CLIPPING DE 01/08/2017 · 2017. 8. 1. · CLIPPING DE 01/08/2017 - Atraso na licença ambiental...
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CLIPPING DE 01/08/2017
- Atraso na licença ambiental pode afetar resultado de
leilão da ANP
Com os principais itens da agenda do setor petrolífero atendidos entre eles
o fim da obrigatoriedade da Petrobras como operadora no pré-sal, a
flexibilização ..................................................................................................
- Empresas levantam dinheiro novo na bolsa para
reforçar caixa
As empresas brasileiras captaram cerca de R$ 16 bilhões na bolsa de
valores neste ano para reforçar o caixa. Isso equivale a cerca de 66% do
volume total ...................................................................................................
- Oposição chega dividida à votação de denúncia
contra Temer
Num jogo de empurra entre a base do governo e a oposição, a Câmara dos
Deputados chega na véspera da sessão marcada para votar o pedido de ...
- Fibria entregará proposta por Eldorado nesta
semana
A Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, deve formalizar
uma proposta para compra da Eldorado Brasil, controlada pela J&F ............
- Com Temer o custo social será menor
Não será fácil encontrar na nossa história uma semana tão importante para
o nosso futuro quanto aquela que estamos iniciando. A Câmara dos
Deputados .....................................................................................................
- Meirelles admite que governo está "analisando"
meta fiscal deste ano
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o governo
está "analisando" a discussão a respeito da mudança da meta fiscal de
2017 e ............................................................................................................
- Déficit comercial da indústria no semestre é o menor
desde 2008
Influenciado principalmente pelas exportações de veículos, o déficit da
balança comercial ..........................................................................................
- Scheinkman apoia TLP e critica uso do FAT em
subsídios a empresas
Os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) baseados em Taxa de Juros ...............................................
- Desemprego diminui com aumento da informalidade
A primeira boa notícia sobre o mercado de trabalho desde o fim de 2014
veio do IBGE, na semana passada, com o anúncio de que a taxa de
desemprego ...................................................................................................
- Setor discute distratos com governo
Representantes do setor de construção civil vão se reunir, hoje, em
Brasília, com o deputado Pauderney Avelino (DEMAM) e com o ministro do
- Viver questiona decisão de três desembargadores
A Viver Incorporadora informou ao juiz responsável por sua recuperação
judicial, Paulo Furtado, que já apresentou embargos de declaração ............
- País terá juros baixos por tempo prolongado, diz
presidente do Santander
Sergio Rial avalia que este cenário facilita a tomada de crédito ....................
- Ibope: 81% são a favor de abertura de processo para
investigar Temer
Câmara dos Deputados vota autorização nesta quarta-feira .........................
- Para vice-líder, governo sairá fortalecido de votação
da denúncia para tocar reformas
BRASÍLIA (Reuters) - Diante da expectativa de vitória do governo para
barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, o vice-
líder do PMDB ...............................................................................................
- Mendes e Doria conversam de 'conjuntura', mas
negam ter falado sobre Temer
Doria afirmou que ambos discutiram a partida do Santos no domingo ..........
- Volume de produção de petróleo do pré-sal supera o
do pós-sal
Em junho, produção total do óleo e de gás atingiu 3.373 milhões barris
diários ............................................................................................................
- Meirelles muda o tom e diz que, 'no momento', meta
fiscal será seguida
Segundo ministro, governo não tem planos para compensar perda de R$
500 milhões com redução do PIS/Cofins do etanol .......................................
- Dólar fecha julho a R$ 3,12 e Bolsa avança 4,80%
Percepção de cenário político descolado da economia trouxe alívio ao
investidor em mês de recesso parlamentar; dólar ficou na lanterna, com
queda .............................................................................................................
- CHINA E PAQUISTÃO ASSINAM ACORDO PARA
EXPLORAÇÃO DE URÂNIO
A China e o Paquistão acertaram um acordo de cooperação para na
exploração e mineração.................................................................................
- GALP ENERGIA DESISTE DE TRÊS ÁREAS NA
BACIA DE PENICHE
A Galp Energia desistiu de avançar com a prospecção de petróleo em três
das quatro concessões da bacia de ..............................................................
- GOVERNO DÁ MAIS DOZE DIAS PARA CONSULTA
PÚBLICA VISANDO APRIMORAR MARCO LEGAL DO
SETOR ELÉTRICO
O Ministério de Minas e Energia prorrogou por mais doze dias a Consulta
Pública nº 33 sobre ........................................................................................
- PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL BATE RECORDE, MAS
AUMENTA A QUEIMA DE GÁS NATURAL EM JUNHO
A produção brasileira do pré-sal bateu um recorde em junho e já é maior
que a produção do pós sal. O número ...........................................................
- SECA AGRAVA PROBLEMAS DE GERAÇÃO DE
ENERGIA, QUE VAI SUBIR DE PREÇO A PARTIR DE
AMANHÃ
Não esqueça da bandeira vermelha em sua conta de luz. Ela começa a
valer a partir de amanhã (1) em todo o Brasil. A ...........................................
- ECOPETROL ENCONTRA ÓLEO LEVE EM MAIS UM
CAMPO NO GOLFO DO MÉXICO
A Ecopetrol da Colômbia fez uma nova descoberta de hidrocarbonetos no
campo Warrior-2, no Golfo do México. ..........................................................
- APÓS ESTRUTURAÇÃO EM ÁREA DE ÓLEO E GÁS,
DANFOSS MIRA DOBRAR FATURAMENTO COM O
SETOR ATÉ 2020
A dinamarquesa Danfoss voltou seus olhos para o setor de óleo e gás no
Brasil. Apesar da crise que atinge o mercado, a companhia .........................
- Produção no pré-sal em junho ultrapassou a do pós-
sal
A produção de petróleo no pré-sal em junho 2017 totalizou 1.352.957 barris
de petróleo por dia, superando a do pós-sal, que totalizou 1.321.813 bbl/d.
Ao ..................................................................................................................
- Estimativa para inflação sobe para 3,4% por conta
do aumento com os novos tributos
- Hidratado: preços sobem em 24 estados e no
Distrito Federal, segundo ANP ........................................
- Sigilo bancário em risco ................................................
Permitir a aberração de não considerar quebra do sigilo o
compartilhamento de informações do cadastro, sem autorização, será mais
um passo para o retrocesso nos direitos do consumidor ...............................
- Endividamento cresce em julho, mas diminui em um
ano
Número de brasileiros com contas em atraso, por outro lado, caiu na
comparação com junho, mas avançou em um ano .......................................
- ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SEGURO
A aritmética, os três mosqueteiros e o seguro... ............................................
Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Atraso na licença ambiental pode afetar resultado de leilão da ANP
Por Rodrigo Polito
Com os principais itens da agenda do setor petrolífero atendidos entre eles o
fim da obrigatoriedade da Petrobras como operadora no pré-sal, a flexibilização
das exigências de conteúdo local e a sinalização pelo governo de extensão do
regime aduaneiro especial Repetro a maior preocupação das companhias do
segmento recai agora sobre o licenciamento ambiental.
Na opinião de especialistas, o risco ambiental pode afetar o resultado da 14ª
rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), marcada para 27
de setembro, no momento em que o governo busca atrair novos investidores
para retomar o crescimento econômico do país.
Até hoje, nenhum dos blocos licitados desde a 11ª rodada, em 2013 a primeira
após cinco anos sem a realização de leilões no país obteve aval dos órgãos
ambientais para iniciar os trabalhos exploratórios. Um dessas casos é o da
petroleira francesa Total, que encontra dificuldades para receber licença para
iniciar a perfuração na foz do rio Amazonas, região considerada sensível
devido à proximidade a um recife de coral, apesar de os blocos terem sido
oferecidos pela ANP na 11ª rodada.
1ª Parte: 01/08/2017
Com a extensão do prazo de exploração concedida pela ANP, a Total previa
investir US$ 300 milhões na região neste ano. A companhia, contudo, ainda
não recebeu aval do órgão ambiental para iniciar as atividades.
Assim como a Total, a BG Energy Holdings, que pertence à Shell, até hoje não
obteve a licença do Ibama para as atividades de perfuração na bacia de
Barreirinhas, na margem equatorial. A região foi classificada como promissora
pela ANP no leilão de 2013, devido às características semelhantes à
descoberta de Jubileu, na margem equatorial de Gana, no oeste africano, com
potencial de até 500 milhões de barris de reservas. Na ocasião, a BG
desembolsou R$ 525 milhões em bônus de assinatura para obter a concessão
dos nove blocos.
O exemplo da Total remete ainda a um caso ocorrido com a americana
Newfield. Em 2002, a empresa ganhou a concessão do bloco BMES20, na
Bacia do Espírito Santo. A companhia, porém, não conseguiu explorar a área,
por falta de licença. A alegação do Ibama era que o bloco estava localizado em
área de alta sensibilidade, próxima ao arquipélago de Abrolhos. Quatro anos
depois, a Newfield devolveu o bloco e deixou o país.
A queda da atividade de exploração no Brasil levou a um cenário difícil, como
mostrou o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, em recente apresentação.
Segundo ele, o número de sondas operando no país caiu de mais de 80, em
junho de 2012, para apenas 16 este ano. E o número de poços exploratórios
concluídos passou de 238, em 2011, para apenas 6 este ano.
Para efeito de comparação, de acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), o México, que abriu o seu mercado
petrolífero em 2014 e realizou o primeiro leilão em 2015, está celebrando neste
ano descobertas de 1 bilhão de barris em dois blocos.
"A indefinição e a falta de prazo [do licenciamento] são um fator de risco que
vai afetar as decisões de investimentos", diz o secretário-executivo do IBP,
Antonio Guimarães. Ele, porém, enxerga risco menor no próximo leilão, em
relação às últimas rodadas, porque nos leilões anteriores foram ofertadas áreas
em regiões pouco exploradas classificadas como de "nova fronteira". Já para a
14ª rodada, a maioria dos blocos ofertados está localizada em áreas já
conhecidas.
Claudia Rabello, sócia da consultoria OGE e ex-superintendente de promoção
de licitações da ANP, também considera a questão ambiental fator de risco
para a 14ª rodada. "Enxergo a dificuldade na obtenção de licenças ambientais
o maior gargalo para a atratividade da 14ª rodada", diz. Segundo ela, em
termos regulatórios houve avanços para o leilão de setembro.
Guimarães, que se reuniu na semana passada com a presidente do Ibama,
Suely Guimarães de Araújo, para tratar do assunto, diz que uma alternativa
para o futuro é aproveitar que o governo já aprovou um calendário de leilões
até 2019 com três rodadas por ano, sinalizando as regiões que serão
contempladas nas licitações para que ANP e Ibama discutam previamente
sobre essas áreas, eliminando os riscos.
Outra oportunidade, diz ele, é o uso de recursos recolhidos pela ANP, fruto
dos leilões e outras atividades, para capacitar órgãos ambientais,
principalmente para a demanda crescente de licenciamentos. "Temos os
recursos. Temos tempo de fazer o planejamento, para que não venhamos a
incorrer em problemas futuros, lembrando que existe uma parte desses
recursos que deveriam ser destinados ao Ministério do Meio Ambiente e que
hoje estão contingenciados."
Renato Kloss, sócio do setor regulatório e de infraestrutura do Siqueira Castro
Advogados, destaca a aproximação recente entre ANP e Ibama, mas entende
que o diálogo entre as instituições ainda não tem sido suficiente para resolver o
problema. Lembra que entre as áreas previamente propostas pelo Conselho
Nacional de Política Energética (CNPE) para a 15ª rodada, em 2018, estão
blocos fronteiriços às áreas arrematadas pela Total na foz do Amazonas, na
11ª rodada.
Para Ludmilla Corkey, do setor de energia do Rolim de Mello Sociedade de
Advogados, o problema ambiental é recorrente. "Se existe um momento
importante para se resolver isso é agora, para trazer investimentos ao país",
diz.
Se todos os 287 blocos oferecidos na 14ª rodada forem arrematados pelo valor
mínimo de bônus de assinatura previsto para cada área no edital da
concorrência, o total de arrecadação pelo governo será de R$ 1,7 bilhão.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Empresas levantam dinheiro novo na bolsa para reforçar caixa
Por Carolina Mandl
As empresas brasileiras captaram cerca de R$ 16 bilhões na bolsa de valores
neste ano para reforçar o caixa. Isso equivale a cerca de 66% do volume total
movimentado pelas companhias com ofertas de ações, que foi de R$ 24,1
bilhões.
Das 13 operações concluídas até agora, apenas duas delas não tiveram como
objetivo captar recursos novos. No lançamento inicial de ações do IRB Brasil,
os acionistas vendedores o governo, três bancos e alguns fundos de pensão
conseguiram levantar R$ 2 bilhões em uma operação que avaliou a maior
resseguradora do país em R$ 8,5 bilhões. Já na oferta subsequente do
Santander Brasil, o fundo soberano do Catar o Qatar Holdings reduziu sua
bilionária fatia na instituição financeira, embolsando R$ 2,3 bilhões.
Afora essas duas transações, as demais 11 ofertas de ações tiveram como
objetivo, pelo menos parcialmente, angariar recursos novos para as
companhias.
Em muitas situações, o dinheiro serviu para o pagamento de dívidas de
companhias com nível de alavancagem elevado, mas não são poucos os
exemplos de transações que também engordaram o bolso das empresas que
queriam investir. Essas histórias chamam a atenção, já que o Brasil passou por
dois anos de contração da economia.
Para Alessandro Zema, corresponsável pelo banco de investimento do Morgan
Stanley no Brasil, as empresas estão se antecipando a um eventual
reaquecimento da atividade, porque estão encontrando interesse dos
investidores tanto por companhias que vão estrear na bolsa de valores quanto
por aquelas que já estão listadas. A eleição no próximo ano também faz com
que as empresas acelerem as captações.
"Quando se fala de emissão de ações, nem sempre o emissor pode escolher
quando fazer. Ele aproveita a oportunidade que se abre", afirma Zema.
Segundo ele, a conclusão dos IPOs de Carrefour, Biotoscana, Omega Geração
e IRB Brasil nas últimas duas semanas mostraram que a temporada
permanece aberta para novas transações.
As companhias Alupar e Omega foram à bolsa porque pretendem adquirir
ativos de energia. A CCR também colocou mais ações à venda e levantou R$ 4
bilhões numa oferta subsequente com vistas a aumentar seu portfólio de
investimentos em infraestrutura.
Fora do setor de infraestrutura, a empresa de diagnósticos médicos Hermes
Pardini, a varejista Lojas Americanas, as companhias de shopping centers BR
Malls e de desenvolvimento imobiliário BR Properties também receberam
recursos para tocar seus projetos de investimento.
Do lado de quem recorreu aos investidores da bolsa mais para pagar dívidas
estão, por exemplo, a varejista Carrefour e a fabricante e distribuidora de
medicamentos Biotoscana, controlada pela gestora de fundos de private equity
Advent International.
Além de dar saída parcial ao grupo francês de supermercados, que vendeu
uma fatia de suas ações, o IPO do Carrefour serviu para a subsidiária brasileira
quitar dívidas com a matriz de R$ 2,8 bilhões em mútuos que venciam no ano
que vem. A operação diluiu o grupo Carrefour, mas deixou a empresa brasileira
menos alavancada, o que também abre espaço para a companhia fazer mais
investimentos no futuro.
Apesar do momento favorável às emissões, nem todas as companhias estão
conseguindo concretizar suas ofertas de ações. Magazine Luiza, Tivit e Ser
Educacional acabaram desistindo dos planos.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Oposição chega dividida à votação de denúncia contra Temer
Por Raphael Di Cunto, Marcelo Ribeiro, Andrea Jubé e Bruno Peres
Num jogo de empurra entre a base do governo e a oposição, a Câmara dos
Deputados chega na véspera da sessão marcada para votar o pedido de
autorização para que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue se o presidente
Michel Temer cometeu o crime de corrupção passiva ainda sem a certeza de
que a denúncia da Procuradoria-Geral da República será realmente analisada
amanhã.
Ambos os lados concordam que Temer possui hoje os votos necessários para
barrar a denúncia que só seguirá para análise do STF se contar com 342 dos
513 votos a favor. O jogo da oposição, agora, é tentar mostrar a "fragilidade do
governo", o que, no entendimento dos favoráveis ao afastamento do
pemedebista, ocorrerá se os votos contra a acusação forem inferiores à
metade da Câmara ou se não houver quórum para deliberação.
A oposição diverge sobre a melhor estratégia. A cúpula do PT quer votar
amanhã e planejava ontem liberar o registro de presença para começar a
sessão. Já Rede e PSB defendem votar amanhã, mas só dar presença quando
a base colocar pelo menos 257 deputados em plenário, número exigido para
encerrar a fase de discursos, mas insuficiente para a votação nominal. O Psol,
por sua vez, é a favor de empurrar para outro dia com o objetivo de ampliar o
desgaste de Temer.
O apoio de pelo menos 257 deputados é o mínimo para aprovar projetos mais
substanciais. Um número superior sinalizaria que, apesar de uma base menor
que os quase 400 deputados do início do mandato ou 366 obtidos para
aprovar o Teto de Gastos, ainda há governabilidade suficiente para tocar os
projetos do governo. Por outro lado, menos que 257 mostraria dificuldade de
votar agenda econômica mínima no Legislativo e poderia esvaziar o apoio de
empresários e do mercado ao presidente.
De qualquer forma, ainda estaria longe dos 308 necessários para aprovar a
reforma da Previdência. Mas seria o bastante para reformas menos complexas
e por isso placar é motivo de preocupação constante do Palácio do Planalto e é
atualizado três vezes por dia em reuniões entre o deputado Beto Mansur (PRB-
SP), vice-líder do governo na Câmara, e os ministros Eliseu Padilha (Casa
Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral) e Antonio Imbassahy (Secretaria de
Governo).
Segundo interlocutores, Temer confia que tem os votos necessários para barrar
a denúncia, mas receia que o resultado exponha o encolhimento da base e por
isso está dedicado dia e noite a reuniões e ligações para dezenas de
deputados. Aliados divulgam 280 votos pelo arquivamento da denúncia ou
ausências no dia da votação o que acaba por contar a favor do pemedebista,
mas, reservadamente, relatam que pode chegar a poucos mais de 200 votos e,
nesse contexto, ainda discutem se o melhor não seria o adiamento da votação.
Mansur nega qualquer discussão sobre não votar a denúncia amanhã. "Não
tem nada disso, mas continuamos trabalhando para ampliar o número de
votos", afirmou. Parte dos aliados de Temer pondera também que postergar a
votação deixaria uma "faca no pescoço" do presidente e poderia impedir a
discussão de outros projetos pelo Congresso, atrapalhando a tentativa de
construir uma outra agenda para além da denúncia, e ainda deixaria a ameaça
de que novas delações premiadas, como a do ex-presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDBRJ) ou do lobista Lúcio Funaro, ampliem a crise.
Um dos dissidentes do PSB, o deputado federal Danilo Forte (CE) disse, após
reunião com o presidente, que ele quer concluir esse processo esta semana
para "virar a página". "Ele está bastante animado para derrotar essa denúncia e
dar uma guinada no governo", disse. Temer, que remodelou seu gabinete nas
últimas semanas, afirmou que já prepara a simplificação de tributos para
mandar ao Congresso na semana seguinte à votação.
Na busca por votos, a bancada ruralista espera a participação do presidente
hoje no tradicional almoço realizado pela Frente Parlamentar da Agropecuária
(FPA) para discutir projetos de interesse do setor. Na última participação, 90
deputados compareceram. O presidente do grupo, deputado Nilson Leitão
(PSDBMT), já anunciou voto contrário ao recebimento da denúncia. O evento
ainda não constava da agenda oficial. Segundo um deputado, Temer aceitou o
convite, mas aguardava avaliação sobre se o evento teria um bom número de
deputados ou se seria esvaziado pela volta do recesso.
Outra frente de atuação é conquistar indecisos nos partidos da base, como
PSDB e o DEM do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ). Por outro
lado, se perceber que não tem os votos suficientes para uma vitória com apoio
expressivo, o governo pretende jogar para a oposição a culpa pela falta de
quórum para iniciar a votação os mesmos 342 votos exigidos para aprovar a
denúncia e dizer que o assunto não é mais prioridade.
Os oposicionistas discordam sobre dar ou não presença na sessão e tentarão
bater o martelo sobre a melhor estratégia em almoço hoje. Maior partido do
grupo, o PT defendeu ontem que é preciso votar a denúncia ainda esta semana
e mostrar que a base do presidente está reduzida. "Não existe essa conversa
de deixar o presidente sangrar porque a cada dia que passa ele prejudica mais
a população brasileira", disse o líder da bancada petista, deputado Carlos
Zarattini (SP).
Já os deputados Alessandro Molon (Rede-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG)
defendem votar amanhã, mas só dar presença depois que a base tiver pelo
menos 260 a 280 parlamentares em plenário sejam obrigados a mostrar seu
apoio. "Isso é um erro, é entregar de mão beijada para o governo a derrota da
denúncia. Quanto mais tempo levar para votar, maior o desgaste e a chance de
afastamento", discordou o deputado Ivan Valente (Psol-SP). Para integrantes
do grupo, o PT deseja votar rapidamente porque não tem interesse no
afastamento de Temer deixar o presidente "sangrar" até 2018 aumentaria as
chances de eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Uma estimativa feita pela GO Associados, em parceria com a consultoria
Numbers Care, prevê a vitória de Temer na votação. As consultorias estimam
que a oposição tenha cerca de 255 votos a favor da denúncia, o que ainda está
bem abaixo dos 342 votos necessários para que o Supremo Tribunal Federal
(STF) analise a denúncia. "Após a votação, espera-se que finalmente a
Câmara avance nas negociações sobre a reforma da Previdência, fundamental
para o ajuste do grave quadro fiscal, dado que hoje os gastos previdenciários
ocupam cerca de 57% do orçamento federal", diz a GO. (Colaboraram Cristiano
Zaia, de Brasília, e Angela Bittencourt, de São Paulo)
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Fibria entregará proposta por Eldorado nesta semana
Por Ivo Ribeiro e Stella Fontes
A Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, deve formalizar
uma proposta para compra da Eldorado Brasil, controlada pela J&F
Investimentos, entre quarta-feira e quinta-feira desta semana, apurou o Valor.
Após indicar publicamente que segue interessada no ativo, a companhia da
Votorantim e da BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), teria recebido uma sinalização
de que os irmãos Joesley e Wesley Batista estão dispostos a ouvir sua oferta.
Neste momento, a J&F está em negociações exclusivas com a chilena Arauco
para "explorar um possível investimento" na Eldorado. Os chilenos teriam
oferecido quase R$ 14 bilhões para garantir a exclusividade nas tratativas por
45 dias e o prazo acaba nesta quinta-feira. A potencial negociação com a Fibria
seria iniciada somente após essa data (dia 4 em diante).
Na semana passada, o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, reiterou
publicamente o interesse na Eldorado, citando importantes sinergias entre as
operações: as duas companhias têm fábrica na cidade de Três Lagoas (MS) e
poderiam compartilhar desde infraestrutura e pessoal até florestas. O executivo
também ponderou que há um valor máximo a ser colocado na mesa de
negociações.
Mas, segundo uma fonte ouvida pelo Valor, a intenção da Fibria é garantir a
vitória na disputa com os chilenos, o que poderia resultar em uma oferta
agressiva. A empresa já contabilizou todas as sinergias e conta com o
financiamento necessário para levar adiante a operação e ainda refinanciar as
dívidas da Eldorado. O valor líquido é era R$ 7,7 bilhões em março.
Na indústria brasileira, há clara preferência por uma consolidação que envolva
Fibria e Eldorado e não com a Arauco. De um lado, porque os chilenos são
conhecidos por serem mais agressivos na concessão de descontos e
venderem celulose para tradings, o que prejudica a formação de preços da
matéria-prima hoje muito influenciada pela China. De outra parte, segundo
outra fonte, porque a Arauco poderia se apressar para colocar em execução o
projeto de expansão da Eldorado, contribuindo para manter as cotações da
matéria-prima pressionadas por mais tempo, reduzindo o retorno para todos os
players.
Entre os fundos de pensão que são acionistas da Eldorado, apurou o Valor,
também haveria preferência por uma transação com a Fibria. Nesse caso,
Petros (dos funcionários da Petrobras) e Funcef (da Caixa) poderiam migrar
suas participações para o capital da nova empresa e sair em um momento de
preço mais atrativo.
Assim como a Arauco, a Fibria também teria se reunido com as fundações para
falar sobre uma potencial compra. Os fundos de pensão são acionistas da
Eldorado por meio do FIP Florestal, que detém 34,45% do capital da empresa.
Cada fundação tem participação individual de 24,75% no FIP, no qual
investiram R$ 275 milhões cada uma, enquanto a J&F tem 50,5% a holding
detém ainda 63,59% diretamente da companhia.
Ficando na Eldorado, ou na empresa combinada com Fibria, os fundos
acreditam que no futuro poderiam melhorar o valor do seu investimento sob
nova gestão.
Na mais recente reavaliação do patrimônio do FIP Florestal, a Planner, que o
administra, optou por considerar uma avaliação conservadora feita pela
consultoria Baker Tilly, que atribuiu valor de R$ 4,5 bilhões à companhia
considerando-se apenas a fábrica existente e de R$ 8 bilhões se incluído o
projeto de expansão.
Procurada, a J&F informou que "não comenta a venda de ativos além das
informações públicas e respeita os contratos de exclusividade em andamento".
A Fibria, por sua vez, disse que já manifestou que tem interesse nos ativos da
Eldorado, mas não fez, até o momento, nenhuma proposta vinculante pela
empresa. "Da parte da Fibria, aguardamos o fim do período de exclusividade
da negociação anunciado pela Eldorado Celulose com outra companhia para
nos manifestarmos", acrescentou.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Com Temer o custo social será menor
Por Antonio Delfim Netto
Não será fácil encontrar na nossa história uma semana tão importante para o
nosso futuro quanto aquela que estamos iniciando. A Câmara dos Deputados
deve decidir se concede, ou não, licença para que o sr. presidente da
República seja investigado e, consequentemente, afastado do cargo por 180
dias. A razão desse processo foi a revelação de uma conversa íntima gravada
por um delator devidamente instruído, que colocou o sr. presidente numa
situação delicada. Não há prova material de qualquer ilícito, mas ilações,
sugeridas pelo inusitado "teatro" do encontro, exigem que elas sejam
esclarecidas.
Por outro lado, é hoje conhecida a dramática situação em que o país vive,
resultado da insensibilidade de um voluntarismo político que tinha como único
objetivo a reeleição, mas que resultou numa recessão que nos levou de volta à
renda per capita de 2009 e deixou 14 milhões de desempregados. Desde a
posse de Temer (maio de 2016) a situação deixou de piorar. Há, hoje, sinais
claros, ainda que tênues, que seu programa de reformas começa a produzir
resultados, até com relação ao trágico desemprego. Vamos combinar: 1) O
programa Ponte para o Futuro é razoavelmente consensual entre a maioria dos
economistas, e sua execução está entregue a uma equipe séria e competente;
2) Temer foi capaz de montar uma coalizão para pô-lo em marcha; 3) o seu
firme compromisso com as "reformas" é coisa que não se viu nos últimos 30
anos; 4) elas caminhavam bastante bem (apesar das críticas coléricas) até a
tragédia política que foi a delação premiada induzida que salvou o chefe da
quadrilha.
As últimas semanas reforçam a convicção que Temer assumiu como missão a
construção das condições do equilíbrio fiscal e que entendeu que ela exige
muito mais do que as "reformas" sugeridas (política, trabalhista, previdenciária,
tributária etc.): implica estabelecer uma relativa harmonia na "luta de classe"
pela apropriação do PIB, travada entre a "elite extrativista" composta pelo mais
alto escalão do funcionalismo público federal (que é o verdadeiro detentor do
poder real) e o cidadão ordinário, o "trabalhador" que a sustenta!
Passou da hora de editar lei que limite o direito de greve
Ao resistir à sugestão de alterar a meta de déficit de R$ 139 bilhões, mesmo
ao custo de ter que aumentar impostos, Temer mostrou que sobre ela repousa
a credibilidade da política econômica. É hora de procurar outro caminho:
analisar os exageros que privilegiam o alto funcionalismo estatal, com seus
direitos "mal" adquiridos.
Chegou a hora de levar a sério o limite de remuneração definido pelo salário
explícito do STF e erradicar todo o excesso. E já passou da hora de votar uma
lei que, ponderando as necessidades especiais da função pública (proteção
contra os eventuais abusos do "spoil system"), estabeleça até onde vai o
razoável "direito de greve" sempre sob o "custo" dos dias descontados... para
não "virar" férias, como ensinou o ex-presidente Lula. Em lugar de mudar a
meta do déficit ou de aumentar impostos é preciso, imediatamente, moderar e
adiar todo e qualquer aumento salarial do alto funcionalismo público dos três
Poderes, enquanto se estuda medidas mais profundas e melhor estruturadas.
Sem nenhum exagero, no decorrer desta semana o Brasil terá um encontro
com a história: aproveitar um governo que a despeito de toda impopularidade
tem um programa econômico razoável e uma grande capacidade de
aglutinação política para prosseguir com as "reformas", ou meter-se em mais
uma aventura de imprevisíveis consequências. Não há aqui, qualquer restrição
ao sucessor natural (se ao final, Temer for indiciado), mesmo porque o destino
pode decretá-lo a qualquer momento.
Olhando as prováveis consequências da decisão que será tomada, creio que
permitir a Temer concluir a sua missão é a menos pior, tanto para a
continuidade da melhoria da situação, quanto para a preparação do terreno em
que penará o presidente eleito em 2018. Não nos iludamos. Não há bala de
prata! Se tudo for bem feito, levaremos ainda alguns anos para voltar ao
crescimento robusto e inclusivo que é a única solução de nossos problemas.
Não será difícil encontrar alguém convicto do mesmo programa razoável e das
"reformas" necessárias. O problema é: se executar o mesmo programa poderá
o eventual substituto esperar algum sucesso imediato para sua sobrevivência
política ou, o mais provável, é que será "consumido", em poucas semanas pela
mesma "impopularidade"? Poderá ele conformar-se com ela na vã esperança
de que a história, um dia, lhe fará justiça, como é o caso de Temer? A história
nos ensina que sempre há uma falsa rota de "escape" diante de dificuldades
incontornáveis: o "lago azul" alternativo do populismo que seduz a sociedade
com a idéia que a verdadeira "democracia" é a liberdade para atender às
necessidades de todos, porque ela mesma, magicamente, cria, do nada, os
recursos para fazê-lo. E já sabemos como isso termina..
O que fazer com Temer? Certamente não perdoá-lo "a priori", como se fez com
o chefe da quadrilha. A solução menos pior parece ser deixá-lo terminar a sua
missão e sobrestar o processo até 31/12/2018. A partir daí, investigá-lo com a
presunção de inocência e plena liberdade de defesa.
Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEAU-SP, ex-ministro da Fazenda,
Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Meirelles admite que governo está "analisando" meta fiscal deste ano
Por Cristiane Bonfanti, Edna Simão e Fabio Graner
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem que o governo está
"analisando" a discussão a respeito da mudança da meta fiscal de 2017 e
reiterou que o esforço fiscal anunciado, de déficit primário de R$ 139 bilhões
para o governo central, será seguido. A afirmação representou uma sutil
elevação no tom de Meirelles a respeito da meta fiscal.
Na semana passada, o ministro disse que "qualquer mudança" na meta caberia
à Fazenda e ao Planejamento, mas afirmou que não havia naquele momento
essa decisão e que considerava o debate "prematuro". Ontem, já admitiu a
existência de análise.
"Em relação à questão da meta fiscal, estamos analisando o assunto no
momento. De novo, a meta anunciada será seguida", disse Meirelles. "Estamos
monitorando todos os fatores da economia, a evolução da arrecadação", disse
o ministro, após reunião com o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip
Hammond.
Nos bastidores do governo, uma das idéias em discussão é tentar, caso a meta
efetivamente mude, sinalizar uma trajetória de melhora nos resultados, por
mínima que seja, neste e no próximo ano. Não há valores definidos ainda, mas
os técnicos já estão fazendo as contas. No ano passado, o déficit do governo
central foi de R$ 159,5 bilhões.
Variáveis como possíveis frustrações de receitas, caso do novo Refis em
discussão no Congresso Nacional e eventuais problemas com os leilões das
hidrelétricas da Cemig, estão sendo levadas em conta. Só essas duas variáveis
representam arrecadação extra de quase R$ 25 bilhões e perdas ou atrasos
nelas complicam muito o cenário fiscal para 2017, cuja meta de déficit é de R$
139 bilhões.
Meirelles, claramente está construindo uma narrativa para que uma eventual
mudança na meta não seja uma surpresa e tampouco uma razão para irritação
nos mercados, que, por ora, ainda estão relativamente calmos.
O complicado quadro fiscal também está levando à rediscussão da meta de
2018, de déficit de R$ 129 bilhões. Com o Orçamento tendo que ser enviado ao
Congresso até o fim de agosto, técnicos defendem que as duas metas sejam
revistas ao mesmo tempo, para minimizar ruídos. Uma meta maior de déficit
para 2018 pode ser mais conveniente do ponto de vista político, já que se trata
de ano de eleições e uma restrição muito forte pode complicar o jogo para o
governo e sua base.
Na curta entrevista, Meirelles afirmou ainda acreditar numa "recuperação
grande da arrecadação" ao longo do ano. "Mas, de novo, temos que fazer o
que for melhor para a transparência e o aumento da confiança na economia
brasileira, na situação e solidez fiscal do Brasil, para o Brasil continuar a
crescer", acrescentou o ministro, novamente indicando flexibilização da posição
sobre a meta.
Meirelles disse que o governo não tem planos no momento para reverter a
frustração de R$ 500 milhões para este ano com a reversão de parte do
aumento de PIS e Cofins sobre o etanol. Segundo ele, a entrada de receitas
extraordinárias pode compensar essa perda ao longo do ano. Meirelles citou
que o governo trabalha com a possibilidade de entrada de recursos com a
concessão do aeroporto do Galeão, precatórios da Caixa e a privatização da
Lotex.
"Estamos trabalhando agora fortemente para também avançar na [privatização]
Caixa Seguridade e no próprio IRB, que pode até gerar valores que
compensem este número", afirmou Meirelles.
Meirelles disse ainda que o governo não tem planos no momento de subir
outros impostos. O ministro considerou que a elevação de outros tributos não é
uma solução preferencial e que isso será feito em "situações absolutamente
necessárias". Segundo ele, há ainda outras questões em andamento, como o
projeto de reoneração da folha de pagamentos, em tramitação no Congresso
Nacional. "Precisamos aguardar como evolui esse projeto", afirmou ele.
O ministro atribuiu a queda na arrecadação este ano à evolução da economia,
de um lado, e ao relatório do Programa de Regularização Tributária (PRT),
conhecido como novo Refis, de outro. Aprovado este mês no Congresso, o
relatório dá descontos de até 99% em juros e multas sobre o imposto devido.
Meirelles aproveitou a entrevista para dar um recado claro aos contribuintes, de
que o governo não continuará lançando programas "generosos".
Disse ainda esperar que programa seja aprovado tal como foi enviado pelo
Executivo ao Congresso Nacional, e não como prevê o relatório. Meirelles
considerou que muitas empresas aparentemente deixaram de recolher
impostos achando que haveria uma "série de Refis ou vários programas
generosos". Para ele, os contribuintes acharam que o lançamento desses
programas passaria a ser uma forma "mais barata de financiamento".
"Certamente, o governo está engajado em não aprovar aquele relatório e,
certamente, não haverá outros Refis que possam ser generosos como o
relatório", enfatizou.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Déficit comercial da indústria no semestre é o menor desde 2008
Por Arícia Martins
Influenciado principalmente pelas
exportações de veículos, o déficit da
balança comercial na indústria de
transformação caiu pela metade entre o
primeiro semestre de 2016 e igual período
deste ano, para US$ 1,249 bilhão. É o
menor saldo negativo do setor desde 2008,
destaca o Instituto de Estudos para o
Desenvolvime nto Industrial (Iedi), que fez
os cálculos a partir dos dados do Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
(Mdic). O levantamento foi divulgado com
exclusividade ao Valor.
Na mesma comparação, observa Júlio Gomes de Almeida, diretor do Iedi, a
balança comercial total registrou superávit de US$ 36,216 bilhões, resultado
recorde da série histórica, com início em 1989. "Temos um boom de
commodities que foi responsável pela alta total da balança, ao mesmo tempo
que a indústria de transformação está praticamente sem déficit. Essa
combinação é rara", disse.
Em 2012, quando a diferença entre compras e vendas externas foi positiva em
US$ 34,898 bilhões, a indústria manufatureira terminou o ano com saldo
negativo de US$ 27 bilhões, lembra o ex-secretário de Política Econômica. "A
indústria pouco deficitária com superávit em commodities é uma 'dobradinha'
ideal para a economia brasileira, porque afasta qualquer tipo de problema no
balanço de pagamentos."
O recuo do déficit comercial industrial ocorreu com alta tanto das exportações
quanto das importações, dinâmica também considerada favorável pelo Iedi. De
janeiro a junho, o valor importado pelo setor de transformação avançou 7,6%
sobre igual período de 2016, para US$ 64,43 bilhões. Ao mesmo tempo, os
embarques de produtos manufaturados aumentaram de US$ 57,12 bilhões
para US$ 63,18 bilhões, expansão de 10,6%.
Em uma desagregação feita pelo Iedi com base em classificação da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o
segmento de média-baixa tecnologia foi o que registrou maior aumento nas
importações no período, de 25,9%. É neste ramo em que estão os bens
Júlio Gomes de Almeida, do
Iedi: "A indústria pouco
deficitária com superávit em
commodities é 'dobradinha'
ideal"
intermediários, ressalta Almeida, em sua maioria insumos que a indústria utiliza
na produção. O aumento das compras externas nessa categoria é mais um
sinal de que a atividade industrial está em trajetória de recuperação, diz o
economista.
Por outro lado, dentro do segmento de média-alta tecnologia no qual as
importações cresceram apenas 1,1% no primeiro semestre as compras de
máquinas e equipamentos mecânicos do exterior encolheram 18,6% no
acumulado do primeiro semestre. O comportamento negativo reforça a
dinâmica ruim dos investimentos, aponta Almeida.
Do lado das exportações, o destaque positivo foi setor de média-alta
tecnologia, com avanço de 18,6% nas vendas externas. A alta foi puxada pelos
embarques de veículos automotores, reboques e semirreboques, que avançou
36,2% no acumulado do ano, para US$ 7,5 bilhões.
De acordo com o diretor do Iedi, os fabricantes de veículos reagiram ao
enfraquecimento da demanda interna e ao patamar um pouco mais favorável
do câmbio direcionando maior parte da produção ao mercado externo. Esse
setor é capaz de reagir à redução do consumo doméstico porque está mais
inserido nas cadeias globais de valor, afirmou Almeida. "Poucos setores são
globalizados, como o de papel e celulose, a indústria de alimentos e o de
aeronáutica. O ideal é que todos os setores fossem assim."
Na primeira metade do ano, as exportações no segmento de alimentos,
bebidas e tabaco subiram 9,6%, para US$ 18,9 bilhões. Já as de madeira e
seus produtos, papel e celulose aumentaram 8,3%, para US$ 5,3 bilhões. As
vendas externas da indústria aeronáutica e aeroespacial ficaram 5,2% maiores,
ao avançarem para US$ 3,4 bilhões no período. Esse desempenho é
relacionado à Embraer, que tem perfil exportador, observa Almeida.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Scheinkman apoia TLP e critica uso do FAT em subsídios a empresas
Por Eduardo Campos
Os empréstimos do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) baseados em Taxa de Juros de
Longo Prazo (TJLP) são subsidiados pelos
contribuintes a fundos como o Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), ou
diretamente pelo Tesouro. Para o
economista e professor da Universidade de
Columbia, José Alexandre Scheinkman, não
há motivo para os trabalhadores que
contribuem ao FAT subsidiarem
empréstimos a empresas.
"A única razão para que o Tesouro subsidie empréstimos é que o retorno social
do projeto exceda o retorno ao investidor privado. É difícil imaginar que os
empréstimos à Oi passariam neste teste", disse o professor ao Valor. Ele
defende a adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP) em substituição à TJLP.
Para Scheinkman, nada impede que, no futuro, o governo decida criar
programas de subsídios a determinados empréstimos que julgue de interesse
social, mas isto será feito de maneira mais explícita e sujeito ao controle do
Congresso.
A adoção da TLP é discutida no Congresso onde tramita a MP 777. A TLP será
formada pelo juro da NTNB de cinco anos mais a inflação em substituição à
TJLP, que é arbitrada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) levando em
conta a meta de inflação mais um prêmio de risco.
Segundo Scheinkman, a proposta da TLP tem algumas vantagens. O tomador
paga um juro real fixo e o mercado da NTNB de cinco anos é líquido e esse
prazo reflete, aproximadamente, o prazo médio dos empréstimos hoje
realizados com base na TJLP.
Para o especialista, é possível que no futuro, quando os mercados de títulos
do governo de longo prazo ficarem mais líquidos, a legislação autorize os
Scheinkman: "Crédito baseado
na TLP vai continuar a ser o
mais vantajoso, mas restrito a
certas operações"
bancos públicos a conceder empréstimos mais longos com base em
instrumentos com prazos correspondentes.
Scheinkman diz concordar com a tese levantada pelo economista Marcos
Lisboa sobre a "meia entrada" no mercado de crédito direcionado. Quem não
tem acesso à crédito atrelado à TJLP, paga a entrada inteira e mais um pouco.
Para ele, "meia entrada" só se justificaria para projetos com um retorno social
que exceda o retorno privado.
Ele considera que a TLP deve ampliar a potência da política monetária,
argumento defendido pelo BC, que explica que como metade do crédito no país
é com recursos direcionados, são necessários movimentos mais fortes da Selic
para que se tenha impacto na inflação e na atividade.
Segundo Scheinkman, levando-se em conta o prazo médio dos empréstimos,
o fluxo dos próximos cinco anos totalizará 50% do estoque. O que desautoriza
a crítica de que a TLP não aumentaria a força da política monetária por atuar
apenas no fluxo de novos empréstimos e não sobre o estoque existente.
Outra crítica à medida essa de parte do setor produtivo é que a TLP poderia
"matar" a indústria nacional, pois deixaria a compra e a tomada de crédito
externo mais atrativa. Para Scheinkman como o crédito financiado na base da
TJLP é racionado, as empresas nacionais já se financiam em parte no sistema
financeiro privado e, principalmente as exportadoras, em parte com créditos
externos.
"E isso não vai mudar, porque o crédito baseado na TLP vai continuar a ser o
mais vantajoso, mas restrito a certas operações", explica Scheinkman. "Se o
mercado julgar que o BNDES avalia bem os riscos de crédito de seus
empréstimos, o BNDES poderá vender pools de empréstimos pagando um
pequeno spread sobre os juros das NTNB e utilizar a receita para aumentar o
volume de empréstimos. Não ficaria surpreso se o consequente aumento da
oferta de crédito do BNDES resultasse na diminuição da dependência de
empresas no crédito externo."
Outro argumento contrário à medida, rebatido pelo economista, é que o
BNDES perderia o principal instrumento de um banco de desenvolvimento a
capacidade de prover funding baixo, previsível e estável de longo prazo. Para
Scheinkman a nova modalidade de empréstimo dará ao tomador funding de
custo real previsível. "O custo real ao BNDES vai variar com o tempo, mas será
idêntico ao que o governo paga para prazos semelhantes e muito abaixo do
custo de funding para o setor privado. E se o BNDES usar a TLP como base
para sua taxa de empréstimos, adicionando um spread à TLP, não correrá
riscos de mercado", explica.
Ainda de acordo com Scheinkman a mudança para a TLP vai na "boa direção",
mas é preciso também aumentar o número de empresas que, pelo menos em
princípio, teriam acesso a essas linhas.
Ele cita o exemplo do agronegócio, explicando que esse é um dos raros
setores em que a produtividade aumentou mais no Brasil. "O agronegócio
certamente recebeu mais subsídios de crédito do que deveria, mas esses
subsídios foram dados de forma relativamente horizontal, pelo menos até o
episódio recente de escolha de "campeões nacionais''. Isto permitiu que os
produtores mais eficientes ganhassem uma maior fatia do mercado, o que
melhorou a produtividade média do setor", explica.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Desemprego diminui com aumento da informalidade
A primeira boa notícia sobre o mercado de trabalho desde o fim de 2014 veio
do IBGE, na semana passada, com o anúncio de que a taxa de desemprego
ficou em 13% no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados da
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Houve uma queda em comparação com os 13,7% da taxa de desocupação no
primeiro trimestre, o que significa 690 mil desempregados a menos. O total de
pessoas sem trabalho recuou do pico de 14 milhões para 13,5 milhões de
trabalhadores, um patamar ainda elevado; e os ocupados somaram 90,236
milhões, 1,4% a mais do que no primeiro trimestre do ano.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do
Ministério do Trabalho já vinham apontando discreta melhora do mercado. Em
junho, houve um saldo positivo de quase 10 mil vagas de empregos com
carteira assinada criadas, acumulando no ano módicos 67,3 mil postos de
trabalho formais a mais no país, concentrados no setor agropecuário.
O lado negativo dessas estatísticas é que a maioria dos que acabaram de
entrar para o time dos empregados está sem carteira assinada, em atividades
relacionadas ao comércio e serviços, onde predominam baixa remuneração e
contratos informais. De acordo com o IBGE, foram abertos no segundo
trimestre 442 mil postos sem registro e 396 mil pessoas passaram a trabalhar
por conta própria. Os trabalhadores informais somavam 10,6 milhões em junho,
aumento de 4,3% no trimestre; os trabalhadores por conta própria cresceram,
1,8% para 22,5 milhões de pessoas; enquanto os formais ficaram relativamente
estáveis em 33,3 milhões.
O impacto dessa nova realidade no bolso do trabalhador é claro. O rendimento
médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos ficou em R$ 2.104
entre abril e junho, 3% maior que o apurado no mesmo período do ano
passado, mas 1% abaixo do registrado no primeiro trimestre deste ano,
indicando ocupação de menor remuneração e qualidade. A desaceleração da
inflação tem beneficiado, porém, o poder de compra. A massa de rendimento
real habitualmente recebida por pessoas ocupadas em todos os trabalhos
somou R$ 185,096 bilhões no segundo trimestre, 2,3% maior do que em igual
período de 2016 e 0,5% acima do que nos três primeiros meses do ano.
É cedo ainda para se falar em recuperação do mercado de trabalho. Parou de
piorar, segundo os mais otimistas. A teoria diz que o mercado de trabalho é o
último a ser atingido por recessões e também o que mais demora a sair delas.
As empresas geralmente evitam demitir pelos custos envolvidos e para manter
os funcionários já treinados. Da mesma forma, agora demoram a contratar,
pelas despesas e insegurança em relação à retomada da economia.
Há ainda os efeitos sazonais. Tradicionalmente há um aumento de
contratações no segundo semestre em preparação para o esperado aumento
de vendas de fim de ano. Da mesma forma que há demissões no início do ano,
com a dispensa da mão de obra excedente. Há quem espere um eventual
repique no desemprego no próximo ano, quando mais pessoas se animarem a
buscar emprego. Muitas pessoas nem procuram colocação quando o mercado
está travado demais.
Motivo para otimismo mesmo só haverá quando as contratações formais
aumentarem e forem disseminadas em todos os setores. O Valor traz hoje
duas notícias que reforçam a cautela. Uma delas conta que o dinâmico polo do
ABCD paulista, formado pelas cidades de Santo André, São Bernardo do
Campo, São Caetano e Diadema, perdeu 80 mil vagas desde 2014 e não as
recuperou desde então, mergulhando na recessão puxada pela indústria
automobilística que domina a atividade da região. São Bernardo teve o oitavo
pior desempenho do país. A situação só não ficou pior por conta do Programa
de Proteção ao Emprego (PPE), criado em 2015, que permite a redução de até
30% da jornada de trabalho e do salário por ano, desde que a empresa não
faça demissões. Também reflexo da piora do mercado de trabalho é a volta de
143 mil famílias ao programa Bolsa Família, que beneficiava 12,7 milhões de
famílias em julho. A fila de espera para se candidatar ao programa também
aumentou. Depois de ter sido zerada no início do ano, agora conta com 525 mil
famílias.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Setor discute distratos com governo
Por Chiara Quintão
Representantes do setor de construção civil vão se reunir, hoje, em Brasília,
com o deputado Pauderney Avelino (DEMAM) e com o ministro do
Planejamento, Dyogo Oliveira, para tratar sobre a questão dos distratos. "Será
mais uma rodada de conversas do setor com o governo, com o objetivo de
apresentar os pontos de discordância do setor em relação a alguns pleitos dos
órgãos de defesa do consumidor", afirma o presidente da Associação dos
Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-RJ), Claudio Hermolin.
No último dia 11, foi realizada reunião, na Casa Civil, entre o setor, órgãos de
defesa do consumidor e o governo, em que não se chegou, mais uma vez, a
um acordo sobre vários pontos da regulamentação das rescisões de vendas.
Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC),
José Carlos Martins, um dos pontos pendentes é o momento em que as
incorporadoras devem devolver recursos aos clientes em caso de rescisões de
unidades de projetos com patrimônio de afetação no protocolo do habite-se ou
na baixa da averbação do instrumento na matrícula.
Outra fonte setorial, porém, afirma que já há acordo sobre o texto final e que a
conversa com o deputado tratará do formato da regulamentação, por meio de
medida provisória ou projeto de lei.
Na sequência da conversa com o deputado, representantes da CBIC, da
Ademi-RJ e da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)
se encontrarão com o ministro do Planejamento. Oliveira apresentará, de
acordo com Martins, versão atual do texto para regulamentação dos distratos.
Segundo fonte, o setor tem conversado também com representantes do Poder
Judiciário sobre a importância de a regulamentação das rescisões seja por
medida provisória ou projeto de lei ser adotada, de fato, na prática.
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Fonte: Valor Econômico
01/08/2017
- Viver questiona decisão de três desembargadores
Por Chiara Quintão
A Viver Incorporadora informou ao juiz responsável por sua recuperação
judicial, Paulo Furtado, que já apresentou embargos de declaração
questionando a decisão de três desembargadores da 2ª Câmara Reservada de
Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo Fabio Tabosa,
Claudio Godoy e Alexandre Marcondes , concluída em 12 de junho.
Em petição protocolada na última sexta-feira, o Galdino, Coelho, Mendes
escritório que está à frente da recuperação da Viver cita que as recuperandas
requerem que seja ratificado o processamento da recuperação judicial de 36
sociedades de propósito específico (SPEs), 13 empreendimentos sejam
excluídos do processo e quatro SPEs mantidas por extinção do patrimônio de
afetação.
A Viver tem 16 SPEs com patrimônio de afetação, para as quais apresentou
planos individuais de recuperação, e 48 empreendimentos sem patrimônio
afetado, que foram consolidados no plano principal, juntamente com a holding.
Os desembargadores avaliaram que as SP-Es com patrimônio afetado não
deveriam ser submetidas à proteção judicial.
De acordo com a companhia, apenas 12 das 16 SPEs com afetação devem ser
excluídas porque está havendo baixa da averbação do patrimônio na matrícula
das quatro demais. Em uma delas, essa baixa já ocorreu, e foi feito o depósito
de custos das outras três, faltando a formalização.
O documento cita que os desembargadores entenderam que é possível que as
SPEs afetadas sejam sujeitas à recuperação após o fim do regime de afetação.
O patrimônio de afetação pode ser extinto desde que as unidades tenham sido
entregues e a dívida quitada. Em dois dos projetos, segundo a incorporadora, a
dívida foi contratada diretamente pela holding.
De acordo com o julgamento dos desembargadores, concluído em 12 de junho,
deve ser realizada perícia para as SPEs remanescentes. Na prática, segundo a
Viver, as recuperandas precisam apresentar justificativa da necessidade de
recuperação, comprovante de conclusão da obra e número de unidades em
estoque e comercializadas. No entendimento da incorporadora, os pontos já
foram abordados pela administradora judicial.
A Viver reiterou que a crise que atingiu o grupo e resultou na recuperação foi
decorrente das turbulências do mercado imobiliário. Os fluxos financeiros foram
impactados pela queda de preços e pelas contingências de ações judiciais de
clientes.
Outro ponto citado no documento é cinco SPEs precisam da venda de ativos
ilíquidos para obter recursos, o que leva à dependência da gestão pela
administração do grupo, justificando a recuperação judicial delas.
A Viver pediu a exclusão da recuperação judicial de um projeto sem patrimônio
de afetação cujas obras ainda não foram concluídas.
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- País terá juros baixos por tempo prolongado, diz presidente do Santander
Sergio Rial avalia que este cenário facilita a tomada de crédito
SÃO PAULO - O Brasil deverá ter juro baixo, no patamar de um dígito, por um
prazo prolongado e de forma estruturada, como nunca se viu antes. A
afirmação é do presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, que acredita que
essa mudança deve trazer uma dinâmica extraordinária.
- Nós ainda somos uma economia com baixo nível de alavancagem , mas
extramente sensível ao componente juro. A renda das famílias está muito
comprometida com pagamento de juros - disse Rial, que acredita que o país
terá inflação baixa nos próximos 24 meses, o que permite a manutenção da
Selic mais baixa.
E nas empresas, afirmou o presidente do Santander, também há um processo
de desalavancagem para melhorar sua estrutura de capital.
- Vejo o médio prazo de maneira muito otimista. Sob o ponto de vista
econômico, haverá um motor e um espaço maior para níveis de alavancagem
que não tivemos nos últimos cinco anos - afirmou.
Rial observou que com uma taxa de juros a 8%, a caderneta de poupança
começa a oferecer um retorno mais interessante, o que pode ser um impulso
para a retomada da construção civil
- Isso deve acontecer nos próximos seis ou sete meses - afirmou.
Rial também vê a retomada do crédito para pequenas e médias empresas, no
segundo semestre. No caso das grandes, ele avalia que será um bom ano para
se recapitalizar.
- Um choque de commodities, por exemplo, ( queda nos preços do petróleo e
minério de ferro) poderia afetar o volume do crédito nesse segmento. Mas acho
que vai ser um excelente ano para várias empresas que queiram se
recapitalizar, embora isso deva ficar concentrado em alguns setores - disse.
2ª Parte: 31/07/2017
28/06/2017
Ele cita setores como papel e celulose, aço e petróleo.
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- Ibope: 81% são a favor de abertura de processo para investigar Temer
Câmara dos Deputados vota autorização nesta quarta-feira
O presidente Michel Temer, durante Cerimônia de Posse do Ministro da Cultura, Sérgio
Sá Leitão, no Palácio do Planalto - Givaldo Barbosa / Agência O Globo
Às vésperas de a Câmara dos Deputados votar se autoriza o Supremo Tribunal
Federal (STF) a abrir um processo por corrupção passiva contra o presidente
Michel Temer, uma pesquisa no Ibope apontou nesta segunda-feira que quatro
em cada cinco brasileiros deseja que Temer seja investigado. Em pesquisa
encomendada pela ONG Avaaz, o Ibope Inteligência ouviu mil pessoas por
telefone entre 24 e 26 de julho, fazendo a seguinte pergunta: "o senhor ou
senhora acredita que os deputados federais devem votar a favor ou contra
abertura do processo que torna o presidente Michel Temer réu por crime de
corrupção?". Responderam ser a favor 81% das pessoas, enquanto 14%
afirmaram ser contra e 5% não souberam ou não quiseram opinar.
A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, e o nível de
confiança do levantamento é de 95%. Após o recesso parlamentar em julho, a
votação de autorização de abertura de processo contra Temer está marcada
para a próxima quarta-feira, dia 2 de agosto.
O governo demonstra confiança e acredita que terá mais que os votos
necessários (172) para barrar a investigação. A oposição precisa conquistar
342 dos 513 deputados (dois terços da Casa) para que o Supremo Tribunal
Federal seja autorizado a transformar Temer em réu, o que acarretaria no
afastamento do presidente do cargo por até 180 dias.
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- Para vice-líder, governo sairá fortalecido de votação da denúncia para tocar reformas
BRASÍLIA (Reuters) - Diante da expectativa de vitória do governo para barrar a
denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, o vice-líder do PMDB
na Casa Carlos Marun (MS) avaliou que o governo sairá fortalecido da disputa
para, em seguida, se dedicar às reformas que aguardam votação no
Legislativo.
Um dos mais aguerridos defensores do governo, Marun disse ter ―todas as
razões‖ para manter a ―convicção‖ de que a oposição não tem os 342 votos
necessários para autorizar o prosseguimento da denúncia oferecida contra
Temer pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de corrupção passiva.
―Sem dúvida alguma, o fato de termos resistido a esse conjunto de forças muito
robustas que se voltaram contra o presidente nos torna até mais fortes para,
em sequência, avançarmos na questão das reformas‖, disse Marun a
jornalistas/
―Estamos hoje concentrados na questão da denúncia... mas passada essa
situação, penso que nós estaremos mais preparados para os próximos
embates‖, afirmou.
Líderes governistas avaliam que o placar da votação da denúncia, prevista
para a próxima quarta-feira, precisa trazer um número significativo de votos de
forma a sinalizar que ainda tem sustentação no Congresso para tocar a pauta.
―A reforma da Previdência não é uma situação que pode a qualquer momento
ser colocada em votação. Nós não tínhamos os votos suficientes para aprová-
la (no primeiro semestre). Não perdemos votos nesse processo (da denúncia),
eu diria que perdemos tempo‖, disse Marun.
O deputado aproveitou, ainda, para repetir o discurso recorrente do governo na
tentativa de responsabilizar a oposição por uma eventual falta de quórum,
apesar da ampla maioria teórica da base no plenário da Câmara, de
aproximadamente 400 parlamentares, levando-se em conta os partidos aliados.
―Temos todas as razões para mantermos a convicção de que a oposição não
tem nem de perto os votos que precisaria ter para promover o afastamento do
presidente. Nós vamos estar em plenário e se eles vierem nós os
derrotaremos, se eles permanecerem em férias, nós continuaremos
governando‖, disse.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- Mendes e Doria conversam de 'conjuntura', mas negam ter falado sobre Temer
Doria afirmou que ambos discutiram a partida do Santos no domingo
O Ministro do STF Gilmar Mendes faz visita ao prefeito de São Paulo João Doria.
Edilson Dantas / Agencia O Globo - O Globo
SÃO PAULO — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
encontrou o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) na tarde desta segunda-
feira para, em suas palavras, falar "do momento político" do Brasil. Ele negou,
porém, que a votação da denúncia do presidente Michel Temer na Câmara dos
Deputados, marcada para quarta-feira, tenha sido um dos assuntos do
encontro.
— Fizemos uma análise de conjuntura, falamos do momento político, trouxe um
livro para ele — afirmou o ministro, em uma declaração para a imprensa que
durou menos de dois minutos.
Questionado se tinha discutido a votação da denúncia de Temer, Mendes foi
econômico e disse apenas "não".
Já Doria desconversou quando foi perguntado sobre o motivo da visita de
Mendes. Disse apenas que eles discutiram o jogo do Santos deste domingo.
O ministro do Supremo ficou na prefeitura por cerca de 45 minutos. Ele contou
que agradeceu a presença de Doria em um evento em Portugal do Instituto de
Direito Público, do qual é fundador, e que pretende convidar o prefeito de São
Paulo para dar uma palestra em Brasília em breve.
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- Volume de produção de petróleo do pré-sal supera o do pós-sal
Em junho, produção total do óleo e de gás atingiu 3.373 milhões barris diários
Navio-plataforma P-34, no Campo Jubarte, no litoral do Espírito Santo, onde está em
produção um poço na área do pré-sal - Divulgação
RIO - A produção de petróleo atingiu a média de 2.675 mil barris diários em
junho, o que representa um aumento 0,8% em relação ao mês anterior, e um
crescimento de 4,5%, se comparada com o mesmo mês em 2016. A produção
total de petróleo e gás atingiu em junho 3.373 milhões barris diários, de acordo
com o Boletim de Produção de Petróleo da Agência Nacional de Petróleo. A
produção do pré-sal já representa a 49,6% do total produzido no Brasil.
No mês de junho, pela primeira vez, a produção de petróleo nos campos do
pré-sal foi superior à produção no pós-sal: enquanto a produção do pré-sal
atingiu 1.353 mil barris diários, a nos campos do pós-sal foi de 1.322 mil barris
diários. A notícia de que a produção de petróleo no pré-sal iria superar a do
pós-sal no fim do primeiro semestre foi antecipada pelo GLOBO em setembro
de 2016, e confirmada pelo colunista Lauro Jardim em sua coluna no GLOBO
do dia 30 de junho.
A produção de gás natural no país, por sua vez, atingiu no mês, 111 milhões de
metros cúbicos diários, um porcentual 6,1%, superior se comparada ao mês
anterior, e 7,4% maior do que no mesmo mesmo mês de 2016. Os campos
marítimos produziram 95,3% do petróleo e 80,8% do gás natural.
A produção do pré-sal, alcançada por meio de 77 poços, foi de 1.353 mil barris
de petróleo por dia e de 53 de metros cúbicos diários de gás natural,
totalizando 1.686 mil barris diários de petróleo equivalente. Segundo a ANP,
houve um aumento de 6,4% em relação ao mês anterior.
O maior poço produtor isolado de petróleo e gás no pré-sal fica no campo de
Jubarte, na Bacia de Campos, e apresentou uma produção total de 23,4 mil
barris por dia de petróleo e gás. O segundo maior fica no campo de Lula, no
pré-sal em Santos com uma vazão diária de 23,1 mil barris diários. O maior
campo produtor no pré-sal continua sendo o de Lula, tendo atingido em junho
uma uma produção total de 974.5 mil barris diários de petróleo e gás.
A produção de petróleo e gás natural foi obtida em junho por 42 empresas
concessionárias. A Petrobras é a maior produtora do país com um total de
2.074 milhões de barris por dia só de petróleo, totalizando 2.610 quando
incluído o gás natural. A segunda maior produtora no país é a BG Brasil,
adquirida pela Royal-Duthc-Sehll ano passado, com um total de 281,9 mil barris
diários. O grupo hispano/chinês Repsol/sinopec é o terceiro maior produtor com
um volume de 81,4 mil barris por dia de petróleo.
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Fonte: O Globo
31/07/2017
- Meirelles muda o tom e diz que, 'no momento', meta fiscal será seguida
Segundo ministro, governo não tem planos para compensar perda de R$ 500
milhões com redução do PIS/Cofins do etanol
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - Jorge William / Agência O Globo/12-7-
2017
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o governo
não tem planos para compensar a perda de R$ 500 milhões com a redução da
alíquota de PIS/Cofins do etanol e espera que outras receitas extraordinárias
compensem essa perda. Ele ainda mudou de tom em relação ao cumprimento
da meta fiscal para 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. Questionado, o
ministro disse que a equipe econômica está ―analisando o assunto‖ e que ―no
momento, a meta anunciada será seguida‖.
O ministro ponderou que houve uma queda na arrecadação e citou as
alterações feitas pelo Congresso na medida provisória que cria um novo
Refis como um dos fatores que contribuíram para a frustração. O projeto
foi modificado pela Câmara dos Deputados e concedeu descontos de até
99% em multas e juros para contribuintes que devem à Receita. Além da
queda na arrecadação prevista, Meirelles ponderou que algumas
empresas deixaram de pagar seus impostos contando com as benesses
que o Congresso incluiu no programa.
— Em relação à meta, estamos analisando o assunto. No momento, a meta
anunciada será seguida, de (um déficit de) R$ 139 bilhões. Estamos
monitorando todos os fatores da economia. Não há dúvida de que houve
queda grande da arrecadação. Uma parte disso foi resultado da evolução
econômica e uma parte foi consequência das mudanças no relatório do
Refis.
Segundo o ministro, o governo conta com a antecipação da outorga do Galeão,
com a liberação dos precatórios pela Caixa Econômica e com a privatização da
Lotex, Caixa Seguridade e IRB para gerar receitas extraordinárias e compensar
a revisão da alíquota do etanol. Ele ainda garantiu que não está estudando
nenhuma nova alta de impostos no momento.
— Em relação à questão de outros impostos, não temos planos no momento.
Como tenho dito desde agosto do ano passado. Em agosto, disse que não
planejava aumento de imposto para 2016 mas que, caso necessário, faríamos.
E a mesma coisa é valida no momento. É algo que não é uma solução
preferencial. Isso acontece apenas em situações em que é absolutamente
necessário — disse.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Meirelles ainda disse que espera votar os aspectos mais importantes da
reforma da previdência e que tem uma série de reuniões agendadas nas
próximas semanas sobre o tema. Ele acrescentou que, enquanto isso ainda
estiver em perspectiva, não serão necessárias medidas complementares.
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Fonte: Estadão
31/07/2017
- Dólar fecha julho a R$ 3,12 e Bolsa avança 4,80%
Percepção de cenário político descolado da economia trouxe alívio ao
investidor em mês de recesso parlamentar; dólar ficou na lanterna, com queda
de 5,79%
SÃO PAULO - A Bolsa de Valores encerrou o mês de julho em alta de 4,80%,
aos 65.920 pontos, com a trégua no cenário político e com um ambiente no
exterior mais favorável. É o melhor nível desde 16 de maio, antes da
deflagração da atual crise política com a delação da JBS, quando o Índice
Bovespa encerrou o pregão aos 68.920 pontos.
A calmaria se deu por conta do recesso parlamentar e também da percepção
de que a condução da política econômica não é afetada pelos desdobramentos
da denúncia contra o presidente Michel Temer. Julho terminou com sinal mais
otimista do que começou no mercado local.
Moeda americana teve a maior queda mensal no ano Foto: Marcello Casal Jr/Agência
Brasil
A valorização da bolsa foi comandada pelas ações da Vale e das siderúrgicas,
impulsionadas pela disparada de 7,23% do minério de ferro no mercado à vista
chinês.
Assim, não só os negócios na Bolsa melhoraram como, na outra ponta, o dólar
caiu 5,79% no mês, ficando na lanterna do ranking de investimentos. Cotado a
R$ 3,1202 no fechamento, a moeda americana teve a maior queda mensal do
ano.
Para o administrador de investimentos Fábio Colombo, o que ditará o rumo dos
negócios nos próximos meses é a tramitação da reforma da Previdência, que
deve ser retomada logo após a análise da denúncia contra Temer.
5
No exterior, apesar de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), ter
mantido a taxa de juros da economia dos Estados Unidos na faixa entre 1,00%
e 1,25% ao ano, o ritmo do aperto monetário naquele país é uma variável
monitorada por investidores no cenário doméstico e pode ter reflexos em
negociações locais.
O mercado também está atento ao mesmo movimento do Banco Central
Europeu (BCE) e aos dados de crescimento da China, grande parceiro
comercial do Brasil.
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- CHINA E PAQUISTÃO ASSINAM ACORDO PARA EXPLORAÇÃO DE URÂNIO
A China e o Paquistão acertaram
um acordo de cooperação para
na exploração e mineração de
urânio. A China National Nuclear
Corporation (CNNC) fez o acordo
com a Comissão de Energia
Atômica do Paquistão visando a
cooperação técnica na exploração
e desenvolvimento de recursos de
urânio. A China assinou também
um acordo semelhante com a Arábia Saudita no início deste ano. Agora, a
indústria de urânio da China empregará plenamente suas vantagens
tecnológicas, seus institutos de pesquisa nuclear, indústria de química nuclear,
centro de sensoriamento aéreo e outras unidades em sua cooperação com o
Paquistão.
A CNNC, que disse que o Paquistão é uma ponte importante em todo o
Oriente Médio e Ásia do Sul, já exportou quatro reatores de 300 MWe para
esse país e está construindo duas unidades de 1000 MWe. Os chineses estão
ativamente envolvidos na cooperação com o Paquistão em recursos de urânio,
aplicações de tecnologia nuclear, treinamento de trabalhadores e outras áreas.
Em março, a empresa assinou um memorando de entendimento com o Saudi
Geological Survey sobre cooperação bilateral em recursos de urânio e tório. A
CNNC realizará a exploração de nove áreas potenciais nos próximos dois
anos. No final de maio, a CNNC disse que completou a fase de trabalho de
campo e identificou várias áreas minerais alvo para uma investigação mais
aprofundada.
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- GALP ENERGIA DESISTE DE TRÊS ÁREAS NA BACIA DE PENICHE
A Galp Energia desistiu de avançar com
a prospecção de petróleo em três das
quatro concessões da bacia de Peniche.
O presidente da companhia, Carlos
Gomes da Silva, disse que a decisão foi
tomada com base na análise dos dados
geológicos recolhidos.
No entanto, o executivo não detalhou
quais das quatro áreas (Camarão,
Ameijoa, Mexilhão e Ostra) serão
deixadas de lado. O presidente justificou
a decisão alegando que as zonas
abandonadas “não têm magnitude nem
dimensão que justifiquem o
desenvolvimento de um projeto―.
A única área que ainda desperta certo interesse da Galp continua passando
por análise geológica. ―Deixamos [a decisão sobre] a quarta para um
momento posterior, quando tivermos mais informação―, acrescentou
Carlos Gomes. VOLTAR
Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- GOVERNO DÁ MAIS DOZE DIAS PARA CONSULTA PÚBLICA VISANDO APRIMORAR MARCO LEGAL DO SETOR ELÉTRICO
O Ministério de Minas e Energia
prorrogou por mais doze dias a
Consulta Pública nº 33 sobre
aprimoramento do marco legal do
setor elétrico. Nova data limite passa
do dia 5 de agosto para o dia 17.
Oficialmente o motivo do adiamento
é possibilitar maior envio de
contribuições e ampliar tempo de
análise das propostas pela sociedade. A Consulta, disponibilizada no dia cinco
de julho, marcou uma etapa para orientar o governo na elaboração de
propostas específicas capazes de instrumentalizar os conceitos em medidas
efetivas de modernização e racionalização econômica do setor elétrico que
permitam o aprimoramento de seu marco regulatório e comercial.
Os doze dias concedidos são para dar tempo de todo mundo fazer as análises.
O fato de que existem outras duas grandes consultas públicas em andamento:
uma sobre os princípios que deverão nortear o setor, e outra sobre o Plano
Decenal de Expansão (PDE). As outras duas consultas terão seus prazos
mantidos. Os diversos agentes vinham reclamando do curto prazo dado para a
apresentação de contribuições, tendo em vista a extensão do documento e a
complexidade das propostas apresentadas. O setor estava acostumado a um
tipo de decisão, sem questionamentos. Agora o processo tira as pessoas da
zona de conforto, porque há ampla discussão sobre conceitos por detrás das
escolhas. Com o novo prazo, o MME estende também seu cronograma interno
para a publicação da Medida Provisória com a compilação das propostas,
inicialmente previsto para meados de setembro, mas que agora deverá ser
divulgado entre o final do mês e o início de outubro.
Na última sexta-feira(28) representantes do Fórum das Associações do Setor
Elétrico (FASE), que congrega as empresas brasileiras de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, estiveram reunidos sexta-feira
para discutir as propostas que serão apresentadas ao Ministério de Minas e
Energia referente à consulta pública 33, que trata das medidas do governo
federal de adequação do setor elétrico.
Foi feita uma discussão preliminar sobre o assunto com especialistas em
energia elétrica da USP – Universidade de São Paulo, e agora irá produzir o
um documento com a proposta para o novo modelo do setor elétrico brasileiro.
A nota técnica do ministério propõe temas como as tecnologias de geração
renovável, recursos energéticos distribuídos, incluindo geração solar de
pequena escala, armazenamento e carros elétricos, e as tecnologias de
medição avançada e de comunicação bidirecional com consumidores
varejistas. Destacam-se também temas relacionados à governança dos
modelos computacionais de formação de preço e de operação, revisão das
garantias físicas das usinas hidrelétricas, revisão dos parâmetros de aversão
ao risco dos modelos computacionais e desafios para expansão do mercado
livre.
A elaboração de propostas capazes de instrumentalizar os conceitos em
medidas efetivas de aprimoramento de seu marco regulatório e comercial
deverão ser divididas em decisões que orientam a reforma e elementos de
coesão, aumento da flexibilidade de aspectos do modelo do setor elétrico,
alocação adequada de custos entre os agentes e medidas de sustentabilidade
Entre os problemas que serão discutidos está o tema levantado pelo
Presidente da ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das
Atividades Nucleares. Ele acredita que é preciso atenção no momento do
cálculo das tarifas:
“ Precisamos estar atentos quanto a possibilidade da entrada de
parceiros privados internacionais na conclusão de Angra 3. É preciso que
esses parceiros tenham remuneração justa. Pleitear os prêmios com
base na pegada de carbono. O meio ambiente é fundamental nesses
casos”.
Para quem quiser conhecer as propostas que a FASE apresentará, pode clicar
neste link para ter todas as informações: http://www.energia.sp.gov.br/wp-
content/uploads/2017/07/28.07-026-Aprimoramentos-do-Setor-Menel.pdf
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL BATE RECORDE, MAS AUMENTA A QUEIMA DE GÁS NATURAL EM JUNHO
A produção brasileira do pré-sal bateu
um recorde em junho e já é maior que
a produção do pós sal. O número
totalizou 1.352.957 barris de petróleo
por dia, contra 1.321.813 barris por dia
do pós sal. E olha que o atual
presidente da Petrobrás, ao assumir a
companhia, disse que “O pré-sal
brasileiro tinha sido endeusado”. Ao
todo, a produção de petróleo no Brasil
foi de 2,675 milhões de barris por dia (bbl/d), um crescimento de 0,8% na
comparação com o mês anterior e de 4,5% em relação ao mesmo mês em
2016. Já a produção de gás natural no Brasil foi de 111 milhões de metros
cúbicos por dia (m³/d), superando em 7,4% a produção do mesmo mês em
2016 e em 6,1% a de maio. A produção total de petróleo e gás natural no país
foi de aproximadamente 3,37 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
A produção do pré-sal em junho teve origem em 77 poços e totalizou 1,686
milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6,4% em relação
ao mês anterior. A produção no pré-sal em junho correspondeu a
aproximadamente 49,6% da produção de petróleo e gás brasileiro. A produção
de gás natural no pré-sal foi de aproximadamente 53 milhões de metros
cúbicos por dia. O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 95,9%. A
queima de gás em junho foi de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia, um
aumento de 21,6% se comparada ao mês anterior e de 27,7% em relação ao
mesmo mês em 2016. O aumento deveu-se ao início do comissionamento da
plataforma P-66, no campo de Lula.
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás
natural. Produziu, em média, 763 mil barris por dia e 33,6 milhões de m³/d de
gás natural. Os campos marítimos produziram 95,3% do petróleo e 80,8% do
gás natural. A produção ocorreu em 8.220 poços, sendo 744 marítimos e 7.476
terrestres. Os campos operados pela Petrobrás produziram 94,1% do petróleo
e gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.109.
Dom João Mar, na Bacia do Recôncavo, foi o campo marítimo com maior
número de poços produtores: 61. A FPSO Cidade de Mangaratiba, localizada
no campo de Lula, produziu, por meio de 7 poços a ela interligados, 188,7 mil
barris por dia e foi a Unidade Estacionária de Produção com maior produção.
Em junho de 2017, 300 concessões, operadas por 25 empresas, foram
responsáveis pela produção nacional. Destas, 79 são concessões marítimas e
221 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, uma
encontra-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa
Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo
acumulações marginais.
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do
Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 130,8 mil
boe/d, sendo 105,8 mil bbl/d de petróleo e 4 milhões de m³/d de gás natural.
Desse total, 125,6 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela
Petrobras e 5,2 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo
358 boe/d em Alagoas, 2.206 boe/d na Bahia, 67 boe/d no Espírito Santo,
2.408 boe/d no Rio Grande do Norte e 200 boe/d em Sergipe.
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- SECA AGRAVA PROBLEMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA, QUE VAI SUBIR DE PREÇO A PARTIR DE AMANHÃ
Não esqueça da bandeira vermelha em
sua conta de luz. Ela começa a valer a
partir de amanhã (1) em todo o Brasil. A
Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) informou que o aumento vai
representar um custo extra de R$ 3 a
cada 100 quilowatts-hora consumidos. A
definição leva em conta projeções de
chuva na área dos reservatórios das
hidrelétricas e de consumo, além de
outros fatores. Em julho, a bandeira em vigor era a amarela, com cobrança de
R$ 2 a cada 100 kilowatts/hora consumidos. Quando há pouca chuva, o nível
dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de
energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas
termelétricas, a carvão e a gás que são mais caras. Foi o que aconteceu no
país desde 2013.
As bandeiras começaram a ser cobradas em janeiro de 2015 e servem para
cobrir o custo mais alto de gerar energia por meio das usinas termelétricas,
quando a falta de chuvas prejudica os reservatórios das hidrelétricas pelo país.
Em 2016, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos
reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias
caiu, e novas usinas começaram a funcionar. Por isso, a bandeira foi sendo
alterada ao longo do tempo: em dezembro do ano passado, vigorou a bandeira
verde, sem cobrança de taxa extra; em março deste ano, passou a valer a
bandeira amarela, com taxa de R$ 2 a cada 100 kWh. Em abril, entrou em vigor
a bandeira vermelha 1, com taxa de R$ 3 a cada 100 kWh; Em junho, voltou a
valer a bandeira verde, sem cobrança de taxa extra. Em julho, vigorou a
bandeira amarela, com taxa de R$ 2 a cada 100 kWh.
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- ECOPETROL ENCONTRA ÓLEO LEVE EM MAIS UM CAMPO NO GOLFO DO MÉXICO
A Ecopetrol da Colômbia fez uma
nova descoberta de
hidrocarbonetos no campo Warrior-
2, no Golfo do México. O Warrior-2,
que fica a 190 quilômetros da costa
americana e está localizado na
área do Green Canyon do Golfo, é
operado pela Anadarko, nos
Estados Unidos, a 190 quilômetros
da costa e a 11 quilômetros do campo de produção K2 – operado pela
Anadarko. A proximidade com as instalações de produção da plataforma Marco
Polo facilitará o processo de produção, representando uma vantagem
competitiva para a petroleira colombiana.
O poço foi perfurado a uma profundidade de 9,646 metros, com uma lâmina
d’água de 1.256 metros. O óleo encontrado é leve e agora estão sendo feitas
algumas análises para determinar o volume total encontrado. Uma vez
concluída a fase de operações exploratórias, o plano de desenvolvimento
dessa nova descoberta será determinado pela Ecopetrol, que é participante de
67 blocos no Golfo do México nos EUA.
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Fonte: Petronotícias
31/07/2017
- APÓS ESTRUTURAÇÃO EM ÁREA DE ÓLEO E GÁS, DANFOSS MIRA DOBRAR FATURAMENTO COM O SETOR ATÉ 2020
A dinamarquesa Danfoss voltou seus olhos
para o setor de óleo e gás no Brasil. Apesar
da crise que atinge o mercado, a companhia
enxergou potencial e se estruturou para
atender a demanda do segmento. O
processo, que começou no início do ano, teve
como uma das medidas a contratação
de Celso Faria, executivo de contas da
Danfoss. Ele revela que a empresa
estabeleceu metas ambiciosas para o
mercado de petróleo brasileiro. ―Até 2020,
nós esperamos dobrar o faturamento em
relação ao que registramos em 2016 com o
negócio de óleo e gás no Brasil―, disse.
Depois de fornecer equipamentos para as
plataformas replicantes, a empresa já está desenvolvendo novas soluções,
com o foco na chamada ―Indústria 4.0‖.
Qual tem sido o foco de atuação da empresa no setor de óleo e gás no Brasil?
A Danfoss fez uma reestruturação no início desse ano na área de óleo e
gás e uma das medidas adotadas foi a minha contratação. O foco da
minha atuação é nas áreas de óleo e gás e também na parte de naval. Nós
fizemos uma mudança na estrutura interna com apoio de suporte de
vendas e aplicação para atender as solicitações desse mercado.
Também nos aproximamos de entidades de classe, como a Abimaq e
Abenav, e dentro dessas parcerias estamos fazendo alguns eventos para
divulgar nossas soluções. Existem muitos produtos nossos aplicados na
Europa e que estão sendo trazidos para o Brasil. É o exemplo das
soluções de grid converter (conversor de grade) para embarcações
híbridas – aquelas que funcionam com combustíveis fósseis e também
com energias renováveis.
Quais foram as últimas soluções lançadas pela empresa ou que ainda serão
lançadas para o setor de óleo e gás?
Temos produtos sendo desenvolvidos focados na questão da Internet das
Coisas e Indústria 4.0, uma nova geração de inversores que será lançada
em nível mundial. Nós também já fornecemos dezenas de inversores para
as plataformas replicantes da Petrobrás, para aplicações em sistemas de
bombeio.
Quais são as perspectivas com óleo e gás no Brasil?
Baseados nessa nova estruturação que fizemos, temos acompanhado a
evolução do mercado. A Danfoss acredita na retomada no setor nos
próximos anos. Temos anúncios feitos pela própria Petrobrás sobre
investimentos em novas plataformas. Estamos também acompanhando o
processo da 14ª rodada de licitações. Então, esse cenário deixa boas
perspectivas de melhora nesse mercado e evolução dos negócios para os
próximos anos.
Como andam as negociações de novos contratos?
Nós temos diversas conversas, mais voltadas aos equipamentos de
reposição. Temos uma base de produtos instalados em embarcações de
apoio. Eu atendo diretamente às empresas de embarcações de apoio,
dando suporte técnico e comercial. Nós fazemos a manutenção
preventiva desses inversores, que tocam a propulsão de um navio, como
um PSV, por exemplo.
Como a empresa planeja crescer dentro deste mercado?
A Danfoss tem interesse em estar mais próxima dos clientes e, assim,
desenvolver mais oportunidades nesse mercado. Estabelecemos metas
bem agressivas para alcançar esses objetivos no Brasil. Nós preparamos
uma estrutura mais avançada de aplicação e suporte técnico para atender
as demandas dos nossos clientes. Até 2020, nós esperamos dobrar o
faturamento em relação ao que registramos em 2016 com o negócio de
óleo e gás no Brasil.
Qual tem sido a importância do Brasil para os negócios da companhia?
A Danfoss está olhando com bastante cuidado para o negócio de óleo e
gás no Brasil, tanto que foi feita essa estruturação dentro da companhia
para poder avançar nesse mercado. Temos interesse tanto no Brasil
como também em países da América Latina. VOLTAR
Fonte: Tnpetróleo
31/07/2017
- Produção no pré-sal em junho ultrapassou a do pós-sal
A produção de petróleo no pré-sal em junho 2017 totalizou 1.352.957 barris de
petróleo por dia, superando a do pós-sal, que totalizou 1.321.813 bbl/d. Ao
todo, a produção de petróleo no Brasil foi de 2,675 milhões de barris por dia
(bbl/d), um crescimento de 0,8% na comparação com o mês anterior e de 4,5%
em relação ao mesmo mês em 2016.
Já a produção de gás natural no Brasil foi de 111 milhões de metros cúbicos
por dia (m³/d), superando em 7,4% a produção do mesmo mês em 2016 e em
6,1% a de maio. A produção total de petróleo e gás natural no país foi de
aproximadamente 3,37 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).
O boletim está disponível em http://www.anp.gov.br/wwwanp/publicacoes/boletins-
anp/2395-boletim-mensal-da-producao-de-petroleo-e-gas-natural.
Pré-sal
A produção do pré-sal em junho teve origem em 77 poços e totalizou 1,686
milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6,4% em relação
ao mês anterior. A produção no pré-sal em junho correspondeu a
aproximadamente 49,6% da produção de petróleo e gás brasileiro.
A produção de gás natural no pré-sal foi de aproximadamente 53 milhões de
metros cúbicos por dia. Os poços do ―pré-sal‖ são aqueles cuja produção é
realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados
na área definida no inciso IV do caput do artigo 2º da Lei nº 12.351/2010.
Queima de gás
O aproveitamento de gás natural no mês alcançou 95,9%. A queima de gás em
junho foi de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 21,6% se
comparada ao mês anterior e de 27,7% em relação ao mesmo mês em 2016. O
aumento deveu-se ao início do comissionamento da plataforma P-66, no
campo de Lula.
Campos produtores
O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás
natural. Produziu, em média, 763 mil bbl/d de petróleo e 33,6 milhões de m³/d
de gás natural.
Os campos marítimos produziram 95,3% do petróleo e 80,8% do gás natural. A
produção ocorreu em 8.220 poços, sendo 744 marítimos e 7.476 terrestres. Os
campos operados pela Petrobras produziram 94,1% do petróleo e gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.109.
Dom João Mar, na Bacia do Recôncavo, foi o campo marítimo com maior
número de poços produtores: 61.
A FPSO Cidade de Mangaratiba, localizada no campo de Lula, produziu, por
meio de 7 poços a ela interligados, 188,7 mil boe/d e foi a UEP (Unidade
Estacionária de Produção) com maior produção.
Outras informações
Em junho de 2017, 300 concessões, operadas por 25 empresas, foram
responsáveis pela produção nacional. Destas, 79 são concessões marítimas e
221 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, uma
encontra-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa
Duração (TLD), e outras sete são relativas a contratos de áreas contendo
acumulações marginais.
O grau API médio foi de 26,8, sendo 34,4% da produção considerada óleo leve
(>=31°API), 50,5% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 15,1% óleo pesado (<22
API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do
Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 130,8 mil
boe/d, sendo 105,8 mil bbl/d de petróleo e 4 milhões de m³/d de gás natural.
Desse total, 125,6 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela
Petrobras e 5,2 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo
358 boe/d em Alagoas, 2.206 boe/d na Bahia, 67 boe/d no Espírito Santo,
2.408 boe/d no Rio Grande do Norte e 200 boe/d em Sergipe.
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Fonte: Tnpetróleo
31/07/2017
- Estimativa para inflação sobe para 3,4% por conta do aumento com os novos tributos
Estimativa para inflação sobe para 3,4% por conta do aumento ...
Analistas ajustaram pela segunda semana seguida a projeção para a inflação
este ano, após o aumento da tributação sobre combustíveis. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,33% para
3,40%.
Há duas semanas, a estimativa estava na sétima redução seguida, em 3,29%.
A expectativa consta do boletim Focus, uma publicação elaborada todas as
semanas pelo Banco Central, com projeções para os principais indicadores
econômicos. O Focus é disponibilizado às segundas-feiras,em Brasília.
No último dia 20, o governo anunciou o aumento das alíquotas do Programa de
Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol, mas uma liminar derrubou
a medida no dia 25 deste mês. Na última quinta-feira (26), o Tribunal Regional
Federal (TRF-1), anulou a suspensão do aumento.
O aumento dos tributos fez com que as instituições financeiras parassem de
reduzir a estimativa para a inflação no próximo ano. Há duas semanas, a
projeção para o IPCA é mantida de 4,20%. No boletim Focus, divulgado no dia
17, a estimativa estava na sexta queda seguida.
Mesmo com o aumento na projeção para este ano e manutenção para 2018, os
cálculos para a inflação permanecem abaixo do centro da meta de 4,5%, que
deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância
entre 3% e 6%.
Taxa básica de juros
Para alcançar a meta, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de
juros, a Selic, atualmente em 9,25% ao ano. Quando o Copom aumenta a
Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle
sobre a inflação.
De acordo com a previsão do mercado financeiro, a Selic encerrará 2017 em
8% ao ano. Para o fim de 2018, a expectativa caiu de 8% para 7,75% ao ano.
A estimativa do mercado financeiro para a expansão do Produto Interno Bruto
(PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), foi mantida em
0,34% para este ano. Para 2018, a projeção segue em 2%.
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Fonte: Tnpetróleo
31/07/2017
- Hidratado: preços sobem em 24 estados e no Distrito Federal, segundo ANP
Hidratado: preços sobem em 24 estados e no Distrito Federal, ...
Os preços do etanol hidratado subiram em 24 estados e no Distrito Federal na
semana de 23 a 29 de julho, de acordo com a apuração feita pela Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O biocombustível
teve preços retraídos apenas no estado de Roraima, já que não houve cotação
no estado do Amapá.
A maior alta, segundo a ANP, ocorreu em Mato Grosso, onde na média o litro
do hidratado passou de R$ 2,116 na semana de 16 a 22 de julho para R$ 2,409
na última semana. Um aumento de 13,85% no comparativo entre as semanas.
Em Roraima, os preços caíram 2,17%.
Mercado doméstico também fecha em alta
No mercado doméstico, medido pelo Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, o anidro e o hidratado também
fecharam com os preços em alta, na semana de 24 a 28 de julho. O hidratado
subiu 4,70% no comparativo entre as semanas, enquanto o anidro teve
aumento de 7,12%.
O litro do hidratado foi comercializado na última semana a R$ 1,3632, contra
R$ 1,3020 na semana de 17 a 21 de julho. Já o anidro foi vendido a R$ 1,5133
o litro, contra R$ 1,4127 da semana anterior.
Etanol diário
O hidratado fechou a sexta-feira (28) com alta de 0,56% no comparativo com a
quinta-feira, segundo os índices da Esalq/BVMF. O metro cúbico do
biocombustível foi vendido a R$ 1.431,00.
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Fonte: Estadão
31/07/2017
- Sigilo bancário em risco
Permitir a aberração de não considerar quebra do sigilo o compartilhamento de
informações do cadastro, sem autorização, será mais um passo para o
retrocesso nos direitos do consumidor
Quando foi implantado o cadastro positivo, com informações sobre o
consumidor que costuma pagar em dia seus débitos, o grande argumento em
sua defesa era a possibilidade de redução dos juros para os bons pagadores.
Cinco anos depois, não foi o que se viu. A desculpa agora é que como a
adesão depende de autorização do consumidor, não passou de 5 milhões de
cadastrados.
Foto: Thiago Teixeira/Estadão
Agora, além da adesão obrigatória ao cadastro está em discussão abrir o sigilo
bancário. Entidades de defesa do consumidor estão se posicionando contra a
proposta que integra o Projeto de Lei Complementar 122, deste ano, em
tramitação no Senado, além do que vem sendo debatido pelo próprio Banco
Central.
Permitir a aberração de não considerar quebra do sigilo o compartilhamento de
informações do cadastro, sem autorização, será mais um passo para o
retrocesso nos direitos do consumidor.
E sem garantia de ampliação da concessão de crédito com juros menos
escorchantes por redução dos riscos de calote.
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Fonte: Estadão
31/07/2017
- Endividamento cresce em julho, mas diminui em um ano
Número de brasileiros com contas em atraso, por outro lado, caiu na
comparação com junho, mas avançou em um ano
RIO - Os brasileiros ficaram mais endividados na passagem de junho para
julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic) mostra que o porcentual de famílias endividadas cresceu de 56,4% para
57,1% no período. Na comparação com julho do ano passado, entretanto,
houve queda de 0,6 ponto porcentual.
Proporção de famílias muito endividadas subiu de 13,8% em junho para 14% em julho
Foto: Alex Silva/Estadão
"Apesar de ter aumentado em julho, o porcentual de famílias com dívidas
registrou queda na comparação com o mesmo período do ano anterior,
apontando um ritmo ainda fraco de concessão de empréstimos e
financiamentos para as famílias, mesmo após o processo de queda das taxas
de juros", avaliou Bruno Fernandes, economista da CNC, em nota oficial.
Na direção oposta, houve ligeiro recuo na proporção de famílias com dívidas ou
contas em atraso, que passou de 24,3% em junho para 24,2% em julho. Em
relação a julho de 2016, porém, a fatia de consumidores inadimplentes cresceu
1,3 ponto porcentual.
A parcela de famílias que declararam não ter como pagar as dívidas em atraso,
permanecendo inadimplentes, caiu de 9,6% em junho para 9,4% em julho, o
que ainda representa um aumento de 0,7 ponto porcentual na comparação com
julho de 2016.
A proporção de famílias que se disseram muito endividadas subiu de 13,8% em
junho para 14% em julho, uma queda de 0,7 ponto porcentual ante julho do ano
passado.
6
O tempo médio de atraso no pagamento de dívidas foi de 63,1 dias em julho de
2017, contra 62,4 dias de julho de 2016. Em média, o comprometimento com
as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,4% das famílias possuíam dívidas
por mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 21,6% afirmam ter mais da
metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
O cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento
(citado por 76,8% das famílias), seguido de carnês (15,4%) e crédito pessoal
(11%).
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Fonte: Estadão
31/07/2017
- ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O SEGURO
A aritmética, os três mosqueteiros e o seguro...
A genialidade da operação de seguro, que faz com que, há mais de quatro mil
anos, seja a mais eficiente forma de proteção social desenvolvida pelo homem
é a simplicidade. Hoje, com as tabelas e cálculos atuariais, equações de
computador, estatísticas sofisticadas, gráficos, imagens virtuais e outras
ferramentas utilizadas para chegar ao preço de uma apólice, é difícil entender,
mas na base da eficiência do seguro estão as quatro operações aritméticas.
Seguro é soma, multiplicação, subtração e divisão. E sua função é a proteção
da sociedade. Não há outra forma de se entender a operação. O único sentido
do seguro é a preservação dos integrantes e da capacidade de atuação de um
determinado grupo social. E isso é conseguido de duas formas: através do
pagamento das indenizações e da utilização dos recursos da seguradora para
o financiamento dos investimentos necessários ao desenvolvimento social.
A operação de seguro se baseia na soma da contribuição proporcional aos
riscos de cada participante do grupo para a criação de um fundo destinado a
fazer frente aos prejuízos que alguns integrantes irão sofrer, em função da
ocorrência de eventos pré-determinados.
Através da adesão ao fundo, a força de cada participante se multiplica várias
vezes, passando a ser suficiente para fazer frente a prejuízos que
individualmente a pessoa não teria condições de suportar.
A subtração acontece no momento do sinistro, do evento que causa prejuízo a
um ou mais integrantes do grupo. A perda sofrida representa uma diminuição
patrimonial ou da capacidade de atuação da vítima do evento.
É aqui que o seguro mostra sua genialidade: os prejuízos sofridos não são
suportados apenas pela vítima direta do evento, mas divididos entre todos os
integrantes do grupo, de forma proporcional aos riscos de cada um.
Em outras palavras, o seguro pode ser definido pelo grito de guerra dos ―Três
Mosqueteiros‖: um por todos, todos por um.
É a mais inteligente forma de proteção social desenvolvida pelo homem porque
a perda sofrida por uma pessoa é repartida proporcionalmente, de acordo com
a capacidade de custeio e o risco de cada um, pelos integrantes do grupo ou,
levando-se à última consequência, é a sociedade repartindo entre si as perdas
individuais, de forma a não penalizar excessivamente os seus integrantes
atingidos pelos azares da vida e assim viabilizar o seu desenvolvimento
harmonioso e equilibrado.
Mas, além de garantirem a proteção do patrimônio através do pagamento das
indenizações, as seguradoras atuam como financiadoras do desenvolvimento.
Através da aplicação de suas reservas elas possibilitam o uso de recursos
bastante significativos para custear investimentos de longo prazo, notadamente
as obras de infraestrutura, essenciais para o desenvolvimento social.
Atualmente, a operação de seguros é feita através de companhias específicas,
normalmente sociedades anônimas, ou mútuos com autorização para assumir
riscos. Estas empresas são fortemente fiscalizadas e o mercado de seguros é
um dos mais regulados do mundo, o que faz todo o sentido, na medida em que
as seguradoras movimentam somas vultosas de recursos nem sempre seus.
Importante salientar que as reservas técnicas das seguradoras pertencem aos
segurados e só podem ser apropriadas pelas companhias depois do
fechamento do balanço do período, quando a seguradora afere se ganhou ou
perdeu dinheiro e transfere para si o saldo da operação.
Em função dos avanços tecnológicos, as seguradoras se valem cada vez mais
de ferramentas de gestão que lhes permitem precificar com incrível exatidão o
prêmio de cada apólice.
Por conta da incrível sofisticação das diferentes atividades empresariais, do
aprimoramento dos bancos de dados e da capacidade de processamento das
informações sobre cada setor, sobre o segurado e sobre o objeto do seguro, a
seguradora chega ao preço puro correto para cada risco, cabendo a ela
adicionar ou não outras variáveis que determinarão o preço final do seguro.
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