COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA
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Proandi
08
C.A. colheita de amostras Protocolo de colecta de amostras de água
Dezembro
Vanessa Raquel Lino Isnard Colman
C.A. colheita de amostras 2008
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Equipamentos para o transporte das amostras recolhidas.
COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA
Para que haja um adequado e eficiente programa de
monitoramento da qualidade da água, um dos passos mais
importantes é a colecta de amostras de água. A fiabilidade dos
resultados e a interpretação adequada dos resultados analíticos,
depende da correcta execução dos procedimentos. O simples facto de
abstrair uma amostra do seu local de origem e colocá-la em contacto
com as paredes de recipientes e, portanto, sujeitando-a a um novo
ambiente físico, pode ser suficiente para romper esse equilíbrio
natural e conferir mudanças na sua composição. O intervalo de tempo
entre a colecta das amostras e a realização das análises também
pode comprometer sobremaneira sua composição inicial,
especialmente quando no caso de substâncias que se encontram em
pequenas concentrações.
As mudanças nas condições físico-químicas da amostra podem
resultar em grandes alterações na sua composição inicial através da
precipitação de metais dissolvidos ou formação de complexos com
outros constituintes, mudança no estado de oxidação de catiões e
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aniões, dissolução ou volatilização com o tempo, possibilidade de
absorção de iões pelas paredes dos frascos ou perda através de
mecanismos de troca iónica. Por isso, é de fundamental importância
que seja realizada a refrigeração das amostras
Os tipos de frascos mais utilizados no armazenamento de
amostras são os de plástico, vidro boros silicato e do tipo
descartável; sendo estes últimos empregados quando o custo da
limpeza torna-se muito oneroso. O tipo de frasco a ser utilizado
depende da natureza da amostra a ser colectada e dos parâmetros a
serem investigados. Não existe uma solução universal, havendo a
necessidade de escolher o material de acordo com sua estabilidade,
facilidade de transporte, custo, resistência à esterilização, etc. A
escolha dos frascos geralmente é feita de acordo com o conjunto de
determinações a serem realizadas na amostra colectada, por
exemplo, frascos para colecta de amostras destinadas à análise
biológica, microbiológica, físico-química, biocidas, etc. Desta forma,
existem normas que discriminam o tipo de frasco a ser utilizado de
acordo com o parâmetro a ser analisado.
A limpeza de frascos e tampas é de suma importância para
impedir a introdução de contaminantes nas amostras. São
necessários cuidados especiais para evitar a utilização de materiais
de limpeza cuja fórmula contenha as substâncias que se quer
determinar na amostra de água. O exemplo mais comum desse tipo
de interferência é o uso de sabões com fosfato, quando se quer
determinar esse constituinte; descontaminar utilizando solução de
ácido nítrico quando se deseja analisar iões nitrato, etc. O uso de
frascos descartáveis inertes previne tal tipo de contaminação.
No caso de requerer-se análise de macronutrientes, como os
sais dissolvidos de nitrogénio e fósforo, a descontaminação dos
frascos de colecta com uma solução de ácido clorídrico a 5% pode ser
suficiente.
CUIDADOS GERAIS
1 - As amostras não devem incluir partículas grandes, detritos, folhas ou outro tipo de material acidental;
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2 - Para minimizar a contaminação da amostra convém recolhê-la com a boca do frasco de colecta contra a corrente;
3 – Colectar um volume suficiente de amostra para eventual necessidade de repetir alguma análise de laboratório (de 1,5 a
2 L);
4 - A parte interna dos frascos e do material de colecta, assim como tampas, não podem ser tocadas com a mão ou ficar
expostos ao pó, fumaça e outras impurezas (gasolina, óleo, e
fumos de exaustão de veículos podem ser grandes fontes de
contaminação de amostra). Recomenda-se, portanto, que os
colectores mantenham as mãos limpas ou usem luvas plásticas
(cirúrgicas e não coloridas) e não fumem durante a colecta das
amostras;
5 - Imediatamente após a colecta, as amostras devem ser colocadas ao abrigo de luz solar;
6 - As amostras devem ser acondicionadas em caixa isotérmica com gelo;
7 - Registar todas as informações de campo como:
• Identificação do ponto de amostragem e sua localização
(profundidade);
• Data e hora de colecta;
• Tipo de amostragem (efluente industrial, água de rio, potável,
poço, etc.);
• Condições meteorológicas nas últimas 24 horas, como
chuvas;
• Nome do responsável pela colecta, endereço e telefone.
Sistemas de Distribuição de Água Para Consumo Humano
1 - Verificar se o ponto de colecta recebe água directamente do sistema de distribuição e não de caixas, reservatórios ou
cisternas;
2 - A torneira não deverá ter aeradores ou filtros, nem apresentar vazamentos de água;
3 - Inicialmente abrir a torneira e deixar escoar a água por 2 a 3 minutos, ou o tempo suficiente para eliminar impurezas e
água acumulada na canalização;
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4 - Caso seja necessário, utilizar uma solução de hipoclorito para eliminar qualquer tipo de contaminação externa;
5 - Remover completamente o hipoclorito antes da colecta;
6 - Abrir a torneira a meia secção (fluxo pequeno e sem respingos) por 2 minutos;
7 - Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protector, com todos os cuidados de assepsia, evitando
contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material;
8 - Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efectuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente
2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a
homogeneização;
9 - Fechar o frasco imediatamente após a colecta, fixando bem o papel protector ao redor do gargalo e trazer ao laboratório
sob refrigeração.
Poços Freáticos
1 - Em poços equipados com bombas manuais ou mecânicas, bombear a água durante aproximadamente 5 minutos;
2 - Realizar desinfecção da saída da bomba com hipoclorito;
3 - Deixar a água escorrer novamente antes da colecta de amostra;
4 - Remover a tampa do frasco conjuntamente com o papel protector, com todos os cuidados de assepsia, evitando
contaminação da amostra pelos dedos, luvas ou outro material;
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5 - Segurar o frasco verticalmente, próximo à base e efectuar o enchimento, deixando um espaço vazio de aproximadamente
2,5 a 5,0 centímetros do topo, possibilitando a
homogeneização;
6 - Fechar o frasco imediatamente após a colecta, fixando bem o papel protector ao redor do gargalo e trazer ao laboratório
sob refrigeração.
7 - Em poços sem bomba, a amostragem deixa de ser feita directamente no poço, utilizando um recipiente esterilizado
(passar álcool em baldes);
8 - Não retirar amostras da camada superficial da água, evitando a contaminação com espuma ou com outro material
das paredes do poço.
Águas Superficiais
Amostras colectadas directamente de um corpo receptor:
1 - Procurar evitar a colecta de amostras em áreas estagnadas ou em locais próximos às margens;
2 - Com todos os cuidados de assepsia, remover a tampa do frasco juntamente com o papel protector;
3 - Com uma das mãos, segurar o frasco pela base, mergulhar rapidamente o frasco com a boca para baixo, de 15 a 30
centímetros abaixo da superfície da água, para evitar a
introdução de contaminantes superficiais;
4 - Direccionar o frasco de modo que a boca fique em sentido contrário à correnteza;
5 - Se o corpo de água for estático, deverá ser criada uma corrente superficial, através da movimentação do frasco na
direcção horizontal (sempre para frente);
6 - Inclinar o frasco lentamente para cima, a fim de permitir a saída de ar e subsequente enchimento do mesmo;
7 - Retirar o frasco do corpo de água, desprezar uma pequena porção da amostra, deixando um espaço vazio suficiente que
permita a homogeneização da amostra para análise;
8 - Fechar o frasco imediatamente, fixando o papel protector ao redor do gargalo e trazer ao laboratório sob refrigeração.
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