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Cimento Branco Elementos para a preparação de cláusulas técnicas de cadernos de encargos de obras em Betão Branco

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Cimento BrancoElementos para a preparação de cláusulas técnicasde cadernos de encargos de obras em Betão Branco

O Betão Branco Arquitectónico concilia funções de estrutura, revestimento e produto final. A suaespecificação e os respectivos cuidados na sua aplicação são factores de elevada relevância naqualidade final da obra.

A SECIL, única produtora portuguesa de cimento branco pretende com este documento disponibilizaraos projectistas nacionais elementos para a elaboração de cadernos de encargos para betãobranco arquitectónico.

Procurou-se disponibilizar um conjunto de dados tão abrangente quanto possível. Face à diversidadede soluções em cimento branco, esta informação não deixa de ser de carácter indicativo, pelo quenão dispensa a definição de pormenores, obra a obra, por parte do técnico projectista.

Nota Prévia

Índice1 MATERIAIS DO BETÃO BRANCO 1

1.1 LIGANTE HIDRÀULICO1.1.1 Cimento Branco1.2 AGREGADOS1.2.1 Areias e Britas1.2.2 Fíler (pó de pedra)1.3 ÁGUA1.4 ADJUVANTES1.5 ARMADURAS1.6 COFRAGENS

2 FABRICO DE BETÃO BRANCO 42.1 ESPECIFICAÇÃO2.2 PRODUÇÃO

3 APLICAÇÃO DE BETÃO BRANCO 53.1 BETONAGEM E DESMOLDAGEM3.2 PROTECÇÃO FINAL

4 OUTROS ELEMENTOS 74.1 ESTEREOTOMIA DOS PAINÉIS DE COFRAGEM4.2 PLANO DE BETONAGEM4.3 RECOBRIMENTO DAS ARMADURAS4.4 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS4.5 DIMENSIONAMENTO DAS SECÇÕES4.6 TOLERÂNCIAS ADMISSÍVEIS4.7 PLANEAMENTO DA OBRA

5 APOIO TÉCNICO SECIL 9

1 Materiais do Betão Branco1.1 LIGANTE HIDRÁULICO

1.1.1 Cimento Branco

• Utilizar cimento PORTLAND branco, do tipo CEM II/A-L 52,5N (br) ou CEM II/B-L 32,5R (br) emconformidade com a norma NP EN 197-1 de 2001; Cimentos, Parte 1: Composição, especificaçõese critérios de conformidade para cimentos correntes.

• Deve ser exigido periodicamente ao fabricante boletins de autocontrolo, com garantia de origem,onde constem as principais características químicas, físicas e mecânicas e a determinação dosparâmetros colorimétricos do cimento fornecido

• A proveniência deve ser constante durante os diversos fornecimentos.

• O cimento não pode apresentar-se endurecido, com grânulos ou contaminações.

• O cimento fornecido em saco deve ser armazenado em zonas cobertas e ao abrigo da humidade.

1.2 AGREGADOS1.2.1 Areias e Britas

• A cor do betão depende da natureza dos inertes utilizados. A sua proveniência deve ser constante ao longo dos fornecimentos, de forma a manter a cor e a granulometria estável durante toda a obra.

• Devem ser garantidos stocks suficientes para a betonagem de peças de maior dimensão,de forma a evitar descontinuidade de cor ou outro tipo de heterogeneidades na peça.

• As britas podem ser provenientes de britagem de granitos, calcários ou seixos. Apesar da coloração das britas não ser determinante na cor do betão, quanto mais escuras forem, maior será a necessidade de finos para garantir uma correcta opacidade.

• Todos os agregados têm que estar limpos de argilas ou de outros materiais que possam contaminara cor do betão.

• Devem ser armazenados em parques próprios para o efeito, devidamente drenados e pavimentadospara minimizar o risco de contaminações. Os parques devem ser individualizados por tipo de inerte.

• Os agregados devem obedecer aos demais requisitos da Norma NPEN 12620 de 2003; Agregadospara betão e na Especificação LNEC E 454, relativamente às suas características, condições defornecimento e armazenamento.

1.2.2 Fíler (pó de pedra)

• O fíler, elemento preponderante na tonalidade dos betões, deve ser branco e de proveniência constante, de forma a garantir uma correcta homogeneidade e compacidade das superfícies.

• Este material, que pode ter origem em calcários, granitos ou materiais siliciosos, deve apresentar-se finamente moído com granulometrias inferiores a 125micron.

• O fíler deve encontrar-se limpo, isento de argilas ou outras contaminações.

• As suas características devem ser avaliadas pela regulamentação aplicável, nomeadamenteNP EN 12620 e normas de ensaio respectivas NP EN 932.

• É fundamental a estabilidade de cor destes materiais, sob pena de não se alcançar, nos betõesbrancos, os índices de homogeneidade pretendidos, pelo que é fundamental o controlo das características colorimétricas deste produto.

• Em sua substituição e como alternativa pode ser utilizada uma areia britada com um teor de finos elevado, fabricada a partir dos materiais referidos nos pontos anteriores, desde que sejamcumpridos os requisitos apontados em 1.2.1.

1.3 ÁGUA

• A água deve ser limpa (incolor e sem cheiro), de preferência potável, e isenta de óleos ou outrasimpurezas que possam contaminar a cor do betão.

• Deve obedecer ao estipulado na NP EN 1008 de 2003; Água de amassadura para betão: Especificações para amostragem, ensaio e avaliação da aptidão da água, incluindo água recuperada nos processos da indústria do betão pronto, para o fabrico do betão.

1.4 ADJUVANTES

• Devem cumprir o estipulado na normativa aplicável, isto é NP EN 934-2 de 2003, Adjuvantes para betão, argamassas e caldas de injecção, parte 2: Definições, requisitos, conformidade, marcação e rotulagem.

• As performances ao nível da manutenção das trabalhabilidades devem ser cuidadosamente verificadas, face aos tempos previstos para a aplicação, de forma a minimizar o risco de juntasde betonagem não previstas.

• Devem ser incolores ou de cor clara, de modo a não provocarem contaminação de cor.

1.5 ARMADURAS

• As armaduras devem ser armazenadas em áreas cobertas e elevadas do pavimento, de modo a evitar sujidades e condições favoráveis à oxidação.

• O aço deve estar completamento limpo. A presença de óleos, argila, lamas, ferrugem ou outrassujidades podem contaminar a superfície do betão.

• Se necessário, deve-se proceder à escovagem e limpeza a ar comprimido das armaduras e aotratamento integral das armaduras, com uma demão de primário hidroepoxídica, se a Fiscalização/Projectista assim o indicar.

• No caso de não se proceder à pintura integral, é obrigatório pintar as armaduras de espera,de forma a evitar escorrências para as peças betonadas anteriormente.

• O posicionamento e o recobrimento das armaduras deve ser assegurado convenientemente porespaçadores poliméricos ou, preferencialmente, de betão branco com forma apropriada.

• Os arames ou cordões de atar são em aço inox ou aço galvanizado. As suas extremidades devemficar voltadas para o interior da peça.

• O tempo decorrido entre a colocação das armaduras e a betonagem das peças deve ser minimizado tanto quanto possível, de forma a evitar oxidação do aço e consequentemente a contaminação das cofragens.

1.6 COFRAGENS

• É importante a escolha de um sistema de cofragem flexível, em contraplacado marítimo de boaqualidade, cuja película fenólica não seja atacada, nem solubilizada pelo meio alcalino, promovidopelo contacto com o betão fresco.

• A cofragem deve apresentar uma boa rigidez, compatível com as cargas decorrentes da betonagem, devendo, para tal, o dimensionamento do sistema ser cuidadosamente verificado em função das tolerâncias e deformações máximas admissíveis para as peças a betonar.

• São aconselháveis sistemas com tratamento dos topos.

• Caso a opção seja a cofragem metálica, a estrutura pode ser de aço normal, mas o seu revestimento deve ser a chapa de aço inox.

• O interior dos moldes deve estar impecavelmente limpo, isento de poeiras, resíduos de óleos descofrantes de anteriores utilizações e películas protectoras solúveis dos próprios painéis.

• O descofrante a utilizar deve ser solúvel em água, branco ou incolor, de origem parafínica.A sua aplicação é feita à pistola, de modo a garantir uma fina película uniforme e quase imperceptível.

• De forma a evitar quaisquer escorrências, deformações ou perdas de leitada, as juntas de betonagem devem ser cuidadosamente vedadas a fim de garantir a completa estanquecidade do molde. Para tal, devem utilizar-se mastiques e fitas de borracha macia na selagem de painéistopo a topo e silicones aplicados exteriormente entre juntas de painéis.

• Não são permitidas fixações através de varões que fiquem incorporados na massa de betão, devendo-se utilizar dispositivos que permitam retirar os tirantes, sem danificar os positivos.

• Está interdita a utilização de qualquer acessório ou elemento de fixação metálico, nomeadamente,rebites e pregos que fiquem em contacto com o betão à vista.

• O tempo decorrido entre a montagem da cofragem e a aplicação do betão deve ser o mais curto possível, de modo a que as águas da chuva e/ou poeiras não contaminem o betão. Em caso de peças de grande dimensão, e quando esse intervalo de tempo for superior ao desejável, deve-se prever-se coberturas provisórias ou filmes plásticos para protecção das cofragens inicialmente montadas.

• É exigido o cumprimento integral do plano de estereotomia e do plano de betonagem. Na ausênciadestes elementos deve ser acordado com os projectistas as dimensões dos painéis e a localizaçãode todas as juntas de cofragem e betonagem.

• As tolerâncias admissíveis ao nível da implantação dos moldes, salvo referencia contrária, são:- 20 mm, em valor absoluto, medidos em relação à piquetagem final;- 5 mm, em valor relativo, medidos entre dois pontos quaisquer da cofragem das diferentes partes do mesmo apoio;- 10 mm, em valor relativo, medidos entre dois pontos quaisquer das cofragens de apoios diferentes.

• Os moldes devem estar nivelados em todos os pontos com uma tolerância de 5 mm e as espessuras entre paredes contíguas do molde não deverão apresentar afastamentos superioresa 3 mm.

2 Fabrico de Betão Branco

2.1 ESPECIFICAÇÃO

• O betão branco arquitectónico deve apresentar uma classe de resistência mínima C 30/37

• O diâmetro máximo do agregado depende da espessura da peça a betonar e da consistência requerida. Normalmente para peças de maior esbelteza recomendamos que a brita possuía umamáxima dimensão de 150mm.

• A consistência a aplicar em peças de espessura habitual (superiores a 30cm) é de:- Elementos com desenvolvimento vertical (paredes, pilares), classe S4 (18±2cm)- Elementos com desenvolvimento horizontal (lajes e vigas), classe S3 (13±2cm)

• Em peças de grande esbelteza (espessuras inferiores a 30cm) deve ser aplicado:- Betão autocompactável de espalhamento 70±5cm

• Devido a exigências de acabamento, opacidade, compacidade e durabilidade de aparência, estesbetões, devem possuir uma dosagem de cimento mínima, da ordem dos 370 kg/m3.

• A relação água/cimento deve ser inferior a 0,42 por razões de durabilidade física e durabilidadede aparência.

• Acresce aos pontos anteriores, no caso dos betões autocompactáveis, que o teor de finos (materiais inferiores a 125 micron) deve ser superior a 500kg/m3, normalmente por recurso a fileres ou areias britadas cujo teor de finos seja compatível com a curva granulometrica do betão.

2.2 PRODUÇÃO

• De forma a evitar possíveis contaminações de cor, o betão branco deve, preferencialmente, serfabricado em central exclusiva para o efeito.

• A central de betão deve ser por Via Húmida, de forma a garantir uma correcta mistura dos componentes.

• O controlo das quantidades de materiais por amassadura deve ser, obrigatoriamente, por pesagemrigorosa com registo dos dados.

• A mistura deve ser suficientemente prolongada de forma a permitir a entrada atempada de todosos materiais e correcta homogeneização.

• Todo o equipamento de transporte e aplicação do betão deve encontrar-se bem limpo para evitarcontaminações de cor.

3 Aplicação de Betão Branco

3.1 BETONAGEM E DESMOLDAGEM

• Aconselha-se a execução de protótipos em obra, com as condições e materiais a utilizar, por forma a preparar as equipas de execução, e até se alcançar a qualidade imposta pelo Projectistae/ou pela Fiscalização.

• As betonagens devem ocorrer apenas em condições climatéricas adequadas, isto é sem chuva,com temperaturas ambiente entre os 10º e os 30ºC. Na impossibilidade de reunir estas condiçõese para não prejudicar o bom andamento dos trabalhos, podem-se realizar betonagens mediantea adopção de medidas construtivas específicas a aprovar.

• Os moldes devem ser protegidos da chuva, não podendo na altura da betonagem possuir quaisquer vestígios de água acumulados.

• O estado de limpeza dos moldes e a adequada selagem das juntas devem ser verificados antesda betonagem.

• A consistência do betão deve ser cuidadosamente controlada à chegada à obra, não podendoser admitidos veículos cujo betão não cumpra o especificado no ponto 2.1.

• As unidades de vibração (vibradores de agulha) devem ser posicionadas normalmente com umafastamento de 2 a 3 m, função do tipo e esbelteza da peça a betonar

• Deve-se evitar a queda do betão de grandes alturas (máx. aconselhável: 1,5m). As descargas não podem estar afastadas mais de 4 m, sendo o betão introduzido no molde ao nível da camadaa aplicar, com auxílio de mangas de descarga ou tubo tremi, para evitar a segregação e um deficiente efeito de parede, por fixação de resíduos de betão seco junto às paredes do painel de cofragem.

• A aplicação do betão deve ter uma cadência contínua, devendo o período decorrido entre aplicação de camadas, de espessura inferior a 50 cm (de forma a evitar, o mais possível,o aparecimento de bolhas de ar na "pele" do betão), ser controlado, em função da reologia do betão, de modo a evitar a formação de juntas de betonagem não previstas.

• A vibração deve ser feita por camadas, com os vibradores continuamente posicionados no interior do betão, ascendendo gradualmente com a subida de nível, mantendo as agulhas dos vibradores 10 a 15 cm na camada subjacente, de modo a homogeneizar toda a massa por camadas sucessivas. O tempo de vibração deve ser o suficiente para permitir a saída das grandesbolhas de ar, devendo-se desligar os vibradores (mantendo-os embebidos no betão), assim queo aspecto superficial do betão se apresente vidrado, sem segregação e sem exsudação.

• Os vibradores devem penetrar alguns centímetros nas camadas imediatamente adjacentes de forma a garantir a correcta homogeneização das mesmas. O recurso a marcadores de posiçãonas mangueiras destas máquinas facilitam consideravelmente a operação.

• Não se deve revibrar as camadas colocadas muito anteriormente, nem deixar os vibradores entrarem em contacto com a parede dos painéis de cofragem e as armaduras, evitando assim o revibrar do betão que já iniciou o processo de presa, o que poderia danificar a sua superfíciee conferir-lhe um aspecto final degradado.

• No caso do betão auto-compactável devem ser considerados cuidados acrescidos com a descarga do betão no molde, sendo neste caso obrigatória a manga de descarga. O betão devefluir naturalmente e o seu nível elevar-se a velocidade ritmada, mas lenta de forma a permitira correcta libertação do ar junto aos paramentos.

• Ainda nestes betões é fundamental que não haja sobreposição de camadas, mas antes uma ascensão gradual e contínua do nível da betonagem. O número de unidades de bombagem deveser criteriosamente dimensionado de forma a garantir um nível do betão constante ao longo dapeça.

• No caso dos betões auto-compactáveis deve-se prever a correcta logística de fornecimento dobetão, evitando-se interrupções ou paragens, sob pena de formação de juntas de betonagem horizontais. Estes betões, ao fim de alguns minutos de estabilizados, iniciam o processo de compactação por gravidade, sendo este processo irreversível. Assim, um novo betão colocadoapós uma paragem assentará sobre uma camada já compactada, não havendo lugara homogeneização entre camadas.

• As juntas de betonagem serão definidas no plano de betonagem ou pela Fiscalização.

• Os limites de deformação dos moldes devem ser controlados topograficamente, especialmenteno caso de grandes peças, de modo a que ao longo das mesmas, durante a betonagem e ao fim de algumas horas após a aplicação, se proceda a apertos e ajustes das "tijes" e eventuais reforços nos escoramentos.

• Após o início de presa ( 2 horas após a betonagem), o betão é obrigatoriamente protegido contraas perdas de água por evaporação e contra as temperaturas extremas. Para tal deve-se regar-seo betão com água limpa, por aspersão, a fim de minimizar a fissuração dos elementos betonados.Os produtos de cura utilizados habitualmente mancham o betão branco.

• O tempo de descofragem deve ser controlado, em função da maturidade do betão aplicado: Não deve existir nem descofragem antecipada, nem prolongada; No primeiro caso, para evitar problemas de fissuração por retracção ou quebra de arestas e cantos. No segundo caso, para evitar manchas devido à alteração do fenol na presença de condensações.

• Após a desmoldagem, as superfícies de betão à vista devem ser protegidas contra danos mecânicos, escorrências e outras contaminações resultantes do decorrer da obra. Para tal,é aconselhável o recurso a filmes plásticos, geodrenos ou outros materiais.

3.2 PROTECÇÃO FINAL

• No final da obra, as superfícies de betão à vista devem ser lavadas a jacto de água de pressãocontrolada, de modo a remover poeiras depositadas, eventuais manchas e para preparar as superfícies para a aplicação de um protector de superfície.

• Deve ser aplicado uniformemente e por pulverização um hidrófugo de superfície incolore imperceptível à base de silanos e/ou siloxanos de forma a conferir uma protecção adicional ao betão.

• Em peças de maior acessibilidade ao público, deve ser usado um produto, normalmente de baseacrílica, incolor, com propriedades "anti-grafitti" garantidas e comprovadas.

4 Outros elementos

4.1 ESTEREOTOMIA DOS PAINÉIS DE COFRAGEM

• É altamente recomendada a execução de um esquema com a definição precisa da estereotomiados painéis de cofragem, onde, para além do tipo de cofragem, sistema e dimensões dos painéis,seja referida, com precisão, a sua distribuição espacial e localização das juntas entre painéis.

• De modo a evitar-se danos e mau acabamento de cantos e juntas, deve o projectista definir e pormenorizar o tratamento a adoptar em cantos (quina viva ou chanfro de 0.5 cm, que muito facilita a aplicação). Também o tratamento das juntas deve ser objecto de um esquema de pormenor, com base na utilização de um “bite” de dimensões apropriadas e respectiva selagem.

4.2PLANO DE BETONAGEM

• As juntas de betonagem devem ser estudadas e referidas num plano de betonagem/estereotomiaespecífico. Sempre que possível, deverão ser coincidentes com juntas entre painéis.

• O tratamento das juntas deve ser objecto de um esquema de pormenor, com base na utilizaçãode um “bite” de dimensões apropriadas e respectiva selagem. As juntas podem ser assumidasou ficar imperceptíveis, função da opção de projecto. Em qualquer das situações o recurso ao bite é um garante do alinhamento da respectiva junta e afigura-se essencial especificar.

4.3RECOBRIMENTO DAS ARMADURAS

• Por necessidade de conferir protecção adicional ao betão arquitectónico branco, contra os efeitosda corrosão, por carbonatação do betão ou por deficiente posicionamento das armaduras, aconselha-se que a espessura do recobrimento sofra um incremento de, pelo menos, 1 cm, relativamente aos valores habituais, não sendo inferior a 3.5 cm. No caso de obras sujeitas a envolvente marítima, o reforço é de 1.5 cm.

4.4DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS

• As armaduras devem absorver os esforços globais da estrutura e garantir o controlo da fissuração,de modo a conduzirem a uma abertura de fenda mínima. Para tal o recurso a armaduras de peleou a malhas de distribuição é usual, em prol de armaduras de grandes diâmetros com maioresafastamentos.

• Elementos com grande desenvolvimento em planta podem exigir, além da análise térmica regulamentar, o dimensionamento para tensões oriundas da retracção dos betões. A fissuraçãoproveniente das variações térmicas diferenciais deve ser igualmente objecto de estudo, especialmente em peças com espessuras elevadas e/ou com gradientes térmicos exteriores importantes. Medidas construtivas como a protecção térmica das peças descofradas devem serreferidas em situações deste tipo.

• A retracção do betão é função de uma série de factores, como a dosagem e o tipo de cimento,a quantidade de água de amassadura, a humidade relativa ambiente, etc.. Porém a título indicativo,em média, os betões utilizados em obras anteriores, que cumpriram os requisitos referidos, apresentaram valores que variaram entre 0.03 a 0.04 %. Bastará um aumento da dosagem de água em cerca de 20% (de 0.42 para 0.5) para aqueles valores duplicarem.

4.5DIMENSIONAMENTO DAS SECÇÕES

• Deve-se ter em conta a necessidade de proporcionar boas condições de aplicação do betão. Assim, a espessura das peças mais esbeltas, sobretudo com desenvolvimento vertical (paredese pilares), deve ser superior a 30 cm, de modo a permitir a introdução de vibradores e tubos dedescarga (tremi), a fim de evitar a queda do betão e sua possível segregação.

• Caso, por razões de projecto, tal não seja possível, deve-se especificar betão de consistência autocompactável, com vista a minimizar aqueles efeitos.

4.6 TOLERÂNCIAS ADMISSÍVEIS

• As tolerâncias admissíveis para as deformações dos paramentos, devem ser definidas ao níveldo projecto, ou no projecto de execução da cofragem. Sugere-se como valores de deformaçõesmáximas admissíveis (constantes no ponto 3.2 deste documento), a partir dos quais se tornambastante perceptíveis a "olho "nu", os seguintes valores para implantação ao nível dos moldes:- 20 mm, em valor absoluto, medidos em relação à piquetagem final;- 5 mm, em valor ralativo, medidos entre dois pontos quaisquer da cofragem das diferentes partes do mesmo apoio;- 10 mm, em valor relativo, medidos entre dois pontos quaisquer das cofragens de apoios diferentes.

• Os moldes devem estar nivelados em todos os pontos com uma tolerância de 5 mm e as espessuras entre paredes contíguas do molde não devem apresentar afastamentos superiores a 3 mm.

4.7 PLANEAMENTO DA OBRA

• O betão arquitectónico branco deve ser aplicado preferencialmente numa fase posteriora betonagens de betão corrente, de modo a obviar contaminações e danos na sua superfície. No caso de betonagens mistas deve-se, ao nível de plano de betonagem, prever um faseamento,constando da primeira fase os betões correntes, preparando-se as armaduras em espera e o sistema de cofragem para uma última fase de betão branco á vista .

• Uma vez que a execução de protótipos se afigura essencial ao treino das equipas em obra, muitofacilita se o projecto contemplar, desde logo, a realização dos mesmos.

• Para este efeito, os protótipos podem não ser obrigatoriamente peças específicas ao treino, masantes peças reais da obra, que normalmente seriam efectuadas em betão corrente e que vêm a ser eleitas para este fim, face ao seu dimensionamento, localização ou posição no planeamentoda obra.

5 Apoio Técnico SecilO objectivo primordial de todos os sectores da empresa é conseguir sempre melhores formas de prestar, aosProjectistas, Arquitectos, Construtores e Clientes, um serviço eficiente que corresponda às suas necessidades.É com esse objectivo que os Serviços Comerciais e de Apoio Técnico da Secil incentivam ao diálogo permanenteentre Técnicos e Clientes, testando o desempenho dos produtos, promovendo a sua correcta aplicação e, sempre que necessário, introduzindo melhorias específicas de acordo com contextos especiais da obra.Em complemento, com vista a optimizar a aplicação que é feita dos seus produtos, a Secil mantém em funcionamento um Laboratório de Betões onde, procede ao diagnóstico de problemas com a suaprodução e aplicação, à concretização de formulações inovadoras dirigidas a necessidades especiais e à concepção de produtos novos feitos a partir dos vários tipos de cimento que produz.Factor decisivo na qualidade final da obra, a especificação do Betão Branco Arquitectónico e os respectivoscuidados na sua aplicação, deverão ser cuidadosamente definidos desde o início, dispensando a definição de pormenores na fase de execução. Para tal, a Secil disponibiliza os documentos de informação necessáriose apoio técnico individualizado para cada projecto, que se prolongará até ao estudo de composição do betão,posterior aplicação em obra e, se for o caso, à análise de patologias.

A Secil presta apoio personalizado, obra a obra, que se prolonga desde o estudo de composiçãodo betão até à posterior aplicação em obra e, caso necessário, ao estudo do betão aplicado e à análise de patologias.

Contactos

SECIL - Companhia Geral de Cal e Cimento, S. A.Direcção ComercialAv. das Forças Armadas, 125 - 6º1600 - 079 LISBOATel: 217 927 100 . Fax: 217 936 199

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Cimento BrancoFábrica Cibra PataiasApartado 46 . 2449-909 PATAIASTel: 244 587 700 . Fax: 244 589 652

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