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Colégio Estadual 29 de Abril – Ensino Fundamental e Médio Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292 – Centro
Guaratuba – Paraná – CEP 83 280 000- Fone/Fax 41-3442 2357
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GUARATUBA
FEVEREIRO/2014
Colégio Estadual 29 de Abril – Ensino Fundamental e Médio Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292 – Centro
Guaratuba – Paraná – CEP 83 280 000- Fone/Fax 41-3442 2357
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Guaratuba
Fevereiro/2014
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual “29 de Abril” Ensino Fundamental e Médio foi construído coletivamente com aprovação do Conselho Escolar e se articula com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica tendo como base a LDB 9394/96 e toda legislação educacional. Expressa os princípios, fundamentos e procedimentos que norteiam esta instituição. Este é o volume 01 que compõem a Proposta Pedagógica,
conforme Del14/99 – CEE.
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SUMÁRIO
1 Identificação da Instituição de Ensino................................................ .....05
2 Etapas e Modalidades de ensino ofertado Erro! Indicador não
definido.06
3 Diagnóstico ............................................................................................ 07
3.1 Comunidade que a escola está inserida ................................................ 07
3.2 Localização física da escola .................................................................. 08
3.3 Quantitativo: corpo docente, agente educacional I e II .......................... 09
3.4 Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos ............ 10
3.5 Atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais ........ 13
3.6 Atividades desenvolvidas no contra turno ............................................. 13
3.7 Resultados Educacionais ...................................................................... 14
3.8 Dados das avaliações externas ............................................................. 15
3.9 Relação entre idade/ano ...................................................................... 15
3.10 Problemas encontrados ........................................................................ 16
4 Fundamentação ................................................................................... 16
4.1 Compreensão de sociedade ................................................................. 17
4.2 Compreensão de homem ..................................................................... 18
4.3 Compreensão de escola.........................................................................19
4.4 Compreensão de educação .................................................................. 19
4.5 Compreensão de cultura ....................................................................... 20
4.6 Compreensão de trabalho .................................................................... 20
4.7 Compreensão de tecnologia ................................................................. 21
4.8 Compreensão de cidadania.................................................................. 22
4.9 Compreensão de conhecimento ........................................................... 22
4.10 Compreensão de currículo .................................................................. 24
4.11 Compreensão de método .................................................................... 25
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4.12 Compreensão de ensino aprendizagem ..............................................26
4.13 Compreensão de infância e adolescência .......................................... 27
4.14 Articulação entre o EF anos iniciais e anos finais ............................... 29
4.15 Articulação entre o EF anos finais e ensino médio ............................. 30
4.16 Compreensão de avaliação e recuperação ........................................ 30
4.17 Crompreensão de gestão democrática ................................................ 32
4.18 Compreensão do papel da escola ....................................................... 32
4.19 Compreensão da relação professor/aluno .......................................... 33
4.20 Compreensão de Conselho de Classe ............................................... 33
4.21 Compreensão de estágio não obrigatório.............................................34
4.22 Compreensão de Educação Integral ................................................... 35
4.23 Compreensão de Professor Pedagogo ............................................... 39
5 Proposições de ações ......................................................................... 40
5.1 Forma do processo de avaliação e seu registro....................................44
5.2 Procedimetos de intervenção didática ................................................. 45
5.2.1 Recuperação de estudos ..................................................................... 46
5.2.2 Conselho de Classe ........................................................................... 47
5.2.3 Processos de classificação ................................................................. 48
5.2.4 Reclassificação ................................................................................... 49
5.2.5 Adaptação/aproveitamento de estudos. ............................................... 49
5.2.6 Regime de progressão parcial ............................................................. 49
5.3 Formação continuada ........................................................................ 49
5.4 Articulação da Instituição com a comunidade ...................................... 50
5.4.1 Conselho Escolar ................................................................................ 50
5.4.2 Associação de Pais e Mestres e Funcionários ................................... 51
5.4.3 Grêmio Estudantil ................................................................................ 51
5.5 Equipe Multidisciplinar ........................................................................ 52
5.6 Estágio não obrigatório ........................................................................ 52
6 Regime de funcionamento ................................................................... 53
6.1 Matriz Curricular ................................................................................. 54
6.2 Calendário Escolar .............................................................................. 55
6.3 Ata de aprovação ............................................................................... 57
6.4 Plano de Ação Direção/Pedagogos ..................................................... 58
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7 Avaliação do Projeto Político Pedagógico .......................................... 62
8 Referências Bibliográficas ................................................................... 63
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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Município: GUARATUBA código: 970
NRE: PARANAGUÁ – PARANÁ código: 21
Instituição: COLÉGIO ESTADUAL 29 DE ABRIL – E.F.M-código: 18
E-mail da instituição: [email protected]
Endereço: Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292 - Centro
Telefone: (041) 3442 2357 Fax: (041) 3442 2357
Nome da Equipe diretiva: JOSÉ ANTONIO PIANARO
EMANUELLE MANDU e MICHELLE STRASSBURGER
E-mail da Equipe diretiva: [email protected]
Dependência Administrativa: Estadual Código: 02008
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de autorização: Decreto Estadual n° 3375 de 05 / 10 / 1953
Resolução: nº 252, de 28/01/1982 - Reconhecimento do 1º Grau
Ato administrativo de aprovação do Regimento Escolar: Resolução nº 2585, de
13/11/1981
Distância da instituição ao NRE: 56 km
OUTROS ATOS OFICIAIS QUE IDENTIFICAM E LEGITIMAM A
INSTITUIÇÃO
Decreto Nº 6333, de 21/02/1979 – Autorização de Funcionamento e
Reorganiza o Ginásio Estadual VINTE NOVE DE ABRIL
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Resolução Nº 3542, de 24/07/2008 – Renovação de Reconhecimento
Resolução Nº 172, de 12/01/2009 – Renovação de Reconhecimento
Resolução Nº 1939, de 14/07/1989 – Autorização de Funcionamento do 2º Grau
Resolução Nº 1399, de 25/04/1991 – Prorroga Autorização de Funcionamento do 2º Grau.
Resolução Nº 2101, de 26/06/1991 – Reconhecimento do 2º Grau
Resolução Nº 341, de 24/07/2008 - Renova - Reconhecimento do Ensino Médio
Resolução 171, de 14/01/2009 – Renova - Reconhecimento do Ensino Médio
Resolução Nº 5107, de 10/12/2007 – Autoriza o Funcionamento da EJA - Fase II e Reconhece
Resolução Nº 2295, de 24/05/2010 – Renova Reconhecimento
Resolução Nº 2917, de 27/06/2007 – Autoriza o Funcionamento de Sala de Recursos/ DM e DAP
2.ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADO POR ESTA
INSTITUIÇÃO
( ) Educação do Campo
( ) Educação Indígena
( X ) Educação Especial
( ) Ensino Fundamental 1º ao 5º ano
( X ) Ensino Fundamental 6º ao 9º ano
( X ) Ensino Médio Regular
( ) Ensino Médio Blocos
( ) Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental – FASE I
( X ) Educação de Jovens e Adultos Ensino Fundamental – FASE II
(X )Educação de Jovens e Adultos Ensino Médio
( ) Educação Profissional
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3. DIAGNÓSTICO
3.1. Comunidade em que a escola está inserida: características da
população e dos alunos.
A população fixa de Guaratuba é de 32.806 habitantes e sofre grandes
alterações em época de temporada e feriados prolongados. É a 2ª maior cidade do litoral paranaense e com características diferenciadas de todos os demais municípios do Estado do Paraná, pois se trata de cidade litorânea e, ao mesmo tempo, com extensa área rural, o que faz a comunidade ser muito heterogênea, composta por comerciantes, agricultores, pescadores, funcionários públicos, empresários, profissionais liberais, empregados domésticos, artesões, prestadores de serviços, recicladores, etc.
O estabelecimento de ensino fica na região central da cidade, aos pés da Gruta da Santa, onde existe uma fonte de água que, segundo conta a lenda, tem poderes milagrosos. Recebe alunos de todo o município, inclusive da região rural, o que faz com que nossos alunos também tenham características bem heterogêneas. A maioria dos nossos alunos vem de famílias cujos pais ou responsáveis possuem baixa escolaridade. Muitas vezes a mãe é a provedora, em média, de três a quatro filhos unidos pelo parentesco materno.
Assim como os alunos, os profissionais da escola, em sua grande maioria, são oriundos de todas as regiões do Estado o que nos dá uma característica diferenciada, enriquecendo nosso perfil cultural.
3.2. Localização física da escola: características do bairro, ocupações
principais, níveis de renda, condições de trabalho, níveis de escolaridade
da população.
O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio está situado à Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292, Centro, Município de Guaratuba (PR), CEP 83.280-000, fone (41) 3442 - 2357, e-mail: [email protected].
Colégio Estadual 29 de Abril – Ensino Fundamental e Médio Rua Nossa Senhora de Lourdes, 292 – Centro
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A agricultura, a pesca, e o turismo constituem as atividades econômicas fundamentais do município. Guaratuba possui terras férteis onde são cultivados milho, mandioca, cana-de-açúcar, arroz, laranja, gengibre e banana, que hoje fazem parte da maior plantação do município, e muitos outros produtos de importância econômica. A pecuária destaca-se com um considerável rebanho de búfalos. A pesca também tem grande destaque na economia do Município, sendo uma das suas principais fontes de riquezas, feita ainda de modo artesanal.
O turismo também constitui ótima fonte de receita para o Município. Turistas de todo o Brasil e do mundo visitam anualmente seus 22 km de praias.
O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio está localizado na região central da cidade de Guaratuba e atende alunos das imediações, dos bairros distantes, como também da zona rural do município. Considerando que a instituição de ensino situa-se na região central não possui características específicas de bairro. As principais ocupações da população da sede do município são o comércio, a pesca, o artesanato, etc. Já na zona rural a ocupação predominante é a agricultura. Destaca se, também, a criação de crustáceos em cativeiro (ostras), no bairro Cabaraquara.
TABELA 1 - Bairros e Distâncias do Colégio – Perímetro Urbano
Bairros Km Bairros Km
Caieiras 1 Piçarras 5
Cohapar I 1 Eliane 6
Figueira 2 Mirim 7
Brejatuba 3 Nereidas 8
Cohapar II 3 Coroados 12
Canela 3,5 Barra do Saí 14
Carvoeiro 4
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Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO / DEPARTAMENTO DE TRANSPORTE ESCOLAR LEITURA: No quadro acima discriminou se o nome dos bairros atendidos e a distância destes em relação à escola, em quilômetros, na área urbana da cidade.
Outras localidades
No outro lado da Baía de Guaratuba, após a travessia da balsa, encontram-se
as localidades de Prainha e Cabaraquara.
TABELA 2 - Bairros e Distâncias do Colégio – Sentido Ferry-Boat
Bairro Km Bairro Km
Prainha, 2 Cabaraquara 3
Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO / DEPARTAMENTO DE TRANSPORTE
ESCOLAR
LEITURA: No quadro acima discriminou se o nome dos bairros atendidos e a distância destes em relação à escola, em quilômetros. Essas localidades estão em quadro à parte por se situarem do outro lado da Baía de Guaratuba, portanto, não são considerados nem área urbana e nem zona rural.
Na área rural encontram-se:
TABELA 3 - Bairros e Distâncias do Colégio – Área Rural
Bairros Km Bairros Km
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Riozinho 13 Empanturrado 30
Boa Vista 20 Estaleiro 34
Morro Grande 25 Descoberto 37
Rio dos Cedros 28
Fonte: SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO / DEPARTAMENTO DE TRANSPORTE ESCOLAR LEITURA: No quadro acima discriminou se o nome dos bairros da zona rural atendidos e a distância destes em relação à escola, em quilômetros.
Os alunos da área rural são os que possuem maiores dificuldades de
acesso ao colégio, principalmente em dias chuvosos, quando há atraso do
transporte escolar.
3.3. Quantitativo: corpo docente, agente educacional I e II, vínculos
funcionais, distribuição de funções, níveis de formação inicial.
ANO DE REFERÊNCIA – 2013
Cargo/ Função
Quant.
Ensino Fundamental
Ensino Médio Vínculo
Ensino Superior
Com Licenciatura Sem
Licenciatura
Completo
Incompleto
Completo
Incompleto
PSS QPM Completa
Incompleta
Diretor 1 x x
Diretor-auxiliar
2 x x
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Secretário 1 x QFEB
Equipe Pedagógica
8 x x
Agentes Educacionais
I 8 6 2 6 2 QFEB
Agentes Educacionais
II 12 12 2 10
Professores 66 13 53 63 3
Outros
Total 98 18 13 53 55 3
3.4. Distribuição e ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos:
constituição de turmas número de alunos, turnos de funcionamento.
O sistema de matrícula está adequado conforme Deliberação 09/01 –
C.E.E. LDB – 9394/96.
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Abaixo, a constituição de turmas, número de alunos e turnos de funcionamento referente ao ano de 2013 - Ensino Fundamental, Médio e EJA
ANO/SÉRIE
MATUTINO VESPERTINO NOTURNO TOTAL
Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos ANEE*
6º ano/5ª série 2 57 2 60 4 117 10
7º ano/6ª série 3 97 3 75 6
172
8º ano/7ª série 2 65 2 55 4 120
9º ano/8ª série 2 60 2 44 4 104
TOTAL Fund. 9 219 9 234 18
513 10
1º ano 3 126 3 51 6 177
2º ano 2 69 1 36 3 105 1
3º ano 2 46 1 14 3 60
TOTAL Médio 7 241 5 101 12 342 1
TOTAL 16 520 14 335 30 855 11
TOTAL GERAL turmas 30 alunos 855 ANEE 11
*ANEE = alunos com necessidades educacionais especiais
A organização coletiva é programada pela escola e oferecida aos
alunos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horários das
aulas, com previsão de início e término de cada disciplina, oportunizando a
integralização do currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o
encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva na relação professor-aluno.
A carga horária prevista é de 100% presencial, tanto no Ensino
Fundamental Fase II, quanto no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima
é de 75%. O controle de frequência é feito no Livro Registro de Classe, onde o
professor deve registrar para cada hora-aula, a presença ou falta do educando.
Abaixo segue tabela com a composição de disciplinas, número de
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alunos e turno de funcionamento da Educação de Jovens e Adultos (EJA):
NOTURNO
Fundamental Fase II Disciplinas Alunos
6º/9º anos Língua Portuguesa 51
Matemática 51
História 33
Geografia 31
Ciências 19
Inglês 23
Arte 37
Ed. Física 39
TOTAL - 284
Ensino Médio Língua Portuguesa 12
Matemática 33
Física 11
Biologia 25
Inglês 26
História 37
Filosofia 20
Arte 03
TOTAL - 167
O horário de funcionamento da instituição é das 07:30 horas às 12:00
horas; das 13:00 horas às 17:30 horas e das 19:00 horas às 23:00 horas.
Abaixo segue tabela com a organização do espaço físico desta
instituição no ano de 2013.
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Dependência Quantidade
Condições de utilização O que está
inadequado? Adequada Inadequada
Diretoria 01 X
Secretaria 01 X
Sala de Professores 02 X
Sala da Equipe Pedagógica
01 X
Sala de Recursos 01 X
Sala de Apoio 01 X
Biblioteca 01 X pequena
Laboratório de Informática
01 X
Laboratório de Ciências/Física/ Química
01 X
Auditório
Sala de Aula 16 X
Depósito de material de limpeza
01 X
Despensa 01 X
Refeitório 01 X
Recreio coberto
Quadra de esportes coberta
01 X
Cozinha 01 X
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Área de serviço 01 X
Sanitário dos Professores
02 X
Sanitário dos agentes educacionais
01 X
Sanitário dos alunos 02 X
Contamos também com uma sala de Educação Física em condições
adequadas, onde contem duas mesas de pingue-pongue, outros materiais e
jogos específicos da prática da Educação Física.
Alguns espaços são adequados com rampas de acesso, porém, os
sanitários não são adaptados, as portas são de tamanho normal e não há
sinalização.
3.5. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais
especiais: Programas e Serviços ofertados
A instituição de ensino tem alunos com necessidades Educacionais
Especiais e, em razão deste fato contamos com duas Salas de Recursos
funcionando, as quais prestam atendimento educacional aos alunos que
precisam deste serviço e passaram pelo processo de triagem multidisciplinar
(avaliação psicoeducacional).
O atendimento recebido pelos alunos com necessidades educacionais
especiais, não se limitam apenas às Salas de Recursos, também são
estendidos à classe comum, na forma de orientação aos professores,
funcionários, familiares e comunidade em geral, pelos profissionais envolvidos
na área.
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Matriculado no 7º ano, no período da tarde, o colégio atende um aluno
com deficiência auditiva, o qual conta com um Intérprete de Libras.
Recebe atendimento na disciplina de Biologia na Educação de Jovens e
Adultos, outro aluno surdo que também possui professora intérprete de
LIBRAS.
3.6. Projetos/atividades desenvolvidas no contraturno. Para suprir a defasagem de conteúdos dos alunos matriculados nas
turmas de 6º ano, nossa Instituição oferece, em contraturno, duas (2) salas de
Apoio, sendo uma de Língua Portuguesa e uma de Matemática, no período
matutino e duas (2) de Língua Portuguesa e outra de Matemática, no período
vespertino.
Até o ano de 2012 essa atividade era oferecida aos alunos das turmas
do 9º ano também, porém como a frequência era baixa, deixamos de ofertar.
Para o ano de 2014 nossa instituição está inscrita no Programa Mais
Educação, e estão previstos 05 projetos. Deverão ser matriculados 30 (trinta)
alunos do período da manhã, pois o projeto será desenvolvido no período
vespertino.
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), os alunos participam de duas
atividades em momentos diferentes especificados em calendário que são:
Semana de Integração na Escola e Fórum da EJA.
3.7. Resultados educacionais referentes ao ano 2012: aprovação e
evasão, analisando os resultados.
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Ano/sér
ie
E.F
Matrícu
la
inicial
Admitid
os após
maio
Afastado
s por
abandon
o
Afastados
por
transferên
cia
Matrícu
la
final
Aprovad
os
Reprovad
os
Taxa de
Aprovaç
ão (%)
Taxa de
Reprovaç
ão (%)
Taxa de
Abando
no (%)
6º ano 204 10 12 39 163 123 40 70.2 39.4 6.8
7º ano 180 06 09 29 148 86 62 54.7 39.4 5.7
8º ano 144 03 09 23 115 80 35 64.5 28.2 7.2
9º ano 137 03 10 21 109 88 21 73.9 17.6 8.4
Ano/
E.M
Matrícu
la
inicial
Admitid
os após
maio
Afastado
s por
abandon
o
Afastados
por
transferên
cia
Matrícu
la
final
Aprovad
os
Reprovad
os
Taxa de
Aprovaç
ão (%)
Taxa de
Reprovaç
ão (%)
Taxa de
Abando
no (%)
1º ano 199 - 17 40 142 99 43 62.2 27 10.6
2º ano 124 02 12 20 94 76 18 71.6 16.9 11.3
3º ano 74 - 06 06 62 53 09 77.9 13.2 8.8
TOTAL
GERAL
Matricu
la final 833
Afastado
s= 253
Disciplinas críticas com baixo desempenho no Ensino Fundamental e no Ensino Médio ou da
Educação Profissional no ano de 2012.
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Analisando os dados de aprovação e reprovação do ano de 2012,
observamos que as disciplinas de Matemática e Geografia apresentaram maior
número de alunos com baixo desempenho.
3.8. Dados das avaliações externas.
IDEB OBSERVADO IDEB PROJETADO
2007 2009 2011 2013
Anos
iniciais
Anos
finais
Anos
iniciais
Anos
finais
Anos
iniciais
Anos
finais
Anos
iniciais
Anos
finais
Ens. Fundamental - 3.8 - 3.1 - 3.8 - 4.2
Ensino Médio - - - - - - - -
Obs.: Escala de 0 a 10.
3.9. Relação entre idade/Série analisando os resultados.
Série/ Ano Matrícula Final (A)
Até 12 anos
Até 13 anos
Até 14 anos
Até 15 anos
Até 16 anos
+ de 16 anos
Total de alunos
com idade superior à
série respectiva
(B)
Taxa de Distorção
(B/A) x 100
6º 204
158 23 16 05 - 02
46
22.5%
7º 180
106 37 22 11 02 01
36
20%
8º 144
39 86 20 24 05 09
38
26.3%
9º 137 - 29 43 31 18 16
33% 24%
TOTAL 665
303 175 101 71 25 28
153
23%
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19
Série/ Ano
Matrícula Final (A)
Até 16 anos
Até 17 anos
Até 18 anos
Até 19 anos
Até 20 anos
+ de 20 anos
Total de alunos
com idade superior à série
respectiva (B)
Taxa de Distorção
(B/A) x 100
1º
199
139 38 19 04 01 -
62
31.1%
2º
124
68 28 24 03 01 -
28
22.5%
3º
74
02 13 07 02 02 -
04
5.4%
TOTAL 397
209 79 50 09 04 -
94
23.6%
Fonte: SERE/SEED
Em nossa Instituição os índices de distorção Idade/Série são altos, fator
que aumentou a taxa de reprovação como também gerou bastante indisciplina
nas turmas nas quais esse percentual se destaca.
3.10. Problemas que devem ser atacados prioritariamente de
governabilidade da escola:
- Desempenho dos alunos
- Gestão
- Indisciplina dos alunos
- Distorção idade/série
- A participação dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade
Escolar
Na Educação de Jovens e Adultos constata-se o grande problema da
evasão.
4. FUNDAMENTAÇÃO
Refletindo sobre os diversos papeis que escola vem desempenhando
historicamente, percebemos que o papel que pretendemos que a nossa escola
venha desempenhar não é de neutralidade, mesmo por que isto seria
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impossível, mas o de instância transformadora da sociedade, através da
mediação dos conhecimentos necessários à formação de cidadãos críticos e
conscientes do seu papel na sociedade e contexto onde estão inseridos.
Buscando através dos atos pedagógicos e educativos, a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
Sabemos que não cabe a escola resolver os grandes problemas sociais,
como fome, miséria, desemprego, falta de assistência a saúde, violência, etc.,
pois as soluções destes problemas extrapolam os limites da escola, mas
atingem a escola de maneira direta. Mas cabe a escola preparar e munir
indivíduos que vivem nesta sociedade, com todos os conhecimentos e
instrumentos necessários, para atuar de forma crítica e consciente dentro dos
diversos contextos dos quais fazem parte, na busca de soluções que levem ao
alcance dos objetivos que compõem o grande ideal, que é alcançar uma
sociedade mais justa e menos excludente.
Na Tendência Histórico Crítico-Crítico- Social dos Conteúdos, a nossa
escola encontrou os conceitos e pressupostos que nortearão as nossas ações
dentro do processo pedagógico. Pois confere a escola o papel que realmente
lhe cabe na busca do seu ideal social, sem perder de vista o papel que lhe
cabe na formação do indivíduo que atuará nesta sociedade que buscamos
formar, fazendo dos conteúdos curriculares e transversais o seu principal
instrumento. Considerando o processo de ensino e de aprendizagem como os
dois lados de uma mesma realidade, ao mesmo tempo em que destaca a
função do professor e do aluno, embora diferentes, se encontram intimamente
ligadas. Dando ainda, ao professor liberdade para emprestar da realidade
vivida pelo aluno, meios e instrumentos que venham a dar significado ao seu
ato de ensinar e ao aluno, liberdade de aplicar em sua realidade contextual, a
aprendizagem adquirida. Colocando assim a realidade histórica e contextual
vivida por professor e aluno, como pano de fundo para o ato educativo se
desenvolver. Pondo também a escola e a comunidade onde a escola se insere,
em busca de um mesmo ideal. Facilitando assim, a formação de uma visão
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holística do ato educativo. Ideários estes, que integram a filosofia que permeia
os nossos princípios educacionais e didático-pedagógicos.
As Concepções educacionais e pedagógicas explicitadas anteriormente,
ainda permeiam o nosso ambiente escolar, transparecendo nas práticas
escolares, desta forma, devemos, então, aqui refletir sobre a importância da
intencionalidade contida no Projeto Político Pedagógico que aqui se apresenta,
pois através dele propomos a realização de uma ação educativa
transformadora, através da problematização dos conteúdos baseados na
realidade, onde escola, aluno e professor estão inseridos. Procurando
promover a aproximação, do educador com o educando dentro do espaço
escolar, objetivando contemplar a pluralidade da vivência dos diferentes grupos
sociais e a diversidade cultural que habitam dentro deste mesmo espaço.
4.1. Compreensão de sociedade
Os avanços científicos e tecnológicos, somados ao fenômeno da
globalização, transformam os conhecimentos, modificando a realidade que nos
cerca num ritmo vertiginoso. Diante disto, a nossa escola sente a necessidade
de se preparar para enfrentar o grande desafio, que é o de corresponder às
demandas da sociedade moderna, preparando e instrumentalizando os seus
alunos para atuarem de forma eficiente e transformadora dentro desta
sociedade. A realidade social foi conceituada pelos professores e funcionários
do Colégio Estadual 29 De Abril, como uma sociedade dinâmica, individualista,
capitalista, culturalmente heterogênea, socialmente injusta, preconceituosa e
excludente, isto nos obriga a refletir de modo dialético sobre a realidade que
nos cerca, onde a compreensão do individual só pode ser entendida a partir do
seu equilíbrio com o universal. Então, entendemos que o processo educacional
deve visar o pleno desenvolvimento do indivíduo, a partir de sua realidade
contextual historicamente construída, oferecendo conhecimentos e
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instrumentos que o permitam desenvolver suas potencialidades, visando a
formação de um cidadão, capaz de atuar criticamente sobre a realidade que o
cerca, buscando a satisfação de suas expectativas, através da satisfação das
expectativas e necessidades que esta realidade possui.
4.2. Compreensão de homem
O homem é um ser histórico, já que suas ações e pensamentos mudam
no tempo, a partir das diferentes situações a serem vividas, tanto do ponto de
vista coletivo como da vida pessoal. O trabalho transforma a nossa maneira de
pensar, agir e sentir, de modo que nunca permaneçamos os mesmos ao fim de
uma atividade, qualquer que ela seja.
O homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser
homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para
saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é preciso aprender, o
que implica o trabalho educativo. (SAVIANI, 1997)
E nesse sentido podemos dizer que, pelo trabalho o homem se
autoproduz, ao mesmo tempo em que produz a sua própria cultura. O homem é
resultado desse processo em movimento da cultura de si próprio. É impossível
pensar em uma natureza humana com características universais, eternas,nem
há um modelo de homem a que cada homem deveria se adequar.
4.3. Compreensão de escola
A escola pública mostra-se muitas vezes seletiva, elitizada,
meritocrática. A superação desta escola passa pela afirmação cotidiana deste
espaço como direito de todos e dever do Estado em garantir as condições de
trabalho para efetivação do trabalho pedagógico realmente comprometido com
a emancipação humana e a transformação da sociedade.
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A escola tem uma função específica educativa, propriamente
pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a
importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta
problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da
educação escolar. (SAVIANI, 1997)
A escola deve objetivar a qualidade do ensino, ser espaço de formação
cultural, tecnológica e científica, efetivando-se enquanto parte do conhecimento
elaborado e sistematizado, instaurando-se como formadora de pessoas
capazes de atuar na construção histórica da sociedade em que estão inseridos.
A escola deve ser um espaço democrático de formação continuada e
desenvolvimento integral do ser humano, formando sujeitos históricos e sociais
que precisam estar em constante processo de reflexão de sua práxis, de
crescimento emocional e cognitivo.
4.4. Compreensão de educação
A escola deve conceber a educação como processo para o
desenvolvimento integral do ser humano, sendo este instrumento gerador das
transformações sociais. Deve ser base para a aquisição da autonomia, fator de
progresso econômico, político e social. O elemento essencial para integração
do sentimento e da consciência de cidadania. Valorizar as origens do
educando, suas experiências na família e na comunidade onde vive. A
efetivação da educação possibilita assim ao educando perceber-se como
agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e humanitária.
“(...) a educação, portanto, não transforma de modo direto e imediato e sim de
modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre os sujeitos da prática”. (SAVIANI,
1995). A educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a finalidade de
formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na realidade,
visando ao bem estar do ser humano, no plano pessoal e coletivo. Para tanto,
este processo deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a capacidade
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de análise e síntese, e sedará por meio de uma educação intencional, com
objetivos claros visando construir uma sociedade justa e responsável. O
processo educacional deve oportunizar aos alunos um conhecimento científico
e cultural, visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo
da vida em sociedade, capacitando-os a interagir com o outro e com o meio
ambiente de forma equilibrada.
4.5. Compreensão de cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani,
”para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e
intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o
processo de transformação da natureza, criando um mundo humano, o mundo
da cultura” (1992, p.19). Toda a organização curricular, por sua natureza e
especificidade precisa completar várias dimensões da ação humana, entre eles
a compreensão de cultura. Na escola em sua prática há a necessidade da
consciência de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de
trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à produção de uma cultura
erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola, instituição especializada
para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da
cultura popular a cultura erudita; assuma um papel político fundamental”.
(SAVIANI, apud, FRIGOTTO, 1994 p.189). Analisando a realidade na qual
convivemos, consideramos que se faz necessário uma concepção de cultura
que identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo, que vise à
transformação do ser humano, na sociedade e do mundo. Todo conhecimento,
na medida em que se constitui num sistema de significação é cultural. Não
existe uma cultura superior ou inferior à outra, o que temos é uma diversidade
cultural que precisa ser aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como
parte do ser humano.
4.6. Compreensão de trabalho
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A filosofia do Materialismo Histórico Dialético de Marx afirma que são os
homens que fazem a história, embora não a fazem como desejam, mas a
fazem a partir das condições dadas objetivamente. Marx oferece um modelo de
como se analisar a história, e tal modelo se funda na relação de produção que
os seres humanos historicamente constroem. Na atualidade, predomina-se o
modo privado dos meios de produção que denominamos de capitalismo. Nesse
modo de produção opõem-se duas classes distintas, de um lado os
proprietários dos meios de produção e de outro, os trabalhadores que só
possuem sua força de trabalho como meio de troca para manter sua própria
subsistência.
A ação humana de transformar a natureza e a partir desta construir bens
de consumo para satisfazer as necessidades que são determinadas
historicamente é que se chama trabalho. Nesse sentido, Marx nos ajuda a
entender o trabalho determinado pelas relações de produção que sob o
capitalismo recebe denominação emprego, limitado pelo próprio modo de
produção. Mas por meio do trabalho o indivíduo se constrói ao construir o
mundo humano que ele próprio habita, esse se constrói enquanto ser humano
e projeta um mundo humano em que o trabalho não o desfigurará, mas o
libertará das amarras que o próprio sistema lhe impõe.
4.7. Compreensão de tecnologia
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 ao propor a
formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUENZER
(2000), a concepção que aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e
o específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar
metodologicamente os conteúdos. O uso de tecnologias como apoio ao ensino
e à aprendizagem vem evoluindo vertiginosamente nos últimos anos, podendo
trazer efetivas contribuições à educação. Entretanto, para evitar ou superar o
uso ingênuo dessas tecnologias, é fundamental conhecer as novas formas de
aprender e de ensinar, bem como de produzir, comunicar e representar
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conhecimento, possibilitadas por esses recursos, que favoreçam a democracia
e a integração social. Dessa forma, a tecnologia deve ser entendida como uma
ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma
pode contribuir para o aumento das desigualdades ou para a inserção social se
vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o
conhecimento em todas as áreas. É preciso implementar no Sistema
Educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas, se reforme o
ensinamento, mas que também facilite a aprendizagem. Que a tecnologia seja
o material de apoio ao processo ensino-aprendizagem,cujo mediador seja o
professor e o aluno seja aprendiz de um pensar novo que leve a descobertas
do mundo a sua volta, sendo um meio de estabelecer relações entre o
conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular
ação, teoria e prática.
4.8. Compreensão de cidadania
Para alcançar o objetivo de construir uma escola democrática, igualitária,
participativa, formativa e crítica é necessária a concepção de uma cidadania
plena e consciente dos direitos e deveres atribuídos a todas as pessoas. A
educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania,
deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao sujeito
sua inserção na sociedade. A atual realidade social e educacional de nosso
país requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que
existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais (dentre eles a
educação) e a negação da prática desses direitos; da ideologia que associa a
pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema da escola pública em
termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado; recolocar a
questão do trabalho como atividade de produção/apropriação de conhecimento
não apenas como mera operação mecânica, em repensar a relação
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escola/trabalho. Os sujeitos devem ter ciência da importância da pessoa
humana como um todo, assim como das instituições que contribuem para esse
processo. Cidadão que não aceite de forma passiva tudo o que é imposto pela
sociedade, mas que almeje a mudança, certo de que ela começa do interior
para o exterior, do individual para o coletivo. A cidadania requer uma atitude de
independência, que o indivíduo adquire quando passa apensar sobre a
realidade em que se encontra. Nessa atividade do pensar, a escola exerce um
papel fundamental, como também, todos os profissionais que nela se
encontram inseridos.
4.9. Compreensão de conhecimento
Entendemos que o conhecimento é adquirido através de uma construção
histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica, cultural e
psicológica, entre outros, nesta concepção o professor deverá assumir uma
abordagem histórico crítica, agindo como mediador dos padrões culturais,
integrando questões relativas ao desenvolvimento individual, à construção de
conhecimentos e à interação social. A apreensão dos conhecimentos será
significativa para o aluno na medida em que atendam as expectativas,
intenções e propósitos de aprendizagem do mesmo. Os conteúdos e
direcionamentos das aprendizagens assumem papel central, uma vez que é a
função primordial do ambiente escolar. Dentre os conteúdos científicos
explicativos no Plano Curricular do nosso estabelecimento de ensino, estão
inclusos o ensino de valores e o desenvolvimento de atitudes, fazendo do
ambiente escolar o “lócus” de formação das capacidades e habilidades dos
alunos. O PPP deste colégio pauta-se na Pedagogia Histórico Crítica; tal
pedagogia foi privilegiada por acreditar que a educação deve ser colocada a
serviço das forças que lutam para a transformação de uma nova ordem na
sociedade, e que a aprendizagem contribui para impulsionar o
desenvolvimento. Segundo Silva (2007):
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A educação escolar, portanto, constitui um espaço privilegiado
quando é efetivada pelo docente, de forma direta e intencional, o
desenvolvimento do aluno através da superação de necessidades
elementares e biológicas e a constituição de novos interesses e
necessidades produzidas pela cultura. Para tanto, as mediações ali
produzidas e sistematizadas devem buscar, além de estratégias
eficazes para a transmissão do conhecimento científico, conteúdos
significativos que garanta a qualidade do ensino.
É através dessas concepções que partimos para os questionamentos
necessários para podermos interagir com o real, com a escola que temos e que
ousamos construir utopias a respeito de sua prática. Trabalhamos com
pessoas que interagem com uma sociedade excludente, discriminada, e que
precisa ser transformada. É importante considerar a faixa etária dos nossos
alunos, caracterizada como pré-adolescência e adolescência, sendo esse
período marcado por novas possibilidades de compreensão do mundo em
função do desenvolvimento do pensamento lógico-formal. Os adolescentes
necessitam de situações estimulantes tornando-se capazes de formular
hipóteses sofisticadas e de acompanhar e elaborar raciocínios complexos, é a
fase da abstração de conceitos e conhecimentos. É uma das fases mais
marcantes na vida humana, porque as novas possibilidades de compreender o
mundo que são descortinados provocam deslumbramento, mas também
assusta.
4.10. Compreensão de currículo
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) 9394/96,
orienta para um currículo de base nacional comum para o ensino fundamental
e médio. As disposições sobre currículo estão em três artigos da LDBEN.
Numa primeira referência mais geral, quando trata da Organização da
Educação Nacional, define-se a competência da União para “estabelecer, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências
e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio,
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que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar
formação básica comum” (Art.9º,inciso IV). Outras referências mais específicas
estão no capítulo da Educação Básica,quando se define que “os currículos do
ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum,a ser
contemplada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma
parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da
sociedade, da cultura, da economia e da clientela” (Art. 26).
Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os
”conteúdos curriculares da educação básica”, que envolvem: valores, direitos e
deveres orientação para o trabalho (Art. 27 parágrafos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º). A
LDBEN sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite
a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o
contexto local (Art. 28, inciso I, II, III).
O currículo da escola pública deve ter como meta o desenvolvimento de
uma prática pedagógica que articule os conteúdos ao processo educativo. Isto
vem facilitar a aprendizagem do aluno empregando desta forma recursos
didáticos pedagógicos diferenciados inseridos no contexto social. O currículo
deve ser construído coletivamente, visando à realidade para que se cumpra
com sua função educacional, respeitando a identidade cultural e social do
aluno, promovendo também a participação do mesmo em projetos
desenvolvidos pela escola. Na construção do currículo devem ser levadas em
consideração as experiências que os alunos trazem de sua vivência, para que
a escola a partir dele, possa trabalhar conteúdos acadêmicos na sua totalidade
de conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, considerando
suas permanências e transformações. De acordo com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica (2008, p.20),o currículo deve oferecer aos
estudantes a formação necessária para o enfrentamento voltado à
transformação da realidade social,econômica e política de seu tempo. O
currículo deve ser baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do
conhecimento que possibilite um trabalho pedagógico capaz de direcionar o
educando para a totalidade do conhecimento, e sua relação com o cotidiano.
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4.11. Compreensão de método
Acreditando que a metodologia utilizada no processo ensino-
aprendizagem pode contribuir positiva ou negativamente para o sucesso ou
fracasso da aquisição de conhecimento nas escolas, apontamos a Pedagogia
Histórico Crítica como um marco no movimento educacional brasileiro, porém
pouco desenvolvida no cotidiano das escolas, que oportuniza uma prática
docente comprometida com o processo ensino-aprendizagem, com a promoção
das capacidades psíquicas, promovendo a promoção humana dos alunos, para
que estes rompam a alienação, colocando-se conscientemente no âmbito
social.
O método preconizado por Saviani situa-se além dos métodos
tradicionais e novos e, conforme esse autor, “deriva de uma concepção que
articula educação e sociedade, e parte da constatação de que a sociedade em
que vivemos é dividida em classes com interesses opostos”.
Essa teoria é de grande relevância, pois evidencia um método
diferenciado de trabalho, que visa estimular a atividade e a iniciativa do
professor; favorecer o diálogo dos alunos entre si e com o professor, sem
deixar de valorizar o diálogo com a cultura acumulada historicamente; levando
em conta os interesses dos alunos, os ritmos de aprendizagem e o
desenvolvimento psicológico, sem perder de vista a sistematização lógica dos
conhecimentos, sua ordenação e gradação para efeitos do processo de
transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos.
Enfocamos a Didática da Pedagogia Histórico Crítica, pois propiciará aos
professores e a operacionalização desta metodologia de ensino; esta
desenvolvida por Gasparin (2005), que tem como marco referencial à teoria
dialética do conhecimento, para fundamentar a concepção metodológica e o
planejamento do ensino-aprendizagem, como ação docente-discente.
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Os cinco passos ou momentos que caracterizam esse método devem
ser articulados em um momento único, cuja duração de cada um deles deve
variar de acordo com as situações específicas que envolvem a prática
pedagógica; exigindo do educador uma nova forma de pensar os conteúdos;
estes devem ser enfocados de maneira contextualizada em todas as áreas do
conhecimento humano, evidenciando que este advém da história produzida
pelos homens nas relações sociais de trabalho. Essa didática objetiva um
equilíbrio entre teoria e prática, envolvendo os educandos em uma
aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos e políticos, para que
estes sejam agentes participativos de uma sociedade democrática e de uma
educação política.
A implementação dessa didática está vinculada a uma nova forma dos
educadores pensarem a educação, necessitando de muito estudo, esforço,
experimentações, coragem para inovar, arriscar e assumir desafios. Portanto,
sua aplicabilidade com êxito, depende do compromisso dos educadores em
aprofundar seus conhecimentos teóricos e criarem condições necessárias
como, nova forma de planejar e aplicar os conteúdos e as atividades escolares,
almejando um ensino significativo, crítico e transformador.
Diante dessa transformação Saviani (1985, p.76) se refere à educação
como sendo “uma atividade que supõe uma heterogeneidade real e uma
homogeneidade possível; uma desigualdade no ponto de partida e uma
igualdade no ponto de chegada”.
4.12. Compreensão de ensino e aprendizagem
Aprender e ensinar são processos inseparáveis. Isto acontece porque o
ato de ensinar “é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada
indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente
pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1995). Este processo se efetiva quando
o indivíduo se apropria dos elementos culturais necessários a sua formação e a
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sua humanização. Para que o ensino-aprendizagem possa acontecer, é
necessário investir em ações que potencializem a disponibilidade do aluno para
a aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer
relações entre seus conhecimentos prévios e o que está sendo apreendido
sistematicamente sobre ele na escola. Essa disponibilidade exige ousadia para
se buscar soluções e experimentar novos caminhos visando transformar sua
realidade, relacionando teoria à prática. Para Vygotski (1995) “a aprendizagem
é um processo histórico, fruto de uma relação mediada e possibilita um
processo interno, ativo e interpessoal”. Os processos de ensino-aprendizagem
adquirem um enfoque social e chamam à discussão: o modo como devem ser
entendidas as relações entre desenvolvimento e aprendizagem, a importância
da relação na qual vivem nossos educados, relação esta entre cultura e
educação, o papel da ação educativa ajustada às situações de aprendizagem e
às características da atividade mental construída pelo educando em cada
momento da aprendizagem. Esta defesa da dimensão política da educação, da
indissociabilidade entre o ensino e a aprendizagem, entre o fazer e o pensar,
do movimento dialético de apropriação do conhecimento que possibilite
compreender o real em suas contradições, são algumas das muitas defesas da
abordagem histórico-cultural.
4.13. Compreensão de infância e adolescência
Em alguns estudos atuais, as referências à criança e à infância, apontam
para uma oposição à concepção dominante de infância que é considerada
como um simples objeto passivo de uma socialização orientada por instituições
ou agentes sociais que sustentam relações de poder entre adulto e criança
caracterizada pela condição de subalternidade desta em relação àquele.
Opor-se a esse modo de pensar a criança e a infância, é compreender
que as crianças não constituem nenhuma comunidade isolada, mas sim fazem
parte de um povo e de uma classe de onde provém. Assim, a reflexão a tomar
como referencial de análise é uma concepção de criança que a concebe como
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ativa na construção e determinação de sua própria vida social, na dos que a
rodeiam, e na sociedade na qual vivem, pois, a criança não é apenas sujeito
passivo de estruturas e processos sociais.
Sendo assim, é preciso que o espaço escolar seja concebido como
espaço público que pode ser transformado num lugar privilegiado da
experiência da infância nos nossos tempos e nos tempos das infâncias, onde o
aprender acontece nas crianças porque tem sentido, porque são afetadas,
porque influenciam e são influenciadas por ele. A escola, deste modo, tornar-
se-á um espaço construído e organizado com a participação das crianças,
respeitando-as enquanto sujeito de direitos, que tem voz própria, que produz
cultura. Logo, não podemos pensar separadamente o direito de aprender do
direito de participação. É necessário rever a função social da escola na nossa
sociedade na perspectiva de um repensar sobre o quê, como, quando e onde a
criança aprende, quem organiza tais espaços e tempos. O que possibilitará a
infância acontecer com toda a sua singularidade, sua potência, com toda a sua
condição de ser mais para que de fato o aprender seja significativo, tenha
sentido para as crianças. Assim as infâncias se afirmam e as identidades se
constroem, se reconhecem e interagem; assim as crianças aprendem a vida
com a vida e para a vida, e a escola se constitui em espaço democrático e de
lutas iguais travadas pelos diferentes.
A escola é hoje um lugar privilegiado de vivência da infância e da
adolescência; é o espaço físico, social, humano e, porque não dizer, também
ideológico – visto ser a escola o lugar das idéias por excelência, o lugar da sua
transmissão, do seu debate, da sua assimilação ou rejeição – em que a
infância e a adolescência acontecem, durante muitas horas de quase todos os
dias.
A adolescência é uma das etapas da vida do ser humano em que a
necessidade de educação, entendida como serviço ao desenvolvimento global
da pessoa, mais se faz sentir, pois sendo um período de descobertas e de
busca por uma identidade própria, por definições da personalidade, busca por
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um espaço na sociedade e também por afetividade; pode ser pensada como
uma fase de conflitos e crises, muitas vezes ou não, assumida ou negada pelo
adolescente. Geralmente negada: já que para o adolescente a crise é colocada
na família, no mundo a sua volta, na sociedade, na escola, nos amigos, no
sexo oposto (QUADROS, 2009).
Nesse sentido, o ambiente educativo tem que levar em conta certos
desafios como: olhar para o adolescente na sua necessidade de
desenvolvimento situado no cruzamento das linhas da consolidação da
identidade e da capacidade de inter-relação; catalisar o seu processo de
descoberta de si próprio como pessoa única, valiosa, digna; possibilitar o
contato, pessoal e estável, com figuras significativas, bem como o confronto
com valores, atitudes e ideais que poderão dar sentido e objetivos à sua vida.
Esse ambiente educativo deverá proporcionar ao adolescente a possibilidade
do encontro consigo mesmo, num contexto simultaneamente protegido e
aberto, que lhe dê todo o tempo necessário para ir se consolidando como
pessoa, sem ter que esconder ou recalcar, ou converter em agressividade
descontrolada, as suas fragilidades, dúvidas e descobertas.
Assim, a escola tem um papel fundamental na contribuição para
transformar a realidade nessa faixa etária, sendo ela, o espaço de socialização
do conhecimento cultural e científico, precisa se comprometer com a cidadania,
formando seres humanos plenos e pensantes. Nessa visão é imprescindível
que a escola seja o maior ponto de apoio, no que diz respeito à formação de
personalidades equilibradas dos alunos, ou seja, educá-los a buscarem e
desenvolverem sua identidade e subjetividade prepará-los para raciocinar
sobre si mesmos, seus comportamentos, atitudes e reações, para que tenham
consciência dos limites entre seus direitos e deveres.
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4.15. Articulação entre o Ensino Fundamental Anos Iniciais e Anos
Finais
A indicação do Ministério da Educação com a inclusão de mais um ano
de escolarização representou uma revisão no currículo e das práticas, não
apenas no primeiro ano, mas de todo o Ensino Fundamental, incorporando
discussões relativas à importância do brincar na aprendizagem das crianças, a
criança como sujeito ativo do processo ensino-aprendizagem e a infância como
construção social.
Sabemos que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do
Ensino Fundamental diferencia-se da organização dos anos finais, no entanto,
é necessário procurar a ruptura dessa fragmentação, buscando manter um
diálogo entre as instituições de ensino municipais e estaduais, com a
adequação de conteúdos no tempo escolar de forma que as disciplinas não
sejam hierarquizadas, pois para a criança / adolescente não há separação
entre os conhecimentos em campos específicos e suas experiências de
apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens,
expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.
Cada docente ao escolher as turmas deve ter formação e perfil para trabalhar
com tal ano, onde receberão alunos com particularidades construídas a partir
de suas experiências. O acúmulo da experiência dos docentes é importante na
constituição da prática pedagógica, porém é fundamental que estes
conhecimentos sejam ampliados através da formação continuada, conforme
exposto na LDB nº 9394/96 nos artigos 61 e 67. Para o sucesso desta
articulação, o trabalho nas séries finais, precisa contar com a contribuição de
todos os segmentos da escola, primando por uma gestão democrática, com o
comprometimento de todos nas decisões a serem tomadas, procurando
envolver a comunidade e obter desta a colaboração tão necessária para a
efetivação da aprendizagem dos alunos. Também é importante a realização de
reuniões, seminários, cursos de capacitação, recebimento de materiais de
apoio, permanência/e ou abertura de Salas de Apoio e de Recursos, de acordo
com a necessidade e total amparo do NRE e SEED para que os objetivos da
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comunidade escolar sejam atingidos a contento.
4.16. Articulação entre o Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino
Médio
A passagem do aluno do Ensino Fundamental para o Ensino Médio
ocorre no período que coincide com o fim da infância e início da adolescência,
essa etapa final da educação básica, com duração de três anos,
Nesse sentido, faz-se necessário a organização da escola para atender
esse adolescente.
Buscando articular o Ensino Fundamental e Médio, são traçadas ações
pela comunidade escolar a serem desenvolvidas por toda comunidade escolar.
Nas situações de ensino e aprendizagem, as ações centram-se mais nas
atividades realizadas pelos professores e equipe pedagógica.
Com esse segmento, são realizadas reuniões com o grupo e com os
pais e alunos.
São apresentados procedimentos para recuperar o aluno e superar as
defasagens, minimizando o impacto das reprovações.
A equipe pedagógica realiza acompanhamento individualizado ao aluno
e assistência ao estudo e aprendizagem, envolvendo os pais e professores, a
partir da indicação dos professores, sobre o rendimento escolar ou adaptação
do aluno aos estudos no Ensino Médio.
No Ensino Médio, a promoção ocorre quando o aluno obtém média
semestral igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) e frequência igual ou
superior a 75% (setenta e cinco por cento).
Em relação à classificação, esta pode ser realizada no Ensino
Fundamental e
no Ensino Médio por promoção, transferência ou mediante avaliação.
De modo geral, esta proposta pedagógica alinha-se com os
postulados dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, que
concebe este nível ensino como um agente entre o mundo do trabalho e das
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práticas sociais com o sujeito produtor de conhecimentos. Outro ponto de
destaque refere-se ao uso das novas tecnologias, compreendido como
fenômeno que cria formas de socialização, processos de produção e, até
mesmo, novas definições de identidade individual e coletiva.
No Colégio Estadual 29 de Abril, tanto o aluno, como o professor,
reconhecem as novas tecnologias como ferramentas para as novas estratégias
de aprendizagens nas diversas áreas do conhecimento, utilizando o
Laboratório de Informática e os Laboratórios Experimentais.
O Ensino Médio do Colégio Estadual 29 de Abril, tem como finalidades:
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento
crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos
processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina;
V – As disciplinas oferecidas estão em conformidade com matriz
curricular aprovada.
4.17. Compreensão de avaliação e recuperação
Visando a dimensão formadora da avaliação, que tem como finalidade
primordial a aprendizagem ou ainda, a verificação dela, permitindo uma
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reflexão sobre a ação da prática pedagógica no processo educativo, a
avaliação assume uma postura como instrumento de investigação capaz de
acompanhar o desempenho do aluno, diagnosticando e orientando práticas
pedagógicas insuficientes, de modo a apontar novos caminhos para superar
problemas e fazer emergir novas práticas educativas. A finalidade da avaliação
não deve estar centrada no registro de uma nota, mas objetivando uma
dimensão formadora uma vez que o fim desse processo é aprendizagem ou a
verificação dela permitindo assim que haja uma reflexão sobre a ação da
prática pedagógica. De acordo com as Diretrizes Curriculares (2008), os
processos avaliativos não devem apenas constatar o que o aluno aprendeu ou
não, fazendo com que se torne refém das constatações realizadas pelo
professor. O processo avaliativo deve visar à formação do sujeito que se
apropria do conhecimento para compreender as relações humanas, bem como
suas contradições e conflitos.
A ação pedagógica da sala de aula deve contribuir ativamente para essa
formação, proporcionando um movimento na direção da aprendizagem do
educando, da qualificação do educador e da escola. A avaliação converte-se
em ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do
educando e a qualidade do ensino, assim ela deve ter compromisso com a
educação democrática, numa perspectiva de inclusão, a qual deverá
necessariamente ser diversificada, valorizando a individualidade do aluno. A
legislação atual concede uma grande importância a avaliação, assegurando
que ela seja realizada de forma contínua, formativa e processual sendo assim
mais um elemento do processo ensino-aprendizagem. É necessário articular o
processo de avaliação com a finalidade do objeto avaliado: contribuindo para o
desenvolvimento das capacidades dos alunos, a avaliação converte-se em
ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do
aluno e a qualidade do ensino. A avaliação deve ter compromisso com a
educação democrática, numa perspectiva de inclusão, a qual deverá
necessariamente ser diversificada, valorizando a individualidade do aluno.
Conforme a Deliberação 07/99 – CEE/PR, o compromisso do professor
em ensinar é com o desenvolvimento pleno do educando e não com o mínimo
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e que o processo de recuperação é intrínseco ao processo de ensino
aprendizagem a avaliação. É a oportunidade que o professor tem em
reorganizar sua metodologia em função das necessidades de todos os alunos,
para que estes se apropriem dos conteúdos de tal forma que se possa atribuir
a qualidade real à aprendizagem.
Na Educação de Jovens e Adultos por ser uma modalidade da
Educação básica, segue os mesmos conteúdos curriculares previstos nas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná. Porém,
conforme Manual de orientações, da Secretaria de Estado da Educação, a
disposição das atividades pedagógicas deve considerar os três eixos
articuladores sugeridos nas DCE’s da Educação de Jovens e Adultos que são:
Cultura, Trabalho e Tempo. Os conteúdos devem ser trabalhados ao longo da
carga horária total instituída para cada disciplina, conforme Matriz Curricular. A
avaliação desses conteúdos deve ser diagnóstica, contínua, sistemática,
abrangente e permanente, utilizando instrumentos diversos tais como: provas
escritas, trabalhos práticos em sala de aula, debates, seminários, experiências
e pesquisas, participação em trabalhos individuais ou coletivos. A avaliação é
um instrumento que possibilita a retomada de ações em favor de uma
aprendizagem de qualidade. Constitui-se em um recurso pedagógico de grande
valia tanto para o educador quanto para o educando no sentido de reorientar a
prática pedagógica tendo como fim a aprendizagem. (Luckesi, 2000 in
Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos, 2006).
4.18. Compreensão de Gestão Democrática
Ao considerar a gestão democrática na perspectiva de participação
coletiva, consciente e comprometida com a educação de qualidade, considera-
se que o papel do gestor escolar implica na sistematização administrativa,
como na mediação das relações pessoais e interpessoais da Instituição. Assim
sendo, as instâncias colegiadas, deverão ser compostas de pessoas
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articuladoras, as quais representam a comunidade escolar e legitimam suas
proposições, na garantia de serem cumpridas as metas e ações voltadas às
necessidades dessa comunidade e pressupostos do Projeto Político
Pedagógico do Colégio.
O Regimento Escolar, o qual estabelece a organização funcional
e educativa da instituição de acordo com as legislações e deliberações em
vigor, está voltado à garantia ao acesso à educação de qualidade,
compreendendo que só é possível este acesso, quando se é oferecido a
excelência em conhecimento científico e formação de cidadão crítico e
consciente da sua realidade de acordo com o contexto nele inserido. Para
tanto, a Instituição conta com a ponderação das Instâncias Colegiadas, bem
como a importante colaboração da segurança pública, na figura da Patrulha
Escolar.
4.19. Compreensão do papel da escola
A escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seus
projetos educativos, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico
com base na comunidade em que está inserida. Nessa perspectiva, é
fundamental que ela assuma suas responsabilidades numa dimensão política
pedagógica, sendo um local permanente de reflexão e discussão dos
problemas, na busca de alternativas viáveis para uma educação de qualidade,
sendo esta a prioridade da escola, para que os alunos tenham uma
aprendizagem de boa qualidade formando cidadãos capazes de participar da
vida socioeconômica, política e cultural do país.
4.20. Compreensão da relação professor/aluno
Compreendendo educação como prática social transformadora, o
profissional docente trabalha com seus alunos vinculando teoria à prática,
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assegurando a aprendizagem efetiva, entendendo o conhecimento e a
aprendizagem como processos relacionados entre si, que acontecem por
construção e interação, tendo consciência que cada aluno é singular e deve ser
respeitado e estimulado a construir uma nova prática social. Dessa forma o
docente prioriza conteúdos significativos, integrando na sala de aula, situações
desafiadoras propiciando interações entre sujeitos para a melhor construção do
conhecimento.
4.21. Compreensão de Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativo/consultiva
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada turma da
instituição de ensino. Constitui-se num momento/espaço previamente
planejado para a avaliação, reflexão e redefinição das práticas pedagógicas,
buscando superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas
diferenciadas de ensino que realmente garantam a todos os alunos a
aprendizagem. O Conselho de classe busca a tomada de decisões relativas
aos encaminhamentos necessários tendo em vista os resultados obtidos e a
superação dos problemas diagnosticados; definições de atribuições/ações a
serem implementadas para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e
prazos/espaços para implementação das propostas acordadas.
4.22. Compreensão de estágio não obrigatório1
A inserção do estagio não obrigatório do projeto político pedagógico da
escola não pode contrapor-se a própria concepção de escola pública, ainda
que o estágio seja uma atividade que vise à preparação para o trabalho
produtivo, conforme Lei 11788/2008. A função social da escola além do
1Texto produzido pela Equipe da Educação Básica do Núcleo Regional de Educação de
Paranaguá e disponibilizado para todas as instituições de ensino de sua jurisdição, não podendo ser considerado nesta situação plágio.
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aprendizado de competências próprias da atividade profissional e, nesta
perspectiva, vai para além da formação articulada as necessidades do mercado
de trabalho.
Conceber trabalho como princípio educativo, pressupõe oferecer subsídios,
a partir das diferentes disciplinas, para se analisar as relações e contradições
sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em
oferecer instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de
produção, de dominação, bem como as possibilidades de emancipação do
sujeito a partir do trabalho.
Formar para o mundo do trabalho, portanto, requer o acesso aos
conhecimentos produzidos historicamente pelo conjunto da humanidade, a fim
de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das etapas do processo de
forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além de uma formação
técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se compreender o
processo de produção em sua totalidade.
Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta
dimensão contraditória do trabalho, permitindo ao estudante e futuro
trabalhador atuar no mundo do trabalho mais autônoma, consciente e crítica.
Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno
estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua
participação nela de forma plena integrando as práticas ao conhecimento
teórico que as sustentam.
Nesta perspectiva, o estágio pode e deve permitir ao estagiário que as
ações desenvolvidas no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e
vice-versa, relacionando-as aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-las a partir das relações de trabalho.
4.23. Compreensão de Educação Integral
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O Brasil garante, por intermédio de vários instrumentos legais, a
educação pública de qualidade para todos, mas é pela nossa soberana
Constituição Federal de 1988 que se explicita, no Artigo 205, a educação
almejada:
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa humana, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Interpretando o preceito constitucional acima, a educação que visa ao
pleno desenvolvimento da pessoa humana e seu preparo para o exercício da
cidadania é uma educação forjada a partir de uma visão humanista, a qual
concebe os indivíduos como seres únicos, apontando para uma formação no
sentido amplo do termo e não no sentido inverso, para uma formação que
reduz a seu potencial na intenção de apenas preparar para determinados
papéis sociais.
A intenção do legislador é, portanto, oferecer a todos os brasileiros uma
formação tal que os integre coletivamente na missão de construir a cidadania;
pretende, em outros termos, abrir os horizontes dos educando ofertando,
inicialmente, uma formação ampla e generalista para, posteriormente, qualificar
para o trabalho.
Assim sendo, o preparo para o exercício da cidadania é prerrogativa que
deve ser priorizada na educação, entendendo cidadania no sentido da
compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do
Estado, da família e dos demais grupos que compõem a comunidade e da
plena participação nas instituições sociais. Os termos do Art. 227 da CF de
1988 preconizam que a família, a comunidade, a sociedade e o poder público
devem assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, ao esporte, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária. Nestes termos, a educação está associada
a outros direitos, indicando que é um processo complexo e de muitos aspectos,
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que não se restringindo à escola, mas ocorrendo em diversos locais e de
diversas formas,continuamente,ante toda a vida do ser humano.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional -LDBN, Lei n. 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, em seu Art . 34, § 1º e § 2º,determina que “a
jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de
trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período
de permanência na escola ”.
Podemos dizer, a partir desta determinação, que a educação em tempo
integral já deveria ser uma realidade consolidada em nosso país, posto que
desde 1996 a LDB já propunha a ampliação do tempo escolar , embora sem
indicar os parâmetros de horas por dia. De acordo com o Art. 1º da LDB,A
educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência comunitária, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais (BRASIL, 1996).Este artigo reitera a visão holística de
educação, na qual as partes integram o todo em uma unidade orgânica,
também propugnada pela CF de 1988, e reforça algumas concepções vigentes
de educação integral quando propõe a integração da escola com diversos
movimentos sociais e culturais.
Outro ordenamento jurídico que afirma a função protetora da escola é o
Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, Lei 8.069, de 13 de julho de 1990.
Neste documento, garante-se às crianças e aos adolescentes a proteção
integral e todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,
assegurando-lhes oportunidades a fim de lhes facultar o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA responsabiliza a família,
a comunidade e a sociedade em geral para garantir estes direitos,
estabelecendo um elo entre essas instituições no sentido de propiciar as
condições para uma educação plena. Como forma de transformar a Educação
Integral em política de estado e propiciar as condições materiais para que ela
aconteça, a Emenda Constitucional nº 53/2006 instituiu o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
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Educação FUNDEB, 9 Lei nº 11.494/07,de 20 de junho de 2007, prevendo uma
diferenciação de repasse de recursos para escolas ou sistemas que trabalhem
com a ampliação da jornada escolar. Para sua regulamentação, foi
estabelecido o Decreto Presidencial nº 6253/2007,que definiu o que é
ampliação de jornada para fins de implantação da legislação em questão, qual
seja: “a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias,
durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total que um mesmo
aluno permanece na escola ou em atividades escolares” (BRASIL, 2009, p. 23).
Vale lembrar: o Decreto nº 7083 ,de janeiro de 2010 ,dispõe sobre o
Programa Mais Educação;as Portarias Interministeriais nº 17 e 19,de 2007,
foram firmadas entre os Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social,
dos Esportes, da Ciência e Tecnologia, da Cultura e do Meio Ambiente com o
objetivo de compartilharem da responsabilidade no fomento à Educação
Integral e em tempo integral por meio do apoio a atividades socioeducativas
distribuídas em macrocampos. Estas portarias consideram a diversidade
cultural e educacional brasileira ao estabelecerem um diálogo entre saberes e
a articulação com os PPP das escolas. Finalmente, podemos citar o Plano
Nacional de Educação da vigência 2001- 2011,que estabeleceu como objetivo
ampliar progressivamente a jornada escolar, ou seja, expandir a escola de
tempo integral no Brasil, prevendo a necessidade de professores e funcionários
em número suficiente e qualificados para isso ,indicando a necessidade de as
escolas de tempo integral provirem, preferencialmente, as crianças das famílias
de menor renda com, no mínimo, duas refeições diárias, com apoio às tarefas
escolares, à prática de esportes, contando com atividades socioeducativas.
1.2O conceito de educação integral
Historicamente, o conceito de Educação Integral é ambivalente, trazendo
múltiplas interpretações consequentes do antagonismo de visões de educação
10que se estabeleceram nas escolas brasileiras. As teorias modernas da
educação apresentam-se em várias versões, variando das abordagens
tradicionais às mais avançadas. Segundo Libâneo (2010, p. 24, 25), podemos
citar duas grandes tendências pedagógicas brasileiras: as liberais (tradicional,
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renovada e tecnicista) e as progressistas (libertadora, libertária e crítico social
dos conteúdos).
A tendência liberal sustenta que o aluno deve ser preparado para
desempenhar papéis sociais de acordo com suas aptidões, adaptando-se à
sociedade capitalista e adotando uma cultura individualista. Desta tendência,
surge a concepção tradicional de educação, primeira a ser instituída e
hegemônica no Brasil, tendo como finalidade transmitir conhecimentos
disciplinares para a formação do aluno e sua posterior inserção social. Nesta
tendência, o professor é figura central e o aluno é um receptor passivo dos
conhecimentos considerados como verdades absolutas. Como característica
que permeia as tendências liberais está o não compromisso com as
transformações sociais, de forma que o termo educação integral, ou em tempo
integral, neste contexto, é apenas a ampliação do tempo escolar ou currículo,
sendo mantida a mesma organização político pedagógica. Nestas concepções,
quando o foco é assistencialista, a educação integral se resume em suprir as
necessidades básicas de alimentação, higiene e saúde do aluno, sem, contudo,
preparar o sujeito para sua autonomia e consciência crítico-social. Já nas
tendências pedagógicas progressistas, parte-se de uma análise crítica do
sistema capitalista; defende-se a autogestão pedagógica e o anti-autoritarismo.
São participativas e emancipatórias; mesmo que com intenção de proteção
social, objetiva-se a formação completa do aluno, visando não só a sua
inserção social, como também a sua ação transformadora na sociedade, ou
seja, entende-se a educação como prática política e cultural, vinculando-a à
natureza, a valores morais e espirituais e à vida cotidiana dos alunos. O termo
educação integral, no contexto progressista, refere-se, segundo Gadotti (2009,
p. 97-98)a uma educação com qualidade sociocultural. A integração da cultura,
da saúde, do transporte, da assistência social etc.”, acenando para o
desabrochar de todas as potencialidades humanas: corporal, motora, mental,
social, política, afetiva, individual, estética, ética, cultural, política, entre outras.
Segundo, o mesmo autor (2009, p. 21) “o ser humano é um ser de múltiplas
dimensões que se desenvolvem ao longo de toda a vida”.
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Apesar das diversas interpretações do que venha a ser o termo, nossa
história realça a adoção de um conceito amplo de educação, ou seja, aquele
que ultrapassa os limites da simples instrução escolar, indo ao encontro de
uma integração maior da escola com a comunidade, da ampliação do currículo
e da introdução de múltiplos agentes e contextos no processo educativo.
Podemos citar, como marco desta concepção , o Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova (1932), o qual já expunha a necessidade de uma educação
intersetorial, ou seja, de uma escola aberta ao maior número de direções e
pontos de apoio,em concurso com todas as outras instituições sociais, com o
objetivo de transformar -se em um centro poderoso de criação, atração e
irradiação de todas as forças e atividades educativas.
Neste sentido, nossa instituição foi contemplada com o “Programa
Mais Educação” do qual propiciará aos nossos alunos um leque de formação
de qualidade e ampliação da mesma, em conhecimento sistematizado neste
ano de 2014.
4.24. Compreensão de professor pedagogo
O professor pedagogo é o profissional responsável pela organização do
trabalho pedagógico escolar e deve agir, intervir, lançar novos desafios,
quebrar o equilíbrio e, assim contribuir com a busca de novas práticas e
conhecimentos, na construção da escola pública democrática e de qualidade.
Entendendo que não há construção isolada de um projeto de escola, de
educação e de sociedade. O trabalho é coletivo, permanente, e exige a
participação, o debate e o diálogo.
Cabe ao professor pedagogo, fomentar a organização de espaços na
escola, a fim de possibilitar o debate sobre trabalho pedagógico, definindo em
conjunto, o calendário escolar, a organização das classes, horários, rituais,
metodologias, reuniões por áreas/e ou turmas, atividades extracurriculares, o
currículo, questões disciplinares, avaliação e implementação dos programas de
ensino e projetos pedagógicos para a comunidade escolar.
A organização do trabalho pedagógico está diretamente vinculada ao
debate acerca do modelo de gestão escolar, da construção e aplicação
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cotidiana do Projeto Político Pedagógico, da tomada de decisões nas
instâncias colegiadas e na transparência do uso dos recursos públicos na
escola. Portanto, cabe também ao professor pedagogo, acompanhar a relação
entre alunos, funcionários, professores, direção e pais, participar na
composição e nas ações do Conselho Escolar, APMF e Equipe Multidisciplinar,
participar na formulação e na aplicação do Regulamento da Biblioteca, do
Regimento Escolar, do Regulamento Interno, no cumprimento do Estatuto da
Criança e do Adolescente, participar da discussão sobre o processo de seleção
do livro didático. Enfim, atuar efetivamente em todas as questões que estão
diretamente relacionadas com o processo pedagógico e com o exercício
cotidiano da busca da coerência entre a teoria e a prática.
O professor pedagogo deve ter o compromisso com ações pedagógicas
que possibilitam a apropriação do conhecimento de todos, sem discriminação e
preconceitos, estando atento às questões como evasão, a repetência, o baixo
rendimento escolar, o atendimento às pessoas com necessidades educativas
especiais, questões étnico-raciais. Para tanto deve conduzir discussões,
reflexões, promovendo o trabalho integrado de toda equipe, em busca de
meios para que todos tenham melhor qualidade de ensino, visando construir
caminhos de emancipação. Desvelando dialogicamente a realidade opressora
e o opressor que muitas vezes são reproduzidas na prática cotidiana escolar.
Sendo assim, são necessárias propostas educativas voltadas para a formação
humana, valorizando o sentido da solidariedade e fraternidade, o pleno
exercício da cidadania.
5. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES
Trabalhamos com uma clientela heterogênea aonde muitos chegam à
escola sem qualquer embasamento e estrutura familiar. Por esse motivo, a
escola além de transmitir conhecimentos tem a função de transmitir valores. O
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reflexo da sociedade desequilibrada está em alunos desmotivados,
desinteressados, irresponsáveis e alheios ao processo ensino- aprendizagem.
Queremos formar alunos cidadãos que recuperem a vontade de
aprender, com perspectiva de um futuro melhor. Alunos que estudem não
somente para conseguir emprego, mas para terem e se aperfeiçoarem na
profissão que escolherem. Queremos alunos participativos, motivados, críticos,
responsáveis e interessados, que possam ao sair da escola exercer com
dignidade os seus papéis de cidadãos que têm direitos e deveres e que saibam
conviver com responsabilidade e de forma crítica na sociedade que atuam, pois
são eles que irão com suas participações agir dentro dela e transformá-la.
Buscar uma nova organização para a escola constitui uma ousadia, e
para enfrentarmos essa ousadia, nosso projeto político pedagógico não visa
simplesmente a um rearranjo formal da nossa escola, mas a uma qualidade em
todo o processo vivido. Para tanto a organização do nosso trabalho
pedagógico, exige que levemos em conta a identidade pessoal e coletiva dos
nossos alunos, professores, funcionários em geral, no sentido de
reconhecimento às diversidades e peculiaridades básicas, às variações sócio
econômico culturais na nossa comunidade escolar.
Nossa ação nesse momento é intencional, e com um sentido explícito, o
comprometimento de todos.
A seguir, as linhas de ação planejadas pela comunidade escolar e o
desafio para o enfrentamento das mesmas.
GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA:
- pouca participação da comunidade escolar:
É necessário o envolvimento de todos, professores, alunos, pais,
funcionários e comunidade, para que haja uma participação mais efetiva, pois
somente através da reflexão conjunta é que podemos visualizar o caminho
certo a percorrer, tornando nossas ações mais eficazes, eficientes,
significativas e transformadoras.
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- falta de informação democratizada:
Tornou-se nossa meta para o corrente ano letivo, a escola inovar e
reforçar os seus mecanismos de comunicação com as famílias dos nossos
alunos e com os profissionais que nela atuam; aperfeiçoando a realização de
encontros, reuniões pedagógicas, distribuição de folhetos informativos, onde
pais, alunos, professores e funcionários em geral, possam sentar e interagir
juntos, conversando sobre assuntos diversos e pertinentes ao desenvolvimento
de uma melhor qualidade na educação.
Uma escola que seja a porta de entrada para o mundo e para o futuro,
que seja um elemento de união e inclusão, que se torne um espaço onde as
diferenças desapareçam sob o véu da igualdade, liberdade, respeito e
tolerância. Que se torne acima de tudo, um espaço destinado à expressão
máxima da justiça e da democracia.
-Conselho Escolar não atuante:
A dificuldade em conseguir uma participação mais efetiva nas Instâncias
Colegiadas da escola, tem comprometido o funcionamento das mesmas. No
caso do Conselho Escolar, a atuação dos representantes dos segmentos do
mesmo; nas reuniões, eventos e decisões é pífia, pois os mesmo alegam falta
de tempo e excesso de trabalho, embora venha se conseguindo alguns
progressos neste sentido.
PRÁTICA PEDAGÓGICA:
- variedade das estratégias e dos recursos de ensino-aprendizagem:
As aprendizagens escolares serão significativas à medida que os alunos
possam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os
conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação
de novos significados. Cabe ao professor, por meio da mediação pedagógica,
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promover a realização de aprendizagens com os maiores graus de significado
possível.
O professor deve ter propostas claras sobre o que, quando e como
ensinar e avaliar, a fim de possibilitar o planejamento de atividades de ensino
para aprendizagem de maneira adequada e coerente com seus objetivos; para
que o aluno possa relacionar e confrontar de forma crítica o que aprendeu, com
a realidade vivida por ele dentro do seu contexto sociocultural, preparando-o
para o mundo onde deverá estar para os desafios que vai enfrentar ao longo de
sua existência tornando-o capaz de intervir nessa realidade de forma positiva.
AVALIAÇÃO:
-formas de avaliação:
A avaliação é uma das etapas mais complexas da atividade do docente;
ela possibilita a reestruturação dos conteúdos e atividades e ajuda evidenciar
as necessidades do educando, possibilitando assim a intervenção pedagógica
a tempo.
É fundamental a utilização de diferentes linguagens como a verbal, a
oral, a escrita, a gráfica, a numérica, a pictórica, de forma a se considerar as
diferentes aptidões dos alunos. A avaliação, apesar da responsabilidade do
professor, não deve ser considerada função exclusiva dele. Delegá-la aos
alunos, em determinados momentos, é uma condição didática necessária para
que construam instrumentos de autoregulação para as diferentes
aprendizagens. A autoavaliação é uma situação de aprendizagem em que o
aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções e
dos diferentes procedimentos para se avaliar.
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A elaboração da avaliação defende uma concepção diagnóstica,
somativa, processual, qualitativa e formativa.
Nessa perspectiva o processo de avaliação nesta instituição de ensino
segue de acordo com o Regimento Escolar, o qual estrutura a avaliação
paralela e a reavaliação, como um processo de contínua avaliação do
educador e educando, visando o êxito das atividades escolares aqui
fundamentadas.
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA:
- abandono, evasão:
A evasão escolar, mesmo inclusa nos índices de reprovação, tanto no
Ensino Fundamental como no Ensino Médio, apesar de ter diminuído, é ainda
muito alto e constitui hoje num grande desafio a ser vencido, pois a maioria dos
fatores que influenciam na permanência do aluno em sala de aula extrapola os
limites da escola. Cabendo, portanto, a nós, profissionais, procurar junto com a
comunidade escolar, soluções e alternativas, no sentido de minimizar os efeitos
dos mesmos sobre nossos alunos.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos tem diversas características
quanto ao seu desempenho, frequência e permanência. Sujeito sócio-histórico-
cultural com diferentes experiências de vida, que se afastou da escola devido a
vários fatores como: dificuldades de aprendizagem, repetências consecutivas,
necessidade de cuidar de algum membro da família ou tendo como imperativo
a necessidade de ingressar no mercado de trabalho precocemente. Isto é
importante relatar porque essa clientela tem um histórico de dificuldades na sua
atuação escolar com repetências, desistências e evasão. Desta forma, o aluno
da EJA necessita de um ensino condizente com suas capacidades e realidade.
Com metodologias diferenciadas para que possa retornar aos estudos de forma
segura, tendo sempre em mente as experiências de vida de cada um. Segundo
Souza (1979), nesse contexto, esses alunos que são constituídos em sua
grande maioria, por trabalhadores e trabalhadoras, necessitam assumir o seu
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papel no processo pedagógico para que possam ser considerados sujeitos de
sua própria transformação social.
5.1. Forma do processo de avaliação e o seu registro
A avaliação é uma prática inerente ao processo ensino e aprendizagem,
tendo como função diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento dos
alunos, devendo ser contínua, processual e cumulativa, de forma a demonstrar
as várias potencialidades dos alunos e, a partir daí, criar novas medidas de
intervenção pedagógica, sendo assim o professor deverá ofertar mais de uma
oportunidade de aferição. Os resultados da avaliação contribuirão para que a
escola e professor possam reorganizar conteúdos, instrumentos e métodos de
ensino, e ao aluno tomar conhecimento dos resultados de sua aprendizagem.
A LDB 9394/96, em seu artigo 24, inciso V, alínea a, diz que: a avaliação
deve ser processual, uma vez que a verificação do rendimento escolar
observará o seguinte critério: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho
do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
A diversidade de instrumentos de avaliação esta intimamente ligada à
concepção de avaliação contínua e formativa a qual visa à aprendizagem e a
formação dos alunos. Existem vários instrumentos de avaliação aos quais os
professores podem fazer uso em sua prática pedagógica, como: projetos de
pesquisas bibliográficas e de campo; produção de texto; palestras ou
apresentações orais;atividades experimentais; relatórios; seminários; debates;
atividades de leitura compreensiva de textos;atividades com textos literários;
atividades a partir de recursos audiovisuais; trabalhos em grupo; questões
discursivas e objetivas; autoavaliação, entre outros.
A avaliação deve ser praticada em conformidade com o plano de
trabalho docente, sendo este feito de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, as Diretrizes Curriculares, a Proposta Pedagógica Curricular da
disciplina e o Regimento Escolar.
O desempenho escolar do aluno deverá ser analisado pelo professor em
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seus aspectos qualitativos, os quais deverão preponderar sobre os
quantitativos e, nos casos de aproveitamento escolar insuficiente, proporcionar
ao aluno estudos de recuperação, de preferência paralelo ao período letivo.
O regime de avaliação e progressão utilizado pelo Colégio 29 de Abril
esta em conformidade com o Regimento Escolar. A avaliação da aprendizagem
terá os registros de notas expressos de 0 (zero) à 10,0 (dez vírgula zero),
devendo utilizar duas ou mais avaliações diferentes. De Acordo com a
Deliberação n. 07/99 – CEE – PR art. 3º, § 3.º - É vedada a avaliação em que
os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.
A promoção será resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno com média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada
disciplina, aliada a apuração da sua frequência a qual deve ser no mínimo 75%
do total de horas letivas.
As avaliações devem ser registradas no Livro de Registro de Classe no
campo de notas, especificando o valor e o dia da avaliação e também no
campo dos conteúdos, indicando qual o conteúdo avaliado, qual instrumento
utilizado e o valor atribuído a avaliação.
5.2. Procedimentos de intervenção didática
Abaixo segue encaminhamentos de intervenção pedagógica que o Colégio
Estadual 29 de Abril – Ensino Fundamental e Médio utiliza com apoio da
equipe pedagógica, docente e diretiva.
5.2.1. Procedimentos de intervenção didática: recuperação de estudos
De acordo com Vasconcellos (2003), a recuperação de estudos consiste
na retomada de conteúdos durante o processo de ensino aprendizagem,
permitindo que todos os alunos tenham oportunidade de apropriar-se do
conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias
diversificadas e participativas.
Conforme LDB 9394/96, cap.II, parágrafo único: ”a proposta de
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recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da
disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente”. A
recuperação permite apreensão dos conteúdos básicos:
Art.: 12 – o estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação
de estudos preferencialmente concomitante ao período letivo.
Art.: 13 – a recuperação de estudos deverá constituir um conjunto
integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades dos
alunos.
A recuperação incorporada ao processo contínuo de avaliação deverá
ser oportunizada para todos os alunos, no sentido do aperfeiçoamento da
aprendizagem e não apenas do alcance da média, para atender ao parâmetro
mínimo quantitativo. Quanto ao registro quantitativo, caso o aluno tenha obtido
um valor acima daquele anteriormente atribuído, no processo de recuperação a
nota deverá ser substitutiva, uma vez que a legislação é clara quanto ao
caráter cumulativo.
Todos os instrumentos utilizados para trabalhar um conteúdo específico
são em si instrumentos que possibilitam verificar o processo de aprendizagem
e, portanto, de avaliação: textos escritos, apresentações, produções/pesquisas
coletivas ou individuais, seminários, etc. A recuperação não precisa preceder
cada instrumento, uma vez, que todos serão usados metodologicamente como
via de ensino aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos mesmos e não com
fins de aferir valores.
O peso da avaliação de recuperação de notas deve ser proporcional aos
valores das avaliações, ou seja, se o processo vai de 0 a 100% (de apreensão,
diagnóstico e retomada dos conteúdos) a recuperação não será um ”adendo” a
nota, terá peso de 0 a 100% e prevalecerá sempre à nota maior sobre a menor.
A recuperação de estudos e de notas deve estar registrada no Livro de
Registro de Classe no campo dos conteúdos indicando que conteúdo foi
retomado, bem como o instrumento utilizado, o valor e o dia que ocorreu a
reavaliação. Se realizada em casa sob forma de pesquisa deve-se indicar os
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nomes dos alunos, o instrumento utilizado, o valor e o conteúdo que foi
recuperado no campo de observações, registrar também no campo de notas
colocando a data e o valor.
O argumento das políticas estaduais vai redimensionando desse
processo colocando o foco primeiro no aprender e não no recuperar. Recuperar
implica em superar a dimensão do erro como erro e sim como condição de
aprendizagem. Portanto o fim último é aprender e como aprender, sempre
lançando mão de diferentes formas de encaminhar e avaliar esse processo.
5.2.2. Procedimentos de intervenção didática: conselho de classe
O Conselho de Classe das turmas do Colégio Estadual 29 de Abril- EFM
é composto pela direção, equipe pedagógica, secretário e professores. De
acordo com a Deliberação nº 07/99 – CEE – PR art. 7º, § 2.º - É recomendável a
participação de um representante dos alunos.
Seria ideal que o representante dos alunos participasse do Conselho de
Classe, ação essa que pretendemos em breve colocar em prática, lembrando
que: ”Mesmo que o aluno não se faça presente ao conselho de classe ele será
sempre figura central das discussões e avaliações, estando presente por meio
de seus resultados, de seus sucessos, de seu desenvolvimento, de suas
resistências, de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades”.
(DALBEN, 2004)
À direção cabe a função de acompanhar todas as discussões e sugerir
encaminhamentos. À equipe pedagógica cabe a escolha do tema/assunto para
a reflexão; a explanação de dados sobre a turma; a organização da pauta do
conselho; a retomada e avaliação dos conselhos anteriores. A secretária tem a
incumbência de disponibilizar os dados e informações sobre a vida escolar dos
alunos como notas, transferências, desistências, etc. Também cabe a
secretária registrar em Ata o Conselho de Classe.
Os professores devem retomar e avaliar os encaminhamentos do
Conselho de Classe anterior; explanar sobre os resultados positivos e
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negativos obtidos e as alternativas de atividades/procedimentos que obtiveram
êxito; sugerir encaminhamentos para os alunos e a turma; anotar decisões
referentes à sua prática; comprometer-se a redefinir, quando necessário, a
metodologia, os instrumentos de avaliação e outros procedimentos. Os alunos
participam do pré-conselho em que eles dão opiniões e sugestões em relação
à turma, direção, equipe pedagógica, funcionários e professores.
Após a realização do Conselho de Classe, segue nos dias seguintes, o
pós-conselho que é a socialização das discussões e ações pedagógicas com
pais e alunos.
5.2.3. Procedimentos de intervenção didática: processos de classificação
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de
estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento (adquiridos
por meios formais ou informais) podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento
suficiente, projetos das ações descentralizadas e as ações pedagógicas,
a série ou fase anterior, na própria escola, de acordo com as normas
regimentais;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país
ou do exterior, com os estudos organizados por disciplinas,
considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ano, disciplina ou etapa compatível ao seu
grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou
informais.
Nos casos especiais, quando não for possível determinar a classificação,
a direção da escola nomeará uma comissão de três professores ou
especialistas, que darão parecer conclusivo.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das
escolas e dos profissionais:
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I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
O processo de classificação na modalidade Educação de Jovens e
Adultos poderá posicionar o aluno, para matrícula na disciplina, em 25%,
50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do Ensino
Fundamental - Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga
horária total de cada disciplina, conforme a tabela constante do Regimento
Escolar
Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina, na qual o
aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização
Coletiva e de 100% na Organização Individual.
5.2.4. Procedimentos de intervenção didática: reclassificação
A reclassificação dos alunos que se enquadram nas normas vigentes
será executada de acordo com o Regimento Escolar e com a Instrução nº
20/2008 – SUED/SEED.
5.2.5. Procedimentos de intervenção didática: adaptação/aproveitamento
de estudos
5.2.6. Procedimentos de intervenção didática: regime de progressão
parcial
5.3. Formação continuada: como será o processo de aprimoramento da
prática pedagógica
A Deliberação n. 02/2002 – CEE, em seus Artigos 2° e 3°, dispõe para o
Sistema Estadual de Ensino:
“Art. 2º – São consideradas como efetivo trabalho
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escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual. Art. 3º – Pode o estabelecimento considerar, como dias de efetivo trabalho escolar, os dedicados ao trabalho docente organizado, também em função do seu aperfeiçoamento, conquanto não ultrapassem cinco por cento (5%) do total de dias letivos estabelecidos em lei, ou seja, dez (10) dias no decorrer do ano letivo. Parágrafo único – O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas (800) horas de efetivo trabalho escolar, previstas em lei”. 5. De acordo com o Parecer n. 631/97 – CEE, o trabalho escolar dos docentes, relativo às atividades de reflexão acerca de sua prática pedagógica não pode ser contado como “horas letivas”, pois estas exigem a presença física dos alunos.
5.4. Como se dará a articulação do estabelecimento com a comunidade
O Colégio Estadual 29 de Abril – Ensino Fundamental e Médio possui as
seguintes instâncias colegiadas as quais foram democraticamente compostas.
As Instâncias Colegiadas, dentro do universo escolar, garantem a
participação democrática e efetiva, de todos os segmentos da comunidade
escolar, na definição dos caminhos a serem seguidos pela instituição.
No Colégio Estadual 29 de Abril contamos hoje com: APMF, Conselho
Escolar e Grêmio Estudantil.
5.4.1. Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de acompanhar o Projeto Político
Pedagógico do Colégio e sua ação, organização, funcionamento e
relacionamento com a comunidade.
O Conselho Escolar de nossa instituição de ensino tem cumprido com as
suas atribuições, renovando-se a diretoria dentro dos prazos previstos em
estatuto, reunindo-se para deliberar quanto às aplicações financeiras e
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prestação de contas, quanto a situações de indisciplina de alunos, quanto a
situação de funcionários e professores, etc. O Conselho Escolar é composta
por representantes de todos os segmentos que compõem a Comunidade
Escolar
5.4.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, entidade
pública, apartidária, sem fins lucrativos, religiosos ou religiosos, seus membros
e conselheiros nada recebem por serviços prestados. Da APMF participam os
pais de alunos, professores, funcionários do Colégio.
A Atual diretoria da APMF apesar da participação dos processos do
Colégio não está muito ativa devido aos problemas havidos com a Direção.
Mesmo assim tem realizado alguns eventos, como o “Bazar de objetos
usados”, realizado recentemente, em conjunto com o Grêmio Estudantil.
5.4.3. Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que
representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,
educacionais, desportivos e sociais.
O Grêmio é a organização dos estudantes na escola. Ele é formado
apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais
e desportivas. Em anos passados os alunos do Colégio Estadual “29 de Abril” –
Ensino Fundamental e Médio formaram o grêmio estudantil, o qual foi
denominado Grêmio Estudantil “Castro Alves”.
Após incentivo e estímulo da Direção e Equipe Pedagógica, no ano de
2012, os alunos reativaram o grêmio, realizando as eleições. Em 2013 já foram
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realizadas novas eleições. Recentemente, participaram do “Bazar de objetos
usados” em conjunto com a APMF.
5.5. Atuação da Equipe Multidisciplinar
As Equipes Multidisciplinares são instâncias de organização do trabalho
escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas
por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da
Deliberação nº 04/06 –CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar o
desenvolvimento das ações relativas à Educação das relações Étnico-Raciais e
ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do
período letivo. Pode ser definida como:
“um grupo de indivíduos com contributos distintos, com uma metodologia compartilhada frente a um objetivo comum, cada membro da equipe assume claramente as suas próprias funções, assim como os interesses comuns do coletivo, e tosos os membros compartilham as suas responsabilidades e seus resultados”
As Equipes Multidisciplinares se constituem por meio da articulação das
disciplinas da Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares estaduais da educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África,
dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas do Brasil, pela valorização da
história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade.
Compete à Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de Ensino:
- Elaborar e aplicar um Plano de Ação, em conformidade com o Conselho
Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias,
sobre o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, que
deverá ser incorporado no Projeto Político-Pedagógico e legitimado pelo
Regimento Escolar.
- Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores
na elaboração do Plano de Trabalho docente.
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- Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e
comunidade escolar, referente o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED.
- Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as,
funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem o Ensino de
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
- Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao
preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando
professores/as,
equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e
alunos/as.
- Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for
o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo,
denunciadas nos estabelecimentos de ensino.
- Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano
Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.
- Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de
conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de
ensino.
- Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe
multidisciplinar.
Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar para o ano de 2013
Justificativa:
O Colégio Estadual 29 de Abril é colégio público na área urbana do
município de Guaratuba. Converge para alunos do ensino fundamental, médio
e EJA. Há nesta comunidade escolar pessoas oriundas das mais diferentes
classes, raças, crenças, culturas. É em meio a esta rica diversidade que esta
equipe propõe ações que visem desmistificar algumas práticas antissociais por
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meio do estudo, da leitura, da pesquisa, do diálogo e sobremaneira de práticas
pedagógicas que conduzam esta comunidade rumo ao conhecimento, respeito,
tolerância.
A construção deste Plano de Ação tem por finalidade abrir espaço para
estudo, debate, discussão, troca de experiências e ações significativas, no
âmbito escolar e na comunidade, objetivando uma educação cada vez mais
inclusiva numa cultura da paz. Por isso, estruturou uma equipe nominada
Equipe Multidisciplinar, que tem o papel de orientar, sugerir, avaliar e apoiar
ações que despertem o interesse por mudança de comportamento, aceitação e
respeito às diferenças.
Para tanto, propõe a todos que compõem esta comunidade,
ressignificar as
práticas educativas, sobretudo aquelas de abordagem étnicorracial. Sabendo
que esta equipe, composta de todos os setores da escola, se propõe a
estabelecer, não só as ações, mas também estabelecer metas a serem
cumpridas. Para tanto, este plano deverá nortear as propostas de trabalho
previstas no PPD (Plano de Trabalho Docente), e por intermédio dele,
desmistificar equívocos históricos, conceituais e culturais da comunidade negra
ou indígena. Essa orientação pretende abrir espaço para todos, ajudando
alunos a construírem referenciais positivos de identidade racial.
Objetivos
- Diagnosticar o posicionamento do Estabelecimento de Ensino quanto ao trato
da questão étnico racial no fazer pedagógico;
- Promover leitura, discussão e reflexão das Leis 10.693/03 e 11.645/08, bem
como analisar o contexto histórico social de ambas;
- Garantir nos documentos próprios do Estabelecimento de Ensino (PPP, PPC,
PTD,
Regimento Escolar e Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas
concretas e aplicáveis que possibilitem a operacionalização das ações;
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- Pesquisar e sequenciar as contribuições das personalidades negras em
diferentes
áreas do conhecimento e das diferentes comunidades tradicionais indígenas;
- Valorizar as ações e políticas por meio de leitura de textos informativos, de
debates, discussões, seminários, que objetivem a promoção da igualdade de
oportunidade, considerando os critérios de igualdade de condições;
- Elaborar uma lista de filmes e recortes fílmicos, textos, literatura,
documentários, narrativas e sites para a socialização com professores e
estudantes sobre a temática Africana, Afro-brasileira e Indígena;
Problematizar na prática pedagógica cotidiana atividades, projetos e
comemorações que deem visibilidade aos diferentes sujeitos historicamente
discriminados pela sociedade;
Apresentar à comunidade escolar o resultado dos trabalhos realizados em
sala de aula por meio de murais, vídeos, seminários, palestras, entre outros.
5.6. Estágio não obrigatório2
Cabe ao pedagogo acompanhar efetivamente as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, exigindo relatório
periódico do estagiário e avaliando suas atividades para que assim possa
mediar a natureza do estagio e as contribuições do aluno estagiário com o
plano de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam
instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem
histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo zelar
pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre as instituições,
também, manter os professores das turmas cujos alunos desenvolvem
2Texto produzido pela Equipe da Educação Básica do Núcleo Regional de Educação de
Paranaguá e disponibilizado para todas as instituições de ensino de sua jurisdição, não podendo ser considerado nesta situação plágio.
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atividades de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo
que estes possam contribuir para estas relações práticas.
6. REGIME DE FUNCIONAMENTO
6.1. Matriz Curricular proposta para 2014
Ensino Fundamental
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Ensino Médio
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6.2. Calendário Escolar 2014
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6.3. Ata de aprovação do Conselho Escolar
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6.4. Plano de Ação da Direção/Pedagogos
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO – 2014
ATIVIDADES AÇÕES PERÍODO
Gestão Democrática
1. Elaborar plano de ação da Equipe Diretiva;
2. Promover reuniões com a comunidade escolar (Conselho escolar, APMF, Grêmio), com mais frequência para que esta participe das atividades desenvolvidas no colégio;
3. Realizar reuniões entre equipe diretiva, equipe pedagógica e funcionários para trocar informações e traçar metas de trabalho;
4. Promover a gestão democrática com transparência, informando a comunidade sobre recebimento e aplicação de verbas;
5. Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
6. Análise de evasão e repetência ( práticas para minimizar estes índices).
Durante o ano letivo
Práticas Pedagógicas
1. Assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no PPP, PPC e Regimento Escolar;
2. Presidir as reuniões do conselho escolar;
3. Incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;
4. Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente;
5. Viabilizar espaço físico e recursos didático-pedagógicos adequados, de acordo com as possibilidades financeiras.
6. Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades
Durante o ano letivo
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estabelecidos.
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA – 2014
ATIVIDADES AÇÕES PERÍODO
1.Implementação e atualização do Projeto Político Pedagógico, da Proposta Pedagógica Curricular e do Regimento Escolar.
1.1- Elaborar Plano de Ação da Equipe Pedagógica. 1.2- Coordenar a elaboração coletiva da atualização do PPP e digitação do mesmo. 1.3- Criar condições e acompanhar a efetivação do PPP, da PPC e do Regimento Escolar.
Durante o ano letivo
2.Organização do trabalho pedagógico e coletivo do Colégio.
2.1- Organizar o tempo e o espaço escolar centralizando ações no Pedagógico: - Auxiliar na distribuição das aulas, na organização das turmas e no horário semanal das aulas. -Acompanhar o cumprimento do calendário escolar letivo. - Organizar a hora atividade dos professores para estudos, planejamento e reflexão do processo ensino aprendizagem. - Implementar a prática pedagógica de acordo com as políticas da SEED. - Assessorar os professores na elaboração do seu PTD – Plano de Trabalho Docente, assessorando o cumprimento do mesmo e comparando-o na vistagem dos livros.. - Organizar e coordenar os Conselhos de Classe, inclusive o pré e o pós-conselho. -Organizar e acompanhar a aplicação das Olimpíadas de Matemática e de Português.
Durante o ano letivo. Durante o ano letivo.
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- Acompanhar a frequência dos alunos e providenciar os encaminhamentos de acordo com o FICA. - Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros de Registro de Classe de acordo com a Instrução 07/10. - Coordenar o processo de escolha do aluno representante de turma, professor monitor de turma e a implementação do Grêmio Estudantil. - Coordenar, orientar e acompanhar os procedimentos didáticos e pedagógicos nos processos de adaptação, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, estágio não obrigatório (Jovem Aprendiz, Escotismo na Escola, Brigada Escolar e outros). - Acompanhar o processo de avaliação dos alunos com necessidades educacionais especiais para as Salas de Recursos. - Orientar e acompanhar todo o processo das Salas de Apoio de Português e Matemática. - Encaminhar os exercícios domiciliares, a alunos afastados por motivos de saúde com amparo legal.
Durante o ano letivo.
3. Formação continuada e Formação em Ação coletivo de professores e profissionais da Escola.
3.1. Preparar, organizar e coordenar a Formação Continuada e Formação em Ação oferecida pela SEED/NRE para o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar. 3.2. Coordenar as reuniões pedagógicas para estudos, reflexão e aprofundamento de temas relativos ao ensino aprendizagem. 3.3. Incentivar a participação dos professores em Grupos de Estudos.
Durante o ano letivo.
4. Relação entre a Escola e a Comunidade.
4.1. Participar do Conselho Escolar,APMF e Equipe Muldisciplinar, subsidiando teórica e metodologicamente as reflexões e decisões sobre o trabalho pedagógico escolar. 4.2. Auxiliar na organização das reuniões com pais e comunidade. 4.3. Desenvolver projetos de integração escola-comunidade ampliando espaços para participação dos mesmos. 4.4. Atender, informar, orientar pais, alunos e comunidade sempre que solicitado, com atendimento exclusivo aos pais nas terças e
Durante o ano letivo.
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quintas feiras..
5. Avaliação do Trabalho Escolar
5.1 Acompanhar a avaliação institucional interna e externa do Colégio
Durante o ano letivo.
6. Serviço Interno 6.1 Criar espaço na escola em um dia da semana para momentos de estudos, discussões, e outros com entrosamento com a equipe diretiva e pedagogas de outro turno.
Durante o ano letivo
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 2014
1º SEMESTRE
Mês Ações – 1º semestre Data Prevista
Responsável
Apoio
Fevereiro
Março e
Abril Maio Junho Julho
- Elaboração do Plano de Ação da Equipe Pedagógica da Eja. - Organização de reuniões com o corpo docente objetivando orientá-los quanto aos procedimentos e registros no LRC e entrega de notas no tempo previsto. PTD. - Atendimento aos professores na sua Hora Atividade quanto ao Atendimento aos alunos em geral. - Elaboração da relação de alunos para abertura de disciplinas na modalidade coletiva. - Realização de levantamento das disciplinas cursadas pelos alunos visando matriculá-los nas demais disciplinas. - Elaboração e aplicação do simulado do ENEM. - Fórum da EJA
- 1ª quinzena de fevereiro -Durante o Semestre - 2ª quinzena de Abril (ENEM)
- Equipe Pedagógica
- Direção e Equipe Pedagógica
- Direção
- Direção
Agosto Setemb
ro
1- Organização na distribuição dos alunos nas disciplinas conforme a oferta da escola e necessidade do
2- Conforme cada
- Equipe Pedagógica
- Secretaria da
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Outubro aluno. 2- Assessoria aos professores na elaboração e acompanhamento da entrega dos PTDs conforme datas das notas de cada disciplina. 3- Orientação, supervisão e visto periódicos dos Livros Registro de Classe .
disciplina 3- durante o semestre
Escola e Direção - Direção
Novembro
1-Atendimento aos alunos quanto ao cronograma das disciplinas. -2-Articulação do tempo nas quartas-feiras para desenvolvimento do trabalho interno como leituras de documentos, discussões, elaboração de documentos solicitados pelo NRE, visto no LRC e outros. 3- Levantamento dos alunos inscritos e aprovados no Exame Supletivo de 2013.
- Durante o corrente
mês
- Durante o mês/novembro - 2ª quinzena de novembro
- Equipe Pedagógi
ca
- Direção
Dezembro
-Elaboração do cronograma das disciplinas para o ano de 2015. - Vistoria nos LRC e Fichas Individuais. - Levantamento dos alunos concluintes de 2014 no E. F e E. M. - Elaboração do relatório das atividades desenvolvidas durante o 2º semestre.
- 1ª quinzena de dezembro.
- 1ª quinzena de dezembro
- 1ª quinzena de dezembro
- 1ª quinzena de dezembro
- Equipe Pedagógi
ca - Equipe Pedagógi
ca - Equipe Pedagógi
ca - Equipe Pedagógi
ca
- Direção
- Direção
- Direção
- Direção
7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico é algo mais que um simples agrupamento
de planos de ensino e de atividades diversas. Não deve ser construído e em
seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais, apenas como
prova do cumprimento burocrático. Ele é construído e vivenciado em todos os
momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
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O acompanhamento e a avaliação do Projeto Político Pedagógico
requerem da instituição escolar discussões, reflexões e análises para intervir e
fazer mudanças necessárias à efetivação do mesmo.
Este acompanhamento e avaliação ocorrerão continuamente,
considerando que durante o ano letivo o projeto será vivenciado no contexto
escolar, dando oportunidade de perceber a sua efetivação.
As instâncias envolvidas neste processo serão as mesmas que
participaram da elaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico, sendo
estas responsáveis também pela sua efetivação. As instâncias envolvidas são:
o Conselho Escolar, a APMF, Grêmio Estudantil e todos os Profissionais da
Educação que compõem a comunidade escolar.
Portanto, é necessário que se abra espaço para reflexões e
reelaboração de seus rumos, avanços e propostas, ações e perspectivas
promovendo assim, a contínua melhoria do trabalho e das condições
ambientais e pedagógicas de modo de criar experiências educacionais
estimulantes e mobilizadoras que oportunizem a comunidade escolar o
aprendizado e a promoção humana.
8. REFERÊNCIAS
ANDRADE, Ângela Nobre de. A criança na sociedade contemporânea: do
"ainda não" ao cidadão em exercício. Psicologia Reflexão Critica vol n.1 Porto
Alegre1998. Disponível em: www.scielo.br
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de educação fundamental.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF.
1998. p.21-63.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, nº 9394/96, Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado
Federal,1998
BRASIL. Plano Nacional da Educação. Brasília: Editora Plano, 2000.
DALBEN, Ângela I.L. de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas: Papirus, 2004
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SERGRAF, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola
pública do Estado do Paraná. Curitiba: 2ª ed,1992.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação nº 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos do sistema estadual de ensino, em nível Fundamental e Médio. Curitiba: SEED, 1999. PARANÁ. Governo do Estado do. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná 2008. PARANÁ. SEED/SUED/DPPE/CGE. O papel do pedagogo na mediação do conselho de classe: Curitiba – SEED, 2008. PESCUMA, Derma; CASTILHO, Antonio Paulo Ferreira de. Projeto de Pesquisa – o que é? Como fazer?: um guia para sua elaboração. São Paulo: Olho d’Água, 2005. PIMENTA, Selma Garrido. Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: PIMENTA, Selma Garrido; GHEDIN, Evandro (Org). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002 SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 1992. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 30ª ed Campinas, SP: Autores Associados, 1995. SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Autores Associados, 1997.
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SHIGUNOV NETO, Alexandre; MACIEL, Lizete Shizue B. (Org.) Reflexões sobre a formação de professores. Campinas: Papirus, 2002. VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialético-libertadora. São Paulo: Libertad, 2003.