CIESP OESTE - Janeiro/Fevereiro de 2009

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editorial

ODiretor TitularFábio Paulo FerreiraVice - Diretores

João Henrique MartinJosé Antonio Gregório

Conselheiros TitularesCarlos José Silva Bittencourt

Hélio de JesusThomas Barbosa DuckworthRodolfo Inácio Vieira Filho

Sebastião Aparecido Alves de CarvalhoOdila Sene GuandaliniCésar Rabay Chehab

Romolo CiuffoEdson AmatiHélio Mauser

Carlos BegliominiAccácio de Jesus

Pedro AmatiJorge Luiz Izar

Givaldo de Oliveira Pinto JuniorPaulo Antonini

Alcebíades de Mendonça AthaydeMarco Antonio Afonso da Mota

Conselheiros SuplentesBoaventura Florentim

Sérgio VezzaniBlanca Margarita Toro de Sasso

César Valentin ZanchetUrbano José FerreiraJosé Antonio Urea

José Rubens RadomyslerDelfim da Silva FerreiroRonaldo Amâncio GózGerente CIESP Oeste

Laura Gonçalves

CENTRO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETORIA DISTRITAL OESTE

Rua Pio XI, 500 – Alto da LapaCEP 05060-000 – São Paulo – SP

Tel. (11) 2894-9606Email: [email protected]

Site: www.ciespoeste.org.br

Revista Ciesp OesteProjeto, Edição e Comercialização: Página Editora

Ltda. Redação e Publicidade: Rua Marco Aurélio, 780. Vila Romana. Telfax: (011) 3874-5533. E-mail: [email protected]. Diretor: Ubirajara de Oliveira. Textos: Eduardo Fiora e Lúcia Helena Oliveira. Fotografia: Alexandre Virgílio, Julia Braga e Tiago De Carli. Produção de anúncios: Alcir Gomes. Publicidade: Marisa Pernicone, Patrícia Segura, Rosana Braccialli. Impressão: Arvato do Brasil Gráfica. Tiragem: 3 mil exemplares.

Distrital Oeste

ano de 2009 começa com um grande desafio para a indústria:

superar os impactos locais da grave crise econômica global,

garantindo, assim, o emprego de milhões de trabalhadores.

A exemplo da FIESP, o CIESP Oeste também se coloca na linha de frente

dessa batalha, de modo a acompanhar seus associados nesse momento

de muitas dúvidas e uma única certeza: a indústria nacional é forte e

criativa o suficiente para seguir produzindo e exportando.

Pesquisa da FIESP, feita em novembro do ano passado, revela que

36% das indústrias ouvidas dizem ter confiança no cenário econômico

de 2009, enquanto 17% se dizem satisfeitas e 13% se consideraram

otimistas. Entre os empresários consultados, 75% crêem em vendas

estáveis ou maiores para 2009: 14% acreditam em aumento maior do

que 15%, 25% esperam alta nas vendas de até 15%, e 36% estimam

estabilidade para o próximo ano.

Diante desses números, iniciamos o ano com a mesma disposição que

nos moveu ao longo de 2008. E mais: nos sentimos em condições de re-

dobrar nossos esforços perseguindo, assim, conquistas importantes para

o empresariado das regiões Oeste da capital e Grande São Paulo.

Em tempos de crise é preciso - como lembra o diretor do Departamento

de Pesquisas Econômicas (Depecon) da FIESP/CIESP, Paulo Francini

– que indústria, comércio e instituições financeiras evitem a adoção

de medidas isoladas para se proteger, pois, somadas,tais ações podem

acarretar uma crise interna sem necessidade. Nesta edição, abrimos es-

paço para o belo trabalho desenvolvido pelo maestro Thomas Martins à

frente da Orquestra Filarmônica SENAI-SP. O atual momento requer que

saibamos afinar nossos discursos e ações de modo a mantermos o tom

da imprescindível sinfonia produtiva geradora de emprego e renda.

Fábio Paulo Ferreira

Diretor-Titular CIESP Oeste

Redobrar esforços

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perspectivas

s micro e pequenos em-presários brasileiros devem aproveitar o crescimento

registrado pela economia do País nos últimos anos - que provavelmente atenuará os efeitos da crise interna-cional - e manter os investimentos e a contratação de pessoal em 2009. A adoção de cortes drásticos e me-didas isoladas para se proteger de possíveis efeitos da crise financeira internacional poderão causar um “suicídio coletivo”, ampliando a área de impacto da turbulência iniciada nos Estados Unidos.

Essa foi a avaliação dos partici-pantes da mesa-redonda “Perspec-tivas Econômicas para as Micro e Pequenas Indústrias em 2009”, que a FIESP e o CIESP realizaram durante o III Congresso da Micro e Pequena Indústria, no final do ano passado. Para o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP/CIESP), Paulo Skaf, o Brasil não precisa importar a crise. “É preciso dar atenção ao mercado interno, não permitir o aumento de juros e o corte de crédito, para mini-

União anticrisePara não serem “engolidas” pela turbulência econômica

internacional, as micro e pequenas empresas precisam

continuar investindo. Apesar do atual momento delicado,

empresários demonstram otimismo.

mizar os efeitos da crise”. Segundo ele, não é possível saber exatamente o tamanho nem a duração da crise. “O que temos a fazer é ganhar tem-po com o menor prejuízo possível”, afirmou Skaf, lembrando que a FIESP tem feito seu papel no sentido de minimizar os efeitos nocivos desta turbulência.

A questão dos juros

As lideranças industriais do sistema FIESP-CIESP têm cobrado do Governo e do Banco Central medidas que aqueçam a economia, reduzam os juros e os impostos, e que protejam contra importações predatórias. “Quando se fala em pagar 1% a mais na taxa Selic, signi-fica um acréscimo de R$ 15 bilhões, em um ano, na atual divida interna de R$ 1,5 trilhão”, lembrou Paulo Skaf. “Diante das incertezas da crise financeira atual, portanto, a solução mais eficaz é a redução imediata dos juros”.

Na avaliação do presidente do CIESP o importante é usar a cria-

Paulo Skaf , em reunião com empresários, governo e sindicalistas, tem defenido a redução dos juros e flexibização da jornada de trabalho e dos salários

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Seminário na Ciesp reuniu dirigentes empresariais e representantes do governo que debateram temas importantes para as micro e pequenas indústrias, num momento de crise econômica mundial. Segundo especialistas, o cenário impõe ao empresariado uma boa dose de ousadia e criatividade para superar as dificuldades do momento

tividade, a competência, e buscar caminhos alternativos. “Não adianta adotar medidas corretivas depois de instalado o prejuízo. E prejuízo instalado significa demissão”. Ele ressaltou também que é fundamental a redução nos spreads bancários para que haja crédito a um custo suportá-vel às pessoas e empresas.

Já o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da FIESP/CIESP, Paulo Francini, enfati-zou que a mudança de humor do empresariado é preocupante e pode levar a conseqüências maiores do que as que efetivamente estão vindo de fora. “À medida em que os agen-tes econômicos – seja a indústria, o comércio ou as instituições financei-ras – passam a adotar medidas isola-das para se proteger, elas, somadas, podem acarretar uma crise interna sem necessidade”, avaliou.

Alegando a imprevisibilidade

do cenário econômico em função da crise que abala o sistema financeiro internacional, a FIESP evita fazer previsões para o crescimento do País em 2009.

Já em relação às exportações, pesquisa da FIESP divulgada no final de 2008 aponta que o empresariado paulista ainda se mantinha, naquele período, otimista quanto às vendas no exterior. Para 40% dos empresá-rios ouvidos, as exportações vão se manter estáveis. Para 18%, tendem a aumentar devido ao ganho de compe-titividade em razão da alta do dólar, e para 18%, tendem a diminuir.

Sinergia público-privada

Como forma de incremento às parceiras público-privadas para incentivar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas, o secretário paulista do Emprego e

das Relações do Trabalho, João Fernando Aprá, apresentou durante o evento “Perspectivas Econômicas para as Micro e Pequenas Indústrias em 2009”, o Programa de Quali-ficação Profissional que o gover-no estadual executará até 2010. A meta é atender 190 mil pessoas en-tre 15 e 50 anos, em 89 cidades com mais de 100 mil habitantes, respon-sáveis por 83% do PIB de SP. Serão oferecidos cursos, apostilas, DVDs e um sistema interativo de aprendizado pela internet. “Não basta oferecer a qualificação sem oferecer o canal de acesso ao profissional”, disse Aprá. No início de 2009, Skaf manteve encontro com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho.Tanto um quanto outro acreditam que a redução da jornada de trabalho e dos salários pode ser uma das alternativas para os setores que foram ou ainda serão afetados pela crise.

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ações

om o apoio do CIESP Oeste e da recém-criada Agência Paulista de Promoção de

Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo), órgão do gover-no estadual, a região de Francisco Morato (Grande São Paulo) tem

condições de elaborar um plano de desenvolvimento econômico que a transforme uma cidade dormitório em pólo de atração industrial.

É com esse pensamento que o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, tem dialogado com José Aparecido Bressane, que desde o início de janeiro

Estímulo à integraçãoDiálogo do CIESP Oeste com a Prefeitura Municipal de

Francisco Morato sinaliza que a entidade aposta na integração

metropolitana como fator de desenvolvimento econômico e de

geração de emprego e renda.

responde pela prefeitura de Francis-co Morato. “Somos, hoje, apenas uma cidade dormitório. Vamos lutar para reverter esse quadro e iniciar um processo de atração de indústrias para região”, afirma Bressane. “Para tanto, precisamos que o governo es-tadual invista na melhoria da malha rodoviária, pois as condições das estradas que servem a região não estimulam a instalação de empresas no município”, acrescenta ele.

Os contatos entre a Distrital Oeste e Bressane reforçam a filosofia de atuação da entidade, que busca formas de fortalecer a indústria na Região Metropolitana.

CBressane (E) e Fábio Ferreira discutem planos para dinamizar a economia de Francisco Morato a partir da indução da atividade industrial

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associados

Borracha verde-amarelaHá mais de 30 anos no mercado, a Gumaplastic produz artefatos

de borracha e plástico com tecnologia e capital 100% nacionais.

De olhos sempre abertos para as tendências do setor, cresceu

apostando na inovação e no desenvolvimento de novos produtos

os anos 70, um desafio a ser vencido pela indústria nacional era equipar os

mais diferentes tipos de veículos com rodas e pneus mais flexíveis e elás-ticos, que melhorassem o desempe-nho das máquinas. Recém-fundada na época, a Gumaplastic, até então uma pequena fabricante de artefatos de borracha e plástico, surpreendeu o mercado lançando um tipo de roda e pneu prensado superflexível. O novo produto foi o precursor dos modernos superelásticos sólidos, muito utilizados hoje.

Naquela época, a produção dos novos pneus era feita apenas

sob encomendas especiais de al-guns clientes, já que a fabricação em escala industrial era impossível pois os aros de aço existentes não seguiam as medidas padronizadas internacionalmente. Hoje, os aros já são fabricados segundo um padrão, o que permite a produção desses pneus em escala industrial.

O investimento em pesquisa e desenvolvimento para a criação de novos compostos e aplicações sempre fez parte da história da em-presa, que iniciou suas atividades produzindo pneus vulcanizados para empilhadeiras e viaturas industriais. “Nossa preocupação é explorar

Gama de produtos da Gumaplastic incluimais de 130 itens com aplicações nos segmentos automobilístico, siderúrgico, de mineração e alimentos, entre outros

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meio ambiente

ao máximo as potencialidades das matérias primas que utilizamos, bus-cando antecipar tendências e atender às expectativas do mercado”, diz o fundador Milan Dadak.

Nascido na Tchecoslováquia, Dadak rodou o mundo trabalhando como tecnólogo em grandes multi-nacionais até desembarcar no Brasil, em 1954. “Eu me apaixonei pelo país e pelo povo brasileiro e decidi ficar por aqui, montando, depois de al-guns anos, o meu próprio negócio”, conta ele num português marcado por um simpático sotaque tcheco.

A Gumaplastic nasceu em um pequeno terreno no Parque Maria Domitila, Zona Oeste de São Paulo, e cresceu acompanhando o desen-volvimento do bairro. Mais do que isso, contribuiu – e muito – para a modernização da região. “Quando instalamos a empresa, o bairro era formado por chácaras, não tinha energia elétrica adequada e nem água, que precisava ser puxada com pipa”, lembra Milan Dadak. “Ao lon-go do tempo, fizemos gestões junto à prefeitura e, aos poucos, consegui-mos as melhorias necessárias”.

Nesses 30 anos, as pequenas instalações da fábrica foram aumen-tadas. O número de funcionários saltou de 10 para mais de 100 e a quantidade de produtos foi se mul-tiplicando. Hoje, a empresa processa 60 toneladas/mês de borracha natu-ral e sintética e produz mais de 130 itens com aplicações nos segmentos automobilístico, siderúrgico, de mi-neração e alimentos, entre outros. Além da linha de pneus, a Guma-plastic tem uma gama de produtos e serviços que inclui prensados em geral, revestimentos de peças com elastômeros sintéticos e naturais e poliuretano de alta e baixa durezas.

Entre as principais metas da empresa está a nacionalização dos produtos. Por isso a Gumaplastic investiu na criação de um laborató-rio de pesquisa e desenvolvimento equipado com maquinário de última

geração e comandado pelo diretor industrial Viktor Dadak. De lá saiu mais uma das inovações da empresa: as mantas de borracha com pastilhas cerâmicas de alumina “GUMA-DUR”, para vulcanização a quente e a frio. Essa tecnologia evita a cor-rosão e abrasão de metais e sanou um problemas de várias indústrias: perda de produtividade por conta da deterioração de equipamentos.

A empresa utiliza maquinário de últimageração e mão-de-obra altamente especializada e treinada para produzir peçasde qualidade reconhecida em todo País

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Gumaplastic Artefatos de Borracha e Plásticos LTDA.Rua Willis Roberto Banks, 419Parque Maria Domitila – Pirituba – SPTelefone: (11) 3904-7064Fax: (11) 3904-6068Site: www. gumaplastic.com.br

Serviço

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negócios

ais de 800 fornecedores e 500 compradores cadastra-dos, que fazem uma média

de duas cotações por semana. Depois de apenas três meses de operação, no qual funcionou em regime de testes, este é o balanço inicial do Portal de Negócios do CIESP Oeste, inaugurado em outubro do ano passado. Sistema ágil e fácil para fazer cotações e com-pras de produtos pela Internet, o portal tem sido usado pelos associados – e até por não associados – para reduzir custos e perder menos tempo na hora de adquirir todo o tipo de insumos necessários a uma indústria.

“Os números da fase de testes mostram o grande potencial do e-byte, nome dado ao portal”, avalia João Cruz, responsável pela área de Marketing do sistema. “Passado esse primeiro momento, vamos intensificar o cadastramento tanto de compra-dores quanto de fornecedores, para que o sistema passe, efetivamente, a gerar negócios”, explica o diretor do sistema Eduardo Stefanone.

O cadastramento no Portal de Negócios pode ser feito pelo pró-

De caneta a refeiçãoO Portal de Negócios do CIESP Oeste passa com sucesso pela fase

de testes e começa a gerar negócios. Entre os itens mais cotados pelo

sistema de compras on-line estão materiais de escritório e informática,

mas já houve até quem comprasse produtos como cesta básica.

prio site – www.ebyte.com.br – ou solicitando a visita de um agente da eOrbital, empresa responsável pelo desenvolvimento e operacio-nalização do sistema. “O portal é um benefício para o associado do CIESP Oeste e é importante que todos participem para que o sistema ajude cada um a economizar e a gerar ne-gócios”, reforça o diretor da eOrbital, Ricardo Stefanone.

Idealizado sob medida para suprir as necessidades do setor indus-trial, o e-byte tem como vantagens a facilidade e a transparência. Quem necessita comprar material de escri-tório, entra no sistema de cotações anunciando as especificações e quantidades dos produtos que deseja adquirir. O resultado das cotações recebidas pode ser acessado por diversos parâmetros, como preço ou prazo de pagamento. Se não estiver satisfeito com o resultado obtido, tem a opção de convidar os fornecedores a participar de um leilão on-line, no qual os preços são abertos. Mais detalhes sobre o Portal de Negócios: (11) 2894-9606 e (18) 3624-1666.

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trabalho

ma empresa moderna e an-tenada com as necessidades do mercado globalizado

é aquela que procura ter em seu quadro de funcionários os melhores talentos. E para “fisgar” os profissio-nais mais experientes e criativos um detalhe se torna fundamental nos dias de hoje: explorar a diversidade. O que isso significa? Que a empresa não deve usar de nenhum tipo de dis-criminação ao montar o seu “time”, aproveitando o que cada profissional tem de melhor, independentemente da cor, origem, sexo, idade ou defi-ciência física.

O CIESP Oeste entrou na luta do Governo do Estado de São Paulo para chamar a atenção para o tema e encampou a idéia da criação do Selo Paulista da Diversidade no Mercado de Trabalho, iniciativa da Secretaria de Relações Institucionais, com o apoio técnico da Fundação do Desenvolvimento Administrativo (FUNDAP). Um grupo de associados representou a entidade no evento realizado em 17/11, no Palácio do Governo, para debater o assunto.

Sem diferenças!Empresas filiadas ao CIESP Oeste apóiam idéia da criação do Selo

Paulista da Diversidade no mercado de trabalho, defendida pelo

Governo de São Paulo. Com ele, espera-se acabar com as

discriminações na contratação de pessoal pelas indústrias.

O objetivo do Selo Paulista é estimular a diversidade nas empre-sas, sendo um indutor que auxilie no aumento da competitividade nos mais variados setores da econo-mia. As organizações que tiverem interesse em participar do projeto devem preencher um formulário, no qual descreverão as práticas de gestão da diversidade que adotam. Os questionários passarão pela avaliação de um Comitê Gestor criado especialmente para o tema. As organizações que comprovarem adotar políticas coerentes com os critérios previstos pelo Governo do Estado receberão o reconhecimento na forma de um selo.

O regulamento e as regras de concessão do selo estão disponíveis no site: www.diversidade.sp.gov.br

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“Apresentação”

PATROCÍNIO

Para um grupo de empresários do CIESP Oeste e CIESP Norte o convite feito, no ano passado, pelo Comando Militar da Amazônia (CMA) para uma visita à selva da Região Amazônica foi uma experiência ímpar.

Ao conhecer, por terra e pelo ar, parte desse imenso território de 5 milhões de quilômetros quadrados, a comitiva paulista teve a oportunidade de entrar no clima da polêmica questão de ameaças à soberania da Amazônia, assunto levan-tado pelo comandante do CMA, general Heleno, e pelo seu antecessor, general Lessa (hoje na reserva).

Respondendo positivamente às preocupações apontadas pelos gen-erais, a revista CIESP Oeste decidiu pela publicação de encartes especiais, que mostrassem aos dirigentes industriais fili-ados à entidade um panorama sintético do problema.

Foram programados quatro en-cartes. Nesta edição, circula a ter-ceira parte desse especial com foco no crescente interesse estrangeiro pela Amazônia brasileira, seja pela ação nada transparente de ONGs ou a partir de declarações de líderes mundiais, bem como pelo posicionamento da imprensa internacional.

om a experiência do conví-vio direto com a imensidão verde da Amazônia bra-

sileira, o generais Augusto Heleno Ribeiro, responsável pelo Comando Militar do Amazonas (CMA) e seu an-tecessor no cargo, general da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, não se cansam de alertar: existe, naquela região, uma verdadeira invasão bran-ca, na qual não há soldados, mas sim organizações não-governamentais (ONGs).

Os militares estimam que existem no Brasil 250 mil ONGs, sendo que, desse total, 100 mil atuam na Ama-zônia sem controle algum.“Apenas 320 das ONGs presentes na Ama-zônia estão cadastradas. Temos um quadro sem controle algum. Para se ter uma idéia, em 2002 o número dessas organizações no País era de 22 mil. Já em 2006, pulou para 260 mil. Um aumento de 1.181% Esses dados são públicos. Estão no site do Siaf (Sistemas Integrados de Acom-panhamento Financeiro).

Na visão de Lessa, esse des-controle do Estado brasileiro leva à

Amazônia cobiçada Valendo-se da ainda tímida presença do Estado brasileiro na Região

Amazônica, inúmeras ONGs estrangeiras agem com interesses ocul-

tos, como o tráfico de drogas, ou a serviço das potências globais,que

pressionam pela internacionalização desse território.

formação de um Estado paralelo da Região Norte. “Em certas áreas da Amazônia, você só entra se a ONG deixar. Eu mesmo só entrei em al-gumas áreas controladas por essas entidades porque estava fardado. Parte dessas terras elas compraram. E controlam a população, particu-larmente os índios. E controlam até o fluxo nos rios. O Rio Negro é um

General Luiz Lessa mostra que interesses internacionais, ancorados em propostas da ONU e na voz de importantes lideranças globais, afetam a soberania nacional

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exemplo. Nem como turista você entra nessas áreas”.

As ONGs costumam clamar pela defesa do meio ambiente e dos direitos indígenas, mas, segundo os militares, muitas têm interesses ocultos, como o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro e até a espionagem. Tal polêmica chegou ao Congresso Nacional, onde o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) denunciou que ONGs internacionais com “polpudos cheques em euro” têm mais acesso às populações indígenas do que as autoridades brasileiras. Lorenzoni disse que constatou essa situação durante visita de uma comitiva par-lamentar à região de Surucucus, em Roraima.

Brasília reage

O Ministro da Justiça, Tarso Genro, reconhece que a situação na Amazônia é complexa e delicada. Segundo o ministro, algumas ONGs, de fato, exercem funções que não são compatíveis com as suas orien-tações estatutárias e precisam ter sua ação revista (ver box). Genro relatou a existência de ONGs que realizam cultos de exorcismo entre indígenas ou que fazem estudos de biodiversi-dade com finalidades obscuras. “A Amazônia é território da humani-dade, mas, antes disso, é território nacional, onde devemos exercer plenamente a nossa soberania”.

Obrigadas pelo Ministério da Justiça a se cadastrarem, as ONGS estrangeiras que atuam no Brasil

pouco caso fa-zem da portaria ministerial. No início de janeiro, menos da meta-de dessas insti-tuições haviam cumprido com a determinação legal, cujo prazo termina em fevereiro. “Os números mostram que o cerco às entidades irregulares têm surtido efeito, uma vez que a maioria delas ainda não procurou o Ministério da Justiça”, afirma o secretário Nacional de Justi-ça, Romeu Tuma Júnior. As entidades que não renovarem o registro ficarão impedidas de exercer atividades no país. “É preciso saber quem são, onde e de que forma atuam essas organizações. O nosso objetivo não é criminalizá-las e sim torná-las transparentes perante a sociedade”, acrescenta Tuma Júnior.

Segurança redefinida

O Ministério da Defesa, por sua vez, também se mobiliza em relação ao tema da ação descontrolada das ONGs na Região Amazônica. O ministro Nelson Jobim coordena o “Plano Amazônia Protegida”, que propõe dobrar o número de unidades de vigilância do Exército na fronteira Amazônica na próxima década. Caso o projeto seja aprovado na sua forma atual, serão construídos 28 novos Pelotões Especiais de Fronteira (PEFs) em áreas indígenas, entre 2010 e 2018. No mesmo período, o minis-tério e o Exército também querem

modernizar os 20 pelotões que já garantem a defesa da região.

Pelas estimativas iniciais, será necessário R$ 1 bilhão para cons-truir os novos pelotões que ficarão localizados em 28 municípios dos seis estados amazônicos. Outros R$ 140 milhões serão demandados para adequar a infra-estrutura dos já existentes. “Com esses pelotões teríamos o controle total da região”, afirma Jobim.

Segundo ele, o efetivo do Exér-cito na região cresceu significativa-mente nos últimos 50 anos. Em 1950, havia 1.000 militares na área, hoje o efetivo é de 25 mil homens, a grande maioria de origem indígena. Ao todo, o Exército tem 124 Organizações Militares (OMs) em 58 localidades. Ele mostrou que a Marinha tem dois distritos navais (Manaus e Belém) e 11 capitanias/delegacias e a Aero-náutica um Comando Aéreo, sete bases e quatro unidades aéreas.

O ministro frisou, porém, que é preciso criar um novo modelo de de-senvolvimento para a Amazônia que priorize a regularização da questão fundiária na região. “Nós precisamos criar um novo modelo de desenvol-vimento para a Amazônia, e dar uma solução àquela população. Se nós não dermos um jeito, essa população

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Peletões do exército são, hoje, a garantia da inviolabilidade do espaço territorial brasileiro na Região Amazônica, uma imensa e rica área fronteiriça

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PATROCÍNIO

vai para a ilegalidade”.Na opinião de Jobim, a solução

passa pela regularização da questão fundiária, para que seja regularizada a propriedade da terra na Amazônia. “Hoje é uma grande confusão, e sendo uma grande confusão você não tem permanência nas áreas, você não tem possibilidade de in-vestimentos”.

O ministro diz que a decisão de construir os novos pelotões de fron-teira não deve criar polêmica com os índios, apesar de muitas das unida-des ficarem em reservas indígenas. “Quem vai reclamar são as ONGs. Índio não reclama.”, disse. “Vamos começar com os postos de fronteira do lado direito, chegando até Forte Príncipe da Beira (RO), percorrendo inclusive Tiriós, que passa pela Ra-posa Serra do Sol”, afirmou Jobim, referindo-se a uma das áreas mais polêmicas e cuja demarcação está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF).

Jobim atribui às ONGs o dis-curso de que a presença militar na região acirraria ainda mais os âni-mos e aumentaria o clima de tensão na região. “Vamos separar o que é discurso indígena, que é de brasilei-ros indígenas – porque não existem índios brasileiros existem brasileiros

indígenas – e o que é discurso das ONGs. Porque os brasileiros indíge-nas têm absoluta tranqüilidade com os brasileiros mi-litares por uma

razão muito simples: na Amazônia 80% do efetivo do Exército na região são indígenas. Isto eu conheço muito bem, porque em 1975, eu entrei em todas as reservas do País – inclusive trabalhei na demarcação da reserva Raposa Serra do Sol”, afirmou.

Campanha orquestrada

Segundo o general Lessa, a des-tinação plena aos índios da reserva Raposa Serra do Sol, representando 46% do território do Estado e parte considerável das fronteiras do Bra-sil com a Guiana e a Venezuela, compromete a soberania nacional e favorece a internacionalização da Amazônia. “Esse movimento não é novo. Ele tem seu curso ao longo da nossa história, mas, ul-timamente, sobretudo nos últimos 20 anos, recrudesceu muito com as pressões internacionais feitas por governos estrangeiros, organismos internacionais e organizações não-governamentais. São todas muito claras e muito fortes.”

De fato, em 1989 o então sena-dor norte-americano Al Gore (que posteriormente seria vice-presiden-te dos EUA no governo Clinton) afirmou que “Ao contrário do que pensam os brasileiros, a Amazônia

não é sua propriedade, mas pertence a todos nós”.

Em suas palestras sobre a sobe-rania brasileira na Amazônia, o gene-ral da reserva apresenta essa e outras citações de autoridades e lideranças mundiais a respeito desse território. De acordo com Lessa, um trecho de relatório do Pentágono (Defesa dos EUA), “vazado” a setores da im-prensa e publicado pelo jornal “The Observer” sustenta que “o acesso a reservas de água doce, como as da Amazônia brasileira, há de ser um dos principais campos de batalha num futuro próximo”. Em 2008, o jornal inglês The Independent, ao comentar em editorial a renúncia da ministra Marina Silva, propôs um programa conjunto de preservação da floresta Amazônica e concluiu: “Essa parte do Brasil é importante demais para ser deixada aos brasi-leiros”. Anos antes, em 2006, por ocasião de um encontro internacio-nal do México, o então secretário britânico do Meio Ambiente, David Milliband, defendeu a administração de grande parte da Amazônia por um consórcio internacional. Na Fran-ça, o falecido presidente François Mitterand, chegou a afirmar que “o Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia”.

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Ministro Nelson Jobim defende o programa Amazônia Protegida como meio de firmar a soberania brasileira a partir do controle das ONGs e do aumento do efetivo militar

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“Na próxima edição,em março de 2009”

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A devastação de um paraíso tropi-cal. Na última parte da série de matérias especiais sobre a questão da soberania brasileira na Amazônia, militares da ativa e reserva falam sobre o desmata-mento da floresta, assunto que coloca o Brasil sob pressão internacional.

especial

Um decreto que já está nas mãos do presidente Lula pretende regulamentar a atividade de pessoas físicas e jurídicas, entre elas as ONGs que queiram atuar nas reservas indígenas. O texto exclui as organizações dirigidas exclusivamente por índios ou comunidades indígenas sem vín-culo com pessoas jurídicas. Confira alguns pontos do decreto:

Para entrar na reserva e desenvolver as atividades será necessária autorização do Ministério da Justiça

Se a terra estiver na Amazônia Legal ou na faixa de fronteira, a autorização dependerá da Defesa e do Conselho de Segurança

Deverão constar nos pedidos de autorização o plano de trabalho, estima-tiva de gastos e indicação das fontes de financiamento

No caso de estrangeiros, será preciso ainda indicar o percurso a ser feito na

região e as datas para início e término do trabalho

O estrangeiro precisará de visto de pesquisador para desenvolver suas ativi-dades em terras indígenas

As ONGs precisam estar cadastradas no Ministério da Justiça e devem apresentar anualmente a Certidão de Regularidade

Se a ONG for estrangeira, precisará ainda apresentar comprovante de autoriza-ção para funcionamento no País

Quem estiver trabalhando em terra indígena na data em que o decreto entrar em vigor terá 180 dias para solicitar a autorização

O estrangeiro que exercer as ativi-dades indicadas no decreto com visto de turista poderá ser deportado

A autorização para ingresso na terra indígena terá prazo determinado e o pedido de prorrogação precisa do aval do ministério.

Fim à farra das ONGs

Ao ser questionado sobre a cobiça estrangeira em relação à Amazônia, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim responde, categoricamente, que “a Amazô-nia não está à venda”. Segundo o chanceler, a elite oligárquica inter-nacional está se opondo à ascensão do Brasil no cenário mundial. “Há setores que se incomodam quando surge um país que pode mexer na ordem mundial, como o Brasil vai mexer, e positivamente. Isso incomo-da estruturas acostumadas a um certo modo de dominação, que formam uma elite oligárquica nas relações internacionais”, disse Amorim.

Para o chanceler brasileiro, o

Comunidades indígenas, segundo o governo, acabam sendo manipuladas por ONGs estrangeiras, numa orquestração que reage a um Brasil emergente

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País precisa se acostumar com esse tipo de pressão, pois isso faz parte do jogo mundial pelo poder.

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CIESP OESTE • 15

meio ambiente

o início da Rodovia dos Bandeirantes, próximo ao município de Caieiras, na

Grande São Paulo, uma enorme área chama a atenção pela beleza da paisagem, que alterna várias tonalidades de verde e trechos de terreno com imensas crateras. O suave canto dos pássaros convive, pode-se dizer, em harmonia com o ruído longínquo das máquinas e dos motores de alguns caminhões que entram e saem do local.

Os 3,5 milhões de m2 da área em questão ainda guardam ares de fazenda, mas seu destino, hoje, é bem diferente: toda essa terra foi

Cadê o lixo?Na Central de Tratamento de Resíduos de Caieiras (SP), visitada

por um grupo do CIESP Oeste, a natureza é preservada e quem passa

por lá nem percebe que está em um aterro sanitário. A estação,

maior da América Latina, opera com tecnologia de ponta

transformada na maior central de tratamento de resíduos da América Latina – a CTR Caieiras -, projeto criado e administrado pela Essencis, empresa dos grupos Camargo Corrêa e Suez Ambiental.

Planejada para receber 60 mi-lhões de toneladas de lixo, a CTR – inaugurada em 2001 – tem, atual-mente, apenas um décimo de sua ca-pacidade já ocupada. A estimativa é que ela opere até 2030, sendo depois transformada em um parque.

“É um ótimo exemplo de como a alta tecnologia está sendo empre-gada para ajudar a resolver a questão do lixo, um dos maiores problemas

Grupo de empresários do CIESP Oestevisita a Central de Tratamento de Resíduos de Caieiras, na Grande São Paulo, uma das mais modernas da América Latina

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de São Paulo”, diz Fábio Ferreira, diretor-titular do CIESP Oeste, que coordenou a visita de um grupo de empresários ao local. “Embora tenha resíduos de todas as naturezas sendo tratados ali, não há danos ao meio ambiente, ao contrário, a natureza é preservada”.

De fato, o solo do local, que estava degradado pela plantação de eucalipto, está sendo recuperado. “Mantemos um viveiro de espécies nativas com 90 mil mudas e já cobrimos com elas 1,5 milhão de

metros quadrados da área externa do aterro”, explica Luzia Galdeano, superintendente de Implantação e Operações da Essencis.

A empresa opera a central de tratamento de Caieiras utilizando o conceito de multitecnologias. Ou seja, todas as mais modernas tec-nologias de tratamento de resíduos disponíveis são oferecidas de forma integrada aos clientes.

Um exemplo: atualmente as principais bandeiras de distribuição de combustíveis utilizam os serviços da Essencis para descontaminar o subsolo dos postos. A terra conta-minada com óleo é levada ao CTR de Caieiras. Lá passa por uma minu-ciosa avaliação e, após tratamento adequado, pode voltar ao local de

origem.Além desse tipo de serviço, mais

específico, a central de tratamento recebe para aterro resíduos classe I (perigosos) e classe II (industriais e domésticos); faz o armazenamento temporário de resíduos industriais; e realiza diversos tratamentos físico-químicos.

No local estão disponíveis, ainda, diferentes técincas como o co-processamento (destruição térmica de resíduos) e remediação (conjunto de diversas tecnologias para reverter a contaminação em solos e águas subterrâneas. “Para cada tipo de resí-duo exsite uma tecnologia adequada de tratamento. É no desenvolvimento dessas soluções que nós trabalha-mos”, diz Luzia Galdeano.

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Paisagem da estação de tratamento mescla a beleza do verde com trechos íngremes, formados por imensas crateras. Solo está sendo recuperado com nova vegetação.

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CIESP OESTE • 17

cultura

elos corredores do prédio da Escola SENAI “Roberto Simonsen”, no bairro do

Brás, em São Paulo, o barulho das máquinas se confunde com um som bem mais harmônico e melodioso, de músicas clássicas tocadas com arranjos caprichados.

O detalhe: as mãos que “pilo-tam” as máquinas com afinco são as mesmas que dedilham com paixão os instrumentos musicais, dando vida a essa mescla de sons confusos e agradáveis.

Tem sido assim desde 2006, quando o maestro Thomas Martins iniciou o projeto da Orquestra Fi-

O torneiro e o homemOrquestra Filarmônica do SENAI-SP abre espaço para que

alunos e ex-alunos das escolas tenham, além de uma profissão,

um aprimoramento cultural por meio da música. Para realizar o

sonho de tocar um instrumento, muitos fazem tripla jornada.

larmônica SENAI-SP, formada por alunos e ex-alunos das escolas da entidade. “A idéia foi seguir o con-ceito do educador Roberto Mange que prega, por meio da frase Antes do torneiro, o Homem, que a forma-ção cultural do ser humano deve vir simultaneamente com a formação profissional”, diz o maestro.

Como a maioria dos 50 inte-grantes da filarmônica não tem muito tempo para se dedicar à música, ele procura adaptar os ensaios para que sejam também uma aula, nos quais todos possam praticar seus instrumentos e, ao mesmo tempo, aprender a parte teórica.

À frente da Orquestra Filarmônica do SENAIdesde 2006, o maestro Thomas Martins procura inovar nos arranjos das músicas tocadas por seus 50 alunos.

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18 • CIESP OESTE

conveniados

Todo conveniado deve se associar

A partir deste ano, os conveniados do CIESP Oeste deverão, também, estar associados à entidade. “Queremos, com isso, estreitar a relação com os nossos parceiros, promovendo a maior inte-gração dentro da entidade”, explica Fá-bio Ferreira, diretor titular da distrital.

Ele ressalta que o CIESP Oeste é a unidade com maior número de conveniados da entidade. “Contamos, atualmente, com 26 conveniados, nas mais diversas áreas”.

A vantagem em ser conveniado é que apenas uma empresa por segmento será aceita na entidade. Com isso, abre-se um vasto campo para se fazer negó-cios dentro da rede do CIESP. Nesse sentido, as Feiras de Negócios, que têm acontecido periodicamente no CIESP Oeste, são um forte aliado e ganharão ainda mais força em 2009.

Na terceira edição da feira, ocor-rida em dezembro, além de trocarem cartões, os participantes ouviram a palestra “A Saúde do Banho”, pro-movida pela Natura. A principal dica foi aproveitar ao máximo o momento do banho para relaxar e revigorar-se.

esde que foi fundada, há 20 anos, a Golden Stern tem como proposta fazer muito

mais do que uma simples venda de seguros. Realiza a gestão completa dos benefícios nas áreas de assistência médica, odontológica, seguro de vida e previdência privada, entre outros, para todos os tipos de empresa.

A Golden Stern faz um detalha-do trabalho de consultoria junto ao cliente, verificando se os benefícios oferecidos estão alinhados ao que o mercado oferece e às necessidades da empresa. Ao mesmo tempo, ve-rifica junto ao RH ou à diretoria da empresa questões relacionadas ao absenteísmo provocado por proble-mas de saúde e faz a análise cons-tante dos relatórios de sinistralidade das apólices, visando melhorar a produtividade e lucratividade.

Com todas essas informações em mãos, é elaborado um plano de benefícios, realizando cotações entre as melhores seguradoras e operado-ras. O próximo passo é a sugestão da implantação dos benefícios, que é acompanhada diretamente por

Mais do que seguroA Golden Stern oferece soluções em seguros para empresas, focando

na redução de custo para o empresário e melhorando a qualidade de

vida do seu colaborador. O objetivo é realizar a gestão completa dos

benefícios oferecidos pelos clientes a seus funcionários.

profissionais da Golden Stern. “A empresa tem como meta

oferecer um trabalho de assessoria permanente para os clientes”, diz o responsável pela área de Negócios, Ismael Teixeira.

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Serviço

Ismael Teixeira, responsável pela área de Negócios da Golden Stern, explica que a assessoria prestada pela empresa inclui palestras e programas de prevenção.

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Durante a palestra, ocorrida na sede doCIESP Oeste, participantes aprenderam que devem usar produtos de qualidade se quiserem manter a pele saudável

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CIESP OESTE • 19

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aconteceu

Ex- integrante da AIESEC – entidade internacional que promove o desenvolvi-mento profissional de jovens do mundo todo – o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira, foi homenageado com o prêmio Alumni Hall of Fame, que visa reconhecer profissionais que passaram pela experiência da AIESEC e hoje exercem um impacto positivo na sociedade.

DEBATE NO HALL DA FAMA

PARA O MUNDOO jornal inglês The Guardian está preparando um especial sobre o Brasil. Para falar sobre a indústria nacional, um dos entrevistados foi o diretor-titular do CIESP Oeste, Fábio Ferreira. “Foi uma oportunidade úni-ca de mostrar a realidade do nosso setor”, diz ele.

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A crise econômica atual e seus reflexos nos negócios foi o tema do “2º Encontro de Lideranças In-dustriais e Relações Empresariais de Franco da Rocha”, realizado dia 4 de dezembro. O evento teve a participação do CIESP Oeste e reuniu aproximadamente 150 participantes, entre empresários, políticos e lideranças da região. O encontro teve o apoio, entre outros, do SEBRAE-SP, a FIESP, e a Prefeitura de Franco da Rocha, que coordenou os trabalhos por meio da Diretoria de Desenvolvi-mento Econômico e Emprego.

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22 • CIESP OESTE

Orçamento e democracia“E a partir do momento em que a Agência disponibilizar os recursos aos empresários, terá cumprido sua principal missão...”

discussão sobre o Orçamento Público está na própria raiz das

democracias modernas. Grosso modo, os reis na Idade Moderna

“venderam” parte de sua soberania, de seu poder de decisão,

em troca do direito de cobrar outros impostos e taxas além daqueles que

tradicionalmente estavam instituídos na Idade Média. A grande maioria

dos parlamentos mais antigos – em especial da França e Inglaterra - de-

vem a sucessiva ampliação de seus poderes à crescente necessidade de

recursos pelo Estado, negociados em troca da cessão de mais parcelas de

autoridade do rei para a sociedade.

Em poucos momentos se pode discutir tão profundamente as prioridades,

missões e desafios de uma administração quanto no momento em que se

debate o Orçamento. É o instante no qual a discussão está centrada não nas

estratégias de marqueteiros, mas nas ações concretas e reais, nos resultados

efetivos que se pretende obter e nos recursos objetivamente alocados para

a consecução destes objetivos. Compreendendo esta questão em minha

primeira campanha, passei boa parte do tempo explicando para segmentos

diversos da sociedade a importância do orçamento, como compreendê-lo,

como interferir na sua discussão. Ainda hoje estou certo da importância do

desafio de incorporar a sociedade na discussão orçamentária num grau maior

de profundidade, tanto nas discussões por segmento como por região.

A par desta execução, existe a necessidade de acompanhar a execução orça-

mentária, importante indicador da situação da economia, das tendências da

administração e das reais prioridades colocadas. Também em relação a esta

questão, o mandato tem produzido inúmeras ferramentas que complemen-

tam o esforço de ampliar a discussão qualificada e objetiva sobre as finanças

públicas. Em relação a esse caráter transparente, o debate orçametário se

assenta uma forma ao mesmo tempo antiga – porque ligada às origens e

às melhores tradições – e nova – porque incorporada com as mais novas

ferramentas de comunicação – forma de lidar com a política, na qual os

discursos demagógicos cedem lugar à análise criteriosa.

artigo

José Police Neto é vereador, líder do governo Gilberto Kassab na Câmara Municipal de São Paulo e membro da Comissão de Finanças e Orçamento daquele legislativo.

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