Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco...

43
Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433

Transcript of Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco...

Page 1: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen

Éder Paulo Vendrasco

LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433

Page 2: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Referências Bibliográficas

Petterssen afirma que frontogêneses implica uma tendência para a formação de uma descontinuidade ou intensificação de uma zona de transição já existente, enquanto o termo frontólise indica o oposto, (Petterssen, 1956).

Trabalhos mostram a importância do campo de deformação horizontal associado a ondas baroclínicas na formação de frentes (Phillips, 1956).

Eady (1949) afirma que a instabilidade baroclínica é responsável pela intensificação de sistemas extratropicais.

Page 3: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Continuação

Begeron (1928) propõe que frontogêneses atmosféricas são causadas por campo de deformação horizontal do vento agindo em um pré-existente gradiente de temperatura.

Eliassen (1959) critica a hipótese de Begeron dizendo que o campo de deformação na superfície deve persistir por 2 ou 3 dias para produzir os gradientes encontrados em frentes atmosféricas, enquanto que estes campos persistem, geralmente, por aproximadamente 1 dia. Mais tarde, Eliassen conclui que a hipótese de Begeron é plausível, (Eliassen, 1962).

O posicionamento do núcleo do jato em altos níveis é importante para o desenvolvimento de sistemas convectivos (Ucellini e Johnson, 1979).

Page 4: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Objetivos

Identificar regiões frontogenêticas e frontolíticas no globo dando ênfase na América do Sul e estudar a sazonalidade destas.

Investigar se uma climatologia com mais de 50 anos de dados com o dobro da resolução espacial e temporal utilizados por Satyamurty e Mattos (1989) irá alterar as conclusões obtidas em seu trabalho com relação a regiões frontogenêticas e frontolíticas no globo.

Page 5: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Continuação

Estudar a influência de episódios de El Niño e La Niña na formação de frentes na região de interesse.

Por fim, estudar mais detalhadamente, usando a função frontogenética, um caso intenso de uma frente que tenha adentrado a América do Sul atingindo o estado de São Paulo.

Page 6: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Dados Variáveis

Vento zonal / meridional Temperatura do ar Umidade específica Pressão Atmosférica na superfície

Dados médios de longo período (1948 – 2003) Dados médios mensais Dados diários com resolução de 6h Precipitação acumulada em 1 dia

Climate Diagnostics Center (www.cdc.noaa.gov) Reanálise NCEP/NCAR

Estação meteorológica situada no prédio do IAG-USP e da Água Funda.

Page 7: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Métodos

Função Frontogenética

22cos

2

DTF v

xT

yT

tgd

dtg

VirtualaTemperatur

deGradientejy

Ti

x

TT

aDivergênciy

v

x

u

y

u

x

vd

y

v

x

ud

HorizontalDeformaçãoddD

vvv

)()2(1

2

2

1

21

22

21

Page 8: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Continuação

Desvio Padrão

dadosdosmédiovalory

idadoy

dadosdenúmeron

yyn

m

i

n

imi

2

1

22 1

Page 9: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados

Page 10: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados (continuação)

Page 11: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados (continuação)

Page 12: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados (continuação)

Page 13: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados (continuação)

Page 14: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados (continuação)

Page 15: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Desvio Padrão )

Page 16: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 17: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 18: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 19: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 20: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 21: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( América do Sul )

Page 22: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña – 37,5S 69,0W )

Page 23: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña – 42,5S 80,0W )

Page 24: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña – 40,0S 75,0W )

Page 25: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña )

Page 26: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña )

Page 27: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( El Niño e La Niña )

Page 28: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 29: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Caso 1

1 à 10 de maio de 2003

Caso 2

9 de agosto de 2003

Imagens de Satélite

Page 30: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 31: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 32: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 33: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Caso 1

Linha de corrente em 250 hPa Temperatura 850 hPa Vetor Vento 850 hPa Função Frontogenética 850 hPa

Page 34: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 35: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Page 36: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Resultados ( Estudo de Caso )

Caso 2

Linha de corrente em 250 hPa Temperatura 850 hPa Vetor Vento 850 hPa Função Frontogenética 850 hPa

Page 37: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Conclusões

A função frontogenética representou satisfatoriamente regiões do globo as quais são conhecidas na literatura como frontogenéticas, mostrou-se coerente com a oscilação sazonal das regiões frontogenéticas no globo em especial na América do Sul.

Pôde-se perceber também que a região mais favorável a frontogênese na América do Sul migra para o Oceano Pacifico em julho e retorna em janeiro, e de acordo com o esperado, valores mais altos foram observados em julho.

Page 38: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Conclusões

Com um conjunto maior de dados foi possível observar mais detalhes nos campos da função frontogenética, assim como identificar regiões com pouca intensidade em módulo, porém, o padrão das regiões frontogenéticas e frontolíticas um pouco mais intensas ficaram bem similares aos encontrados no trabalho de Satyamurty e Mattos (1989).

Page 39: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Conclusões

O resultado do estudo das diferenças na função frontogenética devido a episódios de Niños e Niñas sugere que valores médios maiores, estão associados a episódios de La Niña, valores médios menores, à episódios de El Niño.

É importante ressaltar que o ideal é fazer uma climatologia com um maior número de episódios atípicos de temperatura do Pacífico

Page 40: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Conclusões

No estudo de Caso ficou evidente como valores altos de função frontogenética estão associados com o jato em altos níveis, o que está de acordo com Ucellini e Johnson (1979).

Page 41: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Referências Bibliográficas

Begeron, T. – Uber Die Dreidimensional Verknupfende Wetterananlvse, Geofys. Publik., Vol 5, N6. Apud Petterssen (1956).

Djuric, D. - Weather Analysis - Prentice-Hall Inc. Cap 1 - 1994

Eady, E. – Long Waves Cyclonic Waves, Tellus, Vol 1, N3. Apud Mattos (1989).

Eliassen, A. 1959 – On the Formation of Fronts in Atmosphere. The Atmosphere and the Sea in Motion, Oxford, Oxford University Press. Apud Stone (1966).

--------, 1962: On the Vertical Circulation in Frontal Zones. Geof. Publ., Vol 24, N4. Apud Stone (1966).

Page 42: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Referências Bibliográficas

Hoskins, B. J. The Mathematical Theory of Frontogenesis. In: Annual Reviews in Fluids Mechanics. Palo Alto, CA, Annual Reviews, 1982, Vol 14.

Hoskins, B. J. ; Bretherton, F. P. Atmospheric Frontogenesis Models: Mathematical Formulation and Solution. Jou. Atm. Sci, Vol 29, N1. Apud Mattos (1988).

Mattos, L. F. – O Papel na Deformação Horizontal na Frontogênese na Região Sul Brasileira – Dissertação de Mestrado – Instituto de Pesquisas Espaciais.

Orlanski, I. ; Ross, B. ; Polinsky, L. ; Shaginaw, R. - Advances in the Theory of Atmospheric Fronts. In: Advances in Geophisics. Orlando, FL, Academic, 1985, V 28b.

Petterssen, S. - Weather Analisys and Forecasting, New York, NY McGrawHill. 2a ed, 1956 V 1.

Page 43: Climatologia de Frentes Usando a Função Frontogenética de Peterssen Éder Paulo Vendrasco LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA SINÓTICA ACA-433.

Referências Bibliográficas Pezza, A. B. – Comunicação através de correio eletrônico no dia 7 de

novembro de 2003. Phillips, N. A. – The General Circulation of the Atmospheric. A

Numerical Experiment. Quart. J. Roy. Meteorol. Soc., Vol 82, N352. Apud Mattos (1988).

Reed, R. J. ; Sanders, F. – An Investigation of Development of a Mid-Tropospheric Frontal Zone and Its Associated Vorticity Field. Jou. Meteor. Vol 6. Apud Stone (1966).

Satyamurty, P. ; Mattos, L. F. – Climatological Lower Tropospheric Frontogenetics in the Midlatitudes Due to Horizontal Deformation and Divergence. Mon. Wea. Rev., Vol 117, N6.

Stone, P. H. – Frontogenesis by Horizontal Wind Deformation Fields. Jou. Atm. Sci., Vol 23 N5.

Ucellini, L. W. ; Johnson, D. R. – The Coupling of Upper and Lower Tropospheric Jet Streaks and Implications for the Development of Severe Convective Storms. Mon. Wea. Rev., Vol 107, N6. Apud Mattos (1988).