Classificação AO de Muller

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Classificação AO de Muller: A classificação das fraturas é organizada por ordem crescente de gravidade, de acordo com a complexidade morfológica, a dificuldade de tratamento e o prognóstico. As cores verde, laranja e vermelho, bem como o escurecimento das setas, indicam a crescente gravidade. A1 indica a fratura mais simples com o melhor prognóstico e C3 a mais difícil com o pior prognóstico. Com a classificação do grupo da fratura, a gravidade é estabelecida e, assim, um guia para o tratamento é obtido. Os subgrupos representam três variações características dentro do grupo. Codificação do diagnóstico Para codificar o diagnóstico de uma fratura, sua localização e sua morfologia devem ser conhecidas. Local: isso é designado por dois números: Osso: 1 – úmero; 2- rádio/ulna; 3- Fêmur; 4- tíbia/fíbula Segmento: 1- proximal; 2- diafisário; 3- distal; 4- maleolar Os segmentos proximal e distal dos ossos longos são definidos por um quadrado cujos lados são do mesmo comprimento da parte mais larga da epífise. Exceções: fraturas do úmero proximal (11), fêmur proximal (31) e maleolar (44) Antes que uma fratura possa ser designada a um segmento, seu centro deve ser designado primeiro. Em uma fratura simples, o centro da fratura é óbvio. Em uma fratura em cunha, o centro é a parte mais larga da cunha. Em uma fratura complexa, o centro somente pode ser determinado após a redução. Qualquer fratura associada com um componente articular desviado é uma fratura articular. Se a fratura estiver associada somente com uma fissura não desviada que chega na articulação, ela é classificada como metafisária ou diafisária, dependendo de onde estiver o centro. Para a codificação, o formato alfanumérico é utilizado para estar em conformidade com a prática da computação. A chave que desvenda essa classificação das fraturas é a descrição precisa. Cada osso ou região óssea é enumerado e cada osso longo é dividido em três segmentos. Os três tipos são rotulados: A, B e C. Cada tipo é dividido em três grupos: A1, A2, A3 – B1, B2, B3 – C1, C2, C3. Assim existem 9 grupos.

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Classificação AO de Muller:

A classificação das fraturas é organizada por ordem crescente de gravidade, de acordo com a complexidade morfológica, a dificuldade de tratamento e o prognóstico. As cores verde, laranja e vermelho, bem como o escurecimento das setas, indicam a crescente gravidade. A1 indica a fratura mais simples com o melhor prognóstico e C3 a mais difícil com o pior prognóstico. Com a classificação do grupo da fratura, a gravidade é estabelecida e, assim, um guia para o tratamento é obtido. Os subgrupos representam três variações características dentro do grupo.Codificação do diagnóstico

Para codificar o diagnóstico de uma fratura, sua localização e sua morfologia devem ser conhecidas.

Local: isso é designado por dois números:Osso: 1 – úmero; 2- rádio/ulna; 3- Fêmur; 4- tíbia/fíbulaSegmento: 1- proximal; 2- diafisário; 3- distal; 4- maleolar

Os segmentos proximal e distal dos ossos longos são definidos por um quadrado cujos lados são do mesmo comprimento da parte mais larga da epífise.

Exceções: fraturas do úmero proximal (11), fêmur proximal (31) e maleolar (44)

Antes que uma fratura possa ser designada a um segmento, seu centro deve ser designado primeiro. Em uma fratura simples, o centro da fratura é óbvio. Em uma fratura em cunha, o centro é a parte mais larga da cunha. Em uma fratura complexa, o centro somente pode ser determinado após a redução.

Qualquer fratura associada com um componente articular desviado é uma fratura articular. Se a fratura estiver associada somente com uma fissura não desviada que chega na articulação, ela é classificada como metafisária ou diafisária, dependendo de onde estiver o centro.

Para a codificação, o formato alfanumérico é utilizado para estar em conformidade com a prática da computação. A chave que desvenda essa classificação das fraturas é a descrição precisa.

Cada osso ou região óssea é enumerado e cada osso longo é dividido em três segmentos.

Os três tipos são rotulados: A, B e C.

Cada tipo é dividido em três grupos: A1, A2, A3 – B1, B2, B3 – C1, C2, C3. Assim existem 9 grupos.

Cada grupo é subdividido em 3 subgrupos, denotados por um número: .1, .2, .3

Dessa forma, para cada segmento existem 27 subgrupos.A Morfologia

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Todas as fraturas são simples ou multifragmentárias. Simples: Um termo usado para caracterizar um único rom pimento circunferente de uma diáfise ou uma metáfise , ou um único rompimento de uma superfície articular. Fraturas simples da diáfise ou metáfise são espirais, oblíquas ou transversais.

Multifragmentária: um termo usado para caracterizar qualquer fratura com um ou mais fragmentos intermediários completamente separados. Nos segmentos diafisário e metafisário, ela inclui as fraturas em cunha e complexas.

Os termos cunha e complexa são usados somente para fraturas diafisárias ou metafisárias.

Cunha: Uma fratura com um ou mais fragmentos intermediários onde, após a redução, existe algum contato entre os fragmentos principais. A fratura em espiral ou a cunha em flexão podem estar intactas ou fragmentadas.

Complexa: uma fratura com um ou mais fragmentos intermediários onde, após a redução, não existe contato entre os principais fragmentos proximais e distais. As fraturas complexas são em espiral, segmentárias ou irregulares.

O termo cominutiva é impreciso e não deve ser usado.

Impactada: uma fratura estável e geralmente simples da metáfise ou epífise onde os fragmentos são pressionados uns contra os outros.

Termos específicos para os segmentos proximal e distal

Fraturas dos segmentos proximal e distal são extra-articulares ou articulares.

Fraturas extra-articulares: não envolvem a superfície articular, apesar de poderem ser intra-capsulares. Elas incluem fraturas apofisárias e metafisárias. Fraturas articulares envolvem a superfície articular. Elas são subdivididas em parciais e completas.

Fraturas articulares parciais: envolvem somente parte da superfície articular, enquanto o resto da superfície permance ligado à diáfise.

Tipos de fraturas articulares parciais:

Cisalhamento puro: uma fratura resultante de uma força de cisalhamento onde a direção do cisalhamento geralmente é longitudinal.

Depressão pura: uma fratura articular onde existe uma depressão da superfície articular sem cisalhamento. A depressão pode ser central ou periférica.

Depressão com cisalhamento: uma combinação de uma fratura com cisalhamento e uma depressão, onde os fragmentos articulares geralmente estão separados.

Depressão multifragmentária: uma fratura onde parte da articulação está deprimida e os freagmentos estão completamente separados.

Fraturas articulares completas: a superfície articular está interrompida e totalmente separada da diáfise. A gravidade dessas fraturas depende de seus componentes articular e metafisário serem simples ou multifragmentários.