Classificação dos elétrons

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Classificação dos elétrons O elétron é um tipo de partícula subatômica denominada lépton , acreditando-se que é uma das partículas fundamentais, isto é, que não pode ser dividida em constituintes menores. A palavra "partícula" não é totalmente correta, porque a mecânica quântica nos indica que os elétrons, em determinadas condições, se comportam como uma onda , fato que ocorre na experiência de dupla fenda. Esta propriedade é denominada dualidade onda-corpúsculo . [editar ] Propriedades e comportamento dos elétrons O elétron tem uma carga elétrica negativa de −1.6 × 10 −19 coulomb e uma massa de 9.10 × 10 −31 kg (0.51 MeV /c²), que é aproximadamente 1/1836 da massa do próton . O elétron tem um spin 1/2, implicando que é um férmion , ou seja, que se pode aplicar-lhe a estatística Fermi -Dirac . Ainda que a maioria dos elétrons faça parte da constituição dos átomos, existem aqueles que se deslocam independentemente pela matéria ou aqueles que se deslocam juntos, formando um feixe de elétrons no vácuo. Em alguns supercondutores os elétrons se movem em pares. Quando os elétrons que não fazem parte da estrutura do átomo se locomovem e existe um fluxo deles numa determinada direcção, este fluxo é chamado de corrente eléctrica . A eletricidade estática não é um fluxo de elétrons. É mais correto denominá-la de "carga estática". Esta carga é causada por um corpo cujos átomos apresentam mais ou menos elétrons que o necessário para equilibrar as cargas positivas dos núcleos dos seus átomos. Quando existe um excesso de elétrons, diz-se que o corpo está carregado negativamente. Quando existem menos elétrons que prótons, o corpo está carregado positivamente. Se o número total de prótons e elétrons é equivalente, o corpo está num estado eletricamente neutro.

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Classificação dos elétrons

O elétron é um tipo de partícula subatômica denominada lépton, acreditando-se que é uma das partículas fundamentais, isto é, que não pode ser dividida em constituintes menores.

A palavra "partícula" não é totalmente correta, porque a mecânica quântica nos indica que os elétrons, em determinadas condições, se comportam como uma onda, fato que ocorre na experiência de dupla fenda. Esta propriedade é denominada dualidade onda-corpúsculo.

[editar] Propriedades e comportamento dos elétrons

O elétron tem uma carga elétrica negativa de −1.6 × 10−19 coulomb e uma massa de 9.10 × 10−31 kg (0.51 MeV/c²), que é aproximadamente 1/1836 da massa do próton.

O elétron tem um spin 1/2, implicando que é um férmion, ou seja, que se pode aplicar-lhe a estatística Fermi-Dirac.

Ainda que a maioria dos elétrons faça parte da constituição dos átomos, existem aqueles que se deslocam independentemente pela matéria ou aqueles que se deslocam juntos, formando um feixe de elétrons no vácuo. Em alguns supercondutores os elétrons se movem em pares.

Quando os elétrons que não fazem parte da estrutura do átomo se locomovem e existe um fluxo deles numa determinada direcção, este fluxo é chamado de corrente eléctrica.

A eletricidade estática não é um fluxo de elétrons. É mais correto denominá-la de "carga estática". Esta carga é causada por um corpo cujos átomos apresentam mais ou menos elétrons que o necessário para equilibrar as cargas positivas dos núcleos dos seus átomos. Quando existe um excesso de elétrons, diz-se que o corpo está carregado negativamente. Quando existem menos elétrons que prótons, o corpo está carregado positivamente. Se o número total de prótons e elétrons é equivalente, o corpo está num estado eletricamente neutro.

Os elétrons e os posítrons podem aniquilar-se mutuamente, produzindo fótons, assim como, de maneira inversa, fótons de alta energia podem transformar-se em elétrons e posítrons.

O elétron é uma partícula elementar; isso significa que não apresenta uma subestrutura - pelo menos não foi comprovado até agora. Por isso, pode ser representado por um ponto, ou seja, sem extensão espacial. Entretanto, nas cercanias de um elétron, pode-se medir variações na sua massa e na sua carga elétrica. Este é um efeito comum a todas as partículas elementares: a partícula influi nas flutuações do vácuo que o cerca, de forma que as propriedades observadas de maior distância são a soma das propriedades da partícula mais as causadas pelo efeito do vácuo que a rodeia.

Existe uma constante física chamada raio clássico do elétron, com um valor de 2.8179 × 10−15 metros. É preciso considerar que este é o raio que se pode aferir a partir da carga do elétron descrito sob o ponto de vista da eletrodinâmica clássica, não da mecânica

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quântica. Esta constante baseia-se num conceito desfasado, porém útil para alguns cálculos.

[editar] Elétrons no Universo

Acredita-se que o número total de elétrons que caberiam no universo conhecido é da ordem de 10130.

[editar] Elétrons na vida cotidiana

A corrente elétrica que abastece com energia as nossas casas é proveniente de elétrons em movimento. O tubo de raios catódicos de um televisor se baseia num feixe de elétrons no vácuo que é desviado por campos magnéticos para atingir uma tela fosforescente. Os semicondutores são utilizados em dispositivos tais como os transístores.

[editar] Elétrons na indústria

Feixes de elétrons são utilizados em solda.