Clínica Psiquiátrica de S. José a passo... · na dependência amorosa de ... Dedicar tempo à...
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setembro - dezembro 2015 Número 82
Clínica Psiquiátrica de S. José
Editorial 2
Feira da Luz de Carnide - Retrospetiva 3
Ecos - Visita das Utentes à feira da Luz 4
Visita ao Centro de Condeixa 8
Viagem do grupo Colmeia à Guarda - ou-tubro 8
Passeio ao Porto 9
Magusto 10
Jogos Tradicionais - XVIII edição 10
Feira da Golegã 11
Teatro Cinderela 11
Arpicantares - Nota de João Ventura 12
Dia Internacional do Voluntariado 13
Passeio de Natal a Setúbal e Azeitão 15
Festa de Natal com as famílias - 2015 16
Auditoria de Re-Certificação 17
Passatempos 19
Vai acontecer 20
NESTA EDIÇÃO:
Página 2
Editorial
Editorial
Damos passos no caminho
que nos desafia a aprofundar
o sentido, a orientação da
nossa vida! Só na busca da
marca original de cada um
podemos chegar à realização
mais plena. No encontro com
a verdade mais profunda, po-
demos reconhecer e respon-
der, implicando a própria vi-
da!
Comunidades que apontam
o norte!
Somos e vivemos em comu-
nidade, chamados a partilhar
da experiência e dos dons
pessoais que ajudam outros a
crescer em liberdade. A Co-
munidade tece-se de rela-
ções, de pontes: conversas,
atenções, gestos, expres-
sões… somos tanto mais co-
munidade quanto facilitamos
a consciência de sermos que-
ridos e amados. E somos co-
munidades vocacionais se
damos lugar a Deus, se vive-
mos de coração agradecido e
na dependência amorosa de
um Deus que nos cria e nos
oferece uma missão, um pro-
jeto de vida.
Compromisso pessoal
Procurar a nossa especificida-
de e originalidade é aprender
a reconhecer um dom (algo
que nos é oferecido), mas é
também tarefa, tanto na pro-
cura como na resposta! Exige
coragem, frontalidade, per-
sistência! Exige espaço para o
familiar e o estranho; para
dúvidas e convicções; para
buscas e passos decididos!
A caça ao tesouro!
Se descobrir a vocação é uma
questão de mais vida, de
mais felicidade, estamos pe-
rante o maior tesouro que
nos pode tocar! E isso não
nos pode deixar indiferentes!
Então, quais as coordenadas
ou o mapa que nos guia? O
que fazer para conhecer a
vocação?
Antes de mais, é impres-
cindível conhecer-se! Deus
não age contra a nossa natu-
reza, contra a nossa forma
de ser! Deus plenifica o que
somos!
Dedicar tempo à oração, A
vocação é chamamento e é
seguimento. Por isso há que
deixar-se encontrar, amar,
deixar crescer o desejo de
servir como resposta de gra-
tidão ao amor de Deus; há
que deixar-se cativar e cres-
cer no desejo de identificação
com Jesus.
Escutar o coração, os sen-
timentos, os movimentos in-
teriores (medos, fantasias,
projetos, inquietações); a pró-
pria história nos assinala a
forma como somos conduzi-
dos!...
Conhecer e informar-se so-
bre as diferentes formas de
vida e as implicações e exi-
gências de cada uma. Só po-
demos escolher o que conhe-
cemos!
Procurar alguém com quem
dialogar, que ajude a clarifi-
car e a reduzir os riscos da
subjetividade.
Mãos à obra
Do conhecimento, vem a de-
cisão e o imperativo de colo-
car mãos à obra. Não só as
mãos, mas o coração, para
dar à nossa vida um brilho e
uma cor mais intensos!
Ir. Fernanda Oliveira
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ECOS — Espetáculo “Meu Amor” Feira da Luz de Carnide - Retrospetiva Histórica
Ligada à tradicional romaria
que se realizava anualmente,
em Setembro, no Santuário
da Nossa Senhora da Luz, a
feira era complemento das
festividades religiosas que
duravam vários dias, atraindo
numerosos forasteiros da ca-
pital e arredores. Embora se
possa considerar tão antiga
como o próprio culto e re-
monte, certamente, à Idade
Média, foi durante os séculos
XVI e XVII que começou a
adquirir maior projeção.
No início, a feira surgiu inte-
grada nas festividades religio-
sas, com barracas de comes e
bebes, vendedores de meda-
lhas, registos de santos, rosá-
rios e objetos religiosos.
Pouco a pouco, foi-se ampli-
ando e surgiram os louceiros,
vendedores de fruta, cestei-
ros e, por último, os negocia-
dores de gado. Chegou
a realizar-se uma feira de ga-
do, no segundo domingo de
cada mês, mas a feira anual
era o grande atrativo para os
negociantes de cavalos e de
gado. Em 1881, por regula-
mento camarário (Câmara de
Belém), a feira passou de três
para cinco dias com o merca-
do de gado de 8 a 11 de Se-
tembro e os restantes produ-
tos nos seguintes.
Em 1929, com o estabeleci-
mento da linha de elétricos
que ligava os Restauradores
a Carnide, o acesso ficou
mais fácil e foi estabelecido
um novo calendário, prolon-
gando-se a feira desde o pri-
meiro sábado até ao último
domingo de Setembro.
Desde 1992 a Junta de Fre-
guesia de Carnide alia-se cul-
turalmente às festividades da
Feira da Luz que, em Setem-
bro, culminam com a Procis-
são da Nossa Senhora da Luz.
Desde 2014 que a organiza-
ção logística da Feira passou
também para a autarquia
(era, até 2013, da responsabi-
lidade da Câmara Municipal
de Lisboa cabendo à Junta, des-
de 1992, a organização das ini-
ciativas culturais).
Este ano, de 29 de agosto a 27
de Setembro foram muitos os
motivos para visitar o Jardim da
Luz: artesanato, ranchos folcló-
ricos, workshops, ateliers, tea-
tro, animação de rua, dança,
fotografia e muitos concertos
com a presença de artistas co-
mo: ROMANA, QUIM BARREI-
ROS, RUTH MARLENE, LÚCIA
MONIZ, HMB, DIABO NA CRUZ
e MÓNICA SINTRA, entre mui-
tos outros.
Maria da Graça Carreira
(Fonte:
https:www.facebook.com/...Carnide)
Nos dias 8, 11 e 18 de setem-
bro, três grupos de Utentes, da
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“Que boas são as fartu-
ras!” (E.T.-U.4)
“É bom estar aqui! A feira está
diferente. Não é como an-
tes.” (O.M.-U.4)
“É uma tarde diferente. É bom
ter vindo à Feira, mas antes
havia mais coisas. Até chega-
mos a vir almoçar aqui.” (M.L.-
U.4)
“Estou muito contente”. Esta
feira é linda. As farturas são
tão boas!” (L.F.-U.4)
“Maravilhoso! Não há igual.
Há muito tempo que não co-
mia umas farturas destas.
Gostei muito de vir.” (M.A.-U.4).
“Tudo bom! Gostei muito das
farturas.” (R.G.-U.4)
“Gostei muito das farturas.
Souberam-me bem” (M.P.-U.4)
stand das farturas “Família Go-
mes” (com fama serem as me-
lhores farturas da Feira), onde
descansamos e as Utentes sabo-
rearam as tradicionais
“farturinhas”, recheadas de açú-
car e canela e um sumo de man-
ga.
Os responsáveis daquele stand
foram muito simpáticos connos-
co: preparam as mesas e cadei-
ras, bem como, as farturas, cor-
tadas aos bocadinhos…Pessoas
atentas e solidárias!
A emoção era bem visível nos
sorrisos espontâneos, nos rostos
iluminados de cada participante,
principalmente no das Utentes,
manifestação de grande alegria
e satisfação!
As Utentes e as acompanhantes
expressaram, de forma simples,
mas profunda, o seu contenta-
mento, da seguinte forma:
“Que bom ter vindo.” (L.P.-U.4)
Ecos - Visita das Utentes à feira da Luz
Unidade 4, perfazendo um total
de 15 elementos, acompanhadas
pelas Monitoras Carla, Sílvia, Te-
resa, Terapeuta Inês e Ir. Graça
Carreira, algumas utentes deslo-
caram-se, umas em cadeira de
rodas e outras a pé, à Feira da
Luz, em Carnide.
Acedendo ao pedido das Utentes
e ao gentil convite da Junta de
Freguesia de Carnide, bem expli-
cito no cartaz divulgativo, não
podíamos lá faltar!
Visitámos e apreciamos os
stands com flores, objetos de
barro, roupas, sapatos, bijutaria,
malas, doces vários, as tradicio-
nais farturas, o pão com chouri-
ço, que cheirava tão bem! Hum!
No ar soavam canções tradicio-
nais portuguesas, que nos fize-
ram recordar bons tempos pas-
sados na juventude. Recordamos
o passado, vivemos o presente,
pois recordar é viver!
Posteriormente, sentámo-nos no
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apoio, do carinho, da dedicação
hospitaleira, brilhou em nós!
Sem sombra de dúvida, uma
tarde diferente, que quebrou a
rotina, a monotonia, em suma,
uma tarde repleta de luz!
Valeu bem a pena a generosida-
de, o empenho e o esforço dis-
pendido de modo a podermos
participar nesta atividade! Fica
um sincero agradecimento às
responsáveis do Serviço Social,
Terapia Ocupacional e Enferma-
gem da unidade 4, que nos pro-
porcionaram esta visita à Feira
da Luz.
FEIRA DA LUZ 2015 – IDA AO
CONCERTO DO “QUIM BAR-
REIROS”,
18 SETEMBRO, PELAS 21h30m
- UTENTES UNIDADE 3
No dia 18 de setembro, pelas
21:00, um grupo de Utentes da
unidade 3 saiu acompanhado
pela Ir. Graça Carreira, com o
objetivo de assistir ao Concerto
do Quim Barreiros.
Quim Barreiros: ele é o mestre
da música popular portugue-
sa.
A Feira da Luz foi pequena para
as pessoas que quiseram assistir
ao Concerto do Quim Barreiros.
“Gostei muito! Ressalto o facto de
as Utentes, com mais dificulda-
des, expressarem a sua opinião
de contentamento.” (Terapeuta Inês)
“Sou suspeita em opinar…No en-
tanto, realço o convívio, a amiza-
de, a proximidade entre todas as
participantes. Penso que, sair
com os Utentes a eventos cultu-
rais ou a outros, é uma forma de
combater o estigma da doença
mental. Creio que, mesmo numa
cama ou cadeira de rodas, “uma
pessoa continua a valer mais que
o mundo inteiro (S. Bento Menni).
Acredito, cada vez mais, na rea-
bilitação dos Utentes e, neste ca-
so, considero que é uma aposta
na reabilitação dos utentes psico-
geriátricos, que denomino por
“reabilitação sobre rodas”: toca a
andar, a animar … E, todas con-
tentes, a Feira da Luz fomos visi-
tar! A alegria das utentes é a
nossa alegria! Valeu a pena!” (Ir.
Graça C.)
Mais palavras para quê? Os sim-
ples detalhes, simples gestos,
simples palavras... Fazem tanto,
transformam a gente...
Assim sendo, todas, alegres e
radiantes, convivemos fraternal-
mente. Podemos dizer que na
Feira da Luz, a luz da ajuda, do
Ecos - Visita das Utentes à feira da Luz
“Muito boas! Gosto!” (V.T.-U.4)
“Muito boas as farturas. Bem
doces. Viemos à Feira de cha-
péu na cabeça e tudo. Obriga-
da!” (M.L.-U.4)
“Já se sente o cheiro a farturas!
São ótimas e frescas. As flores
são lindas. Gostei muito! (L.E.-
U.4)
“Estão boas as farturas! Muito
gostosas. É pena não ter dentes
para as morder com mais for-
ça.” (muitos risos, alegria) (E.S.-
U.4)
“Com Alegria na face, uma
utente invisual, ao comer a far-
tura acenava com a cabeça
afirmativamente e, posterior-
mente, esfregava as mãos, sinal
de contentamento e satisfa-
ção…” (L.P.-U.4)
“Quentinhas e boas! Estavam
ótimas as farturas. Valorizo o
convívio e a satisfação das
utentes…“ (Monitora Sílvia)
“Adorei vir à Feira com as Uten-
tes. É importante o convívio en-
tre todas.” (Monitora Carla).
“É mais uma ótima experiência
com as nossas meninas”.
(Monitora Teresa)
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municar com outras pessoas,
recordar antigas canções do
cantor, etc. Desta vez fomos no-
tívagas! Noites de luar levam a
alegria no ar, e nós, felizes, a
dançar!
Salientamos os ecos das Uten-
tes participantes:
“Saímos da Clínica por volta no-
ve horas da noite com a Ir. Graça
Carreira e algumas utentes da
nossa Unidade 3. Fomos à Feira
da Luz ver o concerto do Quim
Barreiros. Estava uma noite ma-
ravilhosa, estrelada e amena.
Passeamos por entre a multidão
e, no jardim da Luz, sentamo-nos
num banco a ouvir a música e
também dançamos, rimos e di-
vertimo-nos muito. Era impossí-
vel entrar naquela multidão!
Regressámos a casa pelas
23:15m, mas antes ainda tivemos
tempo de comer uma fartura. Foi
muito bonito! Gostei imenso!
Obrigada!” (A.S.-U.3)
“A ida à Feira da Luz ao concerto
do Quim Barreiros. Uma noite de
verão, resplendorosa. O céu esta-
va estrelado e o luar luminoso.
Saímos da Clínica: Amália, An-
dreia, Carmélia e Rosa Bento. E
como não podia deixar de ser a
nossa querida Ir. Graça que nos
Pouco passava das 21:30 quan-
do Quim Barreiros subiu ao pal-
co, acompanhado pelos seus
três músicos. Não poderiam fal-
tar, igualmente, os adereços que
compõem a personagem: o cha-
péu e o acordeão. Uma vez co-
locados, estava tudo pronto pa-
ra começar a festa.
Foram tantas as canções apre-
sentadas que é impossível lem-
brá-las todas. As mais populares
tiveram logicamente de ser exe-
cutadas: foi o caso de “Chupa,
Teresa”, “Comer, Comer”,
“Mestre da Culinária”, “A Cabriti-
nha” ou “Os Bichos da Fazenda”.
Quim falou também num dos
temas que compõem o seu últi-
mo trabalho, lançado este ano –
“O Pau Caiu na Panela”. O cantor
ensinou os versos ao público
que depressa aprendeu, acom-
panhando o músico ao longo de
toda a música.
Unanimamente valorizamos esta
oportunidade de participar no
Concerto do Quim Barreiros co-
mo muito positiva, uma mais
valia em tantos aspetos, por
exemplo, sair à noite, dançar,
divertir-se, observar o firma-
mento estrelado, a lua majesto-
sa e brilhante, cheirar a terra hú-
mida das primeiras chuvas, co-
Ecos - Visita das Utentes à feira da Luz
Nós também lá estivemos!
Ele trata os palcos, o acordeão
e a língua portuguesa por tu.
Conhece como ninguém a am-
plitude de significados que o
nosso vocabulário possui. Sabe
até onde pode levar a sua ima-
ginação. Consegue contar duas
histórias diferentes numa mes-
ma letra. Sabe como cativar
multidões, ser amado por to-
dos e manter-se humilde.
Mais uma noite de música na
Feira da Luz, em Carnide. Mi-
lhares de pessoas – de longe a
maior plateia nos concertos da
edição deste ano – assistiram
ao espetáculo dado por Quim
Barreiros, rei da música popu-
lar portuguesa. A meia hora do
concerto já era difícil encontrar
um espaço em frente ao palco,
e a multidão foi-se posicionan-
do onde era possível. Todos
queriam ouvir os êxitos do ar-
tista, dançar e divertir-se.
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tos de reabilitação psicossocial,
pois têm efeitos benéficos ao
nível cognitivo, intelectual, emo-
cional, físico, espiritual, ocupaci-
onal, comunicativo, seja verbal
ou não verbal. Ficam para a pos-
teridade as fotos que tiramos
no concerto, elas falam por si,
mas dizem mais de nós.
(Recolha de opiniões e redação do
artigo Maria da Graça Carreira)
Ecos - Visita das Utentes à feira da Luz
proporcionou um momento
adorável e muito feliz.” (C.M.-
U.3)
“A ida à Feira da luz, à noite,
para ver o Concerto do Quim
Barreiros... Postas lá, o luar bri-
lhava, as estrelas cintilavam, a
brisa era agradável. Dançamos
com muita alegria e muito pra-
zer. Por fim, comemos uma far-
tura e voltamos para casa com
plena satisfação.” (A.M.)
“A Rosa Bento estava satisfeita
e alegre, mas com bastante so-
no porque tinha tomado os
comprimidos da noite, mas gos-
tou muito de lá estar. Viu gente
bonita.” (A.M. e C.M.-U.3)
“ Fui ouvir o concerto do Quim
Barreiros à Feira da Luz, à noi-
te, com outras colegas. Tivemos
a Ir. Graça para nos acompa-
nhar. Foi uma janela que se
abriu, pois já há dois anos que
não saía à noite. Foi fundamen-
tal olhar os jovens e os mais
velhos a dançar e a presença da
Ir. Graça. Voltámos a casa mui-
to contentes! Oxalá se repita
destas saídas à noite a outros
eventos.” (R.B.-U.3)
Sem sombra de dúvida, a mú-
sica e a dança são instrumen-
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Visita ao Centro de Condeixa
Viagem do grupo Colmeia à Guarda - outubro
No dia 12 de outubro saímos
num passeio com o motorista
da Casa a Condeixa-a-Nova .
O objetivo desta saída foi par-
ticipar com as nossa utentes
nos Ateliers de Condeixa.
No primeiro atelier por onde
passamos realizamos um cená-
rio em cartão que representa-
va um castelo. Depois pinta-
mos umas fotocópias que nos
deram e com elas elaboramos
um livro que conta a história
da Rainha Santa Isabel que fez
o milagre de transformar um
regaço cheio de valores, que
eram para dar aos pobres, em
rosas brancas.
Por fim elaboramos uns fanto-
ches para podermos encenar
uma peça.
Tivemos direito a um almoço
muito bom, acompanhado
pela presença da Terapeuta
Ocupacional de Condeixa,
ainda nos deram um lanche
para o regresso a Lisboa.
Foi um dia muito bem passa-
do.
Licínia
história da Sé, que demorou dois
séculos a construir. Apreciamos as
janelas grandiosas do estilo ma-
nuelino. De seguida voltámos pa-
ra a casa onde nos esperava a
Irmã Isabel Morgado.
Entramos numa sala com mesas
onde decorria a apresentação dos
vários grupos presentes.
De seguida fomos para o auditó-
rio e ouvimos grupos a falar de si
próprio.
Antes tínhamos estado na apre-
sentação do grupo com a An-
dreia.
À noite fomos agraciados com
um jantar muito bom aonde está-
vamos todas com a Irmã Manue-
la, o Enfermeiro Carlos e todas as
pessoas dos outros grupos de
Fomos à Guarda. Levamos três
horas a chegar. Erámos poucos,
entre as quais a Irmã Manuela e
o Enfermeiro Carlos. A carrinha
da Casa levou-nos até lá.
Quando chegámos fomos al-
moçar. Depois fomos à casa da
Guarda que recebeu todos os
grupos de auto representação
dos centros do Instituto das Ir-
mãs.
O que interessou mais foi saber
que estava lá um grupo sozinho
sem monitores. Depois fomos
ver a Sé da Guarda que estava
em obras. Alguns dos membros
do grupo da Colmeia subiram
setenta e seis degraus até lá. Os
que ficaram ouviram o médico
da casa da Guarda a contar a
auto representação.
Posteriormente fomos para
uma residencial de 3 estrelas
muito boa. Subimos as esca-
das pois não havia elevador.
Deitámo-nos porque estáva-
mos cansadas e ao raiar do
sol acordámos satisfeitas e
fomos tomar o pequeno al-
moço divinal.
Depois a Irmã Isabel deu-nos
um saco cheio de rebuçados,
que viemos a comer pela via-
gem.
Chegamos muito tarde e vie-
mos jantar ainda a Lisboa.
Foi um passeio muito bonito,
do qual gostámos muito.
Rosa Bento
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Passeio ao Porto
No dia 16 de outubro parti-
mos da Clínica de S. José,
treze utentes, acompanhadas
pela Dr.ª Inês e pela monito-
ra Teresa. Inseridas num gru-
po da Junta de Freguesia de
Carnide tínhamos como des-
tino a cidade do Porto
Paramos em Aveiras para to-
mar o pequeno almoço e só
depois seguimos viagem.
Chegámos ao Porto perto
das 13:30 e fomos logo pro-
curar um restaurante para
almoçar.
Comemos muito bem, pude-
mos escolher entre bitoque e
francesinha.
Estava um dia soalheiro e
quente que nos convidou a
visitar a cidade.
Tivemos oportunidade de ver
a Igreja de S. Ildefonso, a
Ponte D. Maria, a Ponte D.
Luís e a Ponte do Infante.
Andamos pela baixa, fomos à
estação de S. Bento e de vol-
ta vimos a Ribeira e o Rio
Douro.
Já no regresso algumas pes-
soas que viajavam connosco
começaram a sentir um chei-
ro a queimado e tivemos de
parar no Pombal para mudar
o pneu, entretanto fomos à
área de serviço lanchar e ti-
vemos que esperar muito
tempo.
Finalmente chegámos a Lis-
boa.
Foi um passeio emocionante
e alegre.
Apesar do imprevisto não
deixou de ser um agradável
passeio.
Amália Silva e Susana Paulo U.3
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No dia 11 de novembro, dia
de São Martinho, pelas 13:30
algumas utentes de várias uni-
dades foram a pé até ao Es-
passus 3G onde se realizou o
Magusto organizado pela Jun-
ta de Freguesia de Carnide.
Quando lá chegámos, já havia
castanhas a assar, e por sinal
muito boas.
Magusto
Houve muita animação e hou-
ve quem cantasse uma canção
em homenagem a São Marti-
nho.
Foi uma tarde agradável entre
gerações, no largo da entrada
do Espassus 3G estavam várias
mesas recheadas com comida
e bebida.
Para ajudar à festa houve al-
guém que veio com um carri-
nho de mão com cartuchos de
castanhas que distribuiu por
nós.
Foi uma tarde muito diferente
e agradável.
Amália Silva e Alexandra Aires U.3
Jogos Tradicionais - XVIII edição
A Luz ganhou o jogo da ma-
lha.
Depois do almoço convívio
tivemos oportunidade de
jogar: o jogo da fisga, fileiras
e também um jogo criado
pela casa que ganhou no
ano anterior e no qual tive-
mos oportunidade de jogar
com os técnicos.
Foi um dia estupendo, em
que todos se divertiram
imenso.
Para o ano, se Deus quiser,
há mais.
Unidade 3
No dia 12 de novembro reali-
zou-se mais uma vez como é
apanágio da casa, os Jogos
Tradicionais.
Esteve um tempo maravilho-
so e por isso os jogos foram
feitos no exterior, no campo
de jogos.
Este ano pela primeira vez
veio a Casa de Saúde de Be-
las, juntamente com as res-
tantes casas das Irmãs Hospi-
taleiras do S. Coração de Je-
sus.
Pela manhã, depois de todas
as casas chegarem começa-
ram os jogos.
Evento realizado em parceria com:
mam numa criada.
A fada madrinha, sua auxiliar
como um ser mágico e místi-
co vem em seu auxílio.
Após todas as dificuldades
que enfrenta em busca da
felicidade, consegue alcançar
o amor. É reconhecida pelo
sapatinho de cristal, perdido
durante o baile no Castelo
Real, sendo esta a única pista
que o Príncipe, um jovem
romântico e sonhador, tinha
para a encontrar.
Casando-se com o Príncipe
Página 11
taurante onde almoçamos
“Céu da Mula”, onde fomos
bem recebidos e almoçamos
muito bem.
Depois de almoço fomos dar
um passeio pelo picadeiro,
onde vimos cavaleiros vesti-
dos a rigor e cavalos lindos.
Também assistimos a espe-
No dia 13 de novembro, pe-
las 7:30 iniciámos a nossa
viagem com destino à feira
da Golegã.
Foi muito divertida a nossa
viagem, cheia de bons mo-
mentos.
Quando chegámos à Golegã,
começamos por visitar o res-
táculos lindíssimos com ca-
valos e charretes.
Regressámos a Lisboa muito
felizes e cansadas. Foi magní-
fico.
Unidade 7
Paula, Eugénia, Flávia, Conceição A.,
Luísa G. Amália
Feira da Golegã
No dia 19 de novembro
saímos com algumas monito-
ras e utentes da Clínica de S.
José.
Foi uma tarde bem passada
onde tivemos oportunidade
de assistir a um teatro musi-
cal bem coreografado sobre
uma história infantil “A Cin-
derela”.
Conta-nos a história da doce
e bondosa Cinderela que vive
com a sua madrasta e as suas
meias irmãs que invejam as
suas qualidades, e a transfor-
alcança a sua verdadeira li-
berdade.
Unidade 3
Amália Silva e Susana Paulo
Teatro Cinderela
Página 12
Arpicantares - Nota de João Ventura
letras são rapidamente ab-
sorvidas e coletivamente
partilhadas. Estes momentos
de comunicação real onde
cada um era também um
todo, não se sabendo quem
era quem apenas e tão só a
musica e alegria se interliga-
vam. Bonita vivencia e que
mais se acentuou se é possí-
vel com a intervenção de
utentes da clinica que com
os seus cavaquinhos e vozes
justificaram amplamente que
a Musica é uma excelente
terapia cognitiva pelo que
deixamos aqui um incentivo
para continuarem neste ca-
minho. Nós ARPIC quer com
a Arpicantares quer com
outras das nossas atividades
A Arpicantares, cantares e
instrumental, uma das ativi-
dades da ARPIC foi uma vez
mais convidada a participar
para uma atividade lúdica na
Clinica Psiquiátrica de S. José,
com o coração grato por tal
convite acedemos e numa
quinta-feira, (26/11) pelas
14h30 os quarenta elemen-
tos composto por vozes, ca-
vaquinhos, bateria, violas,
bombo, ferrinhos apresenta-
ram-se perante uma plateia
que rapidamente aderiu ou
não fosse a musica uma tera-
pia que faz a memoria parti-
lhar as emoções, os senti-
mentos, em especial a alegria
por serem transportados
para um tempo em que as
estaremos inteiramente dis-
poníveis para partilhar. Por
fim não podemos deixar de
salientar que todos os ele-
mentos do grupo trouxeram
grande ligação emocional
com os utentes e responsá-
veis da clinica, aqui não fa-
zemos referencias individuais
pois entendemos ser o cole-
tivo o mais importante, pe-
los momentos lúdicos que ali
foram proporcionados dizen-
do por atos que partilhar
e vivenciar coletivamente
este será sem duvida um dos
exemplos. Até à próxima.
Saudações comunitárias,
João Ventura
Evento realizado em parceria com:
Página 13
Testemunho sobre o Dia Internacional do Voluntariado
para aqui que o Senhor me
chamava para realizar o volun-
tariado que eu desejava. Procu-
rava algo que fosse desafiador
e que me interpelasse. E assim
tem sido! Todas as semanas, às
4ªs feiras tenho reunião com as
utentes da Unidade 1, onde
conversamos sobre assuntos da
atualidade.
Para estar à altura do desafio,
passei a andar mais atenta aos
noticiários na TV e a comprar
jornais e revistas semanais com
artigos relevantes, para me per-
mitir fundamentar a exposição
de temas que proponho às
utentes debater. Comecei por
ter um número reduzido de
interessadas pela minha visita.
Gradualmente, passaram a pa-
lavra e agora já somos “muitas
mais”.
Cada semana, antes de come-
çar a sessão, sinto-me um pou-
co angustiada e interrogo-me
se os temas que preparei serão
do agrado das utentes. No en-
Desde 1985, a Organização das
Nações Unidas instituiu o dia 5
de dezembro, como o Dia In-
ternacional do Voluntário. A
ONU define o voluntário como
uma pessoa que, devido ao seu
interesse pessoal e ao seu espí-
rito cívico, dedica parte do seu
tempo, sem remuneração algu-
ma, a diversas formas de ativi-
dades, de bem estar social ou
outros campos. A data tem co-
mo objetivo incentivar e valori-
zar o serviço voluntário em to-
do mundo.
Sou voluntária na Clínica Psi-
quiátrica de S. José (CPSJ), da
Congregação de Irmãs Hospita-
leiras do Sagrado Coração de
Jesus, localizada em Telheiras.
Iniciei as minhas atividades de
voluntariado na CPSJ, em Outu-
bro de 2015. No final do Verão
passado, depois de trocas de
impressões com a Superiora, a
Irmã Noémia Bastos, sobre co-
mo poderia colaborar na CPSJ,
cheguei à conclusão que era
tanto, enquanto estou com
as mesmas o “tempo voa”;
como exercício, procuro fazer
apelo à memória das utentes,
pedindo-lhes que emitam
não só a sua opinião sobre
os temas em debate como,
sempre que oportuno, desa-
fio-as a comparem com o
que se passava no seu tem-
po, sobre os assuntos em
questão.
Em suma, quando termino, e
como acontece a quem de-
senvolve atividade de volun-
tariado, sinto que recebo
sempre muito mais que dou.
Sinto-me muito feliz, apesar
das minhas angústias sema-
nais, na fase de preparação
das minhas sessões.
As Irmãs quiseram comemo-
rar com todos os voluntários
o Dia Internacional do Volun-
tariado, organizando um en-
contro, no passado dia 5 de
Dezembro.
Considero ter sido uma
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oportunidade excelente para
conhecermos outros voluntá-
rios e as atividades que desen-
volvem, mediante a apresenta-
ção pessoal dos voluntários.
Fiquei, também a conhecer o
que será o Ano do Voluntaria-
do / Ano da Misericórdia, em
2016, apresentação feita pela
Irmã Noémia. A oportunidade
de partilha entre todos, que se
seguiu, enriqueceu-me imen-
so.
A comemoração do dia inter-
nacional do Voluntariado na
CPSJ incluiu, ainda, uma Euca-
ristia, preparada pelos partici-
pantes no encontro de volun-
tários. Durante a Eucaristia, re-
novámos o compromisso de
Voluntário. Foi um momento
de particular significado para
mim, pois permitiu-me, peran-
te o Sacrário, pedir ao Senhor
forças para ser cada vez mais
“querida” pelas minhas utentes,
bem como rezar por todos os
utentes, famílias, Irmãs e cola-
boradores da CPSJ.
No final da missa, realizou-se
um lanche de confraterniza-
ção que reuniu os voluntá-
rios e as Irmãs, o qual foi um
momento de alegre convívio
entre todos.
Bem hajam Irmãs pela inicia-
tiva do encontro. Senti-me
mais parte da família da
CPSJ!
[O voluntário é alguém que
conhece a importância de
compartilhar o que temos de
mais precioso: amor, respeito,
felicidade, conhecimento, tem-
po e humildade.]
Testemunho sobre o Dia Internacional do Voluntariado
Página 15
onde vimos uma pequena feira
de artesanato, e almoçamos no
Clube Naval. Como ementa tive-
mos um belo rodízio de peixe à
escolha acompanhado de bata-
tas, açorda e salada, e para so-
bremesa mousse de manga ou
doce da casa e para finalizar o
merecido café.
Chegadas a Azeitão fomos ver a
adega de José Manuel Fonseca
com direito a visita guiada e
com prova de vinhos no fim
com acompanhamento de umas
tortinhas de Azeitão.
De regresso a casa tivemos ou-
tra surpresa que foi ver a ilumi-
nação de Natal da baixa Lisboe-
ta.
Fátima Delgado, Alexandra e Ana Bento
Passeio de Natal a Setúbal e Azeitão
No dia 11 de dezembro, 12
utentes da Clínica foram a mais
um evento organizado pela
Junta de Freguesia de Carnide.
Saímos de casa por volta da
7:30 para apanhar o autocarro
que nos levou ao lugar surpre-
sa. Durante a viagem disseram-
nos que iriamos apenas tomar
o pequeno almoço na casa dos
pastéis de Belém.
Mas após o pequeno almoço o
passeio continuou até Setúbal
Página 16
Natal”, com a técnica da luz ne-
gra.
A cada intervalo eram apresen-
tadas músicas instrumentais
(violino) apresentadas por jo-
vens voluntários.
Como é hábito o nosso grupo
“Luz Star” fez um brilharete com
as suas coreografias.
Adiante recitou-se um poema
de Natal realizado pelas utentes
da unidade 3.
Por fim atuou o grupo dos Cava-
quinhos “Cavaqueando” com a
participação orientada pela Sr.ª
Dona Isabel.
Por fim passou-se aos agradeci-
mentos finais e houve o convite
para um lanche ajantarado.
Foi uma tarde agradável para
todos os familiares e utentes.
Unidade 3
Amália Silva, Susana Paulo, Andreia
Monteiro e Alexandra Aires
Festa de Natal com as famílias - 2015
No dia 29 de dezembro de
2015 realizou-se a nossa festa
de natal.
Houve um momento de aber-
tura onde a Direção da casa
fez a saudação de boas vindas
e apresentou o resultado dos
questionários de satisfação no
âmbito do Sistema de Gestão
da Qualidade.
Passou-se para a parte recrea-
tiva onde se realizou um Auto
de Natal intitulado “Porque é
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Festa de Natal com as famílias - 2015
“A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes se deixam ver
como são.”
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resultado que alcançámos. A
todos um sentido Obrigado por
continuarem a ser parte inte-
grante e participativa do serviço
de qualidade, que prestamos
aos nossos utentes.
Extrato do texto de agradecimento da
Direção à Comunidade Hospitaleira
Como é do conhecimento de
todos, a Clínica Psiquiátrica de S.
José, foi alvo de uma auditoria
externa, por uma entidade com-
petente nos dias 2 e 3 dezem-
bro, com vista à validação do
nosso Sistema de Gestão da
Qualidade e consequente reno-
vação da nossa certificação. Fin-
da a mesma, é com enorme sa-
tisfação que vimos ser mantida,
por mais dois anos, a Certifica-
ção pela norma EQUASS Assu-
rance.
Mas não posso deixar de enalte-
cer e agradecer a vossa contri-
buição, esforço, trabalho e dedi-
cação, como imprescindíveis no
“O nosso estilo de organização
desenvolve a corresponsabilida-
de de todos os que trabalham
ou colaboram nos centros e une
-nos numa rede universal que
globaliza a Hospitalidade.” (CII,
art.º 16).
Prestar um serviço de qualida-
de é um objetivo Institucional
inerente à missão do nosso
Centro, cuja concretização
constitui o compromisso assu-
mido por todos os profissio-
nais que desempenham fun-
ções nesta Instituição.
Auditoria de Re-Certificação da Qualidade—EQUASS Assurance
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Passatempos
Palavras Cruzadas Sopa de Letras
Labirinto Descobre as diferenças
Página 20
Vai acontecer
Mês Dia Acontecimento
janeiro
22
28
28
Passeio das Utentes a Seia organizado
pela Junta Freg. Carnide
Celebração dos Aniversários da Família
Hospitaleira
Encontros às quintas/Cinema
fevereiro
4
5
5
11
11
12
25
Encontros às quintas/Cinema
Participação no Corso de Carnaval da JFC
Baile de Máscaras na CPSJ
Encontros às quintas com ARPIC
Comemorações Dia Mundial do Doente
Passeio das Utentes à Nazaré
Celebração dos Aniversários da Família
Hospitaleira
março
8
16 e 17
18
22
31
Dia de S. João de Deus
Preparação Pascal
Comemorações do Dia de S. José
Via Sacra pelo Centro
Celebração dos Aniversários da Família
Hospitaleira
abril
7
26
28
Dia Mundial da Saúde
Eucaristia da Comunidade Hospitaleira—S.
Bento Menni
Celebração dos Aniversários da Família
Hospitaleira
Soluções de passatempos
Esta edição também se encontra disponível em:
http://www.irmashospitaleiras.pt/cpsj/publicacoes