Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacional - cd J...

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¦¦•¦¦¦¦• / V ANNO XIX RIO BE JANEIRO, 23 DE DEZEMBRO DE 191G NUM. 17.-11 Semanário Humorístico Illustrado E NUMERO AVULSO E cd 200 réis *=* J Redaccão, escriptorio c officinas— Rua do Hospicio N. 218 Telephone Norte 3515 1 í i M N f i i . ¦ rir; BRUN ,4 dn cot/í. Meu marido manda-me dizer aqui que chegará por estes dias... A outra Que transtorno, hein?... O rapaz Transtorno, nenhum. Até é bom que elle venha, porque, assim, não terei de agüentar sozinho, como até agora, com vocês ambas... n m M M m \n M m f a T3 @ U ¦8 s ? K © cjji 0 m\ O' «@l j=Hl ti •A g ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRA PELOTAS RIO GRANDE DO SUL Grande depurativo do sangue. Único que cura a "SyphlHs" Vande-aa «a todaa aa Pharmaoiaa Drogaria*. -;' »ri~,,lÃütâ*-i-!:;¦,. „., ...';.,, ;. .. ..-..

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¦¦•¦¦¦¦• / V

ANNO XIX RIO BE JANEIRO, 23 DE DEZEMBRO DE 191G NUM. 17.-11

Semanário Humorístico Illustrado

E NUMERO AVULSO E

cd 200 réis *=*J

Redaccão, escriptorio c officinas— Rua do Hospicio N. 218 — Telephone Norte 3515

1íi'á

M

Nfi

i . ¦

rir;

BRUN

,4 dn cot/í. — Meu marido manda-me dizer aqui que chegará por estes dias...A outra — Que transtorno, hein?...O rapaz — Transtorno, nenhum. Até é bom que elle venha, porque, assim, não terei de

agüentar sozinho, como até agora, com vocês ambas...

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ELIXIR DE NOGUEIRA Do pharmaceutico e chimico JOÃO DA SILVA SILVEIRAPELOTAS — RIO GRANDE DO SUL

Grande depurativo do sangue. Único que cura a "SyphlHs"Vande-aa «a todaa aa Pharmaoiaa • Drogaria*.

-;' »ri~,,lÃütâ*-i-!:;¦,. „., ...';.,, ;. .. ..-..

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(-)O RIU NU (-0 23 de Dezembro de 1916 'U>íl

ctEXPEDIENTE

1] do Cr~jZ

Anno

4» B.64» r-i-iFUNDADO EM 1898

ASS1GNATURAS

. . 12*000 | Semestre.Exterior: Anno 20*000

7*000

Numero avulso, 200 réisNos Estados e no interior, 300 réis

_9ir_!Toda a correspondência, so)a de

que espécie for, deve ser dirigida aogerente desta folha.

_i-__3_l_

A \m\WA E A FWK

R&* ASOU-SE o Juea.í_Íí F°' UII,a 'esta Cle esta'° na"/??$ quelle pequenino logar do Es-

¥4g£? tado do Rio: musica, flores,baile, muita comida, bebida a dar com umpão, e gente alegre como em dias uenhunsda vida.

A ceremonia tivera logar pela manhã,ahi por volta das oito horas, e desde aqueliaoceasião ninguém pensou mais sinão no di-vertimento.

O Juea era um rapaz sacudido. Era filhodo fazendeiro mais rico do logar.

E a noiva era encantadora.Ambos eram de educação rústica — edu-

cação da roça, simples como todas as edu-cações desse gênero — mas eram queridospor toda a população ; por isso o momentonão podia deixar de ser muito festejado.

A' noite, farta já de comer, cantar e dan-sar, toda a gente tratou de ir para casa —mesmo porque os casadinhos manifestavamdesejos de se recolherem ao quarto.

Os mais Íntimos acompanharam-n'os atéá porta e despediram-se, desejando-lhes go-sasse felicidades.

E retiraram-se.Iídepois tudo voltou ao silencio dos

dias anteriores — um silencio adorável, emmeio do qual um poeta poderia compor ummilhão de versos.

Na manhã seguinte... Rompia o diaainda... Alguém batia á porta do quarto doscasadinhos. Era a mãe da noiva que ia sa-ber... si a filha havia passado bem.

Levava na mão uma rosa vermelha —linda, toda desabrochada, parecendo umamancha de sangue muito vivo, muito limpo...

Foi o noivo quem lhe abriu a porta.A senhora entrou e dirigiu-se ao leito.Então, minha filhinha?Então o que, minha mãe ?Que tal te soube a primeira noite de

casada?Oh ! minha mãe!...Bem 1 Bemj Não é preciso que cores!

Eu sei o que são essas coisas, porque tam-bem por lá passei I Se te vim ver a estahora, foi simplesmente para te fazer presentedesta flor que hontem colhi para ti.Para mim ?

Sim, para ti. Quando hontem a arran-quei do pé, era ella ainda um botão fechadoAbriu durante a noite.

Abriu durante a noite perguntou 0noivo rapidamente.

Abriu, sim, mas o que tem isso?. - -Náo tem nada, minha sogra. E que,

não sei porque, comparei agora essa flor aa minha mulher. Ella lambem. ¦ ¦

Era hontem um botão, não é ver-dade ?

Exaclanieute. E, como a sua llor,também desnbrochou esta noite...

JARS.

Questão de carne

A A. de A. S.

Vivia o Oilco'a Rosa em harmonia tal,que é rara ao fim de um anno á vida conjugai.O Gil fazia á Rosa o que a Rosa queria;e quanto o quizesse a Rosa lhe fazia.Brigar! Nunca tal coisa ali se imaginara.Reinava eterno idylio, uma alegria rara.

No emtanto, deu-se agora um facto inesperado ;a Rosa anda trombuda e o Gil anda arrufado.— Porque ?—Ninguém o sabe, no certo ninguém diz...Se sempre esse casal viveu terno e feliz !...

Em toda a visinhança é largo o coinmentario:«O Gil brigar c'o a Rosa !» 6 caso extraordinário...Inquire-sè o moleque, a velha cozinheira...Ninguém sabe explicar a causa verdadeira.

Pois eu tive informante, e perspicaz defama...(O que é segredo aos mais, não é para a mucamü.)A causa desse arrufo a mim pouco me espanta.A briga, ao que ella diz, foi sexta-feira santa :o Gil quiz carne fresca e a Rosa nào lh'a deu ;mas na hora da alleluia a dal-a resolveu.O Gil então não quiz, foi comer carne fora.

Ahi está porque o casal anda brigado agora.TESOURA.

Pomada Seccaíiva de São LázaroA única que cura toda e qualquer ferida

sem prejudicar o sangue; allivia qualquerdor, como a erysipela e o rheumatismo. Co-nhecida em todo o universo. Ruas dos An-dradas, 43 a 47 e Hospício, 164 e 166.

Macaco é outro..

«Moço estrangeiro que tema sua casa installada, desejatravar conhecimento com umamoça bonita e independente,embora de descendência mo-desta.»

(Do Popularissimo.)

Quer juventude e bellezaDecendencia, independência...Mas, elle quer, com certezaFazer alguma indecência...

EUCASOLIVRI.

O beijo é a sublime conjuneção de duasalmas.

COMMENTARIOS

O chamado caso de Matlo Grosso lemdado panno para mangas.

Uns querem na presidência do Estado oGeneral Caetano, outros batem-se pelo Sr.Escholastico.

Apparece agora um telegramma passadopor varias damas maltogrossenses pedindo acontinuação do General Caetano.

E cilas têm toda a razão em pedir o Ge-neral: é um homem armado...

Os moradores de inhaúma reclamaramao Correio contra o preço da carne verde queos açougueiros cobram a 1*200 o kilo.

Ora, a novidade!Eu que não sou açougueiro, paguei muita

carne a 3*000 e hoje pago a 5*000. E olhemque a carne que eu pago por esse preço, tal-vez não chegue a 220 gramnias e, apezar denão ser verde, enche a barriga dc multa gentena rua do Núncio !

Uni leiteiro qualquer queixou-se á poli-cia de que lhe roubavam o leite.

Apurada a queixa descobriu-se que oslarápios eram quatro mocinhos, nada queu-tcs...

Agora, vocês, me digam se o leiteiro nãotinha razão em se queixar.

Quatro a puxarem a teta 1

Relatam os jornaes que foi descobertauma mina de mercúrio nesta Capital e fa-zem-n'o com grande estardalhaço e admira-ção I

Não vejo motivo para tanto alarme, se setratasse de uma mina de nitrato de prata 1vá, lá... seria approveitada para o trata-mento dos buceplialos, etc.

Conta o Correio que em 1852, vários es-tudantes, hoje paredros políticos, cantaramum Te-Deutn, sob a batuta de Francisco Ma-noel.

Ha 54 annos INão admira que elles naquella época

cantassem... estavam na edade.Hoje é que eu duvido que elles façam

alguma cantata !

A popular Época, num gesto de indigna-ção, reclama contra o arrendamento ou vendade navios nacionaes.

Até rebocadores vão passar ás mãosestrangeiras !

Tem razão, a nobre eollega ; sem os re-bocadores o que váe ser das catraias quebordejam pelos largos do Rocio eS. Fran-cisco, á noite?

Está na terra a embaixada Uruguay, quefoi recebida com todo o rigor da gentileza.E é tão numerosa a distineta representaçãoda republica visinha, que a cada passo ouvi-mos phrases pronunciadas no mais puro cas-telhano de Cervantes.

De tanto ouvir falar, eu até já aprendialguma cosita, apesar de nada entender-

Calculem vocês que noutro dia para seragradável a uma tirugtiaya das minhas rela-ções, ofíereci-lhe dois pesos e um duro 1

CAPIRÀO EUTICO.

E' sabido que a mullier se mostra es-quiva quando deseja que um homem aconquista.

ÂJPamiHa BeIfrão GRANDE ROMANCE ESCANDALOSO

Preço IP - Pelo Correio

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... . -s.

23 de Dezembro de l')lt"> (—) O RIO NU (—) ES

Pelos TheatrosPelos caminhos da troça :

De S. Paulo recebemos uma caria daAuiillia, dizendo que «i Invicto Dl 11 iz já soli-citou lhe abono e que ella escreveu-lhe di-zcndo que france/. siise fala no Rio, S. Paulonão lem trouxas...

Suite na banca, «seu Diniz». Outra, queaquella já seccou.

Ot Disseram-nos que a Luiza Caldasestá amando alguém na companhia do S.José,alfirmando-nos que cm breve leremos reprisecom tomates.

Olha, Luiza, ojntnbo & Indigesto ICuidado, pois, Luiziiiha.«ar Vimos o «liarão das Iscas, (vulgo

Braga) fazendo uma vacca na porta do Mim-chen, afim dc arranjar o dinheiro para umretrato em tamanho natural da Margarida.Que grande amor elle te tem?

Safa, nem de S. Paulo ella dá uma (olga?!'=ff A pedido do Teixeira do Café Pri-

inavera, concedemos o habeas-corpus ao Tor-res do S. José.

Todavia, lembramos ao amigo Torres,ser pouco decente estar perturbando e em-patando o negocio da sua Olynipia. Acaso oamigo não sentiu differença ? Com um ele-phanlc como aquelle com quem ella estavaceiando no Munchen, é caso para ficar acha-tada.

E o amigo espiava da porta. Muito bo-nito !

«st* Menina Celeste de Oliveira, acceiteos nossos parabéns ; que Deus a faça felizjunto dos seus, que estão prestes a chegar.

E tenha juizo.¦ar Disse-nos o Pharol que o Chiquinhonão váe para Portugal porque está hypothe-cado.

Já?...w Vamos ficar livres do grande artistaLino que foi deportado para a companhia domenino Grijó.

esr Menina Guy, appareça, não ha quema veja.

O que é feito de si ? Dê um ar de suagraça I

Será outro amante casado !fS" Noticias de S. Paulo dizem que o

pessoal do Carlos Leal anda acephalo.Pudera, aquillo lá não é o Rio, que tem

muitos trouxas Insr Dizem que o Leonardo Trinca Espi-

nhas, vulgo de Souza, tem que deixar a tetada Chica Brazão, porque o Raul Soares foisolicitado.

Diz ella que o duetto váe ser de arromba.Cuidado, Chica, porque a arrombada serávocê.

s& Disse-nos o Carlos Leal que o pu-blico de S. Paulo é que sabe dar valor ao tra-balho delle — que o publico carioca é muitoignorante.

Nós cá te esperamos, seu Leal.SEU COISA.

Au Biiou de Ia Mode ¦¦ grande depositode calçados, por

atacado e a varejo. Calçado nacional e estran-geiro para homens, senhoras e crianças. Pre-ços baratissimos, rua da Carioca ns. 78 e 80Telephone 3.660 Central.

TrovaBrilham teus olhos, morena,Nesse teu rosto formoso,Como um pedaço de céoDepois de um dia chuvoso.

"*¦ HÍTI U • - tllVri J *1 »

O Carnaval bate ás portas do Rio de Janei-ro ; para recebei o todo sintirt deve vestir-se ámoda, embora com roupas leves, por causa docalor. E, como a festa de Momo exige que sefaça uma severa economia para poder gastardinheiro em confetti c lanç.i-perfuuie, os queprecisam reformar a encadernação devem pro-curar o estabelecimento que vende barato e bom.

Este estabebeclmento, único na capital daRepublica,é a Alfaintnri,-. Guanabara,o famoso 3<» da rua tia Carioca, onde se en-contra o mais completo sorliinenlo de ludoquanto ha de melhor em roupas feitas e sobmedida por ínfimo preço.

•K-1CA PmaUTUABA Enviam-se InstrucçOes e acceilam-se pedi-dos do interior, dando-se agencia.

«D IBOjJcD

Symphronio Mendes üuizado,Janota dos mais lirós,Num trem, muito apaixonado,Supplica nm beijo chupadoA' dama com quem ia a sós.

Se era a dama um cherubimNâo ditei na oceasiâo ;Porém direi, inda assim,Que alguns diziam que sim,Outros diziam que não.

Cão de regalo affagavaEsta illustrisslina dama,Que de plunias se toucava ;E, nos affagos, ganhavaVer muitas ptilgas na cama.

E dizia o tal Guizado :— «Ardo com sede de um beijo !Se o não dás, meu bem amado,Vejo-me aqui achatado,Como qualquer percevejo !...»

A dama o seu cão formosoApresenta ali então...E o nosso amante extremosoImprime um beijo estrondosoSobre o focinho do câo 1...

Sem perceber que, amoroso,Beijava a espécie canina,Symphronio todo baboso,Dava suspiros de goso,Crendo beijar a menina.

— «Subi ao céo da ventura»O nosso Guizado diz;«Posso entrar na sepultura,Que beijei Amalia pura,E morro muito feliz !»

Quando a illusão é completa,Vale uma realidade:Isto dizia um roupeta,Que, até falando de pê,Prestava culto á verdade.

PIMPÂO.

Dize-me, meu anjo, sou o primeiro aquem amas ?

E's ! Mas os homens são muito curió-sos. Já é o quinto que me pergunta a mesmacoisa !...

DOIS CONTRA UMA -- [tl^íV^Ztlissimas photograpitias de scenas de verda-deiro amor livre tiradas do natural, capri-chosamente coloridas e magnificamente im-pressas em superior papel couché. Um vo-lume de apurado gosto por 1S500 apenas;pelo Correio, 2$000.

Pouca vergonha«Um homem de nacionali-

dade estrangeira, deseja pro-teger discretamente uma moçaaté 30 annos, branca, sadia,asseiada e sem compromis-sos.»

(Do Poputarissimo.)Taes pedidos disi.retos de moça,Por favor, no jornal mais não ponha !Seu desejo não passa, ora poça !

De uma pouca-vergonha !BARRIGU1NHA DE MACACO.

Numa reunião chie, o Gouveia approxi-ma-se de uma senhora, linda como os amo-res, e pergunta-lhe :

V. Ex. não ama os esplendores danatureza ?

Não, senhor — responde a dama —Eu sou ainda solteira.

CANTIGA

Eu não adoro a RitinhaPorque, além de impertinente,

. Não gosta, essa pestezinha,De dar beijinhos na gente...

"CUL TO DE VENUS"

O romance de maior suecesso publi-cado em rodapé no Rio Nu, depois reuni-do em volume e do qual se esgotaramvarias edições, está de novo impresso.Desta vez, porém, «Culto de Venus» foieditado a capricho, trazendo deliciosasgravuras a illustrarem o texto e uma capamaravilhosamente impressa a três cores-foi, além disso, cuidadosamente revistopelo próprio autor.

Está á venda a i$ooo o exemplarpelo Correio, i^oo.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospício, 218.

MUSA •pO-plIL-sAR

Se pudessem crear azasÒs beijos que me tens dado,Quando o bando erguesse o vôoTapava o céo, lado a lado !

JOÃO LÚCIO.

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(-)ORIO NU(-) =_<^] -Ide Dezembro de 191 ü fjg

0 artificio do pudorConto de Catulo Mendes.

I

, -si. UAS-• íl$__l ;:'011 obrigado a confessar que.!*!'Í nesse dia de ardente estio esta-7^29 vani uma e outra—quem, uma ?

Lucy ; quem, a outra? Luce — completa-mente nuas num quarto qtíe as jancllas fc-chadas e as cortinas corridas, refrescavam emergulhavam numa delicada e mysleriosaescuridão. Trevas ? e claridade também ; umpouco mais de crepúsculo e muito menosque noite; alguma coisa da luz que ador-mece, e, que aos olhos semi-cerrndos fazemsuppor ser a sombra.

Quanto á razão porque uma, Lucy, e aoutra. Luce, com todo o fato cahido no boa-doir próximo — não estavam mais vestidasdo que uma haste sem casca, não esperemque lhes a dê. Oh 1 quem conhece a causadas coisas? «Sem razão» é, talvez, a phrasedo fim da existência universal.

Não foi João Paulo Richter quem pro-nunciou estas palavras terríveis e sensatas :uE' bem possível que Jeliovnh seja um lou-co» ? No fundo sempre tenho pensado quese perguntassem a Deus e a Homero porquecrearam, este a Illiada, aquelle o Mundo,Deus, vendo-se embaraçado, respondia eva-sivamente : «Oh I Oh I» e Homero: «PorDeus, porque isto calhou assim.» Ora, poristo calhar assim, é que Luce e Lucy estavamtão despidas — Oh ! quanto são .pesadas asfinas cambraias I — como estão duas peque-nas e gordas cordonizes destinadas ao es-peto; e, sem allegar que o excessivo calorde uma tarde de junho desculpava o eucer-ramento das musselinas e das rendas, limi-to-me a invejar o encanto da penumbra amo-rosa em roda da sua deliciosa nudez.

O absurdo seria que, sendo Lucy loura,por uma fácil antithese, Luce fosse morena.

São muito subtis para consentirem numatão banal figura de rhetorica e arvoravamtriumphalnieiite a semelhança das suas lou-ras cabelleiras.

Eram ambas louras, ambas IE sobre o baixo coxim, montão de fres-

cas sedas, a agitação reluzente dos coraçõesdesfeitos, envolvia-as, misturava-as, numapoeira dourada.

Oh 1 brancuras tepidas das pelles femi-ninas nos dias quentes ..'òhl neves estivaesdas espaduas,dos seios, d^s^ancas] perfumesde morangos na ponta dos seios, incensoapimentado que exhala opallido cravo dosumbigos, sandalo das nucas, mysteriosa myr-ra das gêmeas axillas ruivas e de sua lon-ginqua irmã !

«Carne de mulher I argila ideal, oh ma-ravilha I » o seu esplendor e aroma é o uni-co motivo, um pouco, serio, da vida — o de-safio da terra aos para.íz ds.futurós I

E a penumbra extasiada,'..envolvia Lucye Luce, flores abertas é":Tentas como umgrande bando espalhado de negras e diapha-nas phalenas.

De repente estremeceram. Não ousareipretender que precedentemente, durante estasésta de junho, não tivessem sido agitadas,aqui e ali, por alguns estremecimentos, aliáspouco generosos ; mas o actual estremeci-mento não tinha nada de- commum com asemoções de ha pouco,

Se as duas jovens tremiam ao ventocomo as rosas sem folhas, era por causa deum ruído surdo de passos — sobre o tapetedo próximo boudoir.

IICom certeza que alguém vinha I Acriada, saindo, esquecera-se de fechar a

porta? Era extraordinário que náo tivessem

ouvido locar a campainha de alarme da gradedo jardim. Emfim, o certo era que um visitante Imprevisto peneirava no palácio, atra-vessava o boudoir, ia entrar, ia surprelien-del-as láo pouco vestidas como as nayadcsdeitadas sob t> manancial das fontes,

Pensando nesta espantosa aventura emi-nente, estavam perdldamentc loucas.

Porque, é lambem tle o dizer, Lucy cLuce — deve de ceito dar que pensar estanudez perfeitamente accidental e não deve-mos procurar a causa — são duas mundanasfamosas pela virtude e Irreprehensivel mo-des tia.

A calumnla nunca ousou manclial-as!Apenas consentiram, por vezes, nos liai-

les da embaixada, sob a vista inquieta dosmaridos — ellas são casadas — nestas flir-tations que não passam de uni pouco de aban-dono sobre o peito do valslsta da ultimavalsa dos COlillottS.

São, emfim, pessoas dignas da mais per-feita estima.

Póde-se, pois, imaginar a que ponto es-tavam comniovidas ouvindo, nas circumstan-cias em que se encontravam, um ruído depassos, tão próximo!

Naturalmente, apezar da desordem quelhes reinava nos espíritos, veiu-lhes a idéade.apanharem logo a roupa despida e de avestirem á pressa. Ai! era precisamente noquarto que o visitante atravessava que ti-iihani deixado as sedas e as cambraias.

Fecharem-se á chave? com que chave ?não havia I o quarto era separado do bou-doir só por um reposteiro de setim japonezde bambus e tigres.

Fugir ? sim, fugir! mas não se podiapensar nisso ; não havia outra sahida sitiãoa porta por onde ia entrar o que chegava ;e bem devem advinhar que, correndo paraaqui e para ali, como doidas, não se mette-iam debaixo do divan, porque não havia,entre o movei e o tapete, espaço suflicientepara penetrarem os seus esbeltos corpos.

Situação de um horror pouco commum IOra, o ruído dos passos approximava-se enão havia a perder mais de dez segundos.

III

Sem duvida, graças a esta rapidez deconcepção, a esta lucidez quasi prodigiosaque conhecem todas as pessoas que se têmachado num grande perigo, ellas perceberamque o perigo não seria muito grande (qual-quer que fosse o visitante) se nã'o'deixasseniver sináo as espaduas nuas, os braços, emesmo a radiosa redondeza dos seios I

As pessoas mais castas têm muito o cos-tume dos excessivos decotes, onde tantosencantos se revelam. Não as perturbava Iam-bem a idéa de expor as pernas nuas aosolhares curiosos, pois. já tinham figurado,apertadas em maillols quasi diaphanos, nosquadros vivos em casa da marqueza de Por-(alegre. Não ; o que as punha fora de si, eque fazia com que saltassem, ferozes, de ai-mofada em almofada, e soltar gritos de an-dorinhas que se estrangula, era o iucompa-ravel terror de mostrar, no estado em queestavam os rostos, tão facilmente reconheci-dos, e de não poder roubar á admiração da-qtielle que ia entrar o mais ineffavel dos se-cretos thesouros, o ruivo e fufndo mysterioonde, precisamente, quando toda a verme-Ihidão está, emfim, fora de estação, se soltauma vermelhidão onde a modéstia não existe.

Tinham as mãos, é verdade; mas asmãos, quando occultam o rosto, só a elle oc-cultam ; e si se empregam noutra ftincçãoproclectora, deixam visível toda a face.

Terrível conjectura IEsse homem que atravessava o boudoir,

talvez um dos valsistas familiares dos chásdas cinco horas, reconheceria ou, melhor —mesmo com os rostos oceultos por trás dosdedos juntos — veria...

Não, não, uma tal affronta ao mais in-timo dos pudores era impossível I

Era preciso achar immediata e rápida-

mente um meio tle occullar ao mesmo tempoas curadas faces o...

O reposteiro japonez estremeceu. O lio-mem ia npparecer !

Que seria feito dellaslMas então nos dois espíritos, sem que

tivessem falado, sem que se tivessem olhado,houve um mesmo relâmpago de gênio !

Preclpllarnm-se para o divan e a nudezde tuna velou a nudez da outra, não sem umainversão que ollerecia muita analogia com oglorioso numero impar de que as deusastanto gostam,

Lucy e Luce, na subtil e magnânima de-feza da sua natural modéstia, realisarani tãoCStrictamentc o prodígio de uma quádruplaInvlsibllidade, que o recém-chegado, des-lumbrado — era justamente Valentini —tevede ficar perplexo.

Mas como era discreto, retirou-se; e,sós, depois de alguns longos minutos :

Lucy — balbuciou Luce, com uma vozquasi sumida.

Que lia, querida ? —disse Lucy, Ic-vantaiuio um pouco o rosto.

--Julgas que ainda ahi está?Não sei I Já se foi, naturalmente.Então podemos?.. .Oh I não, não ! — disse Lucy —Es-

peremos ! Não sejamos inconsideradas I Tal-vez volte outra vez e a prudência convida-nos a não desprezar tão depressa a prec.ui-ção que o artificio dos nossos pudores assus-lados nos aconselhou.

Traducção deP. DE NOVAES.

Sermões no üesertoI

Uma lagrima e um sorriso :nada mais trouxe a mulher,para amar, para viver. ..Mas quando amou, o sorrisobateu as azas, votio,— só a lagrima ficou...

CARVALHO BARBOSA.

Philosophia barata

O amor é o eixo do mundo.

A ausência é a única boa acção de que éaccessivel uma sogra.

O homem é, geralmente, um instrumentogovernado pelo mulher.

A mulher é a delicia dos homens de bomgosto.

O matrimônio é uma escola de marchaa dois de fundo.

A moral é um espartilho; a começarnuma certa zona social, todos o trazem; masa certas horas, todos o tiram.

O namoro é a machina de destillação docasamento.

JOSÉ PHILOSOPHO.

CANTIGA

O canto da cotoviaNuma noite enluarada,Não tem a doce harmoniaDa tua voz encantada.

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ANNO 11

.,**.'¦

Rio de Janeiro, 22 - 28 de Dezembro de 1916 NUM. 00

O ichinhoSEMANÁRIO DA BICHARIA

GÜLPSDIENTG

Toda a correspondência deve ser dirigi-

da para a Rua do Hospício n. 218, ao Juqul-nha, palpiteiro mói.

O bicho da semana

Chapa semanalPelos quatro lados:

São certíssimos estes seis valentesheróes da bicharada :

GALLO480-377 252-850 727-S26

VEADO '^^ Borboleta

396-194 032-129 416-313

^PfflHrtteilí

Ml)

m n* Pi É$®^m\

Sii-pplemeiilo «1'0 BIO N*

Os bichos felizes

Garantiu-nos um catraeiro, no CáesPharoux, que as estrellas e os signaes do

Destino estão protegendo muitíssimoestes bichos :

JACARÉ'360-657 239-138 584-383

-rhí-^ã

Não ha quem não affirme que a

única maneira de ganhar dinheiro ao

jogo é fazendo o mesmo jogo pele» pai-pites tirados pelas tabellas d'0 Bichinho.

||jggJl3tiHB8iaK9736-333-235-834

Se querem ganhar dinheiroDevem depressa ir jogarNo patife do CarneiroQue, por força, está pra dar.

As dezenas prováveis:58-46 -70-25-99-30

Garantiu o BarnabéA' mulher de seu SeabraQue o bicho que dá é Cabra

Ou Jacaré.

Para o cerco:

2.6 075

=== Pelo telegrapho

Não se esqueçam de comprar c col-

leccionar as tabellas d'0 Bichinho. E

essa uma condição indispensável a soite

de quem joga.

¦£* CERTO!

Palpites achados

Um guarda civil achou na rua da Mi-sericordia um papelinbo onde se viamescriptos estes bichos:

Ao mesmo tempo que o estado

maior allemão, de Berlim, nos partia-mva pelo telegnipho, que a Allema-

nha ia pedir a pa.,, dava-nos também

esta chapinha, organisada pelo katser :11 t^M 'CS

gt CAVALLO 0fe%

288-186 444-341 107 -005

Milhar da sorte

Palpites infantis%&' fiV 1 tff If /\ Ll Li jTJl 'íiL.^fS/11*' j^TII '

^fân^S ¦ ~~ Uma

filha de meu pae, que tem 12

724-023 398-SOO 663-161 annos, rabiscou hontem num papel a

seguinte combinação:

Para acompanhar durante a semana:

Grupos de 7 a 16

De pernas para o ar

A sorte virou hoje este bichinho :Estão para sahir.

7S2 iii 983 Elephante412-810 748-645 203-101

156-355 319-420 SS5-96S

CORRESPONDÊNCIA

Lina — Jogue na Cobra.Emma — Cachorro e Gato.Cordalia - Cerque o Avestruz.Estreita — Deve acompanhar o jacaré,

a Cobra, o Gallo e o Touro.JUQU1NHA.

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Dias

123456789

1011

27282930

Estatística dos bichos premiados no mez de Novembro de 1915ANTIGO Num. da sorte

Urso

TigrePorcoVeadoVeado

ElephanteJacaréLeãoMacaco

12 Águia13 Leão1415!16'17!181920!21 j22123

PeruVaccaLeãoCavalloGallo

CobraGato

24 Peru25 Elephante26i Elephante

Veado

AvestruzTouro

53890

425874672649611894

170481395750664366659006

10864

5917744699149623424447450

559332705344680190474404545795

170043283

MODERNO Centena

Borboleta

CavalloJacaréCabraCavallo

PavãoPavãoCachorroBorboletaMacacoCabra

PorcoGatoGalloBurroPavão

PavãoJacaréAguíaGatoVaccaPavão

CachorroCarneiro

616

044760822842

075875017115865423

272156850711673

976060107454997273

018926

RIO Centena

Pavão

AvestruzCoelhoCarneiroCobra

VaccaÁguiaBorboletaLeãoElephanteElephante

GatoBorboletaC oelhoGatoGallo

CamelloÁguiaBurroVaccaCoelhoJacaré

AvestruzGallo

774

803338728836

798705415262745645

155014839955151

029606610497038960

104152

SALTEADO

Jacaré

ElephanteTigreTouroPavão

UrsoCarneiroGatoJacaréCabraGato

ÁguiaVeadoElephantePavãoVacca

CamelloBurroCachorroTigrePeruPeru

BorboletaCamello

2* Prem. 3° Prem

600

686992590562

434042147371725645

765362343401372

418466250130295391

180317

4" Prem.

634

724074552""757

264113094561506

443

382011025872

035552845916143

5" Prem.

385

550485336423

446 072

457733809663947

270804533553399130

171424

382499348069367

152674381971246764

441945

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23 de Dezembro de 1910 '£331 <-) O RIO NU (-) ggj= !

ZSbaatro ò'0 Silo MuO CARECA

MONOI.000 EM 1'KOSA, DE VlÍRAS

Ao Ar mundo Gugcun, o maisdedicado dos interpretes.

Vossclencias já viram um careca a cs-fregar a cabeça com coisas para fazer nascero cabello?

Náo viram ? Palavra de honra ?Pois affianço a vossclencias que é do

morrer a rir. E sempre que isso me lembra,lembra-me também a historia de um carecaque eu conheci, coitado, victima da calvicie,cm primeiro logar por não ter cabello, éclaro, e em segundo por o que fez para oter.

Chamava-se Pedro.E' verdade que também já o outro era

Pedro e careca, mas era santo. Porém, estePedro, meu conhecido, era só careca, porquequanto a santo... adiante.

Pois é verdade. Era careca como a pai-ma da mão. Como todas as palmas de todasas mãos que não têm cabello. Porque haquem os tenha, nas palmas e até no coração.As sopas, por exemplo. Pois aquelle nem nacabeça, e, tinha com isso o desgosto que vos-selencias calculam,

Atauazava os amigos com a sua infelici-dade.

De mais a mais, era destas pessoas quepara chamarem a nossa attenção, se valemdos botões dos nossos casacos. Puxam, pu-xam, e lá vão os botões... e, ás vezes tam-bem vão os casacos, o que é de um certoconsolo para ellas, de um grande prejuízopara nós e de um grande lucro para os nos-sos alfaiates.

Ora, um dia, um amigo que não sei bemse era de Peniche, arranjou ao nosso homemum remédio que reputou infallivel. Era umapomada maravilhosa.

O Pedro agarrou o remédio pelos cabel-los, coisa de que estava livre que lhe fizes-sem, e começou a usal-o com as formalida-des indicadas.

Besuntava a careca e depois, com umaflanella, esfregava, esfregava, coitado, quese cansava de esfregar.

Mas os dias passaram, passaram me-zes... e cabello nada.

O Pedro desesperava-se e nós, os ami-gos, riamo-nos, porque a careca do Pedrocomeçou a ter um brilho estranho e um par-ticularissimo cheiro a amêndoa.

Tornou-se brilhante como um verniz,como um assoalho encerado.

Elle, sempre armado, com uma lente,bem nos pedia que examinássemos, que vis-semos, mas nada, nem um pello só, nem umsolitário cabello que formasse em oásis na-quelle deserto de polimento.

No fim de contas, descobriu-se o caso.O remédio que tinham dado ao Pedro

era pomada americana para limpar o cal-çado.

Collecção amorosa

Tônico Japone%

Para perfumar o cabello e destruir as

parasitas, evitando Com seu uso diário to-das as enfermidades da cabeça, não hacomo o Tônico Japonez—Ruas : Andra-das, 43 a 47 e Hospicio, 164 e 166.

A mulher namoradeira é uma espécie demosca: tanto pousa na flor como no monturo.

CpropOIU de clnCO romanceies editado* pelo Rio Nu,o saber: n. I, Amoroa do um Frade, pica.renci historia de írei Igiiitcio, um lantarrjo que soubego*.ir ii que de melhor existe neste mundo —o amor;n. 'J, Noite fio Noivado, cm que lio narradas11 peripécias de um noivado cm quo a noiva é tiloescovada CORtO o noivo; 11. :i MAilQino IMItiet,deliciou narrativa da vida amorosa de uma mulheroitlthla, em que ell», atiiul niio leva a melhor parte...ti, ¦(, Cnnta Suzanna, extravagante historiade lima don/clla, que s.0 deixou tle o ser depois duhaver provado o amor por vários modos que mioCOmpromettlam a sua virgindade ; e ti. 5, San d-wfcli !, narrai-lo minuciosa de uma recem-casadaque expõe a unia amiga as peripécias dasseenas intimasque a sujeitou o marido. Qualquer desses volumes, que se vendem juntos ouseparados, ,í r.iz.lo de SOO róis cada um, COnititUCuma leitura amena, muito rccommendada aos tttfrtt*quKÍdtu de todus as idades, não sò pela linguagem alta-mente excitante em que elles são escriptos, como tam-bem petas lindas e silggestlvai gravuras que os orname que são mesmo de faier resuscitar um defunto.Os pedidos do Correio, aos quites devem acompanharmais 300 réis para o porte de cada livro, devem ser

Alfredo Velloso .«"¦"» mm »•2,sF*ir> de Janeiro

A collecção completa será enviadaa quem a pedir enviando a l

: quantia de 3$500 (em dinheiro).

«INEXTREMIS...»

Quasi ao morrer, amigos meus ;Da vida quasi ao cabo...

Quando eu vos dér o Extremo Adeus :— Darei minh'alma a Deus.Meu coração, ao Diabo !...

Não quero gritos nem lamentos,Que exprimam falsas maguas ;

Nem — quasi aos últimos momentos —Ver rostos maciientos ;

De falso pranto, á verter águas...

Em vez de dar-me um velho padreA Extrema Uncção :

Dê-me a Sinhá, minha comadreDo coração,

Um gostosíssimo... chupão I...

Morrer almejo, alácremente...Morrer á Bessal...

Não tendo medico-assistente ;Pois, si o tiver, fatavelmenteEu morro... mais depressa !...

Qualquer mésinha ou beberagem,No bucho meu não entre !...

Desejo apenas : — a massagem ;Por mãos mimosas, com coragem...

No baixo-venfre!...

Ao luxo fui sempre arredio ;A's ostentosas pataratas...

Sepultem, pois, meu corpo frioEm campo ermo e sombrio...

— Num caixão... de batatas !...ESCARAVELHO.

— Não sei porque — dizia uma senhoracasada a uma sua amiga — mas sempre quemeu marido dorme fora de casa, sinto queme falta qualquer coisa para minha satisfa-ção!

Dialogo innnocente:Quando é que as mulheres podem ter

filhos ?Mezes depois de experimentarem o

modo de amar dos homens.

Para o fado...

MOTTESenhora que tem dois gatosAdorará o marido?

GLOSANa sua despensa ha ratosQue vão ao queijo e ao chouriço,Não devendo ter lá dissoSenhora que tom dois gatos!...Sei que lhes dá finos pratos,Ou de assado ou de cozido ;Sei que os cata e que tem sidoDe seus males curandeira...Mas de gatos a enfermeiraAdorará o marido ?

® @Licor Tibaina

O melhor purifica-— dor do sttn^ae —

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

Calino, a fazer a avaliação de uns tiçõesescapos a um incêndio formidável, encon-trou-se com o cavalheiro Accacio, que já nãovia ha muitos annos. Depois de algum tempode conversa, pergunta-lhe Calino :Tu deves andar pela minha idade,não é certo?

Fiz cincoenta annos em oito de De-zembro.

Tem graça I — exclamou o heróe dasasneiras. — Sou mais velho do que tu ape-nas dois dias. Por quarenta e oito horas quenão somos gêmeos.

. ;=af'í

Edênica

O amor, o amor — arvore santaQue tem por fronde singularO que nos prende e nos encanta

O olhar.

Brota uma terna e casta florQue inspira laivos de desejo,Dando-nos frêmitos e ardor

O beijo.

Mais tarde, emfim, (si é ditoso !)Ao sol bemdicto do noivado,Produz um frueto desejado

O Goso...STAMATO SOBRINHO;

"UMA AVENTURA" .

Da Casa Editora Cupido & C, estabe-lecida na ilha de Venus, acaba de sair áluz uma collecção de vistas illustrandoa narração da aventura do Zé Nabo comuma «illustre cavalheira» que pelo nomeparece ter nascido mesmo para o Zé.

UMA AVENTURA, que é o titulo daobra, está admiravelmente impressa e sóa gravura que illustra a capa é um deli-cioso aperitivo... Vende-se a i$ooo oexemplar; pelo Correio 1^500.

Pedidos a ALFREDO VELLOSO —Rua do Hospicio, 218.

m

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(-)ORIONU(-) Bg9r? 23 de Dezembro de 1910

Perdida 1

Delxác seguir avante, donalrosa,Aquella formosura que ali passa,Erguendo um pouco a saia, de vaidosa,Mercadejando a carne da desgraça.

Deixáe seguir, coitada, a dolorosaTriste senda do vicio que a repassa IQuem sabe quanta dor a desditusaRecalca no sorrir de uma negaça ? I

Amou também um dia. E desse amorO seu peito sangrou p'r'a eterna dor,E viu-se só no mundo, abandonado 1

Deixáe, pois,passar, o olhar sorrindo...Ella bem sabe que á alma está mentindoCom a doce ironia do peccado I

ALVES BARBOSA.

Então, o tal negociante indinheirado,só porque lhe cortejavas a filha, deu-te uniabofetada ?

E' verdade.E tu, que fizeste?Disse-lhe que si fosse homem me

desse outra.Eeile?

Deu-me duas.E tu ?O' homem! váe para o diabo I Então

pensas que tres bofetadas não são bastan-tes ? Com mil demônios I Eu não sou deferro!...

(CcGuranaD caiin Airora

(URORA... Queres saber o queella foi, leitor? Foi noiva deum escriptor popularisado porduas grandes revistas hespa-

nholas que se representaram em Madrid. Seé loura? Morena? Não adianta saber. Bastaque digamos que é mulher e que, como to-das as mulheres, tem na historia da sua vidaum capitulo interessante.

Vamos procurar narral-o.Foi numa tarde deliciosa, meiga e branda

como todas as tardes de outon.no. Ao ladodo noivo, na sala, Aurora sorria castamente,com o sorriso divino das donzellas que amam,A um canto, a mama dormitava. Ambos seaperceberam disso e... foi então que a poe-sia daquelles dois corações se traduziu noprimeiro beijo de amor.

Dahi por diante a scena repetiu-se todasas tardes, e um dia, depois de muito instadapelo noivo, Aurora consentiu em ir a casadelle.

Quando chegou, era esperada anciosa-mente, e... ahi com que ventura ella selançou nos braços delle, e com que delírioambos sorveram demoradamente o beijo darecepção I

Eram felizes IConversaram. Depois, elle quiz despil-a.

Ella recusou e fugiu-lhe.Voltou mais vezes ao quarto. Ia a qual-

quer hora. Elle tinha-lhe dado uma chavepara esse fim.

Uma vez elle quiz violental-a. Ella gri-tou, lutou, e, conseguindo desvencilhar-se,fugiu e não tornou ao quarto.

Os dois cortaram relações e estiverammuito tempo sem se verem.

Não se esqueceram um do outro, masnão se procuraram, talvez por um caprichotolo.

E aquillo parecia ter acabado, quando,numa noite de carnaval, Aurora, resolvida aiazer as pazes, foi ao quarto delle.

3w

A noite ia alta.Ella chegou. Abriu a porta e entrou.

Ninguém.Dispoz-se a esperar, sem accendera luz.Dahi a pouco ouviu vozes, lira elle que

chegava. Mas... se alguém lhe falava, eraevidente c[i\i: náo vinha só. Quem o acom-panharia aquella hora ?

Aurora occultou-se atras do reposteiroda janella e esperou... até vel-o entrar emcompanhia de... outra.

Foi tamanho o choque soffrido pelo seucoração, que ella julgou eudoidecer.

Mas conseguiu serenar e, em silencio,do esconderijo, poude apreciar toda uma in-teira scena de amor voluptuoso.

Quando sentiu que ambos dormiam,saiu então, pé ante pé, e achou-se na rtiaenipoucos minutos.

Delirava...Passou por ella um noctivago de traje

decente, que, tamando-lhe o braço, disse-lhe uma galanteria. .

Ella ouviu-o sem lhe responder, mas dei-xou-se levar, insensivelmente, como se obe-decesse a uma força magnética.

Num instante, encontrou-se em casa da-quelle homem, que a despiu em silencio e aatirou sobre o leito.

Aurora entregou-se machinalmente.Mas no delírio da volúpia, o homem que

cila suppunha ter comsigo no leito, era onoivo querido, que, naqulle mesmo instante,dormia nos braços de outra...

JARS.

CANTIGA

Aquelle amor excessivo,aquelle — só tua eu sou —aquelle — só por ti vivo —Como depressa acabou!

|jj SSL2S&

Neste andar, estou aqui, estou todomolhado I

Ora filhinho, não te amofines que oPeitoral de Angico Pelotense fará com quete não resines...

Musa Popular

Se onde se mata um homem,Pôr uma cruz é preceito, ,Tu deves ter, vida minha,Um cemitério 110 peito.

SS Collecçào Colorida ESEslá ii venda a GolloooãO Colo-

rida, o maior suecesso da Bibliotheca doRio Nu, trabalho perfeito e caprichado, lmpresso a cores diversas em superior papelcouché. Intitula-se esse volume

DOIS CONTRA UMAe compõe-se de nove lindíssimas photogra-phias liradas do natural, representando uniamulher que dois apaches obrigam a executar,com elles, differentes scenas de amor.

DOIS CONTRA UMAque é uma delicia para os olhos c para o cs-pirito, pela nitidez e verdade das scenas queepreseutar, custará apenas 1Í500 cada exem-plar; pelo Correio, 2fOOO.

As encomniendas, que só serão attendi-das si vierem acompanhadas das respectivasimportâncias, devem ser dirigidas a

ALFREDO VELLOSO — Rua do Hospício 218

CONSELHO

«Um moço distineto, bemcollocado, sério, deseja en-contrar uma moça nas mes-mas condições sem compro-missos de espécie alguma paraviverem como casados, queseja branca, sympathica, bra-sileira ou portugueza.»

P'ra que gastar, seu moço, as posses suasPublicando em jornaes o seu annuncio ?Encontra o que deseja lá nas ruas :S. Jorge, Conceição, Regente, Núncio 1

CAPIRÂO EUTICO.

A's 22 horas, precisamente, Laurinda, só,em casa, escreve ao velho marchante que asustenta :

«Meu velhinho: Esta noite vou velarjunto de uma amiga que está enferma. Sóeu sei o sacrifício que faço, passando umanoite vestida, sem me deitar I»

E emquanto chama o criado, para quevá levar a mentirosa carta ao seu destino,pensa :

— A que horas chegará o meu queridoAlfredo?...

Licor TibainaO melhor purifica-— dor do sangue ~~

GRANADO & C. - Rua Io de Março, 14

Musa popular

Teu olhar eu juro que éAgente da inquisição,Requeimou-me o coraçãoNum suave Auto-de-fé I

AUGUSTO VERAS.

O que são os ciúmes ?Reticências no primeiro anno do ca-

samento ; parenthesis no segundo; pontosnos i i 110 terceiro, e linha de separação no...quarto.

.«¦;..-_.-¦

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¦:- R

2:t de Dezembro de 11)10 (-) O RIO NU (-) m~7:

Elles e Elias...o

Em vista do estrillo que a estrepe Can-talice Navalhada, deu, e dos pescoçOes quejurou nos mandar npplicar pelo sou Pequeno,resolvemos de hoje em diante contar as pro-czas dessa funecionaria.

No próximo numero vamos explicar ásmassas en, linguagem do conferência como oportuguez Pinho, da praça da Alfândega emPorto Alegre, foi victima de uma... cargade sytphilis.

A seguir mostraremos o porque daquellanavalhada, que a tanta gente assusta.

Prepare-se sua estrepe!sot Por já andar farto de viajar á Orópa,

desatrellou-so da Oulomar C... no Tapete,o 2i7i/j0 que andava fazendo o trouxa.

E' isso... que:,, está radiante é a Bem-vinda.

Até que emfim o Cadomblc deu resul-tado I...

ssr Um dia destes o João Necrotério ouJoão Apito, cm certo rolo que houve, en-cheu-se de coragem e sahiu... chlspado datendinha.

Assim é que se faz o valente, seu zinho"}«ar Esta váe mesmo com licença o

João Necrotério, appareceu de terno novona zona.

Ella, porém, diz que não foi quem mor-rei, nos arames!

ttàr No ultimo baile dos Fcnianos, a Bem-vinda Tampão, por mais força que fizessepara conseguir o zinho penetrar, nada con-seguiu.

Aquelle «Bovier» é máu como o diabo,hein, sua Tampão !

tar A Bororó Pinico, herdou mais umvestido.

O peor é que a senhoria logo no pn-meiro dia quiz fazer a penhora do mesmo,em vista do atrazo do pagamento do quarto.

Isto só mesmo com musica de realejo 1«ar A Maria Cascatinha abandonou a

zona e... arranjou tres marchantes.Engraçado é que a zinha diz gostar de

todos tres.' Con, certeza já deixou de ser mulher evirou a ser trapiche alfandegado.

Livra !...t& A estrepe Doninha Sarrabulho, conti-

tiúa con, areia no umbigo.s& A Arthuriiia Cachorrinho da Lagoa,

não estando acostumada a bom tratamento,resolveu dar os contras no David CamelloPreto e... agora cava para o mesmo voltar.

ts& o Alcides Tiro 7 deu agora paraamar doidamente a Bororó Pinico.

Já tardava essa paixão !tsr Vimos a Eugenia Meio Kilo em certo

- cadomblé, vendo se conseguia que o João vol-

Você não vê que o zinho agora andaendinheirado ? Isso era bom quando elle an-dava prompto I

«ar A Guiomar C. no Tapete, conven-ceu-se de que o Otto estava apaixonado.

Esta zinha já se julga qualquer coisa nazona...

Que pretenção !...«ar, Até a ultima hora a Laurinha Cha-

veco não tinha motivado nenhum suicídio nazona. . .

Parabéns aos médicos encarregados dasautópsias I

«s1 O Cruz Lingüiça, deu agora para ar-ranjar coisas para os outros.

Pelo menos foi o que se deu com o Ottoe a Clotilde.

Váe bem no officio I...«-" Vão muito adiantados os amores do

Oswaldo Pata Choca, ex Sorteado Sen, Sorte,e a creoula Sancha, da zona Joaquim Silva.

Que lhe faça bom proveito e que lhesirva de depurativo é o que lhe desejamos.

43T Disse-nos a Minervina que na suacasa, tudo é creança.

Pelo que compreheiuleinos a maioralqueria dizer que o que lá existe é chupeta.

Promettemos fazer uma experiência.MT Participamos a Chiquinha Rouxinol

da zona Moraes e Valle, que a Cecy Malucaestá novamente morando na zona. Com cer-teza foi novamente contractada por algumafabrica do cerveja para fazer a sua propa-ganda pagando a dita para todos os frequen-tadores da zona Moraes e Valle.

** A Batalha do Mame é o titulo de umesperado livro que o Praça Escovado pre-tende fazer, a ver se assim consegue o amorde corta franceza da zona Moraes e Valle.

&t Até a ultima hora a Marinha aindanão se tinha revoltado por causa de certapequena da zona Joaquim Silva.

*•" Precisa-se saber com toda a urgen-cia a quem o Turquinlio todas as noites pre-scuten com gallinlias assadas.

& A Olivia Jockey da Morte azulou dazona Riachuelense.

Ao que dizem, a Jockey da Morte foiatraz de um artista por quem se apaixonou.

O que nos diz o Lord Estiva ?LÍNGUA DE PRATA.

61 Grande romance sen-suai, illustrado, umdos maiores sueces-sos da Bibliotheca doRIO NU — Preço de

cada exempjar 1SOOO; peloCorreio 1S500.

H8c£DriT^CE2K(ü>íE§...

Dizia um borrachão dos mais cambaios :— «Deus lá nos altos céos é que elle mora..Dá-nos tudo que é bom, a toda hora...E faz até falar os papagaios I

Dá-nos tomates, salpicões e paios...A pera, a ginja, o bom pepino, a amora ;Dá-nos o trigo que lá vem de fora...E espera lá, que também manda os raios I

Lá por baixo da terra mora o diabo...Mas a terra dá vinho de que eu bebo,E dos torrões é que se arranca o nabo I..

A deslindar taes coisas não me astrebo,Vejo que aqui a porca torce o rabo,E acabo por dizer... que não percebo.»

...DE UM BEBEDO.

Illustração PortuguezaDos Sus, José Martins & Irmão proprie-

tarios da Agencia Martins, estabelecida árua do Carmo n. 59, recebemos os ns. 559 e560 da Illustração Portugueza que trazem, umtexto variado e interessante.

Agradecidos

ía^íSJl «JaponesaNão ha outra que torne a pelle mais

macia. Dá ao cabello a côr que se desejaE' tônico, faz crescer o cabello e extirpaa caspa. —¦ Ruas: Andradas, 43 a 47Hospicio, 164 e 166.

Olhar vivo, agaiatado,Na boca um riso a bailar...Beijal-a será peccado ?Seja, embora ; eu, apressado,Desejo, então, jápeccar

EL-MANO.

LOTERIAS DA CAPITAI FEDERAL

Me e Extraordinária Loteria do NatalSabbado 23 do corrente, ás 3 horas da tarde

Plano 347» — 1'

¦ ¦ y 00:000Por 56$ooo em octogesimos de 700 rs.

Bilhetes â vencia em todas ascasas loterleas

Livra IA actriz Cândida Leal esbo-

feteou o Caxambú.(Dos jornaes).

Eu chimpo mesmo aqui no Rio NuA minha opinião, num caso tal :Dando uns tabefes' no tal Caxambú,Não foste nada cândida e leal...

SURICO.

COMO ESTAVA COMO ESTOU

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSE

Não ha em todo o mundo medica-mento mais efficaz contra tosses, resfriados,infiuenza, coqueluches, bronchites, etc, do

que o Peitoral de Angico Pelotense, verda-deiro especifico contra a tuberculose nos

primeiros gráos. E' o melhor peitoral domundo. O Peitoral de Angico Pelotensenão exige resguardo. Vende-se em todas as

pharmacias e drogarias.Depósitos: Pelotas, Ed. C. Sequeira;

Rio, Drog. Pacheco; S. Paulo, Baruel &C; Santos, Drog. Colombo.

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í 1 I . 1)'"'.*'¦¦¦

(-) O RIO NU (-) fêj_}—jgflg] 23 de Dezembro de 1010

Biota d'0 RIO NUCARTÕES POSTAES - Magnífica col-

Iecção de dez cartões postaes alegres, niti-damente impressos, representando variadasscenas de requintado gosto. Preço ...tuuu,pelo Correio, 2$500. . .

DOIS CONTRA UMA- Primorosa serieimpressa a cinco cores, photographias do na-tural, constituindo um bello volume. Preço1Í500; pelo Correio, 2*000.

"69" — Romance de scenas magníficascopiadas do natural, por mão de mestre. Lei-tura attrahente e irresistível. Preço 15iOUU;pelo Correio 1S500.

CULTO DE VENUS - Edição revista eillustrada, sensacional romance de Numa TI ei-les, linda capa a tres cores. Preço 1I0UU;pelo Correio lj*500.

UMA AVENTURA — Lindíssima colle-cção de vistas em que se conta a aventurado Zé Nabo com uma «senhora» de nomesuggestivo. Preço 1$000 ; pelo Correio 1Í500.

A FAMÍLIA BELTRÃO — Historia rea-lista, illustrada com gravuras tiradas do na-tural. Escandaloso volume, onde se descrevea vida de uma familia seria, mas em meio daqual reina o mais completo deboche. Preço1*000 ; pelo Correio, 1J500.

AMORES.DE UM FRADE - (3» edição,n. 1 da «Collecção Amorosa»)—Escândalo-sas peripécias de amor prohibido, acompa-nhadas de interessantes gravuras descripti-vas. Verdadeiras scenas dignas da antigaRoma. Preço 500 réis; pelo Correio, 800 réis.

NOITE DE NOIVADO — (n. 2 da «Col-Iecção Amorosa») —Episódios picantes entreum casal recem-unido pelos laços do matri-monio, contados por Mathusalém. Preço 500réis; pelo Correio, 800 réis.

MADAME MINET —(n. 3 da «CollecçãoAmorosa») — Historia de uma linda viuvinhapatusca, que para comer exige apperiiivos es-peciaes. Preço 500 rs.; pelo Correio, 800 réis.

CASTA SUZANNA — (n. 4 da «Colle-cção Amorosa»)-Empolgante descripção descenas amorosas passadas entre uma don-zella e Lúcio d'Amour, que afinal consegueentrar em Barcelona depois de varias invés-

tidas pelas redondezas. Preço 500 rs.; peloCorreio, 800 rs. , .

SANDWlCH-(n. 5 da «Collecção Amorosa»)-Peripécias interessantes dos primei-ros gosos de uma mulher recem-casada,narradas por ella a uma amiga. Preço 50Uréis; pelo Correio, 800 réis.

ÁLBUNS DE VISTAS - Collecçãode Fogo, contendo cada um oito gravurastiradas do natural, impressas em papel coii-chi de 1« qualidade e acompanhadas de bel-los versos explicativos de cada scena repre-sentada. Estão publicados osns. 2, 4 e 5.Preço de cada um 1$; pelo Correio 11500.

CONTOS RÁPIDOS - Collecçãocompleta de vinte contos, assim intitulados :

NI O Tio Empata — N. 2, A Mu-lher de Fogo - N. 3, D. Engracia-N. 4, Faz tudo... - N. 5, A ViuvaAlegre-N. 6, O Menino do Gou-veia - N. 7, A Pulga - N. 8, OCorreio do Amor - N. 9, Dolores— N. 10, Familia Modprna — N. 11,Na Zona... - N. 12, O Brinquedo-N. 13, O cachorro — N. 14, Roçan-do...— N. 15, O Consolador — N.18, A Telephonista — N. 17, A Cos-tureira —N. 18, O Marchante—N.19, Por traz... e N. 20, O Vassoura.

Todos esses contos, que são escriptosem linguagem ultra livre, contendo uma gra-vura cada um, narram as mais pittorescasscenas de amor para todos os paladares Pre-ço de cada um 300 rs., pelo Correio, 500 rs.

RIMAS PICANTES - Sonetos de feiçãobocageana,escriptos por um poeta iniciado emtodos os segredos do amor.Descripções feitasao vivo e em linguagem que todos entendem.

Preço 300 rs.; pelo Correio 500 rs.Todos os livros acima citados são

Ulustrados oom gravuras tiradas do"aiUMA

CEIA ALEGRE — Engraçadissimaparodia á «Ceia dos Cardeaes», em versosbrejeiros. Tres respeitáveis padres contamsuas aventuras amorosas, numa linguagemde alcova, sem peias... Preço 500 réis. PeloCorreio, 800 réis.

Os pedidos dirigidos ao nosso eseriptorio devem vir acompanhadosda respectiva importância, em vales postaes, ordens commereiaes

ou dinheiro e endereçados a

Àlf :r<eclo VellosoRua do Hospicio 218 - Rio de Janeiro

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