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SEMANáRIO | Lousada | Paços de Ferreira | Paredes | Penafiel | Valongo Sex 23 Outubro 2015 Ano VIII, 436.ª Edição Director: FRANCISCO COELHO DA ROCHA www.verdadeiroolhar.pt | [email protected] EuR 0,01 (IVA incluído) PUB PUB Agora pode comprar a crédito SEM JUROS Visite-nos e peça o seu cartão Bons negócios são aqueles em que juntos saímos a ganhar! Rua Pinheiro & Ribeiro, 1320 4605-008 Vila Meã WWW.PINHEIRORIBEIRO.COM SOLUÇÕES PARA CONSTRUÇÃO E DECORAÇÃO Quinta da Eja irá acolher refugiados sírios pág. 02 pENAFIEL CÂMARA PONDERA CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA pAçOS DE FERREIRA pág. 11 OBRA DE MÁRIO CLÁUDIO CONTAMINOU PENAFIEL pág. 04 ESCRItARIA Há poucas freguesias da região a disponibilizar informação financeira online pág. 16 MOStRA O pRIMEIRO ANuáRIO FINANCEIRO DAS FREguESIAS pORtuguESAS “Adorei viver em Penafiel e tenho memórias muito felizes” pág. 08 ENtREvIStA AO ACtOR MARtINHO SILvA

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semanário | Lousada | Paços de Ferreira | Paredes | Penafiel | Valongo

Sex 23 Outubro 2015Ano VIII, 436.ª Edição

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“adorei viver em Penafiel e tenho memóriasmuito felizes”pág. 08

ENtREvIStA AO ACtOR MARtINHO SILvA

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SextA-feIrA, 23 out De 201502

pENAFIEL

QuINtA DE pENAFIEL IRá ACOLHER REFugIADOS SíRIOS

fUnDAção De SAntA MArIA MADAlenA, SeDeADA nA ejA, é UMA DAS InStItUIçõeS qUe IntegrA A PlAtAforMA De APoIo A refUgIADoS

Uma família de refugiados sí-rios irá ficar instalada em Penafiel. A casa, edificada numa quinta da Eja, já está praticamente pronta para que um agregado familiar de três ou quatro elementos comece aquilo que se espera ser uma nova fase da sua vida. A habitação em causa, assim com a Quinta de Abôl, integra o patri-mónio da Fundação de Santa Ma-ria Madalena, instituição sedeada também na Eja. Para além da moradia, a família a acolher irá beneficiar, ainda, de alimentação gratuita e de apoio ao nível da educação e da saúde. A Casa do Povo de Peroselo, a Asso-ciação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos, o Agrupamento de Escolas do Pinheiro e o centro de saúde são algumas das entidades que estão envolvidas no projecto de acolhimento.

INStItuIçõES LOCAIS ENvOLvIDAS NO pROjECtO

É numa quinta de 13 hectares que existe uma casa de dois andares, com dois quartos, uma cozinha, uma casa de banho e uma sala de estar. É uma das mais pequenas ha-bitações de um conjunto de cons-truções que integra o património pertencente à Fundação de Santa Maria Madalena. Mas será, em bre-ve, o lar desejado de uma família de refugiados que deve chegar a Portugal até ao final do mês. “Está quase tudo pronto para a acolher”, garante Henrique Rodrigues, vogal da direção da Fundação. “A insti-tuição tinha esta casa disponível e achou que não podia deixar de participar neste projeto. Temos condições para dar uma resposta imediata”, justifica. Mas, na Eja, a família de refu-giados não terá direito, somente, a uma casa. “Também vamos disponi-bilizar a roupa e a alimentação ne-cessária. Numa primeira fase, será fornecida a alimentação confeccio-nada, mas, o mais breve possível, serão dados os alimentos para que a família possa confeccionar a sua própria comida”, avança Albertina Alves, directora técnica do Centro Social de Ermesinde, em Valongo, que colabora com a Fundação de Santa Maria Madalena. Os responsáveis desta institui-ção que integra a Plataforma de Apoio aos Refugiados também já trataram de outros aspectos fun-

damentais para a integração plena de uma família que deverá ter uma ou, no máximo, duas crianças. “Te-mos uma parceria com a Casa do Povo de Peroselo e a Associação para o Desenvolvimento de Rio de Moinhos, que dispõem de creche e infantário, vocacionada para o aco-lhimento das crianças mais peque-nas”, refere Henrique Rodrigues. E, acrescenta, os meninos e meninas em idade escolar já têm lugar ga-rantido na Escola do Pinheiro. Será ainda neste estabelecimento de ensino que será desenvolvido um

Pormenores

- A Fundação de Santa Maria Madalena irá celebrar com a família de refugiados um “contrato de compromisso” em que estarão vincados os direitos e deveres de cada uma das partes. Será válido para dois anos.

- Na Quinta de Abôl já ha-bita uma família. Será este agregado familiar o princi-pal apoio e ponto de contac-to dos refugiados.

- A família de refugiados será, regularmente, apoia-da e visitada por técnicos especializados. “É muito importante que, nos primei-ros tempos, se criem laços de confiança fortes”, defen-de Albertina Alves. Todos os técnicos envolvidos no pro-jecto frequentarão um cur-so de formação ministrado, através de e-learning, pela Plataforma de Apoio aos Refugiados.

programa para “ensinar a língua e cultura portuguesa a toda a famí-lia”. O centro de saúde local já foi, de igual modo, alertado para o facto de os “refugiados terem o estatuto de cidadãos nacionais e estarem, por isso, abrangidos pelo Estado Social”. Fica a faltar encontrar em-pregos para os adultos, mas essa é uma preocupação menos premen-te. “Estas pessoas terão de passar por um processo de certificação de competências. Quem não as tiver terá de ter formação profissional.

Mas não vamos trabalhar na sua inserção no mercado de trabalho nos primeiros meses”, avisa Alber-tina Alves. Com ou sem competências para tal, a família que ficar instalada na Eja poderá, de imediato, usufruir dos vastos campos existentes na Quinta de Abôl. “Terá todas as con-dições para desenvolver uma acti-vidade na área da agropecuária se assim o entender. É uma actividade terapêutica e que pode aumentar o seu rendimento”, frisa a directora técnica.

Será nesta casa que a família irá residir

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SextA-feIrA, 23 out De 2015 03

pENAFIEL

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26 JUN 15

Em Julho, o concelho de Pare-des vai passar a contar com um Balcão de Atendimento Perma-nente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Esta valência ficará instalada na Aldeia Agrícola de Paredes e tem como objectivo proporcionar um serviço de proximidade. Recorde-se que, com a passa-gem de Paredes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sou-sa para a Área Metropolitana do Porto, os habitantes do concelho deixaram de ter como referência o Centro de Emprego de Penafiel e os processos passaram a ser analisados pelos técnicos do Cen-tro de Emprego de Valongo.

A Câmara Municipal de Paredes e o Instituto do Emprego e Forma-ção Profissional assinaram, esta segunda-feira, um protocolo para a criação de um Balcão de Atendi-mento Permanente do IEFP na ci-dade. Esta valência, que vai fun-cionar nas instalações da Aldeia Agrícola de Paredes, será inaugu-rada em Julho. “No ano passado fomos o 7.º

concelho que mais diminuiu o de-semprego na região Norte. Este ano, tenho a convicção que vamos voltar a estar na linha da frente pelo trabalho que temos feito na captação de investimento. Mas é importante que os que se man-têm desempregados tenham pro-ximidade a um balcão de atendi-mento”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Paredes. “Somos o 27.º maior concelho do país. É difícil de entender como um concelho desta dimensão não tinha esta valência”, sustentou ainda Celso Ferreira. Presente na sessão, o delegado regional do IEFP, César Ferreira, elogiou o contributo de Paredes na resposta aos inscritos no cen-tro de emprego. “A taxa de desem-prego ainda é muito elevada mas estamos a combatê-la. O próximo passo será ajudar a encontrar melhor emprego”, afirmou. Já o presidente do IEFP, Jorge Gas-par, realçou a importância deste Instituto, que considerou ser “a mais importante instituição da administração pública portugue-sa”, por ter como destinatários toda a população e instituições portuguesas e ter uma presença “física e actuante em todo o país”. “O balcão não fará apenas atendi-mento administrativo. Vai traba-lhar com desempregados, empre-sas e jovens e recolher ofertas de emprego assim como apresentar ofertas formativas”, disse.

ALUNOS DE LORDELO COM BONS RESULTADOS NO SUPERTMATIK

Foram 20 os alunos do Agrupamento de Escolas de Lordelo que participaram nos campeonatos escolares su-perTmatik. A competição decorreu nas vertentes de cálculo mental, matemática, Ciências Natu-rais e Física e Química con-tando com a participação de milhares de alunos. No Quiz de Ciências Natu-rais (VI Campeonato) desta-que para as participações de Bárbara Pinho, do 7.º ano, que ficou em 7.º lugar; de João Pe-dro Dias, do 5.º ano, 9.º lugar e de Beatriz Rodrigues, do 8.º ano, 14.º lugar. Já no terceiro campeonato do Quis de Física e Química o aluno melhor colocado do agrupamento foi José Luís Rodrigues, do 9.º ano. Foi o sé-timo melhor da sua categoria.

MAIS DE 400 IDOSOS EM DESFILE

A Câmara Municipal de Paredes, através do Pro-grama Movimento Sénior e em parceria com o grupo Sinergias XXI (Centro Social e Paroquial de Baltar), orga-nizou, na semana passada, um desfile de marchas popu-lares de S. João nas instala-ções do quartel dos Bombei-ros Voluntários de Baltar. O projecto “Sinergias XXI” resulta de uma parceira en-tre diversas instituições so-ciais do concelho de Paredes com o objectivo de, em con-junto, planear e organizar actividades especificamente direcionadas para a comuni-dade sénior. O desfile de marchas de S. João com a participação de 420 idosos das 12 IPSS do concelho de Paredes. No final realizou-se uma sardi-nhada.

obras inauguradas em bustelo

Foram inauguradas as obras de requalificação da Capela do Nosso Senhor do Calvário e a Ponte Maria da Cunha Luís, em Bustelo, num investimento da Câma-ra Municipal de Penafiel de cerca de 350 mil euros. A intervenção na Capela do Nosso Senhor do Calvá-rio permitiu criar um acesso mais seguro e confortável à capela que lhe conferiu uma maior dignidade. A requa-lificação criou ainda uma zona de estacionamento. Já esta nova ponte veio substituir uma ligação mui-to condicionava muito o acesso e a mobilidade den-tro da própria freguesia. Rui Barbosa, presidente da Junta de Freguesia de Bustelo, considerou estas obras impor-tantes para a comunidade.

Fundação criada por médico

A Fundação de Santa Maria Madalena foi criada por Alberto Sarmento e Castro, um médico que vivia na Eja, mas que sem-pre exerceu a sua profissão no Porto. Sem filhos ou outros herdeiros directos, Sarmento e Castro decidiu deixar todo o seu património, que para além da Quinta de Abôl é composto por terrenos e casas localiza-das em Santa Marta e em Pena-fiel, a uma Fundação que teve os seus estatutos aprovados em 1983. Logo aí, ficou estipu-lado que a instituição estaria vocacionada para a “educação e formação da mulher rural”. Anos mais tarde, o objecto so-

cial mudou para a “recupera-ção de pessoas em dificuldade e com comportamentos aditivos”. Nesta altura, a Quinta de Abôl passou a acolher uma unidade de recuperação e integração de toxicodependentes. Um pro-jecto que terminou há cerca de cinco anos. “Depois funcionou aqui uma empresa dedicada à inserção profissional de de-sempregados de longa duração e beneficiários do Rendimento Social de Inserção”, comple-menta Henrique Rodrigues. Mas também esta iniciativa acabou e a Quinta de Abôl está, desde então, sem qualquer tipo de actividade.

Hotel do Inatel também poderá receber refugiados

Há vários tipos de organi-zações a trabalhar no acolhi-mento de refugiados em Portu-gal. A Plataforma de Apoio aos Refugiados, na qual está inclu-ída a Fundação de Santa Ma-ria Madalena, é uma das mais importantes e é através deste organismo que o Centro Social de Ermesinde irá, de igual for-ma, receber famílias oriundas da Síria. Neste momento, os responsáveis desta instituição estão a ultimar as obras nas casas que serão entregues às famílias e tudo deverá estar pronto antes da chegada dos primeiros refugiados ao país. Já os dirigentes do Inatel

também se mostraram dispo-níveis para participar no pro-jecto. No entanto, neste caso a chegada dos refugiados já não acontecerá através da Plata-forma de Apoio aos Refugiados. Mesmo assim, o hotel situado igualmente na Eja poderá ser a casa de homens, mulheres e crianças que estão a fugir do seu país. “É público que o Ina-tel oferece um conjunto de cem empregos para inserção profis-sional dos refugiados. E tam-bém é público que o Inatel vai disponibilizar as suas instala-ções, fora do período de férias, para acolher refugiados”, refe-re Henrique Rodrigues.

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SextA-feIrA, 23 out De 201504

pENAFIEL

ObRA DE MáRIO CLáuDIO CONtAMINOu pENAFIEL EM MAIS uM ESCRItARIA

Durante quatro dias as ruas da cidade de Penafiel encheram-se de literatura, com a obra de Mário Cláudio a contaminar o es-paço público em mais uma edição do Festival Literário Escritaria. Houve tempo para ver arte pela rua e exposições e assistir a con-ferências, sessões de teatro, mú-sica e cinema e à apresentação do novo livro do romancista. Depois de Urbano Tavares Ro-drigues, José Saramago, Agus-tina Bessa-Luís, Mia Couto, An-tónio Lobo Antunes, Mário de Carvalho e Lídia Jorge, na cidade ficou a marca de mais um autor. Na sexta-feira, foram descerra-das a frase e a silhueta do escritor portuense, que passaram a fazer parte da cidade, na Praça da Es-critaria, no Sameiro, juntando-se às dos autores que foram home-nageados nas outras sete edições do festival. Mostrando-se grato pela forma como foi recebido pelos penafide-lenses, “com grande generosida-de, de maneira muito afectuosa e atenta”, o escritor deixou elogios ao Escritaria: “É uma iniciativa louvável, pelos objectivos e pela forma como é realizada, com muita imaginação, inteligência e grande sentido de rigor”. “O Escri-taria transformou Penafiel numa espécie de Capital da Literatura Portuguesa Contemporânea. É uma ideia muito bonita, que co-loca Penafiel no mapa da cultura portuguesa”, afirmou Mário Cláu-dio.

“FuI RECEbIDO COM gRANDE gENEROSIDADE”

Na sexta-feira, Mário Cláudio, pseudónimo de Rui Manuel Pinto Barbot Costa, assistiu aos espec-táculos de arte de rua baseados na sua obra e participou no des-cerrar da placa com a sua frase: “…irão acusar-te de me teres in-ventado, considerando-se muito argutos pela descoberta, mas não será verdade que cada biógrafo inventa o seu biografado, e que andamos todos nós a inventar-nos uns aos outros?”. Foi realiza-da ainda uma largada de balões com frases de todos os autores que passaram pelo Escritaria. No mesmo dia, o autor apresentou o seu novo livro, “Astronomia”, no Museu Municipal. Ao VERDADEIRO OLHAR, Mário

AUtor DISSe qUe feStIVAl colocA o concelho no MAPA DA cUltUrA PortUgUeSA

Cláudio falou da gratidão por ter recebido este convite para parti-cipar no Escritaria e da responsa-bilidade que isso significa. “Todos os autores que passaram por cá são ou foram meus amigos, pes-soas com quem me cruzei muitas vezes e pelas quais tenho grande admiração”, referiu o escritor. Defendendo que as homenagens não são muito importantes, o portuense sustenta que é no en-tanto importante que “se chame atenção para o trabalho das pes-soas”. “A validação do trabalho é indispensável para que o trabalho ganhe em qualidade e para que se difunda. É isso que está na raiz de iniciativas como esta”, afirmou. Mário Cláudio disse-se ainda agradecido pela recepção dos penafidelenses. “Fui muito bem recebido, com grande generosi-dade, de maneira muito afectu-osa e atenta. O que me interessa é isso, é poder dialogar e estar na vida dos outros por um boca-dinho”, disse. Pela primeira vez no evento, o autor caracterizou o Escritaria como uma iniciativa “louvável, pelos objectivos e pela forma como é realizada com mui-ta imaginação, inteligência e sen-tido grande de rigor”.

MAIS DE 300 ALuNOS

AjuDARAM A CONFECCIONAR A ARtE DE RuA

Já o presidente da Câmara Muni-cipal de Penafiel garantiu ao VER-DADEIRO OLHAR que a autarquia tem procurado inovar sem perder a essência do evento que tem tra-zido notoriedade ao concelho. “A todos os eventos da programação do Escritaria este ano quisemos associar o envolvimento das es-

colas do concelho. Mais de 300 alunos, do Agrupamento de Es-colas de Paço de Sousa, do Agru-pamento de Escolas de Pinheiro e da Escola Secundária de Pena-fiel, conceberam e executaram uma parte significativa da arte de rua”, deu como exemplo. Este é um evento “prestigiante”, que dá “visibilidade ao concelho” e que traz retorno ao longo do ano, com visitantes a procurarem a cidade,

defendeu Antonino de Sousa. “Depois de oito edições do Escri-taria, a cidade, e todo o concelho, continua a viver intensamente a literatura, as letras e a lusofo-nia de uma forma completamen-te diferente. O Escritaria tem a capacidade de tirar as letras e a literatura dos lugares onde nor-malmente estão confinadas, tra-zendo a literatura para a rua”, realçou o autarca.

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pENAFIEL

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4.500 ALuNOS RECEbERAM “KIt pENAFIEL vERDE”

coM gArrAfA e cAtálogoS De InforMAção SoBre o cIclo DA ágUA

A Câmara Municipal de Pena-fiel e a empresa municipal Pena-fiel Verde distribuíram 4.500 kits “Penafiel Verde” aos alunos do concelho. O kit contém uma gar-rafa para os alunos beberem água nas suas actividades físicas e ain-da vários catálogos com informa-ção relativa ao ciclo da água, as-sim como as vantagens de beber água da Penafiel Verde. “A água distribuída pela Pena-fiel Verde tem um valor de 0,00061 euros por litro, valor significativo inferior à água engarrafada (0,23 euros por litro)”, informa a autar-quia em nota de imprensa. “Ao con-sumir água da rede pública de água da Penafiel Verde tem garantida a qualidade da água e a protecção da saúde individual e colectiva, não contendo nenhum microorga-nismo, parasita ou substância em quantidade e concentração que possa causar perigo para a saúde pública”, garante a mesma fonte.

poeta popular de penafiel homenageado

No domingo, inserida nas ac-tividades do Escritaria, foi reali-zada uma homenagem a Afonso Leal, poeta popular penafidelense que faleceu recentemente. “Era uma figura querida de Penafiel e dos penafidelenses. É o momento mais indicado para o homenage-ar”, defendeu Antonino de Sousa. Afonso Leal foi recordado na Biblioteca Municipal, no encer-

ramento do festival literário, com uma interpretação encena-da e declamação de algumas das suas quadras. Do seu extenso currículo, de destacar os poemas intitulados “Mãe” e “Se eu fosse pintor”, que fazem parte do álbum do Grupo de Guitarras de Penafiel, e ainda o seu livro “Pensamentos, Pala-vras e Poemas”.

prémio Carreira/jornalismo para o “poeta da rádio”

Durante o festival foi atribuí-do o Prémio Carreira/Jornalismo a Fernando Alves, jornalista da rá-dio TSF, com 40 anos de carreira. “A organização da Escritaria de-cidiu de forma unânime atribuir o prémio carreira Jornalismo/ Escritaria 2015 a Fernando Alves pelo trabalho desenvolvido em prol e em defesa da língua portu-guesa”, justifica a organização do festival literário.

Este prémio é entregue desde 2011 e tem como objectivo “esti-mular e premiar profissionais da comunicação social cujos traba-lhos contribuam para a promo-ção da cultura e da língua portu-guesa”. Fernando Alves, o “poeta da rá-dio”, apresenta diariamente, há mais de 20 anos, o programa “Si-nais”, na TSF, emissora que ajudou a fundar.

“A água distribuída pela Pena-fiel Verde apresenta um elevado padrão de qualidade, tendo sido classificada de ‘Água Segura’ pela Entidade Reguladora dos Servi-ços de Águas e Resíduos (ERSAR). De acordo com os resultados pu-blicados no relatório anual do “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, divul-

gado pela ERSAR, referente às 1.141 análises efectuadas no ano de 2014 no concelho, o relatório conclui que a água da rede pú-blica do concelho apresenta uma qualidade excelente, podendo ser consumida com total confiança pelos penafidelenses”, frisa o presidente da Câmara Muni-cipal, Antonino de Sousa.

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pAREDES

Relvado sintético do Rebordosa inaugurado

Foi inaugurado, no sábado, o rel-vado sintético do Rebordosa Atléti-co Clube (RAC), num investimento total a rondar os 215 mil euros, 150 mil dos quais comparticipados pela Câmara Municipal de Pare-des. O clube, que está igualmente a construir um balneário para servir o novo relvado, fica agora com as condições há muito desejadas para

InVeStIMento totAl De 215 MIl eUroS

ACIDENtE COM CAMIãO DEIxA IDOSO EM EStADO gRAvE

Um acidente em Vandoma, Pa-redes, provocou ferimentos graves num condutor de 81 anos. Firmino Santos, residente em Baltar, foi transportado directamente para o Hospital São João, no Porto, depois de ter sido assistido pelos bombei-ros e pela equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação. O carro do idoso foi abalroado por um camião após sair de um entroncamento que dá acesso à Es-trada Nacional 15.

CHOQuE MuItO vIOLENtO

Passavam poucos minutos das 14h30 desta sexta-feira, quando o violento embate aconteceu junto à fabrica Aleal e do balcão de Vando-ma da Caixa Crédito Agrícola. “Eu vinha no sentido Baltar – Gandra quando o senhor saiu do entronca-mento sem parar. Nem olhou para o lado”, garantiu José Santos. O moto-

cArro De fIrMIno SAntoS, 81 AnoS, foI ABAlroADo eM VAnDoMA, PAreDeSrista da empresa AGV Transportes envolvido no acidente assegurou que ainda tentou travar o pesado, mas já não foi a tempo de evitar o choque que deixou ferido o condu-tor do Volkswagen Golf, que saiu da rua do Lagar em direcção à Estrada Nacional 15. “Quando cheguei jun-to do carro, o condutor não estava consciente. Mas antes da chegada dos bombeiros recuperou os senti-dos. Com o choque, o senhor passou do banco do condutor para o banco ao lado”, contou José Sousa. Ao VERDADEIRO OLHAR, o co-mandante dos Bombeiros de Baltar referiu que, à chegada dos voluntá-rios, o idoso estava “encarcerado mecanicamente”. “Foi preciso cor-tar as portas do carro para retirar a vítima”, descreveu Delfim Cruz, que confirmou ainda as lesões graves do octogenário. No local do acidente, um familiar do idoso afirmou ao VERDADEIRO OLHAR que Firmino Santos mora na freguesia de Baltar, também no concelho de Paredes e a poucos quilómetros do sítio onde aconte-ceu o desastre. A mesma fonte de-clarou que Firmino Santos saiu de casa e dirigiu-se à fábrica de um serralheiro situada em Vandoma. Depois de encomendar um serviço, regressava à sua habitação, mas logo no início da viagem foi colhido pelo camião.

Crédito Agrícola premiou desempenho escolar

O Crédito Agrícola de Paredes distinguiu três alunos do concelho, entre o 7.º e o 10.º ano, pelo desem-penho escolar alcançado no ano lectivo 2014/2015. “Promover o de-senvolvimento da cultura de mérito e valorizar o esforço e o desempenho individual, criando estímulos para os alunos, é o objectivo do Crédito

DIStIngUIU trêS AlUnoS

dar uma resposta cabal às necessi-dades da formação. Segundo nota de imprensa da autarquia, durante a cerimónia, Celso Ferreira lamentou a ausên-cia do presidente do RAC, Joa-quim Barbosa, mas congratulou-se com as melhores condições proporcionadas a partir de agora aos jovens atletas. O edil de Pare-

des aproveitou para avançar que “o investimento municipal neste complexo desportivo do Rebordo-sa Atlético Clube não se fica por aqui”. “A Câmara Municipal de Pa-redes vai dar ao clube uma ban-cada coberta, para que os pais e familiares dos atletas possam ver os jogos com condições de maior conforto”, revelou o presidente da Câmara. Antes, a sessão oficial de discursos foi aberta pelo tesoureiro do RAC, Al-bano Silva: “Esta é uma obra funda-mental para a dinâmica do Rebordo-sa Atlético Clube, porque os jovens da nossa cidade vão deixar de sair para jogar noutros clubes que até agora ofereciam melhores condições. É um orgulho para nós”. Também orgulhoso, o presidente da Junta de Freguesia de Rebordo-sa, Elias Barros, afirmou que “este relvado traz duas vantagens ao RAC: dá melhores condições aos jovens e potencia o aproveitamen-to da formação, o que vai permitir uma melhor gestão orçamental”.

Agrícola com a implementação deste Programa que continuará activo no ano lectivo 2015/2016”, diz nota de imprensa da instituição. Segundo a mesma fonte, a nível nacional estão a ser premiados 120 alunos, recebendo prémios monetários “com valores entre os cem euros e os mil euros”.

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pAREDES

Patente e Modelo de Utilidade

UMA PATENTE E UM MODELO DE UTILIDADE SãO DIREITOS ExCLUSIVOS QUE SE OBTêM SOBRE INVENçõES.

É UM CONTRATO ENTRE O ESTADO E O REQUERENTE ATRA-VÉS DO QUAL O REQUERENTE OBTÉM UM DIREITO ExCLU-SIVO DE PRODUzIR E COMERCIALIzAR UMA INVENçãO, TENDO COMO CONTRAPARTIDA A SUA DIVULGAçãO Pú-BLICA.

ASSIM, AS INVENçõES PODEM PROTEGER-SE ATRAVÉS DE DUAS MODALIDADES DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL: PA-TENTE E MODELOS DE UTILIDADE.

PODEM OBTER-SE PATENTES PARA QUAISQUER INVEN-çõES EM TODOS OS DOMíNIOS DA TECNOLOGIA, QUER SE TRATE DE PRODUTOS OU PROCESSOS, BEM COMO PARA OS PROCESSOS NOVOS DE OBTENçãO DE PRODUTOS, SUBS-TâNCIAS OU COMPOSIçõES JÁ CONHECIDOS.

QUANTO AOS MODELOS DE UTILIDADE, OS REQUISITOS DE PROTEçãO SãO SEMELHANTES, CONTUDO, NãO É POSSí-VEL PROTEGER INVENçõES QUE INCIDAM SOBRE MATÉRIA BIOLóGICA OU SOBRE SUBSTâNCIAS OU PROCESSOS QUí-MICOS OU FARMACêUTICOS.

DESTE MODO, SE UMA PATENTE OU O MODELO DE UTILIDA-DE FOREM CONCEDIDOS, PASSA O SEU TITULAR A DETER UM ExCLUSIVO QUE LHE CONFERE O DIREITO DE IMPEDIR QUE TERCEIROS, SEM O SEU CONSENTIMENTO, FABRI-QUEM ARTEFACTOS OU PRODUTOS OBJETO DE PATENTE, APLIQUEM OS MEIOS OU PROCESSOS PATENTEADOS, IM-PORTEM OU ExPLOREM ECONOMICAMENTE O PRODUTOS OU PROCESSOS PROTEGIDOS.

boletim jurídico Nº 177 / 2015

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jOvEM ALvO DE EMbOSCADA E bRutALMENtE AgREDIDO EM DESCAMpADO DE CRIStELO

João Barbosa, um jovem de 22 anos residente em Cristelo, Paredes, recebeu um convite para um encon-tro com a ex-namorada. A reunião ficou marcada para junto do jardim que fica no centro desta freguesia, mas depressa transferiu-se para um local ermo nas traseiras da capela mortuária. E foi nesse local que João Barbosa acabou por ser alvo de uma emboscada, brutalmente agredido e esfaqueado. O jovem acusa a antiga compa-nheira e o actual namorado, um ho-mem casado de Paços de Ferreira, de serem os autores das agressões e ambos foram detidos pela Polícia Judiciária. Estes foram presentes ao juiz de instrução do Tribunal do Marco de Canaveses, que decretou como medida de coacção a prisão domiciliária.

FERIDO E ENSANguENtADO, jOvEM pEDIu AjuDA A uM CONDutOR

Este caso aconteceu na noite de sexta-feira da semana passada.

ex-nAMorADA e AMAnte São SUSPeItoS De tereM ProVocADo ferIMentoS grAVeS eM joão BArBoSA

Pelas 23h30, o jovem serralhei-ro dirigiu-se ao local onde tinha, previamente, combinado o encon-tro. A ex-namorada, uma rapariga residente no concelho de Paços de Ferreira, chegou à hora acor-dada e convenceu João a entrar no carro que parou, pouco depois, num descampado existente nas traseiras da capela mortuária de Cristelo. Aí, o antigo casal iniciou uma conversa que, rapidamente, cul-minou em agressão. Segundo João Barbosa contou a familia-res, quando a ex-namorada se apercebeu da chegada de dois homens encapuzados começou a bater-lhe e foi, logo, ajudada por estes. João foi agredido com paus, pedras e ainda esfaqueado com uma navalha que a GNR en-controu no local. Abandonado combalido e ensan-guentado, o jovem de Cristelo conse-guiu percorrer algumas dezenas de metros para pedir ajuda ao condutor de um carro que estava estacionado nas imediações. E foi este quem cha-mou os bombeiros que transporta-ram a vítima para o Hospital Padre Américo, em Penafiel, com ferimen-tos graves.

vítIMA E AgRESSORES ApRESENtAM RAzõES DIFERENtES pARA O MóbIL DO CRIME

Já no hospital, João admitiu que as agressões possam estar rela-cionadas com o facto de ter ame-açado revelar que a ex-namorada mantinha uma relação com um ho-mem casado, com cerca de 40 anos e também residente em Paços de Ferreira. Terá sido este empresário que, alegou, o agrediu para o impe-dir que revelasse o relacionamento extraconjugal à esposa. A ex-namorada e o alegado amante foram, logo no sábado, de-tidos e à Polícia Judiciária terão contado uma história diferente. A emboscada e as agressões foram realizadas para impossibilitar que João Barbosa continuasse a divulgar pormenores sobre a vida íntima da antiga companheira. Seja qual for o motivo, uma coisa é certa: o casal ficou detido e, já na segunda-feira, foi presente ao juiz de instrução criminal do Tribunal do Marco de Canaveses. Após o interro-gatório, os membros do casal ficaram sujeitos a prisão domiciliária com vi-gilância electrónica.

FILIpA COStA

jurista

Renato vicente & Associados Sociedade de Advogados, R.L.Sociedade de Advogados de responsabilidade limitada

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SextA-feIrA, 23 out De 201508

pAREDES

ENCONtRO DE tEAtRO DE CRIStELO SupERA ExpECtAtIvAS

O etc 2015 – Encontro de Teatro de Cristelo está a superar expectati-vas, com casa cheia em todas as per-formances teatrais. A organização, o TC – Teatro de Cristelo, homenageou, no passado sábado, o actor Marti-nho Silva, com a entrega do Prémio Nacional de Teatro Ruy de Carvalho. Os espectáculos de teatro continuam nos próximos fins-de-semana com o objectivo de despertar o interesse para o teatro, sobretudo dos mais jovens.

ACtOR SERvE DE ExEMpLO AOS MAIS jOvENS

A aposta do Teatro de Cristelo tem passado pelos mais jovens. “A preo-cupação do último ano tem sido fazer pensar a juventude através dos tex-tos e peças interpretados”, explica Carla Carvalho. Por isso, este ano, optaram por reconhecer o trabalho de um actor ainda jovem, natural de Penafiel. “O Martinho Silva foi atrás de um sonho. Foi à luta, trabalhou e foi persistente. Achamos que tinha um percurso interessante. Queremos ensinar que não se consegue tudo de mão beijada”, justifica a actriz de teatro amador.

no fIM-De-SeMAnA foI entregUe o PréMIo nAcIonAl rUy De cArVAlho Ao Actor MArtInho SIlVA

No sábado, decorreu a entrega do segundo Prémio Nacional de Teatro Ruy de Carvalho e foi descerrada uma placa de reconhecimento pelo trabalho do actor Martinho Silva. “Ficou surpreendido, não estava a contar”, relata Carla Carvalho. No do-mingo, o actor penafidelense regres-sou para falar do tema “O Teatro e a Juventude”. Uma conversa interacti-va em que todos puderam participar. Os espectáculos do etc regressam no dia 24, às 21h30, com a encenação “O Rei Imaginário, o Doido e a Morte”, pelo Teatro Casca de Noz (Ermesin-de). Segue-se, no dia 25, às 16h00, pelo Teatro para a Infância – Compa-nhia de Teatro de Ovar a peça “Quan-do a cidade dorme”. No dia 31 sobe ao palco “Acontece o que Acontece”, do Teatro Tamaranto (Amarante), pelas 21h30, seguindo-se a cerimónia de encerramento. “Esperamos repetir o etc dado o sucesso que está a ser”, revelou Car-la Carvalho. O objectivo é despertar o interesse pelo teatro, sobretudo junto dos mais jovens. Até porque a encenação dramática é uma escola para os mais novos. “O teatro não é só o que se vê no palco, é tudo o que está por detrás, há muito esforço e dedi-cação. E aprende-se, de forma lúdica, a falar em público e a respeitar os si-lêncios”, disse. “E o teatro transmite mensagens”, salientou ainda Carla Carvalho.

entreVIStA A MArtInho SIlVA, Actor

É natural de Penafiel onde viveu a juventude. Que lembranças guarda da cidade?Adorei viver em Penafiel e tenho memórias muito felizes da “cida-de de risca ao meio”. Vivi primeiro numa casinha muito simpática e acolhedora na Rampa do Hospital, onde tínhamos uma relação exce-lente com os vizinhos. As pessoas entreajudavam-se de uma forma muito natural e descomprometida. Nessa altura também exploráva-mos um pequeno terreno de cultivo e criávamos galinhas, coelhos, um ou dois porcos e chegámos a ter uma cabra. Recordo as manhãs em que íamos ao romper do dia para o campo, a erva orvalhada a terra quente que deitava fumo quando se escavava com a enxada ou a picola para plantar as batatas. Lembro-me do orgulho de quando pela primeira vez o meu pai me deixou sulfatar a vinha. Lembro-me das vindimas e de como o mosto do vinho no lagar dava comichão nas minhas pernas de alicate. Lembro-me de altura da poda e de fazer montes gigantes de ramos e folhas com os meus irmãos e habitá-los como se de casas se tra-tassem. Lembro-me que, nessa al-tura, ficava muitas vezes triste por não ir brincar com os meus amigos por causa de todas as tarefas rurais. Mas hoje guardo essas recordações na gaveta das memórias felizes e sei que fui um sortudo. Depois, mudá-mo-nos para a Av. Sacadura Cabral, onde os meus pais eram sacristãos na Igreja das Freiras e todos os fi-

“ADOREI vIvER EM pENAFIEL E tENHO MEMóRIAS MuItO FELIzES”

lhos ajudavam nos variados servi-ços da igreja. Eu ajudava a limpar, fui acólito, fazia as leituras, aprendi a tocar órgão e acabei por fazer par-te do grupo coral. Penafiel era uma aldeia grande onde se podia andar descansado na rua de bicicleta e os adultos conheciam toda a gente.

Foi ainda em Penafiel que se lançou no teatro amador. Como é que essa oportunidade surgiu? Participei desde muito cedo nas pe-ças de fim de ano da Perseverança (catequese) e divertia-me imenso nas peças da escola, ou a ler textos em voz alta na disciplina de Portu-guês. Um dia participei numa peça de teatro amador dirigida pelo ca-rismático Fernando Soares e per-cebi imediatamente que era aquilo que eu queria fazer. O palco envol-via-me e dava guarida às minhas questões, à minha irreverência e à intensidade das minhas emoções de adolescente da altura.

Quando é que decidiu que o teatro seria a sua vida? Quando soube que havia uma esco-la profissional de teatro no Porto e que podia concorrer a uma bolsa, comecei a fazer contas ao dinheiro que tinha amealhado nos traba-lhos de férias e part-time e percebi que talvez fosse possível ingressar naquele curso sem sobrecarregar financeiramente os meus pais. E assim foi. Nem sei se disse aos meus pais que ia fazer a audição. Só me lembro de, semanas mais tarde,

FERNANDA pINtO

[email protected]

DE CERtEzA QuE A CARA NãO LHE é EStRANHA E QuE já O vIu NAS SéRIES “AQuI NãO Há

QuEM vIvA”, “bEM-vINDOS A bEIRAIS” E “MORANgOS COM AçúCAR” Ou NA tELENOvELA “LOuCO

AMOR”, ENtRE OutROS. MAS SAbIA QuE O ACtOR MARtINHO SILvA, DE 36 ANOS, é NAtuRAL DE

pENAFIEL?

EM ENtREvIStA AO vERDADEIRO OLHAR, NA SEMANA QuE FOI HOMENAgEADO pELO tEAtRO

DE CRIStELO, é COM CARINHO QuE FALA DAS LEMbRANçAS QuE guARDA DA CIDADE QuE O vIu

NASCER E DA vIDA RuRAL QuE MARCOu A SuA juvENtuDE. O AMOR pELO tEAtRO LEvOu-O A uM

CuRSO DE REpRESENtAçãO E DEpOIS AOS pALCOS DO pORtO E DE LISbOA. NOS úLtIMOS ANOS,

MANtéM-SE FIEL AO tEAtRO, MAS é A tELEvISãO QuE O tEM pROjECtADO A NívEL NACIONAL. AC-

tuALMENtE, pODE vê-LO NO pApEL DE ELIAS NA NOvA SéRIE DE HuMOR DA Rtp, NELO & IDáLIA.

FERNANDA pINtO | [email protected]

saber que tinha sido aceite e dizer aos meus pais com uma certeza que nunca tinha tido até então, que era aquilo que eu queria fazer. Sei que o curso foi também o pretexto para saciar o desejo enorme que eu tinha de sair para o mundo, de me pôr à prova e conquistar a minha inde-pendência.

Porquê o curso de interpretação teatral do Balletteatro escola Pro-fissional do Porto? também já gos-tava de dança? O mais interessante da formação da escola era sem dúvida a compo-nente de formação física e a relação próxima que as turmas do curso de

Integra o elenco do novo programa humurístico da Rtp

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SextA-feIrA, 23 out De 2015 09

pAREDES

teatro e do curso de dança tinham. Partilhávamos disciplinas e eu como vinha todos os dias de com-boio ou apanhava boleia de pesso-as que trabalhavam Porto, acaba-va por estar mais cedo na escola e aproveitava para fazer algumas aulas de dança e “deitar um olho” às bailarinas (risos). Como é que começou o seu percur-so profissional no teatro?Estava ainda no último ano do curso quando fui convidado a integrar o elenco de um trabalho que o Teatro de Marionetas apresentou num es-pectáculo organizado pelo Teatro o Bando, na Expo98 em Lisboa. Findo

esse trabalho, regressei ao Porto, acabei o curso e fui fazer audições para um espectáculo no Teatro Na-cional de S. João. Fui selecionado e iniciei uma série de experiências profissionais muito ricas e estimu-lantes.

Manteve-se no teatro durante os primeiros anos da sua carreira, mas foi a televisão que o tornou co-nhecido do grande público. Quando é que resolveu experimentar a te-levisão? Surgiu por acaso ou foi um passo que quis dar?Foi exactamente numa digres-são a Lisboa de um espectáculo produzido pelo TNSJ que a Maria Emília Correia me convidou para participar numa encenação dela e assim começou a minha lenta transição para território “Mou-ro” (risos). Em Lisboa, comecei a fazer pequenas participações em trabalhos televisivos. Até que fui a casting para a primeira tempo-rada de Verão de uma série que eu nunca tinha visto até então e surpreendentemente fui escolhi-do. Foi um período muito giro nos “Morangos” e que teve uma visibi-lidade que eu não esperava.

Foi precisamente esse papel nos Morangos com açúcar que o cata-pultou para a fama. estava à espe-ra disso? Foi fácil adaptar-se?Sempre fui muito discreto e o que me movia não era o desejo de fama. Confesso que a princípio custou um bocado essa perda de anonimato,

mas depois aprendi a lidar com o ca-rinho das pessoas e a perceber que não posso “entrar” pela casa das pessoas adentro sem que elas aca-bem por criar (ou não) uma empatia com aquela personagem que depois confundem com o actor. Já participou em várias séries e novelas e até num filme. o que prefere fazer, teatro ou televi-são? Tenho conseguido estar em palco com uma produção pelo menos uma vez por ano. O que no pano-rama teatral actual não é nada mau. A televisão tem-me tomado mais tempo. O ideal para mim se-ria o contrário mas, habituado à intermitência e irregularidade desta profissão, não me posso queixar de todo. Em relação ao cinema e no contexto actual, não tenho grandes expectativas. Qual a personagem que mais gostou de fazer até hoje? Gostei muito de interpretar uma personagem chamada “Molas” num musical encenado pelo saudoso António Feio que se chamava Sex-ta-Feira 13. Era uma personagem complexa e tinha uma performan-ce muita intensa fisicamente, tinha coreografias de grupo, trabalho de andas, a determinada altura ficava suspenso pela cintura num arnês a 10 metros do chão e como se não bastasse tinha de acompanhar uma banda, a cantar músicas dos xutos e Pontapés! De resto tenho tido a possibilidade de ter vários desafios interessantes como actor. Quando as pessoas passam por si na rua chamam-no pelo nome das suas personagens? Actualmente, como ainda está no ar a série da RTP “Bem-vin-dos a Beirais” onde interpreto um médico de aldeia, as pessoas pedem-me consultas na rua em tom de brincadeira. Mas ainda se lembram do Rui do “Aqui não há

quem viva”, o divertido Diamond Keys dos “Morangos com açúcar” ou o malvado Tomás do “Louco Amor”. Se não fosse actor acha que seria o quê? Talvez marceneiro ou qualquer outro ofício que envolvesse a construção de coisas. o que é que ainda quer fazer em termos de interpretação? Adorava experimentar um papel de acção no cinema, com per-seguições e cenas de luta. É um universo que sempre me fasci-nou. Quando era miúdo imagina-va-me a ser duplo de acção em Hollywood. Gostava de ter uma carreira in-ternacional?

Não é algo que esteja nos meus planos. os espectadores podem vê-lo actualmente num novo projecto humorístico da RtP, o nelo & idá-lia, com o Herman José e a Ma-ria Rueff a protagonistas. Como surgiu a oportunidade de fazer o papel de elias? está a gostar da experiência?No início de Agosto recebi uma chamada do Herman a convidar-me para este projecto. Na altura do telefonema, fiquei tão sur-preso, que nem percebi que se tratava do Nelo & Idália. Disse imediatamente que sim. Acho que aceitaria de qualquer forma, nem que fosse para fazer figura-ção! Mas acabou por ser um papel divertidíssimo que me tem dado muito prazer interpretar.

“Fiquei muito honrado com esta inesperada distinção”

acaba de receber o Prémio na-cional de teatro Ruy de Carva-lho, em Cristelo. Que sentimen-to levou desta homenagem? entende-a como um reconheci-mento ao seu trabalho?Fiquei muito honrado com esta inesperada distinção. Mas con-fesso que o reconhecimento pú-blico do meu trabalho não é algo que procure. Há um lado muito egoísta nesta minha forma de estar na profissão que passa por, em primeiro lugar, gostar daquilo que faço. Se os outros também gostarem, melhor.

trata-se de uma iniciativa or-ganizada por um grupo de tea-tro amador. Que opinião guar-dou da organização? acha que de amador só resta o nome?Foi um prazer conviver com o

grupo no dia seguinte, na con-versa informal que tivemos. Depois, sabendo que o Fernan-do Soares [encenador] está en-volvido no projecto, não haverá grande margem para amado-rismos (risos).

Qual a importância que atribui ao teatro amador? O teatro e as artes em geral de-viam estar presentes desde a infância. Acredito que são in-dispensáveis na formação de mentes abertas, sensíveis e disponíveis. E o teatro amador pode e deve ser um instrumento disso. Para além disso, temos de dar valor a todos os que gostam tanto do teatro que aproveitam qualquer tempo livre para estar envolvidos nele. E há tantos e bons trabalhos amadores!

Interpreta o Dr. Nuno na serie bem-vindos a beirais

Integra o elenco do novo programa humurístico da Rtp

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pAREDES

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pOpuLAçãO ExIgE MAIS vISIbILIDADE EM ENtRONCAMENtO QuE é pALCO FREQuENtE DE ACIDENtES

O entroncamento que liga a Avenida Senhora do Vale à rua do Cardal, em Cete, Paredes, tem sido palco frequente de acidentes rodo-viários. Os últimos dois ocorreram em dias seguidos da semana passa-da e, apesar de não terem provoca-do feridos graves, um deles obrigou à rápida intervenção dos Bombei-ros locais. Após estes despistes, alguns habi-tantes colocaram bandeiras pretas no local. O acto de protesto promete não ficar por aqui se nada for feito para melhorar as condições de visibi-lidade daquele entroncamento.

DOIS ACIDENtES EM DOIS DIAS SEguIDOS

Foi na quarta-feira da semana

BAnDeIrAS PretAS colocADAS eM SInAl De ProteSto

Rebordosa já tem uma monografiaRebordosa já tem uma mono-grafia. A obra, patrocinada pela Cooperativa de Electrificação A Celer, foi apresentada recente-mente e está a ser distribuída, para já, aos cooperadores da ins-tituição. A obra com 540 páginas reúne partes importantes da história de instituições e da cultura desta fre-guesia do concelho de Paredes.

oBrA foI PAtrocInADA e APreSentADA PelA A celer

passada que se registou um aci-dente que provocou ferimentos ligeiros nas pessoas envolvidas. No dia seguinte, quinta-feira, o choque entre duas viaturas ligei-ras de mercadorias, no mesmo local, foi mais grave. Às primeiras horas da manhã, uma carrinha que transportava operários da construção civil não conseguiu evitar bater numa outra viatura e acabou por capotar. Na sequên-cia deste acidente, os Bombeiros de Cete, que mobilizaram para o local o carro de desencarcera-mento, registaram cinco feridos. Nenhum deles inspirava, segun-do o comandante José Luís Silva, especial preocupação. Apesar dos danos registados nestes dois embates se limitarem quase às viaturas envolvidas, a população de Cete exige obras que melhorem a visibilidade na-quele entroncamento do centro

da vila. No domingo, alguns popu-lares colocaram bandeiras pretas em sinal de protesto e a alertar

para o facto de aquele local ser palco frequente de acidentes ro-doviários. Temem ainda que num

futuro acidente as consequências sejam mais para os automobilis-tas envolvidos.

A Monografia de Rebordosa foi iniciada pelo professor Pires Ca-bral e contou com a colaboração de outros autores, como o antigo pároco da freguesia de Rebordo-sa, Joaquim Moreira dos Santos, o investigador António Gomes de Sousa e o próprio presidente da A Celer, Manuel Moreira. Manuel Ferreira Coelho foi o coordenador do trabalho.

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pAçOS DE FERREIRA

CâMARA pONDERA CRIAçãO DE uM SIStEMA AutóNOMO DE CAptAçãO E tRAtAMENtO DE águA EM ALtA

A Câmara Municipal de Paços de Ferreira poderá sair da recém-criada Águas do Norte e criar o seu próprio sistema de captação e tratamento de água. Para já, a autarquia avançou com uma ac-ção judicial a exigir que o sistema de captação de água existente no rio Ferreira, que foi pago pelo mu-nicípio e que pertencia à extinta Águas do Douro e Paiva, reverta para o seu património. Recorde-se que, na semana passada, os municípios do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos anunciaram a intenção de sair da Águas do Norte. Na mesma altura, revelaram um estudo que apontava a necessidade de um investimento superior a 101 mi-lhões de euros para criar um sis-tema intermunicipal que trataria a água dos concelhos da chamada Frente Atlântica. No entanto, o Ministério do Am-biente, Ordenamento do Territó-rio e Energia já veio garantir que este projecto contraria a lei em vigor.

MuNICípIO pODE SEguIR ExEMpLO DA FRENtE AtLâNtICA

Foi na terça-feira da semana pas-sada que, em conferência de im-prensa, os autarcas do Porto, Vila

MUnIcíPIo AVAnçoU coM UMA Acção jUDIcIAl PArA toMAr PoSSe Do SISteMA De cAPtAção De ágUA exIStente no rIo ferreIrA

Nova de Gaia e Matosinhos mani-festaram a intenção de criar um sistema alternativo à Águas do Norte e que, disseram, seria au-tossustentável e mais económi-co para as autarquias. O estudo então apresentado revelou que a criação desse sistema intermuni-cipal de captação e tratamento de água significa um investimento superior a 101 milhões de euros numa obra que demoraria três anos a ser realizada. Os autarcas da Frente Atlântica mostraram-se convictos que essa solução per-mitiria reduzir as tarifas a cobrar aos munícipes, uma vez que, até 2020, está estipulado, no âmbito da Águas do Norte, um aumento gradual de 0,38 euros por metro cúbico de água para 0,5207. O VERDADEIRO OLHAR con-tactou as câmaras municipais de Paredes e Paços de Ferreira, que sempre se mostraram contra a extinção da Águas do Douro e Paiva e o nascimento da Águas do Norte. Até ao fecho desta edição não foi possível obter uma reac-ção do autarca paredense, Celso Ferreira, mas da Câmara da Capi-tal do Móvel surgiu a vontade de seguir o exemplo da Frente Atlân-tica. Fonte da autarquia pacense referiu que a saída do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos da Águas do Norte é vista “com bons olhos”. Disse ainda que Paços de Ferreira já “accionou os meca-nismos legais para que o siste-ma de captação de água em alta

existente no rio Ferreira, e que foi pago pelo município”, reverta para o seu património. Este equi-pamento era gerido pela Águas do Douro e Paiva e transitou para a Águas do Norte com a junção de vários sistemas intermunicipais de abastecimentos de água em alta. “Depois de estarmos na pos-se do sistema iremos ponderar a melhor solução”, acrescenta a mesma fonte.

MINIStéRIO RECuSA SAíDA DA águAS DO NORtE

Entretanto, o MAOTE defendeu que a criação de sistemas de cap-tação e abastecimento de água autónomos vai contra a lei e con-tra o “movimento de solidarieda-de regional visado pela reestru-turação do sector das águas”. “A criação de um novo sistema de captação e tratamento de água idealizado para apenas três mu-nicípios do litoral contraria a obrigatoriedade, prevista nos termos da lei, de ligação de to-dos os municípios ao sistema em alta”, alega o MAOTE. Segundo o ministério de Jorge Moreira da Silva, a saída dos três municípios da Águas do Norte “originaria um enorme e inaceitável aumento das tarifas nas autarquias do in-terior, contrário ao princípio fun-damental de aumento da coesão territorial no país, que esteve na base da reforma promovida pelo Governo”.

providências cautelares não travaram projecto do governo

Um decreto-lei colocou um ponto final em todos os sistemas intermunici-pais espalhados pelo país e agrupou-os em cinco gran-des empresas. No Norte, a Águas de Douro e Paiva e a Simdouro, responsáveis pelo abastecimento de água ao Vale do Sousa, foram ab-sorvidas pela Águas do Nor-te, o que gerou uma enorme contestação. Paredes e Pa-ços de Ferreira avançaram, inclusive, com providências cautelares para parar um processo que o Governo as-segura ser irreversível. “A reestruturação do sector das águas foi concluída pelo Governo no passado dia 30 de Junho, estando, desde essa data, criado o sistema multimunicipal de abaste-cimento de água e sanea-mento do Norte de Portugal e, em plena actividade, a sociedade Águas do Norte SA”, lê-se numa nota envia-da pelo MAOTE. “Esta rees-truturação promoveu uma maior coesão territorial do país, diminuindo as dispari-dades tarifárias resultantes dos custos de contexto dos diferentes sistemas e regi-ões, traduzindo-se, desde 1 de Julho de 2015, na redu-ção das tarifas nos municí-pios do interior”, acrescenta o ministério de Jorge Morei-ra da Silva.

escola de

natação do

caP recebeu

certificado

de

Qualidade

No passado dia 17, teve lugar na Escola Superior de Desporto de Rio Maior a Convenção da Natação Por-tuguesa, organizada pela Federação Portuguesa de Natação, e que culminou com uma Cerimónia de Gala e en-trega de prémios e distin-ções aos agentes desporti-vos que mais se destacaram na última época desportiva. A Escola de Natação do Clube Aquático Pacense foi uma das entidades distin-guidas, recebendo o Certifi-cado de Qualidade Técnico-Pedagógico para o Ensino da Natação, diz nota de impren-sa do clube. “Este certifica-do visa o reconhecimento e certificação de qualidade do ensino da natação em Por-tugal, e tem por base entre outros critérios a estrutura-ção das escolas de natação, as metodologias de ensino utilizadas e a qualificação dos seus técnicos”, explica a mesma fonte. A Escola de Natação do Clube Aquático Pacense, torna-se assim numa das 24 escolas de natação em Por-tugal e a primeira da região a receber esta certificação.

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SextA-feIrA, 23 out De 201512

pAçOS DE FERREIRA

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CONDENADO A pENA SuSpENSA pOR bALEAR CuNHADO

Um homem de 58 anos foi, na semana passada, condenado a 11 meses de prisão por ter baleado o cunhado durante uma discus-são ocorrida em Frazão, Paços de Ferreira. A pena fica, no entanto, suspensa se, no prazo de quatro meses, Anacleto Tavares doar 800 euros à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Na sentença lida no Tribunal de Penafiel, o colectivo de juízes entendeu que o arguido não teve intenção de atingir o familiar. Segundo o entendimento dos magistrados, a arma disparou acidentalmente. Aliás, durante o julgamento, os juízes já tinham desqualificado o crime de homi-cídio na forma tentada, do qual Anacleto Tavares estava inicial-

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mente acusado, para ofensas à integridade física por negligên-cia.

DESAvENçAS ENtRE FAMILIARES ERAM ANtIgAS

O caso remonta a Setembro do ano passado, quando Manuel Ta-vares entrou na fábrica de espe-lhos pertencente à família e en-volveu-se numa discussão com os sobrinhos. Presente numa sala do andar superior da mes-ma unidade fabril, Anacleto Ta-vares apercebeu-se da confusão e desceu para averiguar o que se passava. Quando chegou junto dos filhos e do cunhado, viu, deu como provado o Tribunal, Manuel Tavares com o x-acto na mão e numa pose ameaçadora. Então, foi ao bolso e retirou uma pisto-la. Segundo os juízes, Anacleto Tavares usou a arma para evitar

que o cunhado concretizasse as agressões. Porém, acabou por ser agarrado pelas pessoas que estavam presentes no local e os movimentos que se precipitaram levaram a pistola a disparar. A bala atingiu Manuel Tavares no ombro, levando-o a cair e a ficar prostrado no chão. Após o disparo ter sido efectu-ado, Anacleto Moreira fugiu e só três dias depois é que se entre-gou à polícia. Chegou a Tribunal acusado de tentativa de homicí-dio, mas durante o julgamento o colectivo de juízes desquali-ficou o crime para ofensas à in-tegridade física por negligência. Crime pelo qual foi condenado a 11 meses de prisão. A pena fica suspensa por igual período de tempo desde que o arguido pa-gue 800 euros de indemnização à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.

Manuel tavares foi baleado...

...no interior da fábrica de espelhos

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pAçOS DE FERREIRA

gEStORES ACuSADOS DE INSOLvêNCIA DOLOSA DE uMA DAS MARCAS REFERêNCIA DA CApItAL DO MóvEL

Aquela que já foi uma das marcas referência da Capital do Móvel está no centro de um pro-cesso judicial em que os gerentes de uma empresa de produção e comercialização de móveis estão acusados do crime de insolvên-cia dolosa. Segundo o Ministério Público (MP), a família que criou a marca “Centímetro Mobiliário em Madeiras Maciças e por Me-dida” diminuiu “ficticiamente o activo patrimonial da sociedade” com o objectivo de “evitar o pa-gamento das dívidas da socieda-de Intemporalidades, Decoração de Interiores, Lda.” aos trabalha-dores e ao Estado português. O caso, que envolve sete argui-dos, está a ser julgado no Tribu-nal de Penafiel.

MARCA “CENtíMEtRO” pASSOu pOR váRIAS EMpRESAS

Esta “estória” começa com a fun-dação da J. Gonçalves, Lda. em 1989. A empresa de Paços de Fer-reira dedicou-se, desde o início, à produção e comercialização de móveis e, em 2004, criou a sua própria marca: a “Centímetro”. Mas, no ano seguinte e numa altura em que a empresa era de-tida pelas filhas, e respectivos maridos, do casal fundador, a J. Gonçalves, Lda. foi declarada in-solvente. No entanto, quando tal aconteceu, a marca “Centímetro” já tinha sido cedida à sociedade Intemporalidades – Decoração de Interiores, SA, entidade cria-da dois meses antes pela mesma família que administrava a J. Gonçalves, Lda. No contrato fir-mado entre as duas empresas, a J. Gonçalves, Lda também ce-deu à Intemporalidades - Deco-ração de Interiores, SA o direito de arrendamento das lojas que detinha no Porto, Matosinhos e Lisboa, assim como vendeu to-dos os móveis existentes nesses espaços comerciais. Já em Dezembro de 2008, a In-temporalidades - Decoração de Interiores, SA foi transformada numa sociedade por quotas, mas ficou na posse dos mesmos donos. Segundo a acusação consultada pelo VERDADEIRO OLHAR, ain-

MP AcUSA fAMílIA De ter extIngUIDo eMPreSAS PArA não PAgAr DíVIDAS

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da no final de 2008, os arguidos “decidiram descapitalizar esta sociedade, tornando-a, assim, in-solvente e evitando o pagamento de dívidas contraídas junto da Segurança Social, trabalhadores e ainda à J. Gonçalves, Lda., de-corrente da falta de pagamento da integralidade do preço da ce-dência da marca “Centímetro”, no valor de 263 mil euros”. Já a 14 de Abril de 2009, um dos membros da família que de-tinha a Intemporalidades - De-coração de Interiores criou a Antunes Freitas de Noronha Uni-pessoal, Lda. Neste mesmo dia, esta empresa compra a marca “Centímetro” por 5 mil euros e todo o recheio da Intemporalida-des - Decoração de Interiores por quase 20 mil euros. Porém, alega o procurador, este dinheiro nun-ca deu entrada na Intemporali-dades - Decoração de Interiores, que foi declarada insolvente em Julho de 2009. Para o MP, não havia razões para a Intemporalidades - De-coração de Interiores ter sido declarada insolvente, visto que apresentou “um ritmo crescente de proveitos”, os custos financei-ros não eram significativos e os “valores do activo foram sempre superiores ao passivo”. O único motivo, alega, foi evitar o paga-mento das dívidas acumuladas.

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SextA-feIrA, 23 out De 201514

pROjECtO FRutA vAI à ESCOLA pARA O 1.º CICLOA Câmara de Lousada está a de-senvolver junto dos estabelecimen-tos de ensino do concelho um projec-to de promoção de uma alimentação saudável. A iniciativa mais recente está for-temente relacionada com o consu-mo de fruta. Nesse seguimento teve início, na sexta-feira, aquando da comemoração do Dia Mundial da Ali-mentação, uma campanha destinada aos alunos do 1.º ciclo e que vai ser promovida ao longo dos próximos

toDoS oS eStABelecIMentoS Do concelho Vão receBer Acção

LOuSADA

bilhetes para Sérgio godinho quase esgotados

No dia 7, o Auditório Municipal re-cebe Sérgio Godinho para um concer-to onde vão ser relembradas muitas das músicas do seu repertório. O cantor portuense começou a carreira musical em 1971 com a par-ticipação no álbum de estreia a solo de José Mário Branco, “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, onde teve o duplo papel de músico e de autor de algumas das letras. Este foi o ano que se estreou também na música a solo com “Os Sobreviventes”, que lhe conferiu os prémios de “Melhor Disco do Ano” e de “Melhor Autor do Ano”. Depois deste álbum muitos outros surgiram como “Pré-histórias”, “À queima-roupa”, “De pequenino se tor-ce o destino”, “Pano-cru”, “Os amigos de Gaspar”, “Domingo no mundo”, “Li-gação Directa”, “Mútuo Consentimen-to”, entre muitos outros desde coletâ-neas, colaborações e bandas sonoras Os apreciadores do músico têm assim a oportunidade de assistir ao espectáculo no Auditório Munici-pal, a partir das 21h30. Os últimos bilhetes estão à venda na Jangada teatro e na Ticketline.

no AUDItórIo A 7 De noVeMBro

FEIRA DO LIvRO já COMEçOu

A Feira do Livro de Lousada co-meçou esta quinta-feira e prolon-ga-se até domingo. O local escolhido para a realiza-ção de mais uma edição deste even-to é a Avenida Senhor dos Aflitos, onde os vários públicos vão ter a oportunidade de visitar a Feira, es-tando em contacto com livros das diversas editoras presentes.

vãO EStAR pRESENtES váRIOS AutORES

Para os mais novos, nomeadamen-te para público escolar, vai decorrer animação com a presença de alguns autores. Na sexta-feira, as actividades têm início pelas 9h30, com “Ser Português É” de Ana Luísa Cara-pinheiro. De tarde, a partir das 14h30, entra em cena Manuela Mota Ribeiro com “As Palavras Mágicas”. A Feira do Livro pode ser visita-da na sexta-feira e sábado, entre as 9h30 e as 22h00, e no domingo das 9h30 às 18h00.

nA AVenIDA Senhor DoS AflItoS

ESCRItA HuMORíStICA é O MOtE pARA AS jORNADAS DA REDE DE bIbLIOtECAS

Esta sexta-feira e sábado vão decor-rer também as Jornadas Pedagógi-cas da Rede de Bibliotecas Escolares, numa parceria entre o Centro de For-mação de Associação de Escolas Sou-sa Nascente, a Câmara Municipal de Lousada, a Biblioteca Municipal, e os responsáveis pelas Bibliotecas Esco-lares dos Agrupamentos de Lousada. O mote para estas jornadas, a ter lugar no Auditório Municipal, é a “Escrita humorística”. Durante os dois dias vão parti-cipar profissionais ligados às bi-bliotecas e também à escrita hu-morística. Destaque para Renato Filipe Cardoso, Francisco José Vie-gas, Mário de Carvalho, Leonor Ris-cado, Isabel Machado, Luís Afonso e Rui Cardoso Martins na sexta-feira. No sábado vão estar José de Pina, Luís Filipe Borges, Ana Saldanha, Onofre Varela, Fernando Alvim, Jo-ana Marques, Ana Markl e Maria do Céu Machado.

meses em todos os estabelecimentos de ensino do concelho. Segundo nota de imprensa, o pri-meiro dia de actividades teve lugar na EB1 Boavista (Silvares), onde foram abrangidos cerca de 175 alunos das turmas do 1.º ciclo. No dia 20, terça-feira, a actividade foi desenvolvida na EB1 de Cristelos, abrangendo os 100 alunos. A próxima atividade está agenda-da para dia 27, no Centro Escolar de Pias, onde vão participar os cerca de

Refeições saudáveis nas escolas

A promoção de uma alimen-tação saudável junto dos mais novos é preocupação da autar-quia e, por isso, as ementas diá-rias servidas nos refeitórios das escolas têm a colaboração de uma nutricionista.No seguimento do que tem vindo a ser prática nos últimos anos os menus seleccionados são varia-

dos, incluindo a sopa de legumes, o peixe e a carne, de modo alter-nado, bem como a fruta que está sempre presente.A adopção de hábitos saudáveis é uma prioridade com uma pre-ocupação constante no modo de confecionar as refeições através da diminuição de gorduras e de fritos, sustenta a autarquia.

85 alunos que frequentam o 1.º ciclo. Este é um projecto multidisciplinar que pode englobar áreas tão diversas como as ciências exactas, a música, a gastronomia e a língua portugue-sa. Tem como objectivo primordial a promoção de hábitos alimentares saudáveis, com principal enfoque no consumo de fruta. As actividades a desenvolver são adaptadas à faixa

etária do público-alvo e, por inerên-cia, ao nível de conhecimentos do mesmo, contemplando crianças com Necessidades Educativas Especiais. Numa primeira fase vai abordar-se a importância do consumo de fruta. Também interagir com os mais novos sobre temáticas como os nutrientes presentes em cada fruta e os benefí-cios do seu consumo.

Esta acção está contemplada no Plano Anual de Actividades Munici-pais para Escolas. De ressalvar que é também uma acção no âmbito das Medidas de Acompanhamento ao Regime de Distribuição de Fruta Escolar, financiado pelo Fundo Eu-ropeu Agrícola levado a efeito pelos Ministérios da Agricultura e Mar e da Educação.

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SextA-feIrA, 23 out De 2015 15

LOuSADA

étICA E vALORES NO DESpORtO EStIvERAM EM DEStAQuE

no AUDItórIo MUnIcIPAl

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Miss e Mister Sénior são eleitos no domingo

Este domingo, a par-tir das 15h00, vai realizar-se mais uma edição do concurso Miss e Mis-ter Sénior do concelho, no mês de-dicado aos idosos. A organização do evento, a que estão associadas diversas inicia-tivas, vai ser realizada numa par-ceria entre a Câmara Municipal e a Cooperativa Inslousada, que tem como principal objecto social o apoio e o desenvolvimento de acti-vidades e serviços junto de grupos vulneráveis. Esta quinta e sexta-feira realizam-

Vão eStAr A concUrSo 20 SenIoreS

se várias iniciati-vas com os ido-sos inscritos nos

movimentos se-niores. Hoje, dia

23, realiza-se um passeio a Santia-

go de Compostela com os candidatos

do concurso. O evento termina

com o Desfile da Miss e Mister Sénior, no

domingo, no Auditório Municipal de Lousada.

Vão estar a con-curso 20 seniores, sen-

do 10 homens e 10 mu-lheres. O desfile conta

ainda com mais um ele-mento que não estará a

concurso, refere a câma-ra. Os participantes têm

idades compreendidas entre os 65 e os 91 anos. De

referir que foi cada um dos movimentos seniores existentes no concelho que seleccionou os seus representantes. O desfile divide-se em três partes, em que os concorrentes se apre-sentam em traje casual, depois em traje desportivo e terminam com traje formal. Foram várias as lojas que se associaram a esta iniciativa, na cedência de roupas e acessórios para o desfile. Vão ainda actuar o grupo da USA-LOU e os elementos da Inslousada. Estão ainda pensadas várias sur-presas.

Na passada segunda-feira, o Auditório Municipal foi palco de mais uma acção de formação em parceria com o IPDJ, a que se jun-tou também a ADL, pelo facto de esta ser uma acção dirigida atle-tas, treinadores/dirigentes e en-carregados de educação. O vereador do Desporto, Antó-nio Augusto Silva, convidou Iná-cio Anjos (IPDJ), Sandro Sousa e João Pedroso (ADL), Rui Quinta e Abel Ferreira (treinadores de

futebol profissional), falaram so-bre “Educar para a prática des-portiva”. Aliás, a primeira parte da acção foi dinamizada por Inácio Anjos, que abordou o tema “Aprende a jo-gar com ética e valores”. Seguiu-se o debate que contou com a pre-sença dos vários intervenientes. Estiveram presentes os atletas da ADL dos escalões infantis, ini-ciados, juvenis, juniores e senio-res, conjuntamente com os res-

pectivos treinadores e dirigentes do clube, bem com vários encarre-gados de educação. Segundo o vereador do Despor-to “tem sido intenção da Câmara que todos os agentes desportivos fiquem imbuídos neste espírito de modo a que a ética e os valores sejam parte da formação”. “O des-porto é muito importante, sobre-tudo, para a formação de pessoas, onde as regras e os valores são fundamentais”, destacou António Augusto Silva. Esta quinta-feira decorreram mais duas sessões, na EBS Dr. Má-rio Fonseca e na EBS Lustosa. As iniciativas são realizadas no âmbito do Plano Nacional de Ética no Desporto e têm como objectivo que os públicos fiquem sensibili-zados para que aprendam a jogar com ética e com valores.

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SextA-feIrA, 23 out De 201516

REgIãO

Há pOuCAS FREguESIAS A DISpONIbILIzAR INFORMAçãO FINANCEIRA ONLINE

A maioria das freguesias portuguesas não disponibiliza, online, a informação financei-ra sobre o orçamento e contas do ano anterior. As conclusões são do primeiro Anuário Finan-ceiro das Freguesias Portu-guesas, divulgado pela Ordem dos Con¬tabilistas Certificados (OCC), aquando da apresentação do Anuário Financeiro dos Muni-cípios Portugueses. O documento, que deve ter con-tinuidade nos próximos anos, quis analisar o comportamento das freguesias na adopção das tecno-logias de informação e comuni-cação (TIC), nomeadamente a sua presença na internet e o grau de divulgação online de informação fi-nanceira. “O objectivo central con-sistiu em estudar até que ponto as freguesias tiram proveito das van-tagens e potencialidades das TIC para melhorarem a transparência e a sua relação com os cidadãos e para divulgarem informação fi-nanceira que é obrigatória por lei”, referem os autores do estudo, que conclui que o uso da internet e das redes sociais tem crescido “de for-ma significativa” nas freguesias portuguesas, demonstrando “a preocupação dos governantes das freguesias em aderir às novas tec-nologias para melhor comunicar com os cidadãos”. Do total das 3091 freguesias do país, cerca de 54% têm o seu pró-prio website (1661 freguesias). Mas é ainda reduzido o nú¬mero de freguesias que disponibiliza através desse meio a informação financeira relativa ao exercício de 2014. “Apenas 333 freguesias (11%) divulgam o orçamento inicial apro-vado, sendo ainda menor o nú-mero de freguesias que divulgam informação sobre o orçamen¬to executado da receita e da despesa (215)”, refere o Anuário. Na região, 46 das 77 freguesias dos concelhos de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo têm website. Mas apenas oito disponibilizam online algu-ma informação financeira em re-lação ao ano de 2014. Segundo o estudo, apenas Gandra (Paredes), Rio Mau (Penafiel) e a União de Freguesias de Campo e Sobrado (Valongo), tinham no seu website quer o orçamento quer a execu-ção do orçamento da receita e da despesa do ano passado.

MoStrA o PrIMeIro AnUárIo fInAnceIro DAS fregUeSIAS PortUgUeSAS

pREOCupAçãO COM A tRANSpARêNCIA DAS CONtAS púbLICAS tEM AuMENtADO

Para os autores deste estudo, é claro que a preocupação com a “accountability” (a obrigação de membros de um órgão adminis-trativo ou representativo de pres-tar contas e de se responsabilizar pelo que foi ou não executado) e a transparência das contas públi-cas tem cres¬cido de forma signi-ficativa nos últimos 20 anos. E a freguesia, como entidade com maior proximidade às comu-nidades locais, desempenha “um papel fulcral na divulgação de in-formação relevante e no uso das novas tecnologias e dos meios di-gitais para melhor comunicar com a po¬pulação”, defende o Anuário. A OCC achou, por isso, oportuno, iniciar este projecto que, nesta primeira fase, analisou a divul-gação online da informação por parte das freguesias e procurou analisar a informação financeira disponível nos websites. O levantamento e a recolha de dados de¬correu entre Fevereiro e Setembro de 2015. Para a pes-quisa dos websites das fregue-sias, os autores do estudo recor-reram ao Por¬tal Autárquico e ao Google. Foram identificadas as juntas de freguesia que tinham site e se disponibilizam o orça-mento aprovado e a execução do orçamento da receita e da despe-sa de 2014, entre outros dados. O estudo baseia-se nas 3.091 freguesias do país, sendo 882 fre-guesias agregadas (29%) e 2.209

freguesias não agregadas (71%). Segundo a caracterização realiza-da, em média, as freguesias portu-guesas são de pequena dimensão (45%), sendo que 41% são de média dimensão, tendo entre 1001 e 5000 habitantes. “Existe, contudo, uma elevada variabilidade em torno da amostra uma vez que a freguesia mais pequena tem apenas 43 ha-bitantes - freguesia de Mosteiro, na Ilha das flores - e a maior tem 66.250 habitantes - freguesia de Algueirão, em Mem Martins. Ape-nas 113 freguesias (4%) têm mais

de 20 mil habitantes. Os dados mostram ainda que a grande maioria das freguesias está concentrada nas NUT II Nor-te (46%) e Centro (31%). Porto é o terceiro distrito com maior nú-mero de freguesias, 243.

pRESENçA DAS FREguESIAS NA INtERNEt é “INtERESSANtE”, MAS AINDA NãO Há A pRátICA DE DIvuLgAR ONLINE A INFORMAçãO ACERCA DO DESEMpENHO FINANCEIRO

Pela análise realizada, o Anuário conclui que há “uma presença interessante das freguesias por-tuguesas na internet. Em 2015, cerca de 54% têm o seu próprio website (1661 freguesias). “Ou seja, há uma percepção clara por parte dos governantes das fre-guesias de que a presença na web é um importante instrumen¬to na relação e comunicação com os cidadãos”, referem os autores. “Considerando a dimensão das freguesias, os resultados mos-tram claramente que são as fre-guesias de grande (77%) e muito grande dimensão (96%) as que têm maior presença na websitea”, acrescentam. No entanto, os dados tam-bém mostram que a divulgação de informação financeira atra-vés deste meio é uma prática ainda pouco utilizada entre as fre¬guesias do país. Só cerca de 19% das fre¬guesias divulgam, online, algum tipo de informa-ção financeira. “Isto significa que as freguesias ainda não adopta-ram a prática de divulgar online a informação acerca do seu de-sempenho financeiro”, sustenta o documento. Sem surpresa, o

FREguESIAS DA REgIãO COM ORçAMENtO Ou ExECuçãO ORçAMENtAL DISpONívEL ONLINE

PAçoS De ferreIrA - frAzão e ArreIgADA PAreDeS - cetePAreDeS - gAnDrAPenAfIel - PAço De SoUSAPenAfIel - rIo MAUVAlongo - AlfenAVAlongo - Uf De cAMPo e SoBrADoVAlongo - erMeSInDe

CONCELHO/FREguESIAORçAMENtO 2014

(EM EuROS)

ExECuçãO

ORçAMENtAL 2014

SI

SI793.095164.300137.347240.000

1.173.530

806.002

SIM

*SIMSIM----SIM----SIM

*SIM

* Nos casos de Cete e Ermesinde o anuário diz que não é disponibilizada a execução orçamental de 2014, mas os documentos foram entretanto colocados online.

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SextA-feIrA, 23 out De 2015 17

REgIãO

Há pOuCAS FREguESIAS A DISpONIbILIzAR INFORMAçãO FINANCEIRA ONLINE AVeleDA

cAíDe De reIloDAreSMAcIeIrAMeIneDo neVogIlDeSoUSelAtornoVIlAr Do torno e AlentéMUf De cernADelo e loUSADA (São MIgUel e SAntA MArgArIDA)Uf De crIStelo, BoIM e orDeMUf De fIgUeIrAS e coVASUf De lUStoSA e BArroSAS SAnto eSteVãoUf De neSPereIrA e cASAISUf De SIlVAreS, PIAS, nogUeIrA e AlVArengA

FREguESIA WEbSItE HAbItANtESORçAMENtO 2014

(EM EuROS)

ExECuçãO

ORçAMENtAL 2014

LOuSADA

nãoSIMSIMnãoSIMnãoSIMSIMSIMnão

nãonãonão

nãoSIM

2.0732.5292.0021.3444.0522.6171.7972.5421.3422.166

7.4112.1085.775

3.4866.143

SISISISISISISISISISI

SISISI

SISI

----------------------------------------

------------

--------

pAçOS DE FERREIRA

cArVAlhoSAeIrIzferreIrAfIgUeIrófrAzão e ArreIgADA freAMUnDeMeIxoMIlPAçoS De ferreIrAPenAMAIorrAIMonDASAnfInS, lAMoSo e coDeSSoS SeroA

nãoSIMSIMSIMSIMnãoSIMSIMnãonãonãoSIM

4.5832.3034.3412.4696.2637.7893.6769.0853.8192.5765.7633.646

SISISISISISISISISISISISI

----------------SIM----------------------------

pAREDES

AgUIAr De SoUSAAStroMIlBAltArBeIrecetecrISteloDUAS IgrejASgAnDrAlorDeloloUreDoPArADA De toDeIAPAreDeSreBorDoSArecAreISoBreIrASoBroSAVAnDoMAVIlelA

nãonãoSIMnãoSIMSIMSIMSIMnãoSIMSIMSIMSIMnãonãoSIMnãoSIM

1.6311.0864.8182.0403.1131.8913.8796.974

10.0251.5141.848

19.8349.1064.6314.3002.6412.3635.160

SISISISISISISI

793.095SISISISI SISISISISISI

----------------

*SIM--------SIM----------------------------------------

pENAFIEL

ABrAgãoBoelheBUStelocABeçA SAntAcAnelAScAPelAcAStelõeScrocADUAS IgrejASejAfonte ArcADAgAlegoSgUIlhUfe e UrrôIrIVolAgAreS e fIgUeIrAlUzIM e VIlA coVAolDrõeSPAço De SoUSAPenAfIelPeroSelorAnSrIo De MoInhoSrIo MAUSão MAMeDe De recezInhoSSão MArtInho De recezInhoSSeBolIDoterMAS De São VIcenteVAlPeDre

nãoSIMnãonãoSIMSIMSIMSIMSIMSIMSIMnãoSIMSIMnãonãoSIMSIMSIMnãoSIMSIMSIMnãonãoSIMnãonão

2.3411.6421.6972.5281.6491.0441.3971.7692.4661.0371.5842.6694.0012.1822.8661.6402.0043.891

15.5521.3461.9142.8861.4071.4391.791919

5.0281.576

SISISISISISISISISISISISISISISISISI

164.300SISISISI

137.347SISISISISI

----------------------------------------------------------------------------------------SIM--------------------

vALONgO

AlfenAUf De cAMPo e SoBrADoerMeSInDeVAlongo

SIMSIMSIMSIM

15.21115.92438.79823.925

240.0001.173.530806.002

SI

----SIM*SIM----

grau de di¬vulgação online de informação financeira diminui à medida que di¬minui a dimensão das freguesias. “Este resultado está asso¬ciado à falta de recur-sos humanos e materiais das fre-guesias de menor dimensão difi-cultando o uso das TIC com maior extensão”, acreditam os autores do estudo.

Só 333 FREguESIAS DIvuLgAM INFORMAçãO FINANCEIRA

O nú¬mero de freguesias que disponibiliza, no seu website, a informação financeira relativa ao exercício de 2014 é reduzido. Apenas 333 freguesias (11%) di-vulgam o orçamento inicial apro-vado, sendo ainda menor o nú-mero de freguesias que divulgam informação sobre o orçamen¬to executado da receita e da des-pesa (215). O Anuário refere ain-da que não existe coerência na divulgação da informação. “Por exemplo, há entidades que di-vulgam o orçamen¬to aprovado em 2013 e depois não o fazem em 2014 e 2015; há ou¬tras que di-vulgam a execução do orçamen-to mas não divulgam o orçamen-to aprovado, ou vice-versa, entre outras situações. Esta elevada variabilidade prejudica o acesso à informação por parte dos uti-lizadores e a sua análise numa perspectiva comparativa e de evolução, reduzindo o nível de transparência das contas públi-

cas”, concluem os autores. O distrito de Lisboa é o que tem um maior número de freguesias que divulga o orçamento inicial de 2014 (42), seguindo-se a ilha de São Miguel, nos Açores, (31) e o Porto (26). Pela análise possível ao desem-penho orçamental, tendo por base as fre¬guesias que divulgaram no seu website as contas de 2014, o Anuário conclui que, na globali-dade, “há uma forte preocupação dos seus governantes com o equi-líbrio orçamental, resultando num desempenho orça¬mental muito positivo” neste período.

gANDRA, RIO MAu E uF DE CAMpO E SObRADO ENtRE AS MAIS tRANSpARENtES

No distrito do Porto há apenas 15 freguesias que apresentam a execução orçamental de 2014. Entre elas estão Frazão e Arrei-gada (Paços de Ferreira), Gandra (Paredes), Rio Mau (Penafiel) e a União de Freguesias de Campo e Sobrado (Valongo). As únicas da região que disponibilizam, ao mesmo tempo, o orçamento de 2014, conjugando ambos os elementos, são Gandra, Rio Mau e a UF de Campo e Sobrado. En-tretanto, pela consulta dos we-bsites, o VERDADEIRO OLHAR conseguiu apurar que também as freguesias de Cete (Paredes) e Ermesinde (Valongo) já dispo-nibilizam o relatório de contas do ano passado. Entre as que dis-ponibilizam o orçamento de 2014 estão ainda as juntas de fregue-sia de Paço de Sousa (Penafiel), Alfena (Valongo) e, mais uma vez, Ermesinde. Entre as 77 freguesias da re-gião, apenas 46 têm website. No concelho de Valongo, as quatro freguesias marcam presença na internet, embora o website da Junta de Freguesia de Valongo esteja, actualmente, a registar alguns problemas. Em Lousada, sete das 15 freguesias disponi-bilizam um website aos seus ci-dadãos. O mesmo número de fre-guesias de Paços de Ferreira usa este meio para comunicar. Em Carvalhosa e Freamunde, apesar de, alegadamente, existirem we-sites não estão a funcionar. Em Paredes, 11 das 18 fregue-sias também tem website pró-prio. A freguesia de Paredes, a maior do concelho, por exemplo, tem website, mas só disponibili-za a informação financeira rela-tiva a 2015. Por fim, em Penafiel, há 17 juntas de freguesia que apostam na comunicação onli-ne. Só Rio Mau e Paço de Sousa têm dados sobre o orçamento de 2014. De realçar que é neste con-celho que está a única freguesia de pequena dimensão da região – Sebolido.

* Nos casos de Cete e Ermesinde o anuário diz que não é disponibilizada a execução orçamental de 2014, mas os documentos foram entretanto colocados online.

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SextA-feIrA, 23 out De 201518

vALONgO

MAEStRINA ANtONIEtA MOREIRA RECEbEu MEDALHA DE MéRItO

A Banda Musical de S. Vicente de Alfena comemorou este fim-de-semana o 75.º aniversário. O pólo II do Centro Social e Paro-quial de Alfena encheu de pes-soas que não quiseram deixar de fazer parte deste importante mo-mento para a banda da freguesia. Foi também um dia especial para a maestrina Antonieta Moreira que recebeu uma medalha de mé-rito artístico. A atribuição de medalha de mé-rito a Antonieta Moreira, maes-trina da Banda Musical de Alfena há 31 anos, pela Câmara Munici-pal de Valongo foi aprovada por unanimidade na última quinta-feira. No sábado, a medalha foi entregue pelo presidente da Câ-mara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, na cerimónia de comemoração do aniversário e do lançamento do livro sobre a história da instituição, uma obra

BAnDA MUSIcAl De AlfenA coMeMoroU 75.º AnIVerSárIo

ISAbEL RODRIguES MONtEIRO

[email protected]

patrocinada pela Junta de Fre-guesia de Alfena. A maestrina Antonieta Moreira, como já tive-mos oportunidade de aqui contar, começou a sua formação musical na escola de música da Banda de Alfena, com 12 anos. Há 40 anos na banda, é maestrina há já 31 anos. O gosto pela música, que rapidamente desenvolveu para paixão, diz não saber explicar de onde vem, mas tem a certeza que não vive sem a música. Antonieta Alves Moreira começou a apren-der solfejo e instrumentação no Centro Social de Alfena, tendo-se estreado em 1973 num primeiro concerto. Em 1982 frequentou o 1.º ano de aperfeiçoamento de Regentes de Bandas Civis, tendo como professores prestigiadas patentes militares. Em Lousada frequentou um 2.º curso de Re-gência de Bandas, facultado pela Secretaria de Estado e da Cultu-ra, enquanto o 3.º curso de Re-gentes Amadores de Bandas Civis foi terminado em 1996. Em 1984 o padre Nuno Cardoso, presidente

da banda convidou-a para o cargo que ocupa até hoje. De salientar ainda o seu trabalho na escola de música da banda, onde tem efetu-ado um trabalho na formação de

jovens músicos. No domingo realizou-se uma eu-caristia na Igreja Matriz de Alfena, animada pela Banda de Música, durante a qual o pároco Manuel

Fernando, também presidente da banda, benzeu o novo fardamento, oferecido pela Junta de Freguesia de Alfena, com o apoio de uma em-presa têxtil local.

“SER MuLHER” EM ALFENA

O Centro Cultural de Alfena en-cheu, no passado sabado, para as-sinalar o mês de prevenção e sen-sibilização para o Cancro da Mama. A iniciativa, organizada pelo gabi-nete da Acção Social da Junta de Freguesia de Alfena, contou com a colaboração do Friendsproject e da artista plástica Lídia Moura. Uma exposição de pintura de Lídia Moura, uma exposição de fotogra-fia Mário Sousa, a apresentação

do livro “Ser Mulher”, cujas verbas revertem para o Centro da Mama da Liga dos Amigos do Hospital de S. João com o objectivo de ajudar na comparticipação de soutiens para as mulheres mastectomiza-das abriram a porta à palestra “Ci-catrizes da Vida”. Um momento que se pretendia que fosse dedicado à troca de experiências e testemu-nhos de quem viveu/vive o cancro na primeira pessoa.

Limpeza de pneus na Serra de pias

O Alto Relevo Clube de Monta-nhismo realiza este fim-de-sema-na, dias 24 e 25 de Outubro, uma acção de limpeza de pneus na Ser-ra de Pias. Esta é uma iniciativa Secção de Proteção de Ambiente e Património e Secção de Espeleolo-gia do clube de montanhismo em parceria com a Câmara Municipal de Valongo. Segundo a organização, tone-ladas de pneus “têm vindo a ser ilegalmente depositados nas nos-sas serras quer no exterior quer no interior”. “É frequente encon-trarmos poços e fojos repletos de pneus”, afirmam, sublinhando que são “cerca de 20 séculos de exis-tência de património histórico e cultural repletos de lixo a con-taminar a água que por muitas vezes irá comunicar com o nos-so quintal no vale”. No exterior, continuam, perto de caminhos ou em corta-fogos também se en-contram aos milhares de pneus empobrecendo a paisagem. Para além da limpeza, estão também a

Alto releVo clUBe De MontAnhISMo DeSAfIA PoPUlAção A colABorAr

ser tomadas medidas para preve-nir novas deposições. Considerando que “com a ajuda de todos, podemos resolver este problema”, o Alto Relevo Clube de Montanhismo desafia a população a participar. “Todos podem ajudar! Tragam roupa prática e vontade de trabalhar. Não será duro e quantas mais mãos tivermos mais sucesso

teremos”, apelam. Os pneus que fo-rem recolhidos serão depositados em contentores que estarão em diversos locais da Serra de Pias. O ponto de encontro para quem qui-ser colaborar será na Câmara Mu-nicipal de Valongo, às 9h00. Poderá inscrever-se em [email protected] ou ter mais informações em www.altorelevo.org.

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SextA-feIrA, 23 out De 2015 19

vALONgO

CâMARA DE vALONgO REtOMA 35 HORAS DE tRAbALHO SEMANAIS

A Câmara Municipal de Valon-go vai voltar, até ao final do mês, à semana de trabalho de 35 horas se-manais. O presidente da autarquia, José Manuel Ribeiro, garantiu que “até ao final deste mês” todos os funcionários passarão a praticar esse horário. A questão foi lançada na última reunião de câmara pública pelo vereador da CDU. Adriano Ribeiro lembrou que o Tribunal Constitu-cional considerou inconstitucional que os membros do Governo cele-brem acordos coletivos de entidade empregadora pública (ACEEP) nas autarquias, por tal configurar uma violação do princípio da autonomia do poder local. Tal significa que ca-berá às câmaras celebrar acordos com os sindicatos e consequente-mente decidir o horário a praticar. Ora, tendo em conta esta posição do Tribunal Constitucional, no en-tender da CDU, a Câmara de Valon-go poderá autorizar o regresso do

PreSIDente DA câMArA MUnIcIPAl gArAntIU qUe horárIo Será retoMADo Até Ao fInAl Do MêS

ISAbEL RODRIguES MONtEIRO

[email protected]

horário das 35 horas semanais. A este propósito, João Paulo Bal-tazar, vereador do PSD, aproveitou para questionar o presidente da au-tarquia sobre a data em que seria retomado o horário, uma vez que a câmara se tinha comprometido a praticar as 35 horas de trabalho semanais quando “não existisse nenhum travão legal que o impe-

Moção pela extinção de portagens

A Câmara Municipal de Valongo aprovou por unani-midade, na última reunião pública, uma moção apre-sentada pela CDU que propõe a extinção de portagens no concelho de Valongo. No No texto a CDU recorda que “as autoestradas A3 e A4 incluem troços que são diariamente utilizados para deslocações casa-trabalho por dezenas de milhares de residentes na periferia da cidade do Porto”. Por unanimidade, ficou de-cidido propor ao Governo a abolição das portagens no nó de Valongo por forma a “liber-tar o fluxo diário de tráfego que conflui para o nó de Er-mesinde, reduzindo assim os condicionamentos existentes na entrada e saída desse nó”. A moção será agora envia-da para o primeiro-ministro, ministro da Economia e aos grupos parlamentares da As-sembleia da República.

SERRA DE SANtA juStA é A NOvA CASA DE DuAS CORujAS E OuRIçOS CACHEIROS

A serra de Santa Justa foi o local escolhido pelo Centro de Re-cuperação de Fauna Selvagem do Parque Biológico de Gaia para a libertação e devolução à nature-za de duas corujas do mato e de três ouriços cacheiros. A inicia-tiva juntou, sexta-feira à noite, cerca de cinco dezenas de pes-soas, entre elas muitas crianças curiosas. A devolução dos animais à na-tureza, estado selvagem de onde nunca deveriam ter sido retira-dos, é o culminar de um processo de recuperação que nem sempre é rápido. E a libertação nem sem-pre é possível. Mas para estes cin-co animais chegou o dia de uma segunda oportunidade de vida ao ar livre, na natureza, proporcio-nado, neste caso, pela serra de Santa Justa. Do plano inicial de libertação

Acção De lIBertAção De AnIMAIS recUPerADoS nA nAtUrezA jUntoU DezenAS De PeSSoAS

ISAbEL RODRIguES MONtEIRO

[email protected]

faziam parte apenas as duas co-rujas e os dois ouriços cacheiros. O quinto protagonista da história, um ouriço cacheiro, Donzela de seu nome, apareceu pela mão da pequena Ana Beatriz, de 9 anos, residente em Rio Tinto. Informada pelo pai, espeleogista em Valongo, da existência desta acção de liber-tação de animais na serra não hesi-tou em concordar na devolução do ouriço cacheiro à natureza, ainda que estivesse “triste” por ficar sem a companhia deste animal. Ana Be-atriz conta que a Donzela foi entre-gue por um menino à sua mãe que é professora no Porto. Só esteve em sua casa apenas um dia, mas foi o suficiente para rapidamente se afeiçoar ao animal selvagem. Mas também não foi difícil de compre-ender que o lugar da Donzela é na natureza e que aí “será mais feliz”. E por isso foi fácil para Ana Beatriz colocar o ouriço cacheiro, bem de saúde como garantido pela veteri-nária do Parque Biológico, junto de um eucaplipto e deixá-lo seguir a

sua nova vida, longe dos humanos. A iniciativa de libertação dos animais, realizada numa parceria entre o Centro de Recuperação de

Fauna Selvagem do Parque Bioló-gico de Gaia e a Câmara Munici-pal de Valongo incluiu uma acção de sensibilização para a necessi-

dade de se proteger e preservar as espécies selvagens e para a importância destes animais para o equilíbrio do ecossistema.

disse”, tendo na altura ficado assu-mido que seria retomado o horário assim que fosse encontrada um a base legal que o permitisse. Nesse seguimento, João Paulo Baltazar sublinhou que o presidente da au-tarquia tinha “o conforto” para fa-zer o despacho nesse sentido. Em resposta às interpelações dos vereadores da oposição, José Ma-

nuel Ribeiro esclareceu que apesar de ainda não ter sido assinado qual-quer despacho, todos os funcioná-rios, até ao final do mês, ficarão a praticar o horário de 35 horas se-manais. Para o presidente da Câma-ra Municipal, a reposição do horário de 35 horas é a “forma correcta de fazer justiça” com os trabalhadores que têm “vindo a perder direitos”.

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considera tão importante esta prática ou apresentar uma solução criativa para quem se queira iniciar.

Não importa se é um vídeo amador mas sim os seus conteúdos.

O concurso é dividido em três categorias: Commu-nity Solutions Award que tem como principal objeti-vo mostrar qual a melhor solução para a sua comu-nidade; Creative Compos-ter Award que pretende mostrar formas de com-postagem inovadoras e criativas e por fim o Com-post Education Award que deve apresentar um ca-rácter educativo e inspira-dor sobre compostagem. O prémio para cada um dos vencedores é no valor de 500€.

Participe até ao dia 1 de Novembro, seja criativo e quem sabe um dos vence-dores.

Saiba mais em www.zero-wasteeurope.eu.

Os resíduos orgânicos são aqueles que incluem os restos de legumes e frutas, resto de comidas, folhas e ramos pequenos, entre outros e são muitas vezes dos fluxos de resí-duos mais difíceis de lidar em áreas urbanas.

Com a separação correta e o tratamento adequado, através da compostagem, é possível reduzir as emis-sões de gases com efeito de estufa e evitar sistemas de eliminação perigosos, tais como a deposição em aterro e incineração.

O concurso de vídeo ‘The Power of Compost!’ sobre compostagem pretende sensibilizar a população para esta problemática através da criatividade.

Para participar basta enviar um vídeo onde

mostre como faz a sua composta-

gem e onde inclua as razões pe-las quais

‘tHE pOWER OF COMpOSt!’

OLHAR vERDE

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Verdadeiro olhar (23 de outubro 2015)

CARtóRIO NOtARIAL(LIC. ANA LuISA DA COStA

RODRIguES FERREIRA)(pRAçA DAS pOCINHAS, 51, R/C,

LOuSADA)

juStIFICAçãO

certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura la-vrada em vinte de outubro de dois mil e quinze, no livro de notas para escrituras diversas deste cartório notarial número trinta e oito - A, de folhas dez a folhas onze verso , DoMIngoS joAqUIM DoS SAntoS goMeS BrAnDão, nIf 151.238.359, (cc nº 00859726 emitido pela re-pública Portuguesa com validade até 07/10/2016), natural da fregue-sia de Boim, concelho de lousada e mulher lAUrA DA conceIção DA rochA MenDeS DA SIlVA, nIf 157.324.575, (BI nº 1815941 emitido em 20/04/2004 pelo SIc do Porto), natural da freguesia de Duas Igrejas, concelho de Penafiel, casados sob o regime da comunhão geral, residen-tes na rua da juía de Baixo, nº 389,

freguesia de lodares, concelho de lousada (4620-215) , declararam que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio: rÚStIco – sito no lugar de Vale Mar-tinho, freguesia de Duas Igrejas, concelho de Penafiel, composto de pastagem e pinhal, com a área de mil quinhentos e oitenta e três metros quadrados, a confrontar de norte e nascente com Maria carolina Morei-ra gomes e outro, a sul e poente com Manuel Mendes da Silva, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 2063, com o valor patrimonial tributário de € 7,04 e atribuído de cem euros, não descrito na conservatória do registo Predial de Penafiel.

que o identificado prédio veio à sua posse, por compra meramente ver-bal, feita a Ana glória da rocha go-mes, viúva, residente que foi no lu-gar do outeiro, na freguesia de Duas Igrejas, concelho de Penafiel, ocorri-da no mês de março do ano de mil no-vecentos e noventa , nunca reduzida no competente título formal.

Mas que, a partir desse momento, sempre estiveram na posse e fruição do prédio adquirido e mantida sem qualquer oposição ou ocultação, ou seja, de modo a poderem ser conhe-cidas por quem tivesse interesse em contrariá-las.

que tal posse, assim mantida e exercida o foi em nome e interes-se próprio e traduziu-se nos factos

materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utili-dades e potencialidades do prédio, nomeadamente, roçando o mato e ervas, plantando, abatendo ou man-dado abater árvores, cultivando a terra, pagando os respetivos impos-tos e contribuições, com vista ao in-tegral aproveitamento de todas as utilidades e potencialidades por ele proporcionadas, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito de propriedade, sem oposição, embargo, ou estorvo de quem quer que seja, à vista e com o conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exercita direito pró-prio de boa-fé, por ignorar lesar di-reito alheio, pacífica, contínua, públi-ca e sem violência.

que, atendendo às enunciadas carac-terísticas de tal posse, facultou-lhes a aquisição por usucapião do identi-ficado prédio, direito este que, pela sua própria natureza, é insusceptível de ser comprovado pelos meios nor-mais.

está conforme o original, declaran-do-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada.

cartório notarial da lic. Ana luísa da costa rodrigues ferreira, sito à Pra-ça das Pocinhas, 51, r/c, lousada, 20 de outubro de 2015.

A notária (Ana luísa da costa rodri-gues ferreira)

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OLHAR (IM)pARCIAL

No passado dia 4 de Outubro, realizaram-se as Eleições, que poderão ser consideradas como as mais «felizes» de que há memória des-de as do dia 25 de Abril de 1975. Felizes, porque a crer nas reações dos partidos que se devem levar a sério, ninguém as perdeu. Mesmo a coligação que perdeu mais de 700.000 votos a nível Nacional e que levou a perder a maioria absoluta que tanto mal fez ao povo português, mesmo essa e com esses resultados, apareceu a cantar vitória. Se tivermos em conta (e temos de ter) os resultados alcançados em 2011 pelo PSD E CDS, embora separados, nas Eleições de 2015, o CDS e o PSD juntos, ficaram com menos votos do que o PSD sozinho em 2011. No nosso Concelho, a Coligação per-deu sucessivamente: em Alfena 881 vo-tos; em Campo-Sobrado 576 votos; em Ermesinde 3.131; em Valongo 1.140 vo-tos, o que dá uma perda total no Conce-lho de Valongo, de 5.728 votos. Se estivermos atentos aos comentá-rios e reações dos responsáveis destes partidos, que consideram este resultado, um reconhecimento do povo português pelo desempenho do Governo durante os 4 anos da última Legislatura; é caso para dizer: mas que grande reconhecimento.

E AGORA? ESTE RESULTADO SERVE PARA AL-GUMA COISA?

É mais do que evidente que sim. Nunca foi tão possível, perspectivar uma aproximação entre as forças que se posicio-nam na área da defesa dos direitos de quem

trabalha, dos Reformados e Pensionistas, não só de defesa, mas também de consolidação de direitos alcançados que alguns teimam em considerar favores, esquecendo-se que são direitos de quem trabalhou e contribui toda a vida, e alcançados através de lutas e lutas, que se seguiram à negação desses mesmos direi-tos, nunca antes alcançados e que este último

Governo espezinhou, ficando na história como o pior Governo nesse sentido. E digo pior nesse sentido, porque há muita gentinha que se governou e saiu bem governado. É agora tempo de aproveitar as condições proporcionadas para uma viragem.Por parte do PCP, logo que possível e após o co-nhecimento dos resultados eleitorais, foi total a sua disponibilidade em contribuir para uma

solução governativa e que virasse à esquerda o rumo dos acontecimentos, provando que sabe-mos estar à altura das responsabilidades, nos momentos em que isso nos é exigido.

CAMPO E SOBRADO NOVAMENTE A FREGUE-SIAS INDEPENDENTES

Uma das frentes de luta a que nunca viramos a cara, é a da luta contra a eliminação de Fre-guesias, no nosso caso em concreto, Campo e Sobrado e pela reposição das mesmas como Freguesias independentes. Com estas novas condições a nível da Assem-bleia da Republica, Sobrado e Campo só não voltam a ser Freguesias se as forças que der-rotaram o actual governo não quiserem e não

respeitarem os compromissos eleitorais. A existência deste capítulo no mandato ante-rior, contou com a forte oposição do PCP. Neste mandato e com aqueles que acabaram com as Freguesias de Campo e Sobrado em mi-noria, as populações têm que estar atentas e exigir que se cumpram as promessas.

Num artigo anterior e em que afirmava que na luta pela reposição das freguesias, nós não atirávamos a toalha ao chão. Reitero novamente esse propósito, reafir-mando que podem contar com o PCP; quer na Assembleia da Republica, quer com as suas organizações a nível concelhio e de Freguesia, com a forte convicção de que conseguiremos vencer esta Batalha.

O DIA DAS ELEIçõES MAIS «FELIzES»

É comum que os autarcas queiram deixar a sua marca (entenda-se o seu nome) na obra feita. As placas inaugurais servem para que os vindouros não esqueçam o seu nome e os seus feitos. Os autarcas dizem que se candidatam

inaugural do executivo da Câmara de Paredes. Houve reforço financeiro durante a campanha eleitoral para o Parlamento? A simples coloca-ção dos paralelos numa rua ou travessa, que deveria ter sido feito muito antes, é pretexto para fazer uma inauguração com pompa e cir-

cunstância e colocar uma placa inaugural. São tantas as estradas, ruas e travessas deste con-celho a precisar de arranjos e repavimentação que, por este andar, estão garantidas inaugura-ções semanais durante os próximos dois anos. Houvesse com que pagar aos empreiteiros. Foram inaugurados os novos pisos sintéticos

de quatro clubes do concelho. Os pisos foram colocados pelos clubes, A Câmara prometeu ajudar com 150 mil euros para cada um mas a pagar em 30 meses. Pouco deu até agora e o piso já lá está. De quem é o maior mérito? Anunciaram a inauguração de troços de sanea-

mento. Esses trabalhos têm sido efetuados pela BeWater (ex-Veólia) que afinal não faz mais do que a sua obrigação porque tem que cumprir o que contratou quando comprou a concessão há 14 anos atrás. Mesmo assim continua mui-to atrasada no cumprimento dessa obrigação. Em vez de palmas, a Câmara deveria receber

lamentos pelo atraso. E a Cidade Desportiva de Paredes? Essa obra estruturante por quem fo-ram sacrificados o saudoso Estádio Municipal e o Pavilhão Multiusos de Paredes. Também foi abandonada? Lousada anunciou este ano que vai construir um novo Pavilhão de Desportos

multiusos com dimensão de vários campos cobertos. Para além deste pavilhão, os fundos europeus a que a Câmara de Lousada concorreu per-mitirão construir também uma pista de Tartan (atletismo). Pelos vistos é a pista de atletismo que a Câmara Municipal de Paredes nos tinha pro-metido ser construída na dita cidade desportiva de Paredes. Pelos vistos Paredes desistiu da candidatura. Os clubes que têm patrocinado os atletas, alguns muito premiados em provas nacionais, terão que ir treinar para Lousada. E os balneários? O União de Pare-des terá que continuar a contentar-se com os balneários provisórios nos contentores? A Câmara Municipal de Paredes já está a construir uns novos balneários junto do novo sintético do Aliados de Lordelo. Em Rebordosa

será a cooperativa “A CELER” a financiar os no-vos balneários para o sintético. Em Paredes, sede do concelho, não há uma cooperativa que ajude a construir uns balneá-rios novos na cidade desportiva? Placas inaugurais sim, mas para obras que façam a diferença e de que tanto precisamos.

A ILuSãO DA ObRA FEItA

para servir mas esquecem depressa essa hu-mildade. Diziam os antigos “que não saiba a minha mão esquerda o que fez a direita” mas isso é coisa do passado. Mas há que ser equili-brado nas inaugurações e nos marcos que se põem porque há quem questione o que está por fazer. Ultimamente tem havido muita atividade

jOSé bAptIStA pEREIRA

Membro de Assembleia Municipal de Paredes pelo PS

ADRIANO RIbEIRO

Vereador da câmara Municipal de Valongo pela cDU

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OpINIãO

A educação não pode prescindir nunca da autoridade. Mas a autori-dade não pode prescindir nunca do

a aUtoRidade doS PaiS

pE. RODRIgO LyNCE DE FARIA

bom exemplo e da confiança, que tornam aceitável o seu exercício. A autoridade dos pais na edu-

cação dos seus filhos possui um fundamento natural. Surge espon-taneamente. Mais do que procurar

conquistá-la, os pais devem ter a preocupação de mantê-la e de exer-citá-la bem. Como alguém disse, a autoridade possui uma estreita relação com a verdade porque a representa. As-sim entendida, a autoridade não é nunca arbitrariedade, mas sim um verdadeiro serviço. É interessante notar que esta noção de autoridade como serviço é, na cultura actual, muito pouco compreendida. Isso possui uma for-te influência na relação entre pais e filhos, professores e alunos, pa-trões e empregados, governantes e cidadãos. É verdade que pode haver abuso de autoridade em todas essas re-lações: a isso chamamos autorita-rismo. Mas também é verdade que, sem a autoridade bem exercida, as relações tornam-se difíceis e o bem comum sofre com isso. Exercer a autoridade como ser-viço é completamente diferente de impor-se ou conseguir ser obede-

cido a qualquer preço. Aquele que tem autoridade não deve ser um di-tador, mas sim uma testemunha da verdade e do bem. Por isso, antes da palavra que indica o que se deve fazer ou evi-tar, esperamos daquele que possui autoridade que nos dê bom exem-plo. Que as suas obras estejam de acordo com as suas palavras. Que os seus mandatos sejam razoáveis e procurem só o bem de todos. As crianças observam tudo o que fazem os seus pais e tendem a imi-tá-los. Se os pais souberam dar bom exemplo e “conquistar” a confiança dos filhos, saberão exercer a auto-ridade de um modo sábio e paciente quando chegar a etapa da adoles-cência. Nesse momento tão importan-te da vida, a autoridade dos pais depende directamente da relação de confiança que souberam “cons-truir” quando os filhos eram ainda pequenos.

jOSé MARIA C. S. ANDRé

Professor no Instituto Superior técnico

da Universidade de lisboa

O sumário do último relatório sobre os cristãos oprimidos por cau-sa da fé (Fundação AIS, Outubro de 2015) estende-se por 170 páginas tristes de ler. Este sumário do rela-tório é sóbrio, não alimenta aversão contra ninguém, apenas enumera, ao longo daquelas 170 páginas, com factos e datas, a imensa desgraça que aflige grande parte do nosso mundo. Os incidentes de destruição e de sangue estão agrupados por países: a China, a Coreia do Norte, o Vietname, a Indonésia, a índia, o Sri Lanka, o Paquistão, a Rússia, a Bielo-rússia, o Turquemenistão, a Turquia, a Ucrânia, a Síria, Israel, a Palestina, o Egipto, o Irão, o Iraque, a Arábia Saudita, a Eritreia, o Sudão, a Nigé-ria, o Quénia... Que montanha de ódio explica esta fúria generalizada? O Papa João Paulo II dizia que o século xx tinha sido o século dos

mártires. O Papa Francisco continua a queixar-se das notícias que recebe e não se cansa de enviar emissários a todo o lado, para acalmar esta en-xurrada de loucura. A situação é, de facto, aflitiva. O número de deslocados e refugia-dos atingiu máximos históricos. Grupos islâmicos estão a levar a cabo uma limpeza étnica de cristãos, sobretudo na África e no Médio Orien-te. O medo do genocídio – que em vá-rios casos aconteceu, apesar de tudo –, levou multidões de famílias cristãs a tentarem a estrada da fuga, sem lugar para onde ir, nem assistência. A fuga do Iraque é dramática. A fuga da Síria mistura-se com o choque dos exércitos. Nos regimes que ainda são comu-nistas, e nalguns países que foram comunistas até há pouco tempo, re-acenderam-se focos de perseguição, como há umas décadas atrás.

Um pouco por todo o mundo, há grupos nacionalistas que olham para Jesus Cristo como um invasor es-trangeiro, que os quer arrancar das superstições ancestrais. O Papa Ben-to xVI referia que o cristianismo re-presentou para esses povos a grande libertação, ao anunciar que Deus é bom, que o mundo não está sob o do-mínio oculto do irracional; mas ainda há gente agarrada ao poder do mal. O panorama é desolador? A introdução do sumário do rela-tório são umas palavras do Arcebis-po Jeanbart, de Aleppo, na Síria, de que fazem parte estas frases: «Esta-mos expostos à morte o dia inteiro e outros cristãos também (...). Mesmo assim, estamos convencidos de que o nosso amado Senhor Jesus está presente na sua Igreja e que nunca nos vai abandonar. Sabemos que nada pode intrometer-se entre nós e o amor de Cristo. E que, em todas as

PeRSeGUidoS, MaS não eSQUeCidoS

provações, saímos vencedores gra-ças ao poder daquele que nos ama». Há 2000 anos, S. Paulo escrevia aos cristãos recém-chegados a Roma: «Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o peri-go, a espada? (...) Por causa de Ti es-tamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas desti-nadas ao matadouro. Mas, em tudo isso, saímos mais do que vencedores graças Àquele que nos amou». Segundo as estatísticas da Santa

Sé, o número de católicos continua a aumentar no mundo inteiro, excepto na nossa Europa, onde já não corre o sangue precioso dos mártires. Talvez não esteja longe: na visita aos Esta-dos Unidos, o Papa Francisco rece-beu uma senhora posta na prisão por não aceitar ir contra a sua consciên-cia cristã. O título do sumário do relatório AIS é uma interrogação: «Perseguidos e Esquecidos?». Faltou-me coragem para manter a pergunta no cabeça-lho deste artigo.

Funcionários do Governo chinês queimam o crucifixo, no cimo da igreja de Huzhen, na

cidade de Lishui (4 de Maio de 2015).

Nota: A AIS (Ajuda à Igreja que Sofre) é uma fundação da Santa Sé, para ajudar cristãos perseguidos, ou passando grandes necessidades. No início da AIS, a maioria dos crimes cometia-se nas ditaduras comunistas. Hoje em dia, a per-seguição estende-se por grande parte da Ásia, pela África do Norte e do Leste e por locais específicos da América Latina.

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FRANCISCO COELHO DA ROCHA

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FICHA téCNICA

436.ª EDIçãO

pROpRIEDADE

flama criativa - comunicação, lda

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NúMERO DE REgIStO: 125208

EDItORIAL

alinHamentos(des)acordos. Enquanto escrevo o edi-torial desta semana, tenho a televisão da minha sala de trabalho sintonizada num canal de notícias onde se discute quem será o próximo Primeiro-Ministro. Confesso que na noite das eleições tudo isto parecia-me relativamente simples: ganhou a coligação de direita, seria esta a governar num contexto de maioria re-lativa.

Esta minha convicção não estava assen-te em nenhuma preferência “clubística”, mas sim em factos. Em 40 anos de demo-cracia, houve governos minoritários e de esquerda em 22 anos. Em 1978, Mário Soares ganhou com maioria relativa e, em vez de se aliar aos comunistas, optou por um acordo com o CDS. Mário Soares voltou a fazer um acordo idêntico, desta vez com o PSD, quando em 1983 ganhou sem maioria. Em 1995 e 1999, António Guterres governou sem maioria absolu-ta, optando por ir fazendo acordos pon-tuais à direita. Em 2009, José Sócrates também venceu sem maioria absoluta e nunca tentou um acordo com os comu-nistas. Portanto, isto foi o comporta-mento durante 40 anos democracia que António Costa, em desespero, quer pôr em causa.

Mas, afinal, o Presidente da República vai indigitar como Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho ou António Costa? A resposta parece-me simples. Cavaco Silva vai convidar Passos Coelho a for-mar governo por um motivo simples: foi ele que ganhou as eleições. Até Do-mingo o novo governo vai tomar posse e passados 15 dias vai apresentá-lo no Parlamento. É aqui que se acabam as certezas.

Se António Costa tiver um acordo fir-mado com os comunistas do PCP e do BE que lhe permita governar num hori-zonte temporal razoável, vai derrubar o governo num instantinho. Se isso acon-tecer, e como o Parlamento não pode ser dissolvido até Abril, é provável que

MoURinHoAutor: José MourinhoEditor: Porto EditoraPVP: €18,00

Era uma das novidades mais aguardadas pelos admiradores do Special One: José Mourinho preparou um livro onde reúne as imagens que marcaram a sua carreira de treinador, e onde revela o que sentiu em cada um desses momentos. Publicado em Portugal pela Porto Editora, Mourinho está desde já em pré-venda, em www.portoedi-tora.pt e wook.pt, e no dia 5 de novembro chegará às livrarias nacionais.José Mourinho falou ontem, em Londres, com jornalistas de todo o mundo sobre este seu primeiro livro. Reconhecendo que algumas das imagens são verdadeiras obras de arte, o treinador português decla-rou serem as fotografias da sua vida pri-vada, tiradas com o smartphone, as suas preferidas.

SinoPSeMomentos, sentimentos, memórias, emo-ções — esta é a minha carreira, aquilo que quero partilhar, e a melhor maneira de o fazer é através de grandes imagens.No seu primeiro livro, José Mourinho car-tografa os altos e baixos da sua ascensão ao topo do futebol mundial. Com mais de 100 imagens escolhidas cuidadosamente pelo Special One, esta é uma celebração visualmente sumptuosa da sua excecional carreira de treinador e, mais do que isso, um vislumbre empolgante sobre a sua filo-sofia e sobre a sua enorme sabedoria fute-bolística.Nas palavras de Mourinho, «Tem havido tantos livros escritos por pessoas que nem me conhecem, tantos livros cheios de co-mentários falsos, tantos livros tão distan-tes daquilo que penso, daquilo que sinto, do que sou.» Este é o seu livro, o livro de José Mourinho!

SugEStãO DE LEItuRA

Cavaco Silva convide António Costa a for-mar governo.

Embora seja constitucionalmente legíti-mo que o PS forme governo juntamente com os comunistas, é moralmente e poli-ticamente ilegal. Por isso, a estratégia de António Costa é suicida para ele e para o PS. É provável que depois de Abril o país volte a ir a votos. Nessa altura, os socia-listas democráticos não irão perdoar An-tónio Costa, o eleitorado de centro, que umas vezes vota PSD outras PS, não ar-risca a votar no PS e Passos Coelho fará um passeio tranquilo até ao governo.

Page 24: Câmara pondera Criação · 2021. 5. 15. · SUPERTMATIK F oram 20 os alunos do Agrupamento de Escolas de Lordelo que participaram nos campeonatos escolares su-perTmatik. num investimento

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