Cálculo do Custo Unitário Básico (CUB/m²) de construção ...
Transcript of Cálculo do Custo Unitário Básico (CUB/m²) de construção ...
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE TECNOLOGIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
LENILSON DE ANDRADE TORRES
Cálculo do Custo Unitário Básico (CUB/m²) de construção para residência unifamiliar na cidade de Caruaru/PE
Caruaru, 2011
LENILSON DE ANDRADE TORRES
Cálculo do Custo Unitário Básico (CUB/m²) de construção para residência unifamiliar na cidade de Caruaru/PE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil do Centro Acadêmico do Agreste - CAA, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Área de concentração: Engenharia/Engenharia Civil/Construção Civil
Orientador: Prof. Dr. Flávio Eduardo Gomes Diniz
Caruaru, julho de 2011
Dedico este trabalho primeiramente a Deus,
a toda minha família e a minha namorada,
Manuela.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, razão de minha existência, pois sem sua permissão
nada seria possível.
Aos meus pais, Lenildo Torres (In memorian) e Goretti Torres, por todo esforço e
dedicação para com o estudo, oferecendo sempre o melhor possível dentro das suas
condições, não só a mim como aos meus irmãos.
Ao meu irmão, Linaldo, pelos conselhos nos momentos de dificuldade.
Aos meus familiares, pelo incentivo em todos os momentos de aflição.
A minha namorada Manuela, por sua paciência e entendimento, principalmente nos
momentos em que estive ausente por motivos de compromissos com a graduação.
Ao Professor orientador Flávio Diniz, por sua disposição para a realização deste
trabalho, dando atenção sempre que necessário e não medindo esforços para que o objetivo
proposto fosse alcançado.
Aos demais professores, sou muito grato a todos, sem exceção, pelo empenho e
dedicação na arte de ensinar.
Aos colegas de curso, não só da minha turma, mas, de várias outras turmas que ao
longo do tempo, com a convivência diária, se tornaram amigos.
RESUMO
Cálculo do Custo Unitário Básico (CUB/m²) de construção para residência unifamiliar
na cidade de Caruaru/PE
Na engenharia civil, assim como em diversas áreas do conhecimento, o custo é um
fator primordial para o sucesso das atividades. O custo constitui uma ferramenta indispensável
na engenharia, pois, determina a viabilidade do que se vai executar, fornece segurança e
competitividade. Diante disso, o estudo aqui desenvolvido teve como objetivo o cálculo do
Custo Unitário Básico da Construção Civil (CUB/m²) para residência unifamiliar popular
(RP1Q) na cidade de Caruaru/PE, comparando o resultado obtido com os valores de outros
estados. Para tanto, realizou-se coleta de preços nas construtoras e comércio local, durante os
meses de janeiro a maio de 2011. Para o cálculo foi utilizado o projeto-padrão RP1Q, que é,
para esse fim, representado pelo lote básico de materiais e mão-de-obra. Os dados coletados
passaram por análise estatística de consistência, verificando-se sua representatividade. Os
resultados obtidos mostram que esse padrão residencial apresenta um custo para Caruaru
variando de 857,55 R$/m² a 867,11 R$/m², entre janeiro e maio, valores bem próximos do
custo em Pernambuco (849,56 R$/m² a 868,35 R$/m²), um pouco acima do valor encontrado
para o Distrito Federal (810,47 R$/m² a 856,11 R$/m²), e abaixo dos valores encontrados para
São Paulo (965,73 R$/m² a 1003,13 R$/m²), Paraná (935,96 R$/m² a 943,74 R$/m²) e
Amazonas (1031,06 R$/m² a 1038,89 R$/m²). Comparando o custo calculado para esse
padrão em Caruaru, com o preço real de uma residência nesse padrão, conclui-se que existe
grande especulação do preço dos imóveis na cidade, o que está caracterizado pela diferença
entre custo e preço por metro quadrado, o qual apresenta um BDI de 96,05%, valor não
justificado para esse padrão de construção.
Palavras-chave: Engenharia. Custo. Projeto-padrão. Materiais. Mão-de-obra.
ABSTRACT
Calculation of Unit Cost Base (CUB/m²) construction for residence single-family for the
city of Caruaru / PE
In civil engineering, as well as in several areas of knowledge, the cost is a key factor
for the success of activities. The cost is an indispensable tool in engineering, therefore,
determines the viability of what is going to perform, and provides security and
competitiveness. Therefore, the study developed here was aimed at calculating the Basic Unit
Cost of Construction (CUB / m²) for single-family residence popular (RP1Q) in the city of
Caruaru/PE, comparing the result with the values of other states. To this end, held in the
collection of prices and trade construction site during the months January to May 2011. For
the calculation we used the standard RP1Q project, which is to this end, represented by the
basic plot of materials and workmanship. The collected data underwent statistical analysis of
consistency, checking for their representativeness. The results show that this pattern has a cost
for residential Caruaru ranging from 857,55 R$/m² to 867,11 R$/m², between January and
May, values very close to cost in Pernambuco (849,56 R$/m² to 868,35 R$/m²), slightly above
the value found for the Federal District (810,47 R$/m² to 856,11 R$/m²) and below the values
found in São Paulo (965,73 R$/m² to 1003,13 R$/m²), Paraná (935,96 R$/m² to 943,74
R$/m²) and Amazon (1031,06 R$/m² to 1038,89 R$/m²). Comparing the estimated cost for
this pattern in Caruaru, the actual price of a residence in default, we conclude that there is
considerable speculation in the price of properties in the city, which is characterized by the
difference between cost and price per square meter, which presents a BDI of 96,05%, which is
not justified for this pattern of construction.
Key words: Engineering. Cost. Project standard. Materials. Manpower.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Gráfico com os valores obtidos para mão-de-obra. ................................................. 49
Figura 2 - Gráfico com os valores obtidos para materiais. ....................................................... 50
Figura 3 - Gráfico com os valores obtidos para equipamento. ................................................. 50
Figura 4 - Gráfico com os valores obtidos para o CUB. .......................................................... 51
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Projetos-padrão residenciais conforme a ABNT NBR 12.721/2006. ..................... 21
Tabela 2 - Projetos-padrão Comerciais CAL e CSL conforme a ABNT NBR 12.721/2006. .. 21
Tabela 3 - Projetos-padrão Galpão Industrial e Residência Popular conforme a ABNT NBR
12.721/2006. ............................................................................................................................. 21
Tabela 4 - Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR 12.721/2006. .......... 21
Tabela 5 - Especificações dos acabamentos no orçamento do projeto-padrão para
residência popular conforme a ABNT NBR 12.721/2006. ...................................................... 24
Tabela 6 - Lote básico de insumos com seu respectivo coeficiente físico conforme a ABNT
NBR 12.721/2006. .................................................................................................................... 26
Tabela 7 - Dados coletados referentes ao mês de janeiro. ........................................................ 33
Tabela 8 - Análise estatística dos dados coletados em janeiro. ................................................ 34
Tabela 9 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em janeiro, de acordo com a
NBR 12.721/2006. .................................................................................................................... 35
Tabela 10 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em janeiro. ........... 36
Tabela 11 - Dados coletados referentes ao mês de fevereiro. .................................................. 37
Tabela 12 - Análise estatística dos dados coletados em fevereiro. ........................................... 37
Tabela 13 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em fevereiro, de acordo com a
NBR 12.721/2006. .................................................................................................................... 38
Tabela 14 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em fevereiro. ........ 39
Tabela 15 - Dados coletados referentes ao mês de março. ....................................................... 40
Tabela 16 - Análise estatística dos dados coletados em março. ............................................... 40
Tabela 17 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em março, de acordo com a
NBR 12.721/2006. .................................................................................................................... 41
Tabela 18 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em março. ............ 42
Tabela 19 - Dados coletados referentes ao mês de abril........................................................... 43
Tabela 20 - Análise estatística dos dados coletados em abril. .................................................. 43
Tabela 21 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em abril, de acordo com a NBR
12.721/2006. ............................................................................................................................. 44
Tabela 22 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em abril. ............... 45
Tabela 23 - Dados coletados referentes ao mês de maio. ......................................................... 46
Tabela 24 - Análise estatística dos dados coletados em maio. ................................................. 46
Tabela 25 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em maio, de acordo com a NBR
12.721/2006. ............................................................................................................................. 47
Tabela 26 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em maio. .............. 48
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
BDI – Benefícios e Despesas Indiretas
CAL-8 – Edifício comercial andares livres
CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção
CB – Comitê Brasileiro
CE – Comissão de Estudos
CSL-8 – Edifício comercial com lojas salas
CSL-16 – Edifício comercial com lojas salas
CUB – Custo Unitário Básico da Construção Civil
FGV – Fundação Getúlio Vargas
GI – Galpão industrial
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
INCC – Índice Nacional de Custo da Construção
R1-B – Residência unifamiliar padrão baixo
R1-N – Residência unifamiliar padrão normal
R1-A – Residência unifamiliar padrão alto
RP1Q - Residência unifamiliar popular
PIS - Residência multifamiliar – projeto de interesse social
PP-B – Residência multifamiliar – prédio popular – padrão baixo
PP-N – Residência multifamiliar – prédio popular – padrão normal
R8-B – Residência multifamiliar – padrão baixo
R8-N – Residência multifamiliar – padrão normal
R8-A – Residência multifamiliar – padrão alto
R16-N – Residência multifamiliar – padrão normal
R16-A – Residência multifamiliar – padrão alto
SINDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção Civil
SUMÁRIO
1 Introdução ............................................................................................................................ 12
1.1 Justificativa..........................................................................................................................13
1.2 Motivação............................................................................................................................14
1.3 Objetivos Geral e Específicos............................................................................................. 14
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos ...................................................................................................... 15
2 Referencial Teórico.............................................................................................................. 16
2.1 O Custo Unitário Básico ..................................................................................................... 16
2.1.1 Origem ............................................................................................................................. 16
2.1.2 Aparatos legais e técnicos................................................................................................ 17
2.1.3 Conceito ........................................................................................................................... 18
2.1.4 Objetivo ........................................................................................................................... 18
2.1.5 Evolução Normativa ........................................................................................................ 19
2.2 A ABNT NBR 12.721/2006 ............................................................................................... 19
2.2.1 Os projetos-padrão da ABNT NBR 12.721/2006 ............................................................ 20
2.2.1.1 Caracterização dos projetos-padrão .............................................................................. 21
2.2.2 Padrões de acabamento .................................................................................................... 24
2.2.2.1 Especificações dos acabamentos .................................................................................. 24
2.2.3 Lote básico de insumos ................................................................................................... 25
2.2.3.1 Família dos insumos ..................................................................................................... 27
3 Metodologia do Trabalho .................................................................................................... 28
3.1 Metodologias de cálculo do CUB/m² ................................................................................. 28
3.2 CUB/m² representativo ....................................................................................................... 29
3.3 CUB Médio Brasil .............................................................................................................. 30
3.4 Coletas de preços ................................................................................................................ 30
3.5 Método de cálculo .............................................................................................................. 31
4 Resultados e Discussão ........................................................................................................ 32
4.1 Análise estatística de consistência ...................................................................................... 32
4.2 Cálculo do CUB/m² ............................................................................................................ 32
5 Considerações Finais ........................................................................................................... 52
Referências .............................................................................................................................. 54
12
1 INTRODUÇÃO
Na construção civil, é de fundamental importância o conhecimento do custo dos
insumos necessários, que reunidos em um período de tempo, levam à obtenção de um produto
final, a edificação (MIRON, 2007).
Esse conhecimento auxilia o planejamento através da elaboração do orçamento, que
calcula os gastos que são necessários para a execução do planejado.
A elaboração de um orçamento destaca-se como uma atividade indispensável na
condução dos projetos de engenharia. O orçamento pode ser caracterizado de diversas
maneiras, dentre elas, como ferramenta para análise de viabilidade de atividades ou como
garantia de segurança e competitividade.
Desde a criação do CUB/m² (Custo Unitário Básico da Construção Civil), em
dezembro de 1964, através da Lei Federal 4.591, o mercado imobiliário nacional passou a
contar com um importante instrumento para as suas atividades. Criado inicialmente para
servir como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis, o CUB/m² foi, ao longo dos
anos, conquistando o caráter de indicador de custo setorial, comprovada tecnicamente através
da evolução normativa que o acompanha o Sindicado da Indústria da Construção Civil
(SINDUSCON).
O CUB/m² faz parte do dia-a-dia do setor da construção no país. É ele que possibilita
uma primeira referência de custos dos mais diversos empreendimentos e é ele que também
permite o acompanhamento da evolução desses custos ao longo do tempo. Ressaltar a sua
importância é destacar a necessidade de um bom planejamento em todas as etapas de uma
obra.
Ao longo dos seus mais de 40 anos o CUB/m² já passou por algumas transformações.
Dos primórdios da ABNT NB-140/1965, a primeira norma da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) a estabelecer os procedimentos técnicos para o cálculo do
CUB/m², até a atual ABNT NBR 12.721/2006, muita coisa mudou. Os processos construtivos
modernizaram-se, as construções ganharam novas características e a legislação urbana
evoluiu. Assim, a ABNT NBR 12.721/2006, que normatiza o cálculo do referido indicador de
custos da construção, demonstra toda a sua relevância, pois buscou adequar-se a todo o
desenvolvimento da construção.
13
O CUB/m² para construção de residência unifamiliar popular (RP1Q), tema do
presente trabalho, será calculado de acordo com o disposto na ABNT NBR 12.721/2006, com
base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e,
portanto, constituem nova série histórica de custos unitários.
A revisão da norma buscou a modernização do CUB/m² e a melhor adaptação à atual
realidade dos novos insumos, novas técnicas, tecnologias e novos índices de produtividade,
uma vez que, a antiga norma baseava-se nos processos construtivos de 1964. Entre as
principais alterações introduzidas estão os novos projetos-padrão, novos projetos
arquitetônicos, estruturais e de instalações. Além disso, ocorreu a adaptação às novas
legislações urbanas, subsolos, terrenos definidos, projetos diferentes para cada padrão de
acabamento, inexistência de diferenciação pelo número de quartos, novo lote básico de
insumos e introdução de metodologia de orientação para a coleta de preços do CUB/m².
Desde o dia 1º de março de 2007, construtoras de todo o país passaram a adotar a NBR
12.721/2006, publicada em 28 de agosto de 2006, pela ABNT e que substitui a NBR
12.721/1999 que muda os critérios para o cálculo do CUB. A partir desta data, o CUB
ponderado, utilizado como indexador nos contratos de compra e venda de imóveis, foi
substituído por doze indicadores residenciais e sete prédios comerciais.
O novo CUB é calculado com base em 25 materiais, duas categorias de mão-de-obra,
despesas administrativas e equipamentos. Há variações por padrões e tipos de imóveis. A
NBR 12.721/2006 tem como base uma cesta de insumos mais atualizada, com novos projetos-
padrão e considera diversos avanços tecnológicos em materiais e nos processos construtivos
(SINDUSCON-MG, 2007).
1.1 Justificativa
Para que os objetivos propostos neste trabalho sejam atingidos, faz-se necessário a
adoção de uma metodologia de pesquisa com embasamento teórico, baseado em norma e
levantamento de dados reais.
A questão do custo na construção civil é de fundamental importância. E o tema
abordado na presente pesquisa, nada mais é, que um modelo utilizado para se fazer a
estimativa de custos, baseando todos os custos envolvidos nos preços de mercado local.
14
Com base no exposto, verifica-se que a questão financeira é essencial para qualquer
trabalho que se deseje fazer com cautela, e que se fazem necessários estudos para tentar
planejar com o máximo de precisão. Assim, este Trabalho de Conclusão de Curso visa ajudar
na estimativa de orçamento para esse padrão de residência RP1Q.
1.2 Motivação
O crescimento do setor de construção civil em todo o mundo, no Brasil e em nossa
região, direciona a atenção para pesquisas nesse campo. Dentre todas as atividades que
englobam esse setor, o que trabalha com custos é de fundamental importância, sendo assim, é
necessário o desenvolvimento de estudos que possam contribuir para a melhoria contínua
desse seguimento.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico-IBGE, (2011), de
acordo com o censo mais recente realizado em nosso país, Caruaru é uma cidade com uma
população de 314.951 habitantes, sendo considerada uma das cidades mais populosas do
interior de Pernambuco e uma das que mais se desenvolve em diversos setores, merecendo
destaque o setor da construção civil.
Desta forma, com o mercado de construção civil aquecido em nossa localidade, se
desperta o interesse para pesquisas voltadas para esse setor, sendo essa área de custo a mais
relevante, pois se tratando de engenharia tudo deve ser tecnicamente e financeiramente viável.
1.3 Objetivos Geral e Específicos
1.3.1 Objetivo Geral
Calcular o CUB/m² em Caruaru/PE, para o padrão residencial RP1Q e comparar este
resultado com o CUB de outros estados, um de cada região do país. Sendo estes, escolhidos
em função da sua representatividade no CUB médio do Brasil, com exceção do estado de
Pernambuco, que não é o mais representativo da região Nordeste, mas, como a pesquisa se
realizou numa localidade desse estado, justifica-se incluí-lo nesse estudo. Os estados que
15
serviram para o estudo foram Pernambuco (Nordeste), Amazonas (Norte), Distrito Federal
(Centro-Oeste), São Paulo (Sudeste) e Paraná (Sul).
1.3.2 Objetivos Específicos
• Estudar a realidade dos custos de construção em Caruaru/PE;
• Fornecer de dados específicos para a localidade em estudo;
• Comparar o preço de mercado de uma casa que se enquadre nesse padrão.
16
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O Custo Unitário Básico
2.1.1 Origem
O CUB/m² teve origem através da Lei Federal nº 4.591 de 16 de dezembro de 1964.
Em seu artigo 54, a referida Lei determina:
Art. 54: Os sindicatos estaduais da indústria da construção civil ficam obrigados a
divulgar mensalmente até o dia 5 de cada mês, os custos unitários de construção a serem
adotados nas respectivas regiões jurisdicionais, calculados com observância dos critérios e
normas a que se refere o inciso I, do artigo anterior.
Então, para complemento, é necessário observar as considerações estabelecidas pelo
artigo 53 da Lei:
Art. 53: O Poder Executivo, através do Banco Nacional da Habitação, promoverá a
celebração de contratos com a ABNT, no sentido de que esta, tendo em vista o disposto na Lei
nº 4.150, de novembro de 1962, prepare, no prazo máximo de 120 dias, normas que
estabeleçam, para cada tipo de prédio que padronizar:
I - critérios e normas para cálculo de custos unitários de construção, para uso dos
sindicatos, na forma do art. 54;
II - critérios e normas para execução de orçamentos de custo de construção, para fins
de disposto no artigo 59;
III - critérios e normas para a avaliação de custo global de obra, para fins da alínea h,
do art. 32;
IV - modelo de memorial descritivo dos acabamentos de edificação, para fins do
disposto no art. 32;
V - critério para entrosamento entre o cronograma das obras e o pagamento das
prestações, que poderá ser introduzido nos contratos de incorporação inclusive para o efeito
de aplicação do disposto no § 2º do art. 48.
§ 1º O número de tipos padronizados deverá ser reduzido e na fixação se atenderá
primordialmente:
17
a) o número de pavimentos e a existência de pavimentos especiais (subsolo, pilotis
etc.);
b) o padrão da construção (baixo, normal, alto), tendo em conta as condições de
acabamento, a qualidade dos materiais empregados, os equipamentos, o número de elevadores
e as inovações de conforto;
c) as áreas de construção.
Portanto, estes dois artigos da Lei Federal 4.591/64 esclarecem três aspectos muito
importantes:
1. A responsabilidade de calcular o CUB/m² é dos Sindicatos da Indústria da
Construção Civil;
2. Período para divulgação: os Sindicatos da Indústria da Construção Civil devem
divulgar o CUB/m² até o dia 05 do mês, ou seja, o CUB/m² de janeiro deve ser divulgado até
o dia 05 de fevereiro, o CUB/m² de fevereiro deve ser calculado e divulgado até o dia 05 de
março e assim sucessivamente;
3. Cabe à ABNT, através da Comissão de Estudo de Avaliação de Custos Unitários na
Construção Civil (CE-02:139.13) do Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02),
elaborar a Norma que estabelece a metodologia a ser adotada pelos SINDUSCON’s de todo o
país para o cálculo do CUB/m².
Assim, o CUB/m² passou a partir da publicação de sua primeira Norma Brasileira
(ABNT NB-140/1965), a ser calculado e divulgado todos os meses pela maioria dos
SINDUSCON’s, atendendo as diversas especificações estabelecidas (SINDUSCON-MG,
2007).
2.1.2 Aparatos legais e técnicos
Conforme detalhado anteriormente, o CUB/m² possui um aparato legal que é a Lei
4.591/64. Além dela, o CUB/m² também possui seu aparato técnico, conforme esclarecido
pelo artigo 53 da referida Lei. Atualmente a Norma brasileira que estabelece a metodologia de
cálculo do CUB/m² é a ABNT NBR 12.721/2006, portanto, este é a referência técnica do
CUB/m² (SINDUSCON-MG, 2007).
18
2.1.3 Conceito
De acordo com o item 3.9 da Norma Brasileira ABNT NBR 12.721/2006, o conceito
de Custo Unitário Básico é o seguinte:
“Custo por metro quadrado de construção do projeto-padrão considerado, calculado de
acordo com a metodologia estabelecida em 8.3, pelos Sindicatos da Indústria da Construção
Civil, em atendimento ao disposto no artigo 54 da Lei nº 4.591/64 e que serve de base para a
avaliação de parte dos custos de construção das edificações.”
O CUB/m² representa o custo parcial da obra e não o global, isto é, não levam em
conta os demais custos adicionais. De acordo com a ABNT NBR 12.721/2006, item 8.3.5:
“Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes
itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de
construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada
caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de
lençol freático, elevador (es), equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores,
bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros;
playground (quando não classificado como área construída), obras e serviços
complementares, urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento,
instalação e regulamentação do condomínio, e outros serviços; impostos, taxas e
emolumentos cartoriais; projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de
instalação, projetos especiais; remuneração do construtor e remuneração do incorporador.”
2.1.4 Objetivo
O objetivo básico do CUB/m² é disciplinar o mercado de incorporação imobiliária,
servindo como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis. Em função da
credibilidade do referido indicador, alcançada ao longo dos seus mais de 40 anos de
existência, a evolução relativa do CUB/m² também tem sido utilizada como indicador macro-
econômico dos custos do setor da construção civil. Publicada mensalmente, a evolução do
CUB/m² demonstra a evolução dos custos das edificações de forma geral (SINDUSCON-MG,
2007).
19
2.1.5 Evolução Normativa
De acordo com SINDUSCON-MG (2007), desde a sua criação, o CUB/m² já passou
por algumas alterações normativas:
ABNT NB-140/1965: Norma original elaborada para atender a Lei 4.591/64 e
disciplinar as incorporações imobiliárias.
ABNT NBR 12.721/1992: Esta norma atualizou os acabamentos dos projetos-padrão
da ABNT NB 140/1965 sem alteração dos projetos-básicos da década de 60. Incorporou,
ainda, novos lotes básicos de insumos (material e mão-de-obra).
ABNT NBR 12.721/1999: Através desta Norma introduziram-se no cálculo do
CUB/m² os projetos comerciais (salas, lojas e andares livres), casa popular e galpão industrial.
Mantiveram-se os projetos habitacionais antigos.
ABNT NBR 12.721/2006: A maior revisão da Norma desde a sua criação, com a
introdução de novos projetos-padrão e novo lote básico. Foi uma ampla revisão, e que entrou
em vigor em 01/02/2007.
2.2 A ABNT NBR 12.721/2006
A ABNT NBR 12.721/2006 foi publicada no dia 28 de agosto de 2006 e é resultado de
um amplo processo de revisão da Norma anterior, a ABNT NBR 12.721/1999. Esta revisão
iniciou-se em maio de 2000 e foi de grande importância para o setor da construção civil.
Resultado de mais de seis anos de estudos técnicos e de amplas discussões no âmbito da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e suas entidades filiadas, envolveu
todos os agentes do mercado imobiliário nacional. Ela mantém os conceitos teóricos básicos
anteriores, mas apresenta profundas alterações em seu conteúdo, em função da sua obrigatória
adaptação ao disposto na legislação e aos novos projetos arquitetônicos atualmente praticados.
A revisão da Norma buscou a modernização do CUB/m² e a melhor adaptação à atual
realidade dos novos insumos, novas técnicas e tecnologias, novos índices de produtividade,
enfim, do atual processo construtivo nacional, uma vez que a antiga Norma baseava-se nos
processos construtivos de 1964. E, sem dúvida alguma, de lá para cá, muita coisa mudou.
Entre as principais alterações introduzidas estão os novos projetos-padrão (novos projetos
20
arquitetônicos, estruturais e de instalações). Além disso, ocorreu a adaptação às novas
legislações urbanas, subsolos, terrenos definidos, projetos diferentes para cada padrão de
acabamento, inexistência de diferenciação pelo número de quartos, novo lote básico de
insumos e introdução de metodologia de orientação para a coleta de preços do CUB/m².
Os projetos-padrão foram totalmente refeitos, sem qualquer ponto de equivalência ou
semelhança com os projetos anteriores. Foram considerados os aspectos do mercado atual de
edificações na definição dos projetos arquitetônicos, levando-se em conta que a Norma, por
ter abrangência nacional, deve procurar consolidar um projeto que atenda as inúmeras
legislações municipais.
Em 01/02/2007 entrou em vigor a Norma Brasileira ABNT NBR 12.721/2006,
estabelecendo uma completa alteração na Norma anterior (ABNT NBR 12.721/1999). O
processo de revisão, que resultou na Norma hoje em vigor, atendeu antiga aspiração do setor e
da sociedade (SINDUSCON-MG, 2007).
2.2.1 Os projetos-padrão da ABNT NBR 12.721/2006
A ABNT NBR 12.721/2006, em seu item 3.3, define projetos-padrão como:
“Projetos selecionados para representar os diferentes tipos de edificações, que são
usualmente objeto de incorporação para construção em condomínio e conjunto de edificações,
definidos por suas características principais:
a) número de pavimentos;
b) número de dependências por unidade;
c) áreas equivalentes à área de custo padrão privativas das unidades autônomas;
d) padrão de acabamento da construção e
e) número total de unidades.”
De acordo com a ABNT NBR 12.721/2006, os projetos-padrão utilizados no cálculo
do CUB/m² são os mostrados na Tabela 1, Tabela 2 e Tabela 3.
21
Tabela 1 - Projetos-padrão residenciais conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Padrão Baixo Padrão Normal Padrão Alto
R-1 R-1 R-1
PP-4 PP-4 R-8
R-8 R-8 R-16
PIS R-16
Tabela 2 - Projetos-padrão Comerciais CAL e CSL conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Padrão Normal Padrão Alto
CAL-8 CAL-8
CSL-8 CSL-8
CSL-16 CSL-16
Tabela 3 - Projetos-padrão Galpão Industrial e Residência Popular conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Padrão
RP1Q
GI
2.2.1.1 Caracterização dos projetos-padrão
Na Tabela 4, será mostrada a caracterização completa dos projetos-padrão.
Tabela 4 - Caracterização dos projetos-padrão conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Sigla Nome e Descrição Dormitórios Área
Real (m²)
Área Equivalente
(m²)
R1-B Residência unifamiliar padrão baixo: 1 pavimento, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque.
2 58,64 51,94
R1-N
Residência unifamiliar padrão normal: 1 pavimento, 3 dormitórios, sendo um suíte com banheiro, banheiro social, sala, circulação, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda (abrigo para automóvel).
3 106,44 99,47
R1-A
Residência unifamiliar padrão alto: 1 pavimento, 4 dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda.
4 224,82 210,44
22
RP1Q Residência unifamiliar popular: 1 pavimento, 1 dormitório, sala, banheiro e cozinha.
1 39,56 39,56
PIS
Residência multifamiliar - Projeto de interesse social: Térreo e 4 pavimentos/tipo. Pavimento térreo: Hall, escada, 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Na área externa estão localizados o cômodo da guarita, com banheiro e central de medição. Pavimento-tipo: Hall, escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.
2 991,45 978,09
PP-B
Residência multifamiliar - Prédio popular - padrão baixo: térreo e 3 pavimentos-tipo. Pavimento térreo: Hall de entrada, escada e 4 apartamentos por andar com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Na área externa está localizados o cômodo de lixo, guarita, central de gás, depósito com banheiro e 16 vagas descobertas. Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área de serviço.
2 1.405,07 927,08
PP-N
Residência multifamiliar - prédio popular - padrão normal: Pilotis e 4 pavimentos-tipo. Pilotis: Escada, elevador, 32 vagas de garagem cobertas, cômodo de lixo, depósito, hall de entrada, salão de festas, copa, 3 banheiros, central de gás e guarita. Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apart. por andar, com três dormitórios, sendo um suíte, sala de estar/jantar, banheiro social, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda.
3 2.590,35 1.840,45
R8-B
Residência multifamiliar padrão baixo: Pavimento térreo e 7 pavimentos-tipo. Pavimento térreo: Hall de entrada, elevador, escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque. Na área externa estão localizados o cômodo de lixo e 32 vagas descobertas. Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada e 4 apartamentos por andar, com 2 dormitórios, sala, banheiro, cozinha e área para tanque.
2 2.801,64 1.885,51
R8-N
Residência multifamiliar, padrão normal: Garagem, pilotis e oito pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo depósito e instalação sanitária. Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, 2 banheiros, central de gás e guarita. Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar, com três dormitórios, sendo um suíte, sala estar/jantar, banheiro social, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda.
3 5.998,73 4.135,22
R8-A
Residência multifamiliar, padrão alto: Garagem, pilotis e oito pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 48 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de jogos, copa, 2 banheiros, central de gás e
4 5.917,79 4.644,79
23
guarita. Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar, com 4 dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda.
R16-N
Residência multifamiliar, padrão normal: Garagem, pilotis e 16 pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 128 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo depósito e instalação sanitária. Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, copa, 2 banheiros, central de gás e guarita. Pavimento-tipo: Hall de circulação, escada, elevadores e quatro apartamentos por andar, com três dormitórios, sendo um suíte, sala de estar/jantar, banheiro social, cozinha e área de serviço com banheiro e varanda.
3 10.562,07 8.224,50
R16-A
Residência multifamiliar, padrão alto: Garagem, pilotis e 16 pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 96 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. Pilotis: Escada, elevadores, hall de entrada, salão de festas, salão de jogos, copa, 2 banheiros, central de gás e guarita. Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e 2 apartamentos por andar, com 4 dormitórios, sendo um suíte com banheiro e closet, outro com banheiro, banheiro social, sala de estar, sala de jantar e sala íntima, circulação, cozinha, área de serviço completa e varanda.
4 10.461,85 8.371,40
CSL-8
Edifício comercial, com lojas e salas: Garagem, pavimento térreo e 8 pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. Pavimento térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e lojas. Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
- 5.942,94 3.921,55
CSL-16
Edifício comercial, com lojas e salas: Garagem, pavimento térreo e 16 pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 128 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. Pavimento térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e lojas. Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e oito salas com sanitário privativo por andar.
- 9.140,57 5.734,46
CAL-8
Edifício comercial andares-livres: Garagem, pavimento térreo e oito pavimentos-tipo. Garagem: Escada, elevadores, 64 vagas de garagem coberta, cômodo de lixo, depósito e instalação sanitária. Pavimento térreo: Escada, elevadores, hall de entrada e lojas. Pavimento-tipo: Halls de circulação, escada, elevadores e oito andares corridos com sanitário privativo por andar.
- 5.290,62 3.096,09
GI Galpão industrial: Área composta de um galpão com área administrativa, 2 banheiros, um vestiário e um depósito.
- 1.000,00 -
24
2.2.2 Padrões de acabamento
Conforme a ABNT NBR 12.721/2006, os projetos-padrão são caracterizados quanto
ao acabamento como baixo, normal e alto, correspondentes a diferentes projetos
arquitetônicos. Assim, a referida Norma apresenta as especificações dos acabamentos nos
orçamentos dos projetos-padrão residenciais, comerciais, galpão industrial e residência
popular.
2.2.2.1 Especificações dos acabamentos
As especificações dos acabamentos no orçamento do projeto-padrão para residência
popular conforme a ABNT NBR 12.721/2006, mostra-se na Tabela 5:
Tabela 5 - Especificações dos acabamentos no orçamento do projeto-padrão para residência popular conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Acabamento/Serviço/Local Padrão
Portas: Externas e internas Fechadura para portas internas Fechadura para portas externas
Madeira, semi-oca, com espessura de 3,5 cm, sem pintura de acabamento; Batente de ferro para pintura esmalte; Ferragens: ferro polido leve Fechadura para tráfego moderado, tipo I (40 mm), em zamak Fechadura para tráfego moderado, tipo II (40 mm), em zamak
Janelas e basculantes Esquadria de ferro de chapa dobrada nº 20 com pintura esmalte
Peitoris Placa pré-fabricada de concreto
Acessórios sanitários de banheiros
Bacia sanitária com caixa de descarga não acoplada Torneiras e pertences de PVC branco (água fria) Lavatório de louça branca sem coluna Acessórios de embutir de louça branca
Pisos e rodapés - Salas - Banheiros - Cozinhas - Quartos/circulação
- Cimentado desempenado - Cimentado queimado colorido - Cimentado queimado colorido - Cimentado desempenado
Revestimentos internos – de paredes - Salas - Banheiros - Cozinhas - Quartos/circulação
- Chapisco e massa única - Placa cerâmica de cor clara, 15 cm x 15 cm nas paredes do box do chuveiro, chapisco e massa única no restante - Chapisco e massa única; duas fiadas de placa cerâmica cor clara 15 cm x 15 cm sobre a bancada da pia - Gesso em pó
Revestimentos internos de tetos - Banheiros - Circulação
- Chapisco e massa única - Chapisco e massa única
Revestimentos externos Massa raspada pigmentada
25
Cobertura - Telhado com madeiramento
- Chapa ondulada de fibrocimento 6 mm sobre estrutura de madeira
Pintura de tetos - Banheiros - Circulação
- Tinta à base de PVA - Tinta à base de PVA
Pintura de paredes - Salas - Banheiros - Cozinha - Quarto/circulação
- Tinta à base de PVA - Tinta à base de PVA - Tinta à base de PVA - Tinta à base de PVA
2.2.3 Lote básico de insumos
Conforme detalhado anteriormente, o CUB/m² deverá ser calculado mensalmente, de
acordo com a Lei Federal 4.591/64, pelos Sindicatos da Indústria da Construção Civil, para
cada um dos projetos-padrão definidos na ABNT NBR 12.721/2006.
De acordo com a ABNT NBR 12.721/2006, o lote básico de insumos é composto de
materiais de construção, mão-de-obra, despesas administrativas e equipamentos, conforme
detalhado na Tabela 6:
26
Tabela 6 - Lote básico de insumos com seu respectivo coeficiente físico conforme a ABNT NBR 12.721/2006.
Lote básico (por m² de construção) Unidade Residência
Popular (RP1Q)
Materiais
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m m² 0,81750
Aço CA-50 ø 10 mm Kg 7,22823
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado m³ 0,00476
Cimento CP-32 II Kg 179,48028
Areia média m³ 0,52496
Brita n° 02 m³ 0,25967
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm un 64,18998
Bloco de concreto sem função estrutural 19 x 19 x 39 cm un 0
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m un 1,47096
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m un 0,30052
Esquadria de correr tamanho 2,00 x 1,40 m, em 4 folhas (2 de correr), sem básculas, em alumínio anodizado cor natural, perfis da linha 25
m² 0
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
m² 0,16241
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado
un 0,14900
Placa cerâmica (azulejo) de dimensão ~30 cm x 40 cm, PEI II, cor clara, imitando pedras naturais
m² 0
Bancada de pia de mármore branco 2,00 m x 0,60 x 0,02 m un 0
Placa de gesso liso 0,60 x 0,60 m m² 0
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa m² 0,12260
Tinta látex PVA L 3,72427
Emulsão asfáltica impermeabilizante Kg 0,33857
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² m 11,60351
Disjuntor tripolar 70 A un 0,46534
Bacia sanitária branca com caixa acoplada un 0,05039
Registro de pressão cromado ø 1/2" un 0,28880
Tubo de ferro galvanizado com costura ø 2 1/2" m 0
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm m 1,01380
Mão-de-obra
Pedreiro h 28,14197
Servente h 22,59080
Despesas Administrativas
Engenheiro h 0
Equipamentos
Locação de betoneira 320 L dia 0,35359
27
2.2.3.1 Família dos insumos
É importante esclarecer que o lote básico de insumos, constante na ABNT NBR
12.721/2006, foi extraído do agrupamento de todos os insumos em famílias, cujos itens são
correlatos. Portanto, o lote básico de insumos representa a família de insumos. É de muita
importância conhecer a “família” de todos os insumos componentes do lote básico do
CUB/m². Isso permite vislumbrar a abrangência do referido indicador, reforçando sua
confiabilidade e aderência à realidade. A ABNT NBR 12.721/2006, ao listar cada insumo
com o respectivo coeficiente, para cada projeto-padrão específico, está, então, demonstrando
que através daquele coeficiente uma série de itens “correlatos” está sendo considerados no
cálculo do CUB/m². O coeficiente retrata, portanto, a família completa de cada material
(SINDUSCON-MG, 2007).
28
3 METODOLOGIA DO TRABALHO
3.1 Metodologias de cálculo do CUB/m²
O CUB/m² é calculado com base nos diversos projetos-padrão estabelecidos pela
ABNT NBR 12.721/2006, levando-se em consideração o lote básico de insumos (materiais de
construção, mão-de-obra, despesas administrativas e equipamentos) com os seus respectivos
pesos constantes na referida norma.
A metodologia de cálculo do CUB/m² é simples e permite a consecução de indicadores
muito realistas. Os salários, os preços dos materiais de construção, as despesas
administrativas e os custos com aluguel de equipamentos são pesquisados mensalmente pelos
Sindicatos da Indústria da Construção de todo o país. A pesquisa, preferencialmente, é
realizada junto às construtoras, mas também pode, eventualmente, ser realizada junto a
fornecedores da indústria, do comércio atacadista ou varejista, conforme prevê o item 8.3.3 da
ABNT NBR 12.721/2006: “no caso dos materiais de construção, a coleta pode
eventualmente ser realizada com informações levantadas junto a fornecedores da indústria,
do comércio atacadista ou varejista, sendo que os preços dos materiais, posto obra, devem
incluir as despesas com tributos e fretes.”
A ABNT NBR 12.721/2006 recomenda que a coleta de dados (preços dos insumos)
seja composta de, no mínimo, 20 informações, e deve ser realizada mensalmente entre o 1º e o
25º dia do mês de referência do custo. Além disso, deve-se efetuar um tratamento estatístico
dos dados, ou seja, o seu cálculo não pode se resumir apenas à verificação do desempenho
médio dos insumos. Deve-se buscar, para cada insumo, um dado que espelhe com fidelidade a
real evolução do seu preço. Só assim, é possível a consecução de um CUB mais realista em
valor absoluto. Neste sentido, torna-se uma importante tarefa o tratamento estatístico dos
dados.
A maioria dos SINDUSCON’s tem adotado a mediana, ou até mesmo a média
aritmética ou geométrica, no cálculo do valor dos insumos. Todos os cálculos para o CUB/m²
encontram-se informatizados, o que reforça ainda mais a confiabilidade dos mesmos
(SINDUSCON-MG, 2007).
29
Para compreender melhor o processo de cálculo do CUB/m² e o aspecto técnico com
que ele é realizado, pode-se citar que os procedimentos básicos estão dispostos na ABNT
NBR 12.721/2006, que estabelece em seu item 8.3.4:
“Na determinação dos custos unitários básicos, os Sindicatos da Indústria da
Construção Civil devem adotar os seguintes procedimentos:
a) os preços coletados de acordo com as determinações apresentadas em 8.3.3 devem
ser submetidos a uma análise estatística de consistência;
b) após análise de consistência, procede-se ao cálculo do promédio de cada insumo;
c) o valor do promédio de cada insumo aplica-se ao coeficiente físico correspondente
ao respectivo insumo no lote básico de cada projeto-padrão;
d) para o cálculo dos custos da mão-de-obra, aplica-se o percentual relativo aos
encargos sociais e benefícios:
– este percentual deve incluir todos os encargos trabalhistas e previdenciários,
direitos sociais e obrigações decorrentes de convenções coletivas de trabalho de cada
Sindicato;
– o método de cálculo e o percentual de encargos sociais e benefícios devem ser
explicitados pelos respectivos Sindicatos da Indústria da Construção Civil.”
Esta seção específica da Norma é muito importante para o processo de cálculo do
CUB/m² porque gera uma uniformidade, em nível nacional, no cálculo do referido indicador
de custos da construção, garantindo, desta forma, maior transparência ao processo
(SINDUSCON-MG, 2007).
3.2 CUB/m² representativo
De acordo com o item 13.5 da ABNT NBR 12.721/2006:
“Os Sindicatos da Indústria da Construção Civil têm a faculdade de eleger ou apurar
um CUB padrão representativo de sua região, desde que explicitem o critério utilizado para
obtê-lo, ficando na obrigação de divulgá-lo mensalmente, até o dia 5 do mês subseqüente,
juntamente aos demais custos unitários de construção referentes aos projetos-padrão
previstos nesta Norma e calculados conforme os critérios nela estabelecidos, com a
finalidade específica de servir como indexador contratual.”
30
Portanto, a ABNT NBR 12.721/2006 permite que os Sindicatos da Indústria da
Construção adotem um custo representativo, desde que explicitem o critério para fazê-lo. De
uma forma geral, como o CUB/m² é calculado para os diversos projetos-padrão, os
SINDUSCON’s de todo o país utilizam o CUB/m² representativo, ou seja, um projeto-padrão
específico, para acompanhar a evolução dos custos do setor (SINDUSCON-MG, 2007).
3.3 CUB Médio Brasil
Segundo o SINDUSCON-MG (2007), mensalmente a CBIC, através do seu Banco de
Dados, calcula o CUB médio Brasil. Este procedimento é realizado a partir dos resultados dos
CUB’s estaduais divulgados pelos SINDUSCON’s de todo o país. O objetivo é acompanhar a
evolução dos CUB’s estaduais e regionais, além dos preços de seus itens componentes. O
CUB médio Brasil funciona como uma média nacional e exerce o papel de parâmetro com o
qual se pode comparar e balizar não apenas os CUB’s regionais, mas também os outros
indicadores nacionais para o setor, como, por exemplo, o Índice Nacional de Custo da
Construção (INCC/FGV).
Atualmente 21 Estados compõem a média do CUB Brasil, obtido através da agregação
dos CUB’s regionais por meio de média ponderada, apresentada pela Eq.(1) e Eq.(2):
��� ���� ���� ��.�����.�����.���������.�������.��
������������������ (1)
��� ���� ���� � ��.��
� ��. (2)
ONDE:
Xi = Representa o valor do CUB padrão de cada Estado no mês de referência.
Pi = Representa a ponderação relativa de cada Estado,que foi determinada tomando-se
como referência as licenças “Habite-se” (área total das edificações) para os municípios das
respectivas capitais e os dados de população residente destas capitais.
3.4 Coletas de preços
A coleta de preços foi realizada mensalmente e efetuada antes do vigésimo-quinto dia
do mês, conforme preconiza a referida norma (mais especificamente na primeira semana do
31
mês). Para os materiais de construção, a coleta foi realizada com informações levantadas do
comércio através de questionário. Para mão-de-obra, o preço foi levantado junto as
construtoras as quais adotam a tabela salarial do SINDUSCON/PE.
Estas atividades foram realizadas durante os meses de janeiro, fevereiro, março, abril e
maio de 2011.
3.5 Método de cálculo
Os preços coletados foram submetidos a uma análise estatística de consistência. Na
análise foi feito o cálculo do promédio (média aritmética ou mediana) de cada insumo. Ao
valor do promédio de cada insumo aplica-se ao coeficiente físico correspondente ao
respectivo insumo. Para o cálculo dos custos de mão-de-obra, aplicou-se o percentual relativo
aos encargos sociais e benefícios de 173,55%, valor obtido analisando-se os valores referente
à mão-de-obra com e sem encargos sociais do estado de Pernambuco através do
SINDUSCON/PE.
.
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Análise estatística de consistência
Com os preços coletados dos materiais no comércio local e para a mão-de-obra e
equipamentos junto às construtoras, procedeu-se a análise estatística de consistência dos
dados.
Segundo Moreira (2001), se um avaliador estiver em dúvida quando poderá ou não
usar a média como valor mais provável, ele calcula o desvio-padrão e se este for
aproximadamente menor que 10% da média, poderemos usar a média como indicação do
valor mais provável. Se o desvio-padrão for, digamos 10%, ou possivelmente até 15% da
média, então a média é uma indicação razoável de valor; se ele excede 15%, então o avaliador
deve tomar isso como um aviso de que há uma grande dispersão entre os valores pesquisados;
nesse caso, o avaliador poderá se encaminhar pelo exame de cada dado individual,
considerando a possibilidade de adoção da mediana ou da moda.
A análise estatística de consistência dos dados foi feita seguindo-se a recomendação
descrita anteriormente, ou seja, calculando-se o desvio-padrão de cada amostra e verificando
se esse valor era inferior a 10% da média. Caso fosse, o valor adotado como promédio para o
cálculo do CUB/m² seria a média, caso contrário, o valor adotado para promédio seria a
mediana.
4.2 Cálculo do CUB/m²
Após o cálculo do valor do promédio para cada insumo, aplicou-se o coeficiente físico
correspondente ao respectivo insumo no lote básico de cada projeto-padrão. Esse coeficiente
físico de cada projeto-padrão específico demonstra que, através dele uma série de itens
“correlatos” está sendo considerado no cálculo do CUB/m². O coeficiente retrata, portanto, a
família completa de cada material.
Porém, para o cálculo dos custos da mão-de-obra, aplicou-se o percentual relativo aos
encargos sociais e benefícios.
33
Os resultados serão mostrados adiante, mês a mês, através das tabelas com os procedimentos
que foram descritos até então. Cada preço está relacionado a um estabelecimento comercial
pesquisado, logo, preço 1 (estabelecimento comercial 1) e assim sucessivamente. Para esta escolha dos
estabelecimentos comerciais foi levado em consideração os que apresentavam maior número de itens
do lote básico com preço disponível. As tabelas com os dados coletados apresentam espaços vazios
em decorrência dos estabelecimentos comerciais não possuírem todos os itens do lote a venda. No
caso do preço de mão-de-obra só aparece um valor porque todas as construtoras pesquisadas seguem a
mesma tabela salarial do SINDUSCON/PE. Para a betoneira, único equipamento utilizado, só
apresenta um preço porque apenas uma empresa foi encontrada na localidade pesquisada que faz
serviço de locação deste tipo de equipamento, visto que a procura por este tipo de equipamento é
baixo, pois, a maioria das construtoras adquire esse equipamento ao invés de fazer locação.
Na Tabela 7, mostra-se os dados coletados para o mês de janeiro.
Tabela 7 - Dados coletados referentes ao mês de janeiro.
A análise estatística de consistência foi feita através do método descrito, e os
resultados para o mês de janeiro apresentam-se na Tabela 8, onde mostra o preço que será
utilizado para o cálculo do CUB/m².
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunid
unidm
hh
diaLocação de betoneira 320 L 13,45
EQUIPAMENTOS
Servente 2,76
Pedreiro 3,67
MÃO-DE-OBRA
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 13,25 15,33 17,55 13,67 17,20
Registro de pressão cromado ø 1/2" 32,90 42,00 20,20 47,10
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 132,90 142,00 130,82 147,00 149,00
Disjuntor tripolar 70 A 64,90 61,00 63,89 65,95 66,90
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,64 0,81 0,87 0,62 0,80
Emulsão asfáltica impermeabilizante 5,75 10,67 3,95
Tinta látex PVA 2,77 3,60 3,00 3,72 3,60
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 31,50
149,00
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 28,90 47,64 18,30 27,00
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 136,99 279,00 158,00
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 54,90 54,20 59,00 56,00
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 57,58 34,30
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm 0,53 0,32 0,41
Brita nº 02 94,50 108,00 95,00
Areia média 26,76 31,50 27,90
Cimento CP-32 II 0,46 0,43 0,44 0,40
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00 280,00
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,72 3,41
Preço 5 (R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 27,36
Lote básico (por m² de construção)Unid
Preço 1 (R$)
Preço 2 (R$)
Preço 3 (R$)
Preço 4 (R$)
34
Tabela 8 - Análise estatística dos dados coletados em janeiro.
A memória de cálculo do custo unitário básico de construção para a residência
unifamiliar popular para a cidade de Caruaru no mês de janeiro mostra-se na Tabela 9.
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
37,4515,33
3,672,76
13,45
55,45
153,50
27,9531,503,605,750,8064,90
142,00
Mediana (R$)
27,363,57
280,000,4427,9095,000,4145,94
13,45
37,4515,33
3,672,76
31,503,605,750,8064,53140,34
99,170,4145,9456,03
153,50
27,95
Preço Utilizado (R$)
27,363,57
280,000,4328,72
0,00
11,801,97
0,000,00
0,000,423,480,112,278,19
7,650,11
16,462,12
66,06
12,35
Desvio Padrão (R$)
0,000,220,000,022,47
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 56,03
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 180,75
EQUIPAMENTOS
Emulsão asfáltica impermeabilizante 6,79Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,75Disjuntor tripolar 70 A 64,53
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 30,46Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 31,50Tinta látex PVA 3,34
Locação de betoneira 320 L 13,45
MÃO-DE-OBRA
Pedreiro 3,67Servente 2,76
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 140,34Registro de pressão cromado ø 1/2" 35,55Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 15,40
Lote básico (por m² de construção)Unid Média(R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 27,36
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 45,940,42
Areia média 28,72Brita nº 02 99,17Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,57Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00Cimento CP-32 II 0,43
35
Tabela 9 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em janeiro, de acordo com a NBR 12.721/2006.
Na Tabela 10, apresenta-se a composição do CUB/m² para residência unifamiliar
popular, de janeiro, para os estados de Pernambuco, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e
Paraná, de acordo com os SINDUSCON’s de cada estado.
MÊS: ANO:
h
h
Kg
Kgm³m³
LKg
unid
unid
dia
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (Conforme NBR 12.721/2.006)
PROJETO-PADRÃO Residência Unifamiliar Popular (RP1Q)
CALCULADO POR:LENILSON DE ANDRADE TORRES
PERCENTUAL DOS ENCARGOS SOCIAIS E BENEFÍCIOS (EM %)
MÃO-DE-OBRA (R$/m²)
MÃO-DE-OBRA (TOTAL EM R$/m²)
28,1419722,5908
3,672,76
103,2862,35
173,55
165,63
LOTE BÁSICO (POR m² DE CONSTRUÇÃO)
UNIDADECOEFICIENTE
FÍSICOPREÇO UNITÁRIO
(R$/m²)
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m
SUBTOTAL (R$/m²)
Janeiro 2.011
PedreiroServente
453,09
EQUIPAMENTO (TOTAL EM R$/m²) 4,76
Aço CA-50 ø 10 mm 7,22823
Cimento CP-32 II 179,48028 0,43 77,63Areia média 0,52496 28,72 15,08
Concreto fck=25 MPa abt. 5±1 cm, br. 1 e 2 pré-dosado
m³ 0,00476 280,00 1,33
Brita n° 02 0,25967 99,17 25,75
Bloco cerâmico p/ alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
unid 64,18998 0,41 26,32
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m
0,30052unid 56,03 16,84
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m
unid 1,47096 45,94 67,58
Tinta látex PVA 3,72427
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm²
m 11,60351
Emulsão asf. impermeabilizante
153,50 24,93
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa
m² 0,1226 31,50 3,86
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acab. cromado
Janela de correr tam.1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de
chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo
anticorrosivo
unid 0,16241
140,34 7,07
0,80 9,28
3,60 13,41
m² 0,8175 27,36 22,37
0,33857 5,75 1,95
unid 0,149 27,95 4,16
3,57 25,77
Disjuntor tripolar 70 A 0,46534 64,53 30,03
Bacia sanitária branca com caixa acoplada
unid
399,70
857,55CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (TOTAL EM R$/m²)
MATERIAIS (TOTAL EM R$/m²)
Locação de betoneira 320 L 0,35359 13,45 4,76
Registro de pressão cr.ø 1/2" 0,2888 37,45 10,82
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm
m 1,0138 15,33 15,54
0,05039
36
Tabela 10 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em janeiro.
O valor obtido para Caruaru para o mês de janeiro foi de 453,09 R$/m² para mão-de-
obra, 399,70 R$/m² para materiais e 4,76 R$/m² com equipamento, totalizando 857,55 R$/m².
Entre os estados que foram utilizados para a comparação percebe-se que o Amazonas
apresenta valor acima da média, isso se deve ao custo com material (534,72 R$/m²) e
equipamento (14,67 R$/m²), pois, por se tratar de uma região bem distante dos centros
produtores desses bens, acaba por encarecer o preço por conta do transporte. Já o Distrito
Federal apresenta valor menor que os demais, pois, para mão-de-obra (449,32 R$/m²) e
material (354,88 R$/m²) o mais próximo desse resultado é Caruaru e o estado de Pernambuco.
Outro valor que chama atenção é o custo com equipamento no estado do Paraná, pois, com
2,12 R$/m² de equipamento o valor mais próximo foi o obtido na localidade em estudo que
chega a 4,76 R$/m², mais que o dobro do valor, mais como no total o custo com equipamento
para esse padrão estudado não é tão significativo, esse valor não contribui muito para
elevação do custo total de construção para as residências RP1Q nas demais regiões.
Os custos totais obtidos nos estados do Paraná (935,96 R$/m²) e São Paulo (965,73
R$/m²) apresentam valores maiores que o obtido em Caruaru (857,55 R$/m²) por conta dos
custos com mão-de-obra, pois, os custos com material são próximos, Caruaru (399,70 R$/m²),
Paraná (350,69 R$/m²) e São Paulo (377,50 R$/m²), e para mão-de-obra apresentam 453,09
R$/m², 583,15 R$/m² e 582,27 R$/m², respectivamente.
Na Tabela 11, mostra-se os dados coletados para o mês de fevereiro.
Mão-de-obraMaterialDesp. adm.
Equipamento
TOTAL
RESIDÊNCIA POPULAR - RP1Q - Composição CUB/m² - Valores em R$/m² - Janeiro/2011
PERNAMBUCO AMAZONASDISTRITO FEDERAL
SÃO PAULO PARANÁ
391,33 534,72 354,88 377,50 350,69452,89 481,67 449,32 582,27 583,15
5,34 14,67 6,27 5,96 2,12
- - - - -
849,56 1031,06 810,47 965,73 935,96
37
Tabela 11 - Dados coletados referentes ao mês de fevereiro.
Após a análise estatística de consistência, os resultados para o mês de fevereiro
apresentam-se na Tabela 12, onde mostra o preço que será utilizado para o cálculo do
CUB/m².
Tabela 12 - Análise estatística dos dados coletados em fevereiro.
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
Preço 5 (R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Lote básico (por m² de construção)Unid
Preço 1 (R$)
Preço 2 (R$)
Preço 3 (R$)
Preço 4 (R$)
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00 280,00
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,72 3,41
Areia média 28,20 31,50 27,90
Cimento CP-32 II 0,48 0,46 0,43 0,42
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm 0,53 0,32 0,41
Brita nº 02 94,50 108,00 95,00
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 56,00 54,20 59,00 63,90
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 57,58 34,30
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 31,50
149,40
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 30,00 47,64 18,90 27,00
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 136,99 279,00 158,00
Emulsão asfáltica impermeabilizante 5,75 10,80 5,50
Tinta látex PVA 2,77 3,70 3,00 4,70 4,36
Disjuntor tripolar 70 A 64,90 61,00 63,89 65,95 66,90
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,64 0,82 0,79 0,77 0,88
Registro de pressão cromado ø 1/2" 32,90 42,00 20,20 47,10
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 132,90 148,00 134,86 147,90 149,00
MÃO-DE-OBRA
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 13,25 15,40 17,55 13,67 17,20
Servente 2,76
Pedreiro 3,67
Locação de betoneira 320 L 13,45
EQUIPAMENTOS
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
Lote básico (por m² de construção)Unid Média(R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 45,940,42
Areia média 29,20Brita nº 02 99,17Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,57Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00Cimento CP-32 II 0,45
Locação de betoneira 320 L 13,45
MÃO-DE-OBRA
Pedreiro 3,67Servente 2,76
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 142,53Registro de pressão cromado ø 1/2" 35,55Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 15,41
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 58,28
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 180,85
EQUIPAMENTOS
Emulsão asfáltica impermeabilizante 7,35Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,78Disjuntor tripolar 70 A 64,53
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 30,89Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 31,50Tinta látex PVA 3,71
7,650,1116,464,24
66,00
12,11
Desvio Padrão (R$)
0,000,220,000,032,00
0,00
11,801,97
0,000,00
0,000,842,990,092,277,94
99,170,41
45,9458,28
153,70
28,50
Preço Utilizado (R$)
26,863,57
280,000,45
29,20
13,45
37,4515,40
3,672,76
31,503,705,750,79
64,53142,53
Mediana (R$)
26,863,57
280,000,4528,2095,000,4145,94
37,4515,40
3,672,76
13,45
57,50
153,70
28,5031,503,705,750,7964,90
147,90
38
A memória de cálculo do custo unitário básico de construção para a residência
unifamiliar popular para a cidade de Caruaru no mês de fevereiro mostra-se na Tabela 13.
Tabela 13 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em fevereiro, de acordo com a NBR 12.721/2006.
MÊS: ANO:
hh
Kg
Kgm³m³
LKg
unid
unid
dia
EQUIPAMENTO (TOTAL EM R$/m²) 4,76
Disjuntor tripolar 70 A 0,46534 64,53 30,03
Bacia sanitária branca com caixa acoplada
unid
403,46
861,31CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (TOTAL EM R$/m²)
MATERIAIS (TOTAL EM R$/m²)
Locação de betoneira 320 L 0,35359 13,45 4,76
Registro de pressão cr.ø 1/2" 0,2888 37,45 10,82
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm
m 1,0138 15,40 15,61
0,05039 142,53 7,18
0,79 9,17
3,70 13,78
m² 0,8175 26,86 21,96
0,33857 5,75 1,95
unid 0,149 28,50 4,25
Tinta látex PVA 3,72427
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm²
m 11,60351
Emulsão asf. impermeabilizante
153,70 24,96
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa
m² 0,1226 31,50 3,86
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acab. cromado
Janela de correr tam.1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de
chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo
anticorrosivo
unid 0,16241
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m
0,30052unid 58,28 17,51
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m
unid 1,47096 45,94 67,58
Brita n° 02 0,25967 99,17 25,75
Bloco cerâmico p/ alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
unid 64,18998 0,41 26,32
Cimento CP-32 II 179,48028 0,45 80,32Areia média 0,52496 29,20 15,33
Concreto fck=25 MPa abt. 5±1 cm, br. 1 e 2 pré-dosado
m³ 0,00476 280,00 1,33
Aço CA-50 ø 10 mm 7,22823 3,57 25,77
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m
SUBTOTAL (R$/m²)
Fevereiro 2.011
Pedreiro
Servente
453,09
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (Conforme NBR 12.721/2.006)
PROJETO-PADRÃO Residência Unifamiliar Popular (RP1Q)
CALCULADO POR:LENILSON DE ANDRADE TORRES
PERCENTUAL DOS ENCARGOS SOCIAIS E BENEFÍCIOS (EM %)
MÃO-DE-OBRA (R$/m²)
MÃO-DE-OBRA (TOTAL EM R$/m²)
28,14197
22,59083,672,76
103,28
62,35
173,55
165,63
LOTE BÁSICO (POR m² DE CONSTRUÇÃO)
UNIDADECOEFICIENTE
FÍSICOPREÇO UNITÁRIO
(R$/m²)
39
Comparando o valor obtido para Caruaru no mês de fevereiro (861,31 R$/m²) com o
de janeiro (857,55 R$/m²), o custo total teve um percentual de aumento de 0,438%.
Na Tabela 14, apresenta-se a composição do CUB/m² para residência unifamiliar
popular, de fevereiro, para os estados de Pernambuco, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo
e Paraná, de acordo com os SINDUSCON’s de cada estado.
Tabela 14 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em fevereiro.
O valor obtido para Caruaru para o mês de fevereiro foi de 453,09 R$/m² para mão-de-
obra, 403,46 R$/m² para materiais e 4,76 R$/m² com equipamento, totalizando 861,31 R$/m².
As características dos demais estados permaneceram as mesmas, ou seja, Amazonas
com maior valor, o Distrito Federal com o menor valor e o estado do Paraná com o menor
custo para equipamentos. Os estados do Paraná e São Paulo apresentando custos maiores em
função das maiores despesas com mão-de-obra.
Observa-se que os valores tiveram um pequeno aumento com relação ao mês anterior,
pois, o custo do mês de fevereiro com relação a janeiro teve um aumento percentual de
0,438% para Caruaru, para Pernambuco 1,172% (de 849,56 R$/m² para 859,52 R$/m²), para o
Amazonas 0,097% (de 1031,06 R$/m² para 1032,06 R$/m²), para o Distrito Federal 0,227%
(de 810,47 R$/m² para 812,31 R$/m²), para São Paulo 0,133% (de 965,63 R$/m² para 966,91
R$/m²) e Paraná 0,187% (de 935,96 R$/m² para 937,71 R$/m²).
Na Tabela 15, mostra-se os dados coletados para o mês de março.
Mão-de-obraMaterialDesp. adm.
Equipamento
TOTAL
RESIDÊNCIA POPULAR - RP1Q - Composição CUB/m² - Valores em R$/m² - Fevereiro/2011
PERNAMBUCO AMAZONASDISTRITO FEDERAL
SÃO PAULO PARANÁ
401,00 535,54 356,72 378,59 352,44452,89 481,67 449,32 582,27 583,15
5,63 14,85 6,27 6,05 2,12
- - - - -
859,52 1032,06 812,31 966,91 937,71
40
Tabela 15 - Dados coletados referentes ao mês de março.
Após a análise estatística de consistência, os resultados para o mês de março
apresentam-se na Tabela 16, onde mostra o preço que será utilizado para o cálculo do
CUB/m².
Tabela 16 - Análise estatística dos dados coletados em março.
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
Preço 5 (R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Lote básico (por m² de construção)Unid
Preço 1 (R$)
Preço 2 (R$)
Preço 3 (R$)
Preço 4 (R$)
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00 280,00
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,72 3,50
Areia média 28,20 31,50 27,90
Cimento CP-32 II 0,46 0,48 0,44 0,43
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm 0,55 0,36 0,43
Brita nº 02 95,50 108,00 95,00
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 54,90 48,98 59,00 63,90
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 57,58 34,30
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 33,00
149,40
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 28,90 47,64 18,90 27,00
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 139,99 296,98 160,00
Emulsão asfáltica impermeabilizante 5,75 11,20 5,50
Tinta látex PVA 2,77 3,80 3,00 4,75 4,40
Disjuntor tripolar 70 A 51,65 49,00 63,89 65,95 66,90
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,70 0,83 0,81 0,77 0,88
Registro de pressão cromado ø 1/2" 32,90 42,00 20,20 47,10
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 151,90 152,00 138,94 147,90 159,50
MÃO-DE-OBRA
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 13,25 15,40 17,50 13,67 17,12
Servente 2,76
Pedreiro 3,67
Locação de betoneira 320 L 13,45
EQUIPAMENTOS
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
Lote básico (por m² de construção)Unid Média(R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 45,940,45
Areia média 29,20Brita nº 02 99,50Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,61Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00Cimento CP-32 II 0,45
Locação de betoneira 320 L 13,45
MÃO-DE-OBRA
Pedreiro 3,67Servente 2,76
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 150,05Registro de pressão cromado ø 1/2" 35,55Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 15,39
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 56,70
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 186,59
EQUIPAMENTOS
Emulsão asfáltica impermeabilizante 7,48Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,80Disjuntor tripolar 70 A 59,48
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 30,61Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 33,00Tinta látex PVA 3,74
7,370,1016,466,32
74,04
12,15
Desvio Padrão (R$)
0,000,160,000,022,00
0,00
11,801,94
0,000,00
0,000,863,220,078,487,49
99,500,43
45,9456,95
154,70
27,95
Preço Utilizado (R$)
26,863,61
280,000,45
29,20
13,45
37,4515,40
3,672,76
33,003,805,750,80
63,89150,05
Mediana (R$)
26,863,61
280,000,4528,2095,500,4345,94
37,4515,40
3,672,76
13,45
56,95
154,70
27,9533,003,805,750,8163,89
151,90
41
A memória de cálculo do custo unitário básico de construção para a residência
unifamiliar popular para a cidade de Caruaru no mês de março mostra-se na Tabela 17.
Tabela 17 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em março, de acordo com a NBR 12.721/2006.
MÊS: ANO:
h
h
Kg
Kgm³m³
LKg
unid
unid
dia
63,89 29,73
Bacia sanitária branca com caixa acoplada
unid
406,47
0,05039 150,05 7,56
unid 0,149 27,95 4,16
864,32CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (TOTAL EM R$/m²)
MATERIAIS (TOTAL EM R$/m²)
Locação de betoneira 320 L 0,35359 13,45 4,76
Registro de pressão cr.ø 1/2" 0,2888 37,45 10,82
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm
m 1,0138 15,40 15,61
EQUIPAMENTO (TOTAL EM R$/m²) 4,76
Disjuntor tripolar 70 A 0,46534
Tinta látex PVA 3,72427
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm²
m 11,60351
Emulsão asf. impermeabilizante
154,70 25,12
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa
m² 0,1226 33,00 4,05
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acab. cromado
Janela de correr tam.1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de
chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo
anticorrosivo
unid 0,16241
0,80 9,26
3,80 14,150,33857 5,75 1,95
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m
0,30052unid 56,95 17,11
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m
unid 1,47096 45,94 67,58
Brita n° 02 0,25967 99,50 25,84
Bloco cerâmico p/ alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
unid 64,18998 0,43 27,60
Cimento CP-32 II 179,48028 0,45 81,21Areia média 0,52496 29,20 15,33
Concreto fck=25 MPa abt. 5±1 cm, br. 1 e 2 pré-dosado
m³ 0,00476 280,00 1,33
Aço CA-50 ø 10 mm 7,22823 3,61 26,09
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m
SUBTOTAL (R$/m²)
Março 2.011
PedreiroServente
453,09
m² 0,8175 26,86 21,96
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (Conforme NBR 12.721/2.006)
PROJETO-PADRÃO Residência Unifamiliar Popular (RP1Q)
CALCULADO POR:LENILSON DE ANDRADE TORRES
PERCENTUAL DOS ENCARGOS SOCIAIS E BENEFÍCIOS (EM %)
MÃO-DE-OBRA (R$/m²)
MÃO-DE-OBRA (TOTAL EM R$/m²)
28,1419722,5908
3,672,76
103,2862,35
173,55
165,63
LOTE BÁSICO (POR m² DE CONSTRUÇÃO)
UNIDADECOEFICIENTE
FÍSICOPREÇO UNITÁRIO
(R$/m²)
42
Comparando o valor obtido para Caruaru no mês de março (864,32 R$/m²) com o de
fevereiro (861,31 R$/m²), o custo total teve um percentual de aumento de 0,349%, e um
percentual acumulado em relação a janeiro de 0,787%.
Na Tabela 18, apresenta-se a composição do CUB/m² para residência unifamiliar
popular, de março, para os estados de Pernambuco, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e
Paraná, de acordo com os SINDUSCON’s de cada estado.
Tabela 18 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em março.
O valor obtido para Caruaru para o mês de março foi de 453,09 R$/m² para mão-de-
obra, 406,47 R$/m² para materiais e 4,76 R$/m² com equipamento, totalizando 864,32 R$/m².
As características dos demais estados permaneceram as mesmas, ou seja, Amazonas
com maior valor, o Distrito Federal com o menor valor e o estado do Paraná com o menor
custo para equipamentos. Os estados do Paraná e São Paulo apresentando custos maiores em
função das maiores despesas com mão-de-obra.
Observa-se que os valores tiveram um pequeno aumento com relação ao mês anterior,
pois, o custo do mês de março com relação a fevereiro teve um aumento percentual de
0,349% para Caruaru, para Pernambuco 0,905% (de 859,52 R$/m² para 867,30 R$/m²) e o
acumulado com relação a janeiro de 2,077%, para o Amazonas 0,080% (de 1032,06 R$/m²
para 1032,89 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro 0,177%, para o Distrito Federal
0,952% (de 812,31 R$/m² para 820,04 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro 1,179%,
para São Paulo 0,195% (de 966,91 R$/m² para 968,80 R$/m²) e o acumulado com relação a
janeiro 0,328%, e Paraná 0,347% (de 937,71 R$/m² para 940,96 R$/m²) e o acumulado com
relação a janeiro 0,534%.
Na Tabela 19, mostra-se os dados coletados para o mês de abril.
Mão-de-obraMaterialDesp. adm.
Equipamento
TOTAL 867,30 1032,89 820,04 968,80 940,96
- - - - -
5,71 14,85 6,29 6,03 2,12
452,89 481,67 449,32 582,87 586,41408,70 536,37 364,43 379,90 352,43
RESIDÊNCIA POPULAR - RP1Q - Composição CUB/m² - Valores em R$/m² - Março/2011
PERNAMBUCO AMAZONASDISTRITO FEDERAL
SÃO PAULO PARANÁ
43
Tabela 19 - Dados coletados referentes ao mês de abril.
Após a análise estatística de consistência, os resultados para o mês de abril
apresentam-se na Tabela 20, onde mostra o preço que será utilizado para o cálculo do
CUB/m².
Tabela 20 - Análise estatística dos dados coletados em abril.
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
diaLocação de betoneira 320 L 13,45
EQUIPAMENTOS
Servente 2,76
Pedreiro 3,67
MÃO-DE-OBRA
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 14,00 15,40 17,50 13,67 16,45Registro de pressão cromado ø 1/2" 32,90 42,00 20,20 47,10
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 156,90 162,00 143,94 153,90 195,00
Disjuntor tripolar 70 A 53,90 49,00 63,89 65,95 66,40
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,72 0,84 0,82 0,78 0,88
Emulsão asfáltica impermeabilizante 5,75 11,20 5,50
Tinta látex PVA 3,00 4,00 3,10 4,75 4,60
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 33,00
149,40
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 28,90 47,64 20,90 27,00
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 139,99 296,98 160,00
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 54,90 48,98 59,00 62,00
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 57,58 34,30
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm 0,56 0,38 0,45
Brita nº 02 95,50 108,00 86,25
Areia média 30,00 32,00 30,00
Cimento CP-32 II 0,44 0,45 0,40 0,40
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00 280,00
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,80 3,60
Preço 5 (R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Lote básico (por m² de construção)Unid
Preço 1 (R$)
Preço 2 (R$)
Preço 3 (R$)
Preço 4 (R$)
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
37,4515,40
3,672,76
13,45
56,95
154,70
27,9533,004,005,750,8263,89
156,90
Mediana (R$)
26,863,70
280,000,4230,0095,500,4545,94
13,45
37,4515,40
3,672,76
33,004,005,750,81
63,89156,90
95,500,45
45,9456,95
154,70
27,95
Preço Utilizado (R$)
26,863,70
280,000,42
30,67
0,00
11,801,62
0,000,00
0,000,823,220,067,9019,40
10,920,0916,465,64
74,04
11,54
Desvio Padrão (R$)
0,000,140,000,031,15
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 56,22
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 186,59
EQUIPAMENTOS
Emulsão asfáltica impermeabilizante 7,48Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,81Disjuntor tripolar 70 A 59,83
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 31,11Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 33,00Tinta látex PVA 3,89
Locação de betoneira 320 L 13,45
MÃO-DE-OBRA
Pedreiro 3,67Servente 2,76
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 162,35Registro de pressão cromado ø 1/2" 35,55Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 15,40
Lote básico (por m² de construção)Unid Média(R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 45,940,46
Areia média 30,67Brita nº 02 96,58Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,70Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00Cimento CP-32 II 0,42
44
A memória de cálculo do custo unitário básico de construção para a residência
unifamiliar popular para a cidade de Caruaru no mês de abril mostra-se na Tabela 21.
Tabela 21 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em abril, de acordo com a NBR 12.721/2006.
MÊS: ANO:
h
h
Kg
Kgm³m³
LKg
unid
unid
dia
Disjuntor tripolar 70 A 0,46534 63,89 29,73
Bacia sanitária branca com caixa acoplada
unid
403,96
861,81CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (TOTAL EM R$/m²)
MATERIAIS (TOTAL EM R$/m²)
Locação de betoneira 320 L 0,35359 13,45 4,76
Registro de pressão cr.ø 1/2" 0,2888 37,45 10,82
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm
m 1,0138 15,40 15,61
0,05039 156,90 7,91
0,81 9,38
4,00 14,90
m² 0,8175 26,86 21,96
0,33857 5,75 1,95
unid 0,149 27,95 4,16
3,70 26,74
Tinta látex PVA 3,72427
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm²
m 11,60351
Emulsão asf. impermeabilizante
154,70 25,12
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa
m² 0,1226 33,00 4,05
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acab. cromado
Janela de correr tam.1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de
chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo
anticorrosivo
unid 0,16241
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m
0,30052unid 56,95 17,11
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m
unid 1,47096 45,94 67,58
Brita n° 02 0,25967 95,50 24,80
Bloco cerâmico p/ alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
unid 64,18998 0,45 28,89
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m
SUBTOTAL (R$/m²)
Abril 2.011
Pedreiro
Servente
453,09
EQUIPAMENTO (TOTAL EM R$/m²) 4,76
Aço CA-50 ø 10 mm 7,22823
Cimento CP-32 II 179,48028 0,42 75,83Areia média 0,52496 30,67 16,10
Concreto fck=25 MPa abt. 5±1 cm, br. 1 e 2 pré-dosado
m³ 0,00476 280,00 1,33
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (Conforme NBR 12.721/2.006)
PROJETO-PADRÃO Residência Unifamiliar Popular (RP1Q)
CALCULADO POR:LENILSON DE ANDRADE TORRES
PERCENTUAL DOS ENCARGOS SOCIAIS E BENEFÍCIOS (EM %)
MÃO-DE-OBRA (R$/m²)
MÃO-DE-OBRA (TOTAL EM R$/m²)
28,14197
22,59083,672,76
103,28
62,35
173,55
165,63
LOTE BÁSICO (POR m² DE CONSTRUÇÃO)
UNIDADECOEFICIENTE
FÍSICOPREÇO UNITÁRIO
(R$/m²)
45
Comparando o valor obtido para Caruaru no mês de abril (861,81 R$/m²) com o de
março (864,31 R$/m²), o custo total teve um percentual de diminuição de 0,289%, e um
percentual acumulado em relação a janeiro de 0,497%.
Na Tabela 22, apresenta-se a composição do CUB/m² para residência unifamiliar
popular, de abril, para os estados de Pernambuco, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e
Paraná, de acordo com os SINDUSCON’s de cada estado.
Tabela 22 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em abril.
O valor obtido para Caruaru para o mês de abril foi de 453,09 R$/m² para mão-de-
obra, 403,96 R$/m² para materiais e 4,76 R$/m² com equipamento, totalizando 861,80 R$/m².
As características dos demais estados permaneceram as mesmas, ou seja, Amazonas
com maior valor, o Distrito Federal com o menor valor e o estado do Paraná com o menor
custo para equipamentos. Os estados do Paraná e São Paulo apresentando custos maiores em
função das maiores despesas com mão-de-obra.
Observa-se que os valores tiveram uma pequena variação com relação ao mês anterior,
pois, o custo do mês de abril com relação a março teve uma diminuição percentual de 0,290%
para Caruaru, para Pernambuco um aumento de 0,172% (de 867,30 R$/m² para 868,80 R$/m²)
e o acumulado com relação a janeiro de 2,249%, para o Amazonas um aumento de 0,332%
(de 1032,89 R$/m² para 1036,32 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro 0,509%, para o
Distrito Federal uma diminuição de 0,006% (de 820,04 R$/m² para 819,99 R$/m²) e o
acumulado com relação a janeiro 1,173%, para São Paulo um aumento de 0,123% (de 968,80
R$/m² para 969,99 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro 0,451%, e Paraná um
aumento de 0,367% (de 940,96 R$/m² para 944,41 R$/m²) e o acumulado com relação a
janeiro 0,901%.
Na Tabela 23, mostra-se os dados coletados para o mês de maio.
Mão-de-obraMaterialDesp. adm.
Equipamento
TOTAL 868,80 1036,32 819,99 969,99 944,41
- - - - -
5,84 14,85 6,27 6,04 2,12
452,89 481,67 449,32 583,07 586,41410,07 539,80 364,40 380,88 355,88
RESIDÊNCIA POPULAR - RP1Q - Composição CUB/m² - Valores em R$/m² - Abril/2011
PERNAMBUCO AMAZONASDISTRITO FEDERAL
SÃO PAULO PARANÁ
46
Tabela 23 - Dados coletados referentes ao mês de maio.
Após a análise estatística de consistência, os resultados para o mês de maio
apresentam-se na Tabela 24, onde mostra o preço que será utilizado para o cálculo do
CUB/m².
Tabela 24 - Análise estatística dos dados coletados em maio.
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
diaLocação de betoneira 320 L 13,45
EQUIPAMENTOS
Servente 2,76Pedreiro 3,67
MÃO-DE-OBRA
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 13,25 16,00 17,50 13,67 16,45
Registro de pressão cromado ø 1/2" 32,90 42,00 20,20 47,10
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 151,96 162,00 144,22 155,60 195,00
Disjuntor tripolar 70 A 64,90 53,00 63,89 65,95 66,40
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,70 0,84 0,83 0,79 0,88
Emulsão asfáltica impermeabilizante 6,00 11,50 5,50
Tinta látex PVA 2,77 4,00 3,20 4,75 4,65
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 35,00
149,40
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 28,90 47,64 20,90 27,00
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 149,99 296,98 160,00
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 54,90 51,98 59,00 62,00
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 57,58 34,30
Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm 0,57 0,39 0,46
Brita nº 02 94,50 108,00 86,25
Areia média 29,50 33,00 30,00
Cimento CP-32 II 0,46 0,47 0,43 0,42
Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00 280,00
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,80 3,70
Preço 5 (R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Lote básico (por m² de construção)Unid
Preço 1 (R$)
Preço 2 (R$)
Preço 3 (R$)
Preço 4 (R$)
m²Kgm³Kgm³m³
unidunidunid
unidm²L
Kgm
unidunidunidm
hh
dia
37,4516,00
3,672,76
13,45
56,95
155,00
27,9535,004,006,000,8364,90
155,60
Mediana (R$)
26,863,75
280,000,4530,0094,500,4645,94
13,45
37,4516,00
3,672,76
35,004,006,000,81
62,83155,60
94,500,46
45,9456,97
155,00
27,95
Preço Utilizado (R$)
26,863,75
280,000,45
30,83
0,00
11,801,84
0,000,00
0,000,873,330,075,5819,66
10,980,0916,464,42
72,09
11,54
Desvio Padrão (R$)
0,000,070,000,021,89
Porta interna semi-oca p/ pintura 0,60 x 2,10 cm 56,97
Janela de correr tamanho 1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo anticorrosivo
unid 189,09
EQUIPAMENTOS
Emulsão asfáltica impermeabilizante 7,67Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm² 0,81Disjuntor tripolar 70 A 62,83
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acabamento cromado 31,11Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa 35,00Tinta látex PVA 3,87
Locação de betoneira 320 L 13,45
MÃO-DE-OBRA
Pedreiro 3,67Servente 2,76
Bacia sanitária branca com caixa acoplada 161,76Registro de pressão cromado ø 1/2" 35,55Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm 15,37
Lote básico (por m² de construção)Unid Média(R$)
MATERIAIS
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m 26,86
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m 45,940,47
Areia média 30,83Brita nº 02 96,25Bloco cerâmico para alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
Aço CA-50 Ø 10 mm 3,75Concreto fck=25 MPa abatimento 5±1 cm,.br. 1 e 2 pré-dosado 280,00Cimento CP-32 II 0,45
47
A memória de cálculo do custo unitário básico de construção para a residência
unifamiliar popular para a cidade de Caruaru no mês de maio mostra-se na Tabela 25.
Tabela 25 - Memória de Cálculo do Custo Unitário Básico em maio, de acordo com a NBR 12.721/2006.
MÊS: ANO:
h
h
Kg
Kgm³m³
LKg
unid
unid
dia
EQUIPAMENTO (TOTAL EM R$/m²) 4,76
Disjuntor tripolar 70 A 0,46534 62,83 29,24
Bacia sanitária branca com caixa acoplada
unid
409,26
867,11CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (TOTAL EM R$/m²)
MATERIAIS (TOTAL EM R$/m²)
Locação de betoneira 320 L 0,35359 13,45 4,76
Registro de pressão cr.ø 1/2" 0,2888 37,45 10,82
Tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto ø 150 mm
m 1,0138 16,00 16,22
0,05039 155,60 7,84
0,81 9,38
4,00 14,90
m² 0,8175 26,86 21,96
0,33857 6,00 2,03
unid 0,149 27,95 4,16
Tinta látex PVA 3,72427
Fio de cobre antichama, isolamento 750 V, # 2,5 mm²
m 11,60351
Emulsão asf. impermeabilizante
155,00 25,17
Vidro liso transparente 4 mm colocado com massa
m² 0,1226 35,00 4,29
Fechadura para porta interna, tráfego moderado, tipo IV (55 mm), em ferro, acab. cromado
Janela de correr tam.1,20 m x 1,20 m em 2 folhas, em perfil de
chapa de ferro dobrada n° 20, com tratamento em fundo
anticorrosivo
unid 0,16241
Porta interna semi-oca para pintura 0,60 x 2,10 m
0,30052unid 56,97 17,12
Telha fibrocimento ondulada 6 mm 2,44 x 1,10 m
unid 1,47096 45,94 67,58
Brita n° 02 0,25967 94,50 24,54
Bloco cerâmico p/ alvenaria de vedação 9 cm x 19 cm x 19 cm
unid 64,18998 0,46 29,53
Cimento CP-32 II 179,48028 0,45 79,87Areia média 0,52496 30,83 16,19
Concreto fck=25 MPa abt. 5±1 cm, br. 1 e 2 pré-dosado
m³ 0,00476 280,00 1,33
Aço CA-50 ø 10 mm 7,22823 3,75 27,11
Chapa compensado plastificado 18 mm 2,20 x 1,10 m
SUBTOTAL (R$/m²)
Maio 2.011
Pedreiro
Servente
453,09
MEMÓRIA DE CÁLCULO DO CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (Conforme NBR 12.721/2.006)
PROJETO-PADRÃO Residência Unifamiliar Popular (RP1Q)
CALCULADO POR:LENILSON DE ANDRADE TORRES
PERCENTUAL DOS ENCARGOS SOCIAIS E BENEFÍCIOS (EM %)
MÃO-DE-OBRA (R$/m²)
MÃO-DE-OBRA (TOTAL EM R$/m²)
28,14197
22,59083,672,76
103,28
62,35
173,55
165,63
LOTE BÁSICO (POR m² DE CONSTRUÇÃO)
UNIDADECOEFICIENTE
FÍSICOPREÇO UNITÁRIO
(R$/m²)
48
Comparando o valor obtido para Caruaru no mês de maio (867,11 R$/m²) com o de
abril (861,81 R$/m²), o custo total teve um percentual de aumento de 0,615%, e um
percentual acumulado em relação a janeiro de 1,112%.
Na Tabela 26, apresenta-se a composição do CUB/m² para residência unifamiliar
popular, de maio, para os estados de Pernambuco, Amazonas, Distrito Federal, São Paulo e
Paraná, de acordo com os SINDUSCON’s de cada estado.
Tabela 26 - Composição do CUB/m² para residência unifamiliar popular em maio.
O valor obtido para Caruaru para o mês de maio foi de 453,09 R$/m² para mão-de-
obra, 409,26 R$/m² para materiais e 4,76 R$/m² com equipamento, totalizando 867,11 R$/m².
As características dos demais estados permaneceram as mesmas, ou seja, Amazonas
com maior valor, o Distrito Federal com o menor valor e o estado do Paraná com o menor
custo para equipamentos. Os estados do Paraná e São Paulo apresentando custos maiores em
função das maiores despesas com mão-de-obra.
Observa-se que os valores tiveram uma pequena variação com relação ao mês anterior,
pois, o custo do mês de maio com relação a abril teve um aumento percentual de 0,615% para
Caruaru, para Pernambuco manteve-se praticamente o mesmo (de 868,80 R$/m² para 868,35
R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro de 2,249%, para o Amazonas um aumento de
0,248% (de 1036,32 R$/m² para 1038,89 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro
0,757%, para o Distrito Federal um aumento de 4,404% (de 819,99 R$/m² para 856,11
R$/m²), sendo este o maior aumento dentre todos o meses de analise em todos os estados, e o
acumulado com relação a janeiro 5,577%, para São Paulo um aumento de 3,417% (de 969,99
R$/m² para 1003,13 R$/m²), sendo este um aumento bastante significativo, e o acumulado
com relação a janeiro 3,868%, e Paraná uma diminuição de 0,071% (de 944,41 R$/m² para
943,74 R$/m²) e o acumulado com relação a janeiro 0,972%.
O preço de uma residência nesse padrão em Caruaru, dependendo da localização,
segundo imobiliária local, está em oferta por R$ 45.000,00 (residência no Alto do Moura com
Mão-de-obraMaterialDesp. adm.
Equipamento
TOTAL 868,35 1038,89 856,11 1003,13 943,74
- - - - -
5,84 14,85 6,01 6,07 2,12
452,89 481,67 493,52 616,81 586,41409,62 542,37 356,58 380,25 355,21
RESIDÊNCIA POPULAR - RP1Q - Composição CUB/m² - Valores em R$/m² - Maio/2011
PERNAMBUCO AMAZONASDISTRITO FEDERAL
SÃO PAULO PARANÁ
45 m², que provavelmente foi construída sem aparato técnico
seja, 1000 R$/m². Uma residência no condomínio Cidade Alta, executada por construtora
50 m², está em oferta por R$ 85.000,00, ou
corresponde ao preço do metro quadrado de mercado,
o custo do metro quadrado, portanto essa diferença entre preço e custo resulta no BDI
(Benefícios e Despesas Indiretas)
Nos gráficos adiante, mostra
maio de 2011, comparando-se os valores de
total.
Na Figura 1, mostra-se os valores correspondentes a mão
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
Figura 1 - Gráfico com os valores obtidos para mão
Na Figura 2, mostra-se os valores correspondentes a
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
mente foi construída sem aparato técnico, executada pelo proprietário
residência no condomínio Cidade Alta, executada por construtora
, está em oferta por R$ 85.000,00, ou seja, 1.700,00 R$/m². Esse valor consultado
corresponde ao preço do metro quadrado de mercado, e o cálculo realizado neste trabalho foi
o custo do metro quadrado, portanto essa diferença entre preço e custo resulta no BDI
(Benefícios e Despesas Indiretas), que está variando de 15,33% a 96,05%.
Nos gráficos adiante, mostram-se os resultados obtidos entre os meses de janeiro a
se os valores de mão-de-obra, materiais, equipamento e o custo
se os valores correspondentes a mão-de-obra para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
Gráfico com os valores obtidos para mão-de-obra.
se os valores correspondentes aos materiais para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
49
, executada pelo proprietário), ou
residência no condomínio Cidade Alta, executada por construtora com
Esse valor consultado
neste trabalho foi
o custo do metro quadrado, portanto essa diferença entre preço e custo resulta no BDI
se os resultados obtidos entre os meses de janeiro a
obra, materiais, equipamento e o custo
obra para a localidade em
materiais para a localidade em
Figura 2 - Gráfico com os valores obtidos para materiais.
Na Figura 3, mostra-se os valores correspondentes a equipamento para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
Figura 3 - Gráfico com os val
Na Figura 4, mostra-se os valores correspondentes ao custo total para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na c
Gráfico com os valores obtidos para materiais.
se os valores correspondentes a equipamento para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
Gráfico com os valores obtidos para equipamento.
se os valores correspondentes ao custo total para a localidade em
estudo e para os diversos estados utilizados na comparação.
50
se os valores correspondentes a equipamento para a localidade em
se os valores correspondentes ao custo total para a localidade em
Figura 4 -
- Gráfico com os valores obtidos para o CUB.
51
52
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O cálculo do CUB/m² para residência unifamiliar popular na cidade de Caruaru
forneceu dados reais que serviram para estimativa do custo de construção desse padrão
com mais precisão, visto que todo o custo foi baseado nos preços locais dos insumos que
compõem o lote básico para o padrão RP1Q. Desta forma, destacam-se os seguintes
pontos:
• O preço da mão-de-obra entre os meses de janeiro e maio para esse padrão residencial
não variou em Caruaru (453,09 R$/m²), ficou um pouco abaixo para Pernambuco
(452,89 R$/m²) e o Distrito Federal (449,32 R$/m², com exceção do mês de maio, que
apresentou um valor de 493,52 R$/m²), e os demais estados apresentaram valores
superiores, para o Amazonas (481,67 R$/m²), Paraná (583,15 R$/m² a 586,41 R$/m²)
e São Paulo (582,27 R$/m² a 616,81 R$/m²).
• O preço dos materiais entre os meses de janeiro e maio para esse padrão residencial
variou em Caruaru de (399,70 R$/m² a 409,26 R$/m²), bem próximo dos valores
obtidos para Pernambuco (391,33 R$/m² a 409,62 R$/m²), os estados de São Paulo
(377,50 R$/m² a 380,25 R$/m²), Distrito Federal (354,88 R$/m² a 356,58 R$/m²) e
Paraná (350,69 R$/m² a 355,21 R$/m²) apresentaram valores menores, e com valores
bem superiores o estado do Amazonas (534,72 R$/m² a 542,37 R$/m²), isso, em
decorrência de sua distância dos centros produtores desses materiais, encarecidos pelo
custo do frete.
• O preço do equipamento entre os meses de janeiro e maio para esse padrão residencial
não variou em Caruaru de (4,76 R$/m²), bem próximo dos valores obtidos para
Pernambuco (5,34 R$/m² a 5,84 R$/m²), São Paulo (5,96 R$/m² a 6,07 R$/m²) e
Distrito Federal (6,27 R$/m² a 6,01 R$/m²), e com valor inferior o estado do Paraná
(2,12 R$/m²) e superior o estado do Amazonas (14,67 R$/m² a 14,85 R$/m²).
• Os resultados obtidos para o CUB/m², ou seja, somando-se os gastos com mão-de-
obra, materiais e equipamentos, resultaram em valores para Caruaru variando de
(857,55 R$/m² a 867,11 R$/m²), bem próximos dos valores de Pernambuco (849,56
R$/m² a 868,35 R$/m²), um pouco abaixo está o Distrito Federal (810,47 R$/m² a
856,11 R$/m²), e com valores acima estão Paraná (935,96 R$/m² a 943,74 R$/m²), São
53
Paulo (965,73 R$/m² a 1003,13 R$/m²) e Amazonas (1031,06 R$/m² a 1038,89
R$/m²).
• Comparando o custo calculado para esse padrão em Caruaru, com o preço real de uma
residência nesse padrão, conclui-se que existe grande especulação do preço dos
imóveis na cidade, o que está caracterizado pela diferença entre custo e preço por
metro quadrado, no qual apresenta um BDI de 96,05%, valor não justificado para esse
padrão de construção.
• Sugere-se para trabalhos futuros o cálculo do CUB/m² para a cidade de Caruaru de
outros padrões residenciais unifamiliares e multifamiliares, merecendo destaque para
padrões normal e alto, visto que é o padrão de construção predominante na cidade.
54
REFERÊNCIAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12.721/2006 – Avaliação de custos unitários de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios e edifícios - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. 91p. BRASÍLIA. Lei nº. 4.150, de 21 de novembro de 1962. Institui o regime obrigatório de preparo e observância das normas técnicas nos contratos de obras e compras do serviço público de execução direta, concedida, autárquica ou de economia mista, através da Associação Brasileira de Normas Técnicas e dá outras providências. Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT, 21 nov. 1962. BRASÍLIA. Lei nº. 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e as incorporações imobiliárias. Sindicato da Indústria da Construção Civil de Santa Catarina, Florianópolis, v. 1, 16 dez.1964. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: 02 de fevereiro de 2011. MIRON, L.P. O Custo Unitário de Construção e a Curva ABC de um empreendimento multipavimentado edificado em Ijuí/RS.Ijuí, 2007. 97p. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado ao Departamento de Tecnologia da Universidade Regional do Noroeste do estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI). MOREIRA, Alberto Lélio. Princípios de Engenharia de Avaliações. PINI, 5º edição. São Paulo. 2001. 512p. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DO AMAZONAS. Composição do Custo Unitário Básico (CUB/m²): valores em R$. Manaus: SINDUSCON-AM, 2011. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DO DISTRITO FEDERAL. Composição do Custo Unitário Básico (CUB/m²): valores em R$. Brasília: SINDUSCON-DF, 2011. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO. Composição do Custo Unitário Básico (CUB/m²): valores em R$. São Paulo: SINDUSCON-SP, 2011.
55
SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Custo Unitário Básico (CUB/m²): principais aspectos. BeloHorizonte: SINDUSCON-MG, 2007. 112p. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Tabela salarial. Recife: SINDUSCON-PE, 2011. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Composição do Custo Unitário Básico (CUB/m²): valores em R$. Recife: SINDUSCON-PE, 2011. SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DO ESTADO DO PARANÁ. Composição do Custo Unitário Básico (CUB/m²): valores em R$. Curitiba: SINDUSCON-PR, 2011.