Classicismo

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O Classicismo

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O Classicismo

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O Contexto

• O racionalismo.

• O antropocentrismo.

• O homem como medida de todas as coisas.

• As viagens marítimas.

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O Renascimento

Um esforço de totalização do conhecimento

(Arte – Ciência – Religião)

Harmonia

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“Da raiz dos cabelos até embaixo do queixo é um décimo da altura do homem; dos

mamilos até o topo da cabeça é a quarta parte do homem; do cotovelo até a ponta da mão é a quinta parte do homem; a mão inteira é a décima parte do homem; o pé é a sétima parte do homem; as partes que se encontram entre o queixo e o nariz, e das

sobrancelhas à raiz dos cabelos, equivalem cada um à orelha e são um terço da face.

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As Características

•A medida nova – versos decassílabos. •A preferência pelo soneto.

•A imitação da cultura greco-latina. •O culto à Beleza e à Perfeição.

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Luís Vaz de Camões

•A medida nova – versos decassílabos. •A preferência pelo soneto. •O culto à Beleza e à Perfeição.

•O neoplatonismo.

•O desconcerto do mundo.

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Transforma-se o amador na cousa amada,Por virtude do muito imaginar;Não tenho logo mais que desejar,Pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,Que mais deseja o corpo de alcançar?Em si somente pode descansar,Pois consigo tal alma está liada.

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Mas esta linda e pura semideia,Que, como o acidente em seu sujeito,Assim como alma minha se conforma,

Está no pensamento como ideia;E o vivo e puro amor de que sou feito,Como matéria simples busca a forma.

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Tanto de meu estado me acho incerto, Que em vivo ardor tremendo estou de frio;Sem causa, juntamente choro e rio,O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto, um desconcerto;da alma um fogo me sai, da vista um rio;agora espero, agora desconfio,agora desvario, agora acerto.

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Estando em terra, chego ao céu voando,numa hora acho mil anos, e é de jeitoque em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,respondo que não sei; porém suspeitoque só porque vos vi, minha Senhora.

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Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;

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É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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Os Lusíadas •A epopeia de Portugal.

•A celebração do homem renascentista.

•A epifania de Vasco da Gama: saber é poder.

•Camões: entre o cosmopolitismo e a tradição.

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A estrutura da narração Camões > narrador principal – interrompe a narrativa – comentários pessoais. Vasco da Gama > narrador secundário. Ação histórica: 2 momentos > viagem de Vasco da Gama – história de Portugal. Ação mitológica: a luta entre Vênus e Baco.

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Vês aqui a grande máquina do Mundo, Etérea e elemental, que fabricada Assi foi do Saber, alto e profundo, Que é sem princípio e meta limitada. Quem cerca em derredor este rotundo Globo e sua superfícia tão limada, É Deus: mas o que é Deus, ninguém o entende, Que a tanto o engenho humano não se estende.

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Aqui os dous companheiros, conduzidos Onde com este engano Baco estava, Põe em terra os giolhos, e os sentidos Naquele Deus que o Mundo governava. Os cheiros excelentes, produzidosNa Pancaia odorífera, queimava O Tioneu, e assi, por derradeiroO Falso Deus adora o verdadeiro.

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A estrutura do poema

8816 versos

1102 estrofes

10 cantos

5 partes

Uma metáfora do mundo renascentista

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A organização dos cantos

Proposição

Invocação

Dedicatória

Narrativa

Epílogo

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Tu só, tu, puro Amor, com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano, Tuas aras banhar em sangue humano.

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Bem puderas, ó Sol, da vista destes Teus raios apartar aquele dia, Como da seva mesa de Tiestes, Quando os filhos por mão de Atreu comia. Vós, ó côncavos vales, que pudestes A voz extrema ouvir da boca fria, O nome do seu Pedro, que lhe ouvistes, Por muito grande espaço repetisses!

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Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metidaNo gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza.