civilização grega
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Antiguidade: Creta
A primeira civilização a se estabelecer no mundo grego nasceu em Creta e
floresceu de 2700 a 1400 A.C.
Os cretenses dominavam os metais e constituíram uma civilização que chegou ao
mar Egeu (localizado no Mediterrâneo Oriental entre a Grécia e a Turquia com inúmeras
pequenas ilhas) vindo do Oriente Próximo.
O período faz parte da chamada Idade do Bronze.
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Contemporânea às civilizações Egípcia (agricultura) e Mesopotâmica (comércio), a
civilização Cretense baseava-se no poder comercial e marítimo, e sua história pode ser
dividida em três etapas:
Primeiro Minóico ( até 2.000 a.C.)
Minóico Médio ( de 2.000 a 1.700 a.C.)
Minóico Tardio ( de 1.700 a 1.450 a.C.)
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Por volta de 2000 a.C. construíram
grandes palácios, entre os quais o mais famoso
foi o de Minos em Cnossos.
Apesar do domínio de metais preciosos,
sua arte é antes de tudo prática e utilitária,
destacando-se a cerâmica, a pintura decorativa,
pequenas esculturas naturalistas e o trabalho
de gravação de pedras preciosas e metais.
Vaso com desenho de polvo (1500 a.C.)
cerâmica.
Este pequeno frasco, chamado taça de
alça é um belo exemplar do estilo marinho
empregado na pintura de vasos cretenses.
A superfície é pintada com a
representação de um polvo que nada entre
algas, coral e conchas; um naturalismo vivo é
combinado com excelente senso decorativo.
As pinturas, esculturas, vasos e objetos de luxo eram feitas por artistas (artesãos
cretenses).
A arte, para os gregos, sempre teve um sentido utilitário, sendo difícil diferenciar o
artista do artesão.
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Palácio de Cnossos (1650 a.C.)
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A arquitectura Creto-Micénica
apresenta em seu repertório grandes
palácios labirinticos, como o palácio
do rei Minos na cidade de Knossos
em Creta.
Um palácio cretense compõe-se de um complexo conjunto de dependências,
verdadeiramente labiríntico, o que talvez tenha dado origem à lenda do Labirinto de
Creta, devido ao herói Teseu e ao Minotauro.
O palácio de Cnossos ergue-se
sobre uma ampla esplanada, sem
muralha de defesa, e desenvolve-
se à volta de um grande pátio
rodeado de pórticos. Dá acesso a
este pátio uma porta
monumental com colunas,
possível origem do propileu.
À volta do pátio dispõem-se quartos retangulares, chegando-se a eles por estreitos
corredores. Na parte nobre, situam-se uma sala de recepção e a grande sala do trono,
caracterizada pela colocação de um trono de pedra e detrás desta grande sala –
encontram-se as habitações privadas, algumas de dois andares, e entre elas, as
destinadas às mulheres da corte, formando uma série de pequenas câmaras
retangulares.
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Palácio de Cnossos
(Vista parcial dos
aposentos reais).
As colunas vermelhas com seus capitéis negros acolchoados, são reconstruções em
concreto das colunas originais de madeira.
Os aposentos desta área parecem apartamentos particulares;
salas de recepção, dormitórios, salas de banho e dependências sanitária foram
identificados.
As pinturas, mostrando grifos numa
paisagem, são restaurações modernas
baseadas em fragmentos achados nas
escavações. A decoração da sala do
trono pertence a um período tardio do
palácio.
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A Deusa das Serpentes (1600 a.C. Bronze). Museu de
Heráclion, Creta.
Esta estatueta, de uma mulher que segura
serpentes nas mãos, foi achada no Palácio de
Cnossos.
Não se sabe ao certo se pertence a uma deusa,
uma rainha ou uma sacerdotisa.
A vestimenta é típica da mulher cretense da corte,
com seios desnudos, cintura fina e longas saias de
babado.
Casa em Delos
A pequena ilha de Delos, situa-se
aproximadamente no centro do grupo de ilhas
do Mar Egeu
1- Pátio com peristilo
2- Sala de recepções
3- Quartos
4- Poço
5- Latrina
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Período Micênico (1450 - 1200 a.C.)
Tanto na arquitetura cretense como na micênica, a pedra é o material
preferencial.
Algumas vezes em grandes blocos desbastados ou, em outras, finamente talhados,
são retiradas das pedreiras por meio de cunhas de madeira.
Os blocos eram colocados irregularmente, ainda que, em alguns casos,
encontremos paredes regulares com blocos dispostos em fiadas, com emprego, por vezes
de ligaduras de bronze. Empregava-se também a taipa ou terra, com reforços de
madeira, utilizando-se, como no Egito, terra ou barro líquido como aglutinante.
A Grande Porta do Leão em
Micenas, que é a entrada principal da
cidadela, é o primeiro exemplar de
escultura monumental ligada à arquitetura
encontrado no mundo grego. A entrada
majestosa, com suas enormes vergas de
pedra, é emoldurada por um relevo que
mostra dois leões ladeando uma coluna e
o entablamento.
Os leões e a coluna têm caráter
minóico, mas a escala da concepção
arquitetônica é micênica.
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As grandes cidadelas de Micenas, Tirinto e outras adquiriram no séc. XIV a sua
forma atual. Os locais são caracterizados pelas maciças muralhas defensivas construídas
em torno ao palácio real, para servir de refúgio em caso de perigo.
Essas muralhas eram feitas de grandes blocos quadrados de alvenaria comum, ou
de enormes blocos de talho irregular cuidadosamente encaixados para dar a aparência
de uma superfície nivelada; os gregos clássicos acreditavam que os Cíclopes haviam
construído as muralhas.
Em Tirinto, "as muralhas mais ciclópicas de toda a Grécia" chegavam a ter 17,5 m
de espessura.
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Antiguidade: Grécia
Civilização Grega
A civilização grega tem a sua origem
em torno do mar Egeu, tento como seus
antecedentes imediatos a cultura creto-
micênica.
Os povos gregos foram ocupando as
ilhas do Egeu, incluindo a grande ilha de
Creta e as regiões da Grécia continental,
até ao norte: Ática, Tessália e Macedónia.
Estenderam-se também até ao
Mediterrâneo colonizando a Silícia e o Sul
da Itália, chegando ao norte de África
conquistando o Egipto.
Desde seu primeiro aparecimento no âmbito da civilização mediterrânea, a
sociedade grega se funda no pensamento de um perfeito equilíbrio entre humanidade e
natureza: nada existe na realidade que não se defina ou tome forma na consciência
humana. Aristóteles explicará que o primeiro estágio da "política" é a família (oikía), o
segundo é a aldeia (koinè), o terceiro é a cidade (pólis). As próprias leis do Estado têm
seu fundamento nas leis naturais; e "natural" é o fundamento da lógica e da ciência, da
moral e da religião. Mas nem por isso a vida é equilíbrio imóvel, estagnação; é antes
aspiração contínua a uma condição ideal, de perfeita liberdade "natural“.
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Por esse ideal de liberdade a Grécia combaterá longamente o império persa,
última forma do obscuro despotismo asiático; e essa longa luta histórica nada mais será
do que o resultado da mítica luta de liberação da consciência dos opressivos terrores do
mundo pré-histórico e proto-histórico, com suas ameaçadoras potências sobrenaturais.
Dessa contínua luta, mítica e histórica, pela libertação da consciência e pelo
límpido conhecimento do real, a arte figurativa é, mais ainda do que um testemunho, um
fator essencial.
Costuma-se dividir o desenvolvimento histórico da arte grega em três períodos:
Arcaico, do século VII ao fim do VI a.C.;
Clássico, até a metade do IV a.C.;
Helenístico, até a metade do século I a.C.
Essa divisão esquemática reflete o tradicional conceito evolucionista, segundo o
qual o período clássico deveria ser considerado como o momento do apogeu, precedido
por uma fase de preparação ou de progresso e seguido por outra de declínio ou
dissolução. Cada situação histórica deve ser avaliada no seu significado próprio e não
somente em relação a outras. Todavia, a fase central, dita clássica, produziu obras de tão
alto nível que podem ser consideradas pela posteridade como exemplos de perfeição
absoluta, podendo pois constituir o fundamento de uma teoria da arte ou da estética.
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Koré (Museu de Acrópolo; Atenas; 150 cm; 530 a.C.). P. Arcaico
Hermes de Praxíteles P. Clássico
Vitória de Samotrácia (Museu do Louvre; P. Helenístico
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A Grécia era uma cidade clássica que aplicava os princípios de racionalidade e de
sociabilidade, sendo caracterizada por uma estrutura de ordem geométrica, dividida em
três partes:
• A sagrada, onde se situavam os principais templos e santuários na Acrópole;
• A pública ou Ágora (praça pública, onde se situavam os mercados, teatros e
estádios e se discutia política e filosofia) e
• A zona privada formada por bairros residenciais.
A mitologia grega era também muito importante na vida desta civilização, pois era
através dos mitos e lendas que os gregos transmitiam mensagens e ensinamentos
importantes.
A nível da arte a Grécia caracteriza-se pela arquitectura, escultura e cerâmica. A
arte deixa de ser exclusivamente funcional, ou ao serviço de Deus e passa a destinar-se a
proporcionar prazer estético. Chegaram até a criar noções básicas de proporção,
composição e ritmo, pelas quais se devia reger qualquer composição formal de modo a
obter um todo harmónico.
Apesar de ser o “berço da democracia”, esta era ainda imperfeita e muito
controlada, já que dos cerca de 300 mil habitantes de Atenas, apenas cerca de 40 mil
possuíam direitos políticos. Os estrangeiros (metecas), as mulheres e os escravos não
participavam nas discussões nem tinham direito a decidir os destinos da polis.
É sobre esta cultura e principalmente, sobre a arte deste país que vou abordar no
desenvolvimento do trabalho, procurando conhecer e dar a conhecer o “berço da
civilização”, a Grécia Antiga.
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Arquitectura Grega
Desde estes tempos remotos que predominava um tipo específico de construção:
o templo.
Um templo era considerado a morada de um deus e esta variava de acordo com as
preferências e as tradições locais. No início, o templo era constituído por uma única sala
ou cabana e as paredes eram de tijolos secos ao sol. No exterior ficava o altar, destinado
a sacrifícios de animais.
Pouco a pouco, as colunas foram surgindo no interior destes edifícios e, em
seguida, marcaram o seu lugar nas fachadas (a toda a volta ou apenas nas pontas). Eram
essas colunas que ajudavam a sustentar a cobertura. Por último, no fim do século VII a.C.,
o corpo principal do santuário era totalmente rodeado por uma única fila de colunas. O
peristilo era exclusivo da arquitetura grega e seria uma das suas principais características.
Os templos apresentavam sempre uma planta rectangular, com um telhado de duas
águas. Era uma estrutura ao mesmo tempo simples e harmoniosa.
A Construção da Cobertura
Na arquitetura grega, os lintéis de
madeira (vigas horizontais) serviam de
suporte a pesadas vigas transversais, que
serviam de apoio a contrafortes e a vigas
inclinadas.
Os vãos não podiam ser grandes, a
menos que se erguessem colunas no
interior. Mais tarde, os elementos de madeira passariam a ser de pedra.
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O Templo: Formas e Elementos
O objetivo dos Gregos era aperfeiçoar os seus edifícios de todas as maneiras
possíveis, mas fizeram-no lentamente e sem alterar as componentes essenciais –
peristilo, pórtico, pronaos, naos e opistodomo.
A Naos era um espaço cerrado reservado para guardar a estátua do Deus a quem o
templo era dedicado; o pronaos era um espaço semi-aberto porticado que antecede a
naos, completado, na parte posterior, por uma sala com o nome de opistodomo.
Quanto a forma e utilização dos espaços podemos classificar as plantas dos templos da
seguinte maneira:
1. Antas: caracteriza-se por ter muros laterais que abarcam o Pronaos;
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2. Anfiantas: caracteriza-se por ter muros laterais que abarcam o pronaos e o
opistódomo
3. Próstilo: nesta planta o pronaus aparece como uma galeria colunada e aberta
lateralmente;
4. Anfipróstilo: nesta planta a galeria colunada repete-se no espaço correspondente
ao Opistodomo;
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5. Períptero: a galeria colunada rodeia o espaço interior do templo, que se apresenta
fechado por muros laterais.
6. Dípteros: a planta tem uma dupla galeria colunada rodeando o núcleo interior do
templo.
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As Ordens
As realizações gregas no campo da arquitectura foram identificadas, com a criação
das três ordens arquitectónicas clássicas: Dórica, Jónica e coríntia.
A Dórica pode considerar-se a ordem fundamental, pois é a mais antiga e mais
nitidamente definida que a Jónica.
A ordem dórica é a mais simples e mais antiga,
caracterizando-se pelo capitel liso e pelo facto de a coluna
não ter base. As suas características são a masculinidade, a
força e a solidez.
A ordem jónica é considerada a mais elegante. O seu
capitel é formado por uma espécie de “caracóis”, a que se
dá o nome de volutas. A coluna é mais fina e tem base. As
características principais da ordem jônica eram a
feminilidade, a elegância e a beleza, devido ao fato de ela
se inspirar nas proporções do corpo feminino.
A ordem coríntia é muito parecida com a ordem jónica. A
diferença está no capitel, que aqui apresenta uma
decoração a lembrar folhas de acanto (uma planta
decorativa).
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Ordem arquitectónica
Uma ordem arquitectónica, dentro do contexto da arquitetura clássica, é um sistema
arquitectónico que afecta o projeto de um edifício dotando-o de características próprias
e associando-o a uma determinada linguagem e a um determinado estilo histórico.
Compreende o conjunto de elementos previamente definidos e padronizados que,
relacionando-se entre si e com o todo de um modo coerente, conferem harmonia,
unidade e proporção a um edifício segundo os preceitos clássicos de beleza.
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Partes constituintes de um Templo em Alçado
Na estrutura dos templos, podemos identificar vários elementos:
1. Envasamento ou plataforma escalonada;
2. Coluna;
3. Entablamento;
A coluna circular e estriada, embora não
cilíndrica, assenta sobre um estilóbato, que é, por
sua vez, o terceiro degrau de um pavimento
chamado estereóbato (envasamento).
A coluna divide-se em:
1. Base
2. Fuste
3. Capitel
A coluna Dórica não tem base, ela consta de um
fuste (percorrido por esterias verticais, chamadas caneluras) e do capitel, formado pelo
Équino ou Coxim, talhado como uma almofada, e por uma laje quadrada, o Ábaco.
As colunas são separadas entre si, por uma distância chamada intercolúnio, diferentes
de templo para templo. Nalguns casos, o cálculo do intercolúnio é feito com tal precisão
que, apesar de a distância entre as colunas angulares e as que imediatamente se lhe
seguem não ser igual à das restantes colunas entre si, a sensação de distância e de
verticalidade (as colunas angulares não são completamente verticais) é a mesma para
todo o conjunto.
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O capitel é a extremidade superior de uma coluna, de um pilar ou de uma pilastra,
cuja função é permitir que o peso caia sobre o fuste.
O Entablamento, a mais complexa das três unidades fundamentais, compreende:
1. Arquitrave (série de blocos de pedra assentes directamente sobre as colunas);
2. Friso (com tríglifos e métopas- na ordem dórica);
3. Cornija.
A arquitrave é uma trave horizontal que se apóia em duas ou mais colunas, cuja
origem remonta à arquitetura clássica, mas que continuou presente em quase todos os
estilos dela derivados.
O Friso é, em arquitetura, a parte plana do entablamento, entre a cornija e a
arquitrave. Nele podemos encontrar dois componentes, a Métopa e o Tríglifo. A métopa
é um espaço existente entre dois tríglifos de um friso dórico; inicialmente era liso, depois
passou a receber ornamentações. O Tríglifo é um elemento arquitetônico do
entablamento dórico com dois sulcos (glifos) inteiros centrais, dois meio-sulcos e uma
faixa no cume.
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Nas alas, a cornija é horizontal, nas fachadas (anterior e posterior), subdivide-se
para emoldurar os triângulos dos frontões.
Sobre o entablamento e nos pórticos, o frontão remata o templo. O frontão
é um conjunto arquitetônico de forma triangular que decora normalmente o topo da
fachada principal de um edifício.
No tímpano, o espaço triangular delimitado pela cornija, colocam-se esculturas
alusivas aos deuses e às suas façanhas, geralmente relacionadas com o local onde o
templo se encontra erigido. Nos vértices do triângulo instalam-se acrotérios.
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Acrópole de Atenas
A Acrópole constituía o centro espiritual de Atenas devido a seus lugares sagrados,
que testemunhavam a função divina de salvaguarda do Estado. Na Acrópole ficava o altar
de Atena e seu templo, mas os edifícios individuais que transformaram a Acrópole na
grande maravilha da Grécia datam todos da segunda metade do século, quando Atenas,
sobretudo sob a liderança de Péricles, dirigiu para esse propósito as subvenções anuais
de seus aliados que haviam concordado em contribuir para a defesa mútua contra a
Pérsia.
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Pártenon
Templo da arquitectura dórica clássica, edificado no tempo de Péricles, em finais
do século V a. C., após a destruição da Acrópole pelos persas. O Pártenon representa o
maior templo da renovada Acrópole. Este templo de mármore branco é dedicado a Atena
(de Fídias), a deusa da cidade, e está colocado num ponto elevado da colina sagrada que
lhe permite dominar toda a cidade.
O monumento foi inicialmente construído pelos arquitectos Ictinos e Calícrates. A
cobertura era de duas águas; o frontão e o friso foram esculpidos por fídias.
Este templo representa a síntese entre a ordem dórica e jónica: a galeria exterior
pertence a ordem dórica, mas no interior se utilizaram colunas da ordem jónica.
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O Propileu
A imagem fundamental da grande Acrópole era de um pórtico de 6 colunas
coroadas por um frontão. Atravessando o pórtico frontal passava-se por um corredor que
deixava ver com clareza, a parte superior da Acrópole.
O corredor incluía dois pórticos jónicos de ambos os lados, finalizado por outro
pórtico de 6 colunas, simétrico ao primeiro.
O Templo de Atena Niké
Consiste num templo anfiprostilo, ou seja, com
dois pórticos nos seus lados menores de 4
colunas cada um. Ergue-se sobre uma
plataforma de 4 degraus que realçava a sua
posição.
Encerra uma pequena cella onde eram
guardadas as oferendas aos Deuses.
1- Corredor de entrada 2- Pórtico I de 6 colunas 3- Pórticos Jónicos do corredor 4- Pórtico II de 6 colunas 5- Alas do Propileus
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O Erecteion
Dedicado à deusa Atena, este templo foi colocada no sítio onde, segundo a
mitologia grega, Atena teve um desentendimento com Poseidon.
No lugar da fachada ocidental apresentam-se dois pórticos, um virado a norte e
outro virado a sul, o Varandim das Cariátides, aberto para o Pártenon. O pórtico recebeu
aquele nome porque o seu entablamento é suportado por figuras femininas que
desempenham a função tradicional das colunas.
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Arquitectura civil
As cidades-estado gregas existiam três pontos em volta dos quais se desenvolvia a
vida das cidades:
1. Ágora ou zona civil onde tinham lugar as actividades sociais;
2. Acrópole ou zona sagrada e o
3. Teatro ou zona de laser.
O centro da cidade, a ágora, era uma praça
na qual eram representados os símbolos de
cidadania. Dentro dela construíram-se pórticos
simples –Stoa – sob cuja sombra se discutiam e
celebravam os processos judiciais. Também
albergavam a actividade comercial da cidade, se
bem que não fosse essa a sua finalidade inicial.
Estes pórticos eram construídos e decorados do
mesmo modo que os templos, segundo a tradução
dórica ou jónica, ou combinando ambos os estilos.
Stoa
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Aparecem novos temas inspirados nas actividades sociais, onde o poder era
representado pelos órgãos fundamentais:
A assembleia municipal (Pritanias) e,
O conselho (Boulé)
Ambos eleitos pelo conjunto dos cidadãos livres (demos).
As respectivas funções davam nome a dois edifícios contruídos em torno da ágora:
O Prytaneion e,
O Bouleterion ou Eclisiasterion.
O Bouleterion, era um edifício rectangular com
bancadas no seu interior para a realização de
numerosas assembleias.
Stoa
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Aparecem também equipamentos dedicados ao desporto como os estádios em
honra de vários deuses, como Zeus (no Santuário de Olímpia) e Apolo (no Santuário de
Delfos); os ginásios, edifícios destinados à cultura física; e também os hipódromos que se
destinavam a corrida de cavalos.
Os Teatros
Os teatros gregos eram quase tão importantes como os templos. Eram teatros ao
ar livre, normalmente instalados na encosta de um monte.
Estes compunham-se de 4 partes principais:
1. Theatron: zona reservada ao auditório que constituía um semicírculo à sua
volta. As filas da frente, com assentos de mármore maravilhosamente
esculpidos, eram reservadas aos sacerdotes e aos mais altos dignitários.
2. Orchestra: parte central do teatro reservada ao coro;
3. A skene ou cena, construção que servia simultaneamente como armazém,
vestiário e locar onde se posicionavam os atores;
4. Proskenion: palco ou balcão a frente da skene.
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A maioria das peças dizia respeito a questões públicas e religiosas, e a ida ao teatro não
era apenas divertimento mas também um dever cívico de todos os cidadãos de Atenas.