Cinesiologia Completo

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TRABALHO DE CINESIOLOGIA Fisioterapia Alunos: Rafael Martins Lucas Diniz Thalita Cerioni Jéssica Oliveira Gabriela Scaion Arusha Dantas

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TRABALHO DE CINESIOLOGIA

Fisioterapia

Alunos:

Rafael Martins

Lucas Diniz

Thalita Cerioni

Jéssica Oliveira

Gabriela Scaion

Arusha Dantas

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................3

OMBRO...................................................................................4

COTOVELO E ANTEBRAÇO.................................................11

PUNHO E MÃO.......................................................................16

QUADRIL.................................................................................29

JOELHO...................................................................................34

TORNOZELO............................................................................38

PÉ..............................................................................................42

CONCLUSÃO............................................................................47

REFERÊNCIAS.........................................................................48

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INTRODUÇÃO

A cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos. De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. O nome Cinesiologia vem do grego kínesis = movimento + logos = tratado, estudo. A cinesiologia estuda o corpo humano e a sua maneira de movimentar-se, e os fisioterapeutas que muitas vezes estudam a cinesiologia para entender os músculos e ligamentos e como esses se movimentam.

A finalidade da Cinesiologia é compreender as forças que atuam sobre um objeto ou o corpo humano e manipular estas forças em procedimentos de tratamento tais que o desempenho humano possa ser melhorado e lesão adicional possa ser prevenida.

Embora os humanos tenham sempre sido capazes de ver e sentir as suas posturas e movimentos, as forças que afetam os movimentos (gravidade, tensão muscular, resistência externa e atrito) nunca são vistas e raramente são sentidas. Conhecer onde essas forças atuam, em relação a posições e movimentos do corpo no espaço, é fundamental para a capacidade de produzir movimento humano e modificá-lo.

Neste trabalho, vamos abordar um contexto com foco nas estruturas onde se aplica a cinesiologia, descrevendo as estruturas envolvidas para geração de movimento e explicando os principais complexos articulares e musculatura envolvida nos respectivos complexos.

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OMBRO

O ombro possui grande mobilidade, sendo assim, pouca estabilidade. É uma articulação do tipo esferóide, possuindo movimento nos três planos; sagital, frontal e transverso. Fazem parte dessa articulação os ossos úmero, escápula, esterno, clavícula, quatro articulações a esternoclavicular, acrômioclavicular, glenoumeral e a escapulatorácica, os ligamentos que dão estabilidade e os músculos envolvidos com o complexo do ombro.(LIPPERT, 2003; HAMILL & KNETZEN, 2008).

OSTEOLOGIA

Úmero

Vista anterior: Tubérculo Maior, Cabeça Umeral, Sulco Intertubercular, Tubérculo Menor e Tuberosidade Deltóidea.

Vista posterior: Cabeça umeral, Tubérculo Maior e Tuberosidade deltóidea.

Clavícula

Corpo Clavicular, Extremidade Acromial e Extremidade Esternal.

Escápula

Vista anterior: Acrômio, Processo Coracóide, Cavidade Glenóide, Borda Lateral, Ângulo Superior, Borda Medial, Fossa Subescapular e Ângulo Inferior.

Vista Posterior: Processo Coracóide, Acrômio, Fossa Supraespinhal, Espinha da Escápula, Fossa Infraespinhal, Borda Lateral e Borda Medial.

Vista da Borda Lateral: Acrômio, Processo Coracóide, Cavidade Glenóide, Face posterior, Face Anterior e Borda Lateral.

Esterno

Incisura Clavicular, Incisura Jugular, Manúbrio Esternal, Corpo Esternal e Processo Xifóide.

Estes quatro ossos formam o complexo articular do ombro.

COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO

É de grande mobilidade e possui 3 graus de liberdade, (Eixo Transverso, Eixo Antero-Posterior e Eixo Vertical), triaxial.

Cintura Escapular

As articulações da cintura escapular são muito instáveis o que permite um amplo movimento os quais podemos citar: Flexão; Extensão; Abdução; Adução; Rotação Interna e Externa; Abdução horizontal e Adução Horizontal.

A região do ombro é um complexo de 20 músculos, 3 articulações ósseas, e 2 articulações funcionais que permitem uma maior mobilidade entre todas as regiões

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encontradas no corpo humano. O complexo do ombro não apenas proporciona uma ampla variação para a colocação das mãos como também executa importantes funções de estabilização para o uso da mão, levantar e empurrar, elevação do corpo, inspiração e expiração forçadas e até mesmo sustentação de peso como andar de muletas ou "plantar bananeira".

Elevadores: Trapézio superior / Levantador da escápula / Rombóides / Peitoral Maior.

Depressores: Trapézio médio / Trapézio inferior / Subclávio.

Abdutores: Serrátil anterior / Peitoral Menor.

Adutores: Levantador da escápula / Rombóides / Trapézio Médio / Latíssimo do Dorso.

Rotadores Medias: Levantador da escápula / Rombóides / Latíssimo do Dorso.

Rotadores Laterais: Trapézio / Serrátil anterior / Peitoral Maior.

ARTROLOGIA

Articulação Acrômioclavicular

A articulação AC une a escápula à clavícula. É uma articulação sinovial plana com 3° de liberdade de movimento, realizando deslizamentos em consonância com a movimentação da articulação glenoumeral. Ela tem uma cápsula e dois ligamentos principais; um disco pode ou não estar presente. A função primária da AC é manter a relação entre a clavícula e a escápula nos estágios iniciais de elevação do membro superior e permitir à escápula mais rotação no tórax nos estágios finais de elevação. Elevação da extremidade superior refere-se à combinação de movimento escapular, clavicular e umeral que ocorre quando o braço é levantado para frente ou para o lado (flexão, abdução e todos movimentos entre esses).

Glenoumeral

Cabeça umeral convexa e cavidade glenóide côncava. A articulação GU é uma articulação sinovial esferóide com 3° de liberdade. Ela tem uma cápsula e diversos ligamentos e bursas. A articulação é formada pela grande cabeça do úmero e pela pequena fossa glenóide. Como a fossa glenóide da escápula é o segmento proximal da articulação GU, qualquer movimento da escápula (e de suas uniões interdependentes EC e AC) pode afetar a função da GU. O lábio glenoidal é um anel formado por fibrocartilagem que circunda a cavidade glenóide com a função de aprofundar dando maior espaço articular e estabilização.

A cápsula está presente na margem da cavidade glenóide e colo anatômico do úmero, é constituída externamente por membrana fibrosa e internamente por membrana sinovial. Com o braço em posição neutra ao lado do corpo, a parte superior da cápsula fica esticada e a parte inferior fica relaxada na abdução acontece o oposto a cápsula fixa a articulação glenoumeral reforçada por ligamentos.

O ligamento coracoumeral reforça a parte superior da cápsula articular. Os ligamentos glenoumerais reforçam a cápsula anteriormente e pelo músculo subescapular, este sendo o principal estabilizador dinâmico da articulação glenoumeral.

Lateralmente a cabeça do úmero é rodeada por duas camadas musculares uma profunda e a outra superficial. A camada profunda é constituída pelo *manguito rotador (supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e subescapular), além do tendão da porção longa do bíceps braquial, que envolvem a cápsula.

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Na articulação glenoumeral a parte côncava é representada pela cavidade glenóide, enquanto a convexa é pela cabeça do úmero, somente uma pequena parte desta fica em contato com a cavidade glenóide, favorecendo grandes amplitudes de movimento e instabilidade.

* Manguito Rotador: é um grupo de músculos e seus tendões que age para estabilizar o ombro

Articulação Esternoclavicular

A articulação esternoclavicular é a que conecta o membro superior ao esqueleto axial, especificamente a extremidade esternal com o manúbrio do esterno. É uma articulação tipo selar com três graus de liberdade, existe um disco entre as duas superfícies ósseas e a cápsula é mais espessa anteriormente que posteriormente.

O disco separa o esterno da clavícula e aumenta a estabilidade, os ligamentos dessa articulação são: o esternoclavicular anterior e esternoclavicular posterior que suportam a articulação anteriormente, o costoclavicular e o interclavicular, que limitam a elevação e o abaixamento excessivo respectivamente. Essa articulação possui os movimentos de elevação, depressão, protração, retração e rotação.

A elevação da articulação esternoclavicular é de aproximadamente 55º, a maior parte do movimento ocorrendo nos primeiros 90º de elevação do braço, a depressão é de aproximadamente 5º.

Esta articulação localiza – se no sentido medial da clavícula com a parte convexa na direção superior para inferior e côncava na direção anterior para posterior.

Articulação Escapulo-Torácica

Articulação: superfície anterior da escápula e superfície posterior do tórax. Há dois espaços para deslizamento;1º Escapulo - Serrático; Delimitado pelos mm subescapular e serrátil anterior.2º Espaço Tóraco; Delimitado pelo mm serrátil anterior e parede torácica.

* Movimento de deslocamento lateral da escápula:Adução da escápula: clavícula vai para trás (abertura do ângulo escápula/clavícula).Abdução da escápula: clavícula vai para frente (fechamento do ângulo escápula/clavícula).Excursão total abdução/adução da escápula 15cm

* Movimento de translação vertical da escápula:Elevação da escápula: extremidade lateral da clavícula se eleva.Depressão da escápula: Extremidade lateral da clavícula se abaixa.

* Movimento de báscula da escápula:Báscula Medial da Escápula: Aproximação do ângulo inferior da escápula da coluna vertebral.Báscula Lateral da Escápula: Afastamento do ângulo inferior da escápula da coluna vertebral.Excursão total da báscula medial/lateral da escápula: 60º.

Articulação Subdeltóide

Face superior da cabeça do úmero e face inferior do arco coracoacromial, separadas pelas bolsas subdeltóidea e subacromial.

Arco ósteo-ligamentar são estruturas localizadas acima da bolsa subdeltóidea (acrômio, ligamento coracoacromial e processo coracóide). Previne a luxação da cabeça do úmero.

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AMPLITUDE DE MOVIMENTO / ORIGEM E INSERÇÃO

Flexão de Ombro180º - Combinação dos movimentos do ombro e da escapulotorácica.

Pode ser feita em 3 tempos.Primeiro Tempo 0º/60º.Limitada pela tensão do ligamento coracoumeral e resistência dos músculos redondo maior, menor e infraespinhal.Segundo Tempo 60º/120º.Limitada pela resistência dos músculos latíssimo do dorso e redondo maior.Terceiro Tempo 120º/180º.Participação da coluna vertebral.

Músculos

Deltóide Anterior:

Origem: borda anterior e terço lateral da clavículaInserção: Tuberosidade deltóidea do úmeroAção: flexão do ombro e auxilia na abdução e rotação interna do ombro.

Coracobraquial:

Origem: processo coracóide da escápula. Inserção: Superfície medial do úmero.Ação: flexão e adução do ombro.

Peitoral Maior (fibras claviculares)

Origem: superfície anterior da metade esternal da clavícula.Inserção: tubérculo maior do úmeroAção: flexão do ombro, adução e rotação interna do ombro. Bíceps Braquial

Origem: processo coracóide da escápulaInserção: tuberosidade do rádio. Ação: flexão do ombro

Extensão de Ombro

45º a 50º Limitado pela tensão do ligamento coracoumeral e do músculo deltóide anterior, peitoral maior e bíceps braquial.

Músculos

Tríceps Braquial:

Origem: tubérculo infraglenóideo da escápula.Inserção: superfície posterior do olecrano da ulna.Ação: adução e extensão do ombro.

Redondo Maior

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Origem: superfície dorsal do ângulo inferior da escápula. Inserção: superfície do tubérculo menor do úmeroAção: rotação interna, extensão e adução do ombro.

Latíssimo do Dorso (Grande Dorsal)

Origem: processos espinhosos de T6-T12, fáscia toráco-lombar (que se estende pelas vértebras lombares e sacras e terço posterior da crista ilíaca)Inserção: sulco intertubercular do úmeroAção: adução, rotação interna e extensão do ombro.

Deltóide Posterior

Origem: borda posterior da espinha da escápulaInserção: tuberosidade deltóide do úmeroAção: extensão do ombro e auxilia na abdução e rotação externa do ombro.

Abdução de Ombro

180º - Combinação dos movimentos do ombro e da escapulotorácica.

Pode ser feita em 3 tempos.Primeiro Tempo 0º/90º.Tensão dos feixes médio e inferior do ligamento glenoumeral. Elevação da clavícula na esternoclavicular, uma rotação na acrômioclavicular e rotação lateral do úmero.Segundo Tempo 90º/150º.Limitada pela resistência dos músculos latíssimo do dorso e peitoral maior.Terceiro Tempo 150º/180º.Participação da coluna vertebral.

Músculos

Deltóide Médio

Origem: superfície superior e lateral do acrômio.Inserção: tuberosidade deltóidea do úmero.Ação: abdução do ombro

Supraespinhal

Origem: fossa supraespinhal da escápula.Inserção: tubérculo maior do úmeroAção: abdução do ombro

Cabeça longa do bíceps braquial

Origem: região superior da cavidade glenóide da escápula.Inserção: tuberosidade do rádio. Ação: flexão e abdução do rádio.

Adução de Ombro30º/45º.

Músculos

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Redondo Maior

Origem: superfície dorsal do ângulo inferior da escápula. Inserção: superfície do tubérculo menor do úmeroAção: rotação interna, extensão e adução do ombro.

Latíssimo do Dorso

Origem: processos espinhosos de T6-T12, fáscia toráco-lombar (que se estende pelas vértebras lombares e sacras e terço posterior da crista ilíaca)Inserção: sulco intertubercular do úmeroAção: adução, rotação interna e extensão do ombro.

Peitoral Maior

Origem: superfície anterior do esterno.Inserção: tubérculo maior do úmeroAção: adução e rotação interna do ombro.

Coracobraquial

Origem: processo coracóide da escápula. Inserção: Superfície medial do úmero.Ação: flexão e adução do ombro.

Rotação Interna de Ombro 70º/80º - Limitada pela tensão da cápsula em sua parte posterior.

Músculos

Latíssimo do Dorso

Origem: processos espinhosos de T6-T12, fáscia toráco-lombar (que se estende pelas vértebras lombares e sacras e terço posterior da crista ilíaca)Inserção: sulco intertubercular do úmeroAção: adução, rotação interna e extensão do ombro.

Redondo Maior

Origem: superfície dorsal do ângulo inferior da escápula. Inserção: superfície do tubérculo menor do úmeroAção: rotação interna, extensão e adução do ombro

Peitoral Maior

Origem: superfície anterior da metade esternal da clavícula.Inserção: tubérculo maior do úmeroAção: flexão do ombro, adução e rotação interna do ombro.Deltóide Anterior

Origem: borda anterior e terço lateral da clavículaInserção: Tuberosidade deltóidea do úmeroAção: flexão do ombro e auxilia na abdução e rotação interna do ombro.

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Subescapular

Origem: fossa subescapular da escápulaInserção: tubérculo menor do úmeroAção: rotação interna do ombro.

Rotação Externa 80º/90º Limitada pela tensão d ligamento glenoumeral.

Músculos

Infraespinhal

Origem: fossa infraespinhal da escápula.Inserção: tubérculo maior do úmeroAção: rotação externa do ombro

Redondo Menor

Origem: Superfície dorsal da borda lateral da escápulaInserção: superfície inferior do tubérculo maior do úmeroAção: rotação externa do ombro

Deltóide Posterior

Origem: borda posterior da espinha da escápulaInserção: tuberosidade deltóide do úmeroAção: extensão do ombro e auxilia na abdução e rotação externa do ombro.

CIRCUNDUÇÃO

Movimento circular de um membro que descreve um cone, combinando os movimentos de flexão, extensão, abdução e adução.

PARADOXO DE CODMAN

O paradoxo de Codman é um fenômeno que ocorre na articulação do ombro quando realizamos uma abdução de 180o , iniciada com a palma da mão voltada medialmente e o polegar apontando para frente e, depois realizarmos uma adução de 180o . Ao alcançarmos o ponto de partida, observamos que a palma da mão estará voltada para fora. Isto ocorre porque existe uma rotação interna automática do úmero quando realizamos uma abdução acima de 90o de ADM. A comprovação para ocorrência desta rotação é verificada se tentarmos realizar o mesmo movimento anterior partindo com uma rotação externa do úmero. A abdução será limitada a 90o , pois o tubérculo maior do úmero irá chocar-se com o arco córaco – acromial, impedindo a ADM total do movimento. Portanto, a rotação automática do úmero é essencial para que o tubérculo maior do úmero não se choque com o arco córaco – acromial, possibilitando sua total ADM neste movimento.

COTOVELO E ANTEBRAÇO

COTOVELO

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O afastamento ou a aproximação da mão em relação ao corpo, só é possível devido a combinação das amplitides de movimento do ombro nos três planos e mobilidade do cotovelo, devido a essa combinação temos as habilidades de manipulação orientadas.

O cotovelo é formado por 3 ossos :

Úmero, Rádio e Ulna

As estruturas ósseas envolvidas no cotovelo são :

Extremidade distal do úmero

Extremidade proximal do rádio

Extremidade proximal da ulna

ÂNGULO DE CARREGAR

A troclea do úmero é mais saliente medialmente do que lateralmente.Sendo assim, quando o cotovelo está estendido e antebraço supinado (posição anatômica), o antebraço

desvia-se lateralmente em relação ao úmero. Ou seja, traçando-se uma reta que passa pela diáfise do úmero, ela não coincide com a diáfise da ulna ou rádio,

formando-se um grau que varia de 5 a 19º.

Não se sabe qual a importância deste desvio, mas se pensava que era para manter afastado do corpo os objetos carregados pela mão. No entanto, usualmente se

carrega objetos com o antebraço em posição neutra.

ARTROLOGIA

A articulação do cotovelo é um gínglimo ou articulação em dobradiça. Possui três articulações: úmero-ulnar, entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna, úmero-radial, entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio e rádio-ulnar proximal, entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna.

As superfícies articulares são reunidas por uma cápsula que é espessada medial e lateralmente pelos ligamentos colaterais ulnar e radial.

Cápsula Articular

Circunda toda a articulação e é formada por duas partes: anterior e posterior. A parte anterior é uma fina camada fibrosa que recobre a face anterior da articulação. A parte posterior é fina e membranosa e consta de fibras oblíquas e transversais.

Ligamento Colateral Ulnar

É um feixe triangular espesso constituído de duas porções: anterior e posterior, unidas por uma porção intermediária mais fina.

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Ligamento Colateral Radial

É um feixe fibroso triangular, menos evidente que o ligamento colateral ulnar.

A articulação rádio-ulnar proximal é uma juntura trocóide ou em pivô, entre a circunferência da cabeça do rádio e o anel formado pela incisura radial da ulna e o ligamento anular.

Ligamento Anular

É um forte feixe de fibras que envolve a cabeça do rádio, mantendo-a em contato com a incisura radial da ulna. Da borda inferior do ligamento anular sai um feixe espesso de fibras que se estende até o colo do rádio, denominado ligamento quadrado.

Articulações Umeroulnar e Umerorradial

Estas duas articulações agem em conjunto, diferente da radiulnar proximal, que anatomicamente é parte da articulação do cotovelo, mas age em conjunto com a radiulnar distal.

Superfícies ósseas articulares:

Umeroulnar: tróclea do úmero e incisura troclear da ulna.

Umerorradial: capítulo do úmero e fóvea articular da cabeça do rádio

Tipo: sinovial tipo gínglimo ou dobradiça e uniaxial

Plano e eixo: Sagital e Látero-Lateral respectivamente

Movimentos articulares permitidos: flexão e extensão

Artrocinemática: rolamento e deslizamento combinados

Amplitude de movimento articular:

-Flexão: ativa 145° e passiva 160°

-Extensão: posição de referência, 0°.

(Mulheres e crianças com frouxidão ligamentar podem apresentar de -5° a -10°)

AVDs : 30° - 130°

Articulação Radiulnar Proximal e Distal

-Superfícies ósseas articulares

Proximal: cabeça do rádio, incisura radial da ulna

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Distal: cabeça da ulna e incisura ulnar do rádio

Tipo: trocóide ou pivô e uniaxial

Plano e Eixo: Horizontal e Longitudinal respectivamente

Movimentos articulares permitidos: pronação e supinação

Amplitude de movimento articular:

-Pronação: 85°

-Supinação: 90°

Posição de referência: cotovelo fletido e polegar apontando para cima.

A extensão do cotovelo é limitada principalmente pelo contato ósseo do bico olecraniano no fundo da fossa olecraniana , também atuam como limitadores da extensão do cotovelo a resistência dos músculos flexores e a tensão da parte anterior da cápsula articular.

A flexão do cotovelo é limitada principalmente pelo contato das massa musculares do braço e antebraço na flexão ativa, no caso da flexão passiva além do contato das massas musculares temos também um contato ósseo da cabeça radial na fossa radial e do processo coronóide na fossa coronóide , além da tensão passiva do músculo tríceps braquial e da tensão na parte posterior da cápsula.

MUSCULATURA

Músculos Flexores do Cotovelo

Bíceps Braquial:

Origem cabeça curta – Escápula

Origem cabeça longa – Escápula

Inserção – Rádio

Braquiorradial:

Origem – Úmero

Inserção – Rádio

Pronador Redondo:

Origem cabeça umeral – Úmero

Origem cabeça ulnar – Ulna

Inserção – Rádio

Extensor Radial Longo do Carpo:

Origem – Úmero

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Inserção – Segundo osso Metacarpiano

Extensor Radial Curto do Carpo:

Origem – Úmero

Inserção – Terceiro osso Metacarpiano

Músculos Extensores do Cotovelo

Tríceps Braquial:

Origem cabeça longa – Escápula

Origem cabeça lateral – Úmero

Origem cabeça medial – Úmero

Inserção – Olécrano da Ulna

Ancôneo:

Origem – Úmero

Inserção – Olécrano da Ulna

Músculos Supinadores

Bíceps Braquial

Braquiorradial

Supinador:

Origem – Úmero

Inserção – Rádio

Músculos Pronadores

Pronador Redondo

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Pronador Quadrado

Origem – Ulna

Inserção – Rádio

FATORES DE COAPTAÇÃO ARTICULAR DO COTOVELO

Coaptação Longitudinal

-Ligamento Colateral Ulnar

-Ligamento Colateral Radial

-Tríceps Braquial

-Bíceps Braquial

-Braquial

-Braquiorradial

-Extensor Radial Longo e Curto do Carpo

-Pronador Redondo

Coaptação em Flexão

-90° de Flexão, a ulna é estável porque a incisura troclear está limitada

-Tríceps Braquial

-Braquial

-Ligamento Anular

PUNHO E MÃO NÃO ENVIARAM >=(

PUNHO E MÃO

O punho tem a função significativa de controlar a relação comprimento-tensão dos músculos multiarticulares da mão à medica que se ajustem as diversas atividades e formas de preensão. A mão é uma ferramenta valiosa, através da qual nós controlamos nosso ambiente e expressamos idéias e talentos.

- Punho e mão: unidade funcional efetora do MS, capaz de realizar uma infinidade de ações

- Mão (uma das partes mais especializadas do corpo): variadas formas de preensão, manipulação, contato e expressão

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Movimentos do ombro e cotovelo: permitem a colocação da mão em diversos pontos do espaço dentro de um amplo arco de movimento

PUNHO

Complexo biarticular com 2 GL Flexão-extensãoAbdução-aduçãoEstrutura geradora de movimentoFunção: posicionar a mão durante o uso funcional, por meio do controle da relação comprimento-tensão de seus mm extrínsecos, garantindo máxima eficiência

OSTEOLOGIA

Vista Palmar: hamato, piramidal, semiluar, ulna, trapezóide, trapézio, capitato, escafóide e rádio

Vista Dorsal: trapezóide, trapézio, escafóide, semilunar, hamato, capitato, piramidal e pisiforme

ARTROLOGIA

- Articulação radiocarpal

- Articulação mediocarpal

- Articulação radiulnar distal

- Não pertence ao complexo, mas seus movimentos estão relacionados ao punho

ARTICULAÇÃO RADIULNAR DISTAL

- Tipo: sinovial trocóidea

- Superfície: incisura ulnar do rádio e cabeça da ulna

- 1 GL

- Disco fibrocartilaginoso articular triangular (entre cabeça da ulna e os ossos do carpo): melhorar o encaixe e absorver impactos

ARTICULAÇÃO RADIOCARPAL

- Tipo: Sinovial condilar

- Superfície: extremidade distal do rádio 3 ossos do carpo (escafóide, semilunar piramidal)

- 2 GL

- As superfícies são cobertas por cartilagem hialina e estão unidas por uma cápsula frouxa

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Reforçadas pro inúmeros ligamentos (promover estabilidade articular em situações estáticas e dinâmicas e transferir forças através das articulações

- Pisiforme: osso sesamóide no tendão flexor ulnar do carpo, aumentando a força flexora do punho

ARTICULAÇÃO MEDIOCARPAL

- Tipos: sinovial

- Três ossos da fileira proximal e 4 da fileira distal

- Trapézio, trapezóide – escafóide (plana)

- Capitato – escafóide, semilunar (condilar)

- Cartilagem hialina cobrindo suas superfícies

- Possui uma cápsula contínua reforçada pelos ligg

- Radiocarpal palmar, ulnocarpal, mediocarpal palmar e intercarpal

MOVIMENTOS DO PUNHO

- Eixo transversal

(AA’), movimento de flexão-extensão que se realizam no plano sagital

- Eixo ântero-posterior (BB’), movimento de adução-abdução que se realizam no plano frontal

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- Flexão: 65 a 80º

- Fl associada com desvio ulnar.

- Extensão: 55 a 70º

- Ext associada com desvio radial

- Amplitude influenciada pela posição do punho e antebraço

- Máxima em posição anatômica

- Mínima em pronação

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AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- Abdução ou desvio radial: 15º

- Adução ou desvio ulnar: 30º

- Amplitude influenciada pela posição do punho

Máxima: posição anatômica ou leve flexão

Mínima: punho em amplitudes extremas de fl ou ext

Tensionamento dos ligamentos do carpo

-Quando o punho se move da posição anatômica em uma direção, os ligg opostos sofrem tensão, restringindo a ADM em outra

MOVIMENTO DE CIRCUNDUÇÃO

- Combinações dos movimentos de flexão-extensão com os movimento de adução-abdução

- Descreve uma superfície cônica no espaço com ângulo de abertura de 160 a 170º . O vértice está localizado no centro do punho,

SINERGISMO DE MOVIMENTO

- Durante as AVDs, os movimentos não ocorrem de maneira isolada

- Flexão-adução

- Extensão-abdução

- Irregularidades das superfícies articulares, disposição ligamentar e padrão de ação muscular

ARTROCINEMÁTICA

- Flexão-extensão do punho

- Casa osso carpal se move em 2 sentidos com relativa mobilidade entre eles

- Flexão: sentido da flexão-adução-pronação

- Radiocarpal e mediocarpal contribuem igualmente

- Extensão: sentido da extensão-abdução-supinação

- Mediocarpal apresenta maior contribuição

- Os ossos se movem mais durante a extensão, e os mais móveis são escafóide e capitato

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ARTROCINEMÁTICA

- Abdução-adução do punho

- Os ossos carpais se movem, respectivamente, no sentido da flexão-extensão com mínima amplitude de translação

- Ocorre principalmente na mediocarpal com menor participação da radiocarpal

LIGAMENTOS

1) Lig. colateral radial do carpo2) Lig. colateral ulnar do carpo3) Lig. radiocárpico palmar4) Lig. radiocárpico dorsal

RETINÁCULOS

- Retináculo flexor (faixa fibrosa): protege os tendões flexores extrínsecos e o nervo mediano

- Retináculo extensor: tendões extensores extrínsecos

LIMITES ARTICULARES

- Flexão: Ligamento posterior e cápsula articular posterior (dorsal)

- Extensão: Choque ósseo entre o rádio e os ossos do carpo. Ligamento anterior e cápsula articular anterior (palma)

LIMITES ARTICULARES

- Desvio ulnar: Ligamento colateral radial e porção radial da cápsula

- Desvio radial: Choque ósseo entre processo estilóide e escafóide. Ligamento colateral ulmar e porção ulnar da cápsula

AÇÃO MUSCULAR

- Mm são extrínsecos e formam as massas musculares medial e lateral do antebraço

- Origem

- EM do úmero: mm flexores

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- EL do úmero: mm extensores

- Trajeto

- Porção anterior do antebraço: mm flexores e seus tendões

- Porção posterior do antebraço: mm extensores e seus tendões

- Inserção

- Base dos ossos metacarpais

MÚSCULOS FLEXORES

- Palmar longo

- Palmar curto

- Flexor radial do carpo

- Flexor ulnar do carpo

- Entre os flexores, o flexor ulnar do carpo possui a maior área de seção transversa e o maior braço de alavanca, gerando o maior torque flexor.

MÚSCULOS EXTENSORES

- Extensor radial longo do carpo

- Extensor radial curto do carpo

- Extensor ulnar do carpo

- Extensor radial longo do carpo mais efetivo na abdução do que na extensão; extensor radial curto do carpo mais efetivo na extensão do que na abdução

- Extensor ulnar do carpo age na extensão e adução do punho, sendo mais potente na adução

MÚSCULOS ADUTORES

- Flexor ulnar do carpo

- Extensor ulnar do carpo

MÚSCULOS ABDUTORES

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Page 21: Cinesiologia Completo

- Flexor radial do carpo

- Extensor radial longo do carpo

- Extensor radial curto do carpo

AÇÃO MUSCULAR

- Mm do punho estabelecem entre si uma relação sinérgica e antagônica, ou seja, mm podem agir ora como sinergistas, ora como antagonistas dependendo da ação motora a ser realizada

- Flexão-extensão do punho

- Mm flexores são agonistas e antagonistas dependendo do movimento e mm extensores são vice-versa

- Abdução-adução do punho

- Mm flexores e extensores localizados do mesmo lado radial ou ulnar, combinam suas ações, agindo como sinergistas, enquanto os flexores e extensores do lado oposto tornam-se seus antagonistas.

SINERGISMO MUSCULAR

- Mm extensores do punho são sinérgicos aos mm flexores dos deos

- Durante a flexão dos dedos, a contração dos mm flexores extrínsecos dos dedos cria um torque flexor no punho, que é estabilizado pela ação dos mm extensores do punho

- Mm flexores do punho são sinérgicos aos mm extensores dos dedos

- Posição funcional (posição que melhor se adapta para realizar a preensão): Leve extensão de punho com leve adução

MÃO

COMPLEXO ARTICULAR DA MÃO

- Segmento mais distal do MS

- Grande importância funcional devido à sua capacidade de preensão, manipulação, percepção e expressão

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Page 22: Cinesiologia Completo

- Constituída por um complexo multiarticular que soma muitos GL, com vários mm combinando suas ações para a realização de diversas funções

- Oposição do polegar com os demais dedos torna possível a realização de inúmeras tarefas, desde manipulações mais precisas até preensões de força máxima

OSTEOLOGIA E ARTROLOGIA

- Vista palmar: falanges, metacarpo, carpo, falange distal, falange média e falange proximal

- Vista dorsal: IFD, IFP, MCF, CMC

ARTICULAÇÃO CARPOMETACARPIANA

- Art.: II, III, IV e V metacarpos articulam-se com o trapezóide capitato e hamato

- Tipo de art.: Plana com cavidade articular comum

- Cápsula reforçada pelos ligamentos: carpometacarpais palmares e dorsais, metacarpais palmares e interósseos dorsais

- Flexão-extensão de escassa amplitude

- 4ª e 5ª articulações biaxiais

- Função: contribuir para a formação de um arco transverso móvel ao nível das cabeças metacarpais, permitindo à palma da mão moldar-se ao objeto

- Movimento dorsovolar: > 5º dedo e > 2º dedo.

ARTICULAÇÃO METACARPOFALANGIANA

- Art.: Cabeça convexa de cada metacarpo e a base côncava de cada falange proximal.

- Tipo de art.: Sinovial Condilar

- Biaxial

- Flexão-extensão, abdução-adução

ARTICULAÇÃO INTERFALANGIANA

PROXIMAL E DISTAL

- Art. Proximal: Cabeça convexa da falange proximal e base côncava da falange média

- Art. Distal: Cabeça côncava da falange média a base côncava da falange distal

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Page 23: Cinesiologia Completo

- Tipo de art.: sinovial dobradiça ou gínglimo

- Uniaxial

- Flexão-extensão

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- MCF

- Flexão: 90º , ADM vai aumentando até o dedo mínimo que pode chegar a 115º

- Extensão: 30º - 45º extensão

- Hiperextensão passiva: 90º (frouxidão ligamentar)

- Abdução: 20º (extensão)

- Indicador: 30º

- Adução: 20º

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- IFP

- Flexão: 100º, com aumento progressivo até o V dedo que chega a 120º

- Extensão: 0º - 5º

- IFD

- Flexão: 70º, com aumento progressivo até o V dedo que chega a 90º

- Extensão: 0º - 10º

ARCOS DA MÃO

- A disposição e o arranjo dos ossos e das articulações da mão formam arcos em 3 sentidos:

- Transverso:

- Proximal: concavidade dos ossos do carpo

- Distal: cabeça dos ossos metacarpais

- Longitudinal (carpo-metacarpo-falangiano)

- Oposição (oblíquos): entre os dedos e o polegar

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Page 24: Cinesiologia Completo

- São mantidos por estruturas fibrosas e musculares que diferem quanto ao grau de mobilidade

- Arcos permitem perfeita adaptação da mão ao objeto

ARCOS DA MÃO

- Superfície Palmar (Arcos palmares) – mantido pelos músculos intrínsecos

ESTABILIZADORES PASSIVOS

- Polias

- Tendões dos flexores dos dedos percorrem seus trajetos presos ao esqueleto por estruturas retinaculares

- Mantêm os tendões flexores próximos ao eixo das art, prevenindo o seu arqueamento e promovendo eficiência e economia na flexão dos dedos

- Promove a flexão completa dos dedos em limitar a extensão

ESTABILIZADORES PASSIVOS

- Ligamento transverso do carpo

- Túnel do carpo

MÚSCULOS

Movimento Músculos

Flexão dos dedos (falange) Interósseos, lumbricais e flexor Curto do dedo

mínimo

Flexão dos dedos (falange média) Flexor superficial dos dedos

Flexão dos dedos (falange distal) Flexor profundo dos dedos

Extensão dos dedos(falange proximal)Extensor dos dedos, extensor do indicador e

extensor do dedo mínimo

Extensão dos dedos(falanges média e Distal)

Extensor dos dedos,interósseos e lumbricais

Adução dos dedos Interósseos palmares

Abdução dos dedos Interósseos dorsais e abdutor do Dedo mínimo

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Page 25: Cinesiologia Completo

Oponência do V dedo Oponente do dedo mínimo

MÚSCULOS

Extrínsecos Intrínsecos

Extensor dos dedos 4 lumbricais

Extensor próprio do indicador 3 interósseos palmares

Extensor do dedo mínimo 4 interósseos dorsais

Flexor superficial dos dedos Oponente do dedo mínimo

Flexor profundo dos dedos Abdutor do dedo mínimo

  Flexor curto do dedo mínimo

  Palmar curto

MECANISMO EXTENSOR

-Formação:

-Tendões distais dos mm extensores, lumbricais, interósseos, tênares e hipotênares

- Sistema retinacular de fáscias e ligamentos

- Objetivo

- Estender os dedos em diferentes posições de flexão

- Atalhos para o tendão extensor cruzar as articulações e permitir aos dedos flexão completa.

POLEGAR

ARTICULAÇÃO CARPOMETACARPAL – ART TRAPEZIOMETACARPAL

- Art.: Superfície côncavo-convexa do trapézio e base do primeiro metacarpo

- Tipo de art.: sinovial selar

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Page 26: Cinesiologia Completo

- Cápsula é espessa e frouxa

- Coaptação assegurada pelos ligamentos (intermetacarpal, oblíquos anterior e posterior e colaterais radial e ulnar) em mm tênares

- Fl-Ext (plano frontal)

- Abd-add (plano sagital)

- Rotação

ARTICULAÇÃO METACARPOFALANGEANA

- Art.: Primeiro metacarpo e falange proximal.

- Tipo de art.: sinovial condilar

- Biaxial

- Extensão e flexão total: ligamentos colaterais tensos, não permitindo a lateralidade e rotação

- Mobilidade máxima permitida na semiflexão

ARTICULAÇÃO INTERFALANGEANA

- Art.: cabeça convexa da falange proximal a base côncava da falange distal

- Tipo de art.: dobradiça

- Monoaxial

MOVIMENTOS DO POLEGAR

- Grande mobilidade, com 3 GL, devido ao formato selar da art trapeziometacarpal

- Polegar situa-se no plano oblíquo em ligeira oposição aos planos frontal e sagital

- Movimentos: flexão-extensão, abdução-adução e oposição-reposição

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- Carpometacarpal

- Flexão e extensão = 45 a 50º

- Abdução e adução = 80º

- Rotação longitudinal automática (sobre o I metacarpo)

- Rotação medial durante a flexão e rotação lateral durante a extensão

- Oposição (flexão e abdução)

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Page 27: Cinesiologia Completo

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- Metacarpo falangeana

- Menor mobilidade que os demais dedos

- Flexão: 60 – 70º

- Extensão: 0º - 20º

- Não há padronização dos valores dos movimentos de flexão-extensão

- Abdução: 15º

- Adução: 0º

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

- Inter Falangeanas

- Flexão: 90º

- Extensão: 20º

MÚSCULOS

Extrínsecos Intrínsecos

Extrínsecos Intrínsecos

Extensor longo do polegar Oponente do polegar

Extensor curto do polegar Abdutor curto do polegar

Abdutor longo do polegar Adutor do polegar

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Page 28: Cinesiologia Completo

Flexor longo do polegar Flexor curto do polegar

FUNÇÃO MUSCULAR

- Preensão, pinçamento ou manuseio de precisão

- Classificação da função:

- Posicionamento: extensores, abdutor longo do polegar e mm tênares (opor objetos)

- Aplicar força: Flexor longo do polegar, adutor do polegar e primeiro interósseo dorsal

TIPOS DE PREENSÃO

- Força (quando é necessária força completa)

- Ex: segurar martelo

- Precisão (segurar um objeto entre os dedos parcialmente fletidos e a palma enquanto o polegar aplica contrapressão)

- Ex: segurar chave de fenda

TIPOS DE PREENSÃO (FORMATO DOS OBJETOS)

- Gancho (II a V) – segurar uma pasta

- Cilíndrica – segurar o copo

- Mão fechada – segurar um martelo

- Esférica – segurar uma bola

- Pontas (pinça) – pegar um alfinete ou moeda

- Palmar (contato pelas superfícies palmares das falanges distais) – segurar borracha, caneta

- Lateral (polegar e lado lateral do indicador) – segurar chave

QUADRIL

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Page 29: Cinesiologia Completo

O quadril é formado pelos ossos do quadril e pelo fêmur, é responsável pela distribuição das cargas da cabeça, tronco e membros superiores para os membros inferiores. Permite a união entre o tronco e os membros inferiores, por meio da cintura pélvica.

É uma articulação com grande estabilidade e pouca mobilidade, devido a funções de sustentação do peso corporal e sua distribuição pelos membros inferiores durante a locomoção.

Realiza movimentos de: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e rotação lateral, portanto possui três graus de liberdade.

ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

É constituída pela articulação femoroacetabular do tipo esferoidal, triaxial. A cabeça do fêmur se encaixa na fossa do acetábulo. As superfícies articulares são perfeitamente lisas e recobertas por cartilagem hialina.

ESTABILIDADE (COAPTAÇÃO)

Apesar de muito estável a articulação do quadril possui estabilizadores denominados

“estabilizadores passivos”; são eles:

▪Lábio do acetábulo- anel fribrocartilaginoso, que reveste as irregularidades da borda do

acetábulo e aumenta sua profundidade, proporcionando maior coaptação articular e redução do

atrito entre as superfícies ósseas;

▪Ligamentos iliofemural e pubofemural anteriormente, e posteriormente pelo ligamento

iliofemoral;

▪Músculos;

▪Força peso e força de reação- onde o peso do tronco exerce uma força sobre a cabeça do

fêmur e a mesma exerce uma força de reação no acetebulo;

▪Pressão atmosférica.

Entretanto a orientação do acetábulo não é congruente com a da cabeça do fêmur, e para que

haja maior coaptação entre essas estruturas (cabeça do fêmur e acetábulo) alem dos

estabilizadores, junto com o ligamento da cabeça do fêmur temos o ramo acetabular da artéria

obturatoria, que é responsável pela vascularização da cabeça do fêmur e por proporcionar

certa pressão que une ainda mais as estruturas.

MUSCULATURA

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Page 30: Cinesiologia Completo

●Principais músculos flexores do quadril:

▪M. Iliopsoas

Origem: região anterior dos processos transversos das vértebras (M. Psoas Maior), fossa ilíaca

e lábio da crista ilíaca (M. Ilíaco).

Inserção: Trocanter menor do fêmur.

▪M. Reto Femoral

Origem: espinha ilíaca ântero-inferior.

Inserção: Tuberosidade da tíbia através do ligamento patelar.

▪M. Sartório

Origem: espinha ilíaca ântero-superior.

Inserção: face medial da tíbia.

▪M. Tensor da Fáscia Lata.

Origem: parte anterior do lábio esterno da crista ilíaca e espinha antero-superior.

Inserção: trato iliotibial.

●Músculos Flexores Auxiliares:

▪M. Pectíneo;

▪M. Adutor Longo;

▪M. Adutor Grácil;

▪M. Glúteo Máximo.

●Músculos que atuam como flexores quando

▪Posição anatômica: músculos adutores, exceto adutor magno.

▪Quadril apresenta-se estendido: quadrado femoral.

●Principais músculos extensores do quadril:

▪M. Glúteo Máximo

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Page 31: Cinesiologia Completo

Origem: face posterior do ílio e face póstero-inferior do sacro.

Inserção: fibras profundas: tuberosidade glútea do fêmur. Fibras superficiais: trato iliotibial.

▪M. Isquiotibiais

Origem: tuberosidade do ísquio (M. Semitendineo); Tuberosidade do ísquio (semimembranaceo), tuberosidade do ísquio e linha áspera (bíceps femoral).

Inserção: corpo da tíbia (M. Semitendineo); face postero- medial do côndilo medial da tíbia (semimembranaceo), cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia (bíceps femoral).

●Principais músculos abdutores do quadril:

▪M. Glúteo Médio

Origem: Superfície externa do ílio, entre a crista ilíaca e a linha glútea posterior.

Inserção: superfície lateral do trocanter maior do fêmur.

▪ M. Glúteo Mínimo

Origem: superfície externa do ílio entre as linhas glúteas anterior e inferior.

Inserção: borda anterior do trocanter maior do fêmur.

▪M. Tensor da Fáscia Lata

Origem: parte anterior do lábio externo da crista ilíaca e espinha ilíaca antero- superior.

Inserção: trato íliotibial.

▪M. Grácil

Origem: espinha ilíaca antero- superior

Inserção: face medial da tíbia

●Principais músculos adutores do quadril:

▪ M. Adutor Curto

Origem: superfície externa do púbis.

Inserção: linha pectínea e linha áspera.

▪ M. Adutor Longo

Origem: superfície anterior do púbis.

Inserção: linha áspera.

▪M. Adutor Magno

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Page 32: Cinesiologia Completo

Origem: ramo púbico inferior, ramo do ísquio e tuberosidade isquiática.

Inserção: tuberosidade glútea, linha áspera, linha supracondilar medial e tubérculo adutor do côndilo medial do fêmur.

▪ M. Grácil

Origem: sínfise púbica.

Inserção: face medial da tíbia.

▪ M. Pectíneo

Origem: superfície anterior do púbis.

Inserção: linha pectínea do fêmur.

●Principais músculos rotadores externos do quadril:

▪ M. Glúteo Maximo

Origem: face posterior do ílio e face póstero-inferior do sacro.

Inserção: fibras profundas: tuberosidade glútea do fêmur. Fibras superficiais: trato iliotibial.

▪ M. Obturador externo

Origem: ramos do púbis e isquio e superfície externa da membrana obturadora.

Inserção: fossa trocanterica do fêmur.

▪ M. Gêmeo superior

Origem: superfície externa da espinha do isquio.

Inserção: trocanter maior do fêmur.

▪ M. Gêmeo inferior

Origem: parte proximal da tuberosidade do isquio.

Inserção: face medial do trocanter maior do fêmur.

▪ M. Quadrado Femoral

Origem: borda lateral da tuberosidade do ísquio.

Inserção: crista intertrocanterica do fêmur.

▪ M. Piriforme

Origem: superfície pélvica do sacro.

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Page 33: Cinesiologia Completo

Inserção: borda superior do tracanter maior do fêmur.

▪ M. Obturador Interno

Origem: face interna da membrana obturadora e margem do forame obturador.

▪ M. Sartório

Origem: espinha ilíaca antero- superior.

Inserção: face medial da tíbia.

●Principais músculos rotadores internos do quadril:

▪ M. Tensor da Fascia Lata

▪ M. Glúteo Mínimo

▪ M. Glúteo Médio, somente pelos seus feixes anteriores.

JOELHO

O Joelho é considerado entre as articulações mais lesadas durante a prática esportiva, e é um complexo intermediário do membro inferior que possui articulações e superfícies articulares, são elas:

Ariculações : Femorotibial e Patelofemoral

Superfícies Articulares : Superfície Patelar , Tibial e os Côndilos Femorais.

FUNÇÃO

O joelho tem a função de estabilizar,dar mobilidade ao MI, além de manter o MI em posição para um maior ou menor alcance e ajuste do corpo.Os estabilizadores ativos são os M.M como o quadríceps e Isquiotibiais, além de existirem também os estabilizadores passivos que são as

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Page 34: Cinesiologia Completo

bandas e ligamentos intra e extracapsulares, como o ligamento colateral tibial e fibular, ligamento transverso do joelho, ligamentos cruzados anterior e posterior, Bandas iliotibiais e femorais, além das bolsas sinoviais e os meniscos.

OSTEOLOGIA DO JOELHO

Fêmur – Trocânter maior, Trocânter menor, Corpo Femoral, Epicôndilos medial e Lateral, Face Patelar, Fossa Intertrocantérica e Côndilos medial e Lateral.

Tíbia – Eminência Intercôndilar, Tuberosidade da Tíbia, área intercondilar anterior e posterior, Côndilo tibial lateral e medial.

Patela – Base da patela, Face anterior e articular e ápice da patela.

O joelho possui 2 graus de liberdade, onde faz os movimentos de flexão e extensão e rotação medial e lateral com o auxílio da flexão do joelho, possui a articulação femorotibial de tipo condilar e a patelofemoral de tipo plana, possibilitando uma maior ADM de flexão.

JOELHO VALGO E JOELHO VARO

Valgo Fisiológico do Joelho – 170° a 175°

Joelho Valgo – Possui uma compressão do compartimento lateral e abertura do compartimento medial causando dor na parte lateral do joelho podendo evoluir para uma osteoartrite, ou seja, um desgaste da articulação.

Joelho Varo – Possui uma compressão do compartimento medial e uma abertura do compartimento lateral, causando dor na parte medial do joelho.

O joelho possui fases antes de alcançar o valgo fisiológico, onde a criança de até seis meses de idade possui um varo acentuado do joelho, até os 2 anos a criança atinge o alinhamento neutro, até os seis anos ela possui um valgo acentuado que é o período no qual esta criança vai adquirir um valgo fisiológico do joelho.

Possui também um método para medir o valgo do joelho que é chamado Ângulo “Q”, este método é exercido com um eixo que sai da tuberosidade da tíbia que passa pelo centro da patela e o outro eixo que sai do centro da patela que vai até a EIAS (Espinha ilíaca Antero superior).

MOVIMENTOS DOS CÔNDILOS SOBRE OS PLATÔS NA FLEXÃO, EXTENSÃO E NA ROTAÇÃO.

Flexão: Os Côndilos rolam para trás e deslizam para frente.

Extensão: Os Côndilos rolam para frente e deslizam para trás.

Rotação Lateral e Medial: A RL o côndilo medial da tíbia vai para frente, o côndilo medial do fêmur vai para trás e o menisco acompanha o fêmur, já a RM o côndilo lateral da tíbia vai

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Page 35: Cinesiologia Completo

para trás, o côndilo lateral do fêmur vai para frente e o menisco lateral vai para a frente sempre acompanhando o fêmur.

*O fêmur atua contra a movimentação da tíbia para manter sempre o contato das superfícies.

MENISCOS

O joelho possui meniscos laterais e medias sendo o menisco lateral mais móvel que o medial e possui a função de absorver o impacto, aliviar a pressão sobre a cartilagem articular, alem de melhorar a congruência entre os côndilos aumentando a área de conato.

LIGAMENTOS

Um ligamento é um feixe de tecido fibroso, formado por tecido conjuntivo denso modelado, e é mais ou menos comprido, largo e robusto, de forma aplanada ou arredondada, que une entre si duas cabeças ósseas de uma articulação (ligamento articular) ou mantém no seu local fisiológico habitual um órgão interno (ligamento suspensor). É constituído por fibras colágenas ordenadas em feixes compactos e paralelos, o que lhe constitui grande resistência mecânica. Pode ligar dois ou mais ossos. Está presente na cápsula articular. Os ligamentos variam dependendo do tipo da articulação. Os ligamentos são muito ricos em receptores nervosos sensitivos, que avaliam a velocidade, o movimento e a posição das articulações, bem como eventuais estiramentos e dores. Eles são transmissores permanentes de informação para a medula e para o cérebro, que respondem aos estímulos com ordens motoras aos músculos. No caso do joelho, os ligamentos relacionados e encontrados são: ligamento colateral medial e lateral, ligamento transverso do joelho e os ligamentos cruzados anterior e posterior.

MÚSCULOS EXTENSORES DO JOELHO

Quadríceps femoral: Formado pelo M. reto femoral,Vasto Lateral e medial e Intermédio.

Reto femoral: Origem: EIAI

Vasto Lateral: Origem: Parte proximal da linha intertrocantérica, bordas anterior e inferior do trocânter maior.

Vasto Intermédio: Origem: Superfícies anterior e lateral dos dois terços proximais do fêmur.

Vasto Medial: Origem: Metade distal da linha intertrocanteriana, lábio medial da linha áspera, parte proximal da linha supracondiliana medial.

Inserção: Borda proximal da patela e através do ligamento patelar, na tuberosidade da tíbia.

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Page 36: Cinesiologia Completo

Ação: Estende a articulação do joelho e a porção de reto femoral flexiona a articulação do quadril.

MÚSCULOS FLEXORES DO JOELHO

M. Isquiotibiais Mediais: Porção formada pelo M. Semitendíneo e Semimembranáceo

M. Semitendíneo

Origem: Tuberosidade do ísquio.

Inserção: Corpo da Tíbia

Ação: Flexão do joelho

M. Semimembranáceo

Origem: Tuberosidade do ísquio

Inserção: face pósteo-medial do côndilo medial da tíbia

Ação: Flexão do joelho

M. Bíceps Femoral

Origem da cabeça Longa: Tuberosidade do ísquio

Origem da cabeça curta: Linha áspera supracondilar e septo intermuscular lateral

Inserção: Cabeça da fíbula e côndilo Lateral da tíbia

Ação: Flexão do joelho

M. Gatrocnêmio: Pertence ao tríceps sural e a função principal do tríceps sural é a flexão plantar do tornozelo, porém como ele passa atrás do joelho ele ajuda na flexão.

Origem do ventre Medial: Região posterior e proximal do côndilo medial da parte adjacente fêmur.

Origem do ventre Lateral: Côndilo lateral e superfície posterior do fêmur.

Inserção: Parte média da superfície posterior do calcâneo

Ação: Auxilia na flexão do joelho

M. Plantar: Sua principal função é de flexão plantar do tornozelo

Origem: Parte distal da linha supracondiliana lateral do fêmur e parte adjacente de sua superfície poplítea.

Inserção: Parte posterior do osso calcâneo

Ação: Auxilia na flexão do joelho.

M. Poplíteo: Sua principal ação é a RI e RE do joelho.

Origem: Parte anterior do sulco do côndilo lateral do fêmur

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Page 37: Cinesiologia Completo

Inserção: Superfície posterior da tíbia

Ação: Origem fixada: roda medialmente a tíbia sobre o fêmur e faz a flexão da articulação do joelho. Inserção fixa: roda externamente o fêmur sobre a tíbia e flexiona o joelho.

M. Sartório

Origem: EIAS

Inserção: Parte proximal da superfície medial da tíbia.

Ação: Flexão do joelho

M. Grácil

Origem: Sínfise púbica

Inserção: Superfície medial do corpo da tíbia

Ação: Flexão do joelho.

MÚSCULOS ROTADORES MEDIAIS E LATERAIS

Rotadores mediais: São todos os m.m que passam na região medial do joelho.

- Semimembranáceo

- Semitendíneo

- Poplíteo

- Sartório

- Grácil

* A “Pata de Ganso” é formada pelo M. Semimembranáceo, Sartório e Grácil.

Rotadores Laterais

- Bíceps Femoral

- Poplíteo

TORNOZELO

OSTEOLOGIA

O complexo articular do Tornozelo e Pé é formado por 34 articulações.As extremidades distais da Tíbia e da Fíbula formam a face superior do Tornozelo, os ossos do pé humano são compostos de 26 ossos distribuídos em sete ossos do Tarso (Tálus, Calcâneo, cubóide e os

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Page 38: Cinesiologia Completo

três cuneiformes); cinco ossos do Metatarso; 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o halux, que tem apenas duas). É uma estrutura flexível que se molda ás irregularidades do solo e estrutura rígida de sustentação de peso. Sua função é suportar o peso do corpo, controlar e estabilizar a perna sobre o pé plantígrado, ajuste á superfícies irregulares, elevação do corpo (ponta dos pés, subir ou saltar), amortecimento de choques ao andar,correr ou aterrissar de um salto, operação de controle de máquinas, substituição da função da mão em amputações ou paralisias do MMSS, etc.

ARTROLOGIA

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO:

Tróclea do tálus articula-se com a face inferior da tíbia e com os maléolos lateral e medial. Maléolo lateral posterior e inferior em relação ao maléolo medial. Tipo de art.: Gínglimo possui um 1 grau de liberdade, realiza os movimentos de Dorsi-Flexão e Flexão Plantar, que acontecem no plano sagital, eixo latero-lateral.

Articulação Tibiofibular:

Tíbio Fibular proximal: Cabeça da fíbula e côndilo lateral da tíbia, tipo plana (pequenos deslizamentos da cabeça da fíbula)

Tíbio Fibular distal: Juntura fibrosa, do tipo sindesmose formando a pinça bimaleolar.

Amplitude de movimento:

Posição de referência: Planta do pé perpendicular ao eixo da perna.

Drosiflexão: 20º - 30º

Flexão Plantar: 30° - 50º

Articulação Tíbio-Fibular Próxima e Distal

Durante a flexão: Maléolo lateral se afasta do maléolo medial (abertura da pinça), maléolo lateral sobe e gira sobre si mesmo no sentido da rotação interna.

Durante a extesão: Maléolo lateral se aproxima do maléolo medial (fechamento da pinça), maléolo lateral desce e roda ligeiramente no sentido de rotação externa.

Estabilizadores passivos: A articulação do tornozelo é estabilizada tanto durante o suporte de peso quanto durante os movimentos de dorsiflexão e flexão plantar, principalmente pelo sistema ligamentar, visto que a articulação não tem suporte muscular adequado.

COMPARTIMENTO MEDIAL:

Ligamentos mediais: Limitam a eversão

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Page 39: Cinesiologia Completo

Deltóide: Conjunto de 4 ligamentos – Tibiotalar posterior, sai do maléolo medial até a região posterior do tálus. Tibiocalcâneo sai do maléolo medial até o calcâneo. Tibionavicular, sai do maléolo medial até o navicular. Tibiotalar anterior, sai do maléolo medial até a região posteior o tálus

COMPARTIMENTO LATERAL:

Ligamento talofibular anterior: limita a inversão e anteriorização do pé em relação a perna, sai do maléolo lateral até a porção lateral do tálus. Ligamento calcâneofibular: limita a inversão, sai da ponta do maléolo lateral até a superfície lateral do calcâneo.

Ligamento Talofibular posterior: Limita a inversão e posteriorização do pé em relação a perna, sai do maléolo lateral até a superfície posterior do tubérculo do tálus.

FATORES LIMITANTES DA DORSIFLEXÃO E FLEXÃO PLANTAR

Principal fator limitante para ADM completa é o encurtamento dos músculos.

Dorsiflexão: Contato ósseo entre tálus e margem anterior da tíbia, tensão da porção posterior da cápsula e feixes posteriores dos ligamentos laterais, tensão dos flexores plantares.

Flexão plantar: Contato ósseo entre tálus e margem posterior da tíbia, tensão da parte anterior da cápsula e feixes anteriores dos ligamentos laterais, tensão dos dorsiflexores.

ADM além do limite articular (Talocrural)

Estiramentos dos feixes ligamentares anterior e posterior: entorses benignos

Ruptura dos feixes ligamentares anterior ou posterior: entorses graves

Fratura das margens anterior ou posterior da tíbia

MIOLOGIA

Músculos flexores plantares – Músculos motores primários

Tríceps Sural (gastrocnêmio medial,lateral e sóleo)

O M. Plantar não tem ação relevante e não esta obrigatoriamente em todas as pessoas.

Músculos acessórios:

Inversores – Tibial posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux

Eversores – Fibular longo e fibular curto

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Músculo gastrocnêmio:

Origem do ventre medial: Região posterior do côndilo medial do fêmur

Origem do ventre lateral: Região posterior côndilo lateral do fêmur

Inserção: Parte posterior do osso calcâneo

Ação: Flexão plantar do tornozelo e auxilia na flexão do joelho

Tendão calcâneo é o maior e mais resistente tendão do corpo.

Músculo Plantar:

Origem: Superfície poplítea do fêmur

Inserção: Parte posterior do osso calcâneo

Ação: flexão plantar do tornozelo e auxilia flexão do joelho

Músculo Solear:

Origem: região posterior da cabeça da fíbula e borda medial da tíbia

Inserção: parte posterior do osso calcâneo

Ação: Flexão plantar do tornozelo

M. Fibular longo

Origem: côndilo lateral da tíbia e fíbula

Inserção: face lateral da base do I metatarsiano e osso cuneiforme medial

Ação: auxilia a flexão plantar do tornozelo e eversão do pé

M. Fibular curto

Origem: face lateral da fíbula

Inserção: tuberosidade do V metatarsiano

Ação: auxilia a flexão plantar do tornozelo e pé

M. Tibial Posterior:

Origem: região posterior da tíbia e fíbula

Inserção: osso navicular, tálus, cuneiformes, cubóide e bases do II, III e IV metatarsianos

Ação: auxilia na flexão plantar do tornozelo e inversão do pé

M. Flexor longo dos dedos

Origem: região posterior da tíbia

Inserção: base das falanges distais do II ao V

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Ação: auxilia na flexão plantar do tornozelo e inversão do pé

M. Flexor longo do hálux

Origem: região posterior da fíbula

Inserção: base das falanges distal do hálux

Ação: auxilia a flexão plantar do tornozelo e inversão do pé

Músculos dorsiflexores:

Compartimento anterior: dorsiflexão e inversão

Tibial anterior e extensor longo do hálux

Compartimento lateral: Dorsiflexão e eversão

Fibular terceiro e extensor longo dos dedos

Esses músculos são antagonistas sinérgicos: Flexão pura do tornozelo

Músculos motores primários

Tibial anterior e fibular terceiro

Músculo Tibial anterior

Origem: côndilo lateral e metade proximal da superfície lateral da tíbia

Inserção: superfície medial e plantar do osso cuneiforme medial e I metatarso

Ação: dorsiflexão do tornozelo com inversão do pé

M. Extensor longo dos dedos

Origem: côndilo lateral da tíbia e corpo da fíbula

Inserção: por quatro tendões do II ao V dedo

Ação: auxilia a dorsiflexão do tornozelo e eversão do pé

M. extensor longo do hálux

Origem: superfície anterior da fibula

Inserção: base da falange distal do halux

Ação: auxilia a dorsiflexão do tornozelo e inversão do pé

M. Fibular terceiro

Origem: face anterior da fíbula

Inserção: base do V metatarsiano

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Ação: Auxilia a dorsiflexão do tornozelo e eversão do pé

Responsável pela recepção e distribuição das cargas quando em contato com a superfície, tanto estática como dinamicamente

Pé saudável e funcionalmente normal:

Alinhamento articular; equilíbrio muscular, distribuição adequada das forças na superfície plantar na manutenção da postura imóvel e nas habilidades funcionais

OSTEOLOGIA

Tarso/Metatarso/Falanges

Tarso: Função – Distribuir de forma adequada as forças aplicadas sobre o mesmo, grande parte dos ajustes do pé importantes para a locomoção e para acomodação em terrenos irregulares

Metatarso: Segmento mais móvel que o tarso e auxilia os ajustes do tarso

Falanges: Os dedos conferem boa mobilidade, adaptabilidade e estabilidade aos pés.

FUNÇÃO

Retropé – Calcâneo + tálus: Receber peso corporal

Mediope – Navicular + cubóide + 3 cuneiformes : Forma arcos plantares e amortecimento

Antepe – Metatarso + falanges: Impulsionar o corpo para frente e gerar força

Pé lateral - Tálus + navicular + 3 cuneiformes + 1º,2º e 3 metatarso + 1º,2º e terceiro dedo: Recepção de peso

Pé medial - Calcâneo + cubóide + 4º e 5º metatarso + 4º e 5º dedo: Impulsão

Articulação Subtalar (Talocalcânea)

Superfície: Porção superior do tálus e inferior do calcâneo

Tipo: Bicondilar

Movimentos: Supinação e pronação (plano frontal)

Abdução e adução (plano transverso)

Flexão plantar e dorsiflexão (plano sagital)

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Articulação mediotarsal (Chopart ou transversa do tarso)

Art.: Calcâneo, cubóide, tálus e navicular

Tipo - Calcâneo-cubóide: selar

Talonavicular: condilar

Movimentos: associados a subtalar

Funções: Adaptação dos pés a varias superfícies, controla a pronação e supinação

Articulações Intertarsais distais

Articulação Naviculocuneiforme

Articulação Naviculocubóide

Articulação Intercuneiforme

Tipo: Plana

Movimentos: Ajudam os movimentos das articulações transversas do tarso deslizamentos

Função: Ajustar o pé as superfícies irregulares, estabilidade do mediopé, formar o arco transverso

Articulações tarsometatarsais

I metatarso com cuneiforme medial

II metatarso com o cuneiforme intermédio

III metatarso com o cuneiforme lateral

IV e V metatarso com o cubóide

Tipo: Planas

Movimentos: Deslizamentos durante a inversão e eversão

Articulações metatarsofalangeanas

Art.: cabeças convexas dos cinco metatarsos com as bases côncavas das falanges proximais

Tipo: Condilar

Movimentos: Flexão – extensão

Abdução – adução

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Extensão: dedos na direção do dorso do pé

ADM ativa: 50º / Passiva: 90º

Flexão: dedos na direção da planta do pé

ADM ativa: 30 º / Passiva: 45º

Abdução: 10º / Adução: 0º

Articulações interfalangeanas

Art. Proximal: cabeça convexa da falange proximal e base côncava da falange média

Art. Distal: cabeça côncava da falange média e base côncava da falange distal

Tipo: Gínglimo

Movimentos:

Flexão IFP: 90º

Flexão IFD: 40º

COXIM ADIPOSO PLANTAR

Formado por tecido adiposo elástico

Função: Suporte e resistência a pressão ou impactos, protegendo o aparelho locomotor contra traumas.

APONEUROSE PLANTAR

Densa fáscia observada em todo o comprimento do pé sendo importante para manter a estrutura e função dos arcos

Função: resistência a sobrecargas compressivas e resistência ao estresse de tensão aplicada diretamente na aponeurose plantar tensionada

Pontos de Apoio (vista lateral)

Tuberosidade do calcâneo e cabeça do V metatarso

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Pontos de Apoio (vista media)

Tuberosidade do calcâneo, osso sesamóide e cabeça do I metatarso

MOVIMENTOS DO PÉ:

Adução / Abdução: ADM 35º - 40º

Supinação (50º) e pronação (25º - 30º)

Inversão (30º) = adução + supinação + flexão plantar

Eversão (10º) = abdução + pronação + dorsiflexão

Limites Articulares

Inversão: Não há limites ósseos, ligamentos laterais e cápsula articular lateral

Eversão: Limite ósseo - maléolo lateral e calcâneo, ligamento deltóide, cápsula articular e músculo tibial posterior

Músculos eversores ou pronadores:

Localizados tanto no compartimento anterior como no compartimento posterior da perna

Músculos motores primários: Fibular longo, fibular curto, fibular terceiro, extensor longo dos dedos (auxilia o movimento)

Músculos inversores e supinadores

Localizados tanto no compartimento anterior como no compartimento posterior da perna.

Músculo motor primário: Tibial posterior e anterior

auxiliado pelo flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos

ARCOS DO PÉ

Os dois arcos do pé são o longitudinal e o transverso. O suporte extrínseco é dado pelos músculos da perna e os intrínsecos pelos ligamentos e musculatura do pé.

O pé plano ocorre pela queda do arco longitudinal do pé. Os ossos do tarso tendem a formar uma linha reta em vez de um arco, perdendo a função de amortecimento.

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No pé cavo, o arco longitudinal é muito acentuado, há excesso de pressão nas cabeças dos metatarsianos que estão abaixadas, com formação de calosidades e fascite plantar por processo de corda de arco.

O arco transverso do pé é formado pelos 5 metatarsianos. Com sua queda, as cabeças do 2º a 4º metatarsianos passam a tocar o solo ocorrendo a contratura do M. adutor do halux.

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CONCLUSÃO

A cinesiologia é uma disciplina que pretende compreender o movimento humano sobre o ponto de vista anatômico funcional, onde todos esses processos de construção da cinesiologia servem para ajudar a interferir em demais áreas importantes de estudo. E neste trabalho procuramos esclarecer principalmente o estudo geral do corpo humano e o entendimento de como se processam os movimentos de cada parte do corpo, como eixos, articulações, além do modo de execução das estruturas, como os músculos, as funções, origens e inserções ou até mesmo ligamentos capsulares.

BIBLIOGRAFIA

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http://www.omundodacorrida.com/anatomiadope.htm

http://www.wikipedia.com.br

KAPANDJI, I.A.Fisiologia Articular. São Paulo:Panamericana,2007.

KENDALL , F.P.Músculos:Provas e Funções.São Paulo:Manole,1990

RASCH, P. Cinesiologia e Anatomia aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1991.

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