Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

41
Cinética de Reações Fluido-Partícula FERNANDA DE SOUZA STINGELIN LAYLA LORENA MARIA DANIELLA SANTOS SILVA RAFAEL ALMEIDA

Transcript of Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Page 1: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Cinética de Reações Fluido-Partícula

FERNANDA DE SOUZA STINGELIN

LAYLA

LORENA

MARIA DANIELLA SANTOS SILVA

RAFAEL ALMEIDA

Page 2: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Objetivo

• O presente trabalho tem como objetivo estudar a

cinética das reações heterogêneas sólido-partícula

em que um gás ou um líquido entra em contato

com um sólido e reage com ele, transformando-se

em produto.

Page 3: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Introdução • Reações Heterogêneas

o Produtos fluidos

o Produtos sólidos

o Produtos sólidos e fluidos

• Tipos de comportamento de partículas sólidas o Reações em que o tamanho do solido não varia

• Oxidação de minérios de enxofre

• Nitrogenação do carbeto de cálcio

• Galvanização de metais

Page 4: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Introdução • Tipos de comportamento de partículas sólidas

o Reações em que o tamanho do solido varia

• Fabricação do dissulfeto de carbono

• Fabricação de cianeto de sódio a partir de amina sódica

• Fabricação de tiossulfato de sódio

Page 5: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Introdução • Diferentes tipos de comportamento de partículas

sólidas:

Page 6: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Seleção de um modelo • Modelo de Conversão Progressiva (PCM)

Page 7: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Seleção de um modelo • Modelo do Núcleo não Reagido (SCM)

Page 8: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Modelo do núcleo não reagido para partículas

esféricas de tamanho constante • Etapa 1: difusão do reagente

gasoso A através do filme em direção à superfície do sólido.

• Etapa 2: penetração e difusão de A através das camadas de cinza em direção à superfície do núcleo não reagido.

• Etapa 3: Reação do gás A com o sólido nesta superfície de reação.

• Etapa 4: difusão dos produtos gasosos através da cinza, de volta à superfície exterior do sólido.

• Etapa 5: Difusão dos produtos gasosos através do filme gasoso, de volta ao corpo principal de fluido.

Page 9: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Modelos do núcleo não reagido para

partículas esféricas de tamanho

constante

• Em algumas situações, algumas dessas

etapas não existem.

• As resistências das diferentes etapas

geralmente variam grandemente entre

cada uma delas.

Page 10: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela difusão através do filme gasoso

• Nenhum reagente

gasoso está presente

na superfície da

partícula

• A força-motriz da

concentração, CAg –

CAs, torna-se CAg,

sendo constante por

todo o tempo durante

a reação da

partícula.

Page 11: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela difusão através do filme gasoso

• A(fluido) + bB(sólido) produtos fluidos

produtos sólidos

produtos sólido e fluidos

Page 12: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela difusão através do filme gasoso

• A diminuição no volume ou no raio do núcleo não

reagido, que acompanha o desaparecimento de

mols do reagente sólido, é dada por:

Page 13: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela difusão através do filme gasoso

• Fazendo ser o tempo para a conversão completa

de uma partícula, então o raio do núcleo reagido

é igual a zero:

Page 14: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela difusão

através do filme gasoso • Expressão do raio de núcleo não reagido em

função da fração de tempo para a conversão.

• Escrito em termos de fração de conversão das

substâncias A e B:

Page 15: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa Controlada Pela Difusão

Através da Camada de Cinza

15

Figura 1- Representação de uma partícula reagindo, quando a difusão através da camada de cinza

for a resistência controladora.

Page 16: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

16

Para desenvolver uma expressão relacionando o tempo e o raio,

para a resistência no filme, necessita-se de uma análise em duas

etapas:

Examinar uma partícula parcialmente reagida e escrever as

relações de fluxo para esta condição;

Em seguida, aplicar estas relações para todos os valores de rc.

Page 17: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Para Sistemas S/G, é razoável supor que o núcleo não reagido e o

gradiente de concentração de A na camada de cinza sejam estacionários

em qualquer instante.

17

Logo, a taxa de reação de A é dada por sua taxa de difusão para a superfície

de reação:

cteQrQRQrdt

dNAccAsA

A 222444 (1)

Page 18: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

18

dr

dCDQ A

eA

Por conveniência, o fluxo de A é expresso pela lei de Fick

para contradifusão molar:

Onde De : coeficiente efetivo de difusão do reagente gasoso na camada de cinza.

(2)

Page 19: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

19

Combinando as equações (2) e (1), obtém-se para qualquer r:

ctedr

dCDr

dt

dN Ae

A 24 (3)

E integrando de R até rc, tem-se:

Age

c

A CDRrdt

dN4

11

(4)

Page 20: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

20

Na segunda parte da análise, substitui-se a variável NA em

termos de rc na Equação (4), separa as variáveis e integra,

resultando em:

322

2316 R

r

R

r

CbD

Rt cc

Age

B(5)

Para a conversão completa de uma partícula(rc = 0), o

tempo requerido é:

Age

B

CbD

R

6

2

(6)

Page 21: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

21

Dividindo-se a Equação (6) pela (5), encontra-se o

progresso da reação em termos do tempo requerido para

a conversão completa:

32

231

R

r

R

rt cc

(7)

Que também pode ser expressa em termos de fração de

conversão:

)1(2)1(313/2

BB XXt

(8)

Page 22: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa controlada pela Reação Química

22

Figura 2 – Representação de uma partícula reagindo, quando a reação química(A(g) + Bb(s) →produtos) for a

resistência controladora.

Page 23: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

23

Reação :

A(fluido) + bB(sólido) → produtos(fluido ou sólido)

A taxa de reação para a estequiometria da reação

acima é:

(9) Ag

nA

c

A

c

Cbkdt

dN

r

b

dt

dN

r

2244

1

Page 24: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

24

Escrevendo NB em termos do raio que está se

contraindo:

Ag

ncB

ccB

c

Cbkdt

dr

dt

drr

r

2

24

4

1 (10)

Que após a integração se torna:

)( c

Ag

n

B rRCbk

t (11)

Page 25: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

25

Ag

n

B

Cbk

R

3/1)1(11 B

c XR

rt

O tempo requerido para conversão completa é

dado quando rc=0, ou seja:

(12)

A diminuição do raio ou o aumento na fração de conversão da

partícula é dada pela combinação das Equações (11) e(12) :

(13)

Page 26: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Taxa de reação de partículas esféricas em contração

Sem formação de cinzas;

Há contração da espécie durante a reação até o desaparecimento da mesma;

O processo divide-se em 3 etapas:

1. Difusão do reagente A através do filme em direção ao sólido.

2. Reação na superfície entre o reagente A e a superficie do solido

3. Difusão dos produtos através do filme.

Page 27: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)
Page 28: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Assim como partículas de tamanho constante as expressões de taxa vão depender da relevância de uma ou outra resistência: Taxa controlada pela reação química : Quando a reação controlar a taxa, o comportamento será idêntico àquele das partículas com tamanho constante;

Taxa controlada pela difusão no filme gasoso: A resistência no filme existente na superfície de uma partícula é dependente de inúmeros fatores, tais como a velocidade relativa entra a partícula e o fluido, o tamanho da partícula e as propriedades do fluido.

Page 29: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

• Como um exemplo, para transferência de massa entre um componente, com fração molar y, em um fluido e sólido em queda livre, Froessling (1938) forneceu:

• Para pequeno tem-se:

(Regime de Stokes)

Page 30: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

• No momento em que uma partícula, originalmente

de tamanho Ro , se contrair para o tamanho R,

podemos escrever:

• Assim, de forma análoga à equação, temos:

• Uma vez que no regime de Stokes, a equação se

reduz, temos depois que rearranjar e integrar:

Page 31: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Extensões • Partículas de Forma Diferente.

As equações de conversão-tempo similares

àquelas desenvolvidas anteriormente podem ser

obtidas para partículas de várias formas.

• Resistências mudam com o avanço da conversão.

Page 32: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Expressões de taxa para

diferentes formas de partículas.

Page 33: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

As etapas controladoras são deduzidas

notando como a conversão das partículas é

influenciada pelo tamanho das partículas e

pela temperatura.

Page 34: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Temperatura: A etapa química é

geralmente muito mais sensível à temperatura

do que as etapas físicas. Portanto,

experimentos em diferentes temperaturas

permitem distinguir a reação química como a

etapa controladora.

Page 35: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Tempo: As figuras a seguir, mostram a

conversão de sólidos esféricos, quando a

reação química, a difusão no filme e na

cinza, uma de cada vez, controlam a taxa.

Page 36: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Progresso da reação de uma única partícula esférica, medido em termos de tempo, para uma reação completa.

Page 37: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Progresso da reação de uma única partícula esférica, medido em termos de tempo, para uma conversão completa.

Page 38: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Tamanho da partícula: Tem-se que o tempo

necessário para atingir a mesma fração de conversão

para partículas de diferentes tamanhos (porém

constantes), é dado por:

𝑡 ∝ 𝑅1,5 𝑎 2,0 para difusão em filme controlando a taxa

𝑡 ∝ 𝑅2,0 para difusão na cinza controlando a taxa

𝑡 ∝ 𝑅 para reação química controlando a taxa

Page 39: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Formação de cinzas: : Quando cinzas de

um sólido duro se formam durante uma

reação, a resistência do reagente em fase

gasosa através da cinza é geralmente muito

maior do que através do filme gasoso que

envolve a partícula.

Page 40: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Etapa controladora da taxa

Correlações: A magnitude da resistência no filme pode ser estimada a partir de correlações adimensionais. A resistência no filme controla a taxa de reação, se o valor observado da taxa for aproximadamente igual ao seu valor calculado.

Page 41: Cinética de Reações Fluido-Partícula (2)

Referências

• Levenspiel, O.; Engenharia das Reações Químicas.

São Paulo: Editora Blusher, 2000, 3ª Ed.