Cinesiologia e musculação

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CINESIOLOGIA. I ~ E~"""~

~

MUSCULAÇAO

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L732c Lima, Cláudia SilveiraCinesiologia e musculação / Cláudia Silveira Lima, Ronei Silveira

Pinto. - Porto Alegre: Artmed, 2006.188 p. ; 25 em.

ISBN 978-85-363-0527-1

1. Esportes - Análise do movimento. I. Pinto, Ronei Silveira. 11. Título.

COU 796.012:796.015.52

Catalogação na publicação: Júlia Angst Coelho - CRB 10/1712

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CLÁUDIA SILVEIRA LIMAProfessora de Cinesiologia da Escola de Educação Física da UFRGS

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Escola de Educação Física da UFRGSDoutoranda em Educação Física na Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

RONEI SILVEIRA PINTOProfessor da Escola de Educação Física da UFRGS

Mestre em Ciências do Movimento Humano pela UFRGSDoutorando da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, Portugal

CINESIOLOGIAE

MUSCULAÇAO-

Reimpressão 2007

2006

Page 4: Cinesiologia e musculação

© Artmed Editora SA, 2006

Capa: Gustavo Macri

Fotos: Igor Ferrasso da Silva

Ilustrações: Carlos Soares

Preparação de originais: Laura de Souza Ávila

Leitura final: Clóvis Victória Junior

Supervisão editorial: Cláudia Bittencourt

Projeto gráfico e editoração eletrônica: TIPOS design gráfico editorial

Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, àARTMED® EDITORA SAAv. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santa na90040-340 Porto Alegre RSFone (51) 3027-7000 Fax (51) 3027-7070

É proibida a duplicaçãp.ou reprodução deste volume, no todo ou em parte,sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação,fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora.

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-APRESENTAÇAO

o estudo do movimento do corpo humano tem despertado o interesse de cientistas e artistashá séculos. Segundo Michael White (2000), em seu livro Leonardo: o primeiro cientista, Leonar-do da Vince dissecava cadáveres com finalidades científicas e artísticas. Existem tambémevidências, segundo o livro de David Spence (2004), Grandes artistas: vida e obra, de queMichelangelo acrescentava ao seu talento natural de pintor e escultor o estudo da anatomiahumana.

Desde a Renascença, os fenômenos da ativação elétrica muscular e da contração muscularvêm sendo gradativamente melhor compreendidos. Com os avanços tecnológicos, passou aser possível registrar a atividade elétrica produzida por músculos durante contrações voluntá-rias. A eletromiografia constitui-se, hoje, em uma ferramenta indispensável àqueles que sededicam ao estudo da análise do movimento, embora com diferentes objetivos, como: avalia-ção das ações musculares, treinamento físico-desportivo, reabilitação ou controle motor.Assim, no que se refere ao estudo da função muscular, muito do que no passado era teorica-mente preconizado em termos da participação muscular em um determinado gesto ou exer-cício pode agora ser verificado por meio da eletromiografia.

A atividade física, por sua vez, passou a ser considerada agente de saúde, tanto no sentidopreventivo como no corretivo. Vários conceitos foram aperfeiçoados nos últimos tempos, ealguns mesmo reformulados, O treinamento de força é um deles. Com base em fundamentosfisiológicos, força é hoje uma grandeza física importante, a qual pode e deve ser desenvolvidadesde a infância até idades avançadas. Tudo é uma questão de adequação e dosagem dosexercícios aos limites de cada praticante. A prática da musculação, conseqüentemente,aumentou de forma substancial o número de adeptos, existindo uma considerável quantida-de de literatura disponível no mercado. A proposta deste livro, no entanto, é diferente: trata-se da reunião da experiência de dois competentes e dedicados profissionais que atuam nasáreas da musculação - cinesiologia e reabilitação -, Ronei Silveira Pinto e Cláudia SilveiraLima, com os conhecimentos que ambos detêm na área da eletromiografia. Assim consegui-ram produzir uma obra diferenciada. O livro, portanto, não apenas apresenta exercícios demusculação e discute teoricamente a participação muscular envolvida nos mesmos, masregistra, com traçados eletromiográficos de ótima qualidade, a participação de importantesmúsculos em cada um dos exercícios. Não é, portanto, apenas mais um livro, mas sim umaobra que não pode, absolutamente, ser desconsiderada por aqueles que se interessam pelaCiência da Musculação.

ANTÔNIO CARLOS STRINGHINI GUIMARÃESProfessor de Cinesiologia da ESEF·UFRGS

Mestre em Biomecânica pela Universidade de lowa, EUADoutor em Cinesiologia pela Universidade de Calgary, Canadá

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,

PREFACIO

A tarefa de escrever um livro, apesar de ser um privilégio, pressupõe muitas horas de trabalho,abdicação temporária da companhia de familiares e de muitas horas de descanso, determina-ção no cumprimento das tarefas essenciais à consecução do "produto final", tudo em nomedo desejo de oferecer a colegas profissionais algumas das idéias que estruturam o nossopensamento em relação à determinada área do conhecimento, neste caso, a CinesiologiaAplicada ao Movimento Humano.

No longo caminho que percorremos na produção deste Clneslotoçie e museu/ação, desdesua concepção - durante um curso que ministramos no Programa de Educação Física Conti-nuada oferecido pela Escola de Educação Física da UFRGS -, passando pelos primeirosensaios de registro dos sinais eletromiográficos (EMG), até a orientação dos últimos desenhos,passaram-se alguns anos. O texto original, escrito em Porto Alegre, sofreu algumas alteraçõese foi intensamente discutido via Internet entre dois continentes.

Durante esse percurso, vários acontecimentos marcaram nossas vidas. Partimos de PortoAlegre em busca de novas aventuras acadêmicas, sendo "recebidos" por São Paulo e Lisboa.Ampliamos nosso horizonte pessoal e profissional. Presenciamos o crescimento e a evoluçãodo Matheus e da Gabriela, filhos especiais. Assisti mos o nasci mento tão esperado da Amanda.Tivemos que suportar a partida de um amigo especial, o querido Guima. Fomos obrigados aagüentar a distância e a saudade da nossa Escola-mãe, a ESEF. Em todo esse percurso,sempre contamos com a motivação.e o apoio incondicional de nossos companheiros, Jorgee Margaret. Enfim, muitas coisas mudaram, mas fica a nossa certeza de que as idéias apresen-tadas neste livro estão amadurecidas e prontas para serem divulgadas.

Finalmente, dirigimos nossos sinceros agradecimentos a algumas das pessoas que colabora-ram no projeto e execução deste livro: à Aline Tamborindeguy e ao Fabrício Cadore, que,com muita paciência, submeteram-se às sessões de fotos; aos professores Michel Brentanoe Lucimere Bohn, com a colaboração de Eduardo Cadore e Bianca de Azevedo, pela ajudasempre providencial no registro e tratamento dos sinais EMG; ao Carlos Soares, que, commuita competência, fez os desenhos que auxiliam a compreensão das informações; à equipeda Artmed Editora, que, com muita habilidade e tolerância, estruturou a apresentação dolivro; e, finalmente, à direção da Artmed, pelo investimento nas nossas idéias.

Desejamos que esta obra seja apreciada pelos leitores e que possa se constituir em ferramentaútil de trabalho!

OS AUTORES

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SUMÁRIO

1 Análise de movimentoAspectos neurofisiológicos 11Aspectos biomecânicos 13

2 Membros superioresSupino 24Remada alta 32Remada baixa 36Voador direto (frontal) 40Voador invertido (dorsal) 50Puxadas 58Puxada inclinada 64Elevação lateral 68Desenvolvimento incompleto (meio desenvolvimento) 76Rosca bíceps 82Rosca tríceps 88Rotação externa 96

3 Membros inferioresExtensão do joel ho 104Flexão do joelho 114Leg press 120Agachamento 126Flexão plantar 134Cadeira abdutora 140Cadeira adutora 146Glúteo 150Flexão do quadril 156

4 ColunaAbdom inais 160Extensores da coluna lombar 172Flexão lateral 178

Referências bibliográficas 183

índice 185

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capítulo 1

ANÁLISE DEMOVIMENTO

Aspectos neurofisiológicoso treinamento de força é atualmente uma das modalidades de atividade física mais pratica-das pela população em geral. Crianças, jovens, adultos e idosos, de ambos os sexos, estãoengajados em programas de treinamento de força com fins estéticos ou preventivos e, emnúmero mais reduzido, mas ainda assim representativo, com o objetivo de melhorar o de-sempenho esportivo.

A manipulação das variáveis agudas relacionadas ao treinamento de força, entre as quais aseleção e a ordem dos exercícios, a intensidade e-o volume da carga, a freqüência de treinoe o intervalo entre os exercícios e as séries (Kraemer e Ratames, 2004), constitui um dosprincipais aspectos a ser controlado para o êxito do programa. A seleção dos exercíciosexecutados em equipamentos ou com pesos livres é, em princípio, baseada na análise deta-lhada do(s) movimento(s) articular(es) e da musculatura envolvida. No entanto, a parcela decontribuição de cada músculo para a realização dos diferentes exercícios não é clara eobjetivamente conhecida, o que torna a análise de movimentos globais ainda mais subjetivae capaz de comprometer a elaboração adequada de um programa de treino (Matheson ecols., 2001). Portanto, a identificação da cadeia cinética nos diferentes exercícios é essencialpara a organização e prescrição adequada do processo de treino. Uma vez controlado esseaspecto, o equilíbrio articular, a postura corporal, o desempenho motor específico e até mes-mo objetivos estéticos, entre outros, ficam mais resguardados.

Em relação à análise qualitativa da participação muscular em movimentos específicos, hápelo menos seis métodos utilizados:

• A partir da análise dos pontos de inserção do músculo e da direção das suas fibras,determinar a relação mecânica exercida sobre o esqueleto e o conseqüente movi-mento articular. Esse sistema constitui-se em uma análise teórica.

• A partir da dissecação do cadáver, tracionar o músculo e observar os movimentosexecutados.

• Estimular eletricamente um músculo e observar os movimentos realizados.• Em indivíduos que perderam a função de determinados músculos, estudar a influên-

cia na força, na postura e nos movimentos resultantes.

Essas técnicas são de aplicação limitada in vivo e, principalmente, as três primeiras nãopossibilitam determinar as ações musculares sinérgicas. Além das técnicas mencionadas,há duas técnicas de análise das ações musculares aplicadas in vivo:

• Determinar a função muscular por meio da palpação dos músculos durante a execu-ção do movimento, procurando identificar quais são os músculos envolvidos.

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• Analisar a ativação muscular mediante a captação do estímulo elétrico enviado pelosistema nervoso, o qual gera a contração do músculo. Essa técnica é denominadaeletromiografia (EMG).

capítulo 1

Entre as técnicas citadas, a EMG é a mais aceita na comunidade científica para a análise dafunção muscular. A EMG será utilizada como forma de ilustração da ativação muscular noscapítulos a seguir. É importante o entendimento técnico do sinal eletromiográfico.

a músculo esquelético é formado por fibras musculares agrupadas em unidades motoras(UM), compostas por fibras com características semelhantes e inervadas pelo mesmoneurônio motor. A contração muscular é proveniente da ativação de várias UM, e a intensi-dade dessa contração depende do número de UM acionadas e da freqüência dos impulsoselétricos enviados para cada uma delas.

a sinal elétrico que se propaga pelas unidades motoras diante de uma contração muscularé captado e representado graficamente pela EMG, permitindo, dessa forma, identificar osmúsculos ativados durante um determinado exercício e representando, ainda que de formaindireta, a intensidade da contração muscular. Sobre esse aspecto, cabe salientar que, ape-sar da existência de vários estudos que correlacionam o trabalho mecânico muscular e aEMG, não é consenso na literatura a relação linear entre EMG e força muscular. Algunsestudos apontam para o fato de a linearidade ocorrer com maior intensidade em contraçõesisométricas, o que não acontece sob contrações dinâmicas. Entre as variáveis que podemafetar a linearidade estão incluídas: a morfologia do músculo avaliado - composição defibras lentas e rápidas e ângulo de penação dessas fibras -; a preparação e a colocação doseletrodos na pele; o comprimento muscular; a velocidade e o tempo de execução do movimen-to; a fadiga muscular; as condições de treinamento dos sujeitos submetidos à técnica, bemcomo as características mecânicas da carga externa.

A captação do sinal EMG pode ser realizada de duas formas: através de eletrodos de super-fície ou de eletrodos de profundidade (agulha ou fio). Limitação importante dos eletrodos deprofundidade é o fato de a técnica ser invasiva, restringindo-se mais a estudos de naturezaclínica. A maioria das pesquisas envolvendo EMG é realizada com eletrodos de superfície.Apenas os músculos superficiais são monitorados. Com isso, a análise da participaçãomuscular nos diferentes exercícios, utilizando essa técnica, é apenas parcial. Isso porque osmúsculos profundos envolvidos no movimento não podem ser monitorados. Entre os fatoresque interferem no sinal EMG já citados anteriormente, a carga externa e o comprimentomuscular exercem um papel importante. Este último afeta o sinal em função da participaçãodos componentes elásticos do músculo na contração muscular e da possibilidade de menorou maior ligação entre as proteínas contráteis. Quanto maior o alongamento muscular, maiora contribuição do componente elástico e menor a contribuição das pontes cruzadas protéicas.A EMG não capta o trabalho mecânico produzido pelo componente elástico. A relação quese estabelece é outra: à medida que aumenta a participação desse componente e diminui aparticipação das pontes cruzadas, o sinal EMG diminui. Por outro lado, quanto maior o encur-tamento muscular, maior é a sobreposição de pontes cruzadas e, portanto, maior é a dificulda-de de produção de trabalho mecânico. Torna-se necessário o recrutamento de maior númerode UM. Conseqüentemente, observa-se maior magnitude do sinal EMG.

D

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análise de movimento

No que se refere à carga externa dos equipamentos, a sobrecarga imposta aos músculosprovoca a ativação de maior número de UM e também aumenta a freqüência de disparo dosestímulos elétricos, elevando a amplitude do sinal EMG. Da mesma forma, a sobrecargaestimula a ativação não só de músculos considerados motores primários em certos movi-mentos, mas também a ativação dos músculos de ação secundária para os mesmos movi-mentos. Portanto, a sobrecarga modifica a sinergia muscular na maioria dos movimentos.

Outro aspecto importante a ser ressaltado em relação à EMG é a impossibilidade de compa-ração de sinais EMGs de músculos diferentes, observada pela diferença na área de secçãotransversa muscular, na composição e no ângulo de penação das fibras desses músculos. Aúnica possibilidade aceita para essa comparação é pela normalização do sinal EMG, ou seja,a partir da mensuração de seu sinal máximo em cada músculo e posterior relativização dosinal avaliado em determinado movimento.

Após esse breve esclarecimento sobre a EMG, passamos a descrever a forma como a EMGfoi utilizada com fins ilustrativos no decorrer dos próximos capítulos. A captação do sinalEMG foi realizada com um mesmo sujeito nos diferentes exercícios ou nas diferentes varia-ções do mesmo exercício. Os eletrodos de superfície foram posicionados sobre o ventremuscular e não foram retirados do local até que as coletas necessárias para comparaçãodesse músculo nos diferentes exercícios fossem concluídas.

A relação entre a representação gráfica da EMG e a carga externa foi observada para efeitode algumas considerações apresentadas, tendo sido, para tanto, controlados a padroniza-ção na preparação e na colocação dos eletrodos, o tempo de realização dos movimentos, ocomprimento muscular inicial, bem como a carga externa. Esta última foi estabelecida atra-vés do teste de uma repetição máxima (1 RM), que, segundo Knutgen e Kraemer (1987), é amáxima carga movimentada com técnica adequada e em toda a amplitude do movimentoespecífico.

Nas situações em que se procurou comparar a ativação muscular entre as variações domesmo exercício, a aquisição dos sinais foi realizada com a carga máxima (1 RM) dessesexercícios e com o mesmo tempo de execução padronizado em seis segundos (divididosigualmente entre as fases concêntrica e excêntrica). A quantificação do sinal EMG foi reali-zada por meio do procedimento rool mean square (RMS), que mede o comportamento dosinal elétrico registrado em um tempo específico, que, nesse caso, foi de seis segundos.Serão mencionadas no texto as situações em que a aquisição do sinal não seguiu essepadrão. O valor RMS foi utilizado por ser um dos aspectos analisados na EMG que se relaci-ona com a intensidade de ativação muscular.

Aspectos biomecânicosAlguns aspectos da biomecânica manifestam-se de forma muito característica no treina-mento de força. Um dos principais diz respeito aos sistemas de alavancas, representadostanto em segmentos corporais como em equipamentos. Para melhor compreender algumasquestões discutidas na apresentação e na análise dos exercícios, é necessário uma exposi-ção prévia da organização e dos princípios desses sistemas de alavancas.

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capítulo 1

DefiniçãoAlavanca é um sistema constituído por uma haste rígida que giraaG fedor de um eixo.

I IComponentes

Componentes primários• Forças que atuam sobre a alavanca• Eixo de rotação (ponto fixo ou eixo de giro)

A denominação das forças normalmente varia conforme o objetivo de aplicação da alavanca,podendo ser denominadas de força 1, força 2 ou força A e força B, e assim consecutivamente.No caso do corpo humano, as forças normalmente são chamadas de força potente (forçaexercida pelo músculo) e força resistente (força que resiste ao movimento gerado pelo múscu-lo). A força resistente está relacionada à massa do segmento e à carqa externa.

Componentes secundários• Braços de alavanca

A denominação de braço de alavanca é utilizada para a distância perpendicular do ponto deaplicação da força ao eixo de rotação. Para facilitar o entendimento, o braço de potência (bp)é a distância perpendicular relacionada à força potente, e o braço de resistência (bR) consistena distância perpendicular relacionada à força resistente.

Fp

bp

Li 1bR

FR

ClassificaçãoAs alavancas são classificadas em:

11 Alavancas de primeira classe ou interfixas

I IFp

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análise de movimento

21 Alavancas de segunda classe ou inter-resistentes

l--t/\

31 Alavancas de terceira classe ou interpotentes

A segunda nomenclatura que determina o tipo de alavanca é descrita em função do cornpo-nente primário que se encontra entre os demais. Por exemplo, na alavanca interfixa, o pontofixo localiza-se entre as forças potente e resistente.

Vantagens mecânicas

As alavancas podem apresentar dois tipos de vantagem, de acordo com o comprimento dosbraços de alavanca:

1 1 Vantagem de forçaO braço de potência é maior que o braço de resistência. bp >bR

Fp

21 Vantagem de velocidadeO braço de potência é menor que o braço de resistência. bp<bR

............,.,--I

i d2I

~~----

............··········i;~·1..·..·..······6....····· •

FR1

I 11 Ibp bR11--------;

Fp

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capítulo 1

Obs.: Analisando a figura, percebe-se que, quanto mais distante está a força resistente do eixode rotação, maior é a distância percorrida. Como o tempo para percorrer as diferentes dis-tâncias é o mesmo, a velocidade na d2 será maior.

TorquePara estabelecer o movimento rotacional resultante da aplicação das forças, é necessárioefetuar o cálculo do torque gerado por elas.

Torque nada mais é que o efeito rotatório gerado pela aplicação de uma força. Algebricamente,torque é o produto da força pela distância perpendicular do ponto de aplicação da força aoeixo de rotação.

T= F x d (perpendicular)

F = força (newtons)d = distância (metros)

No corpo humano, assim como nos equipamentos de musculação, à medida que se desenvol-ve o movimento, o ângulo do ponto de aplicação da força com relação à haste rígida altera-se. Isso significa que a distância perpendicular se modifica ao longo do movimento. Essamodificação ocorre tanto em relação à força potente como em relação à força resistente; namusculação, é necessário identificar os efeitos dessas mudanças na produção de forçamuscular.

Alavancas do corpo humanoPara compreender as alavancas do corpo humano, é necessário identificar os componentescorporais que representam cada um dos componentes das alavancas.

Componentes das alavancas

Haste rígida

Ponto fixo ou eixo de rotação

Força potente

Componentes corporais

Segmento corporal envolvido no movimento

Articulação

Força muscular (representada no local deinserção do músculo)

Peso dos segmentos corporais envolvidos nomovimento (representado no centro de gravidadedos segmentos) + carga adicional (representadano centro de gravidade do objeto)

Força resistente

~i=~~~;~:;~====::~~=----Haste rígida

Eixoderotação

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análise de movimento

Ângulos diferentes de 90°Quando a linha de aplicação da força forma um ângulo de 900 com a haste rígida, é necessárioapenas medir sua distância em relação ao eixo de rotação para calcular o torque. No entanto,quando o ângulo formado é diferente de 900

, relações trigonométricas estabelecem a distânciaperpendicular da aplicação da força ou o valor do componente da força perpendicular àhaste rígida.

I d (perpendicular) I---"------'---'---

F

F

I d (perpendicular)------

li

d (perpendicular)

,,,,,,,,,,,,

F

Page 15: Cinesiologia e musculação

Caneleira

capítulo 1

I d (perpendicular) I-------"----'-------'--

E Fyf\(Componente de F,

perpendicular à haste rígida)F

A análise do funcionamento dos equipamentos de musculação em relação à variação dadistância perpendicular ou do componente de força pode ser útil na seleção dos exercíciospara o programa de treino do aluno. Como exemplo, considere algumas questões relacionadasao exercício de extensão do joelho em duas situações: com a caneleira e na mesa extensora.

Caneleira a 90° [joelho]

I Haste rígida I

I Força caneleira I

Caneleira a 180° [joelho]

Força caneleira

Ao analisar o exercício realizado com caneleira, identifica-se distância perpendicular maiorna posição em que o joelho está estendido. Sendo assim, o torque produzido pela resistêncianessa posição é maior do que na posição com o joelho flexionado, o que torna necessárioproduzir mais força muscular com o joelho estendido. Portanto, à medida que o joelho égradualmente estendido, é necessária maior produção de força dos extensores do joelho.

Page 16: Cinesiologia e musculação

análise de movimento

Mesa extensora

I Força da mesa extensora I

No caso da mesa extensora, identifica-se distância perpendicular maior na posição em queo joelho está flexionado. Nessa posição, o torque produzido é maior do que na posição como joelho estendido, sendo necessária maior produção de força muscular com o joelhoflexionado. À medida que o joelho é estendido, a necessidade de produção de força muscularvai progressivamente diminuindo. Se o objetivo do treino for fortalecer de forma mais expres-siva o músculo vasto medial, a melhor opção é a utilização da caneleira. Com a caneleira, amaior resistência ocorre no final da extensão, e o vasto medial atua de forma mais significativanos últimos graus de extensão do joelho.

Polias excêntricas

As polias excêntricas, também chamadas polias de raio variável ou CAMs, foram criadascom o objetivo de minimizar a variação na produção de força muscular durante toda a amplitu-de de movimento, ocorrida em função das alterações na mecânica musculoarticular. O formatoda polia altera a distância perpendicular de aplicação da força ao longo do movimento, oque modifica o torque de resistência transmitido pela polia do equipamento. Essas alteraçõestêm por objetivo compensar as alterações constantes da mecânica musculoarticular ao lon-go do movimento. Isso quer dizer que a resistência diminui proporcionalmente à desvantagemmecânica musculoarticular, o que possibilita aos músculos produzir uma tensão mais unifor-me ao longo do movimento (Baechle e Earle, 2001; Zechin e cols., 1999).

Page 17: Cinesiologia e musculação

capítulo 1

Posição final(maior torque de resistência)

Polias excêntricas ou de raio variável (CAMs)

Posição inicial(menor torque de resistência)

Polias concêntricas ou de raio invariável

Page 18: Cinesiologia e musculação

análise de movimento

Considerações sobre os próximos capítulosA ação muscular é resultado da interação dos fatores fisiológicos e biomecânicos. Já o resul-tado final da ativação do músculo depende da predominância de um desses fatores. Essaconsideração é fundamental no momento da análise e da seleção dos exercícios. Tal preva-lência não é simples e merece avaliação mais criteriosa, o que não constitui o propósitodeste livro.

Os exercícios serão sempre analisados na seguinte ordem: foto ilustrativa; principais articula-ções envolvidas; análise cinesiológica; variações e considerações. Além disso, serão apresen-tados os sinais EMGs para fins descritivos e para reforçar a análise proposta.

• Foto ilustrativa: serão apresentadas as fotos das posições mais utilizadas para aexecução dos exercícios.

• Principais articulações envolvidas: serão analisadas as articulações efetivamentemovimentadas na execução dos exercícios.

• Análise cinesiológica: serão descritos os músculos responsáveis pelos movimentos,divididos em primários e secundários, seguindo os padrões apresentados por Rasche Burke (1977). Os músculos primários estarão representados pela cor verde escura;os músculos considerados secundários, pela cor verde clara. A nomenclatura muscu-lar baseou-se na Terminologia Anatõmica da Sociedade Brasileira de Anatomia (2001).

Obs.: É importante ressaltar que as técnicas para estabelecer a função primária ou secundáriados músculos não estão claras na literatura, sendo que a sobrecarga imposta ao movimentodificulta ainda mais essa divisão. Tem-se apenas como consenso que os exercícios realiza-dos com sobrecarga potencializam a participação de músculos tidos como secundários.

• Variações: serão apresentadas as principais variações na execução dos exercícios,identificando as alterações que produzem no padrão de ativação muscular.

• Considerações: será apresentada a discussão de algumas dúvidas freqüentementeobservadas na prática, seguindo pressupostos teóricos do meio acadêmico. Serãoacrescentados, ao longo do texto, aspectos importantes relacionados ao ponto devista dos autores.

• SinaisEMGs: serão apresentados os sinais eletromiográficos com o objetivo de ilus-trar as mudanças na ativação muscular sob diferentes exercícios. Nas situações emque se procurou comparar a ativação muscular entre as variações do mesmo exercício,a aquisição dos sinais foi realizada com a carga máxima (1 RM) desses exercícios ecom o mesmo tempo de execução, padronizado em seis segundos (divididos igualmen-te entre as fases concêntrica e excêntrica). A quantificação do sinal EMG foi realizadapor meio do procedimento roat mean square (RMS), que mede a área do sinal elétricoem um tempo específico, que, nesse caso, foi de seis segundos. Serão mencionadasno texto as situações em que a determinação do sinal não seguiu esse padrão.

Os sinais EMGs nos exercícios específicos não foram normalizados e são apresenta-dos apenas com finalidade descritiva. Portanto, a comparação entre músculos diferen-tes não deve ser feita, podendo apenas ser possível a comparação entre os resultadosdo mesmo músculo em diferentes exercícios.

Page 19: Cinesiologia e musculação

capítulo 2

MEMBROSSUPERIORES

sUlnário

supino / 24

remada alta / 32

remada baixa / 36

voador direto (fronta\) / 40

voador invertido (dorsa\) / 50

puxadas / 58

puxada inclinada / 64

elevação lateral / 68

desenvolvimento incompleto (meio desenvolvimento) / 76

rosca bíceps / 82

r-ossoe tríceps / 88

rotação externa / 86

Page 20: Cinesiologia e musculação

ISUPINO

rr

Page 21: Cinesiologia e musculação

Deltóide -parte clavicular

Peitoralmenor

Coracobraquial_---+------j~~~ ~~~t'----r-- Bíceps braquial -cabeça curta

------ .• Serrátil anterior

Peitoral maior-partes claviculare esternocostal

Page 22: Cinesiologia e musculação

I supino

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

Análise cinesiológica

Ancôneo

Bíceps braquial -cabeça curta

Exlensor radialcurto do carpa

Exlensor ulnardo carpa

Exlensor dodedo mínimo

Exlensor dos dedos

Exlensor radiallongo do carpa

Subescapular

Variaçõeso exercício supino pode ser realizado com variações na inclinação do banco - que interferemna ativação das diferentes partes do peitoral maior (Glass e Armstrong, 1997; Barnett, Kipperse Turner, 1995; Stephen e Armstrong, 1997) - e nas formas de empunhadura - que interferemna contribuição do tríceps braquial para a execução do exercício.

Obs.: A inclinação do banco utilizada para coleta do sinal EMG, tanto na posição inclinadacomo na declinada, foi de 30°.

Inclinação do banco

• Reto• Inclinado• Declinado

RetoEm comparação com os supinos inclinado e declinado:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular e esternocostal) é maisequilibrada.

DElTÓIDE - PARTE CLAVICULAR

"'~i~~!~tlí ; . nJ"~\Ir.2,3mV

PEITORAL MAIOR - PARTE C~~LAR-""'-.~.~~~I'~~PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL11"_. '.lit

3,7mV

3,1mV

SERRÁTIL ANTERIOR-- .•.••M'•.•.•.- 2,5mV

TRíCEPS BRAQUIAL 1,9mV

".

Page 23: Cinesiologia e musculação

membros superiores

InclinadoEm comparação com o supino declinado:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é i.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é t.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é i.

OELT610E - PARTE CLAVICULAR ~".! 2,5 mV

- .•..••~"'·'I.!II"I,Iií'·I,:1iIi~iI!i\!IIó:,~~~",."""""""'I"il\4f!liIII~PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVrCULAR 3,4 mV

-:~,t'~.~~_·'Y7l"~1'rfi?f"f1I1, .!l1'F1!, r

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL

•••••••li •.2,2mV

SERRÁTIL ANTERIOR 2,3mV

TRíCEPS BRAQUIAL 1,8mV

DeclinadoEm comparação com o supino inclinado:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é L.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é i.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é J.-.

1,9mV

OELTÓIDE - PARTE CLAVICULAR . 1,8 mV,II,,~._Ir ."I;\""'''''I~111'41PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVICULAR 2,8 mV

--,,*'._ •••• "1 •••• '11PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl 3,6 mV

--IIII, •••••• "';"~ ••• I"SERRÁTIL ANTERIOR

--I

TRlcEPS BRAQUIAL

2,OmV

Page 24: Cinesiologia e musculação

~Empunhadura

• Fechada• Aberta

supino

FechadaEm comparação com a empunhadura aberta:

• A amplitude de movimento do cotovelo é T.• A amplitude de movimento da cintura escapular e do ombro é .l..• A intensidade do trabalho dos extensores do cotovelo é T.• A intensidade do trabalho dos flexores horizontais do ombro e dos abdutores da cin-

tura escapular é 1.

4,6mV

_'-iCJ"----j PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl••

AbertaEm comparação com a empunhadura fechada:

• A amplitude de movimento do cotovelo é 1.• A amplitude de movimento da cintura escapular e do ombro é T.• A intensidade do trabalho dos extensores do cotovelo é .l..• A intensidade do trabalho dos flexores horizontais do ombro e dos abdutores da cin-

tura escapular é T.

"~i'SERRÁTIL ANTERIOR 2.3mV

TRíCEPS BRAQUIAL 2,8 mV~~--"'_.~$,_i~.~~t~l~ll~"~I~••~----=

4,9mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl 3,OmV

SERRÁTIL ANTERIOR 4,9mV

TRíCEPS BRAQUIAL l,9mV

Page 25: Cinesiologia e musculação

Considerações

membros superiores

Outra forma de execução da empunhadura fechadaA difícil execução da empunhadura fechada, considerada clássica, em função do posiciona-mento do punho, pode acarretar uma adaptação na forma de execução do exercício, alterandocinesiologicamente o movimento. Enquanto na primeira situação ocorre o movimento deflexão horizontal do ombro e de abdução da cintura escapular, na posição adaptada ocorre omovimento de flexão do ombro e a rotação superior da cintura escapular. Essa mudançaintensifica a ativação dos músculos peitoral maior (parte clavicu lar), deltóide (parte clavicu lar)e serrátil anterior na posição adaptada.

Pegada fechada clássica

Pegada fechada adaptada

DELTÓ!DE - PARTE CLAVICULAR

•• ~·'I~·'I~~; N!i1"l!";'oMt1,7 mv

4,6mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl••••• 2,5mV·.1"SERRÁrll ANTERIOR 2,3mV

TRíCEPS8R;:.;A~OU:.:..'A~l_""III.~ •••••• _~ --=2.,8mV_u MIPê""~,,. I UI ".

DElTÔIOE - PARTE CLAVICULAR 1,9 mV

""~/Ii,i~~ . 1iiI~'l!iIIIiltPEITORAL MA~OR_PARTE CLAVICULA7:1 ,'" 4,9mV

. " ·"t-!" , .'. r I " ! ' í~ I~i" !tIt--

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCO$TAL 1,0 mV16 1 t i

SERRÁTll ANTERIOR 3,6mV

TRicEPS BRAQUIAL '.. .• _ '" ; 2,5 mV

"I; "~!~.,,i:..'.1If1 ''lW"' ,

Acentuação ou não da abdução da cintura escapularO exercício supino pode ser realizado acentuando-se ou não a abdução da cintura escapularno final da fase concêntrica (flexão horizontal do ombro). Quando isso ocorre, o nível deativação dos abdutores da cintura escapular (serrátil anterior e peitoral menor) é intensificado,reforçando, ainda mais, esse grupo muscular.

Page 26: Cinesiologia e musculação

SERRÁTIL ANTERIOR 5,5mV

supino

Abdução da cintura escapular

SERRÁTIL ANTERIOR 4,9mV

Acentuação da abdução da cintura escapular

Isso pode proporcionar um desequilíbrio muscular, aumentando a tendência dedeslocamento anterior da cintura escapular e predispondo a uma protrusão de om-bros. Essa forma de execução não é indicada para indivíduos que apresentam essaalteração postural. Nas demais situações, deve vir acompanhado de exercícios com-pensatórios (voador invertido, remada alta, puxada inclinada, entre outros).

Participação sinérgica do deltóide(parte clavicular) e do peitoral maior

A posição neutra da articulação do ombro (posição intermediária entre as rotações interna eexterna do ombro) durante a execução do supino reto (p. 26) favorece a ativação do deltóide(parte clavicular) quando comparada a outros exercícios que envolvem a flexão horizontalassociada a rotações internas ou externas. Maiores discussões são realizadas no voadordireto (p. 46).

Page 27: Cinesiologia e musculação

membros superiores

A respiração interfere na ativação muscular?A respiração ativa (inspiração durante a fase concêntrica e expiração na fase excêntrica)intensifica o trabalho do serrátil anterior e do peitoral menor, tendo em vista a participaçãodos mesmos na fase de inspiração do ciclo respiratório. Apesar disso, não há diferença nonível de ativação muscular, provavelmente por esses músculos serem acessórios da respira-ção. Dessa forma, o sinal EMG não será apresentado.

o supino é adequado para a postura?Tendo em vista que os músculos flexores horizontais do ombro são também rotadores internosda articulação (secundariamente), a realização desse exercício propicia um desequllibr!oanterior da articulação devido à rotação interna do ombro. Dessa forma, a tendência derotação interna de ombro é acentuada e, estando freqüentemente associada à abdução dacintura escapular, predispõe à hipercifose dorsal.

Page 28: Cinesiologia e musculação

REMADA ALTA

DELTÓIDE - PARTE ESPINA~~~~~J!L.u 9 mV

1 ~',,l"'II~~.t.!I!i""'·/~-

TRAPEZIO - PARTE TRANSVERSA (TRAPEZIO MÉDIO) 4,3 mV

I" I~'_"I!' H'-~ 11.1141 I II~,!iI"!".lj.~INFRA-ESPINAL

1 ! 1'•• ' dll 11 ~ ,., 11 ,3mV

·1J".IW" ••••'1'

TRAPEZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPEZ10 SUPERIOR) 6,1 mV

1-·lIil!l •• oiI.• It!~!""~~II!II~ltlil,,!~

Page 29: Cinesiologia e musculação

Braquial

Bíceps braquial

~

1'-,/~-:fG (-'1)

:Y• f_

Braquiorradial

"'3·

\

Latíssimo do dorso(grande dorsal)

, . rte descendenteTrapézio - ?~o superior)(trapézi

lnfra-espinal ~_

Redondo menor

Redondo maior

,. arte ascendenteTrapéz!o - P, , lerior)'(trapézio m

rt acromialDeltóide - pa e

inalDellóide - parte espl

b "des - maior e menorRom 01

,. arte transversaTrapézio - P édio)(trapézio m I

Page 30: Cinesiologia e musculação

remada alta

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

lll!Í>lIóilferilwle ao",'" ai

Dei óide~parte

BragulUl'ladial

Análise cinesiológica

Pronador redondo

Flexor radial do carpa

Trapézio - parte descendente Palmar longo(trapézio superior)

Flexor ulnar do carpa

Flexor superficial dos deecs

Latíssimo do dorso(qrande dorsal)

Redondo maior

Trapézio - parte ascendente(trapézio inferior)

VariaçõesA possibilidade de variação ocorre somente na articulação radiulnar, que pode ser rnantídapronada ou supinada. Essa mudança irá interferir na ativação dos flexores do cotovelo, nácocasionando maiores influências nos demais grupos musculares envolvidos. O efeito davariação de posição da articulação radiulnar e a sua influência na ativação dos flexores dzcotovelo serão abordados no exercício rosca bíceps (p. 82).

Considerações

A remada alta é adequada para a postura?O equilíbrio entre os grupos musculares agonistas e antagonistas é determinante no controleda postura corporal. No caso específico do ombro e da cintura escapular, é importante obser-var a relação de dependência entre essas articulações, os movimentos do ombro são sempreacompanhados de movimentos específicos da cintura escapular (Lehmkuhl, Weiss e Smitl:1997; Thompson e Floyd, 1997; Rasch e Burke, 1977).

A quantidade de equipamentos de musculação que dão prioridade ao trabalho dos músculosflexores horizontais e rotadores internos do ombro e, por conseqüência, dos abdutores dê

OmbroFlexão (acima de 60°)

Extensão (até 60°)

Hiperextensão

Abdução (acima de 30°)

Adução (até 30°)

Rotação Externa

Rotação Interna

Flexão Horizontal

Extensão Horizontal

Cintura EscapularRotação Superior

Rotação Inferior

Elevação

Rotação Superior

Rotação Inferior

Adução

Abdução

Abdução

Adução

Page 31: Cinesiologia e musculação

membros superiores

cintura escapular é maior do que em relação aos respectivos antagonistas. Essa desproporçãopode ser acentuada pela ativação dos músculos nas diferentes funções e não só naquelasrelacionadas com o desvio postural. Exemplo: o reforço do redondo maior no movimento deadução pode acentuar a rotação interna do ombro.

Em relação à remada alta, ocorre um reforço dos adutores da cintura escapular, favorecendoa rotação externa dos ombros. Esse exercício é um dos poucos, nos equipamentos de mus-culação, que propicia um trabalho efetivo desses músculos.

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPUIO SUPERIOR) 5,9 mV

-I, .t'.,".nllllt4',1'

Nos indivíduos que apresentam hipercifose dorsal, situação na qual os músculosadutores da cintura escapular encontram-se alongados e/ou enfraquecidos, a reali-zação da remada alta é indicaria, pois compensa o desequilíbrio muscular existente.

Como fica a reglao cervical?Durante a execução da remada alta, os músculos que realizam a rotação superior da cinturaescapular encontram-se ativos para estabilizá-Ia. Entre eles, encontra-se o trapézio (partedescendente), que, por originar-se na base do crânio, na protuberância occipltal e nos ligamen-tos posteriores do pescoço, traciona as vértebras cervicais su periores inferiormente, acentuan-do a lordose cervical. Se esse exercício for realizado com elevação acentuada da cinturaescapular, essa tendência se intensifica.

Com elevação da cintura escapular

Sem elevação da cintura escapular

TRAPEzro - PARTE DESCENDENTE (TRAPEZIO SUPERIOR) 3,5 mV

I r ,., I;'~-~[IIMIMiII~M.~111'. , "

Page 32: Cinesiologia e musculação

II1

REMADA BAIXA

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNQCOSTAL , mV

LATíSSIMO DO DORSO (GRANDE DORSAL) 2,7 mV

~ "If. n"W1\i.~iN-.~tU·f4Ul;'f '"I .tll~.;j" 1 ,

REDONDO MAJOR 9,9 mV

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR) 3,2 mV

BíCEPS BRAQUIAL , mV

Page 33: Cinesiologia e musculação

Peitoral maior-parte esternocostal ---j:--i:~;;:o;jI~;t1í Peitoral menor

Braquial Bíceps braquial

Pronador redondo ~-1-1_-~,--1S ~~- ...• Braquiorradial

Trapézio-parte descendente(trapézio superior)

Deltóide - parte espinal

Tríceps braquial-cabeça longa e------t-

Redondo maior

c:

Levantador da escápula

Rombóides - maior e menor

Latíssimo do dorso (grande dorsal)

Page 34: Cinesiologia e musculação

remada baixa

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

Análise cinesiológica

Tríceps braquial-cabeça longa

Deltóide -parte espinal

Flexor radialdo carpa

Flexor superficialdos dedos

Flexor ulnar do carpa

Palmar longo

VariaçõesA possibilidade de variação ocorre somente. na articulação radiulnar, que pode ser mantidapronada ou supinada. Essa mudança irá interferir na ativação dos flexores do cotovelo, nãoocasionando maior influência nos demais grupos musculares envolvidos. O efeito da varia-ção de posição da articulação radiulnar e a sua influência na ativação dos flexores do co-tovelo serão abordados no exercício rosca bíceps (p. 82).

Considerações

A remada baixa é adequada para a postura?Tendo em vista que os músculos extensores do ombro são também rotadores internos daarticulação (primária ou secundariamente), a realização desse exercício acaba por desequili-brar anteriormente a articulação.

Dessa forma, a tendência de rotação interna do ombro e de abdução da cintura esc a-pular é acentuada, favorecendo uma hipercifose dorsal,

Obs.: Para fazer essa comparação entre as duas funções, o sinal EMG foi obtido em con-tração isométrica máxima na extensão e na rotação interna.

Page 35: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Extensão

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 4,3mV

ILATíSS1MO DO DORSO (GRANDE OORSAl) 1,3 mV

"~~,lli4j"'illl"l;jlli'iII.1ll1tI1!Ií1fi1í!11,••• " +

REDONDO MAIOR 3mV

Rotação interna

Remada alta versus remada baixa

Com base na participação sinérgica observada nos dois exercícios, a remada alta émais indicada para o equilíbrio da cintura escapular e do ombro, tanto para pessoasque apresentam hipercifose dorsal quanto para as que apresentam tendência a essaalteração postura!

Page 36: Cinesiologia e musculação

IVOADOR DIRETO

(FRONTAL)

Page 37: Cinesiologia e musculação

II

Peitoral maior-parte clavicular

Peitoral maior -parte esternocostal

/~,

·~'hi~~i

--( ..••..fJ~ <II>,'~!J,..... ,---... I Peitoral menor

Serrátll anterior ---T~~ Bíceps braquial -cabeça curta

Coracobraquial

Page 38: Cinesiologia e musculação

voador direto [frontal)

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular

Análise cinesiológica

Bíceps braquial -cabeça curta

Variaçõeso exercício voador direto pode ser realizado com variações na posição do ombro- em rotaçãoexterna ou na posição neutra (posição intermediária entre as rotações interna e externa doombro) - e na forma de apoio - alto ou baixo. Essas variações apresentam determinadasparticularidades, que serão discutidas a seguir.

Posição do ombro

• Rotação externa• Posição neutra

Rotação externaEm comparação com a posição neutra:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é 1'.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é 1'.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é J"• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é 1'.

Page 39: Cinesiologia e musculação

membros superiores

PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVICULAR 10,8 mV

,jlt".";~~~II'1~'~11PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl 5,7 rnV

DElTÓIDE - PARTE CLAVICULAR 4,2 mV

I ~ •• I.III'•. ~~I/IIII~jf11111t Ili' fi' II 11111

BicEPS BRAQUIAL 4,1 mV

Posição neutraEm comparação com a rotação externa:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é 1-,• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é 1-.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é I.• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é 1-.

PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVICULAR 7mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 4.2 mV

n~_"'i"~~.~~+!I~~""'t'"".,;DElTÓIDE - PARTE CLAVICULAR 4,7 rnV

B!CEPS BRAQUIAL 3,7mV

Page 40: Cinesiologia e musculação

SERRÂTIL ANTERIOR 7,2mV

voador direto [frontal)

Apoio

• Alto• Baixo

Apoio altoEm comparação com o apoio baixo:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é T.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é 1.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é T.• A intensidade do trabalho do serrátil anterior é T.• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é T.

PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVICULAR

.'''~I~!h~~~9,7 mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 4,4 mV

"j+IIt. ~'.Ml!if.~"""'"",.I'".~''' I.",,'i'

OELTÓlOE - PARTE CLAV1CUlAR 4,3 mV

A. l'I!IIIIti.I••.• I~PlIW~a.,1.il·!I,m:WII

BicEPS BRAQUIAl 3,7rnV

Apoio baixoEm comparação com o apoio alto:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é 1.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é T.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é 1.• A intensidade do trabalho do serrátil anterior é 1.• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é 1.

PEITORAL MAIOR - P~~.TE CLAVIC~~.. • . 8.9 mV

.~~ ~.J~I.iI~lI'!illito!Í'Ii>.'

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl 5,4 mV;'-\Ij.,..~_.~tto_,'1

SERRÂTll ANTERIOR 4.8 mV

OElTÓIDE - PARTE ClAVICUlAR 3,6 rnV

Ili.'.W •• WMi,illl~'I.'" J~"I ". I

SiCEPS SRAQUIAL 3 mV

Page 41: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Essa forma de execução não é indicada para indivíduos que apresentam essa alteraçãopostural. Nas demais situações, esse procedimento deve ser acompanhado de exercí-cios compensatórios (voador invertido, remada alta, puxada inclinada, entre outros).

Considerações

Deve-se ou não acentuar a abdução da cintura escapular?O exercício pode ser realizado acentuando-se ou não a abdução da cintura escapular nofinal da fase concêntrica (flexão horizontal do ombro). Quando a acentuação ocorre, o nívelde ativação dos abdutores da cintura escapular (serrátil anterior e peitoral menor) é intensifi-cado, reforçando, ainda mais, esse grupo muscular.

Isso pode proporcionar um desequilíbrio muscular, aumentando a tendência de deslocamentoanterior da cintura escapular e predispondo a uma protrusão de ombros.

Acentuação da abdução da cintura escapular!. ,

5,5mV

Abdução da cintura escapular.•••-=_=-=c~;T- r'~-

3,7mV

Page 42: Cinesiologia e musculação

~ voador direto (frontal]

I Participação sinérgica do deltóide (parte clavicular)e do peitoral maior

O voador direto, realizado com rotação externa do ombro, modifica o posicionamento dodeltóide (parte clavicular), deslocando-o para uma posição mais superior quando comparadoao voador direto realizado na posição neutra. Na posição de rotação externa, a ação do deltóide(parte clavicular) como flexor horizontal fica biomecanicamente prejudicada, ocasionandouma maior ativação do peitoral maior (partes clavicular e esternocostal) para a execução doexercício.

Rotação externaEm comparação com a posição neutra:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é i.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é i.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é 1.

PEITORAL MAJOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 5,7 mV

"~~~IO!iI4lr1t"'~"

DELTÓIDE - PARTE CLAVICULAR 4,2 mV

, •• IW'•. ~~((JI~lljlll!"I~tIiUfl

Page 43: Cinesiologia e musculação

membros sUQeriores

Posição neutraEm comparação com a rotação externa:

• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte clavicular) é t.• A intensidade do trabalho do peitoral maior (parte esternocostal) é 1.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte clavicular) é i.

PEITORAL MAIOR - PARTE CLAVICUlAR

11 •• IaIlillt••••• t••• ~ ••• ifI'Ii\~I'U!'.IL

7mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 4,2 mV

""".'WI;'I!~.íftN~."~"""~,.,,,,.1~.I~'''''''--DELTÓIDE - PARTE ClAVICULAR 4,7 mV

É possível trabalhar o bíceps braquialdurante o voador direto?

O bíceps braquial (cabeça curta) é considerado o motor acessório do movimento de flexãohorizontal do ombro, apresentando uma ativação aumentada com o incremento da carga doexercício. Além disso, quando o exercício voador direto é realizado com o ombro rotadoexternamente, a ativação torna-se ainda maior devido à ineficiência mecânica do deltóide(parte clavicular).

Page 44: Cinesiologia e musculação

voador direto [frontal)

Rotação externaEm comparação com a posição neutra:

• A intensidade do trabalho de deltóide (parte clavicular) é t.• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é i.

DElTÓIDE - PARTE CLAVICULAR 4,2mV

BíCEPS BRAQUIAl- CABEÇA CURTA 4,1 mV

Page 45: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Posição neutraEm comparação com a rotação externa:

• A intensidade do trabalho de deltóide (parte clavicular) é i.• A intensidade do trabalho do bíceps braquial (cabeça curta) é 1.

/

BíCEPS BRAQurAl - CABEÇA CURTA 3,7mV

DELTÓIDE - PARTE CLAVICULAR 4,7mV

Sendo assim, esse exercício não é indicado para pessoas com grande mobilidadearticular.

Qual a importância da variação do exercíciona estabilidade do ombro?

A posição do ombro no voador com rotação externa provoca uma distensão na cápsula articu-lar e uma tensão nos ligamentos da região anterior. Esse mecanismo pode levar a uma insta-bilidade articular e aumentar a possibilidade de luxação do ombro.

Como fica o equilíbrio muscular nesse exercício?A tendência de rotação externa do ombro durante o voador em posição neutra provoca umaumento da atividade dos rotadores internos para manutenção da posição.

Dessa forma, a rotação interna do ombro e, por conseqüência, a abdução da cinturaescapular tendem a acentuar, favorecendo uma hipercifose dorsal.

Page 46: Cinesiologia e musculação

VOADOR INVERTIDO(DORSALJ

Page 47: Cinesiologia e musculação

Trapézio - parte descendente(trapézio superior)

Trapézio-parte transversa ----t--;--,~;;;;;;--=;""----""---(trapézio médio)

~:------t-----+-<o Deltóide - parte acromial

Deltóide - parte espinalRedondo menor __-----""'-~==="-~_~c::lRedondo maior __ ------------

Infra-espinal

Latíssimo do dorso(grande dorsal)

Rombóides - maior e menor

-,--~-----,I------ Trapézio - parte ascendente(trapézio inferior)

Page 48: Cinesiologia e musculação

_ voador invertido (dorsalJ

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular

Análise cinesiológica

Deltóide -parte espinal

Latíssimo do dorso(grande dorsal) Redondo maior

Rombóides

Trapézio -parte descendente(trapézio superior)

Trapézio -parte ascendente(trapézio inferior)

Variaçõeso exercício voador invertido pode ser realizado com a articulação do ombro em rotaçãoexterna ou na posição neutra, assim como.com apoio alto ou baixo. Essas variações apresen-tam determinadas particularidades, que serão abordadas a seguir.

Posições do ombro

• Rotação externa• Posição neutra

Rotação externaEm comparação com a neutra:

• A intensidade do trabalho do infra-espinal é i.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte espinal) é 1.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte acromial) é 1.

Page 49: Cinesiologia e musculação

membros superiores 53 í

INFRA-ESPINAl

.~".,. ••~I:I'II

~RAPÉZIO - ;A:li T~T~~RS~ CTR!fÉZIO MÉDIO)

TRAPEZIO - PARTE DESCENDENTE CTRAPÉZ10 SUPERIOR)

~,4 1 \1 ."I~.'''\.'1111.

5,4mV

2.8mV

3,6mV

7,3mV

5,3mV

Posição neutraEm comparação com a rotação externa:

• A intensidade do trabalho do infra-espinal é 1.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte espinal) é i.• A intensidade do trabalho do deltóide (parte acromial) é i.

INFRA-ESPINAl

3,1 mV

Ir"'tJ,,~i

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (TRAPEzIO MÉDIO)

1 •••• • ••• 11 4 .••• ;11

TRAPEZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR)

•. ootofl!Wjl'I'I •• - ~ I ,,;

DElTÓIOE - PARTE ESPINAl

I

11 mV-~~.~DELTÓlDE- PARTEA~~Mt' .,4 mV

• '~••I ,", ',.,' ~I" ,

2,5mV

4,5mV

Page 50: Cinesiologia e musculação

INFRA·ESPINAL 2mV

voador invertido CdorsalJ

Apoio

A variação no apoio não intensifica o trabalho de nenhum grupo muscular específico, alémde alterar a posição muscular dos extensores horizontais, desfavorecendo mecanicamentea sua ativação. Na pegada alta, pode ocorrer uma elevação da cintura escapular durante omovimento e, dessa forma, os elevadores da cintura escapular podem ser ativados durantea execução .

• Alto• Baixo

Apoio alto••.....---~--

INFRA·E$PtNAL 2,3mV

II .". , .Mtlltli\l' ,I U

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (TRAPÉZIO MÉDIO) 3,1 mV

I ,J.**.1 til . i J_lIh~IJ1f'II, r t I I f

TRAPÊZIO - PARTE DESCENDENTE (T~PÊZIO SUPERIOR) 4,7 mV

•••"1"'I"UÍ!l' •• '~!di . ti' •• ,

DELTÓIDE - PARTE ESPINAL 10,4 mV

DELTÓIDE - PARTE ACROMIAL 7,6 mV

IÜ'"_ ••••••••• ~I~~".,"~i.PApoio baixo

TRAPÉZIO - PART~,TRANSVERSA (TRAPÉZIO MÉDIO) 3,4 mV

1••• _,W1l,7'llLI q '.tI ijI , nuTRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR) 4,1 mV

'11.11111J~jU__ !.j~~1.iI.~"~".IOI'" I

DELTÓIDE-PARTEE~ 9,6mV

--,....•--~•...DELTÓIDE-PARTE~C~. ~ .7,1 mV

-~I~ ••III~')1'I"""'~.1f

Page 51: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Considerações

Como pciercrorier- a cabeça?A cabeça deve ser posicionada mantendo a curvatura cervical (Iordose fisiológica). A retraçãodo queixo auxilia esse posicionamento.

Hiperlordose cervical~~iiI

Lordose fisiológica -----

Retificação cervical~

Page 52: Cinesiologia e musculação

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (fRAPÉZIO MÉDIO) 2,8 mV'i'~ .~t@n\·~ir \ti J lI"' 1tjf ~._ • ~••

voador invertido (dorsalJ

o voador invertido é interessante para a postura?

Assim como o exercício de remada alta, o voador invertido possibilita um maior equilíbrio dacintura escapular e do ombro pela ativação dos adutores da cintura escapular e dos rotadoresexternos do ombro. Estes últimos são mais ativados na variação com os ombros rotadosexternamente.

Posição neutra

INFRA·ESPINAL 2,5mV

I n t, I .~.~

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (fRAPÉZIO MÉDIO)

,.tq,,!~".,.'~~11, ' 1,. 1'-'1113,1 mV

Rotação externa

INFRA-ESPINAL 5,4 mV

'4\•• _.~ '~III" "!!.~~I~,.~!I.~"

Page 53: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Como fica a reglao cervical?

Da mesma forma que na remada alta, durante o voador invertido os músculos que realizam arotação superior da cintura escapular encontram-se ativos para estabilizá-Ia e tendem a elevá-Ia. Portanto, deve-se cuidar, na realização do exercício, para não elevar a cintura escapular,evitando, assim, a tração das vértebras cervicais, que leva ao aumento da lordose dessa região.

Sem elevação da cintura escapular

TRAPÊZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉzro SUPERIOR) 4 mV

·'11 tt' .J.t ••• t L,.,. J ,~;

Com elevação da cintura escapular

TRAPÊZ'O - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR) 4,5 mV

rtt In•.,,,l~,,.ri. ,+! ,2 I

Page 54: Cinesiologia e musculação

PUXADAS

Page 55: Cinesiologia e musculação

Braquiorradial

r-'ff'7-~T---fl---ilr------' Rombóides - maior e menor- ps braquial

--ceps braquial - -----'I\i\l:-cabeça longa

i-fliff----- Braquial

'Uldondo maior

ta íssimo do dorso(grande dorsal)

Peitoral maior-parte esternocostal

Page 56: Cinesiologia e musculação

puxadas

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

Análise cinesiológica

. :... ."

latissimo ao dorso(grande dorsal)

Rombóides

Peitoral menorRed0ndo maior

Tríceps braquial -cabeça longa

Braquial

Pronador redondo

Flexor radialdo carpo

Flexor ulnardo carpo

Flexor superficialdos dedos

Palmar longo

VariaçõesAs variações das puxadas ocorrem em virtude das diferentes formas de posicionamento dabarra (por trás ou pela frente) e desencadeiam diferentesações musculares.

Posição da barra

• Por trás• Pela frente

Por trásEm comparação com a puxada pela frente:

• A amplitude de movimento de rotaçãointerna é 1.

• A intensidade do trabalho dos adutoresdo ombro é 1.

• A intensidade do trabalho dos rotado-res internos do ombro é 1.

REDONDO MAIOR 9,3mV

PEITORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAl 1 mV

, ''''I'LATíSSIMO DO DORSO (GRAND~. DOR;)

I "!i"~.""'"2,8 mV

BíCEPS BRAQUlAl 2,1 mV

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA LONGA 0,8 mV......--.---- ...-.........<>---------

Page 57: Cinesiologia e musculação

Pela frenteEm comparação com a puxada por trás:

• A amplitude de movimento de rotaçãointerna é i.

• A intensidade do trabalho dos adutoresdo ombro é i.

• A intensidade do trabalho dos rotado-res internos do ombro é l

~DOMAIOR 10,2mV

~ORAL MAIOR - PARTE ESTERNOCOSTAL 2,1 mV

_.!'lSSIMO DO DORSO (GRANDE DORSAL) I

"""'~_~~".3,3mV

3CEPS BRAQUIAL 2,6mV

;:::::';onsiderações

membros superiores

Quais são os efeitos sobre as regloes cervical e lombar?

Indivíduos com limitação de movimento na articulação do ombro tendem a acentuar a lordoselombar e, principalmente, a cervical, durante a execução da puxada por trás. Além disso, o

Page 58: Cinesiologia e musculação

a

puxadas

impacto que pode ser causado pela barra do equipamento nos processos espinhosos dasvértebras cervicais, no final do exercício, pode comprometer a estrutura desta região.

As puxadas influenciam na postura?

A puxada por trás e, principalmente, a puxada pela frente possibilitam uma maior ativaçãodos rotadores internos do ombro (subescapular, redondo maior, peitoral maior - parteesternocostal - e latíssimo do dorso). Se esses exercícios não forem adequadamentecompensados pela realização de outros que enfatizem os grupos musculares antagonistas,pode-se desencadear um desequilíbrio da articulação do ombro. Isso fica mais evidente napuxada pela frente, na qual a tendência de rotação externa, provocada pela carga, é maispronunciada, exigindo ainda mais os rotadores internos.

Mas, afinal, qual é a puxada mais indicada?

Apesar de a puxada por trás proporcionar uma menor ativação dos rotadores internos doombro, esse exercício não parece ser o mais indicado. O aumento das curvaturas cervical elombar, o possível trauma provocado pela barra e o tensionamento ligamentar e capsular,gerado pela amplitude exagerada do ombro, acabam sendo mais agressivos ao indivíduo(Crate, 1997). A puxada pela frente proporciona uma ação combinada de adução e rotaçãointerna do ombro, sendo mais um exercício que leva ao desequilíbrio muscular e a umapossível instabilidade da articulação do ombro. Em função desses argumentos em relaçãoàs puxadas por trás e pela frente, parece razoável selecionar outros exercícios nos quaisesses aspectos sejam, se não eliminados, minimizados.

Assim, o exercício de remada alta, já mencionado (p. 32), e o exercício de puxadainclinada (p. 64) seriam opções mais-adequadas.

É possível ocorrer a participação do trícepsbraquial na puxada pela frente?

Na execução do exercício puxada pela frente, ocorre um movimento intermediário entre aadução e a extensão do ombro, no qual a cabeça longa do tríceps braquial é ativada por suaparticipação como extensor do ombro. Dessa forma, a cabeça longa do tríceps braquialparticipa na execução do movimento.

Page 59: Cinesiologia e musculação

membros superiores

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA LONGA O,BmV

Page 60: Cinesiologia e musculação

IPUXADA INCLINADA

:1I'11I "' •••• -r ;< -) .c. «<: m:,'-~tI

I I, . /

R:1ji1d~rl ,t~~f/

DELTÓIDE - PARTE ESPINAl 7 mV

---'''II1~lItlllfil~."I~f'Ij&iiI~~II'~1DELTórOE - PARTE ACROMIAl 3,6 mV

Ilr_~'1'II,tINFRA-ESPINAL 1,2 mV

LATíSSIMO DO DORSO (GRANDE DORSAL) 8,8 mV

",L~~~iliJlJ..\~""",,,.----: ••••.;tj4\.tilll'I"RI·iiI~~•••••••~G.,..""~••••• >----TRAPÉZIQ - PARTE TRANSVERSA (TRAPÉZIO MÉDIO) 2,4 mV

BíCEPS BRAQUIAl 1,9mV

Page 61: Cinesiologia e musculação

Trapézio -parte transversa(trapézio médio)

Redondo menor

Trapézio - ?arte descendente(trapézio superior)

III

~~~===,""",,b---t~ Deltóide-parte acromial

Redondo maior ------'''''''''"'

Infra-espinal

Deltóide-parte espinal

Latissimo do dorso __ ----f-:~- ,':";(grande dorsal)

Rombóides - maior em enor

Braquiorradtal

Bíceps braquial

Page 62: Cinesiologia e musculação

Flexor superficialdos dedos

puxada inclinada

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

Análise cinesiológica

. :: ..

Trapézto-.parte descendente(trapézio superior)

Trapézio - parteascendente

(trapézio inferior)Pronador redondo

Palmar longo

Flexor ulnar do carpoLatíssimo do dorso(grande dorsal) Redondo maior Flexor radial do carpo

VariaçõesEsse exercício não apresenta variações.

Considerações

Qual a repercussão da puxada inclinada na reglao lombar?

Nesse exercício, deve-se ter cuidado com a região lombar, pois existe uma tendência deanteversão pélvica e conseqüente acentuação da lordose lombar. A realização de uma con-tração isométrica da musculatura abdominal estabiliza a cintura pélvica, evitando, assim, asua anteversão, bem como possibilita a manutenção da curvatura fisiológica da coluna lom-bar.

Esse exercício não é indicado para pessoas que apresentam lombalgias ou hiperlordoselombar, nem para iniciantes que possuem a musculatura abdominal fraca e poucaconsciência corporal.

Page 63: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Puxada inclinada versus remada alta

Na puxada inclinada, assim como na remada alta, ocorre um reforço dos extensores hori-zontais e dos adutores da cintura escapular, favorecendo a ativação dos rotadores externosdos ombros (p. 34 - Quadro). Com exceção do deltóide (parte acromial), os músculos querealizam a extensão horizontal do ombro também participam da rotação externa desta articu-lação. Tais exercícios, como poucos nos equipamentos de musculação, propiciam um trabalhoefetivo desses músculos.

No entanto, ao compararmos a puxada inclinada com a remada alta, esta última ainda émais efetiva. Na remada alta, há maior ativação dos rotadores externos do ombro, em virtudeda ação combinada do torque resistente de rotação interna criado pela massa do segmentocorporal. O mesmo não ocorre na puxada inclinada.

Obs.: As coletas dos sinais EMGs foram realizadas com a mesma pessoa e sem alteração doposicionamento dos eletrodos. As fotos apenas ilustram os exercícios.

3mVINFRA-ESPINALI'." •.,11 ~"h,. ! F t ,.'I."'ot"REDONDO MAIOR 1 mV

INFRA·ESPINAl 1,2mV

'----I REDONDO MAIOR 3,6mV

A realização desses exercícios por indivíduos que apresentam hipercifose dorsal, si-tuação na qual os músculos adutores da cintura escapular e rotadores externos doombro encontram-se alongados e/ou enfraquecidos, é indicada, pois compensa odesequilíbrio muscular existente, sendo que a remada alta é o mais indicado.

Qual a inclinação mais-ndicada do tronco em

elação ao cabo?

esse exercício, é necessário observar o ângulo for-mado entre o cabo do equipamento e o tronco. O ân-gulo ideal entre eles é de 900

, pois essa posição é amais adequada para a ativação dos extensores hori-zontais do ombro e dos adutores da cintura escapular.

Page 64: Cinesiologia e musculação

II-ELEVAÇAO LATERAL

OElTÓIDE ~ PARTE ClAVICUlAR 2.7 mV

, '··Vi·""'!I'~~MilllP'í"~I.'ill'"I I

OELT61DE - PARTE ACROMIAL 9,5 mV

'oII~,.tNotl'~·~_._Miijl " "'1SERRÁTIL ANTERIOR' 6,1 mV

TRAPÊZIO - PARTE OESCENOEf':ITE ~ÉZIO SUPERIOR) 3,2 mV

.- ;'IPt./ •• n'.i*??" li', t.'

Page 65: Cinesiologia e musculação

~

(~r;- ~. Supra-espinal

. E -, tO-r>:f

!

Bíceps braquial - cabeça longa ~ \ ~~ '"" ;:..:'-. ~~.~ --~

~~ ~

~-'

Trapézio -parte ascendent(trapézio inferior~

Trapézio -parte descendente(trapézio superior)

Serrátil anterior

Deltóide - parte clavicular

Page 66: Cinesiologia e musculação

elevação lateral

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular

Análise cinesiológica

Deltóide-parte clavicular

Bíceps braquial -cabeça longa

VariaçõesEsse exercício não apresenta variações.

Considerações

Mudanças sinérgicas pela facilitação do exer-cicroO aumento do ângulo de flexão do cotovelo provoca uma redução na sobrecarga articular docotovelo e uma redução no braço de resistência, o que leva a uma diminuição da ativaçãomuscular quando a carga é a mesma.

DELTÓ1DE - PARTE ACROMIAl . 9,5 mV

•••••.;~_~jilllillfíllllll.,------j SERRÁTIL ANTERIOR 6,1 mV

Page 67: Cinesiologia e musculação

membros superiores

DELTÓIDE - PARTE~. CROMIAl,1 I " :w.~.~ ~';t.E'bl'b,'

1----1 ' " I,

8,2mV

SERRÁTIL ANTERIOR 2,3mV

Além dessa questão, o aumento no ângulo de flexão do cotovelo provoca a participaçãosinérgica dos rotadores externos do ombro (aqui representados pelo músculo infra-espinal)devido à tendência de rotação interna provocada pela posição, Para fazer uma comparaçãoadequada da ativação dos rotadores externos nas duas situações, foi necessário igualar otorque resistente desenvolvido em ambas, com e sem flexão do cotovelo.

INFRA-ESPINAl 1,5 mV

~"fU~I.~hE il •••• ~•• IiIt,.II••••4"•.".1 '.,••

Page 68: Cinesiologia e musculação

elevação lateral

INFRA·ESPINAL

Como fica a região cervical?

Assim como na remada alta e no voador invertido, a realização desse exercício, na maioriadas vezes, está associada à elevação da cintura escapular, intensificando a ativação do trapézio(parte descendente). Esse músculo, por originar-se na base do crânio, na protuberânciaoccipital e nos ligamentos posteriores do pescoço, traciona as vértebras cervicais inferior-mente, aumentando a lordose cervical. .

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (fRAPÉZIO SUPERIOR) 3,2 mV

}lu.t'lnt.,,~~~"I~.~'-l\ I , I

Page 69: Cinesiologia e musculação

membros superiores

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR) 5,4 mV

A amplitude de movimento altera a ativação muscular?A abdução do ombro em até aproximadamente 60° é realizada prioritariamente pelo músculosupra-espinal. Dos 60° aos 90°, ocorre uma intensificação na participação do deltóide (parteacromial), que se torna, nos ângulos subseqüentes, o principal responsável pelo movimento(Rasch e Burke, 1977).

Como esse exercício é realizado somente até 90°, acaba-se trabalhando, preferencial-mente, o supra-espinal, fazendo com que o deltóide (parte acromial) tenha uma contri-buição menos expressiva.

Obs.: As coletas dos sinais EMGs foram realizadas nos ângulos de 300 e 1500 de abdução doombro, pois biomecanicamente o torque de resistência gerado nestas duas posições é omesmo.

DELTÓIDE - PARTE ACROMIAL 5,8mV

Page 70: Cinesiologia e musculação

elevação lateral

OELTÓIDE - PARTE ACROMIAl 13,7 mV

Quais as implicações desse exercício sobrea articulação do ombro?

A estabilidade articular é obtida pelos ligamentos e músculos. Na articulação do ombro, emparticular, os músculos têm uma participação importante devido à instabilidade articular daregião. Os músculos pertencentes ao manguito rotador, entre eles o supra-espinal, são osprincipais responsáveis por essa função.

Diante disso, torna-se necessário o reforço do músculo supra-espinal, porém, em funçãoda sua localização, o excesso de solicitação deste músculo pode aumentar tanto acompressão articular quanto a possibilidade de que seja lesionado.

Essa compressão, sobretudo do músculo supra-espinal, pode ser reduzida associando-se a rotação externa do ombro ao movimento de abdução. Dessa forma, desloca-seposteriormente o tubérculo maior do úmero, aumentando o espaço articular.

Outro aspecto relevante é o aumento da compressão articular, causada pela redução doespaço articular à medida que o movimento de abdução aproxima-se de 90° (Peterson eRenstróm, 1997).

Page 71: Cinesiologia e musculação

membros· superiores II~Clavícula

Processocoracóide

Músculo supra-espinal

Page 72: Cinesiologia e musculação

1,3mV

DESENVOLVIMENTOINCOMPLETO

(MEIO DESENVOLVIMENTO)

DElTÓIOE - PARTE CLAVICULAR 8.3 mV

'11I!.~f.~!I~!IIitoII~!~"I .~

TRicEPS BRAQUIAL - CABEÇA LONGA

SERRÁTIL ANTERIOR

OELTÓIDE - PARTE ACROMIAL

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPEZIO SUPERIOR) 5,7 mV

J t 11,411I'11101144" '!til _li h I , .M

, mV

16,9 mV

.:«: t-t -========;j

Page 73: Cinesiologia e musculação

Trapézio - parte descendente(trapézio superior)

Deltóide -parte acromial ~~~'l"----:--="';~=-------.Supra-espi nal

Tríceps braquial

Trapézio - parte ascendente(trapézio inferior)

//

Deltóide - parte clavicular

~"......--- .•• Bíceps braquial - cabeça longa;)-; -

- I'U'-:ik7f------- Serrátil anterior

Page 74: Cinesiologia e musculação

desenvolvimento incompleto (meio desenvolvimento)

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular• Cotovelo

Análise cinesiológica

Bíceps braquial -cabeça longa

Ancôneo

Deltóide -parte clavicu lar

Extensor radialcurto do carpo

Extensor dosdedos

Extensor dodedo mínimo

VariaçõesEsse exercício não apresenta variações.

Considerações

Importância da posiçâo do ombro

Como comentado no exercício de elevação lateral, a posição de rotação externa do ombro,durante o exercício, torna-se necessária tanto para minimizar o impacto articular como parapossibilitar a execução do movimento em toda a amplitude (90° a 180°).

Posicionamento para execuçâo: em pé versus sentado

De acordo com os estudos de Nachemson e Morris (1964), Nachemson (1975) e Wilke ecolaboradores (1999), a compressão dos discos intervertebrais na coluna lombar é maior naposição sentada do que na posição em pé, pois a retroversão pélvica, favorecida na posiçãosentada, desencadeia a retificação da coluna lombar.

Nesse caso, a posição em pé é mais adequada desde que o indivíduo mantenha ascurvaturas fisiológicas durante a execução do exercício, bem como não apresentehiperlordose lombar.

Page 75: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Elevação lateral versus desenvolvimento incompletoDe acordo com o que foi mencionado anteriormente, no movimento de abdução do ombro,ocorre a participação sinérgica dos músculos deltóide (parte acromial) e supra-espinal, sen-do que sua ativação depende da amplitude de movimento realizada. Assim, no exercício deelevação lateral (movimento que ocorre de 0° a 90°), dá-se ênfase ao supra-espinal, e noexercício desenvolvimento incompleto (movimento que ocorre de 90° a 180°), ao deltóide(parte acromial) (p. 73 e 74).

Page 76: Cinesiologia e musculação

desenvolvimento incompleto [meio desenvolvimento)

Outro diferencial entre os dois exercícios é a participação do deltóide (parte clavicular), queno desenvolvimento incompleto é maior devido à rotação externa do ombro. Nessa posição,o deltóide (parte clavicular) é deslocado superiormente, beneficiando-se mecanicamente eviabilizando uma melhor ativação durante o exercício. Para realizar a comparação do deltóide(parte clavicular) nas duas situações (articulação do ombro nas posições de rotação externae neutra), a aquisição do sinal EMG foi realizada no mesmo indivíduo com o torque de resistên-cia semelhante, e foram resguardadas as demais condições técnicas para a coleta do sinal.

Posição neutra

Rotação externa

Page 77: Cinesiologia e musculação

membros superiores

No que se refere à região cervical, o desenvolvimento incompleto pode provocar um aumen-to da lordose cervical mais pronunciado do que a elevação lateral. Isso se deve ao aumentoda ativação do trapézio (parte descendente), desencadeado por uma amplitude maior derotação superior da cintura escapular. Como conseqüência, observa-se uma tração inferiordas vértebras cervicais, o que aumenta a lordose cervical. Também aqui, o sinal EMG foicoletado no mesmo indivíduo e com o torque de resistência semelhante. As fotos somenteilustram os dois exercícios.

Diante disso, a manutenção da cabeça na posição de lordose fisiológica deve ser obser-vada durante a execução do exercício.

Desenvolvimento incompleto

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZJO SUPERIOR) 7 mV

TRAPÉZIO - PARTE DESCENDENTE (TRAPÉZIO SUPERIOR) 5,7 mV

r ;:'I".".tlP,*~~k:~~1ti" Ii

Page 78: Cinesiologia e musculação

ROSCA BíCEPS

Page 79: Cinesiologia e musculação

Bíceps braquial -cabeça longa

Bíceps braquial -cabeça cu rta

Braquial

~'----,f--- __ -. Braquiorradial

Flexor superficialdos dedos Flexor ulnar

do carpo

Palmar longoPronador redondo

Page 80: Cinesiologia e musculação

Braquiorradial

Braquia!

rosca bíceps

Principal articulação envolvida• Cotovelo

Análise cinesiológica

COTOVELO

Flexores

E1íceps braquial

Pronador redondo

Flexor radial do carpa Flexor ulnar do carpa

Palmar longo Flexor superficial dos dedos

VariaçõesA execução do exercício de rosca bíceps apresenta algumas variações com o objetivo deativar diferenciadamente os músculos flexores do cotovelo. Tais variações são estabelecidasde acordo com a posição da articulação radiulnar.

Posição da radiulnar• Direta ou supinada• Inversa ou pronada• Neutra

Direta ou supinadaEm comparação com as roscas inversa ou pronada e neutra:

• A intensidade do trabalho do bíceps braquial é T.• A intensidade do trabalho do braquiorradial é J. em relação à neutra.• A intensidade do trabalho do braquiorradial é semelhante à inversa.

Obs.: As coletas dos sinais EMGs foram obtidas com a mesma carga (2 kg) nos diferentesexercícios.

Page 81: Cinesiologia e musculação

BíCEPS BRAQUiA~ 6,4mV

4,7 mV

membros superiores

Inversa ou pronadaEm comparação com a rosca direta ou supinada:

• A intensidade do trabalho do bíceps braquial é J-.• A intensidade do trabalho do braquiorradial é semelhante.

, e2,6mVBíCEPS BRAQU1AL

4,8mV

j,

Page 82: Cinesiologia e musculação

rosca bíceps

NeutraEm comparação com a rosca direta ou supinada:

• A intensidade do trabalho do bíceps braquial é 1.• A intensidade do trabalho do braquiorradial é 1'.

4,7mV

Considerações

Por que a posição da radiulnar interfere no exercício?

O bíceps braquial e o braquiorradial inserem-se no rádio, e o braquial, na ulna. Nos movimen-tos de pronação e supinação, o único osso deslocado é o rádio, provocando um "deslocamen-to" das inserções dos músculos nele inseridos e alterando os aspectos mecânicos do movi-mento. Assim, as modificações de posicionamento da articulação radiulnar irão interferir naativação dos músculos, conforme mostrado no item variações.

Qual das variações possibilita maior produção de força?

Alguns estudos mostram que a produção de força na rosca-bíceps inversa é, aproximadamen-te, dois terços da força produzida na rosca bíceps direta (Provins e Salter, 1955). Dois são osargumentos que sustentam essa afirmação: (1) na rosca bíceps inversa, o braço de alavancado bíceps braquial diminui, porque seu tendão enrola-se no rádio, repercutindo negativamentena produção de força; (2) na rosca bíceps direta, o pronador redondo é favorecido na produçãode força por estar em uma posição alongada, podendo, assim, auxiliar no movimento deflexão do cotovelo.

Page 83: Cinesiologia e musculação

membros superiores -Movimentos de flexão e supinação combinados

O movimento de flexão do cotovelo e o de supinação da radiulnar, realizados concomitante-mente, aumentam a ativação do bíceps braquial. Isso se deve ao desenvolvimento das duasprincipais funções desse músculo.

BlcEPS BRAQUIAL 12,8mV

S!CEPS BRAQUJAl 14.1 mV

Page 84: Cinesiologia e musculação

ROSCA TRíCEPS

Page 85: Cinesiologia e musculação

Tríceps braquial -cabeça longa

Tríceps braquial -cabeça média

Tríceps braquial -cabeça curta

Extensor radial longo do carpa

~~i~~il~I~~:~~~i~~-.Extensor radial curto do carpa

Extensor dos dedos

Extensor ulnar do carpa

Ancôneo

Page 86: Cinesiologia e musculação

rosca tríceps

Principal articulação envolvida• Cotovelo

Análise cinesiológica

Ancôneo

Extensor radial curto do carpo

Extensor ulnar do carpo Extensor dos dedos

Extensor do dedo mínimo

VariaçõesA execução do exercício rosca tríceps apresenta algumas variações com o objetivo de ativarde forma diferenciada a cabeça longa do tríceps.

Para efeitos de comparação, serão apresentados os sinais das cabeças longa e curta dotríceps braquial, representando as funções biarticular e monoarticular, respectivamente.

Posição de execução

• Fixa• Móvel• Testa

FixaEm comparação com a móvel e a testa:

• A intensidade do trabalho da cabeça longa do tríceps braquial é l• A intensidade do trabalho da cabeça curta do tríceps braquial é i em relação à móvel.• A intensidade do trabalho da cabeça curta do tríceps braquial é i em relação à testa.

Obs.: As duas fotos a seguir representam as formas básicas de apoio dos pés que podem serutilizadas na execução da rosca tríceps fixa.

Page 87: Cinesiologia e musculação

membros superiores

TRicEPS BRAQUrAL - CABEÇA LONGA 7,3mV

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA CURTA 2,8mV

Page 88: Cinesiologia e musculação

rosca tríceps

MóvelEm comparação com a fixa:

• A intensidade do trabalho da cabeça longa do tríceps braquial é T.• A intensidade do trabalho da cabeça curta do tríceps braquial é .t,

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA LONGA 8,3 mV

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA CURTA 2 mV

,1_~~~!11I~1il' "I~'II"'I'!~'I"~

Page 89: Cinesiologia e musculação

membros superiores

TestaEm comparação com a fixa:

• A intensidade do trabalho da cabeça longa do tríceps braquial é t.• A intensidade do trabalho da cabeça curta do tríceps braquial é 1.

TRlcEPS BRAQUIAL - CABEÇA LONGA 9mV

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA CURTA 2 mV

t iUI;.~•• lll/'.ili'.II"lj'lIj" M~'dIUl"l~.~)i')

Considerações

A posição da radiulnar interfere no exercício?A inserção do tríceps braquiallocaliza-se no olécrano da ulna, sendo que) durante os movimen-tos de supinação e pronação da radiulnar, a ulna não se movimenta. Conseqüentemente, aposição da radiulnar parece não afetar os aspectos mecânicos do movimento de extensãodo cotovelo, bem como não interferir na produção de força desse músculo. No entanto,durante a execução da rosca tríceps ocorre a ativação dos músculos do antebraço comoestabilizadores da articulação do punho ou, em algumas situações, como responsáveis pelosmovimentos em amplitude reduzida de flexão (rosca pronada) ou extensão (rosca supinada)dessa articulação. O fato de a força dos extensores do punho ser substancialmente menordo que a dos seus antagonistas parece contribuir para a maior ativação do tríceps braquialdurante a execução da rosca tríceps supinada.

O que pode ocorrer é que, na posição supinada, os extensores do punho contribuem com omovimento e) na posição pronada, são os flexores do punho que desempenham essa função.Como a força dos flexores do punho é maior que a dos extensores, o tríceps passa a ser maissolicitado na posição supinada.

Page 90: Cinesiologia e musculação

rosca tríceps

Pronada

Supinada

TRíCEPS BRAQU1AL - CABEÇA LONGA 7,3mV

TRíCEPS BRAQUJAL - CABEÇA CURTA 2,8mV

TR(CEPS BRAQUIAl- CABEÇA LONGA 10mV

TRíCEPS BRAQUIAL - CABEÇA CURTA 3,4 mV

~L.i,JJ,."."~~I~I"I~~'~I'''''~1~

Page 91: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Qual das variações possibilita maior deslocamento de carga?A rosca tríceps móvel apresenta uma participação sinérgica maior por envolver, além dosextensores do cotovelo, os músculos extensores do ombro e os rotadores inferiores da cinturaescapular, deslocando, nesse caso, uma carga maior.

No entanto, ao compararmos as variações fixa e testa, que ativam somente os extensores docotovelo, a rosca tríceps testa possibilitará o deslocamento de uma carga maior devido àcabeça longa do tríceps braquial estar em uma posição mais alongada.

O quadro a seguir demonstra os resultados obtidos por um sujeito, relativos à carga máximaalcançada, nos testes de 1RM para cada variação de rosca tríceps.

Variação do exercício

Tríceps móvel

Tríceps testa

Tríceps fixa

1RM

30 kg

28 kg

25 kg

Page 92: Cinesiologia e musculação

-ROTAÇAO EXTERNA

Page 93: Cinesiologia e musculação

,----------- ...•Trapézio -parte descendente(trapézio superior)

Trapézio - parte ascendente(trapézio inferior)

Trapézio - parte transversa(trapézio médio)

._----j----_._---

Rombóides - maior e menor

Page 94: Cinesiologia e musculação

rotação externa

Principais articulações envolvidas• Ombro• Cintura escapular

Análise cinesiológica

lnfra-espinal ReJ:lebdo menor

Deltóide - parte espinal Trapézio - parte descendente(trapézio superior)

Trapézio - parte ascendente(trapézio inferior)

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade de ativação pode variar.

As possibilidades de execução são: em decúbito lateral com halteres e em pé com therabando

Posição de execução• Decúbito lateral• Thera band normal• Thera band ombro abduzido em 90°

INFRA-ESPINAL 4,2 mV

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (TRAPÉZIO MÉDIO) 3,3 mV

6,2mV

Page 95: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Thera band normal

INFRA-E$PINAl ~l..LtL. 4,9mV

- ••,••...--.,.,.I"II~lIiIn',.,,;""~'~I•.•.."...•....---

TRAPÉZIO - PARTE TRANSVERSA (TRAPÉZIO MÉDIO) 4,8 mV

~

"

'Ii'o! ,,- 111 411l,i~\I\~~~"'''----- ' ,I

DElTÓIDE - PARTE E$PINAL 8,7 mV

Tbera band com ombro abduzido em 90°

Page 96: Cinesiologia e musculação

rotação externa

Considerações

Diferença de ativação muscularNa execução do exercício com halteres na posição de decúbito lateral, o torque de resistênciaé regressivo no decorrer do movimento devido à diminuição do braço de resistência, sendoquase nulo no final da fase concêntrica. Por outro lado, no exercício de thera band normal,apesar da disposição mecânica da carga, a resistência é progressiva em função do aumentona tensão elástica à medida que essa vai estendendo.

Decúbito lateral'1 INFRA-ESPINAL 4,2mV

Thera band

6,2mV

Esta linha representa otérmino da fase 1 (contraçãoconcêntrica) do exercício,demonstrando que há umaredução significativa do sinalno final dessa fase.

4,9mV

8,7mV

~III,'

Esta linha representa otérmino da fase 1 (contraçãoconcêntrica) do exercício,demonstrando que há umaumento significativo dosinal no final dessa fase.

Page 97: Cinesiologia e musculação

membros superiores

Qual a importância desse tipo de exercício para aestabilidade do ombro?

A estrutura óssea da articulação do ombro predispõe a uma instabilidade articular, e a muscu-latura acaba tendo um papel importante na sua estabilização. Os principais músculos respon-sáveis por essa estabilização são os pertencentes ao manguito rotador, composto pelo supra-espinal, pelo subescapular, pelo infra-espinal e pelo redondo menor. Esses músculos são osprincipais responsáveis pelos movimentos de rotação do ombro, sendo que esses movimen-tos são pouco executados em exercícios específicos, tanto em função da inexistência deequipamentos como também pela falta de clareza em relação à função de estabilizaçãodesses músculos, o que torna a articulação do ombro suscetível a lesões.

Esse exercício é importante para indivíduos que apresentam ombros protraídos comrotação interna associada e deve ser prescrito 'na rotina de treinamento em virtude deos seus antagonistas, os rotadores internos, serem excessivamente trabalhados deforma indireta em vários outros exercícios, o que não ocorre com os rotadores externos.

A rotaçâo interna deve ou não ser trabalhada?Os rotadores internos são trabalhados de forma direta ou indireta em grande parte dos movi-mentos diários, bem como em muitos dos exercícios para os membros superiores prescritosno treinamento de força. Em função disso, a força desse grupo muscular tende a predominarsobre a dos rotadores externos, causando alterações posturais, entre as quais a protraçãode ombros. Nesse caso, deveria ser enfatizado o reforço dos rotadores externos.

Nos casos em que o equilíbrio muscular está preservado, é importante o trabalho dosrotadores internos e externos para manter a estabilidade da articulação.

Page 98: Cinesiologia e musculação

capítulo 3

MEMBROSINFERIORES

sUlTlário

extensão do joelho / 104

flexão do joelho / 1 14

leg press / 120agachamento / 126

flexão plantar / 134

cadeira abdutora / 140

cadeira adutora / 146

glúteo / 150

flexão do quadril / 156

Page 99: Cinesiologia e musculação

-EXTENSAO DO ~OELHO

liRETO FEMORAL 3,9 mV.."'_••••• 9~_..VASTO LATERAL 3mV

VASTO MEDIAl 1,8 mV

'i,'"lp_j~ '~.I~i1i"'I",,~jil!lll,,"''''',,,'

Page 100: Cinesiologia e musculação

Reto femoral

~,...y;>fiiL---------_ Vasto medial

Ii-'-------" Vasto lateral

Page 101: Cinesiologia e musculação

extensão do joelho

Principal articulação envolvida• Joelho

Análise cinesiológica

VariaçõesEsse exercício não apresenta variações.

Considerações

A posição do encosto da cadeira interfere na ativação musculardo quadríceps?

O posicionamento do encosto da cadeira altera a posição da cintura pélvica que, por suavez, modifica o comprimento muscular do reto femoral e dos isquiotibiais.

O aumento do ângulo entre o assento e o encosto da cadeira permite um maior alongamentodo reto femoral e menor co-ativação dos isquiotibiais, condição esta que favorece a produçãode força do primeiro. Dessa forma, para uma mesma carga movimentada nesse exercício,a ativação do reto femoral é menor quando comparada à posição de menor ângulo entre oassento e o encosto da cadeira. Isso ocorre pela maior participação do componente elásticona produção de força (Enoka, 1997 e 2000).

A diminuição desse ângulo, além de reduzir o comprimento do reto femoral, provoca umamaior resistência (incremento da co-ativação) dos isquiotibiais ao movimento de extensãodo joelho devido à sua posição mais alongada. Em condições máximas, tal condição reduz aprodução de força do quadríceps femoral (Enoka, 1997).

Nos exemplos a seguir, em que uma carga similar foi movimentada, pode-se observar umaativação semelhante dos vastos lateral e medial, e isso se deve ao fato de serem músculosmonoarticulares e não sofrerem interferência da posição do quadril.

Indivíduos que apresentam a genuflexão do joelho (com encurtamento associado dosisquiotibiais) devem evitar a realização do exercício com ângulos inferiores a 90° entreo encosto e o assento do equipamento.

Page 102: Cinesiologia e musculação

Extensão com quadril em 90·

Extensão com quadril mais estendido1--

membros inferiores

RETO FEMORAl

VASTO LATERAL

VASTO MEDlAl 1,8 mV

i 11."fll.lt~*l_"lilfi""_if:lll:l II 11 n 14

BíCEPS FEMORAL 0,28 mV

3,9mV

3mV

Extensão com quadril mais flexionado

RETO FEMORAl

VASTO MEDIAL 1,8 mV

• '''~I·"lIi!I.(I._,II.~J!lItl'I·14'.'

BíCEPS FEMORAl 0,26 mV

3,7mV

VASTO MEDIAL 1,9 mV

'""'H;'\III.ltW,,,h'~~OI~j""ltolliI, "BíCEPS FEMORAL 0,33 mV

Existe diferença na ativação muscular do quadrícepsdurante o movimento de extensão do joelho?

A posição anatômica do fêmur associada à movimentação da tíbia durante a extensão dojoelho ocasiona a lateralização da patela, sendo esta mais pronunciada no final da extensão,o que exige uma maior ativação do vasto medial para compensar essa tendência. Segundo

Page 103: Cinesiologia e musculação

extensão do joelho

Rasch e Burke (1977), Lehmkuhl, Weiss e Smith (1997) e Escamilla e colaboradores (1998), ovaso medial apresenta maior ativação nos últimos 30° da extensão do joelho.

Obs.: O sinal a seguir representa somente a fase concêntrica do movimento até a extensãocompleta.

=

Essa tendência deve-se ao fato de a soma dos componentes de força laterais dos músculosvasto intermédio, vasto lateral e reto femoral ser maior que o componente de força medialdo vasto medial (Brown, 2001). Além disso, a soma da área de secção transversa dos primeirosmúsculos é aproximadamente três vezes maior (reto da coxa: 12,7 em": vasto intermédio:22,3 em": e vasto lateral: 30,6 em") que a do vasto medial (21,1 em") (Enoka, 2000).

+f---\---_ Vasto medial

Vasto lateral----1,>,-'\.

Reto femoral

-----"ç,;'7r--- ..•Patela

--~'---- Tendão patelar

\-+----,oTíbiaFíbula ---+-

\,,,,

•( \,:I -

---'~~

As mulheres, por apresentarem uma maior obliqüidade do fêmur e, conseqüentemente,maior lateralização da patela, necessitam de maior reforço do vasto medial, evitando,com isso, um movimento inadequado da patela no seu eixo de ação, que poderia ocasio-nar alterações como a condrornalacia,

Page 104: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

As rotações do joelho e do quadril podem interferirna ativação do vastos medial e lateral?

JoelhoA impossibilidade de manter o joelho em rotação externa ou interna até o movimento finalda extensão, devido ao posicionamento articular e ao tensionamento dos ligamentos mediaise laterais, inviabiliza a manutenção da rotação com o joelho em extensão (Rasch e Burke,1977).

Dessa forma, a alteração do vetor de força dos vastos lateral e medial que ocorre com arotação do joelho só consegue intensificar a ativação do vasto medial com a rotação externado joelho, e a do vasto lateral com a rotação interna, nos ângulos de flexão maiores que 30°(Thompson e Floyd, 1997).

Cabe salientar que não é possível manter a rotação externa que intensifica o trabalho dovasto medial nos últimos 30° de extensão do joelho. Portanto, realizar a extensão associadaà rotação externa não substitui a intensificação do trabalho do vasto medial que ocorre nofinal da extensão do joelho.

A extensão do joelho associada à rotação interna intensifica a ação do vasto lateral devidoao deslocamento medial da sua inserção na tíbia, que altera o vetor de força do músculo. Noentanto, esse recurso intensifica o desequilíbrio lateral da pateta, mencionado no item "Existediferença na ativação muscular do quadríceps durante o movimento de extensão do joelho?".

Extensão mais rotação externa

VASTO LATERAL 3,8mV

VASTO MEDIAl 2,7 mV

1~1~",Ij;t~~11-"iI!~If1li~"

Page 105: Cinesiologia e musculação

extensão do joelho

Extensão mais rotação interna

QuadrilAs rotações externa e interna do quadril são equivocadamente utilizadas para alterar a ativa-ção dos vastos medial e lateral, devido à impossibilidade de realizar as rotações externa einterna do joelho com este em extensão. Isso fica evidenciado na medida em que esse movi-mento não altera a função dos vastos medial e lateral no que se refere aos aspectos mecânicoe fisiológico.

Page 106: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

Extensão mais rotação externa

Extensão mais rotação interna

2,2mV

Page 107: Cinesiologia e musculação

extensão do joelho

Realizar o movimento de extensão do joelho nacadeira extensora e com a caneleira provoca omesmo efeito na musculatura do quadríceps?

O efeito na musculatura do quadríceps é diferenciado quando se compara a extensão dojoelho na cadeira extensora com a caneleira, considerando a mesma carga. Enquanto nacadeira extensora a força resistente proveniente da máquina vai diminuindo à medida que ojoelho se estende, no exercício realizado com a caneleira ocorre o oposto, ou seja, a resistênciavai aumentando à medida que o joelho se estende. Nesse caso, a extensão do joelho com acaneleira trabalha de forma mais intensa o vasto medial por oferecer maior resistência nosúltimos graus de extensão.

Algumas questões de ordem práticaA forma de execução da extensão do joelho, independentemente do tipo de equipamento.pode provocar uma alteração do equilíbrio na articulação femoropatelar. Alguns cuidadosem relação ao vasto medial deveriam ser observados para minimizar esse desequilíbrio: (1)realizar o movimento até o final da extensão, (2) trabalhar a extensão do joelho com a caneleirae (3) executar exercício específico de extensão do joelho nos últimos 30°.

Cadeira extensora

Page 108: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

Caneleira

Page 109: Cinesiologia e musculação

-FLEXAO DO ~OELHO

Page 110: Cinesiologia e musculação

Semitendíneo .---\--1tA

;~I

,~;::;:=1~,.~~::::;~r::------t--t--.j!!r-!- ...••Bíceps temoral - cabeça curta

II#jl<ÇL----+--lFl------t--t--mII-- Gastrocnêmio - cabeça lateral

I1

Bíceps temoral - cabeça longa

Gastrocnêmio -cabeça medial

Page 111: Cinesiologia e musculação

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1,4mV

flexão do joelho

Principal articulação envolvida• Joelho

Análise cinesiológica

Bíceps temoral Semitendíneo

Semimembranáceo Sartório

Grácil Gastrocnêmios

Plantar

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade da ativação dos músculos envolvidos no movimento podesofrer alguma alteração.

Há duas possibilidades de execução: em pée em decúbito ventral. Todas as consideraçõessobre esse exercício serão demonstradas na posição em pé.

Posição de execução

• Em pé• Em decúbito ventral

Em pé

BICEP$ FEMORAl 3 mV11"114';I"lIh,",._j.~SEMITENOíNEO 2,8mV

SEMIMEMBRANÁCEO 2,2mV

Page 112: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

Em decúbito ventral

1,1 mV

BíCEPS FEMORAL 3,3mV

SEMIMEMBRANÁCEO 1,8 mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 0,7 mV

Considerações

A posição da cintura pélvica interfere na ativação dos isquiotibiais?Os músculos flexores do joelho se originam na tuberosidade isquiática. Dessa forma, quandoocorre movimento de báscula anterior da cintura pélvica, há um deslocamento posterior daorigem muscular, melhorando o aspecto fisiológico (maior alongamento e maior contribui-ção do tecido conjuntivo) e o mecânico (aumento do braço de potência dos músculos) dosisquiotibiais. Portanto, com o movimento de báscula anterior da cintura pélvica, os isquioti-biais realizam menor esforço para movimentar uma mesma carga.

No entanto, esse movimento provoca um aumento da lordose fisiológica e, conse-qüentemente, provoca um aumento da atividade dos extensores da coluna, gerandouma sobrecarga desnecessária na coluna lombar.

Flexão do joelho - cintura pélvica normal

SEMIMEMBRANÁCEO 2,2mV

BíCEPS FEMORAL 3mV

2,8mV

ERETORES DA ESPINHA O,6mV

; I

Page 113: Cinesiologia e musculação

SEMIMEMBRANÁCEO 2,1 mV

flexão do joelho

Flexão do joelho - cintura pélvica com báscula anterior

BíCEPS FEMORAL 2,1 mV

1~1_•••• I•• ~II1!III«~I~~~~A,III"I'

ERETORES DA ESPINHA

. 4 (i. ~r~i'~'""l- I .

1 mVI 'tl

As rotações do joelho interferem na ativação dos isquiotibiais?Conforme mencionado anteriormente (p. 109), as rotações no joelho só ocorrem após 30° deflexão. Sendo assim, diferentemente do que ocorre na extensão, a possibilidade de associaçãodos movimentos de flexão com a rotação do joelho permite a ativação seletiva dos isquioti-biais. Na flexão associada à rotação interná, o trabalho dos músculos semitendíneo esemimembranáceo é intensificado, e na flexão associada à rotação externa o trabalho dobíceps femoral é intensificado. Nos exemplos a seguir, as cargas deslocadas são equivalentes.

Flexão mais rotação interna

SEMIMEMBRANÁCEO 2,OmV

B(CEPS FEMORAl 2,0 mV

,i IU.,ItfI."!~'.~.i'_'.~*~.1'~ili'""

Page 114: Cinesiologia e musculação

Flexão mais rotação externa

membros inferiores

SEMIMEMBRANÁCEO 1,7 mV

Qual é a diferença entre realizar a flexão do joelho com aarticulação do tornozelo em flexão dorsal ou flexão plantar?

Os gastrocnêmios participam da flexâo do joelho principalmente na fase inicial. Dessa forma,a posição do tornozelo em flexao d-orsal provocará um maior alongamento dos gastrocnêmios,o que facilitará a sua produção de força (maior participação do tecido conjuntivo). Nessecaso, a ativação dos isquiotibiais diminui. Nos exemplos a seguir, as cargas deslocadas sãoequivalentes.

Flexão - flexão dorsal

Flexão - flexão plantar

SEMIMEMBRANÁCEO 1,8mV

SEMITENDíNEO------I 2,3mV

SEMIMEMBRANÁCEO 2,1 mV

Page 115: Cinesiologia e musculação

LEG PRESS

Page 116: Cinesiologia e musculação

~I

Vasto lateral

~~~---+-----ff7-+--f-- Trato iliotibial

Fibular curto

Glúteo máximo

Bíceps femoral -cabeça longa

Semimembranáceo

I}J,

vm>.;'INfH-h'-'a-------e Gastrocnêmio - cabeça medial

'.rtl-l",lf--_e Gastrocnêmio - cabeça lateral

Page 117: Cinesiologia e musculação

leg press

Principais articulações envolvidas• Quadril• Joelho• Tornozelo

Análise cinesiológica

Semítendíneo Sémimernbranáceo Plantar

Flexor longodo hálux

VariaçõesA execução do exercício leg press apresenta algumas variações com o objetivo de diferenciara intensidade do trabalho do glúteo máximo, dos isquiotibiais e do quadríceps. Esse exercícipode ser realizado com a variação na forma de apoio dos pés, que pode ser alto ou baixo.

Apoio

• Alto• Baixo

AltoEm comparação com o apoio baixo:

• A amplitude articular do quadril é T.• A amplitude articular do joelho é t.

Fibular longo

Fíbular curto Tíbial posteríor

Flexor longodos dedos

RETO FEMORAlir.'-.i\" I' "11-111 .,

VASTO LATERAL

VASTO MEDIAl

BíCEPS FEMORAL

SEMITENDíNEO

SEMIMEMBRANÁCEO

GlÚTEO MÁXIMO

1,5mV".lijlAlt

l,6mV

O,8mV

1 mV

O,7mV

1,1 mV

1,2mV

Page 118: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

Grupo extensor do quadril• A intensidade do trabalho do glúteo máximo é I.• A intensidade do trabalho dos isquiotibiais é I.

Grupo extensor do joelho• A intensidade do trabalho do quadríceps é -1.

BaixoEm comparação com o apoio alto

• A amplitude articular do quadril é -1.• A amplitude articular do joelho é I.

Grupo extensor do quadril• A intensidade do trabalho do glúteo máximo é -1.• A intensidade do trabalho dos isquiotibiais é -1.

Grupo extensor do joelho• A intensidade do trabalho do quadríceps é I.

1,9mV

RET~. ot.II~"_60r '~,jl"'íli!4r._!~W'.VASTO LATERAL

di' :nh'M ~. 1ft ~t.ti'líi:~~

1,8mV1M

VASTO MEDJAL 1,2mV

BíCEPS FEMORAL O,5mV

SEMITENDíNEO O,3mV

SEMIMEMBRANÁCEO O,2mV

GLÚTEO MÁXIMO 0,7 mV

Page 119: Cinesiologia e musculação

leg press

Considerações

Qual a desvantagem e a vantagem desse exercícioem relação à articulação do joelho?

Desvantagem. Esse exercício provoca um aumento na compressão da articulação do joelho(Escamilla e cols., 2001) devido à incidência da força de reação provocada pelo equipamen-to. Essa força vai aumentando o seu componente compressivo sobre as articulações tibiofe-morais medial e lateral à medida que o joelho é estendido. Por outro lado, à medida que ojoelho é flexionado, a compressão aumenta na articulação patelofemoral (Nordin e Frankel.1989).

Vantagem. A ação simultânea do quadríceps e dos isquiotibiais que ocorre nesse exercíciominimiza o deslocamento tibial anterior provocado pela contração isolada do quadríceps.fato que o caracteriza como um exercício funcional (Escamilla e cols., 1998; Solomonow eKrogsgaard, 2001).

Com isso, esse exercício é indicado para pessoas que apresentam alterações no liga-mento cruzado anterior.

Certo Errado Errado

Cuidado com o posicionamento do joelho!A execução desse exercício deve ser feita com o joelho alinhado com as articulações doquadril e do tornozelo, evitando uma sobrec-arga assimétrica sobre eles.

Page 120: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

É possível trabalhar o grupo de adutores nesse exercício?A realização do exercício a partirde uma rotação externa do quadril e mantendo o alinhamentoentre joelho, quadril e tornozelo (recém-citado) provocará a ativação dos adutores durante aexecução do movimento.

ADUlOR MAGNO 4,4mV

Page 121: Cinesiologia e musculação

AGACHAMENTO

t

~

Page 122: Cinesiologia e musculação

Vasto medial .----~m:::.

Gastrocnêmio - .-- ~-----1cabeça medial

Fibular longo

Plantar _-----4--

//,-9;---- Glúteo máximo

~-- ...• Vasto lateral

Bíceps femoral -cabeça longa

--- Sóleo

\

Ilffi------e Gastrocnêmio - cabeça lateral

Gastrocnêmio - cabeça medial

Page 123: Cinesiologia e musculação

agachamento

Principais articulações envolvidas• Quadril• Joelho• Tornozelo

Análise cinesiológica

Reto femoral

Semitendínee Vai>toíntetmédio

Vasto lateral

Vasto medial

Plantar Fibular longo

Fibular curto Tibial posterior

Flexor longo dos dedos Flexor longo do hálux

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade de ativação dos músculos envolvidos no movimento podesofrer alguma alteração.

As possibilidades de execução do movimento, além do agachamento (padrão), são: agacha-mento no hack e agachamento à frente (também conhecido como passada à frente).

Posição de execução• Agachamento• Agachamento no hack• Agachamento à frente

AgachamentoEm comparação com o agachamento no hack e o agachamento à frente:

• A intensidade do trabalho do glúteo máximo é 'T do que no hack e 1do que no à frente.• A intensidade do trabalho dos isquiotibiais é T.• A intensidade do trabalho do quadríceps é 1.

Page 124: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

RETO FEMORAl l,3mV

VASTO MEDJAl1·!Ji'j!JI,"~C'~~"'H:fjI!. ~',ir'IJlf!

1.1mVihil1

BíCEPS FEMORAl- CABEÇA LONGA O,9mV

I:' I ti '.'&'1."SEMITENDíNEO O,8mV•..',r " (

"1114 ".1GlÚTEO MÁXIMO O,4mV

Agachamento no hackEm comparação com o agachamento à frente:

• A intensidade do trabalho do glúteo máximo é t.• A intensidade do trabalho dos isquiotibiais é -l-,• A intensidade do trabalho do quadríceps é i.

RETO FEMORAl 3,6 mV

~;f.;IIIe;~""~".~. ,3mVl.i. .M

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA 0,\ mV

SEMITENOiNEO O,2mV

,...----------- ----GLÚTEO MÁXIMO O,2mV

Page 125: Cinesiologia e musculação

agachamento

2,7 mV

I nU'••.• '.,14II_'iJiIVASTO MEDIAL

~II.I'" f~

BíCEPS FEMORAl- CABEÇA LONGA 0,5 mV111

SEMITENOíNEO O,7mV

GLÚTEO MÁXIMO 1 mV

I'

Agachamento à frente (na perna posicionada à frente)Em comparação com o agachamento no hack:

• A intensidade do trabalho do glúteo máximo é l• A intensidade do trabalho dos isquiotibiais é T.• A intensidade do trabalho do quadríceps é ,t,

Considerações

É possível trabalhar os músculos adutores nesse exercício?A rotação externa e a pequena abdução dos quadris (médio afastamento lateral), associa-das à manutenção do alinhamento entre quadril, joelho e tornozelo, provocarão a ativaçãdos adutores durante a execução do movimento,

Agachamento normal"-'--'--4 . -,

Agachamento em rotação externa•• "l:' ~

'J:j

O,3mV I

O,SmV

Page 126: Cinesiologia e musculação

rnerntir-oss inferiores

Deve ser realizado o agachamento completo?

Esse exercício provoca um aumento na compressão da articulação femoropatelar à medidaque o joelho é flexionado (Escamilla, 2001; Escamilla e cols., 1998 e 2001), predispondo àlesão da cartilagem articular se a musculatura não estiver adequadamente preparada paraexecutar o movimento.

o agachamento completo muitas vezes é utilizado com o intuito de provocar uma maiorativação do glúteo máximo.

No entanto, essa forma de execução pode prejudicar a articulação do joelho, podendoser substituída, por exemplo, pelo agachamento à frente.

Meio agachamento

GLÚTEO MÁXIMO 0.4 mV

,-----. -----------------------------------

li

I GL~EO MÁXIMO

Agachamento completo

O,6mV

•• t

Page 127: Cinesiologia e musculação

agachamento

Quais os efeitos desse exerclclo sobre a coluna lombar?O agachamento no hack, devido ao seu posicionamento, provoca uma maior retificação dacurvatura lombar durante a execução do exercício, aumentando a possibilidade de desloca-mento posterior dos discos intervertebrais 10mbares (Nachemson e Morris, 1964; Nachemson,1975; Wilke e cols., 1999).

Existe participação dos músculos eretores daespinha nos exercícios de agachamento?

No agachamento, ocorre uma flexão mais pronunciada do quadril, bem como a coluna verte-bral é deslocada anteriormente. A partir de 60° de flexão do quadril, ocorre efetivamente aflexão da coluna lombar (Rasch e Burke, 1977). Esse deslocamento anterior da coluna duranteo agachamento provoca uma maior ativação dos músculos paravertebrais lombares, o quenão acontece na mesma intensidade no agachamento no hack e no agachamento à frentedevido ao posicionamento mais vertical da coluna.

Agachamento

Page 128: Cinesiologia e musculação

Agachamento no hack~

Agachamento à frenteA, j

membros inferiores

ERETORES DA ESPINHA 0,9 mV

.1P;k-erll-,~(,( r.

ERETORES DA ESPINHA 2,6 mV

~~"J~~"I""'" [".'~Mti "i<!

Page 129: Cinesiologia e musculação

-FLEXAO PLANTAR

Page 130: Cinesiologia e musculação

Fibular longo

-+---. Fibular curto

Sóleo

Gastrocnêmio -cabeça medial

Gastrocnêmio -cabeça lateral

Page 131: Cinesiologia e musculação

flexão plantar

Principal articulação envolvida• Tornozelo

Análise cinesiológica

Gastrocnêmios

Plantar

Fibular curto

Flexor longo dos dedos

Sóleo

Fibular longo

Tibial posterior

Flexor longo do hálux

VariaçõesA execução do exercício de flexão plantar apresenta algumas variações na posição de execu-ção com o objetivo de diferenciar a intensidade do trabalho dos músculos gastrocnêmios esóleo. As possibilidades de execução do movimento são em pé e sentado.

Posição de execução

• Em pé• Sentado

Em péEm comparação com sentado:

• A intensidade do trabalho dos gastrocnê-mios é T.

• A intensidade do trabalho do sóleo é 1.

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1.6mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA MEDIAl 2,3mVI, I 1

SÓLEO

Page 132: Cinesiologia e musculação

SentadoEm comparação com o em pé:

• A intensidade do trabalho dos gastroc-nêmios é 1.

• A intensidade do trabalho do sóleo é i.

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1,1 mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA MEDIAL 0,9 mV

I I 'I ! ;I 'Ullnr;lIlh' I' t '11

SOlEO 1,5 mV

Considerações

membros inferiores

As rotações do joelho e do quadril podem interferir na ativaçãodos músculos gastrocnêmios e sóleo?

JoelhoQuando o exercício é realizado na posição sentada, existe a possibilidade de executá-Io comrotação externa ou interna do joelho, Essa alteração provocará mudança no comprimentomuscular e no vetor de força dos gastrocnêmios e permitirá uma maior ativação do gastroc-nêmio medial quando o joelho estiver em rotação externa e uma maior ativação do gastroc-nêmio lateral quando o joelho estiver em rotação interna,

Flexão plantar - rotação externa

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL

GASTROCNÊM!O - CABEÇA MEDIAL 0,9 mV

., I "'li 11"1- f F4111rl\t~[I#ntt_lrl:ltt'''' _*4" • I

O,7mV

Page 133: Cinesiologia e musculação

, 138 flexão plantar

Flexão plantar - rotação interna

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1,2mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA MEDIAL O,8mV

QuadrilAs rotações externa e interna do quadril são equivocadamente utilizadas para alterar a ativa-ção dos gastrocnêmios - cabeça lateral e cabeça medial- devido à impossibilidade de realizaras rotações externa e interna do joelho com estes em extensão. Isso fica evidenciado, umavez que esse movimento não altera a função dos gastrocnêmios - cabeça lateral e cabeçamedial - no que se refere aos aspectos mecânico e fisiológico.

~i~it--IGASTROCNÊMIO - CABEÇA MEOIAL

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1,7mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA MEDIAl 2,4 mV

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL l,7mV

~.", '"~''' ~~,~,I-

2,3mV

Page 134: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

o uso do "taquinho" altera a ativação do tríceps sural?O "taquinho", na verdade, é um recurso para aumentar a amplitude de flexão dorsal, o queprovoca um aumento do comprimento dos músculos e da sua possibilidade de ativação.

GASTROCNÊMJO - CABEÇA LATERAL t.a mv

SÓlEO 1,4 mV

1 í_'~;••• ,'••,.'•••••11 "MiI"'-'

GASTROCNÊMIO - CABEÇA LATERAL 1,8mV

----.....•....•....

GASTROCNÊMJO - CABEÇA MEDIAl 2.3 mV

'~I~j~a.~~ltlijl·ir."'"

SÓLEO 1,6mV

Page 135: Cinesiologia e musculação

CADEIRA ABDUTORA

Page 136: Cinesiologia e musculação

-'

Glúteo médio -----l-----,rr--\it~\\~\~~~~~~:s:~;;;:;::-_;:::::::==_-Reto femoral

Glúteo máximo

Tensor da fáscia lata

Page 137: Cinesiologia e musculação

cadeira abdutora

TENSOR DA FÁSCIA LATA 4mV

Principal articulação envolvida• Quadril

Análise cinesiológica

QUADRIL

Abdutores

Sartório

Tensor da fáscia lataGlúteo médio

Reto femoral

Glúteo mínimo Glúteo máximo

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade da ativação dos músculos envolvidos no movimento podesofrer alguma modificação.

As possibilidades de execução do movimento de abdução do quadril, além da cadeira abdu-tora, são em pé (em equipamento específico ou na polia baixa) e em decúbito lateral (cocaneleira).

Posição de execução• Cadeira abdutora• Em pé - equipamento específico• Em decúbito lateral

Cadeira abdutora

3,4mV

GLÚTeO MÁXIMO O,8mV

Page 138: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

3,SmV

TENSOR DA FÁSClA LATA 7,6mV

GlÚTEO MÁXIMO O,5mV

, Ip~

Em decúbito lateral

GlÚTEO MÉDiO 1 mV

,'$'$ t.j "';f)t~t.,d".lliH. ' ,iTENSOR DA FÁSCIA LATA 2,4mV

GLÚTEO MÁXIMO O,4mV

Considerações

Como dar prioridade à ativação do glúteomáximo ou à do glúteo médio?

A posição do encosto da cadeira abdutora altera a amplitude de flexão do quadril. O quadrilmais flexionado intensifica a ativação do glúteo máximo, e o quadril mais estendido intensi-fica a ativação do glúteo médio e do tensor da fáscia lata.

Obs.: Para efeitos de comparação do sinal EMG nas diferentes posições, este foi monitoradocom a mesma carga.

Page 139: Cinesiologia e musculação

cadeira abdutora

TENSOR DA FÁSCIA LATA 1,7mV

Abdução com quadril mais flexionado

GlÚTEO MÉDIO 0,7 mV

I . {. ~,.f,Ü._I!(Jli,

TENSOR DA FÁSCIA LATA 0,6 mV

GLÚTEO MÁXIMO 1 mV

.,.,";Ii,tJaltt •• ~>t(",:!', " I

Abdução com quadril mais estendido

GlÚTEO MÉDIO O,9mV

!.! ~ , :r 11 , , . _ , l Ipt Á'!

GLÚTEO MÁXIMO O,6mV

"""'1"

Outra implicação da posição do encostoNa posição de 90° de flexão do quadril, determinada pela posição do encosto, os seis rotadoresexternos, também chamados de pelvitrocanterianos (quadrado femoral, obturador externo,obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior e piriforme), ficam mecanicamente favore-cidos para atuar na abdução do quadril (Rasch e Burke, 1977; Lehmkuhl, Weiss e Smith,1997). No entanto, a análise da atividade elétrica desses músculos, utilizando-se eletrodosde superfície, fica limitada por serem músculos profundos.

Para quem esse exercício é contra-indicado?A contração do piriforme pode provocar um aumento na compressão do nervo isquiático(ciático), o que torna esse exercício contra-indicado para indivíduos que apresentam lombo-ciatalgia. Indica-se o alongamento do piriforme sempre após a realização desse exercício.

Page 140: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

~~---T-'------ Músculo piriforme

~~~

Nervo isquiático

Posicionamento do músculo piriforme em relação ao nervo isquiático.

Page 141: Cinesiologia e musculação

CADEIRA ADUTORA

Page 142: Cinesiologia e musculação

Adulor magno

Adulor longo

Grácil

Page 143: Cinesiologia e musculação

cadeira adutora

Principal articulação envolvida• Quadril

Análise cinesiológica

Adutor curto

Grç\cil

Adutor longe

Pectíneo

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, no entanto, a intensidade da ativação dos músculos envolvidos no movimentopode sofrer alguma alteração.

As possibilidades de execução do movimento de adução do quadril, além da cadeira adutora,são: em pé (em equipamento específico ou na polia baixa) e em decúbito lateral (com cane-leira).

Posição de execução• Cadeira adutora• Em pé - equipamento específico• Em decúbito lateral

Cadeira adutora

ADUTOR CURTO 1 mV

"IU'f 4

Em pé - equipamento específico

ADUTOR CURTO 1,4mV

Page 144: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

Em decúbito lateral

5,9mV

ADUTOR CURTO 0,8 mV

,.$III'n •• ' •••••• ~ 'ltUhlltlilh'u

Considerações

A posição do encosto interfere na ativação dos adutores?O deslocamento do encosto para trás facilita a realização da anteversão pélvica pelo aumentoda tensão dos flexores do quadril, principalmente do psoas.

Essa posição provoca um tensionamento dos músculos eretores da espinha (encostopara trás, com hiperlordose lombar: 1 mV; encosto na vertical, sem hiperlordose lom-bar: 0,5 mV) e é contra-indicada principalmente para quem possui hiperlordose lombar.

Adução - cintura pélvica em anteversão

ERETORES DA ESPINHA t mV

Page 145: Cinesiologia e musculação

JIII

GLÚTEO

Page 146: Cinesiologia e musculação

Glúteo máximo --~::;:;;~~~~~ie;;;~=""""=f---+- ...•Semimembranáceo

Bíceps femoral - cabeça longa

Page 147: Cinesiologia e musculação

glúteo

Principal articulação envolvida• Quadril

Análise cinesiológica

Bíceps femoral -cabeça longaGlúteo máximo

Semitendíneo Semimembranáceo

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade da ativação dos músculos envolvidos no movimento podesofrer alguma alteração.

As possibilidades de execução do exercício para glúteos são: em quatro apoios (de gato)com caneleira, em pé na polia baixa, e com equipamento específico (em quatro apoios,também chamada de mesa glútea).

Posição de execução• Quatro apoios (de gato)• Em pé - polia baixa• Equipamento específico (mesa glútea)

Quatro apoios (de gato)

GlÚTEO MÁXIMO 3,5mV

BíCEPS FEMORAl-CABEÇA LONGA 1.1 mV

'·I''''!I!\t.k;t.'~!WI·Att~_;.rbl~••enl' ,.a-'Jl.I!h

SEMITENDíNEO O.8mV

rt •

SEMIMEMBRANÁCEO l,4mV

Page 148: Cinesiologia e musculação

Em pé - polia baixa

Equipamento específico (mesa glútea)

Considerações

membros inferiores

GlUTEO MÁXIMO 1,5 mV

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA 2,2 mV

SEM1TENOíNEO 1,8 mV

~,---ooI'fIIII?lIl1.~'.I. W1.'1 IMlIo

SEMIMEMBRANÁCEO 2,1 mV

2,4mVGLÚTEO MÁXIMO

~." ·'I·"v1'Plfr~ .

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA 0,4 mV

11'1*!W\~liill."'II" •• lllhl~$')I'I"'!

SEMITENOíNEO 0,7 mV

,*J•• ij•• '~J"t ~I 1,.,.'tJlÍl~~"'''P'11" I I .•SEMIMEMBRANÁCEO 1 rnV

Os exercícios em pé e em quatro apoios têm o mesmoefeito na contração muscular do glúteo máximo?

Os exercícios que enfatizam o trabalho do glúteo máximo devem ser realizados com o quadrilem flexão de 45° ou mais (Rasch e Burke, 1977; Thompson e Floyd, 1997). Por esse motivo, naposição em pé, na qual o exercício parte da extensão para a hiperextensão do quadril, oglúteo máximo é menos ativado do que os isquiotibiais. Por outro lado, a posição de quatroapoios é a ideal para enfatizar a atividade do glúteo máximo.

Obs.: O sinal eletromiográfico foi registrado utilizando-se o mesmo torque de resistênciapara ambas as situações.

Page 149: Cinesiologia e musculação

glúteo

Quatro apoios (de gato)

3mV

BíCEPS FEMORAl- CABEÇA LONGA 0,1 mV

SEMITENOfNEO O,8mV

SEMIMEMBRANÁCEO 1,3mV

Em pé - polia baixa

2,3mVGLÚTEO MÁXIMO

BíCEPSFEMORAL_CABEÇALO~ . 1,5mV

.~ ~~I~'!"lio!'"

SEMITENOíNEO

""I"dllllllllli".~•• /lMIjII"".Mt •• '

SEMIMEMBRANÁCEO

1,2mV

l,9mV

Qual a interferência da rotação externa associada àextensão do quadril na ativação do glúteo máximo?

Sempre que um músculo participa simultaneamente em ações nas quais é responsável, háum aumento na sua ativação, Nesse caso, a direção das fibras do glúteo máximo permite asua participação tanto nos movimentos de extensão quanto de rotação externa, e a combi-nação desses movimentos provocará uma maior ativação muscular do glúteo máximo(Lehmkuhl, Weiss e Smith, 1997),

Extensão do quadril

GlÚTEO MÁXIMO

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA 0,9 mV

,11".~~".ljll",j'«~il!t" IIIIi '. I

SEMITENOíNEO 1,3 mV

-- ...•••I••••_d •.. "'.hl.fll'~~ltIHIIli11 jl~~'~.~tI'

SEMIMEMBRANÁCEO 1,5 mV

2.5mV

Page 150: Cinesiologia e musculação

membros inferiores

SiCEPS FEMORAl- CABEÇA LONGA

11jjo~'''''''lh''I"

SEMITENDíNEO 0,3 mV

SEMIMEMBRANÁCEO 0,7 mV

Existe diferença entre o joelho flexionado e o joelho estendido?

A execução do exercício de extensão do quadril com o joelho flexionado intensifica a açãodo glúteo máximo. Mesmo com a redução do braço de resistência que ocorre com a flexãodo joelho, o glúteo máximo aumenta sua ativação. Isso ocorre porque, nessa posição, não hátorque de resistência em relação à extensão do joelho, e, portanto, os isquiotibiais não preci-sam ser ativados para evitar este movimento. Além disso, esses músculos se encontram emuma posição inadequada para produzir força, ou seja, em encurtamento quase máximo.

Obs.: O sinal eletromiográfico foi registrado utilizando o mesmo torque de resistência paraambas as situações.

Joelho flexionado

GlÚTEO MÂXIMO

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA

,I n'ltt'!IL'J;lhHti, 1;1

SEMITENOíNEO

SEM1MEMBRANÁCEO

Joelho estendido

GLÚTEO MÁXIMO

BíCEPS FEMORAL - CABEÇA LONGA 0,9 mV

----, ••,.,W!4~~Iilj~~IIC_\t".!~I.dj~,"j.:',"'••SEMITENOfNEO 1,3 mV

-- ..•••,klllllililOl•• j~nl•• '~.,h~lrllI11 j,ll.i~•••\j1l '

SEMIMEMBRANÁCEO

6,7mV

O,4mV

3mV

O,7mV

O,8mV

1,3mV

2,5mV

Page 151: Cinesiologia e musculação

1111

-FLEXAO DO QUADRIL

Page 152: Cinesiologia e musculação

Psoas _---H'?IIt~

llíaco _--I-----l:",

Reto femoral

~I

Peclíneo

Sartório

~ __ I--_-"" Adutor curto

Adulor longo

Grácil

Page 153: Cinesiologia e musculação

flexão do quadril

Principal articulação envolvida• Quadril

Análise cinesiológica

Psoas ~líaco

Reto temoral Peetíneo

Sartório Grácil

Adutor longo Adutor curto

VariaçõesEsse exercício não apresenta variações.

Considerações

Importante!

Esse é o único exercício que trabalha especificamente os flexores do quadril. Em con-trapartida, existe um número significativo de exercícios que trabalham o grupo dosextensores do quadril. Ao pensar no equilíbrio muscular que deve ser respeitado notreinamento de força, essa discrepância favorece a extensão do quadril, podendo ge-rar alterações posturais pelo desequilíbrio de forças antagônicas.

Page 154: Cinesiologia e musculação

capítulo 4

COLUNA

sumário

abdominais / 160

extensores da coluna lombar / 172

flexão lateral / 178

Page 155: Cinesiologia e musculação

11111

ABDOMINAIS

Page 156: Cinesiologia e musculação

Oblíquo externo __ -l--------*- '1-----1----- Reto do abdome

*"-----11------<1 Oblíquo interno

Page 157: Cinesiologia e musculação

abdominais

Principal articulação envolvida• Coluna lombar

Análise cinesiológica

Reto do abdome

Oblíquo externo

Oblíquo interno

Psoas

VariaçõesA execução do exercício abdominal apresenta algumas variações com o objetivo de diferenciara intensidade de trabalho dos músculos abdominais. Os exercícios foram divididos de acordocom a sua forma de realização, sem e com a utilização de equipamento.

Sem equipamento

• Supra-abdominal• Infra-abdominal• Abdominal oblíquo

Supra-abdominalEm comparação com o infra-abdominal:

• O padrão de ativação* das regiões superior e inferior do reto do abdome é semelhante.• A intensidade do trabalho do reto do abdome é i.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é i.

RETO DO ABDOME -INFRA 1,1 mV~.t:::::::l----l ili*~I"'IIHb.I'I,~mi

oeuouo EXTERNO 3 mV

RETO DO ABDOME - SUPRA 2,3 mV

ft'J.I"I"'*I.~•• .1tl~~_\I~ __

* Entende-se como "padrão de ativação" a proporcional i-dade do nível de ativação das regiões superior e inferiordo reto do abdome (divisão do sinal da região superiorpelo sinal da região inferior) nas diferentes formas deexecução dos exercícios abdominais. Deve-se salientarque a região superior do reto do abdome apresenta umsinal EMG geralmente maior do que a região inferior.

Page 158: Cinesiologia e musculação

coluna

Infra-abdominalEm comparação com o supra-abdominal:

• O padrão de ativação das regiões superior e inferior do reto do abdome é semelhante.• A intensidade do trabalho do reto do abdome é 1.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é 1.

RETO DO ABDOME -INFRA 1,3mV

RETO DO ABDOME - SUPRA 1,6 mV

••••,.,••••oit~ltflill!\I_---

OBLÍQUO EXTERNO 1,8mV

Abdominal oblíquoEm comparação com o supra-abdominal:

• A intensidade do trabalho do reto do abdome é 1.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é I.

RETO DO ABDOME - SUPRA 1,5mV

RETO DO ABDOME - \NFRA 1,2mV

OBLÍQUO EXTERNO 7,2mV

Com equipamento

• Inclinado• Com sobrecarga• Com apoio cervical• Em suspensão

Page 159: Cinesiologia e musculação

IIIU abdominais

InclinadoEm comparação com o supra-abdominal:

• A intensidade do trabalho do reto do abdome é t.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é T.

Com sobrecargaEm comparação com o supra-abdominal:

• A intensidade do trabalho do reto do abdome é T.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é T.

Obs.: A intensidade aumenta pela sobrecarga imposta pelo equipamento.

RETO DO ABDOME - SUPRA 5mV

I, I'

RETO DO ABDOME - INFRA 8,6 mV

OBLíQUO EXTERNO 4,7 mV

RETO DO ABDOME - SUPRA 5,3mV

RETO 00 ABDOME -INFRA 5,4mV

OBLíQUO EXTERNO 6.9mV

Page 160: Cinesiologia e musculação

coluna

Com apoio cervicalEm comparação com o supra-abdominal:

• A amplitude de movimento da coluna é -1.• A intensidade do trabalho do reto do abdome é semelhante.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é semelhante.

RETO DO ABDOME - SUPRA

~ ;J"I"III~Ww~"I'RETO DO ABDOME - INFRA

"lI.,i W•••••• Hh • _,OBlíQUO EXTERNO

Em suspensãoEm comparação com o supra-abdominal:

• A intensidade do trabalho do reto do abdome é i.• A intensidade do trabalho do oblíquo externo é T.

RETO DO ABDOME - SUPRA

RETO DO ABDOME - INFRA

OBLÍQUO EXTERNO

I 165

2,2mV

t,5mV

3,2mV

3,2mV

7,9mV

5,3mV

Page 161: Cinesiologia e musculação

abdominais

Considerações

Deve-se flexionar ou estender o quadril?

A posição de flexão do quadril diminui o comprimento muscular do psoas, o que reduz atensão desse músculo sobre a coluna lombar, evitando a sua ação paradoxal de hiperextensão.Além desse aspecto de proteção da coluna lombar, a flexão do quadril aumenta a intensidadedo trabalho dos abdominais por diminuir a ativação dos flexores do quadril que auxiliam naexecução do movimento.

Quadril f1exionado

RETO DO ABDOME - SUPRA 2,3 mV

"11""Nio.UIliI i~"",~jlll"" "RETO DO ABDOME -INFRA 1,1 mV

OBLíQUO EXTERNO 3 mV

RETO FEMORAL 0,1 mV

Quadril estendido

OBLÍQUO EXTERNO O,9mV

RETO DO ABDOME - SUPRA 1,9 mV

, •••~\ ••.,.h.I"liUh at,

RETO 00 ABDOME - INFRA '.4 mV

h-. 'tt' / !

RETO FEMQRAL Q,5mV

Page 162: Cinesiologia e musculação

coluna

Q.ualo efeito do equipamento com apoio cervicalsobre os músculos dessa região?

A utilização do equipamento com apoio cervical tem como principal objetivo aliviar a tensãodessa região, que normalmente ocorre ao executar o exercício supra-abdominal (tradicional).

Sem equipamento

ESTERNOClEIDOMASTÓIDEO 2,3mV

PARAVERTEBRAIS CERVICAIS 0,3 mV-------------------

ESTERNOCLEIOOMASTÓIDEO 1,7mV

PARAVERTEBRAIS CERVICAIS 0,1 mV

Q.ualO efeito do abdominal com equipamento com apoiocervical sobre a ativação dos músculos abdominais?

Ao comparar o abdominal com equipamento com apoio cervical com o supra-abdominal, onível de atividade dos músculos abdominais (reto do abdome e oblíquo externo) é semelhante.Dessa forma, as duas formas de execução do exercício abdominal são indicadas para oreforço dessa musculatura (Vaz e cols., 1999).

Page 163: Cinesiologia e musculação

RETO DO ABDOME - SUPRA 2,2 mV

, *." i·••I•••• .,jli~••" ,

abdominais

Sem equipamento

RETO DO ABDOME - SUPRA 2,3 mV

" 1'",'~U,IIIIIP !oIiltll~tiH' .,RETO DO ABDOME -INFRA 1,7 mV

>I'i tI'.~"~,.IIIf+'~'IP'OBLíQUO EXTERNO 3 mV

RETO 00 ABDOME -INFRA 1,5 mValUdi ti I.fl> , ,

oeuouo EXTERNO 3,4 mV

Qual a melhor forma de trabalhar os abdominais oblíquos.com ou sem equipamento com apoio cervical?

A forma ideal de trabalho dos músculos abdominais oblíquos é o exercício sem equipamento,denominado de abdominal oblíquo. A forma como é indicada a utilização do equipamentocom apoio cervical para trabalhar os oblíquos, na verdade, não consegue atingir esse objetivo,pois o movimento de rotação da coluna ocorre apenas para o posicionamento inicial, a partirdo qual, o movimento realizado passa a ser de flexão ou de flexão lateral da coluna, depen-dendo da posição da cintura pélvica. Sendo que a intensificação do trabalho dos músculosoblíquos é obtida com o movimento de rotação da coluna, o exercício realizado no equipa-mento com apoio cervical não é adequado para esse fim, considerando-se o fato de que omovimento de rotação não ocorre durante o exercício.

Além disso, a associação dos movimentos de rotação com flexão da coluna aumentaa sobrecarga nos discos intervertebrais lombares (Nordin e Frankel, 1989). Por isso,permanecer com a coluna em rotação enquanto a flexão é realizada, como ocorre noexercício com apoio cervical, pode ocasionar problemas indesejáveis na região lombar.

Page 164: Cinesiologia e musculação

coluna

Sem equipamento,,-----,--

7,2mVOBLÍQUO EXTERNO

Com equipamento

I

OBLÍQUO EXTERNO 0,5

Como realizar a respiração durante os exer-crcross abdominais?O tipo de respiração mais adequado para realizar durante o exercício abdominal é a respiraçãopassiva (inspiração durante a fase excêntrica e expiração na fase concêntrica), A utilizaçãodesse padrão é indicada devido à ação dos músculos transverso do abdome e oblíquosexternos e internos na fase de expiração forçada, o que ocorre em função desses músculos,sobretudo os últimos, serem responsáveis pelo movimento de depressão das costelas (Rasche Burke, 1977).

OBLÍQUO EXTERNO 3mV

Com respiração

L

. I_OB_L_iQU_O_EXT_ER_NO '_,sm_v_I Sem respiração - .. '••• t -.

É importante salientar que a disposição horizontal das fibras do músculo transversodo abdome não possibilita a realização de nenhum dos movimentos da coluna. Dessaforma, realizar a respiração passiva durante os exercícios abdominais é uma das for-mas mais eficientes de trabalhar esse músculo. O reforço do transverso do abdome énecessário pelo seu papel em situações funcionais como tosse, espirro, evacuação,além da própria sustentação das vísceras dentro da cavidade abdominal. Além disso,

Page 165: Cinesiologia e musculação

Existem realmente os exer-crcrosssupra e infra-abdominais?

Os exercícios supra e infra-abdominais foram por muitotempo indicados com o objetivo de enfatizar as regiõessuperior e inferior do reto do abdome, respectivamente.No entanto, alguns estudos (Clark, Holt e Sinyaro, 2003; Andersson, Nilsson e Thorstensson,1997; Vaz e cols., 1991) não têm comprovado esse fato, demonstrando que a ativação daregião inferior do reto do abdome não é intensificada quando o exercício é realizado pelomovimento da cintura pélvica (infra-abdominal), assim como a região superior do reto doabdome não é intensificada quando o exercício é realizado pelo movimento do tronco (su-pra-abdominal). Ou seja, o padrão de ativação dessas regiões independe da forma de rea-lização do exercício.

abdominais

esse músculo também tem um importante papelna estabilização da coluna vertebral durante a rea-lização de movimentos rápidos dos membros su-periores e inferiores, a qual parece estar relacio-nada à pré-ativação muscular ocorrida na realiza-ção detais movimentos (Marshall e Murphy, 2003).

Supra-abdominal

(

RETO DO ABDOME - SUPRA 2,3 mV

,•••• ", •• ,••• , 'llll1It',ifi 4' 'o· I

RETO DO ABDOME -INFRA 1,7 mV

1 til '11'1I11". II~~lU ,

OBlÍOUO EXTERNO 3 mV

RETO DO ABDOME - SUPRA 1,6 mV

o ,I' ""'I"~Ifl~f""!"''''!I~,~''jl~",-----RETO 00 ABDOME -INFRA 1,3 mV

OBlíQUO EXTERNO 1,8 mV

Infra-abdominal

Page 166: Cinesiologia e musculação

coluna

Quais são os efeitos, na coluna lombar,do equipamento com sobrecarga?

A descarga axial sobre a coluna vertebral é maior na posição sentada quando comparada àsposições em pé e deitada (Nachenson e Morris, 1964; Nachenson, 1975; Wilke e cols., 1999).Por isso, a posição de realização do exercício abdominal no equipamento com sobrecargaacarreta o aumento da pressão sobre os discos intervertebrais, sendo esta maior do que nosexercícios realizados em decúbito dorsal.

Cabe salientar que esse exercício, por associar uma maior descarga axial com o movi-mento de flexão da coluna, aumenta a possibilidade de deslocamento do núcleo pul-poso para a região posterior das vértebras e, por isso, apresenta restrições para indiví-duos com história de lombalgia e hérnia de disco.

Qual é a implicação dos exercícios abdominais sobrea postura corporal?

A importância da função abdominal no controle da postura corporal é amplamente discuti-da na literatura, principalmente pelo seu papel no controle da hiperlordose lombar, fato queleva a uma prescrição indiscriminada e excessiva de exercícios para a região abdominal.Esse procedimento acarreta um desequilíbrio entre a musculatura abdominal e a paravertebrallombar quando estes últimos músculos são negligenciados nos programas de treinamento(Lapierre, 1982).

A estabilidade da coluna lombar é atingida pelo equilíbrio fisiológico de forças entre amusculatura abdominal e a paravertebral. O reforço excessivo da musculatura abdomi-nal, como normal mente ocorre nas prescrições de trei namento, pode levar a alteraçõesposturais que vão desde a retificação lombar até a hipercifose lombar e dorsal.

Page 167: Cinesiologia e musculação

EXTENSORES DACOLUNA LOMBAR

r \í ))\~'~" Ii 1\,

Page 168: Cinesiologia e musculação

Espinal do tórax

Ileocostall ombar

Longu' .ISSI mo do tórax

Page 169: Cinesiologia e musculação

Interespinais(lombo e tórax)

Espinal do tórax

extensores da coluna lombar

Principal articulação envolvida• Coluna lombar

Análise cinesiológica

lIiocostal lombar

Lonqulsaimodõ tórax Multífido(lombo e tórax)

Semi-espinal do tórax Rotadores(lombo e tórax)

Intertransversários(lombo e tórax)

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade de ativação pode variar.

As possibilidades de execução do movimento de extensão da coluna lombar são: decúbitoventral no banco, decúbito ventral no solo, de gato (quatro apoios). Em todas essas posições,a realização do movimento pode ser feita pelo deslocamento do tronco ou da cintura pélvicae dos membros inferiores.

Posição de execução• Decúbito ventral no banco• Decúbito ventral no solo• De gato (quatro apoios)

Page 170: Cinesiologia e musculação

coluna

ERETORES DA ESPINHA 7,6mV

ERETORES DA ESPINHA 7,5mV

Decúbito ventral no solo

Page 171: Cinesiologia e musculação

extensores da coluna lombar

De gato (quatro apoios)

Considerações

1,1 mV

Qual é a estratégia para otimizar o trabalho do grupotransverso-espinais (semi-espinal, multífidos e rotadoresJ?

Esse grupo muscular é o único entre os extensores que é responsável pelo movimento derotação da coluna. Nesse caso, o movimento de extensão associado ao de rotação da colunaintensifica o trabalho desses músculos.

Como esse grupo muscular situa-se em uma camada mais profunda, não é possível demons-trar a sua ativação por meio da eletromiografia de superfície.

Que formas de trabalho devem ser propostaspara os extensores da coluna?

Os extensores da coluna têm um papel importante na ação antigravitacional e apresentam-se em três camadas - superficial, média e profunda (Netter, 2004) -, sendo que a camadaprofunda, constituída por músculos curtos, é a maior responsável pela estabilidade estáticadas vértebras, enquanto as camadas média e superficial, constituídas por músculos maislongos, apresentam a função de estabilizar a coluna vertebral em condições dinâmicas (Halle Brody, 2001).

Page 172: Cinesiologia e musculação

coluna -Outros cuidados importantes

• Na fase inicial de treinamento, deve-se executar o movimento de extensão da coluna,evitando a hiperextensão. O indicado é começar o exercício com a coluna flexionada .

• Após a execução do exercício, deve-se compensar a sobrecarga na coluna lombarmediante alongamentos para essa região em posições de menor descarga axial,

Page 173: Cinesiologia e musculação

-FLEXAO LATERAL

Page 174: Cinesiologia e musculação

Oblíquo externo

Reto do abdome

Espinal do tóraxLonguíssimo do tórax Ileocostal do lombo

Quadrado do lombo

Page 175: Cinesiologia e musculação

1,7mV

__ flexão lateral

Principal articulação envolvida• Coluna lombar

Análise cinesiológica

Oblíquo interno

lIiocostallombar

Longuíssimo do tórax

Muljifido(lombo e tórax)

Inteí'transversários(lombo e tórax) Reto do abdome

VariaçõesAs variações na forma de execução desse movimento não alteram a participação sinérgicados músculos, mas a intensidade de ativação pode variar.

As possibilidades de execução do movimento de flexão lateral da coluna lombar são emdecúbito lateral e em pé.

Posição de execução• Em decúbito lateral• Em pé

Em decúbito lateral

ERETORES DA ESPINHA 0,3 mV

Page 176: Cinesiologia e musculação

coluna

Em pé

Considerações

Qual a importância desse exercício?O exercício de flexão lateral é uma boa opção para se trabalhar toda a região lombar, poisenvolve músculos posicionados anterior, posterior e lateralmente. Além disso, é o únicoexercício que trabalha o músculo quadrado do lombo.

Page 177: Cinesiologia e musculação

,....

REFERENCIASBIBLIOGRÁFICAS

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Page 179: Cinesiologia e musculação

,INDICE

AAbdominais 160-171

análise cinesiológica 162articulação envolvida 162variações 162-165

Adutor curto 146-149, 156-158Adutor longo 146-149, 156-158Adutor magno 146-149Agachamento 126-133

análise cinesiológica 128articulações envolvidas 128variações 128-130

Ancôneo 24-31, 76-81, 89-95

BBíceps braquial 24-31, 32-35, 36-39, 40-49,

58-63, 64-67, 82-87Bíceps femoraI114-119, 120-125, 126-133, 140-155

cabeça longa 120-125, 150-155Braquial 32-35, 36-39, 58-63, 64-67, 82-87Braquiorradial 32-35, 36-39, 58-63, 64-67, 82-87

cCadeira abdutora 140-145

análise cinesiológica 142articulação envolvida 142variações 142-143

Cadeira adutora 146-149análise cinesiológica 148articulação envolvida 148variações 148-149

Cintura escapular 24-31, 32-35, 36-39, 40-49, 50-57,58-67,68-75,76-81,96-101

Coluna 159-181Coracobraquial 24-31, 40-49Cotovelo 24-31, 32-35, 36-39, 58-67, 76-81, 82-87, 88-95

oDeltóide 24-31, 32-35, 36-39, 40-49, 50-57, 64-67, 76-81,

96-101parte acromial 32-35, 50-57, 64-67, 76-81parte clavicular 24-31, 75-80, 40-49parte espinal 32-35, 36-39, 50-57, 64-67, 96-101

Desenvolvimento incompleto 76-81análise cinesiológica 76-81articulações envolvidas 76-81variações 76-81

EElevação lateral 68-75

análise cinesiológica 70articulações envolvidas 70variações 70

Elevadores 36-39levantador 36-39rombóides 36-39trapézio, parte descendente 36-39

Espinal do tórax 172-177, 178-181Extensão do joelho 104-113

análise cinesiológica 106articulação envolvida 106

Extensor do dedo mínimo 24-31, 88-95Extensor dos dedos 24-31, 76-81, 88-95Extensor radial curto do carpo 24-31, 76-81, 88-95Extensor radial longo do carpo 22-29, 86-93Extensor ulnar do carpo 24-31, 88-95Extensores da coluna lombar 172-177

análise cinesiológica 174articulação envolvida 174variações 174-176

FFibular curto 120-125, 126-133, 134-139Fibular longo 120-125, 126-133, 134-139Flexão do joelho 114-119

análise cineciológica 114-119articulação envolvida 114-119variações 114-119

Flexão do quadril 156-158análise cinesiológica 158articulação envolvida 158

Flexão lateral 178-181análise cinesiológica 178-181articulação envolvida 178-181variações 180

Flexão plantar 134-139Flexor longo do hálux 120-125,126-133,134-139

Page 180: Cinesiologia e musculação

índice

Flexor longo dos dedos 120-125, 126-133, 134-139Flexor radial do carpo 32-35, 36-39, 58-63, 64-67, 82-87Flexor superficial dos dedos 32-35, 36-39, 58-63,

64-67, 82-87Flexor ulnar do carpo 32-35, 36-39, 64-67, 82-87

GGastrocnêmios 114-119, 120-125, 126-133, 135-139Glúteo 150-155

análise cinesiológica 152articulação envolvida 152variações 152-153

Glúteo máximo 120-125, 126-133, 140-145, 150-155Glúteo médio 140-145Glúteo mínimo 140-145Grácil 114-119, 146-149, 156-158

HHálux, flexor longo do 120-125, 126-133, 134-139

Ilíaco 156-158Iliocostal lombar 172-177,179-181Infra-espinal 32-35, 50-56, 64-67, 96-101Intertransversários (lombo e tórax) 172-177, 178-181Interespinais (lombo e tórax) 172-177

.JJoelho 104-113, 114-119, 126-133

LLatíssimo do dorso 32-35, 36-39, 50-57, 58-63, 64-67Leg press 120-125

análise cinesiológica 122articulações envolvidas 122

Levantador da escápula 36-39Longuíssimo do tórax 172-177, 178-181

MMembros inferiores 103-158Membros superiores 105-158Movimento, análise de 11-21

aspectos biomecânicos 13-21aspectos neurofisiológicos 11-13

Multífido (lombo e tórax) 172-177, 178-181

oOblíquo externo 160-171, 178-181Oblíquo interno 160-171, 178-181Ombro 24-31, 32-35, 36-39, 40-49, 50-57, 58-67, 68-75,

76-81, 96-101

p

Palrnar longo 32-35, 36-39, 58-63, 64-67, 82-87Pectíneo 146-149, 156-158Peitoral maior 24-31, 36-39, 40-49, 58-63

parte clavicular 24-31, 40-49parte esternocostal 24-31, 36-39, 58-63

Peitoral menor 24-31, 36-39, 40-49, 58-63Plantar 114-119, 120-125, 126-133, 134-139Pronador redondo 32-35, 36-39, 58-63, 64-67, 82-87Psoas 158,160-171Puxadas 58-67

análise cinesiológica 60articulações envolvidas 60puxada inclinada 64-67

articulações envolvidas 66análise cinesiológica 66variações 66

variações 60-61

Q

Quadril 126-133, 140-145, 150-155, 156-158Quadrado do lombo 178-181

RRedondo menor 32-35,50-57,64-67,96-101Redondo maior 32-35, 36-39, 50-57, 58-63, 64-67Remada alta 32-35

análise cinesiológica 34articulações envolvidas 34variações 34

Remada baixa 36-39análise cinesiológica 38articulações envolvidas 38variações 38

Reto do abdome 160-171,178-181Reto femoral 104-113, 120-125, 126-133, 140-145, 156-158Rombóides 32-35, 36-39, 50-57, 58-63, 65-67, 96-101Rosca bíceps 82-87

análise cinesiológica 84articulação envolvida 84variações 84-86

Page 181: Cinesiologia e musculação

Rosca tríceps 88-95análise cinesiológica 88-95articulação 90variações 90-93

Rotação externa 96-101análise cinesiológica 98articulações envolvidas 98variações 98-99

Rotadores (lombo e tórax) 172-177

SSartório 114-119, 140-145, 156-158Semi-espinal do tórax 172-177, 178-181Semimembranáceo 114-119, 120-125, 126-133, 150-155Semitendíneo 114-119,120-125,126-133,150-155Serrátil anterior 24-31, 40-49, 68-75, 76-81Sóleo 120-125, 126-133, 134-139Subescapular 24-31Supino 24-31

articulações envolvidas 26análise cinesiológica 26variações 26-28

Supra-espinal 68-75, 76-81

índice

TTensor da fáscia lata 140-145Tibial posterior 120-125,126-133,134-139Tornozelo 126-133, 134-139Trapézio 32-35, 50-57, 64-67, 68-75, 76-81, 96-101

parte ascendente 32-35,50-57,64-67,68-75,76-81,96-101

parte descendente 32-35, 36-39, 50-57, 64-67,68-75,76-81,96-101

parte transversa 32-35, 50-57, 64-67, 96-101Tríceps braquial 24-31, 36-39, 58-63, 76-81, 88-95

VVasto intermédio 104-113, 120-125, 126-133Vasto lateral 104-113, 120-125, 126-133Vasto medial 104-113,120-125,126-133Voador direto (frontal) 40-48

análise cinesiológica 42articulações envolvidas 42variações 42-44

Voador invertido (dorsal) 50-57análise cinesiológica 52articulações envolvidas 52variações 52-54

Page 182: Cinesiologia e musculação

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Page 183: Cinesiologia e musculação

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CINESIOLOGIA E MUSCULAÇAOCinesioloqie e museu/ação é uma obra fundamental a todos aqueles que seinteressam pelo estudo da musculação. Mais do que listar exercícios e orientaro leitor sobre sua execução, este livro demonstra, por meio de traçadoseletromiográficos, o envolvimento muscular em cada um deles.

Partindo de uma abordagem dos aspectos fisiológicos e biomecânicos domovimento, os autores analisam exercícios de musculação específicos para osmembros superiores e inferiores, bem como para o tronco.

Cada exercício é acompanhado de:

• foto ilustrativa• desenho representando a musculatura envolvida no movimento• traçados eletromiográficos que registram a participação de diferentes

músculos na execução dos movimentos

r-- ~--_...J RESPEITO PELO CONHECIMENTO