Micoses sistêmicas – histoplasmose, coccidioidomicose, paracoccidioidomicose 2011
Coccidioidomicose
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COCCIDIOIDOMICOSE
Acadêmica: Alessandra Gonçalves Natal
Profº. Odanir Guerra
INTRODUÇÃO
Micose sistêmica, predominantemente pulmonar,
podendo, também, comprometer pele, laringe,
ossos, articulação, meninges, entre outros. Após a
contaminação, 60% dos indivíduos apresentam
infecção primária inaparente. Os demais
geralmente fazem uma infecção moderada ou
levemente grave.
Coccidioides immitis
Captura de tatu (Dasypus novemcinctus)
Lesão em focinho e doença sistêmica em cães farejadores em toca de tatus.
PATOGÊNESE
A reação tecidual é uma inflamação granulomatosa
e supurativa aguda.
Hifas podem estar presentes na cavidade pulmonar
e em lesões, meningianas sem formar
artrosporos, o que pode levar a confusões com
hifas de Aspergillus.
CARACTERÍSTICAS CLINICAS
São sinais mais frequentes:
comprometimento respiratório baixo,
febre,
sudorese noturna,
dor pleural,
dispnéia,
tosse produtiva,
artralgia,
anorexia.
Eritema nodoso, poliformo e reações exantemáticas
podem ocorrer em até um quinto dos casos.
EPIDEMIOLOGIA
Até o final da década de 70, o Brasil era
considerado área indene para essa doença. A partir
do relato de vários casos, todos procedentes do
nordeste brasileiro, tornou-se imperativo que essa
patologia entre no diagnóstico diferencial de
agravos com quadro clínico semelhante.
Afeta qualquer idade, raça ou gênero (ocorrendo
mais em homens).
Incide mais no verão.
DIAGNOSTICO LABORATORIAL
É feito pela demonstração do parasita em
exame micológico direto
(escarro, pús, LCR, raspado de lesão de
pele, biópsia) ou em cultura de secreções
em ágar-Sabouround.
TRATAMENTO
A coccidioidomicose primária é tratada com
repouso e restrição da atividade. Esteróides podem
ser usados para controlar reações alérgicas. A
doença secundária não tratada tem um prognóstico
grave. A droga de escolha é a anfotericina B. A
meningite usualmente requer administração
intratecal e intravenosa de anfotericina B. A 5-
fluorocitosina tem pouco valor no tratamento das
coccidioidomicose. Alguns pacientes tratados com
miconazole apresentam uma alta taxa de
recorrência.
MEDIDAS DE CONTROLE
Em áreas endêmicas umedecer solossecos, umedecer campos de pouso, usar máscarase se possível, veículos com ar refrigerado. Sepossível, evitar que indivíduos circulem nas áreassuspeitas de serem focos de infecção.
Os profissionais de saúde devem seguir estritasnormas de biossegurança ao manejar pacientes oumanipular amostras em laboratório.Desinfecção concorrente de secreções e objetosdos doentes para evitar possíveis contaminaçõesde profissionais de saúde.
REFERÊNCIAS
Fonte: Guia Brasileiro de Vigilância Epidemiológica 1998.
1998. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde.
Proposta de Vigilância e Controle da Coccidioidomicose -
Brasília, DF - Maio – 2011.
Manifestações cutâneo-mucosas da coccidioidomicose:
estudo de trinta casos procedentes dos estados do Piauí e
Maranhão - An Bras Dermatol. 2010;85(1):45-51.