Cloreto de Potássio
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CLORETO DE POTÁSSIO (KCl)
Classificação: Sais minerais/electrólitos (suplementos de potássio)
Nome genérico: cloreto de potássio
Apresentação: Ampolas de 10ml e ampolas de 20ml.
Via de administração: EV (adultos): potássio sanguíneo ‹2 mEq/l com sintomas – até
400 mEq/dia em perfusão (o ritmo não deve exceder 20 mEq/h). Nota: 4,3 mEq/l =
168 mg/l
Indicações: PO, EV: tratamento e prevenção da depleção de potássio; EV: tratamento
de certas arritmias devidas a toxicidade cardíaca por glicosídeos. Correctivos da
volémia e das alterações electrolíticas.
Acção: Mantém o equilíbrio ácido-base, a isotonicidade e o equilíbrio electrofisiológico
da célula; Activador de muitas reacções enzimáticas; essencial à transmissão de
impulsos nervosos; contracção do músculo cardíaco, esquelético e liso; função renal;
síntese dos tecidos e metabolismo dos hidratos de carbono.
Contra-indicações: hipercaliémia; insuficiência renal grave; entre outros.
Precauções: doença cardíaca; insuficiência renal; diabetes mellitus (líquidos com
açúcar);
Efeitos laterais: SNC: agitação, confusão, fraqueza; CV:arritmias; GI: náuseas, vómitos,
diarreia, dores abdominais
Interacções: Fármaco-fármaco: usado com diuréticos poupadores de potássio
IMPLICAÇÕES PARA A ENFERMAGEM:
Avaliar os sinais e sintomas de hipocaliemia (fraqueza, fadiga, arritmias, poliúria,
polidipsia) e de hipercaliemia;
Monitorizar o pulso, a pressão arterial e o ECG periodicamente durante a terapêutica
EV;
Toxicidade e sobredosagem: os sintomas de toxicidade são os da hipercaliemia
(batimentos cardíacos irregulares e lentos, fadiga, fraqueza muscular, parestesia,
confusão, dispneia, ondas T altas, segmentos ST diminuídos, segmentos QT
prolongados, complexos QRS alargadas, perda de ondas P e arritmias cardíacas).
EV: deve-se evitar o extravasamento; pode ocorrer dor ou necrose dos tecidos
Perfusão contínua: não administrar concentrações de 1,5 ou de 2 mEq/ml sem serem
diluídas, podem ocorrer fatalidades. Os produtos concentrados têm tampas pretas nos
frascos ou uma faixa acima da constrição nas ampolas e estão rotulados com aviso
quanto ao modo de diluição. Cada dose tem de ser diluída e depois misturada com
100-1000 ml da solução EV. Normalmente está limitada a 40 mEq/litro através de
cateter periférico.
Ritmo de perfusão: - administrar lentamente até um ritmo máximo de 20
mEq/h. Não exceder 1mEq/min nos adultos.
Compatibilidade de solução: - pode ser diluída em dextrose, solução salina,
solução de lactato de Ringer.
Avaliação da eficácia terapêutica: A eficácia pode ser demonstrada por prevenção e
correcção da depleção de potássio sanguíneo; cessação das arritmias associadas à
toxicidade por glicosídeos digitálicos.
Acerca das soluções utilizadas…
Lactato de Ringer – É uma solução cuja concentração é similar à do plasma. A
concentração de sódio é mais elevada do que a do cloreto e a do lactato; fornece iões
cloreto numa concentração próxima da do plasma normal.
Salina – O cloreto de sódio, princípio activo da especialidade farmacêutica, é o
principal sal implicado na manutenção da tonicidade do plasma. Ambos os iões, sódio
e cloreto, encontram-se na especialidade em quantidades muito semelhantes ás que
se apresentam no líquido extracelular. A administração da solução isotónica de cloreto
de sódio não produzirá mudança na pressão osmótica do plasma pelo que não haverá
passagem de água para o compartimento intracelular e o sódio praticamente não
penetrará na célula b. No entanto, irá produzir-se uma descida da pressão oncótica
das proteínas, passando então o líquido para o compartimento intersticial o que
ajudará a um aumento total do líquido extracelular de grande utilidade nos casos em
que este esteja substancialmente diminuído (desidratação), podendo assim alcançar a
normalidade.