo analisando as

narrativas de homens denunciados por

crimes previstos na Lei Maria da Penha.

No levantamento, a antropóloga destaca

duas conclusões: há uma diversidade de

perfis de homens denunciados por

violência contra a mulher e os conflitos

relatados, muitas vezes, se originam de

situações em que as mulheres não estavam

em conformidade com o que era esperado

“de uma boa mulher”, o que geralmente se

relaciona ao cuidado do lar e a questões

ligadas à “moralidade sexual”.

Para o estudo, Isabela acompanhou por

dois anos grupos reflexivos de gênero, com

homens denunciados por violência

doméstica e familiar contra a mulher,

encaminhados à ONG pela Vara Central de

Violência Doméstica e Familiar da Capital.

Nos encontros, que duram 16 semanas, os

denunciados discutem suas histórias e

questões relacionadas à masculinidade.

“Certamente, 16 semanas é um período

muito curto para desconstruir décadas e

décadas de socialização machista. Por isso,

a urgência de realizar um trabalho com

homens, como política pública, de maneira

mais ampla”, comenta Isabela.

Segundo a antropóloga, é preciso que

pensemos além dos homens denunciados.

“Aqueles que são denunciados são apenas

uma parcela (que já é assustadora) de uma

masculinidade calcada em modelos

violentos. Não estamos lidando com um

problema individual, baseado no caráter do

indivíduo ou em patologias. Estamos

tratando de uma questão social, histórica,

um problema que passa a existir lá no

comecinho, quando você ensina às

meninas o cuidado e a fragilidade, e aos

meninos, a dureza e a virilidade”.

Homem o agressor

Mais de 90% dos estupros, no Brasil, são

cometidos por homens. As mulheres

citadas não chegam a 2%. Esse dado

merece uma explicação histórica mais

detalhada, que foi publicada no mesmo

estudo do Ipea.

"A violência de gênero é um reflexo direto

da ideologia patriarcal, que demarca

explicitamente os papéis e as relações de

poder entre homens e mulheres. Como

subproduto do patriarcalismo, a cultura do

machismo, disseminada muitas vezes de

forma implícita ou sub-reptícia, coloca a

mulher como objeto de desejo e de

propriedade do homem, o que termina

legitimando e alimentando diversos tipos

de violência, entre os quais o estupro",

escrevem Daniel Cerqueira e Danilo de

Santa Cruz Coelho.

"Isto se dá por dois caminhos: pela

imputação da culpa pelo ato à própria

vítima (ao mesmo tempo em que coloca o

algoz como vítima); e pela reprodução da

estrutura e simbolismo de gênero dentro

do

próprio Sistema de Justiça Criminal, que

vitimiza duplamente a mulher.",

concluíram.

FONTE: IPEA

Tarefa Mínima

1- Desde que foi criada, em 2006, a Lei

Maria da Penha tem sido reconhecida

pela maioria dos brasileiros como

importante instrumento de punição aos

homens que agem com violência contra

as companheiras.

A lei também prevê programas que visam

à reabilitação e reeducação do agressor,

tendo como objetivos, EXCETO:

a) estimular o rompimento do ciclo

de violência;

b) prevenir a violência doméstica e

familiar contra a mulher;

c) fomentar a responsabilização da

mulher pela violência;

d) contribuir para a equidade de

gênero;

e) refletir sobre a ideologia patriarcal

e as relações de poder.

2- (ENEM-2017)

Campanhas publicitárias podem evidenciar

problemas sociais. O Cartaz tem como

finalidade

a) alertar os homens agressores sobre as

consequências de seus atos,

b) conscientizar a população sobre a

necessidade de denunciar a violência

doméstica.

c) instruir as mulheres sobre o que fazer

em casos de agressão.

d) despertar nas crianças a capacidade de

reconhecer atos de violência doméstica.

e) exigir das autoridades ações preventivas

contra a violência doméstica.

3. Mais do que um problema relacionado à

raça, o homicídio no Brasil sempre se

caracterizou por ser um tipo de crime

vinculado ao território. Nas últimas

décadas, as principais vítimas e autores de

assassinatos foram homens, jovens,

moradores de bairros com pouca

infraestrutura urbana dos grandes centros

metropolitanos. Eles mataram e morreram

por viverem em locais com grande

quantidade de armas, marcados pela

desordem. São territórios com frágil

presença policial, vulneráveis à ação

daqueles que estão dispostos a tentar

exercer o domínio pela violência.

http://www.estadao.com.br/noticias/impr

esso,homicidio-e-um-crime-territorial-e-

nao-esta-vinculado-a-racas, 531604,0.htm.

Acesso em 15/01/2014.

A afirmação que é coerente com a situação

da violência homicida no Brasil e com o

texto acima, de autoria do jornalista Bruno

Paes Manso, é:

a) Nos grandes centros

metropolitanos, a violência

homicida afeta indistintamente a

população negra e branca, já que

se trata apenas de um problema

geográfico e não racial.

b) A presença policial, mesmo que

frágil, garante a redução da

violência homicida, já que impõe

ordem aos territórios violentos e

com pouca infraestrutura urbana.

c) Territórios segregados e

desintegrados do conjunto da

cidade, habitados normalmente

por populações de baixa renda, são

ambientes onde as pessoas são

mais suscetíveis ao risco da

violência homicida.

d) Embora sua influência deva ser

considerada, a ausência de

infraestrutura urbana não pode ter

sua importância sobrevalorizada

quando a questão é o número de

homicídios, porque esses

dependem mais de outras causas.

e) A violência homicida é um crime

vinculado ao território, portanto,

não pode ser combatida por meio

de políticas públicas de segurança

ou de planejamento urbano.

4. Sobre os problemas sociais nas cidades do Brasil, avalie as proposições a seguir:

I) A questão da violência nas cidades tem ampliado a sensação de insegurança e a descrença nos serviços de segurança pública. Noticiários relatam assassinatos, assaltos, sequestros, agressões e outros tipos de violência diariamente;

II) Problemas relacionados com a infraestrutura (iluminação pública, redes de água, esgoto e energia elétrica, asfaltamento, segurança e lazer) não são considerados relevantes para a análise dos problemas sociais urbanos, como as questões de moradia;

III) A deficiência no planejamento e execução de políticas públicas no espaço urbano são alguns dos principais

responsáveis pela gênese e perpetuação dos problemas sociais nas cidades brasileiras;

IV) A desigualdade social provoca o agravamento dos problemas sociais. Uma distribuição de renda mais igualitária contribuiria para a diminuição dos problemas de saúde, moradia, educação e segurança nos espaços urbanos brasileiros.

Assinale a alternativa correta:

a) F, V, V, F

b) V, F, V, V

c) F, V, F, V

d) V, V, F, F

e) V, F, F, F

Gabarito

1- C

2- B

3- C

4- B

Tarefa Complementar:

Assistir: Notícias de uma guerra particular

(Nº1)

Coréia do Norte: tensão

constante

6 questões-chave para entender como a

Coreia do Norte se tornou uma 'nação

pária'

1 - Como surgiu a República Popular

Democrática da Coreia?

O país surgiu como tal em 1948, em meio ao caos que se seguiu na região após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial (1943-1945). Desde 1905, a península coreana esteve sob o controle dos japoneses. Mas, com o fim da guerra, Estados Unidos e União Soviética acordaram que aquele território deveria ser ocupado pelos dois países.

"Os EUA traçaram uma linha ao longo do Paralelo 38 para decidir o destino da península e foi acordado em dividi-la em dois. A parte norte seria ocupada pelas forças soviéticas e a parte sul pelos norte-

americanos", conta James Hoare, ex-diplomata britânico, que foi o responsável por estabelecer a primeira embaixada do Reino Unido em Pyongyang.

Assim, os soviéticos reconheceram a República Popular Democrática da Coreia como um governo comunista liderado por Kim Il-sung, o primeiro "grande líder" norte-coreano. Em 1950, com a crescente tensão entre os EUA e a União Soviética, sul e norte travaram uma guerra que durou três anos e aprofundou ainda mais a divisão e a tensão na região.

"Durante a guerra, os EUA tinham o controle de praticamente todo o espaço aéreo da Coreia do Norte e comandaram bombardeios em massa que destruíram grande parte do país, matando muita gente", observa Hoare, hoje especialista em Coreia na Chatham House, centro de estudos de assuntos internacionais baseado em Londres.

Segundo Hoare, até hoje, esses ataques são lembrados na Coreia do Norte. "[Os ataques] são ensinados às crianças na escola como parte da propaganda de governo".

2 - Como começou a tensão entre as duas

Coreias?

A guerra da Coreia é considerada por muitos como o primeiro confronto armado da Guerra Fria, derivado da tensão ideológica, política e militar entre as duas superpotências da época: EUA e União Soviética.

Apesar de esforços pela reunificação da península, o destino das duas Coreias foi selado por essas diferenças.

Tecnicamente, Coreia do Sul e do Norte ainda estão em guerra e o clima entre os vizinhos é de tensão permanente.

"A Coreia do Norte é uma sociedade com uma mentalidade de assédio permanente",

disse, ao Huffington Post, Charles Armstrong, diretor do centro de pesquisa da Coreia da Universidade da Columbia, nos EUA. "O país tem vivido sob uma ameaça constante desde a guerra de 1950", completa.

O primeiro líder norte-coreano, Kim Il-sung, avô do atual mandatário, Kim Jong-un, deu forma a uma dinastia que tem como base um rígido sistema de governo totalitário no qual os cidadãos não têm liberdade para sair do país e têm acesso restrito ao que acontece no resto do mundo.

Décadas de uma economia centralizada fizeram com que a Coreia do Norte fosse um dos países mais pobres do mundo. O país responde ainda a acusações de graves violações de direitos humanos. Mas o que mais assusta a comunidade internacional é a ambição dos norte-coreanos de se converterem em potência nuclear.

3 - Como a Coreia do Norte sobreviveu

economicamente após a guerra?

"Praticamente desde 1970, a Coreia do Norte vinha recebendo muita ajuda econômica da China, União Soviética e países da Europa oriental", explica Hoare.

Antes, contudo, a Coreia do Norte tinha uma situação econômica mais confortável. "Tinha uma base industrial altamente desenvolvida, que começou no regime japonês; se considerava que o norte era mais rico que o sul", completa Hoare.

Durante essa época, para se destacar ainda mais sobre os vizinhos do sul, a Coreia do Norte se dedicou a conquistar reconhecimento da comunidade internacional.

Foi um ativo membro do Movimento de Países Não-Alinhados e parte de sua política externa se baseava em ampliar relações diplomáticas ao redor do mundo.

No final de 1960, o crescimento econômico do lado norte era maior que o do sul. Até o fim de 1970, o Produto Interno Bruto per capta norte-coreano era igual ao do vizinho.

As coisas começaram a mudar quando, precisando de fundos para modernizar a indústria, Pyongyang contraiu volumosos empréstimos da comunidade internacional.

Depois, viram a crise do petróleo, em 1973, e a morte de Mao Tsé-Tung, na China, país aliado desde a Guerra da Coreia.

No final de 1980, a economia começou a estancar e quase entrou em colapso absoluto com a queda da União Soviética, em 1991.

4 - Como surgiu o isolamento norte-

coreano?

Uma combinação de fatores, na avaliação de especialistas, levou o país da crise - agravada com o fim da União Soviética - até à situação de isolamento.

"A União Soviética entrou em colapso e a Rússia disse: 'acabaram os preços camaradas para os amigos'. A China, por sua vez, também se movimentava na direção do capitalismo de Estado, e disse à Coreia: 'Sentimos muito, mas não vamos te subsidiar'", conta James Hoare.

Um dos principais fundamentos do governo de Kim Il-sung foi a ideologia de autossuficiência, chamada de "Juche" - que em coreano significa "conjunto principal". É uma diretriz implementada e perpetuada pelos Kim que se baseia em três pilares: independência política, autossuficiência econômica e autonomia militar.

"Esta ideologia fez com que a Coreia do Norte se transformasse num verdadeiro 'reino eremita' por causa do enorme estigma que o 'Juche' coloca em relação às políticas de cooperação com outras nações", escreveu Grace Lee numa revista

acadêmica sobre o Leste Asiático da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

O governo usou o Juche para justificar o isolamento contínuo do regime e o culto à personalidade de seus líderes. Em paralelo, tem se dedicado a impulsionar sua autonomia militar.

5 - Foram as ambições nucleares que levaram ao repúdio internacional?

Ainda durante os anos 1990, a Coreia do Norte começou a sinalizar que estava desenvolvendo um programa nuclear, o que provocou alarme em todo o mundo. Pyongyang, então, saiu do tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado em 1968, e revelou ter armas do tipo.

Em 2002, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, incluiu a Coreia do Norte na lista de países do "Eixo do Mal", expressão usada pelo então líder norte-americano no contexto da chamada "luta contra o terror" após o 11 de Setembro de 2001.

Apesar das tentativas de convencer Pyongyang a desistir do programa nuclear em troca de concessões políticas e econômicas, os esforços não foram bem sucedidos. O país sofreu duros golpes na sua economia com a imposição de sanções internacionais, como medidas que restringiram a exportação de carvão, vital para o país.

"Houve um ponto em que os Estados Unidos, durante os anos de Bill Clinton, consideraram aparentemente a possibilidade de atacar as instalações nucleares norte-coreanas para pressioná-la. Mas decidiu-se que os riscos eram grandes demais", avalia Hoare.

Agora, o governo de Donald Trump parece estar disposto a elevar a temperatura na relação com o país para tentar dissuadi-lo de suas ambições nucleares.

6 - A comunidade internacional pode

encontrar uma solução para "o problema"

da Coreia do Norte?

Já se falou que é impossível negociar com o atual líder norte coreano, Kim Jong-un - que foi chamado de "irracional" pela nova embaixadadora dos EUA na ONU, Nikky Haley. Mas especialistas concordam que não é totalmente "irracional" produzir armas nucleares para se proteger.

"Kim Jong-un não tem aliados confiáveis capazes de garantir sua segurança", diz o professor John Delury, da Universidade de Yonsei, em Seul. "Já está enfrentando uma superpotência hostil (EUA) que, em anos recentes, tem invadido estados soberanos ao redor do mundo e derrubado seus respectivos governos", avalia o professor.

Para Delury, os norte-coreanos aprenderam uma lição com a invasão dos EUA ao Iraque: basicamente, a de que se Saddam Hussein tivesse armas nucleares, teria sobrevivido.

James Hoare concorda. Para ele, não se pode dizer que uma dinastia que sobrevive há quase 70 anos é irracional.

"Até certo ponto, o isolamento da Coreia do Norte tem sido autoimposto, mas também tem sido influenciado pelas atitudes do Ocidente", observa Hoare. "Para os Kim, e para a elite que o cerca, a sobrevivência tem sido o principal objetivo. Eles viram o que aconteceu no Iraque, com Saddam Hussein, o que ocorreu na Líbia, com Muammar Khadafi. E viram como as pessoas que formavam parte desses sistemas perderam tudo", completa o especialista.

Os Estados Unidos têm aumentado a pressão sobre a China para que os ajude a reduzir as tensões na região asiática. Mas os chineses resistem a isolar ainda mais o vizinho.

"Francamente, é muito difícil ver uma solução", diz Hoare.

"Talvez os Estados Unidos devam aceitar que não conseguirão tudo o que desejam com a Coreia do Norte. Ou optam pela alternativa, que é o conflito", opina o especialista britânico.

Ele diz ainda que os coreanos não são "suicidas" e que sabem o que estão enfrentando. "Mas se estiverem sob ameaça e sob ataque, tenho certeza que vão responder. Pensar sobre essa alternativa é assustador".

Tarefa Mínima

1) As imagens noturnas feitas por

satélites revelam a distribuição

espacial do consumo de energia

elétrica, permitindo identificar

diferenças importantes entre as

sociedades humanas, como no

exemplo abaixo.

A imagem indica diferentes padrões

espaciais do consumo de energia entre as

regiões norte e sul da Península Coreana.

Entre essas regiões, tal diferença é

explicada, principalmente, por seus

respectivos níveis de:

a) poderio militar

b) democracia política

c) contingente populacional

d) desenvolvimento econômico

2) Leia o texto a seguir.

Coreia do Sul pede mediação de Rússia e China para conter Norte

O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yun Byung-se, disse nesta quarta-feira (10) que pediu a mediação da Rússia e da China para tentar convencer a Coreia do Norte a encerrar suas provocações militares, em um momento de elevada tensão na Península Coreana.

"Através de uma estreita colaboração com a Rússia e a China, o governo sul-coreano continua realizando esforços para persuadir a Coreia do Norte a mudar sua atitude", disse Yun durante um comitê parlamentar, em declarações divulgadas pela agência "Yonhap".

G1, 10/04/2013. Coreia do Sul pede mediação de Rússia e China para conter

Norte. Disponível em: G1. Globo

A respeito do “momento de elevada tensão na Península Coreana”, mencionado no texto, assinale a alternativa correta:

a) A tensão entre as Coreias se deve ao fato de o Sul, socialista, ameaçar a eclosão de uma guerra caso o Norte não ceda parte de seu território.

b) A tensão mencionada no texto refere-se à instabilidade geopolítica estabelecida entre as Coreias após o Norte ter realizado novos testes nucleares e de ter ameaçado a eclosão de uma nova guerra entre os dois países caso o bloqueio econômico imposto pelos EUA e pela ONU não seja quebrado.

c) O pedido da Coreia do Sul pela intervenção de Rússia e China deve-se ao fato desses dois países serem os maiores inimigos da Coreia do Norte, o que poderia desviar o foco desse país, que esqueceria seus inimigos do Sul.

d) As “provocações militares” a que o texto se refere são as frequentes zombarias elaboradas pelo governo norte-coreano a fim de provocar uma instabilidade na relação entre os dois países, fazendo com que outras nações intercedam e combatam eventuais ataques realizados pela Coreia do Sul.

e) A divisão entre as duas Coreias é apenas ideológica, haja vista que ambas fazem parte de um mesmo território político.

3- Observe o mapa abaixo e assinale a alternativa correta:

Adaptado de Wikimedia Commons.

Disponível em: Commons

O mapa indica:

a) a zona de conflito entre as duas Coreias.

b) os espaços de transporte clandestino de imigrantes norte-coreanos que deixam ilegalmente o país.

c) a fronteira entre Coreia do Norte e Coreia do sul, estabelecida após o Armistício de Panmunjom, localizada no 38º paralelo.

d) O projeto de um estreito marítimo que dividiria geograficamente as duas coreias e que seria utilizado para facilitar a navegação.

e) A zona militar norte-coreana, cujos mísseis já estão apontados para os rivais sul-coreanos.

Tarefa Complementar

1- A ROSA DE HIROSHIMA

Pensem nas

crianças

Mudas telepáticas

Pensem nas meninas

Cegas inexatas

Pensem nas mulheres

Rotas alteradas

Pensem nas feridas

Como rosas cálidas

Mas oh não se esqueçam

Da rosa da rosa

Da rosa de Hiroshima

A rosa hereditária

A rosa radioativa

Estúpida e inválida

A rosa com cirrose

A antirrosa atômica

Sem cor sem perfume

Sem rosa sem nada

viniciusdemoraes.com.br

COREIA DO NORTE REALIZA

SEU MAIOR TESTE NUCLEAR

A Coreia do Norte realizou seu maior teste

nuclear em setembro de 2016 e informou

ter dominado a habilidade de montar uma

ogiva em míssil balístico. O teste aumenta

a instabilidade na Ásia e preocupa os

países da região, sobretudo Coreia do Sul,

China e Japão. E.U.A., Rússia e Organização

das Nações Unidas (ONU) também

condenaram o teste nuclear. A explosão,

no dia da comemoração dos 68 anos da

fundação do país, foi mais poderosa que a

bomba detonada em Hiroshima, de acordo

com estimativas do Ministério de Defesa da

Coreia do Sul. A explosão foi tão forte que

provocou um terremoto de 5 graus na

escala Richter no local do teste.

Adaptado de veja.abril.com.br,

09/09/2016

O poema de Vinícius de Moraes alude ao

lançamento da primeira bomba atômica

sobre a cidade japonesa de Hiroshima, em

1945. Mesmo com os acordos de restrição

ao uso desse tipo de armamento, os

dispositivos nucleares ainda desestabilizam

as relações internacionais, como descreve

a reportagem. Com base nos textos, a principal motivação do governo da Coreia do Norte em testar esses dispositivos e o efeito que esses testes provocam são, respectivamente:

a) expansão do território no Extremo

Oriente − agressão à população

civil

b) preservação das fronteiras políticas

nacionais − ruína da produção

agrícola.

c) competição da indústria local com

outros países asiáticos − poluição

do meio ambiente

d) demonstração de poder aos

governos vizinhos − impacto

duradouro da radioatividade

Gabarito

TM-

1-D

2-B

3-C

TC-

1-D

Projeto um documentário por semana:

1- Notícias de uma guerra particular

https://www.youtube.com/watch?v=EAMIhC0klRo

2- O invasor americano

https://www.youtube.com/watch?v=csgQzWAV7CQ

3- A globalização vista do lado de cá

https://www.youtube.com/watch?v=-UUB5DW_mnM

4- Pixote: a lei do mais fraco

https://www.youtube.com/watch?v=MLf-GG4qfwo

5- Requiem for american dream

https://www.youtube.com/watch?v=eygAlutORMk

6- Privatizações: a distopia do capital

https://www.youtube.com/watch?v=A8As8mFaRGU

7- Utopia e Barbárie

https://www.youtube.com/watch?v=cn9li_NePro

8- O povo Brasileiro: Darcy Ribeiro

https://www.youtube.com/watch?v=wfCpd4ibH3c&list=PLyz4LUAInoJJgiAJBM-MqfA69gClLt1uz

9- Lixo extraordinário

https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8

10- O riso dos outros

https://www.youtube.com/watch?v=uVyKY_qgd54

11- Nós que aqui estamos por vós esperamos

https://www.youtube.com/watch?v=-PXo5oGztiw

12- O mercado de notícias

https://www.youtube.com/watch?v=zq4CpvHdbAA

13- Occupation101

https://www.youtube.com/watch?v=H8CUdOZayu4&t=1517s

14- Eles não usam black tie

https://www.youtube.com/watch?v=Uzl2K1bDRog

15-Pro dia nascer feliz

https://www.youtube.com/watch?v=nvsbb6XHu_I

16- O aborto dos outros

https://www.youtube.com/watch?v=de1H-q1nN98

17- Poder em roda livre: a história da troika

https://www.youtube.com/watch?v=XXcEab-ZgBA

18- O financiamento do Estado Islâmico

https://www.youtube.com/watch?v=qs7VtBZV9bQ

19 – O veneno está na mesa II

https://www.youtube.com/watch?v=fyvoKljtvG4

20- O dia que durou 21 anos https://www.youtube.com/watch?v=nmT6w_k_ciw

21- A história das coisas

https://www.youtube.com/watch?v=MWUHurprTVA

22- A negação do Brasil

https://www.youtube.com/watch?v=PrrR2jgSf9M

23- Sicko – SOS Saúde

https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg

24- Capitalismo: uma história de amor

https://www.youtube.com/watch?v=iOPipzIwgQI

25- Wikileaks https://www.youtube.com/watch?v=W3p62tAq84M

26- Surplus

https://www.youtube.com/watch?v=lqeXYsv1Wyw