Cláudia Isabella Mourão* Graduada em Jornalismo pela...
Click here to load reader
Transcript of Cláudia Isabella Mourão* Graduada em Jornalismo pela...
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
1
A importância das ferramentas de Administração na realidade das agências de Comunicação: a experiência da Acesso Comunicação Jr.1 Cláudia Isabella Mourão* Graduada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social da UFJF Fernanda Nalon Sanglard** Aluna da Faculdade de Comunicação Social da UFJF Iara marques do Nascimento*** Aluna da Faculdade de Comunicação Social da UFJF2 Professora-orientadora: Teresa Neves – Faculdade de Comunicação Social da UFJF Resumo A forma de administrar uma empresa é a chave para o crescimento e desenvolvimento da mesma. O intercâmbio entre a Administração, através de ferramentas e processos, e a Comunicação indica que essas atividades aliadas e bem trabalhadas podem levar a empresa à Qualidade Total e a Excelência em Gestão. O presente trabalho demonstra, através da experiência da Acesso - Empresa Júnior de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, como a Administração é importante para as empresas da área de Comunicação. Palavras-chave Comunicação; Administração; Empresas Juniores
Introdução Todos que atuam no meio empresarial entendem, de maneira empírica ou
teórica, que as ferramentas administrativas são essenciais para que uma organização
evolua de maneira adequada. A evolução das teorias e a aplicação das ferramentas
administrativas servem, sobretudo, para desenvolver as organizações norteando-as para
uma gestão rumo à qualidade e garantindo vantagem no mercado.
O objetivo deste trabalho é demonstrar que, para uma empresa de Comunicação
evoluir no mercado, é necessário utilizar, da melhor maneira possível, as ferramentas e
1 Trabalho apresentado ao GT de Relações Públicas, do XII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste. 2 *Cláudia Isabella Mourão formou-se em fevereiro de 2007 em Comunicação Social na UFJF, foi consultora e diretora do Departamento de Qualidade da Acesso Comunicação Jr. e bolsista do Programa de Treinamento Profissional Assessoria de Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da UFJF. **Fernanda Nalon Sanglard é estudante do 7º período diurno da Faculdade de Comunicação Social da UFJF, é consultora do Departamento de Qualidade da Acesso Comunicação Jr. e, desde 2006, é bolsista do Programa de Treinamento Profissional Assessoria de Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da UFJF. ***Iara Marques do Nascimento é estudante do 10º período noturno da Faculdade de Comunicação Social da UFJF, foi diretora do Departamento de Qualidade da Acesso Comunicação Jr. e, desde 2005, é bolsista do Programa de Treinamento Profissional Assessoria de Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da UFJF.
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
2
as teorias oriundas da Administração. Isso fica mais evidente quando o comunicólogo
precisa administrar a própria empresa. Um bom exemplo é a realidade da Acesso
Comunicação Jr., utilizada como estudo de caso no presente trabalho.
A Acesso é a Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação Social da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Foi fundada oficialmente em 19 de março
de 2001 e, desde então, presta serviços e desenvolve projetos e serviços nas áreas de
assessoria de imprensa, planejamento em Comunicação, cerimonial e organização de
eventos, produção de textos e layout para websites e criação de peças gráficas como
folder, flyer, cartazes, tendo como clientes pessoas físicas e instituições da cidade e
região. As empresas juniores (EJs), são associações civis sem fins lucrativos, cujo
objetivo é capacitar estudantes na prática profissional, com a orientação de professores
da área. O dinheiro obtido por uma empresa júnior, por meio dos trabalhos prestados, é
aplicado na estrutura da empresa ou na capacitação dos membros. A remuneração dos
integrantes é proibida pelo Código de Ética do Movimento Empresa Júnior (Cemej).
Todos os membros (consultores) que compõem a Acesso são acadêmicos que trabalham
voluntariamente. Os consultores são divididos em cinco departamentos, com intuito de
gerir a empresa: Departamento Administrativo-Financeiro; de Marketing; de Qualidade;
de Recursos Humanos, além da Presidência. Todos os consultores da Acesso atuam na
realização de projetos, bem como na gestão da empresa.
Em termos simplificados, a empresa é administrada da seguinte forma:
O Departamento Administrativo-financeiro é responsável pelo controle de caixa
e funções burocráticas da empresa, como por exemplo, contratos e registro de atas. Para
isso, tem auxilio de um contador. Qualidade é o departamento responsável pela
organização dos processos, para que os projetos sejam elaborados com excelência. É
responsável pela implantação de ferramentas administrativas de qualidade, como 5S
(cinco sensos) e auditoria. Marketing é o setor responsável pela consolidação da
imagem da empresa, através da Comunicação externa, interna e da realização de
eventos. O Departamento de Recursos Humanos organiza o processo de seleção de
trainees para a empresa, cuida do clima organizacional e também é responsável por
implantar e consolidar ferramentas de comunicação interna. Já a Presidência é
responsável por orientar e organizar as ações dos outros departamentos, além de
responder legalmente pela empresa.
Os consultores da Acesso participam de três reuniões internas (de diretoria,
departamental e geral). Estes encontros promovem o aprimoramento pessoal e
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
3
profissional dos membros, colaborando, sobretudo, para o desenvolvimento da empresa,
uma vez que as experiências compartilhadas e a exposição de idéias amplia os processos
da organização.
Importância da Administração e do modelo de gestão participativa Para Leon Megginson, Donald Mosley e Paul Pietri (1998; p.35), a
Administração é necessária em todos os tipos de atividades organizadas e em todos os
tipos de organização. Acredita-se que existe uma organização todas as vezes que duas
ou mais pessoas interagem para alcançar um certo objetivo. Dessa forma, há
necessidade de Administração em todas as organizações – famílias e clubes; pequenas e
grandes empresas; organizações públicas e privadas, que visem ou não lucro, bem como
firmas americanas, estrangeiras e multinacionais.
A Administração é considerada uma ciência universal, porque tem um corpo
sistemático de conhecimento, abrangendo princípios e guias diretivos. Este corpo de
conhecimento tende a ser amplamente aplicado a todas as situações e em todos os tipos
de organização – estabelecimentos comerciais e industriais, governamentais,
educacionais, sociais, religiosos e outros. É geralmente aplicável em todos os níveis de
uma instituição.
Para entender a Administração como ciência capaz de abranger diversos e
complexos setores da sociedade, torna-se necessário conhecer de onde surgiram as
primeiras idéias sobre o assunto. Entende-se organização como um conjunto de sistemas
interligados que formam uma rede. Nela, é necessário o trabalho adequado de cada parte
para que o todo funcione da melhor maneira. Foi com base nisso que o modelo de
gestão integrada ou participativa praticado na Acesso se inseriu na concepção moderna
das organizações.
A partir dos anos 80, as organizações observaram que não era mais possível
manter o foco apenas no produto ou no processo. Passou a ser necessária uma visão
global do ambiente onde atua a organização, identificando suas forças e fraquezas.
Tornou-se imprescindível conhecer o cliente e seus desejos, ou seja, focar a visão no
mercado, assim como buscar competência na concepção, desenvolvimento, produção e
comercialização, entendendo o produto como conseqüência das necessidades do
mercado e a atuação da empresa como um processo.
Hoje, chegamos à Gestão da Qualidade Total (GQT, ou em inglês, Total Quality
Management – TQM), isto é, um conjunto de ações que possibilitam administrar a
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
4
organização com esforço voltado para a qualidade em todos os setores, em todas as
pessoas, em todos os processos. A qualidade é considerada ponto central dos negócios e
das atividades da organização, sendo disseminada nas atividades desenvolvidas por
todos os funcionários. Observa-se que a responsabilidade pela qualidade dos processos
foi subindo pelos níveis de decisão da organização, saindo do operacional para o tático e
chegando, finalmente, ao estratégico.
Com a evolução do conceito de Qualidade dentro das organizações, foram sendo
criadas novas ferramentas para adaptar a realidade das empresas aos ideais propostos
pelos princípios de excelência em gestão. Implantação de 5S (cinco sensos para
dinamizar a organização em uma empresa), Princípios da Qualidade Total, Balance
Score Card (medição de forças, fraquezas, objetivos da empresa, ou seja, a realidade em
que ela está inserida no mercado, responsabilidade social, entre outras). Portanto,
investir em processos na área de Recursos Humanos, Marketing, Financeira e outras,
tornou-se, não somente uma inovação, mas uma necessidade de qualquer empresa que
queria se destacar no mercado. Assim surge a ideologia da Gestão da Qualidade, hoje
uma prática em várias empresas de diversos setores. Os Programas de Qualidade como
ISO 9001, Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) e Prêmio Juiz de Fora de Qualidade e
Produtividade (PJFQP) são exemplos de iniciativas cujo objetivo é premiar empresas
que buscam se adequar aos ideais de excelência na gestão.
Evolução da Acesso segundo parâmetros organizacionais A evolução da Aceso pode ser verificada, tomando-se por referência a
implantação de ferramentas administrativas. Por ser uma empresa júnior, a Acesso
possui um intenso intercâmbio com outras empresas, principalmente, as EJs da UFJF,
com as quais aprende e aplica conhecimentos que dinamizam todos os seus processos
administrativos. A Acesso se destaca também porque é uma empresa que presta serviços
de Comunicação e é organizada e estruturada segundo os padrões administrativos, fator
que a diferencia.
O que pretendemos demonstrar é que uma empresa, especialmente uma empresa
júnior e de Comunicação, não evolui de forma ideal se não utilizar, da melhor maneira,
as ferramentas administrativas que a adeqüem à realidade do meio empresarial atual. No
caso da Acesso, isso foi conseguido ao longo dos anos e comprovado pelos resultados
de 2006, quando a empresa participou do Prêmio Juiz de Fora de Qualidade e
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
5
Produtividade (PJFQP), sendo premiada com Menção Honrosa, pela dedicação e
esforço em se adequar à realidade empresarial rumo à excelência na gestão.
A junção das práticas da Comunicação com as da Administração é a motivação
para esta pesquisas que pretende verificar o grau de importância da contribuição de cada
uma destas áreas no êxito de uma empresa tenha êxito.
Para sobreviverem à globalização e à competitividade, a partir da década de 90,
as empresas transformaram o cliente em seu maior patrimônio. Para satisfazer suas
necessidades e vontades, as organizações passaram a investir na gestão para a
Qualidade, no sentido literal da palavra.
A busca por uma gestão de Qualidade passou a ser o foco de todas as empresas que
almejam um lugar de destaque no mercado. E muitos sistemas foram criados para
adequar quaisquer empresas a essas novidades. Desde então, comunicação, auditorias,
consultorias e certificações se transformaram nos importantes focos de investimentos.
Tudo o que desenvolvemos com base na teoria de sistemas nos leva a privilegiar a comunicação como algo fundamental no processo de entradas (inputs), transformações (throughputs) e saídas (outputs). O fazer organizacional, no seu conjunto, transforma os recursos em produtos, serviços ou resultados. E para isso é fundamental e imprescindível valer-se da comunicação, que permeia todo esse processo, viabilizando ações pertinentes, por meio de um contínuo processamento de informações. É a comunicação administrativa que faz convergir todas essas instâncias. (KUNSCH, 2003, p. 153)
A Comunicação Administrativa abrange todos os conteúdos relativos ao
cotidiano da Administração, atendendo às áreas centrais de planejamento e às estruturas
técnico-normativas, com a finalidade de orientar, atualizar, ordenar e reordenar o fluxo
das atividades funcionais.
Para se compreender o processo produtivo numa empresa de Comunicação, é
necessário conhecer o funcionamento de um planejamento estratégico. Baseados nele,
as metas, os planos e as ações são estabelecidos e os prazos são determinados, de acordo
com os objetivos que a empresa almeja atingir em um determinado período. Ele serve
como orientação planejada dos caminhos a serem percorridos na evolução da empresa.
Vários modelos clássicos de Planejamento Estratégico possuem aspectos semelhantes.
Assim, Kunsch define 12 fases comuns a todas as propostas. As etapas são as seguintes:
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
6
1ª - Identificação da realidade situacional: cabe à equipe fazer o reconhecimento da real
situação da empresa. É o primeiro passo para a elaboração do problema que o
planejamento pretende solucionar;
2ª - Levantamento de informações: momento de extrema importância, pois é nesta etapa
que os dados relativos ao problema serão coletados e servirão de base para os processos
que se seguem;
3ª - Análise dos dados e construção de um diagnóstico: retrato da situação que será
objeto do planejamento;
4ª - Identificação dos públicos envolvidos: etapa destinada a definir quem são as
pessoas que serão atingidas pelo planejamento, suas características e suas reações;
5ª - Determinação de objetivos e metas: fase de estipular as intenções da empresa
(objetivos), que serão realizadas através dos resultados alcançados no espaço de tempo
do planejamento (metas);
6ª - Adoção de estratégias: definição das melhores formas de se alcançar os objetivos.
As estratégias a serem adotadas dependem dos objetivos que se tem em vista, bem
como da filosofia e da política da organização;
7ª - Previsão de formas alternativas de ação: atitudes a serem realizadas em casos
inusitados;
8ª - Estabelecimento de ações necessárias: estabelecimento das atitudes que vão garantir
todas as estratégias decididas;
9ª - Definição de recursos a serem alocados: previsão quantitativa e qualitativa dos
recursos materiais, humanos e financeiros que serão necessários para a execução das
tarefas do planejamento;
10ª - Fixação de técnicas de controle: verificação dos possíveis desvios em um espaço
de tempo propício à correção, para manter os processos em conformidade com o
planejamento;
11ª - Implantação do planejamento: é o momento crucial do planejamento: hora de
colocar em prática tudo que foi programado nas fases anteriores;
12ª - Avaliação dos resultados: última etapa, mas que se processa durante todo o
planejamento. Confronta o levantamento dos resultados obtidos com aqueles planejados
inicialmente.
A missão é a razão de ser da empresa, seus serviços ou produtos e seu campo de
atuação. Já a visão é a imagem que a empresa possui de si mesma projetada no futuro,
ou seja, a maneira como pretende que os públicos a vejam em alguns anos. Kunsch diz
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
7
que os valores são conceitos mais subjetivos e nem sempre encontrados nos manuais de
planejamento estratégico. No entanto, explica que se trata das convicções dos
fundadores e administradores da empresa, tais como ética, inovação, qualidade,
proteção ao meio ambiente e outros.
Quanto ao ambiente interno, Margarida Kunsch sugere a análise ambiental de
Swot (utilizada pela Acesso Comunicação Jr.), um método que especifica quais são os
pontos fortes e fracos, as oportunidades e ameaças da organização perante seus públicos
internos (empregados, diretoria e familiares) e o mercado competitivo. De acordo com o
modelo proposto pela autora, todo esse processo culmina no diagnóstico estratégico da
Comunicação Organizacional. Com as informações levantadas em todos os processos
anteriores, a instituição, no caso a Acesso, consegue avaliar cada atividade relacionada a
cada grupo da Comunicação Integrada. O objetivo é analisar as potencialidades e
fragilidades de cada um: Comunicação Administrativa e Interna, Comunicação
Institucional e Comunicação Mercadológica. O passo seguinte é determinar os
problemas, as causas e as propostas de soluções.
A Comunicação Integrada tem como princípio o relacionamento entre as
diversas áreas comunicacionais e os meios pelos quais a informação chega aos diversos
públicos, ponto fundamental para a qualidade do trabalho desenvolvido. A idéia é
otimizar uma atuação conjunta, na qual os setores estejam interligados nas atividades e
tomada de decisões.
Esse processo segue a lógica de que, em uma organização, mesmo que os
profissionais sejam de setores diferentes, cada um deve pensar e agir conforme o
planejamento global, pois todos estão unidos por objetivos comuns. Sem este
pensamento não é possível gerir uma EJ. Por exemplo, o publicitário contratado para
determinada campanha deve estar em sintonia com o setor de marketing social. Mesmo
sendo campos diferentes, ambos atuam em função dos interesses da organização e
devem passar uma mensagem padronizada, de acordo com a missão e a visão da
instituição.
Para Margarida Kunsch, uma organização estruturada de acordo com a
Comunicação Integrada está apta a lidar com os públicos distintos e mutantes da
sociedade contemporânea. Com os setores trabalhando em conjunto, existe uma visão
abrangente e voltada para as transformações sociais. Além disso, os ganhos das
empresas são somados em função do conhecimento da comunidade na qual a
organização está inserida. Isto faz com que se possa atuar no ponto em que a população
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
8
mais precisa e, assim, garantir sua satisfação. “Entendemos por Comunicação Integrada
uma filosofia que direciona a convergência das diversas áreas, permitindo uma atuação
sinérgica” (KUNSCH, 2003, p. 150).
Deve-se considerar ainda que de nada adianta uma empresa de Comunicação
possuir um planejamento de Comunicação eficaz e correto se ela não possui um
Planejamento Estratégico. Uma agência de Comunicação que não valoriza os aspectos e
as ferramentas da Administração não está preparada para enfrentar as atuais
características e oscilações do mercado globalizado.
Conclusão
Atualmente, imaginar uma empresa que não utiliza ferramentas administrativas é
muito difícil. Até mesmo as mercearias abertas na garagem de casa, muitas vezes,
utilizam um determinado tipo de processo, de ferramenta ou de prática que fazem com
que o trabalho seja realizado mais facilmente e com mais agilidade. Por meio deste
estudo, foi possível constatar que a Administração, como ciência, surgiu e se difundiu
de maneira natural e gradativa, atendendo às necessidades impostas pelo mercado. Foi
uma evolução na forma de atender aos clientes, de motivar o público interno e transmitir
uma boa imagem ao público externo. O mesmo, de certa forma, ocorreu com a
Comunicação, que teve de se adaptar às necessidades de cada empresa e de cada época
na tarefa de fazer fluir a informação dentro das organizações e para fora delas.
A cada novo processo implantado, a Acesso dá mais um passo em sua evolução,
movimento que pode ser percebido desde a criação do CNPJ. A filiação na Federação
de Empresas Juniores de Minas Gerais (Fejemg) e a implantação das primeiras
ferramentas administrativas são outros momentos decisivos neste processo.
Hoje, a empresa é reconhecida pela gestão baseada na informação, no
conhecimento e nos processos, além de não deixar de lado a busca pela Qualidade Total
e Excelência em Gestão. O trabalho desenvolvido na empresa busca aliar os
conhecimentos da Comunicação com as práticas administrativas para capacitar alunos e
prestar serviços de qualidade no mercado.
A administração baseada em ferramentas como 5S, checklist e repasse de
informação norteiam as metas de crescimento da empresa. Tornou-se clara a percepção
de que só a comunicação não basta para alcançar os padrões e as necessidades dos
clientes atuais. A empresa precisa aliar o que fala ao que faz para se apresentar como
uma instituição eficiente.
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
9
Referências bibliográficas CAHEN , Roger. Tudo que seus gurus não lhe contaram sobre Comunicação Empresarial. A imagem como patrimônio da empresa e ferramentas de Marketing. São Paulo: Editora Best Seller. 1990. CARISSIMI , João. Reflexões sobre os processos organizacionais utilizados pelo relações Públicas na construção da imagem organizacional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 24,24,2001, Campo Grande. CHIAVENATO , Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de janeiro: Campus, 1999. FELÍCIO , Joaquim. Disponível em: http:// www.rh.com.br/ler.php?cod=3893&org=2. Acesso em 10 de ago. 2006 FIGUEIREDO , Moacyr – 1996 - Apostila – Fundamentos da gerência de processos, Metodologia para o desenvolvimento de indicadores estratégicos e operacionais. GLUER , Laura Maria. A nova assessoria de imprensa: panorama e perspectivas na sociedade informacional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 26, 2003, Belo Horizonte. Disponível em HYPERLINK "http://www.intercom.org,br/papers/congresso/2006" www.intercom.org,br/papers/congresso/2006. Acesso em 10 out 2006 KOPPLIN , Elisa e FERRARETO. Assessoria de Imprensa – Teoria e Prática. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001. KOTLER , Philip. Administracão de Marketing. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1998. KUNCH , Margarida M. Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. 4ª ed. São Paulo: Summus, 2003. MEGGINSON , Leon.; MOSLEY , Donald C.; PIETRI . Administração – Conceitos e Aplicações. 4ª edição, 1998. MORGAN , Gareth. Imagens da Organização. São Paulo: Atlas, 1996. MORIN , Edgar. Cultura de massa no século XX: Neurose. 9 ed. – Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1997. TERRA , Cláudio. Disponível em http://www.cgee.org.br/cncti3/Documentos/Seminariosartigos/Inclusaosocial. Acesso em 15 set. 2006
Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Sudeste – Juiz de Fora – MG
1
TORQUATO , Gaudêncio. Comunicação empresarial/Comunicação institucional. São
Paulo: Summus, 1986.